Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
OCUPACIONAL
SALÃO DE BELEZA
ENVIO 10
EDUBRAS
PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
© TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
INTRODUÇÃO
Entre os aspectos negativos do trabalho estão a sujeira, o perigo, o cansaço, a monotonia, e vários
outros.
Portanto, se bem a maioria das pessoas pode gostar do seu trabalho, pois lhes proporciona satis-
fação, auto-realização e até prazer, para alguns o trabalho é uma carga, visto que, existem trabal-
hadores para os quais as condições penosas e o perigo são indissociáveis de sua tarefa. Raramente,
o trabalho é um prazer para os mineiros que extraem o carvão, os pescadores de alto mar e muitos
trabalhadores da construção. Para eles, a melhora das condições de trabalho deve consistir, sobre-
tudo, na redução das horas de trabalho, da duração da vida ativa, dos riscos até onde seja possível,
e por outro lado, o aumento das férias pagas e dos períodos de descanso.
SAÚDE
A saúde e a doença são o resultado de uma interação constante entre o organismo e o meio am-
biente em que o homem cresce e se desenvolve. Considerar a Saúde e a Doença como estáticos
através do tempo, constitui um grave erro. É necessário compreender que a saúde nunca é a mes-
ma, assim como também não é a mesma a sociedade.
Desde alguns anos atrás, começa a impor-se a idéia da multicausalidade como elemento a valorizar
na origem de alguns processos de saúde-doença, responsabilizando aos hábitos pessoais como
causadores dos mesmos. O estilo de vida e os hábitos pessoais começam a desenvolver um papel
que antes desempenhava o agente infeccioso.
Por outro lado, ainda quando a medicina assume a multicausalidade e expressa-se em «fatores de
risco», poucas vezes ou quase nunca, incorpora aqueles determinados pelas condições de trabalho
ou o meio sócioeconômico. Vejamos o que acontece com as doenças coronárias: muitos falam de
suas relações com a obesidade, o hábito sedentário, o hábito de fumar, o grau de colesterol e até
do tipo de personalidade. No entanto, raramente interroga-se em relação a outros elementos que
possam também comportar-se como fatores de risco coronário, tais como o ruído, a exposição
crônica ao calor, a exposição ao monóxido de carbono, a provável ação de certos dissolventes, as
jornadas rotativas, o estresse por excesso de trabalho ou por subutilização das capacidades poten-
ciais, etc.
Sem dúvida, a deterioração das condições de vida, na maioria dos setores trabalhadores durante
esta década (níveis nutricionais, tempo destinado à recreação, qualidade de moradia, atenção em
saúde e serviços sanitários), predispõem a uma deterioração das condições de saúde, que se expre-
ssam em mais doenças. No entanto, independente disto, o peso dos fenômenos, o aumento na
produtividade do trabalho, e a situação de inestabilidade laboral, incidem também de forma defi-
nitiva no aumento da tendência a contrair doenças.
2
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
O conceito ideal de saúde é definido pela Organização Mundial de Saúde como: “o estado de bem-
estar físico, mental e social completo”, e não simplesmente a ausência da doença.
Outro ponto de grande importância, é que também se produz uma potenciação entre causa e
efeito.
3
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
trabalho (a tarefa, seu meio ambiente e as condições de sua organização) e os fatores humanos
(as capacidades do trabalhador, suas necessidades, sua cultura e sua situação pessoal fora do tra-
balho).
SAÚDE OCUPACIONAL
A relação Saúde-Trabalho é bilateral, já que tanto a saúde influencia no trabalho, quanto este
influencia na saúde, podendo ser positivas ou negativas estas relações. No estudo e tratamento
desta relação, dentro e fora do lugar de trabalho (CEMAT), é onde interfere a Saúde Ocupacional,
especialidade multidisciplinária fundamentalmente preventiva dos riscos laborais, com o objetivo
de alcançar a saúde plena dos trabalhadores em seu trabalho.
«A O.M.S. define dentro da Estratégia Global da Saúde Ocupacional, que a saúde no trabalho e
o meio ambiente laboral sadio, encontram-se entre os mais valiosos bens dos indivíduos,
comunidades e países, já que contribuem não somente para garantir a saúde dos trabalhadores,
senão também, positivamente à produtividade, qualidade dos produtos, motivações no trabal-
ho, satisfação laboral e desta forma, à boa qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade».
