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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, na última sexta-feira (10), o inquérito que
apurou as circunstâncias de morte da jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, em
Frutal, no Triângulo Mineiro. O investigado Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, foi
indiciado pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e estupro. Já o suspeito
Daniel Theodoro da Silva, de 24 anos, foi indiciado por receptação.
De acordo com o que contou o namorado de Kelly à Polícia, a jovem, que morava em
Guapiaçu, em São Paulo, fazia parte de um grupo de caronas em um aplicativo de
mensagens instantâneas para smartphones e teria combinado com um homem chamado
João, uma viagem com ele e a namorada de São José do Rio Preto, em São Paulo, para
Itapagipe, no Triângulo Mineiro, para o dia 1º deste mês, quarta-feira.
Quando chegou ao local combinado para início da viagem, Kelly informou ao namorado
que apenas um homem estava com ela no carro. Por volta das 19h, ela disse a ele que
estava em um posto de gasolina em Nova Granada, São Paulo, abastecendo, e que iria
retornar sentido Itapagipe, em Minas Gerais. Depois disso, o namorado perdeu o contato
com ela, e procurou a Polícia Militar para registrar o desaparecimento.
Por volta das 12h, durante a realização das buscas, o namorado de Kelly, que
acompanhava os procedimentos, localizou uma calça jeans, às margens da
rodovia MG-255, próximo ao Km 24, entre Frutal e Itapagipe, que ele
reconheceu como sendo da vítima. As buscas foram intensificadas na região,
conhecida como Marimbondo, em Frutal.
Prisões de suspeitos
Após continuação das buscas, Jonathan foi preso em flagrante. O Delegado
Bruno Giovannini, responsável pelo caso, conta que, logo de início, o suspeito
não confessou o crime, dizendo que havia um mandante e que outra pessoa
tinha participado. “Quando eu estava encerrando o flagrante, ele resolveu
contar a verdade, falou que foi ele sozinho e confessou o crime inteiro. A gente
excluiu a participação de um mandante à medida que identificamos outras
potenciais vítimas que ele teria entrado em contato, tentando marcar carona.
Ou seja, a Kelly não era uma vítima certa, direta. Não tinha um mandante. Ela
era uma pessoa dentre outras que ele tentou. A gente afastou a possibilidade
de outro participante na hora da morte, porque consultamos as câmeras dos
locais por onde ele passou, e, todo o tempo, na ida ele está com ela e na volta
ele está sozinho. Então não havia tempo, nem meios de uma terceira pessoa
comparecer e executar o crime junto”, conta o Delegado.
De acordo com o laudo de necropsia, a causa da morte de Kelly foi asfixia por
constrição cervical (estrangulamento). Durante as investigações realizadas pela
Polícia Civil, houve indícios que comprovam o estupro, já que esse crime não é
caracterizado somente com a conjunção carnal. Foi colhido material genético
da vítima para a realização de um exame biológico, para constatação de
material genético no corpo dela. O exame será feito pelo Instituto de
Criminalística da Polícia Civil, em Belo Horizonte. Ela completaria 23 anos no
próximo dia 7 de dezembro.
No dia 2 deste mês, à noite, outros dois homens foram presos suspeitos de envolvimento
no caso. Eles teriam comprado peças do carro de Kelly. Daniel Theodoro da Silva, de 24
anos, e Wander Luiz Cunha, de 34, foram presos em São José do Rio Preto, São Paulo.
Jonathan é natural de São José do Rio Preto, em São Paulo. Daniel é de Três
Lagoas, no Mato Grosso do Sul. E Wander? Ambos não possuem passagens
policiais anteriores em Minas Gerais. O inquérito foi concluído em 10 dias úteis,
que é o prazo estabelecido pela Justiça em casos de prisão em flagrante.