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jusbrasil.com.br
20 de Janeiro de 2018

Tribunal de Justiça do Paraná TJ-PR - Apelação : APL 12858972 PR


1285897-2 (Acórdão) - Inteiro Teor

Inteiro Teor
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APELAÇÃO CRIME Nº 1285897-2, DE REGIÃO METROPOLITANA DE


MARINGÁ - FORO CENTRAL DE MARINGÁ - 4ª VARA CRIMINAL

APELANTE : MAURA SORIANO

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

RELATOR : DES. LUÍS CARLOS XAVIER

APELAÇÃO CRIMINAL – DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ART. 339 DO


CÓDIGO PENAL) – PROCEDÊNCIA.

APELO DA RÉ – PLEITO DE ABSOLVIÇÃO, SOB A TESE DE


INSUFICIÊNCIA DE PROVAS ACERCA DO DOLO DA RÉ –
POSSIBILIDADE – DELITO QUE SÓ SE CONFIGURA A PARTIR DA
COMPROVAÇÃO DO ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO, O QUE
INOCORRE NA ESPÉCIE -AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE A
RÉ SABIA DA CONDIÇÃO DE INOCÊNCIA DA VÍTIMA - ABSOLVIÇÃO
DA APELANTE - RECURSO PROVIDO.

1. No caso não se vislumbra provas contundentes da existência do


elemento subjetivo do tipo previsto no artigo 339, do Código Penal, ou
seja, a necessária certeza pela apelante, de que a acusação feita à vítima
era falsa.
RESUMO INTEIRO TEOR  EMENTA PARA CITAÇÃO

2. A dúvida afasta a tipicidade do delito, pois ausente o elemento


subjetivo do tipo descrito no artigo 339 do Código penal, razão pela
qual, impõe-se a absolvição da ré.
Apelação Crime nº 1.285.897-2

VISTOS , relatados e discutidos estes autos de Apelação Crime nº 1285897-2,


de Região Metropolitana de Maringá - Foro Central de Maringá - 4ª
Vara Criminal , em que é Apelante Maura Soriano e Apelado Ministério
Público do Estado do Paraná.

Trata-se de Apelação interposta contra a sentença (fls. 582/594) proferida nos


autos nº 2012.1087-6 de Ação Penal que julgou parcialmente procedente a
denúncia para o fim de julgar procedente o pedido contido na denúncia para o fim
de condenar a acusada como incursa nas sanções do artigo 339, caput do Código
Penal (denunciação caluniosa). Fixando a pena definitiva em 2 (dois) anos e 4
(quatro) meses de reclusão e 11 (onze) dias-multa. Arbitrando cada diamulta o
valor de R$ 18,16 (dezoito reais e dezesseis centavos), cuja quantia deverá ser
corrigida monetariamente a partir da data do fato, em razão da situação financeira
da ré (comerciante – fls. 534/535 – R$ 4.000,00). Deixando de aplicar o instituto
da Detração, pois a ré não foi presa neste processo. E diante da reincidência,
estabeleceu para cumprimento da Pena Privativa de Liberdade o Regime
Semiaberto (CP, art. 33, § 2º, c). Deixando de aplicar a substituição prevista no
artigo 44 e a suspensão constante do artigo 77, ambos do Código Penal, ante a
ausência do preenchimento dos requisitos legais. Condenando a ré ao pagamento
das despesas processuais que deverão ser cobradas na forma da lei. Determinando
a expedição de Mandado de Prisão.

A apelante Maura Soriano, inconformada com a sentença interpôs recurso de


apelação (fls. 605/617) alegando que saber da inocência do acusado antes da
denúncia é condição indispensável para a denunciação caluniosa, e no caso isto
não está
Apelação Crime nº 1.285.897-2

claro nos autos, não sendo possível tipificar o delito.

Fazendo um breve relato dos fatos informa ter sabido através de terceiros de
suposto delito (negociação de veículo apreendido pela polícia) cometido pelo
Ilustríssimo Delegado Chefe da Polícia Civil da cidade de Campo Mourão, Dr. José
Aparecido Jacovós, e assim compareceu a GAECO a fim de noticiar os fatos a fim
de que fosse investigado pela autoridade competente.

Destaca que da forma como foi conduzida a investigação, as informações que


deveriam ser sigilosas durante o curso da investigação feita pela GAECO, chegaram
ao conhecimento do Delegado de alguma forma tão logo a ré ali compareceu, vez
que não existe outra razão de o delegado solicitar informação de investigação da ré
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com envolvimento de policiais. Destaca que quando fez a denúncia relatou que um
policial tinha repassado a ela a informação constante da denúncia.

Enfatiza que devido a forma como foi conduzida a investigação o fato narrado pela
ré na GAECO seria fatalmente desfeito, ou seja, se existiu a venda do veículo, com
o primeiro ofício da GAECO

o delegado o mesmo desfaria a negociação devolvendo o veículo ao barracão da


polícia.

