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A montagem
Foram dados dois minutos para os estudantes aquecerem e então entregue o
excerto de três compassos, um metrônomo e um lápis.
Foi permitido aos participantes estudar por quanto tempo eles quisessem, e
eles poderiam sair a qualquer momento que sentissem que tivessem
terminado. O tempo de estudo variou bastante, indo de 8 minutos e meio até
perto de 57 minutos.
Para ter certeza de que o teste do dia seguinte seria justo, eles foram
especificamente instruídos a NÃO praticar esse trecho, mesmo de memória,
nas 24 horas seguintes.
24 horas depois…
Quando os participantes voltaram no dia seguinte para seus testes, foram
dados 2 minutos para aquecimento e então foi solicitado para que se
executasse o trecho completo dos 3 compassos, sem parar, 15 vezes (com
pausas entre as tentativas, claro).
Cada uma das performances dos pianistas foram então avaliadas em dois
níveis. Acertar as notas certas com os ritmos certos foi o critério primário, mas
os pesquisadores também ranquearam cada performance dos pianistas da
melhor à pior, baseados no timbre, caráter e expressividade.
1. Quantas vezes eles tocaram incorretamente. Quanto mais vezes eles tocaram
incorretamente, pior o ranking tendeu a ser.
2. A porcentagem de tentativas corretas parece ter importado. Quanto maior a proporção
de tentativas corretas na sessão de estudo, mais alto o ranking tendeu a ser.
As 8 melhores estratégias
Três performances de pianistas se sobressaíram em relação às demais e foram
descritas como tendo “um timbre mais consistente, maior precisão rítmica,
maior caráter musical (dinâmicas com propósitos e inflexões rítmicas) e uma
execução mais fluente.”
As 3 melhores estratégias
Das oito estratégias acima, há três que foram usadas por todos os
três melhores pianistas, mas raramente utilizadas por outros. De fato, apenas
outros dois pianistas (ranqueados em 4º e 6º lugar) usaram mais de uma delas:
Diminuir a velocidade.
Isso pareceu permitir a eles tocar a seção desafiadora de forma mais precisa, e
presumivelmente coordenar os movimentos motrizes corretos em um
andamento que eles podiam lidar, ao invés de continuar a errar e falhar em
identificar a natureza precisa do erro, o problema técnico subjacente e o que
eles deveriam fazer diferentemente na próxima tentativa.
E se isso soa vagamente familiar, você pode relembrar que um estudo sobre
basquete encontrou algo muito similar nos hábitos dos melhores
arremessadores de lances livres…
A maioria de nós pode viver com “dois passos para frente, um para trás”. É o
“dois passos para frente e dois passos para trás” que faz com que a gente
queira arrancar os cabelos.
Devemos manter essa prática e aprender como ser mais pacientes? Ou existe
uma forma diferente de praticar que pode tornar as melhorias mais
permanentes?
3 minutos: Excerto A
3 minutos: Excerto B
3 minutos: Excerto C
3 minutos: Excerto A
3 minutos: Excerto B
3 minutos: Excerto C
etc.
Recursos adicionais
Dr. Robert Bjork, sobre os benefícios da prática intercalada em Go Cognitive
(vídeo de 6 minutos, em inglês)
Quanto é o suficiente?
Heifetz também indicava que ele nunca acreditou em praticar demais e que
prática excessiva é “tão ruim quanto praticar pouco”. Ele alegou praticar uma
média nunca maior de três horas por dia e que não praticava nada nos
domingos. E sabe, isso não é uma má ideia – um de meus professores, Donald
Weilerstein, uma vez sugeriu que eu estabelecesse um período de 24 horas em
cada semana no qual eu não podia pegar meu instrumento.
Prática desatenta
Você já ouviu alguém praticando? Você já se ouviu praticando? Grave você
estudando por uma hora, dê um passeio pelas salas de estudo na escola e
ouça seus colegas estudando, ou peça aos seus alunos para fingirem que
estão em casa e observe-os praticando durante uma aula. O que você
perceberá?
