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de Gestão
Educacional
Princípios e Conceitos
Planejamento e Operacionalização
Propriedade de:
Data:
Anotações:
Tecnologia
de Gestão
Educacional
Princípios e Conceitos
Planejamento e Operacionalização
Olá Educador
Princípios e Conceitos
• Ciclo Virtuoso
• Educação pelo Trabalho
• Descentralização
• Delegação Planejada
• Ciclo de Melhoria Contínua
• Níveis de Resultados
• Parceria
Planejamento e Operacionalização
• Plano de Ação
• Programa de Ação
• Registros e Relatórios
Bom trabalho!
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Tecnologia de Gestão Educacional
Princípios e Conceitos
Introdução
Princípios e Conceitos
Para que o Gestor e sua equipe possam Faz-se necessário pôr a sua dispo-
atuar verdadeiramente à luz dos princí- sição e de sua equipe um conjunto de
pios e conceitos da Escola da Escolha, ferramentas gerenciais que permitam
é necessário refletir quanto às condições dirigir a escola de forma estruturada
essenciais para um funcionamento pleno para atingir a visão estabelecida pelo
e às atitudes que a equipe deve cultivar município e/ou estado.
e praticar. Essa estrutura deverá garantir que
Quais são estas condições? missão, objetivos, metas, indicadores,
As condições acima colocadas so- estratégias e ações estejam todos
mente serão ativadas na direção dos alinhados e claramente definidos,
pressupostos da Escola da Escolha se em todas as instâncias da escola, de
certas atitudes forem adotadas por modo que todos possam, com clareza,
todos os envolvidos. Atitudes como compreender o seu papel e contribuir
iniciativa, determinação, comprome- objetivamente para a consecução dos
timento, flexibilidade, abertura para o resultados esperados para que sejam
novo, respeito, delegação, autodesen- medidos, avaliados e reconhecidos.
volvimento, mediação, dentre tantas Com base na TGE, a gestão escolar
outras, são essenciais na garantia de utiliza-se de importantes ferramentas
uma engrenagem fluida e cuidadosa. gerenciais, devidamente customizadas
A liderança do Gestor é, sem dúvida, ao ambiente escolar, possibilitando a
uma característica fundamental, porém harmonização de processos adminis-
isoladamente não basta. trativos e pedagógicos.
Histórico
Princípios e Conceitos
o século XXI, 8ª ed. São Paulo: Cortez 2003), usualmente conhecidas como os
Quatro Pilares da Educação.
Princípios
Ciclo virtuoso
O CICLO VIRTUOSO
TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL 13
Princípios e Conceitos
Conceitos
Descentralização
Princípios e Conceitos
Significa praticar a liderança acredi- O Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act)
tando no potencial do outro, em sua é um conceito e um instrumento des
competência e vontade de se desen- tinado a apoiar o processo de melhoria
volver, tendo em vista à delegação gra- contínua que considera as fases: plane
dual de responsabilidades com base na jar, executar, avaliar e ajustar.
confiança e no alinhamento com as Constitui-se uma poderosa ferra
concepções filosóficas da escola. O menta para acompanhamento e detec
conceito de descentralização, confor- ção dos ajustes necessários ao final de
me visto anteriormente, exige do ges- uma aula, uma eletiva, um processo ou
tor autoconhecimento e envolvimento até mesmo de um período letivo.
com os receptores da sua ação. Os resultados proporcionados pela
utilização do Ciclo PDCA em uma
Complementarmente, a delegação organização também contribuem para
o desenvolvimento do pensamento
planejada, gradualmente dirigida crítico dos seus colaboradores. O estí-
e exercitada, pode propiciar aos mulo constante em planejar, executar,
1 2
PLANEJAR EXECUTAR
“Plan” “Do”
P D
A C
4 3
AJUSTAR AVALIAR
“Act” “Check”
Vamos agora à definição de cada uma onde aplicar as mudanças que incluem
das fases do Ciclo PDCA citadas acima: a melhoria do processo. Ao final de um
Planejar: estabelecer objetivos, es- período, geralmente anual, é impres-
tratégias e metas propostas. cindível proceder à correção do Plano
Executar: implantar o plano, executar de Ação da escola, ajustando estra-
o processo e coletar dados para mape- tégias, metas, indicadores e outras
amento e análise dos dados gerados. variáveis, em função da vivência de
Avaliar: (medição e análise): estudar cada um e dos resultados alcançados.
os resultados reais e comparar com Após essa fase, recomeça-se um novo
as metas, no intuito de se averiguar as Ciclo PDCA.
diferenças. O foco deve ser no desvio O exercício dos conceitos acima
da execução do plano, na análise das abordados proporcionam ao Gestor
diferenças para determinar as cau- preciosas informações acerca da esco-
sas, checando a adequação e a inte- la que administra.
gridade das ações. Dados gráficos A cultura da melhoria contínua
podem facilitar a visualização de pode contribuir, decisivamente, para
eventuais tendências. Com base nas o alcance de patamares crescentes
informações analisadas, podemos de eficiência escolar, pavimentando
passar à próxima fase. o caminho dos estudantes na cons-
Ajustar: (ações corretivas): determinar trução dos seus Projetos de Vida.