Argumenta que o tempo todo tinha certeza que o fato denunciado era verdade,
jamais imaginou que o fato fosse inverídico, tanto que procedeu a denúncia com
absoluta convicção do crime cometido pela autoridade policial. Destaca que nunca
iria até a GAECO denunciar algo que sabia que era mentira, não estando
configurado o dolo no caso em tela, restando claro que a denunciada
Apelação Crime nº 1.285.897-2

não praticou a denunciação caluniosa, não podendo ser acusada de tal crime.

Postula a absolvição da ré.

O representante do Ministério Público do Estado do Paraná apresentou


contrarrazões (fls. 619/636), postulando o conhecimento e desprovimento ao
recurso.

Nesta instância, a Douta Procuradoria Geral de Justiça exarou parecer (fls.


642/654) pelo conhecimento e provimento do recurso, para o fim de absolver a ré
Maura Soriano absolvida.

É o relatório.

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade é de se conhecer o recurso.

O recurso merece provimento.

Da denunciação caluniosa

Inicialmente necessário esclarecer-se que para a configuração do delito de


denunciação caluniosa, além da imputação de conduta falsamente delituosa a um
sujeito determinado, é imprescindível que autor da denúncia tenha ciência prévia
da inocência do acusado.

Pois bem.

Da leitura dos autos verifica-se que a ré defende a tese de que soube através de
terceiros que o então Delegado de Polícia da Cidade de Campo Mourão estava
negociando um veículo Ecoesport
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apreendido em uma operação de tráfico de drogas, e assim, dirigiu-se até a
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Delegacia da Polícia Federal de Maringá em 25.03.2011 onde relatou os fatos
àquela autoridade, levando consigo uma cópia, obtida junto a um jornalista da
cidade, de vídeo da operação policial que culminou com a prisão de algumas
pessoas e a apreensão de veículos, entre eles o Ecoesport. Posteriormente, tal fato
foi transmitido pelo Delegado da Justiça Federal ao GAECO, que instaurou
procedimento a respeito, e entendendo não haver provas do fato acima narrado,
acabou por denunciar a apelante por denunciação caluniosa.

Por sua vez consta da denúncia que a motivação para a ré cometer o crime de
denunciação caluniosa foi decorrente do fato de que a mesma teria uma desavença
com o então Delegado da Cidade de Campo Mourão em razão deste estar lhe
pressionando para pagar propina para que fosse mantido o funcionamento de seus
dois estabelecimentos comerciais, e tendo em vista o não pagamento, esta passou a
ser perseguida e forçada a fechar tais estabelecimentos (boate e motel) e a sair da
cidade por aproximadamente um ano, sendo que quando de seu retorno as
pressões continuaram levando a ré a denunciar o Delegado da Cidade de Campo
Mourão.

No presente caso, analisando-se o conjunto probatório carreado aos autos, conclui-


se que inexiste prova cabal que demonstre o dolo específico da ré, e ausente tal
demonstração não é possível a configuração do delito de denunciação caluniosa.

De fato. No caso não se vislumbra provas convincentes da existência do elemento


subjetivo do tipo previsto no artigo 339, do Código Penal, ou seja, a necessária
certeza pela ora
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apelante, de que a acusação feita à vítima era falsa, pelo contrário, da prova
carreada aos autos, em especial os depoimentos prestados pela mesma, restou
demonstrado que esta tinha convicção de que o Delegado praticaria o delito que ela
lhe imputou.

Neste sentido é o parecer da d. Procuradoria Geral de Justiça:

“O douto magistrado fundamentou sua decisão condenatória, em apertada síntese,


no seguinte:

‘todos os depoimentos constantes nos autos dão conta de que a denúncia foi
motivada pelo provável sentimento de irresignação sofrido pela acusada após a
interdição de sua boate e, como meio de atingir de forma negativa o Delegado ante
o exercício de sua profissão, deslocou-se ao prédio da Polícia Federal desta cidade
e Comarca de Maringá e denunciou que a vítima estaria negociando veículos
apreendidos em operações policiais, no entanto, tal alegação não ficou comprovada
por nenhum meio de prova e o teor do interrogatório restou no sentido contrário a
todos aqueles colhidos sob O crivo do contraditório’ (fls.592).
Ora. Que a denúncia foi oferecida por sentimento de irresignação a própria
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apelante confessou em seu interrogatório.

No entanto, o simples fato de não ter sido comprovado o fato denunciado não
induz necessariamente a conclusão de que a denúncia era de má-fé.

Quando ouvida como testemunha perante o GAECO (fls.311) a apelante declarou


que estava sofrendo retaliação da polícia por estar ali depondo e ainda que "não
sei se está vendendo
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(o Ecoesport), só sei que não está lá" , quando perguntada o que o Delegado
estaria fazendo com o referido veículo.