RISCO LABORAL
Os riscos no trabalho podem-se entender como aqueles elementos ou fatores nocivos que ge-
ram-se pelos objetos e os meios de trabalho, que isolada ou combinadamente podem danificar a
saúde do trabalhador.
Atualmente enfrentamos riscos de dois tipos: por um lado os riscos tradicionais, que seguem provo-
cando numerosas vítimas de acidentes de trabalho e doenças profissionais; por outro lado, os riscos
novos, surgidos do progresso tecnológico, dos novos produtos e as novas formas de organização
do trabalho, que modificam as próprias tarefas a realizar.
4
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
SINISTROS LABORAIS
A cada ano se produzem no mundo, somente na indústria manufatureira, uns 50 milhões de aci-
dentes (em média: 160.000 por dia), que provocam 100.000 mortes e 1.500.000 trabalhadores
com uma incapacidade permanente. É muito provável que esta avaliação seja muito inferior à rea-
lidade, já que devem-se acrescentar os milhões de trabalhadores vítimas de doenças contraídas no
trabalho, os acidentes das outras indústrias e a confiabilidade dos registros estatísticos dos diferen-
tes países.
O acidente de trabalho define-se desde o ponto de vista técnico, como o sucesso não programa-
do, inesperado ou não, que interrompe a atividade laboral, provocando uma perda útil de tempo,
uma lesão corporal e danos materiais; e desde o ponto de vista legal como o sucesso imprevisto,
violento, limitado no tempo (menor de 24 horas), de origem externa (por ações ou como con-
seqüência do trabalho), que provoca uma lesão corporal e/ou uma perturbação funcional, num
indivíduo em relação de subordinação.
Os acidentes resultam dos efeitos combinados de circunstâncias físicas (condições inseguras), que
muitas vezes podem ser reconhecidas; e de fatores humanos (atitudes inseguras), que podem ser
modificados através do treinamento, educação e supervisão. Na realidade, é necessário analisá-los
desde o ponto de vista global das Condições e Meio Ambiente de Trabalho (CEMAT).
Humanas: pela lesão física (incapacidade ou morte) e psíquica; econômicas (no indivíduo, na
empresa e na sociedade); e sociais (no familiar e na sociedade).
5
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
Profissionais: aquelas que tem sua origem no trabalho e estão numa lista e portanto, possuem
caráter indenizável.
Ocupacionais: aquelas que tem sua origem no trabalho, mas não reconhecidas legalmente como
profissionais e portanto, sem caráter indenizável.
Relacionadas com o trabalho: aquelas doenças comuns, associadas e/ou agravadas por alguns
fatores de risco laboral.
Desocupação: aquelas que se dão em desempregados e/ou empregados com inestabilidade la-
boral importante.
As doenças profissionais definem-se pela causa laboral que atua lentamente. É possível identificar
uma causa específica para certas doenças, no entanto outras devem-se a diversas causas. Além
disso, há doenças causadas por circustâncias nas quais efetua-se o trabalho (uma postura forçada,
esforços físicos repetidos) e que, conseqüentemente deveriam ser reconhecidas como profissio-
nais, apesar de que este reconhecimento não deveria ser extensivo a todos os trabalhadores desse
tipo. Tecnicamente, é a deterioração lenta e paulatina da saúde do trabalhador, produzida por
uma exposição crônica a situações adversas do trabalho. Legalmente, acrescenta-se que deve estar
incluída na lista de doenças profissionais da seguinte tabela:
6
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
7
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
26 - Doenças da pele causadas por agentes físicos, químicos ou bioló- Todos os trabalhos
gicos, não considerados em outros pontos. que exponham ao
risco considerado
8
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
A SAÚDE NO TRABALHO
A medicina do Trabalho é a disciplina encarregada de estudar e prevenir as doenças laborais e
como princípio fundamental, é necessário dizer que sempre podem-se prever.
1 - Via Respiratória: ingressam por ela: pós, fumaças, aerosois, gases e vapores. As partículas de
maior tamanho são retidas pelo muco da árvore bronquial, e eliminadas ao exterior involunta-
riamente na inalação e com as expectorações. As de menor tamanho chegam ao alveolo pul-
monar, produzindo dano local ou passando ao sangue, para sua posterior distribuição.