Perceberá que a maioria das pessoas praticam de forma desatenta, seja
fazendo meras repetições (“praticar essa passagem 10 vezes” ou “praticar essa
peça por 30 minutos”) ou praticando no piloto automático (quando nós tocamos
a peça até que escutemos algo que não gostamos, então paramos, repetimos a
passagem até que ela soe melhor e continuamos a tocar até que ouçamos uma
outra coisa com a qual não estamos satisfeitos e repitamos o processo).
Além do mais, praticar desse jeito na verdade prejudica sua confiança, porque
existe uma parte de você que percebe que você não sabe realmente como
produzir consistentemente os resultados que você está procurando. Mesmo
que você estabeleça uma taxa de sucesso razoavelmente alta na maioria das
passagens através da prática desatenta, que você descubra que consegue
acertar 3 ou 4 de cada 5 tentativas, sua confiança não crescerá muito. A
confiança real no palco vem de: a) ser capaz de acertar 10 a cada 10
tentativas, b)saber que isso não é uma coincidência, mas que você sabe fazer
da forma correta sob demanda, principalmente porque c) você sabe
precisamente o porquê de você ter acertado ou errado, isso é, você sabe
exatamente o que precisa fazer de um ponto de vista técnico para tocar a
passagem perfeitamente todas as vezes. (Nota do tradutor: sobre esse
assunto, recomendo outro texto do mesmo autor, traduzido em Duas coisas
que especialistas fazem de forma diferente quando praticam.)
Você pode não ser capaz de tocar perfeitamente todas as vezes no início, mas
é para isso que serve a repetição – para reforçar hábitos corretos até que eles
fiquem mais fortes que hábitos ruins. É um pouco como tentar fazer um bonito
jardim. Ao invés de lutar numa batalha sem fim contra as ervas-daninhas, seu
tempo será melhor gasto tentando cultivar a grama para que ela com o passar
do tempo expulse as ervas-daninhas.
E isso é importante. Nós tendemos a praticar inconscientemente e aí
terminamos por tentar tocar conscientemente – o que não é uma boa fórmula
para o sucesso. Lembre desse artigo (em inglês, mas em breve traduzido aqui
no site) que você tem uma tendência para mudar para um modo hiper-analítico
do lado esquerdo do cérebro quando você entra no palco. Bom, se você fez a
maior parte da sua prática inconscientemente, você na verdade não sabe como
tocar sua peça perfeitamente sob demanda. Quando seu cérebro de repente
vai para o modo de consciência total, você acaba surtando, porque você não
sabe que instruções dar para ele.
3. É entediante e chato
Afinal, não importa realmente quanto tempo nós gastemos praticando alguma
coisa, mas apenas que nós saibamos como produzir os resultados que
queremos e possamos fazê-los consistentemente, sob demanda.
Prática deliberada
Então o que é prática deliberada, ou prática atenta? Prática deliberada é uma
atividade sistemática e altamente estruturada, que é, por falta de uma
palavra melhor, científica. Ao invés da tentativa e erro desatenta, é um
processo ativo e profundode experimentação com metas
claras e hipóteses. O violinista Paul Kantor uma vez disse que a sala de
estudos deve ser como um laboratório, onde se pode experimentar ideias
diferentes, tanto musicais quanto técnicas, para ver que combinação de
ingredientes produzem o resultado que você está buscando.
Prática deliberada envolve monitorar sua própria performance (em tempo real,
mas também via gravações), continuamente procurando novas maneiras de
melhorar. Isso significa realmente ouvir o que acontece, para que você possa
se dizer exatamente o que deu errado. Por exemplo, a primeira nota foi
desafinada? Muito forte? Muito macia? Muito áspera? Muito curta? Muito
longa?
Digamos que a nota estava desafinada e muito longa, sem muito ataque no
início. Bom, quão desafinada ela estava? Pouco? Muito? Quão longa era a
nota que você queria ter tocado? Quanto mais de ataque você queria?
