Sei sulla pagina 1di 4

29/01/2018 Quinto Lutácio Cátulo (cônsul em 102 a.C.

) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Quinto Lutácio Cátulo (cônsul em 102


a.C.)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quinto Lutácio Cátulo (m. 87 a.C.; em latim: Quintus Quinto Lutácio Cátulo
Lutatius Catulus), dito César, foi um político da gente Lutácia
Cônsul da República Romana
da República Romana eleito cônsul em 102 a.C. com Caio
Consulado 102 a.C.
Mário. Seu nome original era Sexto Júlio César e foi depois
Morte 87 a.C.
adotado por Quinto Lutácio Cátulo; era, de nascimento, primo
Roma
de primeiro grau de Caio Júlio César e parente de Mário e Sula.
Quinto Lutácio Cátulo, cônsul em 78 a.C. e censor, era seu
filho. Os dois cônsules se desentenderam durante o mandato e Cátulo se aliou a Sula durante a guerra civil de 88-7
a.C.. Quando a facção de Mário reconquistou Roma, em 87 a.C., Catulo preferiu o suicídio a ter que enfrentar um
processo.

Índice
Carreira
Escritor
Família e descendentes
Ver também
Notas
Referências
Bibliografia

Carreira
Antes de ser eleito cônsul, foi derrotado por três vezes consecutivas. A
primeira, em 106 a.C., por Caio Atílio Serrano, depois por Cneu Málio
Máximo e finalmente por Caio Flávio Fímbria. Não se sabe se ele se
candidatou em 103 a.C.[1] Foi finalmente eleito em 102 a.C. com Caio
Mário[2] durante a Guerra Címbrica, contra tribos germânicas. Os cimbros,
aos quais, na sua grande migração para oeste, se somaram os teutões,
ambrões, tigurinos e outras tribos menores, após assolar o sul da Gália e o
norte da Hispânia e derrotar cinco exércitos romanos (Carbão em 113 a.C.,
Silano em 109 a.C., Cássio em 107 a.C., Málio e Cepião em 105 a.C.)
estavam prestes a invadir a Itália. Os invasores dividiram-se em duas
A marcha dos cimbros e teutônicos
enormes colunas. Os teutões marchavam através da Provença pela costa
pelo território romano e as batalhas
para o golfo da Ligúria, enquanto os cimbros se preparavam para cruzar os da Guerra Címbria.
Alpes para o Pó.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinto_Lut%C3%A1cio_C%C3%A1tulo_(c%C3%B4nsul_em_102_a.C.) 1/4
29/01/2018 Quinto Lutácio Cátulo (cônsul em 102 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Decidiu-se que Mário enfrentaria os teutões e Cátulo (com Sula como seu tenente) foi enviado para defender o Passo
do Brennero para deter o avanço dos cimbros, mas viu-se obrigado a recuar para além do rio Pó quando o pânico
começou a se espalhar entre as suas tropas, abandonando assim toda a Gália Transalpina aos estragos do inimigo. Tão
logo a notícia deste desastre, que ocorreu na primavera de 101 a.C., chegou a Roma, Mário, que regressara
recentemente à cidade depois da sua grande vitória obtida em Águas Sêxtias (por causa da morte súbita de Lúcio
Aurélio Orestes), saiu na ajuda do seu colega. Os dois exércitos reunidos cruzaram o Pó e seguiram para o
acampamento dos cimbros, que ficava perto de Vercelas e, em 30 de julho de 101 a.C., começou a Batalha de Vercelas,
que resultou numa vitória romana.

Apesar do sucesso conjunto, um considerava o outro como adversário e, logo depois da guerra, os dois passaram a
competir na construção de templos para demonstrar sua piedade e agradecimento aos deuses romanos.[3] Cátulo
gastou muito dinheiro, obtido com os espólios cimbros, embelezando Roma e dois edifícios construídos por ele são
conhecidos: o "Templo da Fortuna do Dia" (em latim: "Fortuna Huiusce Diei"), celebrando a vitória em Vercelas, e o
Pórtico de Cátulo (em latim: "Porticus Catuli").

