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Dezembro/2013
Maquete física
como ferramenta de apoio para apresentação de um projeto
arquitetônico.
Fabiana Souza Laurindo – fabiana@fortecconstrutora.com.br
Master em Arquitetura
Instituto de Pós Graduação e Graduação - IPOG
Florianópolis, SC, 16 de dezembro de 2012.
Resumo
Este artigo propõe ampliar as discussões sobre a importância da maquete física como
modelo de representação espacial do projeto arquitetônico a partir da pesquisa exploratória
em torno da maquete do edifício residencial vertical de alto padrão Bella Vita Residence,
localizado na cidade de Luís Eduardo Magalhães no oeste do estado da Bahia. Neste
trabalho, enfatiza-se, sobretudo, como esse artefato auxilia a compreensão do cliente e
estimula sua decisão de compra. A pesquisa foi realizada no próprio Plantão de Vendas da
construtora do empreendimento e dividida em quatro etapas: (i) apresentação do materal
gráfico; (ii) apresentação do espaço Plantão de vendas; (iii) apresentação da maquete física
e (iv) preenchimento de questionário. A primeira etapa correspondeu a apresentação do
folder como material gráfico, contendo a descrição do empreendimento com planta baixa do
apartamento tipo humanizada, maquete eletrônica da fachada e de alguns ambientes de lazer
coletivos como: salão de festas, academia, home theater, sala de jogos, piscina e espaço
baby. A segunda etapa consistiu na apresentação da construção do próprio Plantão de
vendas com destaque para os seguintes itens : partido arquitetônico - estilo adotado,
decoração refinada, material de alto padrão de acabamento, entre outros. Na terceira etapa
o entrevistado entrou em contato com a maquete fisica e, em seguida, respondeu ao
questionário que abordava assuntos sobre o grau de entendimento do projeto, sobre
marketing, credibilidade do empreendimento e a importância de cada meio de comunicação
para a apresentação da obra. Assim, partindo desses questionamentos e do confronto com as
reflexoes teóricas de pequisadores como Consalez (2001), Knoll (2003), Lemos (2003) e
Rozestraten (2003), pode-se conjecturar que mesmo com todo recurso digital, como a
maquete eletrônica, para as pessoas leigas prevalece o recurso da maquete física como sendo
o melhor meio de representação espacial, mas que não descarta os outros meios, pois cada
qual tem sua importância e juntos colaboram particularmente na exposição global do projeto
arquitetônico.
1. Introdução
A maquete como modelo físico em escala reduzida do que está sendo projetado é
considerada uma ferramenta facilitadora da percepção projetual, já que se caracteriza por sua
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 –dezembro/2013
Maquete física como ferramenta de apoio para apresentação de um projeto arquitetônico.
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2. Referencial teórico
Sabe-se, tal como destaca o pesquisador, que a criação dos modelos arquitetônicos, ou
dos objetos artísticos, confunde-se com o início de uma arquitetura voltada para as práticas
agrícolas. As primeiras formas arquitetônicas foram criadas por artesões que se dedicavam a
confecção das peças em cerâmica. A trajetória da história da maquete física também
acompanha a evolução da humanidade desde o início no século V a.C. e foi registrada pelo
historiador grego Heródoto ao fazer uma descrição do uso da maquete de um templo,
enfatizando, de certa forma, seu valor como modelo simbólico.
Na Idade Média, com a construção das catedrais, a maquete era utilizada pelos
pedreiros para apresentar suas especializações, como o uso do arco, ou como apoio ao
desenvolvimento do projeto arquitetônico até o século XIV, como se percebe abaixo no
exemplo da maquete da catedral de Florença, autoria de Phillipo Brunelleschi.
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Fundada em 1919 pelo arquiteto Walter Gropius, em Weimar, na Alemanha, a escola de Bauhaus agregou disciplinas como
arquitetura, pintura, escultura e desenho industrial, inovando substancialmente o design moderno ao interligar vários tipos de
arte e materiais, como cerâmica, tecelagem e marcenaria. Além de simplificar volumes, geometrizar as formas com o
predomínio de linhas retas. (Cf. Carmel-Arthur, 2001).
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Figura. 4 - Maquete da Casa Farnsworth (1951- Arquiteto Mies Van Del Rohe.
Fonte: Imagem disponível em: <http: www.archdaily.com.br/.../classicos-da-arquitetura-casa-farnsworth>. Acesso em: 20 nov.2012.