Princípios e Conceitos
Níveis de resultados
As escolas existem e se consolidam em que esta escola navegue pelos dois pri-
suas respectivas comunidades como meiros níveis (Sobrevivência e Cresci-
instituição que assegura os processos mento) e então se estabeleça no nível
formais de educação das crianças e da Sustentabilidade.
dos jovens. Existem por tempo indefi- É natural e esperado que o primeiro
nido, para serem perenes, mediante a ano de implantação ainda seja de
integração sinérgica e produtiva das muitas incertezas, de erros e acertos
pessoas que lhes dão vida, ou seja, que e também de muitas descobertas com
asseguram a sua operação. É impor- as quais todos deverão aprender.
tante analisar a relação entre os resul- Já na transição para o segundo
tados alcançados e o ciclo de vida da ano, espera-se que a escola tenha
escola. Os resultados são diretamente entendido plenamente os princípios do
proporcionais ao ciclo de vida. Modelo, adquirido domínio das meto-
Podemos dizer que há distintos dologias, consolidado suas rotinas, sua
níveis do ciclo de vida da escola: forma de se organizar, de se comunicar
• Sobrevivência etc. É também no segundo ano, que a
• Crescimento equipe escolar deve estar em busca,
• Sustentabilidade cada vez mais, do autodesenvolvimento
Cada um desses níveis é suporte e do aperfeiçoamento pessoal e pro-
para o seguinte. Não são estáticos, fissional. Ao fim do terceiro ano, a ex-
eles se sobrepõem e se interligam. pectativa é que a escola se estabeleça
Vejamos, como exemplo, uma nova como centro difusor de boas práticas
escola de Ensino Médio que adere ao como reflexo dos resultados alcançados
Modelo da Escola da Escolha: e tenha condições de se tornar uma
Em condições ideais, serão necessá- Escola Tutora, apoiando a formação de
rios aproximadamente três anos para novos Gestores em novas comunidades.
Ela se torna sustentável porque criou as sistema público que a financia, mas ela
condições, pelos resultados que exibe, também alimenta esse mesmo sistema
de se manter operando no sistema e público porque oferece à sociedade que
demonstra para a sociedade, para o gestor a financia (pelo pagamento dos seus
público e investidores sociais a quem ela tributos) os resultados que lhes são
responde, o que se espera dela enquanto devidos. A escola é sustentável porque
instituição pública de educação, ou seja, retribui sob a forma de resultados
ela gera valor ao sistema, provando que àquele que a mantém por meio de re-
não é apenas alimentada/mantida pelo cursos advindos dos tributos.
PARCEIROS
TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL 19
Princípios e Conceitos
Parceria
©iStock.com/track5
TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL 23
Planejamento e Operacionalização
PLANO DE AÇÃO
Planejamento e Operacionalização
2.1 Introdução
2.2 Premissas
2.3 Objetivos
2.4 Prioridades
Planejamento e Operacionalização
2.5 Metas
É importante refletir sobre cada uma um poderoso indutor da eficácia esco-
das metas, elegendo aquelas que pro- lar. Exemplos de metas estabelecidas
vocarão maior impacto nos resultados. por escolas que aderiram ao Modelo da
Aqui, gestão pública (esferas estadual Escola da Escolha:
ou municipal), educadores, comunida-
de e investidores sociais necessitam Meta 1: Todos os alunos com as
estar alinhados em relação às metas competências e habilidades das
pactuadas. Por sua vez, o estabeleci- diversas disciplinas desenvolvidas,
mento de metas e prioridades conjun- com ênfase em Língua Portuguesa,
tas (contemplando curto, médio e longo Matemática e Ciências. Premissa asso-
prazo) deve refletir a missão da escola. ciada: Protagonismo.
Recursos escolares (tanto humanos
quanto materiais) quando corretamente Meta 2: Melhoria nos resultados de
alocados, tendo como pano de fundo Avaliações Externas. Premissa asso-
as metas traçadas, constituem-se em ciada: Excelência em Gestão.
28 TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL
Planejamento e Operacionalização
2.6 Indicadores
Planejamento e Operacionalização
2.7 Estratégias
2.8 Macroestrutura
MACROESTRUTURA DA ESCOLA
TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL 31
Planejamento e Operacionalização
VER INFOGRÁFICO
“EQUIPE ESCOLAR DESCENTRALIZADA”
PÁGINA 14
32 TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL
Planejamento e Operacionalização
Planejamento e Operacionalização
Planejamento e Operacionalização
Planejamento e Operacionalização
Planejamento e Operacionalização
Algumas
recomendações
TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL 41
Planejamento e Operacionalização
Registros e Relatórios
Planejamento e Operacionalização
Anotações:
Referências
Bibliográficas
COSTA, Antônio Carlos Gomes. O fu- século XXI, 8ª ed. São Paulo: Cortez
turo da cultura Odebrecht – a perpe- 2003);
tuação do espírito da TEO (Apostila).
Modus Faciendi. Jan./2006. Antônio Carlos Gomes da Costa, “Ser
Empresário”, Versal Editores, 2004;
HUNTER, James C. O monge e o exe-
cutivo: uma história sobre a essência Organizational Theory, Gareth R. Jo-
da liderança. Trad. Maria da Conceição nes, Prentice Hall, third edition, 2001;
Fornos de Magalhães. Rio de janeiro:
Sextante, 2004. 2GC Limited, Active Management,
2009 – Evolution of the scorecard into
MACHADO, Jairo. Tecnologia empre- an effective strategic performance ma-
sarial social da aliança (Tesa). Salva- nagement tool;
dor, 2005.
2GC Limited, Active Manegement,
Pontos de Referência: tecnologia em- 2009 – Examining opportunities for
presarial Odebrecht/Norberto Odebre- improving public sector governance
cht. - 2 edição - Salvador: Odebrecht. through better strategic management;
P&A Gráfica e editora, 1999
Harvard Business Review, 2007 – Ro-
Relatório Jacques Delors (“Educação: bert Kaplan and David Norton – Using
um tesouro a descobrir”, Comissão the balance scorecard as a strategic
Internacional sobre educação para o management system.
EXPEDIENTE
REALIZAÇÃO
Instituto de Corresponsabilidade pela Educação
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.
APOIO
Instituto Natura
1ª Edição | 2015
Data:
Anotações:
Introdução
às Bases Teóricas
e Metodologias
do Modelo Escola da Escolha
Olá Educador
Bom estudo!
© Ginásio Pernambucano
Afinal de contas,
por onde tudo começou?
