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O crescimento espraiado e periférico das cidades nos países dependentes, tal qual Moçambique,

tem reproduzido um movimento de segregação sócio-espacial das classes de baixos rendimentos, as


quais são relegadas a condições ambientais insalubres.
Por um lado, a inação dos Estados nacionais em coibir o mercado informal do solo urbano acaba por
reproduzir um modelo de urbanização pautado em assentamentos precários, muitos deles 4
vulneráveis a enchentes, escorregamentos e outras catástrofes ambientais. Além disso, a extensão
indefinida dos territórios citadinos acaba por suprimir crescentemente áreas vegetadas importantes à
manutenção do funcionamento dos ecossistemas e dos fluxos socioecológicos urbanos, muitas delas
inclusive protegidas legalmente.

Por outro lado, as próprias políticas de habitação para as classes de baixos rendimentos tendem
também a reproduzir o modelo periférico de expansão urbana, construindo grandes conjuntos
habitacionais isolados do centro urbano consolidado, aumentando assim os custos socioambientais na
provisão de infraestrutura, sem, contudo, garantir a essas populações o pleno direito à cidade. Lima e
Zanirato (1016)

Apesar de bastante debatido e aceito pelo senso comum, o conceito de sustentabilidade não
possui precisão e acaba ganhando vários sentidos, algumas vezes contraditórios.

O reconhecimento progressivo de carácter inter-disciplinar do planeamento regional e urbano tem


determinado, ao longo deste século, uma evolução constante da maneira de pensar em urbanismo,
e consequentemente dos métodos de análise e de planeamento, assim como dos suportes legais
para a sua prática profissional.

A rápida urbanização e concentração excessiva da população é fruto do crescimento


demográfico, das migrações voluntárias e involuntárias, das oportunidades de emprego
reais e aparentes, das expectativas culturais, das mudanças nos hábitos de consumo e de
produção, dos desequilíbrios e das disparidades entre as diversas regiões.

As deficientes infraestruturas e serviços, a carência de tecnologias ecologicamente


aceitáveis e a urbanização não sustentável contribuem para a degradação do meio rural.
Aliada a isso, a falta de oportunidades de emprego e de trabalho, nas zonas rurais, favorece
a migração do campo para a cidade e reduz a capacidade humana nas comunidades rurais.

No país, a urbanização é uma tendência irreversível. O desenvolvimento sustentável


dependerá sobretudo da capacidade das zonas urbanas em administrar os sistemas de
produção e consumo, assim como de transporte e eliminação de resíduos, necessários para
preservar o ambiente.

A administração municipal pode contribuir para que os assentamentos humanos sejam


viáveis, equitativos e sustentáveis proporcionar serviços e colocar o cidadão em condições
de participar na construção do bem-estar social e económico e na protecção ambiental.

A formulação, avaliação e revisão periódica de políticas de habitação são essenciais para o


aumento de oferta de habitações adequadas. É fundamental formular políticas de habitação
que se integrem nas políticas gerais de desenvolvimento. Agenda 2025 (2013:110)

Bibliografia
AGENDA 2025 : Visão e Estratégias da Nação.
COMITÉ DE CONSELHEIROS. Agenda 2025. Maputo: PNUD, 2003

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