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NOVAS TECNOLOGIAS NO
APOIO À GESTÃO DO PROCESSO
DE CONSTRUÇÃO
— SESSÃO TÉCNICA MA —
A Sessão Técnica de Marrocos decorreu no dia 28 de maio de 2016, na obra do “Lycée D’excellence”
de Ben Guerir. Esta formação, ou com maior rigor, partilha de boas práticas e soluções inovadoras,
teve como objetivo a apresentação da plataforma FIELDWIRE a todo o universo Casais Marrocos...
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ENGENHARIA
Reforço de elementos estrututrais SEGURANÇA EM 1º LUGAR
em betão armado com recurso a Meios auxiliares de elevação
materiais compósitos // pág. 11
// pág. 04
GESTÃO
DIREITO A FALAR
Como influenciar pessoas
Alteração do IMI
Seja um líder (parte 4) // pág. 16
// pág. 14
“O Engenho” é um Boletim de Conhecimento Técnico Mensal, os conteúdos não podem ser reproduzidos ou copiados sem a devida autorização dos autores.
Todos os direitos reservados. Grupo Casais © 2016 www.casais.pt | www.casaisnet.casais.pt
Boletim de Conhecimento Técnico Nº 26/2016
SESSÃO TÉCNICA
NOVAS TECNOLOGIAS NO
APOIO À GESTÃO DO PROCESSO
DE CONSTRUÇÃO SESSÃO TÉCNICA MA
Esta sessão permitiu inicialmente e de nesta obra), talvez uma das ferramen-
forma muito breve, introduzir as fer- tas de uso diário e transversal a todos
ramentas tecnológicas que ao longo os intervenientes em qualquer obra
dos anos nos têm ajudado a construir que participemos. O FIELDWIRE foi a
como até agora e como poderão vir a plataforma que entre várias soluções
ser no futuro. Depois, e de forma mais existentes no mercado, pareceu ser a
aprofundada, foram então expostas que melhor se adequa ao core busi-
e aclaradas as características que tor- ness da Casais.
nam esta plataforma ( já em utilização
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SESSÃO TÉCNICA
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ENGENHARIA
REFORÇO DE ELEMENTOS
ESTRUTUTRAIS EM
BETÃO ARMADO COM RECURSO
A MATERIAIS COMPÓSITOS
(SISTEMAS FRP)
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ENGENHARIA
Porquê reforçar? Nos FRP as fibras são a parte descontínua e são responsá-
A necessidade de reforçar parcial ou totalmente uma estru- veis pela capacidade de carga e rigidez do compósito.
tura poderá dever-se:
A matriz, a parte contínua, tem menor capacidade de
• eliminação de danos em elementos estruturais – danos carga e rigidez. Garante a transferência de tensões entre
que poderão dever-se à ocorrência de acidentes naturais, fibras, bem como a sua proteção ao meio ambiente.
aplicação de sobrecargas excessivas, erros grosseiros na A interface existe por culpa da reação química entre a
elaboração do Projeto de Estabilidade, má execução ou matriz e o reforço. Controla o modo de rotura e é res-
ainda a deterioração dos materiais estruturais; ponsável pelo comportamento global do compósito em
• a alterações do valor da sobrecarga de utilização; termos de resposta tensões-extensões.
• à necessidade de conformidade da estrutura para com
uma regulamentação específica;
• a exigências específicas.
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ENGENHARIA
No gráfico abaixo é representada comparativamente a evo- Dentro dos FRP’s, os sistemas mais utilizados na constru-
lução dos diagramas tensão-extensão para alguns tipos de ção civil são os que recorrem às soluções de fibras de vidro
fibra. São evidentes as diferenças de rigidez e a mais alta (GFRP) e carbono (CFRP). De forma prática é apresentada
resistência destes materiais quando comparados com o aço na Tabela 3 comparação entre os dois.
tradicionalmente utilizado em estruturas de betão armado.
No caso das fibras referidas, evidencia-se a não existência
CFRP (Carbono) GFRP (Vidro)
de um patamar de cedência.