Introdução
Diagnóstico
situacional
Evidências e
constatações
Concepção
do Modelo
Modelo
6 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA
Um pouco de história
Aqui, introduzimos uma breve histó- Pela sua trajetória e pelo que
ria do percurso da criação deste representa no imaginário social da
Modelo, cujo ponto de partida se deu cultura daquele Estado, o Ginásio
no início dos anos 2000, em Recife - Pernambucano sempre foi uma refe-
PE, a partir da revitalização do secular rência na história da educação,
Ginásio Pernambucano. da cultura e da vida econômica,
O projeto de criação de um Novo social e política da sua população.
Ginásio Pernambucano tem sua origem Mas, nas últimas décadas, esse
na iniciativa de um de seus ex-alunos. status se encontrava sensivelmente
Depois de uma visita casual à sua comprometido.
antiga escola, ele se sensibilizou com A iniciativa pessoal do ex-aluno
o estado de abandono no qual se logo reuniu outros representantes
encontrava a instituição e se mobilizou, do segmento privado, como ABN
a partir desse momento, em criar meca- AMRO Bank, CHESF, ODEBRECHT
nismos para apoiar o resgate do padrão e PHILIPS. E por m eio dela foi
de excelência daquela escola pública. iniciado o processo de recuperação
© Ginásio Pernambucano
10 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA
Escola da Escolha
à luz da história
A escola diante dos desafios da formação no Século XXI
O ser criativo
Reapredendo a:
População
• viver
• se relacionar
• se divertir
• consumir
• se alimentar
• aprender
• produzir
• trabalhar
• conviver
0 1 2 3
Tecnologia
Movido pelo
conhecimento:
• Interconectado
• Integrado
• Sistêmico
O mundo criativo
12 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA
POPULAÇÃO MUNDIAL
4º
Brasil
2010: 190,7M
1º crescimento nos
últimos 30 anos
China
2º 200%
Índia
3º 4º
Brasil
EUA
Do pensamento cartesiano
à sociedade do conhecimento
Um contexto mundial
de tranformações
INCOERÊNCIA ENTRE
BRASIL A TRANSFORMAÇÃO PRODUTIVA
30 ANOS DE DESENVOLVIMENTO
E A EQUIDADE SOCIAL
4,6 anos
56%
54% 7 Brasil
79 Brasil
100%
100%
95%
Estudantes do 6º ano
que continuam no 85%
Ensino Fundamental
78%
0%
6º 7º 8º 9º
Ano de estudo
Cálculo
Escolha
Resiliência Reflexão
Sentido
Valores
Percepção
Significado Permeabilidade
Sonho
Flexibilidade
Criatividade
Questionamento
Expressão
Autoestima Proposição
Colaboração Solidariedade
Individualidade
Iniciativa
INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 23
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA
Modelo da
Escola da Escolha
Diante dessa tarefa, ao mesmo daquilo que se aprende, do método
tempo desafiadora e complexa, o sobre como aprender e como ensinar
Instituto de Corresponsabilidade e da gestão dos processos da escola,
pela Educação se dedicou a formular as como o uso do espaço, do tempo, das
bases para a concepção de um modelo, relações entre as pessoas e do uso
com inovações em conteúdo da ação de todos os recursos físicos, técnicos
educativa daquilo que se ensina e e materiais disponíveis.
ver
a educação de um novo jeito
significa considerar que a cuidar
realização das expectativas
do sucesso do estudante deve
ser o ponto de honra e a
porque todos os educa-
dores, todos aqueles que
sentir
interagem e que partici- deve significar que os pro-
razão de existir da escola.
pam dos processos da vida fessores recebem o reco-
escolar, se dedicam e con- nhecimento e o respeito da
jugam esforços em todas sociedade pelo trabalho que
as direções para que os realizam e sentem orgulho e
estu-dantes se realizem satisfação de ensinar porque
em todas as dimensões da se reconhecem como impres-
vida humana. cindíveis na vida dos seus
estudantes hoje e na projeção
da construção do seu futuro.
26 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA
Projeto de Vida
As
oportunidades
Riqueza intelectual,
Fatores
material e moral
externos
As
escolhas As dúvidas,
as colinas
de sabedoria
Os As
exemplos realizações
As terras
desconhe-
cidas
As
competências
Os
ambientes
Os
valores
A família, os O sonho
professores
A
identidade
30 INTRODUÇÃO ÀS BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
DO MODELO ESCOLA DA ESCOLHA
Anotações:
Referências
Bibliográficas
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.
APOIO
Instituto Natura
1ª Edição | 2015
Data:
Anotações:
Modelo
Pedagógico
Princípios Educativos
2
Olá Educador
• Protagonismo
• Os 4 Pilares da Educação
• Pedagogia da Presença
• Educação Interdimensional
Bom estudo!
©iStock.com/lilly3
A concepção do
Modelo Pedagógico
Introdução
ESCOLA DA ESCOLHA
TECNOLOGIA DE GESTÃO
EDUCACIONAL (TGE)
MODELO PEDAGÓGICO
FORMAÇÃO FORMAÇÃO
ACADÊMICA DE PARA A VIDA
EXCELÊNCIA
O JOVEM E SEU
PROJETO DE VIDA
FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
PARA O SÉCULO XXI
A materialização do currículo se
realiza por meio de procedimentos
teórico-metodológicos que favorecem
a vivência de atividades dinâmicas,
contextualizadas e significativas nos
diversos campos das ciências, das
artes, das linguagens e da cultura cor-
poral e, exercendo o papel de agente
articulador entre o mundo acadêmico,
as práticas sociais e a realização dos
Projetos de Vida dos estudantes. Para
tanto, o Modelo da Escola da Escolha
lança mão de inovações pedagógicas
(sua Parte Diversificada) que, integra-
das ao desenvolvimento da Base Na-
cional Comum do currículo, favorecem
o pleno desenvolvimento do estudante.
A estruturação da Parte Diversificada
do currículo leva sempre em conside-
ração a identidade local ilustrada em
cada sistema educacional.
