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Dialética Da Colonização

Alfredo Bosi
1.Objetivo do Livro.
O livro tem como objetivo apresentar a seus leitores a colonização como um
processo de configuração de um universo material e simbólico, isto é,
produzido no movimento contraditório, por tanto, dialético entre
infraestrutura e superestrutura. Uma configuração histórica e espacial onde
colo, culto, cultura e ideologia constituem a condição dos colonizados, dos
colonizadores no mundo colonial no caminho do projeto civilizatório.
O autor procura revelar a história do Brasil neste entender, procurando no
analise das obras da cultura letrada as manifestações feitas nas dobras de
cada movimento feito no processo dialético de constituição da condição
colonial.
É uma história do Brasil desde a escrita de si por si mesmo e de si por outros.
Que, pelo fato de estar em chave de analise dialético marxista, as vezes é um
texto de economia, as vezes de religião, as vezes é de política e umas outras
de festa, todas são necessárias para dar conta das permanências, mudanças
e contradições do processo histórico em que a vida faz e se refaz.
2. Revisão Bibliográfica.
O livro, o autor, a tarefa intelectual que ele consegue levar desde o século XVI
até o século XX não é, para leitores novatos, pior será então, para leitores
novatos que além de ser superados de qualidade do texto são alheios a cultura
brasileira, o texto para um novato não brasileiro e quase uma odisseia. Duas
razões, suas referências bibliográficas são densas, feitas com uma alta
qualidade teórica no centro da tradição marxista, mas suas referências a
textos, poesias, musicas, cerimonias, ritos, festas, crônicas, novelas, obras
clássicas, não só do Brasil na sua diversidade entre indígenas, colonos,
mestiços e escravos, também de Portugal, Inglaterra, Espanha etc. Tem uma
sensibilidade quase tão grande como seu olhar crítico.
3. Problemática
A problemática do autor é a desmitificação do presente pelo analise da
contradição que deu forma as normalizações atuais. Uma pesquisa feita para
obter as premissas que o analise dialético poderia dizer sobre o processo
civilizatório nos tempos do sistema e da condição colonial no Brasil. O analise
é feito a partir da cultura escrita que foi feita no brasil nesses tempos, fazendo
referência a colo, cultus, culto, e tudo o que é desenvolvido entre o movimento
contraditório entre eles.
4. Discussão Teórica (conceitos)
O livro tenta, a partir do encontro dialético entre os conceptos de colo, culto
e culturus, descrever como se estabelece a colônia, o sistema colonial como
maquina mercante, como se da a condição colonial, e o processo de
individualização ou da constituição da identidade dos agentes sociais, no
processo civilizatório. Em resumo descreve como a supra estrutura e a
macroestrutura ganham conteúdo e profundidade numa terra nova
dominada.
Colo é ou eu trabalho, cultivo ou moro, na terra alheia. O sujeito que é
morador e trabalha e terra do outro será o colono, o lugar onde isso acontece
é a colônia. É matriz do processo de colonização, na versão romana implica o
deslocamento de agentes sociais em terra nova onde, além de reproduzir sua
forma de viver e trabalhar agora domina e participa de uma nova criação da
esfera político e econômica. É poder imediato que era procurado pelos estados
absolutistas e expansionistas que pretendiam resolver os problemas internos
mediante um recomeço do processo civilizatório. O genocídio e sobre
exploração ambiental eram necessários para que o colono garantisse para si
a possibilidades infinitas das novas terras, para trabalhar, morar e dominar.
O cultus é o tempo passado do colo, a terra já plantada, é uma reprodução
de um modo de viver e trabalhar que já aconteceu, que ficou na memória dos
que cultivam sobre os que no tempo passado cultivaram, sempre é uma
reproposta que com tempo é mais complexa. Nesse sentido tem duas
implicações, a terra como objeto de trabalho do vivo, sustento do que é, e a
terra como abrigo do morto, do que foi. É uma experiência do passado que
mora com nós com a forma que as mediações simbólicas lhes da. O culto é
lembrança, por conveniência, ou por amor, a segunda deu começo ao
fenômeno religioso na humanidade, o culto pela morte e o produto do enlace
feito entre sociedade, passado e memória para expressar a saudade.
Culturus, o tempo futuro, o que deve se cultivar, o que vai ser trabalhado.
São as práticas, técnicas, valores, símbolos e representações para que as
novas gerações consigam um estado de coexistência social. A terminação urus
faz referência ao provir, o desejo um algo melhor. Quando se tem uma
consciência deste fato vira em cultura, é dizer, quando o culturus se faz mais
complexo no culto, a cultura constrói, baseada na vida presente o plano do
futuro, o projeto. Daí que cultura tenha uma estreita relação com o progresso,
com a utopia e com revolução.
A colonização é o produto destas tres dimensões humanas em movimento
num processo histórico civilizatório, o qual foi a matéria de onde se construiu
as formas não coloniais do brasil.

5. Estrutura do Livro
O livro primeiro desenvolve seu motor teórico, a dialética entre colo e culto,
que em seu movimento entre pretérito e presente da forma a colonização
introduzindo símbolos e significados, cultura, ao mesmo tempo que esses
símbolos são usados para produzir e permitir reproduzir um modo de ser
político e econômico, uma ideologia.
Desde o segundo capitulo até o decimo faz um roteiro entre o século XVI até
o século XX o livro pega obras intelectuais do momento para saber como num
momento se configura a relação entre colo, cultura e culto e desse modo
criticar os abusos de classe, as ideologias dominantes e as especificidades da
constituição do brasil de hoje.
Anchieta no século XI, a máquina mercante no século XVII, Viera no século
XVIII, Antonial em finais do XVII e começo do XVIII, liberalismo e escravidão
no século XIX, a república e o estado província do século XX, e sua leitura
final sobre a cultura brasileira em finais do séculoXX.
6. Considerações finais.
Post-scriptum 1992. O nome da reflexão final do livro leva em consideração
os movimentos mais inesperados que para o ano 2001, só nove anos depois,
já tinham que estar presentes nas reflexões sobre cultura de cara aos novas
discussões sobre o moderno, o post moderno, e como esse transforma a
questão final sobre a cultura brasileira e as culturas brasileiras, ou é uma
cultura cheia de subculturas, ou são distintos marcos culturais os que fazem
um mosaico que as vezes parece unido, ou simplesmente são diversas e não
tem um filho comum que junta elas. É uma reflexão de como estamos e somos
a existência simultânea entre liberdade submissão.

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