Quando a honra principal pela vitória sobre os cimbros foi concedida a Mário, Cátulo se voltou com ferocidade contra
seu antigo co-comandante e se aliou a Sula para expulsá-lo juntamente com Cina e demais aliados. Cátulo foi um dos
que tomaram um papel ativo na morte de Saturnino, serviu com distinção na Guerra Social e abraçou com entusiasmo
a causa de Sula na guerra civil. Quando Mário e Cina recuperaram o controle da cidade, em 87 a.C., Cátulo foi
processado pelo sobrinho de Mário, Marco Mário Gradiciano. Como Mário recusou perdoá-lo, Quinto Lutácio Catulo
suicidou-se.[4]

Escritor
Cátulo foi um conhecido orador, poeta e escritor, além de ser conhecido por seu conhecimento na literatura grega. Ele
próprio escreveu a história de seu consulado ("De consulatu et de rebus gestis suis") no estilo de Xenofonte. Um épico,
hoje perdido, sobre a Guerra Címbrica, por vezes atribuído a ele, foi provavelmente escrito por Árquias.[5] Porém, seus
feitos literários mais importantes foram no campo da poesia latina. A ele é creditada a introdução do epigrama
helenístico em Roma e a promoção do gosto pelos poemas curtos e pessoais, que explodiu com a obra lírica de Cátulo
na década de 50 a.C.. Entre os amigos de seu círculo literário, que tinha membros das mais variadas classes sociais e
simpatias políticas, estavam Valério Édito, Aulo Fúrio e Pórcio Licínio.[6]

Plínio, o Jovem o lista entre os ilustres romanos que escreviam poemas


curtos que eram "menos austeros" ("versiculi parum severi"),[7] mas
apenas dois de seus epigramas foram preservados. Cícero preservou o
primeiro, na forma de dois dísticos no papel do celebrado ator Róscio[8]:

Parei para saudar o amanhecer que se levanta


“ quando, de repente, desponta Róscio à
esquerda. Disseram, sem ofensa a vós, deuses ”
do céu, que um mortal parecia mais belo do
que um deus. Templo da Fortuna do Dia, no Largo
O outro epigrama, baseado diretamente em Calímaco, foi preservado por di Torre Argentina, construído por
Aulo Gélio e pode ser parafraseado em prosa da seguinte forma.[9] Cátulo para comemorar a vitória na
Batalha de Vercelas.
Minha mente me escapa; imagino que ela tenha
“ fugido secretamente para o lugar de sempre:
Teotimo. Típico dela, é lá que está seu refúgio. ”
Isso aconteceria se eu não estivesse proibido
de dar abrigo ao fugitivo ao invés de ser
forçado a expulsá-lo? Vou procurá-lo. Mas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinto_Lut%C3%A1cio_C%C3%A1tulo_(c%C3%B4nsul_em_102_a.C.) 2/4
29/01/2018 Quinto Lutácio Cátulo (cônsul em 102 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

tenho grande temor de sermos flagrados. Dá-


me, Vênus, um conselho.[10]
"A disposição de um membro da mais alta aristocracia romana de lançar imitações de poesias eróticas sentimentais
helenísticas (e ainda homossexuais)", lembra Edward Courtney, "é um fenômeno novo na cultura romana na
época.[11]

Família e descendentes
Cátulo se casou com pelo menos três esposas. A primeira foi Domícia, da família dos Enobarbos na gente Domícia,
com quem se casou em 126 a.C.. Ela foi a mãe de seu filho homônimo, Quinto Lutácio Cátulo Capitolino, cônsul em 78
a.C. e censor em 65 a.C.[nota 1], entre 125 e 124 a.C.. O casamento terminou por volta de 111 a.C. quando ela morreu ou
ele se divorciou.

