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A peça contabilística que vamos então analisar vai chamar-se demonstração de resultados
e tem a ver com a análise dos fluxos de proveitos e custos.
Aqui é importante ver as três ópticas: a contabilística, a financeira e a de tesouraria.
- ÓPTICA CONTABILISTICA
-CUSTO - Corresponde a um critério de imputação contabilística dos valores incorporados
na produção. Corresponde a um consumo de recursos.
-PROVEITO – Corresponde a um critério de imputação contabilística do valor criado ao
vender a produção. Corresponde a uma geração de recursos.
- ÓPTICA FINANCEIRA
-DESPESA – Ocorre no momento da realização da compra, respeita a factos que originam
a obrigação de pagar, originando uma divida de próprios a terceiros.
-RECEITA – Ocorre no momento de realização da venda, respeita a factos que originam o
direito de receber, originando a criação de uma divida de terceiros á empresa.
Em suma:
- A empresa ao funcionar, origina proveitos e custos que são registados
contabilisticamente (a contabilidade vai registar os custos e proveitos).
- Numa óptica financeira, a empresa ao funcionar vai gerar receitas e despesas que depois
em termos de caixa (tesouraria) vão dar origem a recebimentos e pagamentos.
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
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Por funções fornece as indicações relativas aos custos e proveitos envolvidos na
organização durante o período correspondente;
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EXEMPLO: Veremos agora uma demonstração de resultados.
(1) VENDAS
(2) -CUSTOS VARIÁVEIS – CMVC (custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas)
(3) =MARGEM BRUTA DE VENDAS / OU MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (antes
dos custos fixos)
(4) -CUSTOS FIXOS (inclui gastos gerais administrativos, custos de distribuição)
(5) =MEIOS LIBERTOS OPERACIONAIS / OU EXCEDENTE BRUTO DE
EXPLORAÇÃO
Em inglês chama-se EBITDA (Earnings before interests, taxes, depreciations and
amortizations)
Também se chama às vezes impropriamente “cash-flow” operacional ou “cash-flow” de
exploração.
COMENTÁRIOS
-2. OS CUSTOS FIXOS são independentes do nível de actividade da empresa, ou seja não
dependem da quantidade produzida.
-6. OS RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS são formados pela soma dos resultados
correntes do ano e dos tais resultados extraordinários.
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- Os juros dos empréstimos contraídos são custos do exercício e por isso traduzem os
resultados correntes e também os resultados antes de impostos.
Os encargos financeiros dos empréstimos ajudam a reduzir os lucros e portanto são úteis
para diminuir os impostos sobre lucros a pagar.
É saudável (para uma empresa ter algum nível de endividamento pois sendo os encargos
financeiros (juros de empréstimos) um custo fiscal (custo aceite para efeitos do calculo do
lucro sujeito a impostos), tal ajuda a pagar menos impostos ao estado! (No fundo, o estado
está a ajudar-nos a pagar uma parcela dos juros!)
EBITDA é então a sigla para a expressão inglesa “Earnings before interest, taxes,
depreciation and amortization”, o que traduzindo à letra, significa “lucros antes de juros,
impostos, provisões e amortizações” – ou, como alguns analistas apelidam, em tom de
brincadeira, “os lucros antes de descontadas as más notícias”. Uma das formas mais
simples de calcular o EBITDA é pegar nos resultados operacionais e acrescentar as
provisões e as amortizações (duas rubricas que medem a desvalorização dos bens tangíveis
e intangíveis da empresa, ao longo do tempo).
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“as empresas podem ter planos de investimento desfasados no tempo, o que dificulta a
comparação da sua performance”. Os impostos são também deixados de lado, permitindo
que a eventual aquisição ou alienação de activos da empresa não tenham, por esta via,
impacto nos lucros apurados. Este indicador é também elucidativo para avaliar o potencial
de uma empresa jovem ou recentemente reestruturada, uma vez que permite conhecer o
capital gerado, antes que ele seja sujeito aos impostos e juros cobrados por credores.
É UM INDICADOR FIÁVEL?
Utilizado isoladamente, o EBITDA pode ser um indicador enganador, uma vez que o
diagnóstico da saúde financeira da empresa está incompleto. Por exemplo, a frequente
associação do EBITDA ao “cash-flow” é enganadora, uma vez que as despesas com
impostos e juros não são operacionais e uma falha neste capítulo compromete o futuro da
empresa, se não a curto, pelo menos a médio ou a longo prazo. O facto de o EBITDA ser
positivo, também não significa que a empresa tenha capacidade para fazer frente a todas as
despesas correntes, uma vez que os juros decorrentes de empréstimos e os impostos
representam custos de tesouraria. Por outro lado, as despesas com a amortização dos bens
não podem ser eternamente adiadas uma vez que com o passar do tempo os upgrades são
inevitáveis e nessa altura convém ter alguns recursos de parte para poder fazer frente às
despesas.
Óptica Económica
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As amortizações não correspondem a saída de fundos da empresa no exercício em
análise (de notar que não estamos ainda no mapa das “cash-flows”, onde iremos tratar do
“cash-flow” e “cash-out” (entradas e saídas de fundos da empresa) mas estamos no mapa
das demonstrações de resultados, onde imputamos contabilisticamente custos e proveitos).