Agora vamos imaginar que você gravou tudo isso e pode ouvir como essa
última tentativa soou. Essa combinação de ingredientes te deu o resultado
desejado? Em outras palavras, essa combinação de ingredientes transmitem o
caráter ou clima que você quer comunicar ao ouvinte tão efetivamente quanto
você pensou que ela iria?
Poucos músicos usam seu tempo para parar, analisar o que deu errado, por
que isso aconteceu e como eles podem corrigir o erro permanentemente.
Mantenha sessões de estudo limitadas a uma duração que permita você estar
focado. Elas podem durar de 10 a 20 minutos para alunos mais novos e entre
45 e 60 minutos para alunos mais velhos.
2. Momento
Saiba os momentos durante o dia que você tende a ter a maior energia. Pode
ser a primeira coisa da manhã, logo depois do almoço etc. Tente fazer sua
prática durante esses períodos naturalmente produtivos, pois esses são os
momentos nos quais você será capaz de focar e pensar mais claramente.
3. Metas
Às vezes se uma passagem em particular não está saindo do jeito que nós
queremos, só significa que nós precisamos praticar mais. Entretanto, também
há vezes que nós não precisamos trabalhar de forma mais árdua, mas sim de
uma estratégia ou técnica diferente.
Afinal, quem quer passar o dia todo na sala de estudos? Entre, resolva coisas e
caia fora!
UPDATE: Você acha que isso só se relaciona à música clássica? Fãs do jazz,
vejam só esse post sobre praticar eficientemente escrito pelo aclamado
violinista de jazz Christian Howes para uma prestativa perspectiva e dicas
sobre estudar jazz. Engraçado, nós fizemos o método Suzuki juntos quando
crianças em Columbus, Ohio.
Mas eu viria a perceber que os ganhos não acontecem sempre quando nós
estamos no decorrer de uma atividade. Eu aprendi, por exemplo, que o
crescimento muscular não acontece durante o exercício, mas entre exercícios,
quando nós estamos no modo de recuperação – daí a importância da nutrição
e sono adequados para ajudar nosso corpo a se recuperar (numa nota
paralela, não é curioso como nós precisamos de desculpas para justificar mais
horas de sono?).
Mas é importante notar que nem todo descanso é feito da mesma forma. Existe
uma atividade em particular que nós podemos nos engajar durante nossos
períodos de descanso que aparentemente nos ajuda a aprender mais
efetivamente – e pode até fazer nossa próxima sessão de estudo mais
produtiva.
A reflexão é uma atividade que tem algumas similaridades com remoer gafes,
mas é diferente porque é estruturada ao redor do aprendizado a partir de erros
do passado e em guiar a prática futura, e não simplesmente ruminar o passado
e nos fazer sentir mal.
A ideia é a de que já que nós normalmente não temos tempo para fazer uma
reflexão significativa durante uma performance (ou procedimento cirúrgico,
discurso importante, ou conversas cruciais com os parentes), refletir sobre
essas experiências depois pode ser uma parte chave do processo de
aprendizado.
Em particular, eles estavam curiosos para ver que diferenças podem existir em
quão efetivamente os atletas eram capazes de guiar seus próprios processos
de aprendizagem. Intuitivamente, poderíamos dizer que quem aprende de
forma “auto-regulada”, aqueles que são melhores em planejar, monitorar e
avaliar suas próprias performances, obteriam geralmente um nível mais alto
de performance em relação aos que dependem de alguém para lhes dizer o
que fazer.
A reflexão.
Ou depois da sua próxima aula, reflita por um momento sobre o que você
acabou de aprender (ou, se você é o professor, pode valer a pena guardar um
minuto ou dois no fim para ajudar seu aluno a fazer um pouco de auto-reflexão
sobre o que ele aprendeu).
Leituras adicionais
Pensamentos interessantes por um cirurgião sobe prática deliberada e reflexão
(em inglês): Maximizing postgraduate surgical education in the future
Quero dizer, é claro que fazer alguma coisa é melhor do que fazer nada, mas e
se existir outra rotina de exercícios que poderia me levar a resultados muito
melhores na mesma quantidade de tempo?