Alta rigidez (E) Baixa rigidez (E)
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ENGENHARIA
Vantagens Desvantagens
Figura 5 – Sistemas FRP – laminados e mantas/tecidos, respetivamente. • Aumento da resistência à flexão, à • Não tem reserva plástica de defor-
tração e ao corte; mação – comportamento frágil. Não
• Melhoria do confinamento que se existe de um patamar de cedência
no diagrama tensão-extensão;
Campo de aplicação traduz num aumento da resistência
à compressão; • Alto custo;
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Técnicas de reforço
A) Viga reforçada com laminados FRP. B) Laje fungiforme reforçada com laminados FRP.
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ENGENHARIA
Quando comparada com a técnica EBR esta permite uma Técnica MF-EBR (Mechanically
maior mobilização da resistência à tração dos FRP’s, uma
melhor ligação com o elemento a reforçar (ligação menos
fastened and externally bonded
propícia a descolagem), maior facilidade de ligação dos FRP reinforcement technique)
em elementos adjacentes (prevenindo problemas de anco-
ragem), maior proteção à ação de agentes externos (ações Esta técnica combina os benefícios derivados da aplicação
mecânicas, atos de vandalismo, fogo e meio ambiente. de ancoragens usadas na técnica MF-FRP com os intrín-
secos à ligação colada segundo a técnica EBR. Além disso,
todas as ancoragens são pré-esforçadas.
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ENGENHARIA
Vigas foram submetidas a ensaios de flexão. Em compa- Fib Bulletin 14 (2001) – “Externally bonded FRP reinforce-
ração com a viga de referência (não reforçada), foi obtido ment for RC structures”;
um aumento na capacidade de carga de 37%, 87% e 86%,
para as vigas EBR, MF-EBR e NSM, respetivamente. ACI 440.2R-08 (2008) – “Guide for the Design and Cons-
truction of Externally Bonded FRP Systems for Strengthe-
ning Concrete Structures”;
Figura 12 – Eficiência das técnicas de reforço com Sistemas FRP. Figura 13 – Bases de dimensionamento do reforço de elementos estruturais
em betão armado com sistemas FRP.
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SEGURANÇA EM 1º LUGAR
MEIOS AUXILIARES
DE ELEVAÇÃO
PREVENÇÃO E SEGURANÇA
PRINCIPAIS RISCOS:
• Queda de objetos por desprendimento/desmoronamento
Margarida Santos • Queda de objetos em manipulação
Departamento de Prevenção • Esmagamento
e Segurança – PT • Entalamento
• Cortes ou dilacerações
• Sobreesforços
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SEGURANÇA EM 1º LUGAR
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SEGURANÇA EM 1º LUGAR
GANCHOS (haste curva de metal para suspender CORRENTES (cadeia de elos metálicos)
quaisquer pesos)
• Devem ser retiradas de serviço todas as correntes que
• Devem possuir patilha de segurança em bom estado. apresentes elos com sinais de corrosão, fissuras, desgas-
tes (superiores a 5%), ou deformações da sua geometria.
• Devem ser retirados de serviço todos os ganchos que
apresente sinais de corrosão, fissuras, desgastes, deforma- • Deve ser rigorosamente proibido alterar correntes,
ções da sua geometria ou falta de patilha de segurança. nomeadamente proceder à sua substituição dos seus
elos ou soldá-los.
• Deve ser proibido fabricar ganchos no estaleiro com
ferro de obra, independentemente da sua resistência. • As correntes não devem ser utilizadas com nós, torcidas
ou com ramais cruzados.
• Deve ser rigorosamente proibido alongar a abertura dos
ganchos de forma a poder passar um cabo ou acessó- • As correntes devem ter um fator de segurança de 5.
rios de maior diâmetro.
• O critério de seleção deve ter em conta a carga a movi-
• Os ganchos giratórios devem estar bem lubrificados, de mentar bem como a volumetria da mesma, sendo que
forma que girem livremente. devem estar sempre dimensionadas para o efeito.
MANILHAS (argola, elo de cadeia com sistema CORDAS (peça de fios unidos e torcidos uns sobre
de abertura e fecho) os outros) OU CINTAS (tira de material sintético com
que se cerca uma carga)
• Devem ser retiradas de serviço todas as manilhas que
apresentem sinais de corrosão, fissuras, desgastes, • Quando são entregues na ferramentaria, deve-se pro-
deformações da sua geometria, defeitos nas roscas ou ceder à secagem à sombra, em local seco e arejado e
parafusos de aperto. verificar o desgaste ao longo da corda.
