Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Conceito:
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício de trabalho a serviço da empresa provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho
permanente ou temporária, nos termos dos artigos 138 a 177 do Regulamento dos Benefícios da Previdência
Social.
Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos previdenciários, a doença profissional, a
doença do trabalho e o acidente de trajeto.
A doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar à
determinada atividade enquanto a doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente.
O acidente de trajeto é aquele sofrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção.
Legislação:
Em nosso país, a primeira Lei de Acidente do Trabalho surgiu em 1919, e baseava-se no conceito de "risco
profissional", considerando esse risco como sendo natural à atividade profissional. Essa legislação não
estabelecia um seguro obrigatório mas, previa pagamento de indenização ao trabalhador ou à sua família,
calculada de acordo com a gravidade das seqüelas do acidente, sendo que a prestação do socorro médico-
hospitalar e farmacêutico era obrigação do empregador. A comunicação do acidente de trabalho tinha que ser feita
à autoridade policial do lugar, pelo empregador, pelo próprio trabalhador acidentado, ou ainda, por terceiros.
Desde então, a legislação brasileira sobre acidentes de trabalho sofreu importantes modificações em 1934,
1944, 1967, 1976, 1984, 1991, 1992 e finalmente, em 1995. A legislação atualmente em vigor é a Lei Nº 8.213, de
24 de julho de 1991, posteriormente regulamentada pelo Decreto Nº 611, de 21 de julho de 1992 (Plano de
Benefícios da Previdência Social). De acordo com essa legislação, além de ser responsável pela adoção e uso de
medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, a empresa deve contribuir com
o financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho proporcionalmente ao grau de risco
de acidentes de trabalho correspondente à sua atividade econômica. Os percentuais, incidentes sobre o total das
remunerações pagas no decorrer do mês, eqüivalem à 1% (um por cento) para o grau de risco leve, à 2% (dois
por cento) para o grau médio e à 3% (três por cento) para o grau de risco grave.
A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social, através da emissão da
Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de
morte, de imediato à autoridade policial competente. O acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a
que corresponda a sua categoria, deverão receber cópia fiel da CAT.
Na falta de comunicação por parte da empresa, poderão emitir a CAT o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública.
O acidente de trabalho deverá ser caracterizado:
Administrativamente, através do setor de benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que
estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente;
Tecnicamente, através da perícia médica do INSS, que estabelecerá o nexo de causa e efeito entre o
acidente e a lesão.
Em caso de acidente de trabalho, o acidentado e os seus dependentes têm direito, independentemente de
carência, às seguintes prestações:
Quanto ao segurado: auxílio-doença, auxílo-acidente ou aposentadoria por invalidez;
Quanto ao dependente: pensão por morte.
O auxílio-acidente será concedido ao trabalhador segurado quando, após consolidação das lesões
decorrentes da doença profissional ou acidente de trabalho, resultar seqüela que implique em redução da
capacidade laborativa. Esse auxílio é mensal e vitalício e, corresponde a 50% do salário-de-contribuição do
segurado, vigente no dia do diagnóstico da doença profissional ou da ocorrência do acidente de trabalho.
A aposentadoria por invalidez será devida ao trabalhador que for considerado incapaz para o trabalho e
insuscetível de reabilitação, e corresponde a 100% do salário-de-contribuição do segurado.
As ações referentes às prestações por acidentes de trabalho podem ser apreciadas na esfera administrativa
(INSS) e na via judicial (Justiça dos estados), e prescrevem em 5 (cinco) anos, contados da data do acidente.
Convém observar que o pagamento pela Previdência Social das prestações por acidente de trabalho não
exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem. Da mesma forma, os responsáveis técnicos (o
engenheiro ou técnico de segurança, o médico do trabalho, as chefias) podem ser chamados a responder
criminalmente pelo dano à integridade física do trabalhador.
Por sua vez, o trabalhador segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de
12 (doze) meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário.
A Investigação do Acidente de Trabalho: O Método de "Árvore de Causas"
A investigação causal é um procedimento importante na prevenção dos acidentes de trabalho por promover
a identificação de fatores de risco cuja eliminação pode evitar a ocorrência de novos acidentes.
Nos tempos atuais, parece consenso que as noções de "atos e condições inseguras" devem ser
definitivamente abandonadas nas práticas de investigações de acidente de trabalho.
O método de "árvore de causas", desenvolvido por pesquisadores franceses e descrito por Monteau (1977),
é o instrumento de investigação preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse método
baseia-se na Teoria de Sistemas, sendo o acidente considerado como um sinal de "disfunção do sistema".
Fundamenta-se em relato objetivo e detalhado dos fatos envolvidos na ocorrência do acidente de trabalho a partir
da lesão produzida, identificando retroativamente tais fatos, denominados "fatores antecedentes". Com estas
informações constrói-se a rede de antecedentes do acidente, representada sob forma de diagrama denominado
"árvore de causas".
Para que o acidente de trabalho aconteça, é necessário a ocorrência de, pelo menos, uma "variação" em
relação à situação habitual de trabalho, e esse método estabelece que se reconstitua a história do acidente a
partir da identificação das variações e dos fatores antecedentes.
Segundo o método de "árvore de causas", o trabalho desenvolvido por um indivíduo em determinado
sistema de produção constitui a "atividade" que, por sua vez, é decomposta em quatro elementos: o "indivíduo"(I),
a "tarefa"(T), o "material" (M) e o "meio de trabalho" (MT).
Resumindo, a investigação do acidente consiste, então, na identificação de todas as modificações ocorridas
em cada um dos quatro elementos.
Densidade de incidência (DI): é um indicador mais acurado para medir a ocorrência de acidentes de
trabalho, pois leva em conta o número de horas/homem trabalhadas.
