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PROFESSOR
HISTÓRIA
ensino médio
1 SÉRIE
a
volume 4 - 2009
Coordenação do Desenvolvimento dos Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Conteúdos Programáticos e dos Cadernos dos Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,
Professores Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino
Ghisleine Trigo Silveira e Sayonara Pereira
GESTÃO
Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Bom trabalho!
Caros(as) professores(as),
Com esses documentos, a Secretaria espera apoiar seus professores para que a organi-
zação dos trabalhos em sala de aula seja mais eficiente. Mesmo reconhecendo a existência
de classes heterogêneas e numerosas, com alunos em diferentes estágios de aprendizagem,
confiamos na capacidade de nossos professores em lidar com as diferenças e a partir delas
estimular o crescimento coletivo e a cooperação entre eles.
A estruturação deste volume dos Cadernos procurou mais uma vez favorecer a har-
monia entre o que é necessário aprender e a maneira mais adequada, significativa e mo-
tivadora de ensinar aos alunos.
Reiteramos nossa confiança no trabalho dos professores e mais uma vez ressaltamos o
grande significado de sua participação na construção dos conhecimentos dos alunos.
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FiChA dO CAdERnO
nome da disciplina: História
Série: 1a
Volume: 4
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ORiEntAçãO SObRE OS COntEúdOS dO CAdERnO
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História - 1a série - Volume 4
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SitUAçÕES dE APREndizAGEm
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 1
RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO E
FORMAçãO DAS MONARqUIAS NACIONAIS
Entre os séculos XI e XV, a Europa Oci- No âmbito político, paralelamente a essas
dental passou por grandes transformações transformações e, em grande medida, como des-
políticas e sociais que ficaram conhecidas, so- dobramento delas, ocorreu a formação das Mo-
bretudo, pelo que se convencionou designar narquias Nacionais e a centralização do poder
de Renascimento Comercial e Urbano. monárquico. O que propomos nesta Situação de
Aprendizagem é um conjunto de aulas nas quais
O aumento populacional, o desenvolvi- você poderá desenvolver aspectos importantes
mento da agricultura e a intensificação e or- relacionados a esse conteúdo. Para isso, espera-se
ganização das trocas comerciais estavam na que você desperte a curiosidade dos alunos para
base dessas mudanças, que também exerce- o Renascimento Comercial e Urbano do período
ram grande influência nas novas organizações estudado, com a observação de imagens que se
espaciais e no modo de vida das pessoas. encontram reproduzidas no Caderno do Aluno.
Recursos: mapas.
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História - 1a série - Volume 4
Solicite que, em duplas e com base em in- e comerciais, ligadas a diferentes ofícios (sapa-
formações já adquiridas em outros momentos teiros, alfaiates, ourives, marceneiros, constru-
de sua formação, discutam e respondam no tores etc.). Os que não encontravam ocupação
Caderno do Aluno à pergunta: O que é uma tornavam-se mendigos ou continuavam a
nação? busca por um ofício. O próprio aumento po-
pulacional nas cidades pode ser um fator que
Em seguida, introduza a temática a ser de- explique o desenvolvimento dos ofícios e do
senvolvida. comércio, sendo esse desenvolvimento, um
importante fator para a compreensão das fre-
Renascimento Comercial e Urbano quentes inovações agrícolas desde então.
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estabelecem entre aqueles que vendem e aque- realizem a pesquisa individual no Caderno
les que compram? do Aluno. Eles devem buscar materiais sobre
o Renascimento Comercial e Urbano e os
Feito esse paralelo, caracterize as feiras termos listados a seguir:
medievais, observando os seguintes aspectos:
f Guildas: associações formadas segundo o
f tinham duração variada, de alguns dias a ofício exercido (alfaiates, sapateiros, tece-
semanas; lões, vinagreiros, ferreiros), cuja finalidade
f expunham produtos oriundos de diferentes era organizar profissionalmente, controlar
partes da Europa, da África e da Ásia; a produção e evitar a concorrência.
f propiciavam a circulação monetária (com f Hansas: cidades mercantis/associações de
a necessidade de realização de câmbio de mercadores que controlavam trechos e lo-
moedas provenientes de diferentes lugares), calidades de comércio.
criando a busca por crédito (o que fazia f Liga Hanseática: liga que reunia diversas
dos bancos uma necessidade e alimentava hansas do norte da Europa e controlava as
as práticas de usura: empréstimo de dinhei- comunicações e o comércio entre os mares
ro a juros). do Norte e Báltico.
Observe que as feiras surgiam frequente- Para concluir as reflexões propostas na pes-
mente no cruzamento das rotas comerciais, quisa, peça aos alunos que observem as ima-
sendo a de Champanha e a de Flandres duas gens que tratam do Renascimento Comercial
das mais importantes. e Urbano e que descrevam por escrito aquilo
que veem, valorizando os detalhes contidos
É relevante que os alunos associem a esse em cada uma delas e escrevendo um pequeno
período um vocabulário que lhe é caracterís- texto para cada imagem como síntese do que
tico. Para auxiliá-los, você pode pedir que foi estudado até aqui.