NOTA:
→→De cânhamo, são muito sensíveis à água e agentes
químicos, pelo que não é aconselhável o seu uso
em locais molhados;
→→De poliamida, são resistentes à tração brusca e aos
agentes químicos.
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G E S TÃ O
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G E S TÃ O
FAÇA PERGUNTAS EM O psicólogo Jess Lair observa: "o elogio MOSTRE COMO O ERRO
VEZ DE ORDENAR é como um raio de sol para o espírito É FÁCIL DE CORRIGIR
Um líder eficaz faz perguntas em vez humano quente; não podemos flores- Para ajudar os outros a melhorar uti-
de dar ordens diretas. Tenha cons- cer nem crescer sem ele. E, todavia, lize incentivos. Faça com que os erros
ciência de que a maioria das pessoas embora muitos de nós estejam sem- pareçam fáceis de corrigir. Se incutir
não gosta de receber ordens e que pre prontos para aplicar aos outros o a ideia de que será fácil ultrapassar
qualquer um dos nós é mais colabo- vento frio das críticas, ficamos relu- pequenos erros ou pequenas limi-
rativo se se sentir parte integrante da tantes em dar ao nosso semelhante o tações, destacando as capacidades
decisão que provocou essa ordem. brilho quente de um elogio". de cada um, conseguirá fomentar a
Esta técnica incentiva as pessoas a autoconfiança e inspirar as pessoas a
corrigirem erros, salvaguardando Enalteça o desenvolvimento mais ter coragem, fé e a dar o seu melhor.
o orgulho delas e estimulando a ínfimo e todas as melhorias. Seja
cooperação em vez da revolta. Ao afetuoso na sua aprovação e bondoso FAÇA COM QUE OS OUTROS
recorrer a esta técnica é possível nos elogios. FIQUEM FELIZES POR FAZER
“camuflar” uma ordem e estimular a AQUILO QUE SUGERE
criatividade das pessoas. ESCOLHA A REPUTAÇÃO CERTA Um líder eficaz deve estar ciente das
Como gostaria de ser reconhecido? seguintes regras quando necessita de
DEIXA A OUTRA PESSOA Como um chefe autoritário ou como alterar posturas ou condutas.
SALVAR A FACE um líder que todos desejam a acom-
É importante possibilitar que a outra panhar? Se pretende aperfeiçoar-se • Seja verdadeiro. Não garanta
pessoa salve a face, mesmo que no difícil papel da liderança, deverá nada que não possa concretizar.
tenha cometido uma ação grave. Re- influenciar e mudar as atitudes e a
preender, criticar e ameaçar alguém conduta dos outros e conceber uma • Centre nos benefícios da outra
perante uma plateia de pessoas só reputação que os outros respei- pessoa e não nos seus próprios
vai ferir os sentimentos e o orgulho tem. Os diversos estudos efetuados benefícios.
de quem se enganou. indicam que a maioria das pessoas
Se em vez de seguir o impulso in- podem ser orientadas se conseguir- • Instrua corretamente a outra pes-
tempestivo recorrer a uma palavra de mos o seu respeito e mostrarmos soa com o que é pretendido dela.
compreensão genuína, vai conseguir que as respeitamos por alguma das
aliviar profundamente o sentimento suas competências. • Seja Simpático. Interrogue-se
de amargura da pessoa e permitir sobre os desejos e aspirações da
que essa pessoa fique determinada a Então, como proceder quando algum outra pessoa.
não voltar a enganar-se. bom colaborador começar a demons-
trar-se desmotivado? Pode despedi- • Atente quais os benefícios que
COMO INCENTIVAR AS PESSOAS -lo, mas isso não resolve nada. Pode essa pessoa receberá se corres-
PARA O SUCESSO repreendê-lo, mas isso geralmente ponder ao que lhe sugeriu.