MODELO PEDAGÓGICO 9
FORMAÇÃO FORMAÇÃO
ACADÊMICA DE PARA A VIDA
EXCELÊNCIA
O JOVEM E SEU
PROJETO DE VIDA
FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
PARA O SÉCULO XXI
Transformação
FORMA HISTÓRICA
MODELO PEDAGÓGICO 15
Cultural da Escola
FORMA NOVA
©iStock.com/kickimages
Princípios Educativos
PRINCÍPIOS EDUCATIVOS
O Protagonismo
Uma resolução aprovada pela Assem- atuando como parte da solução e, não,
bleia Geral da Organização das Nações do problema, no enfrentamento de
Unidas (de 13 de março de 1996, situações reais, na escola, na comuni-
intitulada Programa de Ação Mundial dade e na vida social mais ampla”.
para os Jovens até o ano 2000 e anos
subsequentes) reporta que em todas
A vida aspira a mais vida,
as partes do mundo os jovens desejam
participar plenamente da vida em so- e é esse o recado dos jovens
ciedade. O dado é o que permite passar de todo o mundo quando
das estereotipias às proposições.
Se os jovens querem participar da
declaram que querem
vida em sociedade, mas não o estão participar da vida social
fazendo, significa que não tem havido
de maneira plena.
espaço em que possam se expressar no
vigor de sua vitalidade. Antonio Carlos
Gomes da Costa conceitua Protagonis- Pelo cenário atual, o que o mundo
mo juvenil como sendo a designação vai exigir desses jovens é precisamente
para a “participação de adolescentes que sejam criativos.
De problema à solução
Uma breve análise histórica do século cias entre as casas no ambiente rural dei-
XIX, especificamente quanto ao xaram de existir), não necessariamente
advento da Revolução Industrial e à acompanhada de políticas adequadas
consequente e crescente onda migra- de aproveitamento desse tempo e de
tória do campo para o meio urbano canalizações dessas energias em pro-
gerada na rota desse processo, permi- veito do próprio jovem e da sociedade;
te afirmar que ela modificou profunda- o uso crescente de álcool, fumo e drogas
mente alguns dinamismos típicos do ilícitas; gravidez na adolescência; DST e
universo juvenil e criou o que se passou violência em suas diversas formas são
a chamar de “problemática juvenil” alguns dos indicadores de consequências
nas grandes cidades. A família e a es- observadas junto à população juvenil.
cola passaram a encontrar dificuldades Alguns modelos como resposta do
para lidar com os desafios da juventude mundo adulto a esse quadro surgiram
urbano-industrial em virtude das várias nos diversos âmbitos. Os primeiros,
mudanças sofridas. Por exemplo, o re- chamados programas preventivos,
lacionamento intenso do adolescente atuavam em uma perspectiva corre-
com os seus pares (as grandes distân- cional repressiva ao estilo “vigiar e
MODELO PEDAGÓGICO 19
Princípios Educativos
Na Escola, é preciso...
Conceber os educandos como fonte e não simplesmente como receptores ou
porta-vozes daquilo que os adultos dizem ou fazem com relação a eles.
Da relação educador-educando
“...eles e suas múltiplas juventudes são essenciais para as nossas vidas, são como uma
tarefa a realizar, são a nossa chance de futuro.”
- Thereza Barreto
No Protagonismo...
O educador é um organizador, um cocriador de acontecimentos junto aos
educandos. A participação é a base na qual o protagonismo do educando se
estrutura. A cooperação educador-educando é o meio e a autonomia é o fim.
O educando deve ser visto como fonte de iniciativa (ação), de liberdade (ação) e
de compromisso (liberdade).
Empenhar-se para que ele não desanime e nem se desvie dos objetivos do grupo.
Educadores planejam
2. O Planejamento Educadores e educandos Educandos planejam
sem a participação
da ação planejam juntos a ação o que será feito
dos educandos
Educadores e educandos
Educadores avaliam os Educandos avaliam a
4. A Avaliação da ação discutem o quê e como
educandos ação realizada
avaliar a ação realizada
Educadores e educandos
5. A Apropriação dos Resultados apropriados Educandos se apropriam
compartilham os resulta-
resultados da ação pelos educadores dos resultados
dos da ação planejada
Princípios Educativos
Princípios Educativos
Os Quatro Pilares são as aprendizagens fundamentais para que uma pessoa possa
se desenvolver plenamente, considerando a progressão das suas potencialidades,
ou seja, a capacidade de cada um de fazer crescer algo que traz consigo ou mesmo
que adquire ao longo da vida.
Aqui se entende com mais clareza a metáfora anunciada no título do relatório, a
de que cada pessoa traz em si um tesouro a descobrir desde que submetida a um
processo educativo, seja a Educação Básica, a Educação Profissional, a Educação
Superior, a Educação Empresarial, entre outros âmbitos nos quais se realiza uma
ação educativa.
26 MODELO PEDAGÓGICO
Princípios Educativos
Princípios Educativos
Princípios Educativos
“Se tivéssemos de eleger um jargão popular para ilustrar esse pilar, o mais indicado
seria pôr a mão na massa. A todo o momento éramos instigados a fazer nossos
trabalhos de forma diferente. Dentre as características e os exemplos que identificam
esse pilar, podemos destacar que a capacidade de iniciativa, a criatividade
e a autonomia dos jovens são fundamentais no processo de descoberta de como
fazer as atividades de maneira diferente do comum. Trabalhado na TESE, esse pilar
se destaca na vida dos jovens, que assimilam essa forma estruturada de agir e que
contribui nas diversas áreas de sua vida. Mais tarde, isso é refletido no seu diferencial
competitivo no ambiente profissional”
- Olga Lucena, estudante
...o conflito não é evitado ou negado, mas enfrentado a partir do diálogo que
compromete os envolvidos na sua resolução;
Princípios Educativos
Princípios Educativos
Princípios Educativos
A Pedagogia da Presença
“Do início ao fim, a vida de cada um de nós se traduz num desejo constante de presença.”