Nos bens físicos que estão a ser amortizados, não há saída de fundos no exercício,
esses fundos saíram antes quando fizemos o investimento em tais bens físicos (e por isso o
investimento irá aparecer no mapa dos “cash-flows”). A amortização corresponderá
somente a uma imputação do custo do consumo de um bem de capital.
Neste contexto, também é fácil de perceber que:
- a taxa de amortização (percentagem anual do valor total do bem físico a amortizar) é
menor nos edifícios do que nos equipamentos, pois os edifícios têm maior Longevidade.
- há medida que a evolução tecnológica e a volubilidade dos mercados reduz o ciclo de
vida dos equipamentos, maior a taxa de amortização por mais rápido ser o desgaste
económico do equipamento. Neste contexto, o equipamento até ainda poderia estar
fisicamente em boas condições mas se economicamente já não fizer sentido usa-lo, tal
equipamento chegou ao fim da sua vida útil e deverá ser substituído.
AMORTIZAÇÃO na óptica económica terá a ver com o ciclo de vida do equipamento que
é uma noção económica e não física!
Óptica contabilística:
De acordo com o conceito económico de amortização, tal vai então ser passado
contabilisticamente para a conta de exploração / demonstração de resultados.
A amortização será então a dedução efectuada anualmente aos resultados brutos da
empresa para ter em conta a depreciação continua dos elementos imobilizados do seu
activo, devido ao tempo, ao uso ou ao ciclo económico da vida dos equipamentos. (por
isso é que nos equipamentos de alta tecnologia sujeitos à vertiginosa evolução tecnológica,
os governos aceitam deduções mais elevadas que não têm a ver com o seu ritmo de
obsolescência técnico-económica).
Aplica-se a todos os bens de produção (imóveis, máquinas, ferramentas). Os
valores em carteira (ainda não usados) bem como os terrenos não podem ser amortizados.
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4ºAno…..1055€
………………..
Suponhamos que temos uma máquina que custa 100 mil euros, que tem uma vida
útil económica de 5 anos e que vai ser amortizada linearmente. Tal significará que em
cada ano, a nossa máquina terá uma amortização (depreciation) de 20%.
Na nossa demonstração de resultados em cada ano, iremos inscrever como custo
20% de 100 mil euros, ou seja 20 mil euros. Ao fim de 5 anos, a nossa máquina estará
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totalmente amortizada dado que em cada ano ela se foi amortizando (depreciando) 20 mil
euros. Então como é que esse activo vai evoluir no nosso balanço?
Vejamos então
t=5 “ “ 100mil€ 0
- Nos bens amortizados, o activo a inscrever nos sucessivos balanços ao longo do tempo
vai diminuindo, à medida que o bem se vai “gastando”.
Ficamos assim com a noção que nos balanços, sempre que haja activos sujeitos a
amortizações teremos:
Bem 1
Bem 2
Bem 3
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-10. AMORTIZAÇÃO (REEMBOLSO) FINANCEIRA - Exemplo
Teremos então:
Ano de carência
1ºReemb. 2ºR. 3ºR. 4ºR. 5ºR.
10mil € 10mil€ 10mil€ 10mil€ 10mil€
Reembolso /
Amortização
Acumulada 10mil€ 20mil€ 30mil€ 40mil€ 50mil€
PASSIVO LIQUIDO 40mil€ 30mil€ 20mil€ 10mil€ 0
EM RESUMO:
Juros do empréstimo DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
(custos nos resultados financeiros)
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Suponhamos agora que esse empréstimo de 50 mil € foi totalmente aplicado na
compra de uma máquina que vai ser amortizada em 3 anos com uma amortização de 50%
no primeiro ano e 25% nos anos seguintes.
ACTIVO
BRUTO AMORTIZAÇÃO A.ACUMULADA ACTIVO
LIQUIDO
P0 P1 P2
A0 A1 A2
11
50.000 € 50.000 € 25.000 € 50.000 € 12.500 € 40.000 €
0 0€
SL6
Neste exemplo, intencionalmente estes perfis temporais são diferentes mas não sendo
necessariamente iguais convém referir que é de boa e prudente gestão financeira que se
vamos pedir um empréstimo para financiar um activo com uma vida útil de X, o
empréstimo deverá ser também de uma maturidade idêntica.
Se activo é um imobilizado o passivo que o financia deve ser de MLP (médio e longo
prazo)
Se activo é circulante (por ex. matérias primas) poderá ser financiado por passivo de CO
(curto prazo)
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CF = 0.2 mil €
“CASH-FLOW” DE RESULTADOS
De todos os custos desta demonstração de resultados, o que é que não vai corresponder a
saída de fundos da empresa? Como vimos, será o valor das amortizações (100 mil €)
Então o que ficará retido na empresa é não só o lucro (resultados líquidos) mas também o
valor das amortizações.
BANCA
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Demostração de Resultados de um Banco
(2) – Juros dos depósitos (equivalente aos custos das materias primas numa
empresa – CMVC)
(11) – Impostos
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BALANÇO DE UM BANCO
A P
Activos intangíveis
SL
Existências
BIBLIOGRAFIA
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Biblioteca Executive Digest
- “Finanças”
????? Brandão Porto Editora
- “Corporate Finance”
Fred R. Keen
Blackwell Business
- “Finanças da Empresa”
António Gomes Mota e Cláudia Custódio
Booknomics 2006
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