Coeficiente de gravidade (CG): permite a avaliação quantitativa das perdas acarretadas pelos acidentes de
trabalho, em conseqüência da incapacitação temporária ou permanente das vítimas destes eventos.
PONTOS IMPORTANTES:
De acordo com o item 7.4.2.1. da NR-7, a periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I
deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico-coordenador, ou por notificação do
médico Agente da Inspeção do Trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho;
De acordo com o item 7.4.2.3. da NR-7, outros exames complementares usados normalmente em patologia
clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico-
coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico Agente da Inspeção do Trabalho, ou ainda decorrente
de negociação coletiva de trabalho.
EXCEÇÕES:
As empresas enquadradas no grau de risco 1 e 2 estão dispensadas da realização do exame demissional,
desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado a menos de 135 (cento e trinta e cinco) dias;
As empresas enquadradas no grau de risco 3 e 4 estão dispensadas da realização do exame demissional,
desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado a menos de 90 (noventa) dias.
DINAMOMETRIA LOMBAR: Mede a força muscular lombar e a capacidade estática de oposição do tronco.
Utiliza-se o dinamômetro lombar, que é constituído por um mostrador e um sistema de molas fixo em uma base. O
sistema de molas é movimentado por uma haste que, ao ser tracionada, faz girar um ponteiro e um cursor diante
do mostrador, graduado de 0 a 17. Este, ao ser acionado, registra a força muscular lombar despendida ao se
efetuar um movimento de flexão e extensão do tronco. O valor obtido deve ser multiplicado por 10 para obter como
resultado um registro em quilograma-força.
DINAMOMETRIA MANUAL: Mede a capacidade de apreensão das mãos, ou seja, a capacidade que o
trabalhador tem de prender ou não com firmeza os objetos. Utiliza-se o dinamômetro manual, que é constituído
por um sistema de molas que, ao ser acionado por meio de uma haste metálica, movimenta um ponteiro e um
cursor diante de um mostrador graduado de 0 a 10. Os valores obtidos devem ser multiplicados por 10 e os
resultados serão interpretados em quilograma-força.
PESQUISA DA RESISTÊNCIA ESTÁTICA DOS MEMBROS SUPERIORES AOS PESOS: Essa pesquisa
permite a avaliação da capacidade de o trabalhador executar trabalhos que exigem a sustentação de objetos
pesados por um tempo variável. Utiliza-se para essa avaliação halteres de 5 quilos para os homens e de 3 quilos
para as mulheres e os menores. Os resultados são medidos pelo tempo em que o indivíduo suporta segurar esses
pesos.
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS
A construção e manutenção de um ambiente de trabalho seguro e saudável não é uma tarefa fácil. Ela
requer disciplina, dedicação convencimento e capacitação técnica. Os riscos associados ao exercício profissional
têm uma ampla variedade de agentes, com atuação permanente no ambiente de trabalho. Antecipar, reconhecer,
avaliar e controlar esses riscos é obrigação legal do empregador e compromisso dos profissionais especializados
em segurança e saúde. Entretanto, as ações dessas duas partes só alcançam resultados efetivos com a
participação ativa dos trabalhadores, pois são eles que atuam diretamente nos sistemas.
No caso específico dos profissionais de radiologia, esse aspecto é ainda mais evidente e importante, uma
vez que a sua atividade requer o manejo direto dos agentes de risco, no caso as radiações. À sua própria
segurança, soma-se a responsabilidade pela segurança dos pacientes (no ambiente hospitalar), dos colegas e do
público em geral.
O desenvolvimento tecnológico, tanto na área de ensaios não destrutivos quanto na área médica, se faz
acompanhar de outros agentes de risco, cujos efeitos biológicos ainda não são plenamente conhecidos; é o caso
das radiações não ionizantes. Nelas estão incluídos os campos magnéticos estáticos, campos de freqüência
extremamente baixa, radiofrequência (incluindo microondas), infravermelho, ultravioleta, radiação visível e campos
acústicos específicos como o ultra-som e o infra-som.
Em algumas dessas aplicações, já existem recomendações técnicas de segurança, especialmente a
respeito de monitoramento, sinalização e procedimentos. As pesquisas que vêm sendo feitas em todo o mundo,
ainda não estabeleceram, de forma consensual, relação direta entre a exposição ocupacional a radiações não
ionizantes e os efeitos biológicos de longo prazo, entretanto alguns efeitos imediatos já foram detectados, em
alguns estudos, como a fadiga, perda de apetite, irritação ou formigamento da pele.
Enquanto a comunidade científica trabalha na definição mais apurada dos limites de exposição, a regra
geral estabelecida pela Associação Internacional de Proteção Radiológica (IRPA - International Radiation
Protection Association) é manter a exposição ocupacional e do público tão baixa quanto razoavelmente praticável,.
Ora, isso significa que todos os esforços devem ser feitos para reduzir ao máximo todo o tipo de exposição a
essas radiações, sem prejuízo da sua utilização. Dessa forma, o que se pretende destacar, é o caráter
fundamental das medidas de segurança, que não podem ser desprezadas pelo fato de as radiações serem não
ionizantes. Essa expressão, serve para caracterizar o tipo de radiação e sua interação com a matéria, e de forma
alguma para considerá-las de maior ou menor risco.
Os profissionais de radiologia devem procurar a atualização técnica permanente, não só quanto à utilização
das novas tecnologias, mas também com as implicações delas decorrentes na sua saúde e segurança, bem como
naqueles que estão sob a sua responsabilidade técnica e profissional. O exercício legal da profissão passa pela
exigência de condições de trabalho compatíveis com as normas e recomendações técnicas vigentes,
compreendendo que no ambiente de trabalho também se constrói qualidade de vida.