Já aos 29 minutos do depoimento afirmou que "não sei se foi comercializado


ou usado".

Temos então até aqui que, a apelante simplesmente fez uma denúncia de uso
indevido de veículo pela autoridade policial.

Muito bem.

O fato não surpreende pois é bastante comum que tal ocorra.

Daí surge duas situações.

Se o Delegado ou a Delegacia estão ou não usando o veículo.

Se não, se trata de uma denúncia infundada.

Se está usando, pode ser com ou sem autorização judicial.

No primeiro caso trata-se de uma irregularidade administrativa.

Se houve permissão, não há qualquer problema.

Ainda.

Se o Delegado pretendia ou não comercializar o veículo como afirmou ela em seu


interrogatório cujo CD está encartado às fls.537 e se este ao saber da denúncia,
teria ou não novamente recolhido o veículo no barracão a este fim destinado em
Campo Mourão.

Pelo depoimento das testemunhas de acusação, referido veículo não teria saído do
barracão.
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Já a apelante, em seu interrogatório perante a autoridade judicial foi contundente


quanto aos desmandos da autoridade policial e na sua desconfiança de que ele era
informado previamente do andamento das investigações e por isto teria 30 ou 40
dias antes de ser feita a verificação no barracão feito a devolução do veículo.
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Isto seria comprovado pelo fato de que o veículo em questão era o único
relativamente limpo existente no barracão, o que não seria possível, assim como
aconteceu com os demais quatro anos de apreensão.

Assim é que embora as denúncias da apelante não tenham sido comprovadas, até
mesmo por uma possível falha nas investigações, tal fato por si só não demonstra
que tenha ela agido de má-fé, com a intenção de que fosse feita uma investigação
contra o Delegado de Campo Mourão pela prática de um crime que sabia não teria
ele cometido. Muito pelo contrário.

Veja-se que em seu interrogatório, ela descreve à miúde os fatos e novamente


afirma que houve pelo menos uso indevido do veículo.

Se para a tipificação do crime de denunciação caluniosa é preciso que o autor tenha


conhecimento de que a vítima é inocente da prática do crime de que é acusada, tal
crime não está aqui presente, pois a apelante tem convicção de que o Delegado
praticou o ilícito que esta lhe atribuiu.

(...)

Esta certeza da pratica ilícita por parte da autoridade policial e é totalmente


incompatível com o dolo de denunciar falsamente, que exigiria alto grau de má-fé
da apelante.
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Sobre o tema, oportuna a doutrina de Júlio Fabbrini Mirabete, in Manual de


Direito Penal, Vol. III, 20 Edição, São Paulo, Atlas, 2005, p. 411: "O dolo é a
vontade de provocar a investigação policial, o processo judicial, a instauração de
investigação administrativa, o inquérito civil ou a ação de improbidade
administrativa, exigindo que o agente saiba que imputa a alguém crime que este
não praticou. É mister, assim, que a acusação seja objetiva e subjetivamente falsa,
isto é, que esteja em contradição com a verdade dos fatos e que haja por parte do
agente a certeza da inocência da pessoa a que atribui a prática do crime. Sem essa
certeza não se configura a denunciação caluniosa. A tônica desse fato típico está no
elemento normativo consubstanciado na cláusula “imputando crime de que sabe
inocente". O simples estado de dúvida, mau a esse respeito afasta a tipicidade do
delito".

Portanto, diante da não demonstração nos autos de que a apelada tenha atribuído
falsamente crime a alguém, não há outro caminho a não ser decretar a absolvição
da mesma por esse delito.

(...)

Por outro lado como afirmou a apelante em seu interrogatório, a sua pretensão
quando se dirigiu à Delegacia da Polícia Federal é que fosse feita uma investigação
a respeito.
Portanto, não é possível que um simples pedido de investigação sobre fato
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delituoso em tese que não seja comprovado sirva como base para o oferecimento'
de denúncia pela prática do crime de denunciação caluniosa.

Assim fosse ninguém mais procuraria a autoridade policial para solicitar a


investigação de um determinado fato que julga criminoso.
Apelação Crime nº 1.285.897-2

Pelo que acima foi exposto, parece-nos que não existem nos autos provas
conclusivas de que a apelante tenha requerido uma investigação contra o Delegado
de Polícia por um crime que este não cometera e de que o sabia inocente.

Não estando presentes estas duas figuras - prática de crime - e de que o sabe
inocente -, não é possível a condenação da apelante.