2 - Via Cutânea: muitas sustâncias produzem dano local na pele, enquanto que outras a atraves-
sam e chegam também ao sangue para sua posterior distribuição.
3 - Via Oral: Existem sustâncias que encontram-se no meio ambiente laboral e que contaminam
alimentos e bebidas e de forma acidental podem ingressar ao organismo, produzindo também
lesões locais e/ou atrevessar as mucosas para chegar ao sangue e distribuir-se.
9
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
DISTRIBUIÇÃO
Quando o tóxico passa ao sangue, é distribuído a todo o organismo, dissolvido no plasma ou unido
às proteínas plasmáticas.
ACUMULAÇÃO
As sustâncias depositam-se e acumulam-se num órgão, sendo em alguns casos, lugares de depósi-
to (chumbo nos ossos, praguicidas no tecido oleoso); em outros, produzem efeitos locais.
METABOLISMO
Os componentes químicos são alterados, transformando-se em produtos mais solúveis em água,
para facilitar assim sua eliminação; em outros casos, transformam-se em produtos mais tóxicos que
o original.
ELIMINAÇÃO
É o processo contrário à absorção do tóxico; a maioria eliminam-se pela urina, inalterados ou meta-
bolizados; outros eliminam-se pela bili, podendo ser reabsorvidos, e a maioria dos voláteis, o fazem
por via respiratória.
EFEITOS
Os efeitos podem ser agudos (aqueles detectáveis num período curto de exposição) ou crônicos
(aqueles detectáveis depois de um período longo de exposição). Estes efeitos podem ser: irritativos,
corrosivos, sensibilizantes, asfixiantes, anestésicos, neumoconióticos, cancerígenos e sistemáticos.
A SEGURANÇA NO TRABALHO
A Segurança é a técnica que está dirigida à redução dos riscos laborais, com a finalidade de evitar
a materialização de acidentes de trabalho e, caso se produza o acidente, diminuir as conseqüências
do mesmo para que seja mínima. Classifica-se em Preventiva (evita o acidente) e Protetora (evita a
lesão).
Para que a Segurança Laboral seja efetiva, deve basear sua atuação em técnicas de intervenção.
Não deve ser impulsiva e deve ter objetivos claros. Em resumo, as ferramentas de trabalho não são
materiais, senão intelectuais, pelo qual o limite da nossa atuação é nossa própria capacidade inte-
lectual, assim como a formação correta e atualizada, que nos proporcionem os elementos técnicos
indispensáveis para desenvolver-nos o mais corretamente possível.
A mínima informação que necessita para identificar um risco como potencial acidente é:
1 - a forma previsível do acidente.
2 - o agente material que determina o acidente.
3 - as causas de risco ou os fatores que podem desencadear o acidente.
10
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
MAQUINÁRIA: tanto as maquinárias como as ferramentas devem ser as adequadas para cada tra-
balho, devem possuir as proteções de segurança correspondentes e devem ser conferidas periodi-
camente.
Posto fixo: distribui-lo de forma tal que os elementos que se utilizem mantenham uma harmonia
que proporcione liberdade ao trabalhador, sem colocá-lo em risco e que ofereça garantias totais.
É importante que para trabalhar em qualquer máquina ou com qualquer ferramenta, os operários
tenham os conhecimentos e a apredizagem necessários para seu correto funcionamento em con-
dições de segurança, assim como o conhecimento das doenças profissionais, a checagem de sua
saúde contemplada em programas de monitorização biológica através de um corpo médico res-
ponsável.
AMBIENTE: o ambiente deve possuir condições seguras e saudáveis, com a monitorização ambien-
tal que garanta o cumprimento da tarefa com o menor risco possível, bem como a localização das
maquinárias, o dispor de espaços de trabalho adequados, o controle dos conjuntos de proteção
pessoal, o sistema de ventilação adequado, etc. O local de trabalho deve estar seco e livre de obs-
truções, com boa iluminação e ventilação adequada.