O que as pessoas em boa forma fazem que eu não faço? Como seus
exercícios são diferentes? Existem coisas importantes que eles
fazem enquanto se exercitam que dão maior retorno do que as coisas que eu
faço? Em outras palavras, eles estão extraindo do tempo deles na academia
resultados desproporcionalmente maiores do que os meus?
Mas talvez mais importante do que isso é prestar atenção em como você fala
com você mesmo depois de errar. Você foca na técnica? Ou só xinga um
pouco e já segue para mais uma tentativa sem tentar descobrir o que você
errou na última?
A prática lenta é
realmente necessária?
Assim como todo mundo que já teve aula de música alguma vez na vida,
muitas vezes me disseram para praticar lentamente.
Não.
Afinal, qual é o objetivo de tocar lentamente? Tudo é mais fácil quando é mais
lento – é claro que você consegue tocar coisas de forma mais precisa em um
andamento lento. Qual seria o grande negócio?
Ele revelou que uma das chaves do seu sucesso (e da construção da sua
confiança também) é a prática super lenta. Um processo de praticar em câmera
lenta, enquanto se está completamente atento, altamente engajado e pensando
profundamente em tempo real sobre o que se está fazendo.
Isso é muito parecido com o que o grande golfista Ben Hogan aparentemente
fez para aprimorar seu tacada – veja só esse vídeo de Hogan demonstrando
como ele trabalha seu movimento em câmera lenta.
Dois mal-entendidos
Então por que nós não praticamos lentamente? Não é porque somos
preguiçosos, eu acho é que é um grande mal-entendido.
Quer dizer, nós esquecemos que o como nós chegamos lá é tão importante
quanto se nós chegamos ou não.
Desde que o objetivo maior é ser capaz de pensar, monitorar e analisar nossa
técnica enquanto tocamos, praticar em um andamento moderado vai contra o
propósito. É muito rápido para que observemos, processemos completamente
e ajustemos todos os pequenos detalhes.
A ideia é utilizar a prática super lenta para que possamos prestar atenção em
todas as sutis nuances da nossa mecânica, aumentar nossa consciência do
que está realmente acontecendo e encontrar maneiras de fazer melhor as
coisas.
Então pode ser mais preciso pensar nisso como uma prática em câmera lenta
ou em uma prática super lenta, ao invés da velha conhecida prática lenta, que
tende a nos levar para execuções desatentas de uma passagem em um
andamento moderadamente lento.
Leia esse artigo escrito pelo especialista em artes marciais Peter Freedman,
que ajuda a clarificar o que nós devíamos estar fazendo quando estamos
praticando lentamente. (Nota da tradução: infelizmente o artigo citado está com
o link quebrado e não encontrei outras referências. O título é “Train Slow to
Learn Fast”.)
Tome uma atitude
Tente! E não esqueça de estar com seu caderno de prática à mão, pois você
sem dúvidas descobrirá novas soluções e sutis detalhes técnicos dos quais
você não estava anteriormente consciente.
Leitura bônus: faça o download desse ótimo artigo sobre como o cérebro e os
músculos trabalham juntos para desenvolver nossas habilidades,
especificamente em música. Ele foi escrito pelo neurologista e autor Dr. Frank
Wilson e é um daqueles “clássicos que você precisa ler”, passados de músico
para músico.
UPDATE: Eu encontrei um estudo uma vez que sugeria que em alguns casos
nós aprendemos mais rápido quando nós enfatizamos velocidade ao invés da
precisão (O que?! Soa como heresia, eu sei). Aqui está um exercício
esperto que usa essa ideia.
A prática mental
funciona?
É dito que os legendários pianistas Rubinstein e Horowitz não eram muito
afeiçoados à prática. Rubinstein simplesmente não gostava de praticar por
horas a fio, enquanto Horowitz supostamente temia que praticar em pianos
diferentes do seu próprio afetaria negativamente seu toque. A solução deles?
Uma dose saudável de prática mental.