- Antônio Carlos Gomes da Costa
A Pedagogia da Presença:
um exercício pessoal, profissional e cidadão
Princípios Educativos
Para ser capaz de ir até o outro é indispensável partir de si mesmo, ou seja, estar
em si mesmo e consigo mesmo (em outras palavras, é preciso presença). O diálogo
entre indivíduos é só um esboço. E esse esboço só é preenchido quando há um
diálogo entre pessoas. Martin Buber nos traz três tipos de diálogo:
• Diálogo genuíno (falado ou silencioso): cada participante realmente tem em
mente o outro (ou os outros) em seu ser presente e particular e se volta para ele(s)
na intenção de estabelecer uma relação mútua e viva.
• Diálogo técnico: motivado unicamente pela necessidade de entender objetiva-
mente alguma coisa. Este é o mais comum na vida “moderna”.
• Monólogo disfarçado de diálogo: em que duas ou mais pessoas se encontram
no mesmo espaço e cada uma fala apenas consigo mesma de maneira tortuosa,
seguindo circuitos estranhos, mas têm a ilusão de troca. Nem para aprender algo,
nem para comunicar, nem para convencer, nem para se conectar: apenas para
confirmar ou reforçar a autoconfiança.
MODELO PEDAGÓGICO 39
Princípios Educativos
O ICE toma por base as referências de Antonio Carlos Gomes da Costa e o modelo
de relação de ajuda desenvolvido por Robert Carkhuff, detalhado e aprofundado
por Clara Feldman e M.L de Miranda (1983).
As fases da ajuda
Presença não é dom, e é possível apren- deixar penetrar sua vida pela vida dos
der a ser/estar presente se houver outros que torna possível captar seus
a disposição interior necessária apelos e responder adequadamente a
para isso. Essa disposição interior torna suas dificuldades e impasses, pré-requi-
possível o envolvimento pleno no ato sitos para a aceitação e a reciprocidade.
de educar, pois não basta cumprir • Reciprocidade em uma interação na
um ritual de presença. Ao mesmo tem- qual os envolvidos se mostram recepti-
po, traz a consciência dos limites des- vos um ao outro, se revelam mutuamen-
se ato porque se entregar de maneira te, se aceitam e comunicam seus conte-
irrefletida e sem limites não é desejável. údos sem abrir mão de sua originalidade.
Antônio Carlos Gomes da Costa identi- • Compromisso do educador perante
fica três componentes essenciais nessa o educando, com seu envolvimento
disposição interior para a presença: integral no ato de educar. O educador
• Abertura para conhecer, compreen- assume um compromisso que vai muito
der, envolver-se de maneira sadia na ex- além da adaptação do educando a uma
periência do outro, ir além dos contatos realidade dada: ele abre espaços e com-
superficiais e da intervenção puramente partilha ferramentas para a construção
objetiva e técnica. É essa capacidade de da presença do educando, na medida
40 MODELO PEDAGÓGICO
Princípios Educativos
em que este amplia sua autonomia e suas bases de liberdade, escolha e compro-
misso consigo mesmo e com os outros e se torna mais competente para aproximar
e integrar seu ser (o que é) e seu querer ser/tornar-se (o que quer ser/tornar-se).
Percepção alerta
Calor humano
Simplicidade
Abertura
Consciência da comunicação
Resistência à fadiga
MODELO PEDAGÓGICO 41
Princípios Educativos
“A educação deve ensinar o que a vida significa. A escola deve preparar cidadãos urbi et orbi
(para a cidade e para o mundo). Agentes da paz, da cultura, da humanidade. Se objetivo é
educar para a democracia, deve-se educar para a verdade, para a justiça, para o saber, para
a solidariedade. Isso exige educar pessoas, formá-las para viver entre seres humanos e com
eles compartilhar preocupações e sonhos, a partir de pontos de vista diferentes e mesmo
contrários, às vezes. Por isso, é indispensável formar pessoas que aprendam a refletir e a
discordar, a descobrir as virtudes do consenso. Só se consegue isso privilegiando a formação
de espíritos críticos em liberdade. ”
- Cisneros, 2009
O hábito pode levar a adotar alguns comportamentos que parecem empáticos, mas,
na verdade, se usados de maneira irrefletida, por costume, impedem um diálogo
verdadeiro:
• Aconselhar: “Acho que você deveria...”, “Por que é que você não fez assim?”;
• Competir pelo sofrimento: “Isso não é nada. Espere até ouvir o que aconteceu
comigo.”;
• Consolar: “Não foi sua culpa, você fez o melhor que pôde.”;
• Contar uma história: “Isso me lembra uma ocasião...”;
• Encerrar o assunto: “Anime-se. Não se sinta tão mal.”
• Solidarizar-se: “Oh, coitadinho...”.
MODELO PEDAGÓGICO 43
Princípios Educativos
Princípios Educativos
A Educação Interdimensional
“O Século XXI será ético e espiritual ou não será.”
- André Malraux
Princípios Educativos
“ Essas dimensões, nos estudos realizados pelo Prof. Antonio Carlos Gomes da Costa, estão
presentes nos conceitos e práticas que presidiram a construção do ideal do homem grego
que posteriormente se fundiram aos conceitos e práticas do mundo judaico-cristão, dando
origem à civilização ocidental. ”
- http://associacaopelafamilia.org.br/aspf/cat/POR%20UMA%20EDUCA%C7%C3O%20
INTERDIMENSIONAL%20II.pdf , acesso em 25/08/2014
Princípios Educativos
LOGOS INDICADORES
b) Habilidades • Explicar com suas palavras o que leu, • Criar hipóteses baseadas em infor-
de compreensão ouviu, estudou e/ou pesquisou mações
e análise • Construir frases, textos e histórias • Realizar a leitura de mapas, locali-
• Retirar do texto informações solici- zando-se neste espaço
tadas • Estabelecer relações entre os
• Pesquisar informações e resumir o fenômenos naturais e elementos da
texto coletivo natureza
• Formular perguntas sobre o assunto • Identificar diferenças entre as pes-
estudado soas, fatos, dados e situações
• Descrever um fato com detalhes
• Expressar frases estruturadas
EROS INDICADORES
MYTHO INDICADORES
Princípios Educativos
PATHOS INDICADORES
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.
