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Fazenda Pública em Juízo

Dr. Ubirajara Casado


Advogado da União

Intervenção Anômala

1. Fundamento legal Procurador do Banco Central


Lei 9469/97:
Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés,
autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas
federais.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja
decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, denatureza econômica,
intervir, independentemente da demonstração de interesse jurídico, para esclarecer
questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados
úteis ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de
deslocamento de competência, serão consideradas partes.

2. Características
a. Nova forma de intervenção de terceiros, exclusivo do Poder Público
b. Presença de interesse econômico e não jurídico
c. Interesse reflexo
d. natureza jurídica: nova modalidade de intervenção de terceiros x amicus curie
e. Fazenda Pública não adquire condição de parte, não havendo modificação de
competência, salvo em caso de recurso
f. Aplica-se a toda e qualquer pessoa jurídica de direito público
g. Incide em todos o tipos de demanda, inclusive as puramente particulares

3. Aspectos formais
a. Demonstração de potencial lesão econômica, sem necessidade de comprovação de
interesse jurídico.
b. Desnecessidade de instauração de procedimento específico para a intervenção, a
Fazenda Pública apresenta-se no processo por meio de petição, apresentação de
documento, provas e memoriais úteis ao esclarecimento ao desfecho da lide.

4. Poderes do interveniente
a. Poder para esclarecer questões de fato e de direito
b. Poder para juntar documentos e memoriais

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Observação: a intervenção e dá apenas para os ponto controvertidos e os que podem
ser conhecidos de ofício pelo Juiz
Objetivo: fortalecer a defesa do interesse de uma das partes
c. poder de recorrer, para garantir seu interesse econômico

5. Recurso na intervenção anômala e modificação de competência


a. Ao recorrer, a Fazenda Pública adquire condição de parte no processo
b. Qual o prazo? Mesmo das partes do processo
c. Modificação de competência
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;
STJ Súmula nº 150
Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que
justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas.
d. Jurisprudência do STJ
RECURSO ESPECIAL Nº 399.695 - AL (2001/0144789-7)
PROCESSUAL CIVIL. CONTROVÉRSIA QUANTO A COMPETÊNCIA. DAS JUSTIÇAS
ESTADUAL E FEDERAL. COMPANHIA ENERGÉTICA. INTERVENÇÃO DA UNIÃO. LEI N.º
9.469/97
1. Manifestado o interesse da União na forma dos arts. 109, I, da CF e 5º, parágrafo
único da Lei n.º 9.469/97, desloca-se a competência para processar e julgar a causa
para a Justiça Federal.
2. O art. 5º, da Lei n.º 9.469/97, inaugurou novel forma interventiva das pessoas
jurídicas de direito público, implicando deslocamento de competência.
3. Intervenção da União com fixação da competência do juízo federal.
3. Recursos especiais providos.
e. Entendimento doutrinário em sentido contrário por afronta ao art. 108, II, da
CF/88.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes
estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

6. A Fazenda pode, ao invés de recorrer, interpor pedido de suspensão de segurança?


a. Suspensão de segurança não é recurso.
b. Jurisprudência do STJ

Agravo regimental. Legitimação da União. Interesse econômico. Inteligência do art. 5º


da Lei nº 9.469/97. Suspensão de liminar - Sociedade de economia mista.
Possibilidade. Precedente. Requisitos preenchidos. Suspensão deferida. Agravo
desprovido.
- A União tem legitimidade para intervir nos feitos em que sociedade de economia
mista figure como parte, mesmo que seu interesse na causa seja apenas econômico
(art. 5º da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997).

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- A legitimidade para apresentar recursos concedida à União autoriza, nesse caso, o
direito do uso dos meios indispensáveis para assegurar o resultado útil do processo,
entre os quais figura a possibilidade de requerer a suspensão de liminar ou de
antecipação de tutela.
- Sociedade de economia mista da administração indireta tem legitimidade ativa ad
causam para requerer suspensão de decisão (Lei nº 4.348/64). Precedente da Segunda
Turma (REsp nº 50.284/SP).
- A magnitude da expressão econômica envolvida na causa em desfavor da empresa,
o risco de que os efeitos da decisão possam potencializar crise no setor elétrico com
a paralisação de usina térmica e a repercussão imediata em região que convive com
a dificuldade gerada pelo racionamento de energia são pressupostos que autorizam
a contracautela requerida.
- Agravo interno conhecido e desprovido.
(AGP - 1621/PE - CORTE ESPECIAL - RELATOR MINISTRO NILSON NAVES - DJU EM
14/04/2003).

7. Coisa julgada
a. Como interventor anômalo, a Fazenda Pública não é parte, não se submete à coisa
julgada
b. Pós recurso, é parte e se submete à coisa julgada

8. Procedimentos cabíveis
a. Processo de conhecimento, ritos ordinário e sumário
b. Procedimento especiais
c. Processo cautelar
d. Embargos do devedor

9. Procedimentos não cabíveis


a. Juizados Especiais que vedam qualquer forma de intervenção de terceiros
b. Execução. Posição contrária: apresentação de exceção de pré-executividade pela
Fazenda Pública

10. Mandado de Segurança


a. Não é cabível a intervenção anômala eis que o procedimento da intervenção
ordinariza o rito do MS
b. Se aceita a intervenção, a Fazenda Público poderá apresentar documentos que
devem ser contraditos pelo impetrante, desvirtuando o trâmite processual do MS
c. Posição contrário: análise do caso concreto.

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