Você tem um concerto em breve, não está preparado para ele, mas está muito
cansado para praticar? Quer praticar, mas não pode, por causa de uma
tendinite ou uma gripe? As salas de estudo estão cheias? O instrumento está
em manutenção? É muito cedo ou muito tarde para praticar? Só tem 15
minutos, então não vale a pena tirar seu instrumento do armário, achar uma
sala de estudos e se acomodar, só pra ter poucos minutos depois?
Soa familiar?
É claro, mas só se imaginar tocando não pode ser o mesmo do que a prática
física real, certo?
Você está certo. Não é o mesmo, mas a partir de estudos feitos com atletas,
nós sabemos que indivíduos bem-sucedidos tendem a se engajar em ensaios
mentais de forma mais sistemática e extensa do que indivíduos de menos
sucesso. Sim, eu sei que existem algumas diferenças entre atletas e músicos –
mas não tantas quanto você pode achar quando se trata do aspecto mental
da performance.
Descobri anos depois que esse hábito de prática mental contribuiu para
o desenvolvimento da minha reputação de não estudar na universidade, porque
eu passava pouco tempo nas salas de estudo. A reputação era verdadeira – eu
praticava talvez umas duas horas por dia no máximo, e normalmente até
menos nos finais de semana. Eu fiquei sabendo que outro violinista da turma
perguntou à nossa professora como eu podia tocar tão bem, apesar de praticar
tão pouco. Ela lhe disse que a maioria da minha prática acontecia na minha
cabeça, então eu não precisava gastar tanto tempo na sala de estudo. Eu não
sei como ela sabia disso, mas ela estava certa. Vez ou outra durante o dia,
quando eu estava indo para a aula, comendo ou só sentado por aí, eu
frequentemente me encontrava ouvindo as músicas nas quais eu estava
trabalhando, vendo e sentindo meus dedos tocarem as notas, testando
digitações ou arcadas diferentes, experimentando deslocamentos e pressões
de dedos, corrigindo erros, tudo na minha cabeça. No fim do dia, eu
gastava uma hora ou duas passando as coisas que eu já havia trabalhado no
dia inteiro, e era só.
1. Acalme-se
Feche seu olhos. Foque apenas na sua respiração por um minuto. Inspire
devagar e completamente pelo seu nariz e expire devagar pela sua boca.
Então faça um exame completo de tensão no seu corpo: cheque sua cabeça e
músculos faciais, sua mandíbula, pescoço, ombros, braços, pulsos, mãos,
costas, quadris, pernas, tornozelos e até dedos do pé. Deixe toda tensão que
você encontrar se derreter.
3. Faça aquecimento
4. Imagine
Veja, sinta e ouça você começando a tocar. Concentre nos movimentos que
produzem os sons e efeitos que você quer enquanto você passa pela música
na sua cabeça, nota por nota, frase por frase. Continue “tocando” até que você
erre ou sinta a necessidade de corrigir o jeito que alguma coisa soou.
Quando você se “escutar” ou se “ver” tocando alguma coisa que não soa como
você quer, imediatamente pause o seu filme mental. Volte para um lugar antes
do erro. Comece desse ponto, indo vagarosamente para frente, em uma
velocidade que você possa controlar. Repita esse processo várias vezes, assim
como você faria na prática real, até que você esteja fazendo corretamente na
velocidade desejada. Não fique voltando e tentando novamente sem pensar –
assegure-se de apertar o pause, pensar sobre o porquê do erro ter ocorrido,
apertar o play, tentar novamente e então seguir em frente quando você estiver
satisfeito por ter resolvido o problema e tiver entendido por que o erro
aconteceu na primeira vez.
6. Mantenha real
Sugestões adicionais
Quando você for usar essa técnica, divida a peça em segmentos pequenos,
como frases ou seções curtas. Você não precisa sempre tocar do começo ao
fim.
Tente se visualizar em lugares diferentes, usando roupas diferentes e em
diferentes condições.
Quando você sentir que pegou o jeito da prática mental, tente se testar. Grave-
se tocando um trecho, examine e dê uma nota para sua performance, e então
faça uma série de ensaios mentais desse trecho tomando nota do que você
percebe. Então toque novamente, examine e dê uma nota para
sua performance, tomando nota do que mudou.