APOIO
Instituto Natura
1ª Edição | 2015
Data:
Anotações:
Modelo
Pedagógico
Conceitos
Olá Educador
• Sociedade
• Escola e Currículo
• Educação
• Infância e Juventude
Bom estudo!
©iStock.com/JodiJacobson
Conceitos
Sociedade
Escola e currículo
Os indivíduos têm seu processo inicial ceituais, mas também pela formação
de socialização no convívio com a integral de todos os indivíduos.
família, em cujo contexto começam
a receber os primeiros ensinamentos
sobre como as relações interpessoais
e as instituições sociais funcionam, de
acordo com regras e valores do grupo
familiar restrito, mas, que em sua base,
refletem regras e valores que perpas-
sam o ambiente social mais amplo. No
entanto, a socialização é estendida e
prolongada pela mediação que ocorre
nas instituições escolares, responsá-
veis não apenas pelos conteúdos con-
MODELO PEDAGÓGICO 7
Conceitos
A concepção de currículo
Conceitos
Os componentes do currículo
Conceitos
Educação
“Exercício de uma influência construtiva e deliberada de um ser humano
sobre outro ser humano.”
- Antonio Carlos Gomes da Costa
Conceitos
Infância e juventude
Conceitos
BERMAN, Louise et al. Toward curricu- CISNEROS, L. J. Aula abierta. 1ª ed. Lima:
lum for being: Voices of educators. Grupo Editorial Norma, 2009. 398 p.
1ª ed. Albany, NY: State University of
New York Press. 192 p. COSTA, Antonio Carlos Gomes da.
(Coord. Técnico). Parâmetros para
BUBER, Martin. Between Man and formação do socio-educador: Uma
Man. 1ª ed. 1947. Edição eletrônica. proposta inicial para reflexão e
Londres-New York: Taylor Francis debate. Brasília: Secretaria Especial
e-Library, 2004. dos Direitos Humanos, 2006. 104 p.
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Marcos Antônio Magalhães
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1ª Edição | 2015
Componentes Curriculares
Ensino Médio
Propriedade de:
Data:
Anotações:
Modelo
Pedagógico
Metodologias de Êxito da
Parte Diversificada do Currículo
Componentes Curriculares
Ensino Médio
3
Olá Educador
• Projeto de Vida
• Práticas e Vivências em Protagonismo
• Disciplinas Eletivas
• Estudo Orientado
Bom trabalho!
©iStock.com/PeopleImages
Metodologias de Êxito da Parte
Diversificada do Currículo
Componentes Curriculares – Ensino Médio
Uma leitura crítica sobre a história des- ‘’Diante das manifestações inquie-
venda que nenhuma sociedade se torna tantes do educando – impulsos agres-
exitosa se não investir em todas as áre- sivos, revoltas, inibições, intolerância
as da convivência humana. Tampouco a qualquer tipo de norma, apatia, cinis-
um país atinge pleno desenvolvimento mo, alheamento e indiferença – deve
se não promover condições para uma o educador situar-se num ângulo que
vida digna e de qualidade para todos. lhe permita ver, além dos aspectos ne-
Nesse cenário, a educação tem papel gativos, o pedido de auxílio de alguém
fundamental. A escola é o espaço no que, de forma confusa, se procura e
qual se deve favorecer o acesso para a se experimenta em face de um mun-
construção do conhecimento e o desen- do, a seus olhos, cada vez mais hostil
volvimento de competências a todos. e ininteligível”. – Antonio Carlos Comes
É no dia-a-dia escolar que crianças e de Costa.
jovens têm acesso aos diferentes con- No entanto, não basta assegurar o
teúdos curriculares da Base Nacional acesso e a permanência do estudante
Comum, que devem ser organizados na escola. Antes, esse lugar tem que
de forma a efetivar a aprendizagem. se revelar dotado de sentido e signifi-
(Ministério da Educação, Secretaria de cado para a sua vida. O educando pre-
Educação Especial, 2004. p.7) cisa reconhecer na escola o lugar onde
O Brasil é um dos países que mais encontrará as condições, as pessoas e
garantem o acesso às escolas para as as formas através das quais se consti-
crianças, adolescentes e jovens, po- tuirá como alguém capaz de atuar no
rém ainda está longe de ser o ideal em mundo a partir do seu próprio repertó-
assegurar sua permanência. Alguns rio, enriquecido pelo que a escola lhe
sintomas desse contexto são os altos assegurar sob a forma de oportunida-
índices de abandono escolar de uma des e escolhas.
população que se exibe com cada vez A escola deve apostar no direito ao
mais acentuada baixa autoestima, desenvolvimento das potencialidades
declínio de expectativa em relação ao do estudante, no seu sonho, e apoiá-lo
futuro e a inexistência de autonomia na na construção de uma visão dele pró-
capacidade para tomar decisões ade- prio no futuro, numa perspectiva inter-
quadas sobre a própria vida. A escola dimensional porque ele vive e atua num
não tem conseguido reverter comple- mundo em permanente e acelerado
tamente esse quadro. processo de transformações.
8 MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Componentes Curriculares – Ensino Médio
O PROJETO DE VIDA
É o traçado entre o “ser” e o “querer ser”
MODELO PEDAGÓGICO 9
Espírito Responsabili-
Perseverança
Gregário dade
Respeito
Projeto Solidariedade
de Vida
Outros
Outros
Outros
MODELO PEDAGÓGICO 11
É preciso cuidado para não repetir os num curto, médio e longo prazo.
padrões, dizer para o jovem “o que Isso deve ser fruto de um processo
ele deve ser” ou o que ele “deve fazer no qual o jovem aprende a projetar no
para ser alguém”. futuro os seus sonhos e ambições e a
Mas há a necessidade de incentivá- traduzi-los sob a forma de objetivos,
-lo e apoiá-lo no processo de reflexão de metas traçadas, de prazos definidos
sobre “quem ele sabe que é” e “quem para a sua realização.
gostaria de vir a ser” e ajudá-lo a pla- A escola oferece, então, a partir do
nejar o caminho que precisa construir e seu projeto escolar, um conjunto de
seguir para realizar esse encontro. ações educativas alinhadas com a fa-
Ao final do Ensino Médio, cada jovem mília, mas cabe ao jovem empregar
deverá ter minimamente traçado aqui- uma boa dose de cuidados, determi-
lo que deseja construir nas dimensões nação e obstinação pessoal para a
pessoal, social e produtiva da vida, sua realização.