11
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
A ERGONOMIA
A idéia de adaptar as condições de trabalho às necessidades e aptidões do ser humano não é nada
novo; no entanto, sua visão científica é algo mais recente, e constitui o objeto próprio de uma
nova especialidade: a Ergonomia. Existem várias definições em relação à Ergonomia:
Tecnologia que se encarrega das relações entre o homem e o trabalho.
Técnica que busca uma harmonização entre o homem e o ambiente físico que o rodeia.
Analisa as condições de trabalho no que diz respeito ao aspecto físico de trabalho (ambiente
térmico, ruído, vibrações, iluminação, posturas, desgaste energético, carga mental, fadiga ner-
vosa, carga de trabalho) e tudo aquilo que possa colocar em perigo a saúde dos trabalhadores,
seu equilíbrio psicológico e nervoso.
Método científico para adaptar o trabalho ao homem (O.I.T., 1961).
• Do posto de trabalho e de sistemas: refere-se ao estudo concreto e exaustivo das relações entre
um homem e uma máquina. A ergonomia de sistemas homens-máquinas estuda conjuntos de
elementos humanos e não humanos submetidos à interação entre eles. Primeiro deve-se começar
com a ergonomia de sistemas e depois continuar com a de postos de trabalho.
• De concepção e corretora: a primeira é quando o sistema que se estuda não existe ainda na
realidade; é a ergonomia em fase de projeto e procura conseguir o desenho ótimo dos sistemas
homens-máquinas. Na segunda, estuda-se um sistema já realizado e tenta aperfeiçoá-lo, corrigin-
do-o.
• Ambiental: estuda as relações entre o homem e o meio ambiente que incidem sobre ele, condi-
cionando seu estudo de saúde e de conforto
• Temporal: busca o bem-estar do trabalhador em relação aos tempos de trabalho; estuda horários,
tempos de jornada, otimização das pausas e descansos, ritmos de trabalho, avaliando a relação
fadiga-descanso em seus aspectos físicos e psíquicos.
12
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
Utilizam-se aparelhos específicos para a medição dos diferentes contaminantes, como por exem-
plo, o sonômetro (ruído), o termômetro de bulbo úmido (temperatura), o luxômetro (iluminação),
diferentes variedades de detectores e dosímetros (radiações e sustâncias químicas), etc.
Seugem então guias de controle de risco ambiental para a saúde dos trabalhadores. São recomen-
dações que não significam necessariamente linhas de separação entre a segurança e o perigo, mas
que levando-as à prática permitem que não se produzam danos graves à saúde. Estes guias conhe-
cem-se como Valores Limites Umbrais (TLV, Thershold Limit Values). Os TLVs indicam os valores
limites de concentração de sustâncias químicas e de riscos físicos, sendo os mais utilizados:
1 - TLV-TWA: concentração média ponderada no tempo para uma jornada de trabalho de 8 horas
diárias e 40 horas semanais, às que podem estar expostos os trabalhadores sem efeitos adver-
sos.
2 - TLV-STEL: concentração à qual os trabalhadores podem estar expostos durante um curto espaço
de tempo (15 minutos) sem sofrer danos.
3 - TLV-C: concentração que não deve ultrapassar em nenhum momento da jornada de trabalho.
Estes limites variam conforme a sustância envolvida, e a via de ingresso, considerando em geral
a absorção por via inalatória e cutânea. As concentrações podem-se expressar em ppm (partes
por milhão) ou mg/m3 (miligramos por metro cúbico de ar).
13
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
Os índices biológicos de exposição (BEI) servem como valor de referência, propostos como guia, ao
igual que os TLVs, para a avaliação do risco potencial presente no ambiente de trabalho. Estes
indicadores aplicam-se para exposições de 8 horas diárias e 40 horas semanais.
O contole biológico deve-se considerar sempre complementário do ambiente. Deve usar-se para
comprovar a amostragem ambiental e a eficácia das medidas adotadas para o controle de riscos
por exemplo, os elementos de proteção pessoal (EPP). Não deve-se tomar nenhuma determinação
de um resultado inesperado procedente de uma medida isolada, senão nas realidades de uma
amostragem múltipla.
MAPAS DE RISCO
Os mapas de risco possuem como fundamento o fato de possuir um conhecimento real, permanen-
te e atualizado das condições de trabalho diretamente relacionadas com os fatores de risco laboral.