© Album/akg/North Wind Picture Archives-Latinstock
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História - 1a série - Volume 4
© Lessing/Album-Latinstock
Teatro dos Vícios. Encenação teatral sobre a usura dos banqueiros e os vícios capitais cita-
dos na Bíblia. A autoria do livro é atribuída a Pelegrino Cocharelli – Gênova, século XIV.
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recentes, mas seguramente essa informação didático e sua experiência no trato dessa
não é de domínio comum de nossos alunos. temática para caracterizá-las. Depois, ob-
Você pode iniciar a aula indagando se es- serve alguns aspectos que foram comuns a
ses países existiam na Antiguidade e como todas essas monarquias:
eram. Caso não obtenha nenhuma resposta
que contemple o conteúdo a ser tratado, es- f centralização do poder;
clareça. Diga que essas nações só tiveram a f busca de unificação territorial;
conformação como as conhecemos, muito re- f criação e extensão de leis a todo o territó-
centemente e que, na Antiguidade, não exis- rio;
tiam como são hoje. Explique que, ao longo f criação de impostos e moedas comuns a
dos séculos, as nações ora perderam, ora in- seu território;
corporaram territórios por meio de guerras f criação de exércitos nacionais.
ou acordos e que foi só a partir do século
XIV e, notadamente, do XIX (para países Observe, finalmente, que, apesar de esses
como Itália e Alemanha) que passaram efe- aspectos serem similares a todas as Monar-
tivamente a existir como países. Contudo, a quias Nacionais europeias de então, o pro-
centralização do poder monárquico na Baixa cesso de centralização do poder não ocorreu
Idade Média foi de capital importância para ao mesmo tempo e da mesma maneira em
que isso ocorresse. A esse respeito, você pode todas elas.
observar alguns aspectos:
Após o desenvolvimento dos conteúdos
1. as relações feudais eram um grande impe-
sugeridos, peça aos alunos que retomem as
dimento ao desenvolvimento comercial, de-
definições inicialmente redigidas no mo-
vido às intervenções dos senhores feudais
mento da Sondagem e sensibilização, que
na política comercial, mediante cobranças
confrontem as versões preliminares com no-
de impostos e a vigência de regras varia-
vos entendimentos e que registrem novas de-
das de uma localidade para outra (lembre
finições conceituais no Caderno do Aluno.
a multiplicidade e a diversidade dos feudos
em todo o território europeu e a descentra- Peça-lhes também que comparem o que defi-
lização política própria desse período); nia uma nação no contexto estudado com o
que imaginam que seja uma nação hoje. Ao
2. a centralização do poder atendia aos inte- discutir a produção, você pode observar que
resses dos comerciantes (burgueses) e dos os fatores estudados sobre a constituição
próprios monarcas e limitava a atuação da das Monarquias Nacionais (centralização do
Igreja na maioria dos casos. Vários fatores poder, busca de unificação territorial, leis
sociais e econômicos contribuíram para comuns etc.) ajudam a definir o próprio con-
essa centralização, como os períodos de ceito de nação. Muitos desses fatores ainda,
fome e de epidemias e o próprio desenvol- caracterizam o que entendemos por nação;
vimento comercial; contudo, no mundo contemporâneo, exis-
tem poucas monarquias. Apesar de o con-
3. as principais Monarquias Nacionais foram ceito de nação se assentar em referenciais
Espanha, Portugal, Inglaterra e França (não ligados a valores nacionais comuns (língua,
deixe de observar suas especificidades em cultura, território, povo), há diversidades,
relação à Itália e à Alemanha que, contra- como sotaques, dialetos, hábitos alimenta-
riamente aos outros territórios, só se unifi- res etc., que compõem uma pluralidade na
caram no século XIX). Utilize o material unidade.
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História - 1a série - Volume 4
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As corporações de ofício constituíam uma quisa e inserir eventuais citações, observando
importante forma de se evitar a concorrên- as regras acadêmicas.
cia entre os profissionais de um mesmo ofí-
cio (sapateiros, artesãos, alfaiates etc.). Proposta 2
4. Dos itens a seguir, indique aquele que não se Proponha a seguinte questão: Em que medi-
refere à constituição das Monarquias Na- da a centralização do poder monárquico atendia
cionais na Baixa Idade Média: aos interesses da burguesia? Você pode facilitar
a compreensão desse processo por meio de um
a) centralização do poder nas mãos do exemplo: se no início da Baixa Idade Média
monarca. os comerciantes tinham de lidar com os inte-
resses de diferentes senhores feudais, com a
b) busca de unificação territorial. centralização do poder, eles respondiam, em
princípio, aos desígnios do monarca. A par-
c) criação de impostos e moedas comuns.
tir daí, solicite aos alunos que elaborem um
texto histórico que vise a analisar a questão
d) descentralização do poder monárquico.
proposta.
