REGIMENTO INTERNO DO SENADO

Ausência
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AUSÊNCIA

9 – AUSÊNCIA [Art.13 + Art. 40/42]

a) Não conste da lista de presença, salvo licença, representação ou missão
parlamentar
b) Licença: Mesa decide, recurso para o Plenário [40, §5º]
c) Representação ou missão, por aprovação da Mesa. Se houver ônus, Ple-
nário [13+40]
d) Solicitação: interessado, seu líder, PSF ou comissão; lida no Período de
Expediente (PE), votada na mesma sessão, após a ordem do dia (OD); se inte-
ressado ou seu líder, comissão opina (2h) [40, §§]
e) Se recesso ou em 2 sessões deliberativas ordinárias (sdo) não votar por
falta de Q, PSF despacha, efeitos retroativos [41]
f) Senador afastado: não pode representar SF [42]
g) Painel: acionado nas sessões deliberativas [13, § 1º]
h) Ausente, embora na lista: se deixar de votar, salvo obstrução (líder declara)
[13, §2º]
No Senado, existe uma lista de presença. Quando o Senador adentra o edi-
fício do Senado, ele começa a constar como presente, independentemente de
estar ou não no Plenário ou em comissão. Dessa forma, Senador presente é
aquele cujo nome consta da lista de presença, e ausente, aquele que não consta
na lista, salvo motivos que justifiquem a ausência do Senador e não acarre-
tem, portanto, nenhuma punição: casos de licença, representação parlamentar,
missão política ou cultural ou ausência nos sessenta dias anteriores às elei-
ções gerais, de acordo com o Art. 38, parágrafo único, do Regimento Interno do
Senado.
Embora conste na lista de presença, o Senador não será considerado pre-
sente se não votar, salvo em obstrução declarada pelo líder de partido ou bloco
parlamentar – movimento legítimo em que um partido ou bloco se retira no
momento da votação de uma matéria com a qual não concorda. Por exemplo,
se um partido político concluir que perderá determinada votação em um quórum
de 50 Senadores presentes, sendo 10 pertencentes a esse partido, o líder deste
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pode declarar que o partido está em obstrução à votação, e ele e os membros

partidários podem se retirar do Plenário. Assim, havendo apenas 40 Senadores,
a votação não poderá ocorrer, porquanto, no Senado, só pode haver votação
com 41 Senadores presentes. Nesse caso, nenhum dos 10 Senadores que se
retiraram podem ser punidos.
Vale destacar que para que esse movimento seja válido, é necessário que o
líder do partido declare a obstrução.
A decisão que diz respeito ao direito ou não de o Parlamentar obter licença é
tomada pela Mesa. Porém, se ela não conceder a licença solicitada pelo Parla-
mentar, existe um recurso para o Plenário. Em regra, em casos de representação
parlamentar ou de missão política ou cultural, a decisão cabe à Mesa, salvo se
houver ônus para o Senado Federal, situação em que a decisão é do Plenário.
Nos casos de missão ou de representação parlamentar, a solicitação pode
ser feita pelo próprio Senador, pelo líder de seu partido ou por seu bloco parla-
mentar, pelo Presidente do Senado e também por uma Comissão. Nessa última
hipótese, quando há uma viagem para o exterior, quem analisa é a Comissão de
Relações Exteriores e Defesa Nacional – CREDEN, e quando se trata de viagem
para dentro do Brasil, qualquer Comissão temática, especificamente aquela que
estiver mais relacionada ao tema.
O parecer de uma comissão deve ocorrer quando a solicitação da viagem
não se referir a uma proposta de comissão, pois ela não precisará emitir um novo
parecer. Porém, quando o próprio Senador solicita ou quando é seu líder parti-
dário que solicita por ele, é preciso haver uma análise de Comissão, que pode
ser feita no Plenário. O relator pode solicitar até o máximo de duas horas para
analisar e emitir seu parecer no Plenário.
Quando o Presidente ou uma Comissão indica o Senador, não é necessário
um parecer.
Essas solicitações de missão ou de representação serão lidas no Período de
Expediente – período inicial da sessão, que dura geralmente duas horas e serve
para ler solicitações, para apresentação de projetos de lei e de novas proposi-
ções etc –, votadas na mesma sessão, após a ordem do dia, em detrimento a
maioria das votações, que ocorrem durante a ordem do dia.
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Se a solicitação for realizada em período de recesso, o Presidente a despa-

chará com efeitos retroativos. Caso não seja época de recesso, há o prazo de
duas sessões deliberativas ordinárias para se apurar a solicitação. Se duas ses-
sões deliberativas ocorrerem sem quórum, a solicitação será aprovada.
Cabe destacar que Senador afastado não pode representar o Senado Fede-
ral, e que a sociedade só terá conhecimento dos Senadores que estão presentes
ou ausentes, por intermédio do painel do Senado, nas sessões deliberativas, ou
seja, nas sessões em que houver ordem do dia, as quais ocorrem, em regra, de
segunda a quinta, às 14 horas, e sexta-feira de manhã, com duração de 4 horas
e meia.
Havendo ordem do dia, ocorre sessão deliberativa ordinária. Quando não há,
sessão não deliberativa. Se houver convocação de assembleia em um sábado à
noite, por exemplo, a sessão será chamada de sessão extraordinária. Havendo
ordem do dia, sessão deliberativa extraordinária.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Emerson Douglas.

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