O mapa de risco permite localizar, avaliar e conhecer a exposição à qual estão submetidos os trabal-
hadores. A informação deve ser sistemática e atualizável, com a finalidade de adequar continua-
mente as atividades preventivas.
Estes fatores serão avaliados pelos trabalhadores através dos “grupos homogêneos”, constituídos
pelos grupos de homens que realizam, dia a dia, a mesma experiência de trabalho, que recuperam
a experiência dos mais velhos e a transmitem aos novos. Estes grupos, mediante consenso, aceita-
rão ou rejeitarão uma determinada situação de risco; chama-se “validação consensual”.
A subjetividade dos trabalhadores é contrastada com os estudos técnicos sobre um risco determi-
nado, dando lugar à “subjetividade objetivada». Mediante este método é possível criar um registro
de dados ambientais, assim como dos danos sanitários.
São necessários como requisitos para a confecção de um mapa de risco: um aparelho de trabalho
multidisciplinário, a participação dos trabalhadores, informação estatística disponível, sistemas de
codificação unificados e válidos, assim como o apoio informático.
Considera-se então, de grande importância que cada lugar de trabalho possua um mapa de riscos,
com a identificação de todos os fatores perturbadores da segurança e da saúde dos trabalhadores.
PRIMEIROS SOCORROS
Nos lugares de trabalho onde praticam-se as normas de segurança, o número de acidentes de
trabalho se manterá a baixo nível. No entanto, sempre existe a possibilidade de que se produza
alguma lesão. Os mais comuns são os traumatismos (cortes, esguinces e distensões, golpes ou
contusões), os ferimentos e as queimaduras.
O número de lesões dependerá de adotar e colocar em prática, por parte da empresa e dos trabal-
hadores, as mormas de segurança laboral, de acordo com o tipo de trabalho. A natureza das lesões
14
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
que possam-se produzir, dependerá dos processos e tipo de trabalho, assim como da localização
geográfica da empresa e o acesso a serviços assistenciais de forma imediata.
Portanto, o conhecimento dos primeiros socorros por parte da empresa e dos trabalhadores, é
importante em qualquer e em todo lugar de traballho. É fundamental que os trabalhadores se
capacitem para a aplicação dos mesmos e contar com os elementos mínimos necessários numa
maleta de primeiros socorros para atuar de forma imediata quando se produza alguma situação
que possa colocar em risco a vida das pessoas.
A aplicação dos primeiros socorros diante de um acidentado, realiza-se com o objetivo de salvar a
vida do mesmo, evitando provocar lesões adicionais à pessoa ou a quem está auxiliando.
A continuação descrevem-se alguns procedimentos para tratar diferentes tipos de acidentes. A des-
crição destes procedimentos é de caráter unicamente informativo. Antes de começar com qualquer
procedimento de tratamento de acidentes ou similar, é importante receber treinamento e/ou con-
sultar um profissional devidamente certificado, da área da saúde.
TRAUMATISMOS ÓSSEOS
1- De crâneo:
Com perda de conhecimento:
• Movimento em bloco.
• Deixá-lo em posição lateralizada.
• Chamar um médico urgentemente.
2 - De coluna:
Em qualquer acidente que se desconfie de lesão de coluna, para prevenir a lesão da medula
espinhal, é necessário imobilizar a coluna, mobilizando a pessoa em bloco, colocando-a boca
para cima sobre uma superfície plana e rígida, evitando o giro da cabeça com elementos de
contensão em ambos lados da mesma.
Se está consciente ou não, ante o risco de vômito, ao estar sujeitada numa superfície plana,
esta deverá ser lateralizada.
3 - De tórax:
Mobilizar em bloco, já que um mal movimento pode provocar uma perfuração de pulmão.
4 - De pelvis:
Mobilizar em bloco, já que pode ocorrer uma hemorragia interna ou uma lesão de bexiga.
15
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
1 - Hemorragias externas
Comprime-se em forma direta até conseguir parar o sangramento.
Contida a hemorragia, se é possível, realiza-se a lavagem da zona por arrastamento e com água
e sabão neutro.
Se é algum dos membros, comprimi-los e elevá-los.