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Figura 7- Maquete que simula o estilo Maneirismo, construída em sala de aula para a disciplina de
Linguagem do Design de Interiores, na Pós - graduação do IPOG em Goiânia/GO. Fonte: Fabiana Laurindo (2011).
passa a ter comunicação direta com o entorno. Assim, ao agregar o espaço urbano a
comunicação se efetiva de forma mais relevante, garantindo um entrosamento harmonioso e o
sucesso no projeto arquitetônico.
3. Metodologia da pesquisa
A pesquisa sobre a maquete física do Bella Vita Residence configura-se como do tipo
quantitativa e exploratória, pois, conforme Gil (1999), tem como objetivo formular
questionamentos e ampliar reflexões sobre maquete física enquanto modelo representação
arquitetônica e mercadológica.
A pesquisa de campo foi realizada durante o período de 09 de Julho a 20 de novembro
de 2012, no Plantão de vendas do empreendimento Bella Vita Residence, localizado na Rua
Jorge Amado, nº 556, Bairro Jardim Paraíso na cidade de Luís Eduardo Magalhães - estado da
Bahia. Para tanto, foram entrevistadas 38 pessoas com idade média entre 25 a 45 anos e
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profissões variadas, sendo oito clientes do empreendimento. Para coletar os dados dos
entrevistados foram estabelecidos os seguintes passos:
Figura 9 - Plantão de vendas do Bella Vita Residence - exposição da maquete ao lado esquerdo.
Fonte: Fabiana Laurindo (2012).
6. Você acredita que esta edificação irá contribuir na valorização do espaço urbano?
( ) sim ( ) não ( ) não tenho opinião
10. Ao analisar a maquete, você consegue imaginar-se usuário (a) dos espaços propostos?
( ) sim ( ) não ( ) um pouco ( ) ...........................
11. Após apresentação de todo o material de divulgação (folder, maquete e amostra do tipo
de construção) você acredita compreender o empreendimento?
( ) sim ( ) não ( ) talvez ( ) ...........................
12. Qual dos meios de apresentação você achou mais esclarecedor para entender o
empreendimento?
( ) impressos: jornais, folders e outdoors ( ) internet ( ) maquete física
13. Quantificar o grau de importância de cada item, sendo que a soma de todos tem que ser
10 (dez) pontos.
( ) impressos: jornais, folders e outdoors ( ) internet ( ) maquete física
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14. Com base no que foi apresentado, qual o padrão você acredita se enquadrar este
empreendimento?
( ) baixo ( ) médio ( ) alto
O entrevistado (a):
Observações:
.......................................................................................................................................................
...................................................................................................................................
Figura 10 – Maquete física Bella Vita Residence e entrevistada. Fonte: Fabiana Laurindo (2012).
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4. Análise de dados
Entenderam
Mais ou menos
Não entenderam
Jornal
Internete
boca a boca
outdoor
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Grau de importância
Impressos
Internete
Maquete física
Figura 13 – Gráfico referente à questão sobre os meios de apresentação mais esclarecedores para entender o empreendimento
Impressos
Internet
Maquete física
5. Conclusão
Com base nos dados da pesquisa realizada, concluiu-se que os vários meios de
comunicação para representação de um empreendimento possuem diferentes graus de
importância, mas quando somados são de grande valia para tornar elucidativo o projeto
arquitetônico apresentado.
No intuito de atender um mercado cada vez mais exigente, investe-se cada vez mais em
melhores apresentações dos projetos aos clientes. Um bom marketing está totalmente ligado
aos meios de exploração sensorial com mais apelo ao visual, sendo a maquete eletrônica
muitas vezes responsável para incetivo nas vendas e na visitação nos stands. Estrátegias de
divulgação quando bem elaboradas, além de informarem, servem para atrair, encantar,
despertar sensações e situações que irão mexer com o sentido lúdico dos clientes. Assim, vale
lembrar os apontamentos de Conzalez (2001) de que a descrição analítica e técnica não
consegue exaurir a exigência da representação, visto que a comunicação do projeto
arquitetônico requer outros instrumentos que dialogem mutuamente e facilitem a
compreensão do expectator.
Dessa forma, no que tange à maquete física, a pesquisa demonstra a importância do uso
do modelo tridimensional. No entanto, não se pode negar que ainda é um artefato de
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6. Referências bibliográficas
GIL, Antônio C. Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
KNOLL, Wolfgang. Maquetes arquitetônicas. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2003.
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