Sua segunda esposa, com quem se casou em 109 a.C., durante seu mandato como pretor, foi Servília, da família dos
Cepiões na gente Servília, filha de Quinto Servílio Cepião, cônsul em 106 a.C., com quem teve Lutácia Quinta
Hortênsia por volta de 108 a.C., esposa do grande orador Quinto Hortênsio Hórtalo, cônsul em 69 a.C.[nota 2].
Segundo Estrabão, as filhas de Cepião eram promíscuas e foram abusadas como prostitutas por Timagenes de
Alexandria.[15] Depois do desastre da Batalha de Aráusio, em 105 a.C., Cepião caiu em desgraça e foi preso. No ano
seguinte, depois que ele foi libertado (ou fugiu) e foi para o exílio, Cátulo divorciou-se de Servília.

Em 103 a.C., Cátulo casou-se com Cláudia, de família incerta, mas provavelmente dos Marcelos, aliados de Mário. Este
provavelmente foi o casamento mais duradouro de Cátulo (103–87 a.C.) se, como parece provável, ele se casou com ela
para assegurar o apoio de Mário em sua eleição para cônsul, o que ele só conseguiu na assembleia de 103 para 102
a.C... Porém, ela só aparece como sua esposa nas fontes na época de sua mrote, em 87 a.C.[16] Não há registro de filhos
deste casamento. Servília se casou com Marco Lívio Druso, tribuno da plebe em 91 a.C., e o filho de Cepião, casou-se
com Lívia, a irmã de Druso.

Ver também
Cônsul da República Romana

Precedido por: Quinto Lutácio Cátulo Sucedido por:


Lúcio Aurélio Orestes 102 a.C. Mânio Aquílio
com Caio Mário III com Caio Mário IV com Caio Mário V

Notas
1. Segundo Cícero, Cneu Domício (cônsul em 96 a.C.) era tio materno de Cátulo Capitolino. Portanto, a mãe dele,
que nasceu em 125 a.C., era uma "Domícia" dos Enobarbos, nascida por volta de 141 a.C. e a esposa de Cátulo,
o cônsul em 102 a.C., nascido por volta de 149 a.C.[12]
2. Cícero[13] afirma que Quinto Hortênsio Hórtalo, o orador e cônsul em 69 a.C., era genro e "sodalis" (colega em
alguma associação religiosa ou de ensino) na data dramática de 91 a.C.. Em seguida, na data dramática de 70
a.C., o mesmo Cícero[14] chama a sogra de Hortênsio de Servília "femina primaria". Presumindo que a primeira
esposa de Hortênsio, Lutácia, ainda era sua esposa em 70 a.C., então a mãe dela era esta Servília, que era, por
sua vez, a segunda esposa de Cátulo, o cônsul em 102 a.C..

Referências
1. Cícero, Pro Cn. Plancio, 5.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinto_Lut%C3%A1cio_C%C3%A1tulo_(c%C3%B4nsul_em_102_a.C.) 3/4
29/01/2018 Quinto Lutácio Cátulo (cônsul em 102 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