Em caso de lesão de uma artéria, comprimir a zona por 30 minutos no mínimo, até a chegada do
médico.
Nas lesões venosas (varizes), aplica-se pressão digital com elevação do membro e enrola-se a
perna com atadura elástica suave.
Diante de uma lesão com vidro, ferro ou madeira cravada no abdomem, etc., é fundamental não
retirar o elemento causante da lesão e tentar mentê-lo fixo com esparadrapo.
Se existe amputação, é necessário pensar no reimplante; eleva-se a zona da amputação, faz-se
compressão na zona amputada. A parte amputada conserva-se em gazes estéris umedecidas
com soro ou água fervida fria, coloca-se num recipiente limpo, seco e selado (ex: sacola plástica)
num refrigerador a 4º ou deixa-se escorrer água fria por fora (nunca sobre gelo nem no conge-
lador).
1 - Hemorragias internas
São muito importantes, devido a que a sangue fica no corpo e pode gerar un shock, o qual pode
derivar num coma.
QUEIMADURAS
16
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
2 - Por frio:
É importante saber a intensidade, o tempo de exposição e o grau de umidade.
Deve-se colocar roupa seca não muito quente (passar da hipotermia ao calor de forma brusca
pode gerar transtornos cardíacos).
4 - Por eletricidade:
Importa a intensidade e a voltagem, sendo mais perigosas ao aumentar estas variantes.
Deve-se liberar a vítima da corrente, protegendo-se devidamente o resgatador; pode-se desco-
nectar a fonte, cortando o fio com um machado seco e com cabo de madeira ou pode-se retirar a
vítima utilizando roupa seca, borracha ou outros elementos não conductores.
Se a pessoa está sem respiração e sem pulso, iniciar a reanimação cardiorespiratória.
CRISE CONVULSIVA
17
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
DESMAIOS
Podem ser precedidos de palidez, suor, salivação, visão apagada e pulso rápido e fino.
Ao desmaiar, há uma inconsciência, pupilas dilatadas, pulso lento e fraco, podem haver movi-
mentos anormais, perda de urina, etc.
Colocar a cabeça de lado, ambas pernas levemente elevadas e afrouxar as roupas se estão muito
justas e não dar nada para cheirar.
REAÇÕES ALÉRGICAS
Deve-se investigar que elemento foi o fator causador da alergia (picaduras, alimentos, pinturas,
etc.).
Observar a pele (vergões, inchação, etc.) e as vias aéreas superiores (mudanças na voz, sensação
de garganta fechada, dificuldade para respirar.)
REANIMAÇÃO CARDIORESPIRATÓRIA
2 - Manobras de reanimação:
Respiratória:
• Limpar a boca, colocar a cabeça em hiperextensão (queixo para cima e testa para atrás).
• Abrir a boca, tapar o nariz, e insuflar ar pela mesma com duas respirações plenas, observar a
elevação do tórax.
• Soltar nariz e boca e observar a descida do tórax, escutar saída de ar
• Em caso de lesão de boca, será dada respiração pelo nariz.
Cardíaca:
• Para realizar a massagem cardíaca, apoia-se o calcanhar das mãos sobre o esterno (da ponta
deste para cima aproximadamente 4 cm) com os braços esticados, cotovelos juntos, ombros
por cima das mãos, realizando movimentos de pistom com os mesmos, utilizando a força do
tronco, comprimindo aproximadamente 5 cm com suavidade e firmeza. A compressão e a
relaxação devem ter o mesmo ritmo e tempo de duração.
18
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
Em todos os lugares de trabalho deve existir uma maleta de primeiros socorros com as seguintes
características:
Deve estar num lugar visível, ao alcance de todos os trabalhadores;
Não deve estar trancado com chave;
De acordo ao número de trabalhadores e à area física de trabalho, pode haver mais de um;
Deve ser manejável e portátil;
Deve conter no mínimo:
• Ataduras elásticas;
• Ataduras de gaze;
• Esparadrapo;
• Gazes;
• Elementos de contensão (tabuinhas);
• Tesoura;
• Antissépticos;
• Algodão;
• Analgésicos via oral:
• Sabonete neutro;
• Luvas descartáveis.
