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Invertida na parede!

Prática inconseqüente!

Apostila preparada para o curso de formação de instrutores de yoga do André De Rose

Existe um tropeço que vem se alastrando atualmente, de forma endêmica e alarmante. E que
tem me assustado de verdade, presenciar o aluno fazendo, a invertida sobre a cabeça ​(colocar
link para o shírshásana)​ feita com o apoio da parede, isso é algo que realmente me arrepia todo
quando vejo.

Para fazer essa posição, por exemplo, é necessário que o praticante desenvolva a musculatura
do pescoço e braços para poder sustentar o corpo nesse ásana. Quando o neófito treina essa
técnica e ainda não possui força suficiente, por mais que tente, ele sequer conseguirá erguer os
pés do chão, portanto, estará em segurança. Mesmo sendo um praticante afoito que, por
exemplo, resolva dar impulso, ele ainda assim estará mais seguro do que se estivesse fazendo
na parede, pois a natureza é sábia. Se você não possui infra-estrutura necessária para executar
a posição, você cai ao chão em segurança, porque para a natureza é melhor que você leve um
tombo do que venha a machucar o pescoço ao permanecer apoiado sobre um conjunto sem
condição muscular para tanto.

Observando um praticante antigo executando, veremos que para se manter de cabeça para
baixo, ele retesa a musculatura dos braços, ombros e pescoço, mantendo assim, a integridade
dessa delicada estrutura. Isso não ocorre com alguém que faz a mesma posição sendo
sustentado artificialmente, seja por uma parede ou mesmo pelo professor. Se usar a parede é
ruim, com uma pessoa ajudando é um desastre. Invariavelmente quando não caem os dois
alguém acaba se machucando. Já vi inúmeras vezes pessoas fazendo com apoio, assim que os
seus pés tocam a parede e se sentem seguros, soltam à única coisa que não poderiam jamais
relaxar; a musculatura do pescoço...

A regra é clara: ​se você vai cair, não retarde a queda!

Por sorte ou algum tipo de intervenção divina, a maioria só fica com uma leve dor na região ou,
no caso mais grave, um torcicolo. E sequer se dão conta do risco que esse procedimento
representa ou mesmo que podem ficar com seqüelas irreversíveis, entre elas o ​rompimento de
nervos cervicais que podem levá-lo a tetraplegia​ no caso de um desequilíbrio ou queda
lateral.

Algumas posições não têm, nem podem ter atalhos. Fazem parte de todo um processo de
estrutura, desenvolvimento de força, alongamento, equilíbrio e coordenação motora!

Determinados exercícios podem levar anos até que se conquiste a excelência técnica necessária
para a sua execução, além de produzirem severas adaptações biológicas que vão desde o
fortalecimento de partes esqueléticas com o deslocamento interno de material ósseo para
fortalecer pontos de apoio e tensão, até aclimatações circulatórias onde as paredes de vasos e
capilares são reestruturados para agüentar o aumento de pressão. Isso se chama ​resposta
adaptativa ​e ela demonstra como a nossa espécie produz respostas fisiológicas adaptativas e
evolutivas que são comuns a todos os mamíferos. Os resultados do treinamento demonstram
que a ​resposta adaptativa​ pode ser ampliada, reforçando ainda mais a resposta fisiológica e com
isso tornando a invertida muito mais segura.

Até o momento eu só falei o que não se deve fazer, então vamos ver juntos o que se deve fazer
passo a passo para conquistar com segurança a invertida.

Em primeiro lugar tome o cuidado de permanecer deitado algum tempo antes de executar a
posição levando em consideração a hemodinâmica e sua relação com a gravidade a fim de evitar
complicações com um AVC (acidente vascular cerebral). ​Hipertensos, gestantes e cardíacos
devem evitar inversões a todo custo,​ ​consulte sempre seu médico antes de iniciar a
prática de yoga!

Sabemos que quando estamos deitados, em relaxamento, temos 12/8 cmHg aproximadamente
no corpo inteiro. Já na posição de pé temos 12/8 cmHg apenas na altura do coração, enquanto a
pressão na cabeça é um pouco menor, aproximadamente 10/6 e maior nos pés, de 21/17.

Mesmo na invertida sobre a cabeça, graças ao sistema de auto-regulagem persistimos com 12/8
no coração, contudo apenas 4/0 nos pés, e 15/11 na cabeça que agora está abaixo do coração.
(fonte dos dados: H. David Coulter - Anatomy of Hatha Yoga pág. 439/440)

Embora 15/11 já seja uma pressão alta até para o coração e considerando que vasos e capilares
do cérebro estejam acostumados a uma pressão bem mais baixa 10/6, não tendo sido
programados a magnitude dessa pressão com tanta regularidade, os testes comprovam que
paradoxal e empiricamente isso faz bem, apesar dos estudos ainda não conseguirem demonstrar
por que...

A primeira coisa a fazer é escolher um lugar amplo sem móveis, sob uma superfície macia
preferencialmente numa escola de Yoga e ainda sob supervisão de um profissional.

Uma das regras que se aprende no treinamento do shírshásana (a invertida sobre a cabeça) é
jamais ter qualquer tipo de apoio, seja de uma outra pessoa, de paredes, cabos ou faixas. O
maior perigo é o próprio instrutor que precisa ter pelo menos o dobro do seu peso para poder
sustentar você. O aluno por sua vez na confiança de ter alguém para segurá-lo se entrega
completamente achando que o seu monitor irá amparar todo o seu peso. Eu já vi muitos
acidentes assim... Se não é o aluno quem se machuca é o professor que acaba dando um mau
jeito nas costas!

O esforço em manter a posição é o segredo para proteger as vértebras do pescoço, para não
perder o equilíbrio e cair o praticante contrai os músculos da cintura escapular, braços e pescoço
de tal forma, que a região se torna compacta e resistente.

Os ossos do pescoço são formados por vértebras muito sensíveis e frágeis ao contrário das
vértebras próximas a bacia que são grossas, largas e resistentes, fazendo com que esse seja o
pior lugar do corpo para receber pressão.

Para isso existe um longo período de aclimatação para fortalecer os músculos do pescoço, com
uma série de exercícios específicos. Essa instrução eu só passo pessoalmente devido ao delicado
conjunto de técnicas e do ajuste personalizado que cada pessoa precisaria. Isso é para sua
própria segurança.

Colocar ilustrações do sistema circulatório das preparações e do que pode acontecer com o pescoço
durante a invertida.

Efeitos:
Rejuvenescimento

manobra uddiyana
Hemodinâmica

Se a p
​ ressão​ sobre a região cervical não for muito intensa

Apostila preparada para o curso de formação de instrutores de yoga do André De Rose

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