As Monarquias Nacionais se caracteriza-
ram, dentre outros fatores, pela centraliza- Recursos para ampliar a perspectiva
ção do poder nas mãos dos monarcas. do professor e do aluno para a
compreensão do tema
Propostas de Situações de
Recuperação livros
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História - 1a série - Volume 4
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 2
EXPANSãO EUROPEIA NOS SÉCULOS XV E XVI:
CARACTERíSTICAS ECONôMICAS,
POLíTICAS, CULTURAIS E RELIGIOSAS
Conteúdos e temas: Expansão Europeia nos séculos XV e XVI: características econômicas, políticas,
culturais e religiosas.
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Secunda Etas Mundi
Biblioteca Nacional da Austrália
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História - 1a série - Volume 4
Planisfério Político
165º 150º 135º 120º 105º 90º 75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º
O C E A N O G L A C I A L Á R T I C O
75º 75º
GREENWICH
GROENLÂNDIA
(DIN)
ALASCA (EUA)
C A NA D Á
REINO
UNIDO BIELORÚSSIA
ALEMANHA POLÔNIA
IRLANDA
UCRÂNIA
CASAQUISTÃO
ÁUSTRIA HUNGRIA
45º FRANÇA ROMÊNIA MONGÓLIA 45º
ITÁLIA BULGÁRIA
GEÓRGIA UZBEQUISTÃO QUIRGUISTÃO
ESPANHA CORÉIA
Açores ARMÊNIA AZERBAIJÃO
E S TA D O S U NI D O S (POR) GRÉCIA TURQUIA TURCOMENISTÃO TADJIQUISTÃO
DO NORTE
DA AMÉRICA P ORT U G A L
C H IN A
CORÉIA JAPÃO
CHIPRE SÍRIA
TUNÍSIA DO SUL
LÍBANO AFEGANISTÃO
Is. Madeira
MARROCOS IRAQUE IRÃ
(POR) ISRAEL
30º 30º
JORDÂNIA
Is. Canárias KUWAIT
(ESP) ARGÉLIA PAQUISTÃO NEPAL
BUTÃO
LÍBIA BAREIN
O C E A N O SAARA
OCIDENTAL
EGITO
CATAR
BANGLADESH
MÉXICO ARÁBIA SAUDITA EMIRADOS ÁRABES
TRÓPICO DE CÂNCER BAHAMAS UNIDOS TAIWAN TRÓPICO DE CÂNCER
(FORMOSA)
CUBA ÍNDIA MIANMA
REP. DOMINICANA MAURITÂNIA OMÃ LAOS
BENIN
NIGÉRIA MARSHALL
COSTA RICA PANAMÁ SOMÁLIA
COSTA
PA C Í F I C O
TOGO
VENEZUELA ETIÓPIA SRI LANKA PALAU
GANA
SERRA LEOA DO REPÚBLICA (CEILÃO)
GUIANA MARFIM CENTRO-AFRICANA
GUIANA FED. DOS ESTADOS
FRANCESA LIBÉRIA CAMARÕES BRUNEI
DA MICRONÉSIA
Is. Christmas
O C E A N O COLÔMBIA SURINAME
M A L Á S I A
(AU) GUINÉ EQUATORIAL UGANDA
0º EQUADOR Is. Galápagos (EQ)
QUÊNIA MALDIVAS CINGAPURA EQUADOR 0º
KIRIBATI
CONGO
EQUADOR SÃO TOMÉ GABÃO
REP. DEM. RUANDA NAURU
& PRÍNCIPE I N D O N É S I A
DO CONGO
BURUNDI
PAPUA
TANZÂNIA NOVA GUINÉ
Is. Tokelau PERU
Is. Cook SALOMÃO
(NOV. ZEL.) (NOV. ZEL.) SEICHELES
Is. Marquesas TIMOR LESTE
SAMOA
(FRA)
B RA S I L A T L Â N T I C O ANGOLA
COMORES O C E A N O
15º MALAUÍ 15º
ZÂMBIA
ÁFRICA
ARGENTINA DO SUL
URUGUAI
NOVA ZELÂNDIA
45º 45º
60º 60º
NORUEGA
ESTÔNIA
Mapa-múndi atual.
continham apenas informações sobre o con- sobre o fato de todo o Oriente ser chamado de
torno dos territórios (lembre-se do mapa de “índias” pelos europeus.