Uma vez que você fizer da prática mental sistemática uma parte da sua rotina
de estudos diários, eu estou certo que em breve você imaginará como é que
fazia sem ela.
Não é diferente quando se trata de música – todos nós temos vários hábitos de
técnica bons e ruins. Aqueles bicho-papões contra os quais lutamos para nos
livrar, mas que ficam ao redor como um gato de rua que uma vez nós
cometemos o erro de alimentar.
Mas mudar hábitos ruins parece levar uma eternidade e eles têm uma
tendência de se esconder e ficar dormentes até o pior momento possível –
como no meio de uma performance.
Pesquisas recentes sugerem que pode haver um jeito melhor. Uma maneira
mais eficaz e rápida de corrigir permanentemente questões técnicas, reduzindo
nosso tempo de aprendizado e melhorando a eficácia do nosso ensino.
É, eu sei. Isso tudo soa muito bom pra ser verdade. Mas vamos dar uma
olhada.
O jeito tradicional
Os métodos de ensino tradicionais envolvem o fornecimento de um feedback
externo – normalmente dizendo a um estudante o que fazer ou o que não fazer
(i.e. instrução/feedback verbal) ou mostrando a um estudante o que fazer ou o
que não fazer (i.e. demonstração/feedback visual).
Pode ser tentador concluir que o estudante é incorrigível e não tem aquilo que
é necessário para aprender, mas na verdade, a presença do erro persistente é
um sinal de que o aprendizado ocorreu. Infelizmente, eles aprenderam
inadvertidamente o jeito “errado” muito, mas muito bem!
Sessão 1
Sessão 2
Cada sessão de treinamento consistiu de 6 saltos, depois dos quais foi pedido
para que os alunos não praticassem o salto até que eles retornassem para um
teste final na semana seguinte.
Sessão 3
Uma melhora de 2.9cm não é tão ruim… Mas não chegou aos pés da marca
que as crianças no método experimental tiveram.
Espera, o quê?!
Antes de olharmos no protocolo do MAE, aqui está o que foi a Instrução Direta:
Baseado em quaisquer erros, enganos ou ineficiências na técnica de salto que
o estudante demonstrasse na primeira sessão, o instrutor identificava o erro
principal mais responsável por causar uma performance ruim e dizia como
regular sua técnica para melhores resultados. Por exemplo: “Salte estendendo
completamente as pernas e tronco antes de sair do chão”.
Então o estudante saltava uma vez para praticar essa nova informação
prescrita.
O salto livre dos estudantes foi então usado para medir quão eficazmente o
estudante entendeu a natureza do seu erro, porque se o salto livre parecesse
com o salto do erro exagerado, o instrutor saberia que ele não identificou
verdadeiramente o erro principal, ou o estudante não estava entendendo bem.
Afinal, fica cansativo dizer a mesma coisa de novo e de novo (e ouvir a mesma
coisa de novo e de novo) e não ver mudanças. Essa estratégia tem o benefício
de colocar o estudante mais no assento do motorista e ajudá-lo a se tornar
mais capaz de procurar internamente e encontrar um padrão de movimentos
mais otimizado.
É claro que iniciantes aprendendo a saltar em distância é bem diferente do
que um músico de nível avançado tentando resolver um movimento mais
intricado ou complexo, e que os autores reconhecem que há mais pesquisa
nessa área ainda por fazer. Apesar disso, existem outros pesquisadores que
encontraram resultados similares em esportes, indo do golfe (N.T.: infelizmente
com o link quebrado. O artigo se chama “Learning By Mistakes: How the
Amplification of Errors Can Improve Ability” e consta o e-mail “aw arroba
pgae.com” para a solicitação do artigo completo) para a natação e atletismo,
então essa parece uma abordagem promissora!
Se você pretende experimentar isso, por favor, leia o artigo completo, no link
abaixo. Na seção “Discussão” são apresentadas algumas guias gerais que
precisam ser entendidas para que se use essa técnica corretamente.