12 MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Componentes Curriculares – Ensino Médio
A CENTRALIDADE DO MODELO É
O JOVEM E SEU PROJETO DE VIDA
ESCOLA DA ESCOLHA
TECNOLOGIA DE GESTÃO
EDUCACIONAL (TGE)
MODELO PEDAGÓGICO
FORMAÇÃO FORMAÇÃO
ACADÊMICA DE PARA A VIDA
EXCELÊNCIA
O JOVEM E SEU
PROJETO DE VIDA
FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
PARA O SÉCULO XXI
1º ano 2º ano
“O autoconhecimento, eu no mundo” “O Futuro: os planos e as decisões”
As Bases do Construção/
Introdução Revisão
Conhecimento Vivência
São práticas educativas providas pela tes no espaço escolar e no seu entorno
própria escola e/ou por algumas de social. Isso significa que um aspecto
suas instituições parceiras, bem como essencial do Protagonismo, a ação que
pelos próprios estudantes que objeti- se empreende para buscar soluções
vam, por meio de oportunidades edu- concretas para os problemas identifi-
cativas, o desenvolvimento de valores e cados, é algo que a docência por si só
competências pessoais e sociais, bem não comporta. Cabe à escola propiciar
como a ampliação do repertório de oportunidades e espaços para essas
conhecimento e valores necessários ao atitudes e criar condições para os estu-
processo de formação do ser autôno- dantes mobilizarem saberes para suas
mo, solidário e competente - elementos práticas. Com isso, os estudantes podem
fundamentais para a construção de um extrair dessas práticas mais conheci-
Projeto de Vida. mento e qualificar o meio social com
São ações concretas e intencionais suas contribuições para o mundo,
empreendidas por toda equipe escolar desenvolvendo atitudes que mobilizem
considerando a presença dos estudan- saberes necessários à vida em socie-
MODELO PEDAGÓGICO 19
DISCIPLINAS ELETIVAS
Afinal de contas, o que são as Disciplinas Eletivas?
Como se dá a associação
com Projeto de Vida?
ESTUDO ORIENTADO
Afinal de contas, o que é Estudo Orientado?
O Estudo Orientado é uma Metodologia bilidade pessoal. Não deve ser con-
de Êxito que objetiva oferecer um tem- fundido com “tempo para realizar as
po qualificado destinado à realização tarefas”, mas para realizar quaisquer
de atividades pertinentes aos diversos atividades relativas às necessidades
estudos. Inicialmente orientado por um exigidas pelos estudos, entre elas as
professor, o estudante aprende méto- próprias tarefas.
dos, técnicas e procedimentos para O Estudo Orientado surgiu da ne-
organizar, planejar e executar os seus cessidade de ensinar os estudantes a
processos de estudo visando ao auto- estudar por meio de técnicas de estu-
didatismo, à autonomia, à capacidade do e da importância de criar uma ro-
de auto-organização e de responsa- tina na escola que contribuísse para a
ESTUDO ORIENTADO:
Estímulo ao desenvolvimento de competências cognitivas
COMPETÊNCIAS TRABALHADAS
NAS AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
Orientação
Autogestão Foco
para o Estudo
Responsabi-
Outros
lidade
Outros
Outros
32 MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Componentes Curriculares – Ensino Médio
DIAS DA SEMANA
DISCIPLINAS 2a 3a 4a 5a 6a
Responder
Português questionário
da pág. 10
Resolver
Matemática Prova Bloco I exercícios do
capítulo II
Ler e resu-
História Prova Bloco I mir texto do
capítulo V
Fazer pesqui-
Biologia Prova Bloco I sa sobre os
seres vivos.
MODELO PEDAGÓGICO 35
COSTA, Antônio Carlos Gomes da. JAGGI, Marlene. Seitas Ufológicas. Dis-
Aventura pedagógica: Caminhos e ponível em <http://super.abril.com.br/
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setembro de 2014. que definem o seu futuro profissional.
São Paulo: Negócio Editora (Elsevier),
DAMON, William. O que o jovem 2003. 151 p.
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sores podem orientar e motivar os MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensi-
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DAWSON, Peg & GUARE, Richard. Acessado em 16/11/2014 as 09:12
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Press, 2009. MELO, Indira Verçosa de. Relatos de
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DODGE, Judith. The Study Skills Han- mudaram a história do Ginásio Per-
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TARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Ciên- pofágico. Disponível em <http://
cias da natureza, matemática e suas www.infoescola.com/literatura/ma-
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Princípios Orientadores do Desenho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRE- Universal da Aprendizagem. Tradu-
TARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Parâ- zido de http://www.udlcenter.org/
metros curriculares nacionais – ba- aboutudl/udlguidelines
ses legais (ensino médio). Brasília,
2000. Parte I - Bases Legais. Revista Planeta. A Alma Escura do
Reverendo Jones. Disponível em
Orsati FT. Acomodações, modifica- <http://revistaplaneta.terra.com.