concepção ptolomaica anteriormente apre-
sentado). A respeito dos medos reais, descreva Fazendo uso de um mapa atual, mostre o
as condições de vida nas embarcações — pou- caminho terrestre que poderia ser feito para se
ca comida, pouca água, higiene precária — chegar às índias partindo da Europa e pergunte
bem como as tempestades e outros perigos aos alunos se sabem os motivos pelos quais os
que as viagens em alto-mar podiam oferecer, europeus não seguiram esse percurso. Trabalhe
levando os europeus a frequentes naufrágios. o domínio dos árabes sobre esse caminho e a
necessidade de se encontrar uma rota comercial
Pergunte se os alunos sabem o que são alternativa. Indague quem eram os organizado-
especiarias. Defina o que são e por que elas res e financiadores de tais expedições. A partir
eram tão valorizadas no período. Apresente dessas respostas, discorra sobre o forte poder
outros artigos de luxo existentes na índia que das Monarquias Nacionais, suas alianças com
os europeus apreciavam. Lembre-os das rotas a nobreza e com a burguesia e os investimentos
comerciais e da Situação de Aprendizagem an- financeiros deste último grupo. Enfatize as van-
terior. Nesse momento, aprofunde a discussão tagens das viagens para cada grupo.
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Nesse momento, é necessário marcar o neirismo na Expansão Ultramarina. Após essa
apoio da Igreja católica, que a partir do sé- etapa, faça uma análise documental. Para isso,
culo XVI, envolvida na crise provocada pela peça aos alunos que leiam um trecho de Os
Reforma protestante, objetivava a conquista lusíadas, de Luís Vaz de Camões, reproduzido
de novos fiéis pelo mundo e, com isso, incen- no Caderno do Aluno. Caso julgue convenien-
tivava as expedições. Por fim, contextualize a te, solicite a realização, como tarefa de casa, de
situação de pobreza da população europeia, uma breve biografia do escritor português, que
dando destaque à Guerra dos Cem Anos, à pode ser encontrada facilmente na internet
Peste Negra e às constantes epidemias, acon- ou em livros didáticos. Ao socializarem essa
tecimentos que, certamente, colaboraram para biografia, ajude-os a estabelecer relações com
que muitos se aventurassem pelo mar em bus- o período vivido pelo autor, a partir do que
ca de uma vida melhor. foi explicado na aula anterior, ou seja, com a
situação política, econômica e social daquele
leitura e análise de texto: Os lusíadas momento. A respeito do gênero literário que
será lido, explique aos alunos o significado
Prosseguindo, contextualize a situação de de uma epopeia. Em grupos ou duplas, os alu-
Portugal nesse período, salientando seu pio- nos lerão o seguinte trecho de Os lusíadas:
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História - 1a série - Volume 4
Para a realização da análise documental, Com base nesse poema, responda às se-
oriente os alunos a utilizar um dicionário guintes questões:
para procurar as palavras desconhecidas
e, também, a observar o estilo literário do a) a qual período da história de Portugal
poeta português. Há espaços especialmente o poeta se refere? Explique-o breve-
reservados para o registro do vocabulário mente.
no Caderno do Aluno. Também há espaços
reservados para que eles reescrevam cada b) como o poeta representa os aconteci-
estrofe com suas palavras. Em seguida, so- mentos da época?
licite aos alunos que redijam um texto no
qual relacionem o trecho analisado com o c) dê uma reposta para a indagação de
período da Expansão Europeia dos séculos Fernando Pessoa: “Valeu a pena?”.
XV e XVI. Esse texto poderá ser registrado
no Caderno do Aluno ou ainda ser produzi- O poeta refere-se à Expansão Marítima dos
do em folha avulsa para ser entregue a você séculos XV-XVI, quando a monarquia portu-
para avaliação. guesa, associda aos mercadores, empreendeu
a conquista de uma rota comercial alterna-
Proposta de questões para avaliação tiva para o Oriente navegando ao longo da
costa africana. O poeta representa os acon-
1. Leia o trecho da obra Mensagem, de Fer- tecimentos como trágicos, porém respon-
nando Pessoa, no qual o poeta fala sobre o sáveis pela grandeza do império português.
mar português. Para Fernando Pessoa, o pioneirismo portu-
guês reflete a bravura daquele povo. Por fim,
o aluno deve emitir sua opinião a respeito.
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O Oriente fora, desde a Antiguidade, ob- e) um mecanismo de incentivo ao tráfico de
jeto de fascínio por parte dos ocidentais, escravos, destinados ao trabalho nas ati-
que a ele sempre associaram mistérios e vidades agrícolas da América colonial.
exotismos, em grande parte devido ao des-
conhecimento e consequente imaginação a O texto explicita a integração da América
seu respeito. Nesse contexto, o fascínio era no mercado europeu por meio da coloniza-
estimulado pela enorme quantidade de pro- ção a partir do fabrico de produtos para co-
dutos vindos do Oriente e pelo interesse que mercialização.
despertavam nos europeus.
