DISCIPLINA: FILOSOFIA E SEU ENSINO DOCENTE: DR. ANTÔNIO GOMES DISCENTE: FAGNER VELOSO DA SILVA CAMPINA GRANDE, 10 DE DEZEMBRO DE 2017
RESENHA DO CAPÍTULO 5
YIN, Robert K. Estudo de Caso Planejamento e Métodos. Tradução de Daniel
Grassi. Consultaria, supervisão e revisão técnica desta edição de Cláudio Damacena. 2.ed.- Porto Alegre. Editora: Bookman, 2001.
Robert Yin no capítulo 5 analisa as evidências do estudo de caso. É um
capítulo interessante. Pois nele é tratado de forma clara a compreensão do que significa este modo de pesquisa. A análise realizada por Yin das evidências de um estudo de caso consiste em um dos aspectos menos explorados e também mais difíceis ao realizar estudos de caso. Em diversas ocasiões, os pesquisadores iniciam um estudo de caso sem ter a menor noção do que uma evidência deve ser analisada (e isso sem levar em consideração do que é recomendado no Capítulo 3 de que as abordagens analíticas devem ser desenvolvidas como parte do protocolo do estudo de caso). É interessante notar que essas investigações além de ficar estagnadas na etapa analítica do estudo. Em razão desse problema, o pesquisador de estudo de caso terá mais vantagens em relação ao pesquisador iniciante nessa etapa analítica. Pois diferentemente da análise estatística, que há poucas fórmulas ou receitas fixas para orientar o principiante. Não só isso, outro fator importante é que depende muito do próprio estilo rigoroso de pensar que o pesquisador possui, juntamente com a apresentação suficiente de evidências e a análise cuidadosa de interpretações alternativas. Mediante uma observação algumas pessoas a sugerir que uma das maneiras bem-sucedidas para realizar a análise é tornar os dados do estudo de caso propícios à análise estatística- atribuindo valores numéricos aos eventos, por exemplo. É possível realizar esses estudos de caso quantitativos quando se possui uma unidade incorporada de análise dentro de um estudo de caso, mas essa técnica ainda se mostra falha ao atender às necessidades de fazer análise ao nível do caso inteiro, no qual pode haver apenas um caso ou poucos casos. Algumas sugestões de estratégias analíticas gerais para aplicação do estudo de caso 1) Tornar os dados do estudo de caso propícios à análise estatística- atribuindo valores numéricos aos eventos. 2) Utilizar várias técnicas analíticas(Miles&Huberman,1984) 3) dispor as informações sem séries diferentes; 4) criar uma matriz de categorias e dispor as evidências dentro dessas categorias; 5) criar modos de apresentação dos dados(fluxogramas); 6) classificar em tabelas de frequência de eventos diferentes; 7) examinar a complexidade dessas classificações e sua relação calculando números de 2ª ordem (médias e variâncias); 8) dispor as informações em ordem cronológica ou utilizar alguma outra disposição temporal.
Além dessas sugestões, Yin ainda elenca duas outras estratégias gerais.
a) Baseando-se em proposições teóricas: é seguir as proposições
teóricas que levaram ao estudo de caso. Essas proposições refletem o conjunto de questões da pesquisa, as revisões feitas na literatura sobre o assunto e as novas interpretações que possam surgir. As proposições dariam forma ao plano da coleta de dados e assim estabeleceriam a prioridade às estratégias analíticas relevantes. b) Desenvolvendo uma descrição de caso: é desenvolver uma estrutura descritiva a fim de organizar o estudo de caso. É preferível utilizar proposições teóricas a utilizar essa estratégia. O desenvolvimento de todo o capítulo buscar auxiliar e demonstrar a necessidade de uma estratégia analítica para aqueles que tomam o estudo de caso para pesquisar determinados objetos. Por esta razão o objetivo geral do capítulo foi tratar as evidências de uma maneira justa, produzir conclusões analíticas irrefutáveis e eliminar interpretações alternativas. “O papel da estratégia geral é ajudar o pesquisador a escolher entre as diferentes técnicas e concluir, com sucesso, a fase analítica da pesquisa”.