Ante o exposto é o parecer deste Segundo Grupo Criminal no sentido de ser o apelo
conhecido e quanto ao mérito provido, para o fim de ser a ré MAURA SORIANO
absolvida.” (fls. 647/654)

Neste sentido é também a jurisprudência:

“APELAÇÃO CRIMINAL. DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA. ART. 339,


CAPUT, DO CP, POR DUAS VEZES. PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO, SOB A
TESE DE INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.NECESSIDADE DE INCERTEZA
DA INOCÊNCIA DA VÍTIMA PARA CONDENAÇÃO. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DE QUE A IMPUTAÇÃO CRIMINAL ERA FALSA.
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO DA
APELANTE.RECURSO PROVIDO.” (TJPR - 2ª C.Criminal, AC 889945-0,
Porecatu, Rel. Naor R. de Macedo Neto, Unânime, J. 29.11.2012).

“APELAÇÃO CRIME. DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA.ART. 339 DO


CÓDIGO PENAL. PRETENSÃO DE ABSOLVIÇÃO. VIABILIDADE.
AUSÊNCIA DE PROVAS SEGURAS E CONTUNDENTES PARA
AMPARAR UMA CONDENAÇÃO.
Apelação Crime nº 1.285.897-2

ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS AO


DEFENSOR DATIVO. CABIMENTO. SENTENÇA REFORMADA.
RECURSO PROVIDO.I - Em minucioso exame dos autos, ficou claro que
houve má valoração da prova por parte do Magistrado sentenciante,
que simplesmente ignorou o fato de a apelante ter sido enfática,
conforme bem ponderou a Procuradoria Geral de Justiça, em todas as
oportunidades que falou nos autos ao afirmar que o ato sexual foi
praticado sem o seu consentimento. Assim sendo, os elementos dos
autos demonstram de modo bastante evidente não só a possiblidade
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concreta de ter efetivamente ocorrido o crime de estupro por parte do
agressor (cujo inquérito policial foi arquivado pelo douto Promotor)
como também o fato de que a ré não cometeu delito de denunciação
caluniosa, e, ao contrário do que foi insistentemente conduzido pelas
autoridades que instruíram o feito, por não estar mentindo quando por
três vezes compareceu aos autos para, apesar de ocultar detalhes e
alterar elementos circundantes, dar a mesma versão de que foi vítima
do crime de estupro por ter sido submetida a relação sexuais sem o seu
consentimento.(...)” (TJPR - 2ª C.Criminal, AC 122048-0, Marechal Cândido
Rondon, Rel. Laertes Ferreira Gomes, Unânime, J. 11.09.2014).

“APELAÇÃO CRIMINAL - RÉ CONDENADA PELA PRÁTICA DE CRIME


DE DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ARTIGO 339 DO CP) -PRETENSÃO
ABSOLUTÓRIA - ACOLHIMENTO -INSUFICIÊNCIA DE PROVAS
EVIDENCIADA - LAUDOS
Apelação Crime nº 1.285.897-2

PERICIAIS E PROVA TESTEMUNHAL INCONCLUSIVOS QUANTO A


TER A RÉ SIDO VÍTIMA DE TORTURA E ESTUPRO - PROCEDENTE O
PLEITO DE ABSOLVIÇÃO, COM ACOLHIDA DOS PARECERES DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO GRAU E DA PROCURADORIA
GERAL DE JUSTIÇA.RECURSO PROVIDO.” (TJPR - 2ª C.Criminal, AC
1146278-7, Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, Rel.
Roberto De Vicente, Unânime, J. 14.08.2014).

Assim, verifica-se que não restou efetivamente comprovado nos autos a prévia
ciência da apelante sobre eventual falsidade de suas imputações à vítima, e o
simples estado de dúvida afasta a tipicidade do delito, pois ausente o elemento
subjetivo do tipo descrito no artigo 339 do Código penal, razão pela qual, impõe-se
a absolvição da ré.

Desta feita, dá-se provimento ao recurso, para o fim de absolver a apelante da


imputação do crime de denunciação caluniosa, com fundamento no artigo 386,
inciso VII, do Código de Processo Penal, ante a insuficiência de provas do delito de
denunciação caluniosa.

Oficie-se, de imediato, ao Juízo da 4ª Vara Criminal da Região Metropolitana de


Maringá – Foro Central de Maringá, para que expeça alvará de soltura em favor de
Maura Soriano, se por al não estiver presa.

Nestas condições, dá-se provimento ao recurso, tudo nos termos da


fundamentação.
Apelação Crime nº 1.285.897-2
ANTE O EXPOSTO , acordam os Desembargadores integrantes da 2ª Câmara
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Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em dar provimento ao recurso.

O julgamento foi presidido pelo Desembargador José Carlos Dalacqua (sem


voto) e dele participaram os Desembargadores José Mauricio Pinto de
Almeida e Roberto de Vicente.

Curitiba, 19 de fevereiro de 2015.

Des. Luís Carlos Xavier – Relator

Disponível em: http://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/173812477/apelacao-apl-12858972-pr-1285897-2-acordao/inteiro-teor-


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