4. (Coordenadoria de Admissão aos Cur-
b) responda por que as viagens marítimas sos Regulares – FGV – 2003) A respeito
diminuíram a “sensibilidade” dos por- de Portugal durante a época Moderna, é
tugueses. correto afirmar:
c) um benefício aos impérios inca, asteca e) ao contrário das demais sociedades eu-
e maia, que passaram a competir em ropeias, o antigo regime português ca-
situação de igualdade com os antigos racterizou-se pela ausência de conflitos
fornecedores orientais. religiosos e pelo interesse na produção
cultural estrangeira.
d) uma derivação da Expansão Marítima e
Comercial inaugurada na passagem do A expansão portuguesa no período moderno
século XV para o XVI. é decorrente, principalmente, da comunhão
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História - 1a série - Volume 4
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Revista Site
História Viva: grandes temas. Mar português: Portugal – Um destino marítimo. Disponível
a epopeia de um pequeno país europeu que em: <http://www.unicamp.br/~aulas/numero2.
iniciou no século XV a globalização. Edição htm>. Acesso em: 11 ago. 2009. Consulte o
especial temática, n. 14. São Paulo: Duetto, vídeo disponível nesse endereço a respeito do
2006. “destino marítimo” português.
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 3
SOCIEDADES AFRICANAS DA REGIãO SUBSAARIANA
ATÉ O SÉCULO XV
O objetivo desta Situação de Aprendiza- até o século XV eram primitivas e atrasadas.
gem é propiciar aos alunos a compreensão As estratégias sugeridas enfatizam a siste-
de que a África não era um continente uno, matização das ideias por meio de esquemas
ou seja, havia regiões e povos diferentes, com gráficos e fichamentos. As habilidades escri-
suas especificidades culturais, políticas e so- toras também são reforçadas por meio da
ciais. Também pretende contribuir para a produção textual que finaliza esta Situação
crítica à ideia de que as sociedades africanas de Aprendizagem.
Sondagem e sensibilização
Para realizar a sondagem inicial, escreva seguintes perguntas: Você acha que o continen-
na lousa “África subsaariana” e, então, per- te africano sempre foi dividido da maneira que
gunte aos alunos o que eles entendem por hoje conhecemos? Se não, por quê? Como teria
isso. Logo abaixo, registre as observações. sido essa divisão anteriormente? Apresente es-
Em seguida, solicite que analisem o mapa sas questões e deixe as respostas em aberto,
que consta do Caderno do Aluno represen- ressaltando que ao término do conteúdo elas
tando os atuais países da África. Proponha as serão retomadas.
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História - 1a série - Volume 4
África – Político
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a utilização de flechas e travessões. Você na medida em que focaliza o que é mais im-
pode dividir os alunos em grupos e pedir portante dentro do texto. Nesse caso, as ideias
que cada um fique responsável por elabo- deverão ser elencadas de maneira sequencial,
rar o esquema de um dos textos e, em se- uma após a outra, precedida por uma flecha
guida, por apresentar o cartaz produzido ou travessão. Alerte-os para a possibilidade de
em papel kraft para a classe. Estimule-os colocar subtítulos, organizando as ideias por
a socializar com os colegas os esquemas temas e subtemas.
elaborados, explicando as articulações re-
alizadas. Você pode optar pela ênfase em uma das
estratégias (o esquema gráfico ou o fichamen-
Fichamento
to), ou ainda, estimular o trabalho com am-
Leia os textos com os alunos e, na se- bas as possibilidades. Inicialmente, convide-os
quência, indague-os a respeito dos pontos a observar o mapa da África e a região que
principais e peça que registrem suas conside- será tratada nas discussões: do atual Senegal
rações no Caderno do Aluno, na forma de um até Angola. No decorrer das análises histo-
fichamento. Aproveite a oportunidade para riográficas, sempre localize geograficamente a
lembrar que o fichamento é uma estratégia de região referida. Observamos, ao final de cada
seleção e sistematização de ideias que pode excerto, alguns aspectos que podem ser valo-
colaborar muito na organização dos estudos, rizados por você.
texto 1
“A história desta região, que vai do Senegal a Angola, revela a presença de povos, desde há muito,
conhecedores da agricultura e do ferro. Pertencentes aos milenares troncos linguísticos nigero-congolês
ou banto, sua organização social ficou marcada por uma luta feroz contra a natureza hostil. [...] Des-
de o século X, estas áreas de intensiva produção agrícola e cultural foram se multiplicando por vales
fluviais e terras altas, em qualquer lugar onde a enxada de lâmina estreita ou um bastão para cavar,
instrumentos da sobrevivência cotidiana, pudesse fecundar o solo. Foi assim que no século XI, um
povo, chamado por seus precursores de tellem, se instalou nas falésias do Mali para cultivar as bordas
do extenso planalto de Bandiagara. Nas frestas de pedras, em profundas cavernas, esses agricultores
estocavam grãos, enterravam seus mortos e erguiam oferendas a seus deuses. A partir do século XV, tal
gente vai lentamente sendo absorvida por um povo de diversa origem, os dogons. Criativos a ponto de
aproveitar a menor gota d’água que encontrassem, eles cultivavam o milhete ou painço. Além disso, no
curso interior do Rio Níger, aproveitavam áreas favoráveis para plantar arroz de sequeiro.”
PRIORE, Mary Del; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 2-3.