A prevenção deve buscar a saúde dos trabalhadores, minimizando os efeitos negativos e favorecen-
do os positivos do trabalho e levando em conta as mudanças no mundo laboral; isto implica na
necessidade de um novo enfoque, o que preconiza o tratamento multi e interdisciplinário, onde os
trabalhadores e empregados aportam suas experiências e conhecimentos, e trabalham de forma
conjunta com os técnicos (o médico em saúde ocupacional, o técnico em segurança, o psicólogo,
o arquiteto, o engenheiro), no diagnóstico dos riscos ocupacionais, assim como na elaboração de
estratégias para melhorar as conições e os meio ambientes de trabalho.
19
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
É importante que no âmbito laboral defina-se uma política clara de prevenção de riscos laborais e
que se comunique a todo o pessoal, inclusive que hajam instruções precisas sobre os procedimen-
tos a executar, assim como a informação e capacitação em Saúde e Segurança de todos os trabalha-
dores.
20
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
O salão de beleza é um lugar de variada clientela, que acude em busca de assistência especializada
na área da estética e cosmética. Nesse entorno, o esteticista deve manejar sua tarefa com eficiência
e muita criatividade, o que faz, entre outras coisas, que dita tarefa, não esteja isenta de riscos
profissionais.
Condições de segurança.
Meio ambiente físico de trabalho.
Contaminantes químicos e biológicos.
Carga física de trabalho.
A organização do trabalho.
Em primeiro lugar, a manipulação de aparelhos elétricos expõe a este risco, assim como também,
está presente o risco de incêndios por manipulação de sustâncias altamente inflamáveis.
A eletricidade utilizada corretamente, é a forma de energia mais flexível, mas a falta de conheci-
mentos e de precauções no seu uso podem gerar acidentes. Os fatores que condicionam os efeitos
da corrente sobre o corpo humano são o valor da intensidade da corrente, o tempo de contato e o
caminho que segue pelo corpo humano.
Os circuitos de passagem de corrente mais perigosos num contato, são os que afetam: cabeça,
tórax e coração. São os seguintes:
a) mão - pé ou vice-versa.
b) mão - cabeça.
c) mão direita - mão esquerda.
d) pé direito - pé esquerdo.
A origem do fogo é estritamente química. A combustão é uma reação química, produzida como
resultado da combinação, em grande velocidade, dos vapores desprendidos por uma sustância
combustível com o ar.
Para que produza o fogo devem coincidir três elementos: combustível, oxigênio e calor. O quarto
lado para formar o tetraedro é conseqüência da reação em corrente provocada pela auto-infla-
mação dos gases desprendidos pelo combustível, que ao mesmo tempo, geram novos gases que ao
aquecer-se voltam a inflamar.
Dentro do meio ambiente físico de trabalho, destacam-se: o ruído, as vibrações (provocadas por
secadores), as altas temperaturas e freqüentemente a má iluminação.
21
SAÚDE OCUPA CION
OCUPA AL
CIONAL
Em relação aos contaminantes químicos, utilizam-se diferentes sustâncias com tintas, descoloran-
tes, detergentes, etc., com diferentes fins e que podem ocasionar doenças de pele e/ou mucosas,
como as dermatites irritativas ou alérgicas, tanto no cliente ou em quem o aplica. Devemos recordar
também, que além de trabalhar com elementos químicos, também se trabalhará com componentes
do organismo de uma pessoa (cabelos, pele, unhas, couro cabeludo, etc.), o qual pode ser um
elemento transmissor de doenças.
Os contaminantes biológicos também estão presentes, já que o contato permanente com a água
forma um terreno favorável para o desenvolvimento das micoses (doenças produzidas por fungos)
nas mãos (dedos, unhas).
O tema das posturas é muito importante nesta atividade, já que a permanência de pé é o usual, e
isto traz como conseqüência o inchaço dos pés e pernas, e posteriormente, as muito conhecidas
varizes. O trabalho com os braços elevados ocasiona dor cervical e fadiga muscular.
Também são freqüentes nas escovadoras, a doença do túnel carpiano, gerada pelo esforço míni-
mo, mas repetitivo.
Um programa de prevenção de riscos nos salões de beleza é fundamental para preservar a saúde
dos trabalhadores, pelo qual deve incluir os seguintes ítens:
22