2. Nicolas Lenglet Dufresnoy, Chronological Tables of 0in%20the%20cultural%20landscape%22&f=false)


Universal History (1762), Fasti Romani Consulares, 7. Plínio, o Jovem, Epistula 5.3.5.
p.204 [google books] (http://books.google.com.br/boo 8. Cícero, De Natura Deorum, 1.79.
ks?id=61oQAAAAYAAJ&pg=PA204&f=false)
9. Calímaco, Epigram 41 Pfeiffer (= 4 in the Gow-Page
3. A. Clark, Divine Qualities: Cult and Community in edition). A passagem, em "Noites Áticas" 19.9, de
Republican Rome (Oxford University Press, 2007), Aulo Gélio, é uma das fontes para as associações
pp. 127ff. online. (http://books.google.com/books?id= literárias de Cátulo com Valério Édito e Pórcio Licínio.
pV_QrGDrjosC&pg=PA127&dq=%22Marius+and+Q.+ Ver também Apuleio, Apologia 9.
Lutatius+Catulus+clashed%22&lr=&as_drrb_is=q&as
_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy 10. Versão em latim em Courtney, The Fragmentary Latin
_is=&as_brr=0#v=onepage&q=%22Marius%20and% Poets p. 70 online (http://books.google.com/books?id
20Q.%20Lutatius%20Catulus%20clashed%22&f=fals =YPMRG8ZLbvsC&pg=PA70&dq=%22Quinti+Catuli+
e) uersus+illi+fuerunt%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_
is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as
4. A.R. Dyck, A Commentary on Cicero, De officiis _brr=0#v=onepage&q=%22Quinti%20Catuli%20uers
(University of Michigan Press, 1996), p. 598 online (ht us%20illi%20fuerunt%22&f=false), com explicações e
tp://books.google.com/books?id=ty-4VdbP04YC&pg= a discussão pp. 75–76. A mudança de Cátulo da
PA598&dq=%22Gratidianus+was+put+in+charge+of+ primeira pessoa do singular para a primeira pessoa
prosecuting+Q.+Catulus%22&lr=&as_drrb_is=q&as_ do plural está preservada nesta tradução.
minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_
is=&as_brr=0#v=onepage&q=%22Gratidianus%20wa 11. Courtney, The Fragmentary Latin Poets p. 75 online.
s%20put%20in%20charge%20of%20prosecuting%20 (http://books.google.com/books?id=YPMRG8ZLbvsC
Q.%20Catulus%22&f=false); Bruce Marshall, &pg=PA75&dq=%22The+willingness+of+a+member+
"Catilina and the Execution of M. Marius Gratidianus," of+the+highest+Roman+aristocracy%22&lr=&as_drrb
Classical Quarterly 35 (1985), p. 125, note 8; Erich _is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0
Gruen, Roman Politics and the Criminal Courts, 149– &as_maxy_is=&as_brr=3#v=onepage&q=%22The%2
78 B.C. (Cambridge, Mass., 1968), pp. 232–234. 0willingness%20of%20a%20member%20of%20the%
20highest%20Roman%20aristocracy%22&f=false)
5. Suetônio, De Grammaticis 3; Edward Courtney, The
Fragmentary Latin Poets (Oxford: Clarendon Press, 12. Fragmento de Cícero, "pro C.Cornelio", citado por
1992), p. 75. Ascônio (86-7G).
6. Gian Biaggio Conte, Latin Literature: A History (Johns 13. Cícero, De Oratore III, 228
Hopkins University Press, 1994), pp. 138–139 online. 14. Cícero, Verr.II 2.24.
(http://books.google.com/books?id=NJGp_dkXnuUC& 15. Estrabão IV, 1.13 = Timagenes F11 ed. Jacoby (FGrH
pg=PA138&dq=%22A+prominent+figure+in+the+cultu no. 88)
ral+landscape%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0
16. The Berne scholium on Lucan.II, 173 (p.62,
&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr
ed.Usener).
=3#v=onepage&q=%22A%20prominent%20figure%2

Bibliografia
Biography and Mythology (em domínio público), de
Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of William Smith (1870).
the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C.
(em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The (em alemão) Carolus-Ludovicus Elvers: [15] A.
American Philological Association. 578 páginas Orestes, L.. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 2,
Este artigo contém texto do artigo "Quintus Lutatius Metzler, Stuttgart 1997, ISBN 3-476-01472-X,
Catulus (http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/ Pg. 321.
0663.html)" do Dictionary of Greek and Roman

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Quinto_Lutácio_Cátulo_(cônsul_em_102_a.C.)&oldid=50835085"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 00h09min de 24 de dezembro de 2017.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não
Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
uso.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinto_Lut%C3%A1cio_C%C3%A1tulo_(c%C3%B4nsul_em_102_a.C.) 4/4

Potrebbero piacerti anche