Esse trecho trata do domínio sobre a natu- foram rotuladas muitas vezes. Vale ressaltar o
reza de alguns povos africanos da região que fato de que já conheciam a metalurgia, uma
destacamos. A prática da agricultura deve ser vez que trabalhavam o ferro, indicando mais
discutida com os alunos a fim de mostrar como uma tecnologia que possuíam. Alguns produ-
essas sociedades desenvolveram suas técnicas tos agrícolas são citados, o que pode sugerir
de produção e armazenamento agrícolas, evi- um debate sobre o hábito alimentar dessas
denciando que não eram primitivas, como sociedades.
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História - 1a série - Volume 4
texto 2
“Entre os cubas, cujo reino se localizava a nordeste da região do Congo, aldeias possuíam quartei-
rões de celibatários agrupados na chamada ‘rua das crianças pequenas’. A situação era mais severa,
ainda, para as mulheres. Um dos primeiros viajantes estrangeiros a chegar ao Benim anotou: ‘A mulher
fértil é muito considerada, a estéril, desprezada’. Ter filhos era fundamental para o status social dos
pais. Filhos garantiam seu bem-estar na velhice, asseguravam sua sobrevivência como ancestrais, de-
terminavam a existência de grupos familiares em sociedades, por vezes, violentas. O risco que se corria,
entre os sem descendência, era o de serem absorvidos por grupos cujas parentelas fossem mais amplas e
mais fortes. Eis por que a captura de prisioneiros quer adultos ou recém-nascidos era um dos principais
objetivos da guerra. A proteção de futuras mães e filhos era uma das preocupações fundamentais da
medicina e dos rituais de feitiçaria. A fecundidade das mulheres também era um dos temas recorrentes
da arte. Na região de Solongo, no reino do Congo, por exemplo, esculturas em madeira lembram o
lugar fundamental das mães de soberanos no terreno da política familiar e local. Estas estatuetas se
caracterizam pelo porte do boné real, insígnia de poder, colares de dentes de leopardos e braceletes —
o número de braceletes indicando o nível social da pessoa. Os ombros cobertos de escarificações com
variados motivos representam os ‘nós da eternidade’, símbolos, portanto, ligados aos temas da vida,
da morte e da renovação.”
PRIORE, Mary Del; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 12.
O excerto acima mostra como era a vida fa- Outro ponto fundamental a ser discutido é a
miliar entre alguns povos da região do Congo. importância funcional dos filhos que, além de
Ressalte a importância do casamento e da cuidar dos pais na velhice, podiam garantir
maternidade para a sociedade, que tratava de a coesão do grupo familiar em momentos de
maneira discriminatória os solteiros e os que instabilidade. Por causa da fecundidade, a fi-
não tinham filhos, e o modo como isso era gura feminina tinha um significado simbólico
pior para a mulher, evidenciando a existência que se expressava na arte (aproveite para ana-
de uma diferenciação com relação ao gênero. lisar a estatueta descrita).
texto 3
“As tarefas de sobrevivência eram, em geral, semelhantes, mas o trabalho feminino na terra, por
exemplo, variava de cultura para cultura. Podia ser preponderante, como os anjicos, do lago Malebo,
no atual zaire; ou podia ser mínimo, como ocorria entre os iorubás. De maneira geral, o desmatamen-
to ficava por conta dos homens. A plantação e a retirada de ervas daninhas, com as mulheres. Todos
participavam das colheitas. Os grupos familiares raramente possuíam bens comuns, mas, em alguns
grupos da floresta e da parte sul da savana, as mulheres dominavam o pequeno comércio, possuindo
uma autonomia pouco vista em outras culturas. As atribuições e atividades femininas também não
eram homogêneas, variando de acordo com as categorias. Em Bornu, grande reino da savana sudane-
sa, por exemplo, a posição elevada das mulheres dos monarcas tomando parte nas decisões políticas e
controlando vastos territórios, contrastava com a submissão de jovens lavradoras, bem mais moças do
que seus maridos — para não mencionar as atividades pesadas desempenhadas pelas escravas.”
PRIORE, Mary Del; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 16-17.
27
Nesse trecho, há uma discussão sobre os de acordo com a cultura, com o gênero e com
papéis femininos e masculinos no mundo do a posição social. As relações entre homem
trabalho, bem como, dentro de um mesmo e mulher podem ser debatidas, em especial,
gênero, as diferenças ocasionadas pela posi- a submissão das esposas muito mais jovens
ção social diversa. Enfatize essas variações que os maridos.
texto 4
“A maior parte dos autores considera difícil reconstituir as ideias e práticas religiosas, pois essas
eram constantemente renovadas. [...] Os bantos mantiveram certa homogeneidade religiosa da qual
sua língua é testemunha. Certas palavras provam que ideias sobre um espírito criador, espíritos de an-
cestrais e da natureza, filtros e feitiços, rituais e feiticeiros eram comuns. Cada grupo, contudo, chegava
a ideias e práticas específicas. No século XV, por exemplo, o povo congo parece ter partilhado a noção
de que um ‘espírito criador’ estaria acima dos demais, e que as forças da natureza e dos ancestrais eram
muito ativas. [...] Os iorubás e outros povos aparentados veneravam, por sua vez, várias divindades: os
orixás, divindades da natureza (trovão, rios, arco-íris etc.) que, depois de sua deificação foram assimi-
lados a ancestrais fundadores de dinastias. Elas intercediam entre os homens e o deus criador, Olodum.