Elogiar em vez de julgar é o princípio provoca ressentimento. Se desejar
dos ensinamentos de B.F. Skinner. potenciar determinada aptidão de • Adapte esses benefícios aos
Através de experiências realizadas em alguém, comporte-se como se essa desejos da pessoa.
animais e humanos demonstrou que, característica já fizesse parte das suas
quando as críticas são reduzidas e os capacidades (mesmo que o mesmo • Quando fizer uma solicitação,
elogios salientados, as ações positivas não a possua). Poderá ser profícuo formule-a de forma a transmitir
são potenciadas e as negativas ficam assumir e declarar francamente que à outra pessoa a ideia de que be-
enfraquecidas por falta de atenção. essa pessoa tem uma virtude que neficiará pessoalmente com isso.
deseja ver expandida.
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D I R E I T O A FA L A R
ALTERAÇÃO DO IMI
Filipa Teixeira O IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) é um imposto aplicado
Departamento Jurídico sobre o valor patrimonial tributário de todos os imóveis que se
encontram em território nacional, é pago pelos proprietários de
imóveis e reverte a favor dos municípios.
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D I R E I T O A FA L A R
aos utilizados nos prédios de comércio, ções diferentes no mesmo bloco, pelo Ou seja, o contribuinte fica sem saber
indústria e serviços. facto de uma ter terraço ou encontrar- qual o IMI que irá pagar para o ano,
-se em situação privilegiada em ter- pois não sabe se o seu município vai
Assim, entrou em vigor, no dia 2 de mos de vista, por exemplo. solicitar uma nova avaliação de alguns
agosto de 2016, o Decreto-Lei n.° ou todos os imóveis, por achar, por
41/2016, de 1 de agosto que introduz Isto porque o decreto-lei define agora exemplo, que determinado bairro ou
alterações, entre outros, ao Imposto que o coeficiente de “localização e ope- imóvel isolado tem uma vista excelen-
Municipal sobre Imóveis. racionalidade relativas” possa ser aumen- te e/ou ótima exposição solar.
tado até 20% ou diminuído até 10%, caso
A medida que mais destaque tem tido fatores como a exposição solar, o piso ou As alterações aprovadas pelo Decreto-Lei
é a da alteração em sede de cálculo do a qualidade ambiental sejam considera- n.° 41/2016, de 1 de agosto entraram
coeficiente de Qualidade e Conforto, dos positivos ou negativos. em vigor no dia 2 de agosto de 2016,
quanto a prédios urbanos destinados mas não ocorrem automaticamente.
a habitação, coeficiente que é utilizado Assim, caso um imóvel tenha uma
na determinação do Valor Patrimonial boa exposição solar, seja um piso mais As alterações no valor patrimonial
Tributário desses imóveis. elevado ou tenha uma “área especial”, dos imóveis só produzirão efeito se
como um terraço, o coeficiente pode houver uma reavaliação do imóvel (a
Um aumento da ponderação máxima subir até 20%. Em sentido inverso, se pedido do proprietário, das Finanças
prevista para o coeficiente de "locali- o imóvel receber pouca luz natural, ou das autarquias) ou em imóveis no-
zação e operacionalidade relativas" é for uma cave ou tiver uma qualidade vos. Haverá casos em que a mudança
a grande mudança nas regras do IMI. ambiental prejudicial (como poluição se poderá traduzir num aumento do
Significa isto que dependendo da ex- atmosférica, sonora ou outra) ou ele- IMI, outros em que ele poderá baixar.
posição solar que o seu andar tiver ou mentos visuais negativos (como uma Enquanto não houver uma iniciativa
da qualidade ambiental da sua habita- ETAR ou um cemitério), o coeficiente de reavaliação, estas mudanças estão
ção, este imposto pode subir ou descer. pode diminuir até 10%. como que "adormecidas".
No fundo, a alteração prende-se com a Até aqui, o código do IMI previa que o
equiparação dos prédios urbanos des- coeficiente de “localização e operacio-
tinados a habitação com os destinados nalidade relativa” tivesse uma ponde-
a comércio, indústria e serviços, quan- ração máxima de 5% - o que significava
to aos majorativo e minorativo "locali- que estes elementos podiam aumentar
zação e operacionalidade relativa". ou diminuir o coeficiente até esse valor.
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