Entre estes orixás, Xangô, com o rosto sempre coberto pelas franjas de sua coroa de contas, tinha um
lugar especial no panteão dos deuses. Terceiro ou quarto rei de Oió, cidade situada ao norte do reino
iorubá, na Nigéria, ele era ao mesmo tempo temido no que diz respeito à justiça e venerado por suas
manifestações, que trazem chuvas regulares. [...] Os iorubás e outros povos aparentados serviam a um
orixá quer por herança, quer porque a divindade, por intermédio de um adivinho, os teria escolhido.
Alguns orixás eram reconhecidos em certas aldeias ou cidades, outros, em toda uma área cultural. [...]
As coisas mudam quando surge o Islã. Esse se expandiu pela savana, em boa parte, graças ao comércio.
Onde houvesse entrepostos ele se instalava. O Alcorão chegava junto com as barras de sal, os fardos
de tecidos, os cestos, os objetos de cobre e os alimentos. Ia se insinuando, graças ao prestígio de que
gozavam estas comunidades de mercadores.”
PRIORE, Mary Del; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 24-27.
Neste ponto, devem ser discutidas as va- no sempre foi dividido desta maneira? Se não,
riadas manifestações religiosas existentes. como teria sido? Com base no que foi discu-
Destaque a mudança ocorrida com a che- tido, peça aos alunos que respondam à ques-
gada dos muçulmanos, retomando alguns tão no Caderno do Aluno. Leia e discuta suas
aspectos anteriormente trabalhados sobre a produções. Espera-se, com essa atividade, que
religião islâmica e a maneira como entraram os alunos possam compreender que a África
em choque com as práticas religiosas em vi- não era um continente uno: havia diferenças
gor nesses locais. entre os habitantes das diferentes regiões. A
divisão atual da África foi concluída no século
Por fim, retome a pergunta feita durante a XX, fato que não levou em conta suas especi-
sondagem inicial: Será que o continente africa- ficidades culturais.
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História - 1a série - Volume 4
Esquema do texto 1
áfrica subsaariana
Utilização de enxada
Cultivavam painço
e arroz
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Esquema do texto 2
Férteis Consideradas
Mulheres
Estéreis Desprezadas
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História - 1a série - Volume 4
Esquema do texto 3
Em geral
Homens Mulheres
Colheita
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Esquema do texto 4
Século XV
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Com relação à estrutura política dessa re- ral, ou pelo privilégio do mais velho, o
gião, pode-se afirmar que: nkuluntu. Como nelas a produção supria
apenas o básico, não havia um acúmulo
a) não havia centralização administrativa, de bens que permitisse sinais exteriores de
uma vez que o poder era compartilhado status para os chefes.” SOUzA, Marina de
por todos os habitantes. Mello e. Reis negros no Brasil escravista: história
da festa de coroação de Rei Congo. Belo Hori-
b) a administração do governante era vi- zonte: Editora UFMG, 2002. p. 47.
talícia, por se caracterizar como uma
monarquia do tipo hereditária. Segundo o texto, pode-se afirmar que:
d) o reino do Congo possuía um poder b) não havia divisão social entre os congo-
centralizado, no qual o rei administrava leses.
todas as localidades sem a necessidade
de chefes regionais. c) nas aldeias, o controle sobre a religião e
sobre os bens agrícolas produzidos era
Politicamente, os chefes dividiam-se em dois feito pela mesma pessoa.
grupos: os de primeira categoria (descenden-
tes de invasores) e os de segunda categoria d) havia diferenças entre as cidades e as al-
(membros de linhagens locais dominantes). deias; as aldeias deviam passar parte de
sua produção às cidades.
4. Após a leitura do trecho responda à ques-
tão: “A divisão fundamental na sociedade O repasse de parte da produção das aldeias
congolesa era entre as cidades — mbanza (lubata) para as cidades (mbanza) define o
— e as aldeias — lubata. A tradição repre- caráter hierárquico na gestão da produção
sentava esta divisão como entre povos que excedente.
vieram de fora e os nativos, submetidos
àqueles. Os descendentes dos estrangeiros 5. Leia o texto e responda à questão: “Nos
seriam os membros da elite que podiam primeiros séculos do segundo milênio de
postular o poder central, que moravam nossa era, desenvolveram-se, no curso in-
na capital e governavam as províncias ferior do Rio zaire, vários tipos de estru-
por indicação do mani Congo. A lubata turas políticas, nas quais já houve quem re-
era dominada pela mbanza, que podia re- conhecesse, isoladas ou a se combinarem,
quisitar parte do excedente das aldeias. três fontes de autoridade ou poder. Uma
Os chefes das aldeias — nkuluntu — fa- delas defluía dos ancestrais e tomava forma
ziam a ligação entre os setores, recebendo nos clãs ou nas linhagens, naquilo que os
o excedente agrícola e repassando parte congos [Bacongo, Kongo, Bakongo] chama-
deste para os representantes das cidades, vam de canda e que estabelecia o vínculo
reconhecidos como superiores políticos. genealógico entre os que a integravam e os
Nas aldeias, a apropriação do excedente que primeiro tinham ocupado determinada
era justificada pelo poder de mediação do área de terra ou a haviam cedido a outros.
kitomi, chefe religioso, com o sobrenatu- Dentro de cada canda contavam-se vários
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SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 4
A VIDA NA AMÉRICA ANTES DA CONqUISTA
EUROPEIA: AS SOCIEDADES MAIA, INCA E ASTECA
Presente em alguns livros didáticos de ma- vidade interativa entre os alunos, com a sua
neira desenvolvida e em outros de maneira intensa participação, de modo a incentivá-los
tópica ou ausente, a temática desta Situação a trabalhar o interesse e a curiosidade que co-
de Aprendizagem nem sempre é tratada em mumente nutrem pelas sociedades maia, inca
sala de aula. O que propomos aqui é uma ati- e asteca.
Conteúdos e temas: a vida na América antes da conquista europeia: as sociedades maia, inca e asteca.
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História - 1a série - Volume 4
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É importante que fique claro que, antes da No contexto da colonização espanhola na
chegada dos europeus, as sociedades america- América, é possível afirmar que:
nas experimentaram vários níveis de comple-
xidade, no que se refere à organização política, a) colonizadores e religiosos concordavam
social, econômica e tecnológica. com a necessidade de catequizar os indí-
genas.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem b) a colonização da América caracteri-
zou-se, principalmente, pelo respeito
Com esta Situação de Aprendizagem, es- aos valores e aos costumes das popula-
pera-se que os alunos possam compreender, ções nativas.
por meio da pesquisa empreendida e das suas
intervenções, importantes conteúdos relacio- c) os religiosos condenavam as práticas
nados à vida das sociedades Pré-colombianas, dos conquistadores, pois pretendiam
além de ter uma percepção crítica a respeito se apoderar das riquezas materiais do
do contato entre os indígenas e os europeus. Novo Mundo.
Proposta de questões para avaliação d) a atuação de Las Casas caracterizou-se
por condenar o uso da força contra os
1. Escolha um tema comum relacionado às
indígenas, propondo sua conversão re-
civilizações Pré-colombianas (organização
ligiosa.
social, política, econômica, religiosa, cul-
tural etc.) e elabore uma análise sobre as
e) a atuação de Las Casas caracterizou-se
diferenças e semelhanças existentes entre
pela preocupação exclusiva com a con-
as culturas estudadas.
versão dos indígenas, ignorando as prá-
2. Estima-se que nos primeiros anos de conta- ticas de força dos soldados espanhóis.
to entre os espanhóis e os nativos, tenham
morrido milhões de indígenas. A que fato- Las Casas expressou os compromissos as-
res se podem atribuir essas mortes? sumidos por representantes da Igreja,
diante da violência praticada contra os in-
Às doenças transmitidas pelos conquistado- dígenas durante o processo da conquista da
res, aos suicídios, aos abortos e, sobretudo, América, propondo sua catequização para
à violência e aos assassinatos cometidos pe- integrá-los ao projeto de colonização.
los espanhóis.
4. qual dos itens a seguir apresenta as três ci-
3. Em meados do século XVI, frei Bartolo- vilizações indígenas colonizadas pelos es-
meu de Las Casas, em textos bastante co- panhóis?
nhecidos, denunciava que os espanhóis, em
vez de favorecer a conversão dos indígenas a) Tupis, guaranis e astecas.
da América, preferiam dificultar a ação dos
religiosos, visando a abrir caminho para a b) Maias, incas e astecas.
escravização das populações nativas e a
conquista de suas riquezas, especialmente c) Guaranis, maias e incas.
dos metais, sempre desejados pelos euro-
peus. d) Incas, tupis e maias.
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COnSidERAçÕES FinAiS
Caro(a) professor(a), valorizando sua atualidade historiográfica
e, além disso, estratégias que facilitam a
Com este Caderno, chegamos ao final do compreensão por parte dos alunos. Espera-
ano letivo. Buscamos, no processo de elabo- mos que os Cadernos apresentados tenham
ração do material desses quatro bimestres, contribuído para facilitar o seu trabalho e
priorizar aspectos significativos dos con- para a melhoria das condições de aprendi-
teú dos previstos na Proposta Curricular, zagem dos estudantes.
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