ções e práticas efetivas para a sala br/secao/espiritualidade/a-alma-
de aula inclusiva. Temas sobre De- -escura-do-reverendo-jones > aces-
senvolvimento 2013; 19(107):213-22. so em 17/07/2014
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Olá Educador
• Acolhimento
• Tutoria
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Práticas Educativas
ACOLHIMENTO
PLANEJAMENTO
Uma questão de máxima importân-
DO ACOLHIMENTO cia para o Acolhimento é identificar se
nas turmas haverá estudantes com
“O detalhamento sobre as atividades alguma deficiência. Nesse caso, as
desenvolvidas durante o Acolhi- especificidades e necessidades des-
ses estudantes devem ser levadas em
mento, bem como todo o material
conta durante o planejamento do Aco-
necessário, encontra-se na Cartilha
lhimento para que, verdadeiramente,
do Acolhimento - material encami- todos participem da ação. Presença de
nhado à equipe da Secretaria de intérprete de libras para o dia e horário
Educação durante o planejamento em que um estudante com deficiência
da implantação o Programa.” auditiva estiver participando da ação,
material em braille para estudantes
O Acolhimento realizado no pri- com deficiência visual, consideração
meiro ano de funcionamento da es- da presença do cuidador durante o
cola e de implantação do Programa é Acolhimento são exemplos de atitudes
executado por Jovens Protagonistas, que garantirão a plena participação e
egressos de escolas que já operam no protagonismo de todos os educandos.
Modelo Escola da Escolha, sob a coor- Para tanto, os profissionais da esco-
denação do ICE. la que conhecem o tema da deficiência
A partir do ano seguinte, o Acolhi- (professores de sala de recursos, pro-
mento dos novos estudantes será rea- fessores de atendimento educacional
lizado pelos próprios estudantes da es- especializado, professores itinerantes
cola (9º anos) e estudantes que tenham ou outros profissionais da própria equi-
concluído no ano anterior, replicando pe escolar ou de apoio da Secretaria
o conceito de corresponsabilidade e de Educação, por exemplo) devem
exercitando diversas competências orientar os Jovens Protagonistas, ofe-
importantíssimas como planejamento, recendo informações básicas de como
capacidade de execução, resolução de proceder junto a esses estudantes e se
problemas etc. colocando à disposição, caso seja ne-
A seleção, tanto dos atuais estudan- cessário algum apoio durante a ação
tes como dos egressos (ainda estu- de Acolhimento.
dantes), deve considerar aqueles
que, ao longo de sua experiência esco-
lar, desenvolveram algumas competên- “É preciso apostar nos jovens!
cias cognitivas, pessoais e sociais que Orientá-los adequadamente e
os colocam na posição de protagonis- investir na sua ação protagonista.
tas na experiência escolar como, por Porém, sabe-se que algumas pessoas
exemplo, bom relacionamento com
com deficiência podem, durante
os colegas e equipe escolar, efetiva
a ação, necessitar de apoios para
participação nas atividades propostas
e executadas pela escola, bons resulta- os quais os jovens que realizam
dos tanto acadêmicos como comporta- o Acolhimento não dispõem de
mentais, entre outros. repertório. Por isso, recomendamos
que esses profissionais estejam de
sobreaviso para apoiar os Jovens
Protagonistas caso necessário.”
MODELO PEDAGÓGICO 9
É uma metodologia que tem como obje- tas, sobre a importância de apoiar os
tivo orientar as famílias e sensibilizá-las estudantes na construção dos seus
em torno dos mecanismos de apoio e Projetos de Vida, provendo as condi-
acompanhamento do Projeto de Vida ções necessárias para isso. Ou seja,
dos estudantes. o acolhimento permite que os pais e
A ação de acolher os pais tem dois responsáveis desenvolvam ações/
objetivos principais: apresentar o pro- estratégias que contribuam para a
jeto escolar e refletir, por meio da formação dos estudantes em todas as
experiência de Jovens Protagonis- suas dimensões.
TUTORIA
Afinal de contas, o que é Tutoria?
COSTA, Antonio Carlos Gomes de. Publicação do ICE: Uma nova Escola
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que o professor tem a ver com isso? MEC, 2006.
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apresentação do Prof. Hubert MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRE-
Alquéres. - - São Paulo : Imprensa TARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Parâ-
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acesso em 17/07/2014. Paulo. Disponível em <.http://www1.
folha.uol.com.br/ciencia/802161-u- PRADO, Danda. O que é família. 1 ed.
niversitarios-acreditam-que-et-fez- São Paulo: Brasiliense, 1981. (Coleção
-piramides-analfabetismo-cientifico- Primeiros Passos).
-nos-eua-preocupa.shtml> acesso em
12/07/2014. PORTO, Gabriela. Manifesto Antropo-
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MOGGI, J. e BURKHARD, D. Assuma escola.com/literatura/manifesto-an-
a direção da sua carreira: Os ciclos tropofagico/> Acesso em 07/08/2014.
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sala de aula inclusiva. Temas sobre Revista Planeta. A Alma Escura do
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19(107):213-22. <http://revistaplaneta.terra.com.br/
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ORSI, Carlos. Analfabetismo Cien- -do-reverendo-jones >
tífico. São Paulo. Disponível em acesso em 17/07/2014
<http://blogs.estadao.com.br/car-
los-orsi/2010/04/22/analfabetis- ROGERS, C. R. Tornar-se Pessoa. 6a
mo-cientifico/ > ed. São Paulo: WMF Martins Fontes,
acesso em 12/07/2014. 2009. 489 p.
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.
APOIO
Instituto Natura
1ª Edição | 2015
Data:
Anotações:
Modelo
Pedagógico
Ambientes de Aprendizagem
Olá Educador
• Espaços de convivência
• As Salas Temáticas
• Os Laboratórios
• A Biblioteca
Bom trabalho!
© Escola Estadual Prefeito Nestor de Camargo
Os Espaços
de Convivência
Introdução
Todo espaço é constitutivo de proces- típicas fileiras das salas de aula, por
sos de subjetividade, não no sentido exemplo, produz nos estudantes e pro-
de uma identidade fixa, mas como fessores a percepção de que se torna-
uma complexa rede de enunciação ram outras pessoas, pois outras são as
em que se é convocado a um posicio- possibilidades de relação. A formação
namento e em que se age (Barbosa e humana não se restringe a enunciados
Rodrigues, 2009). Por não existir atitu- intelectuais pois aprende-se com o
de sem corpo, a relação com o espaço corpo todo! Existe, pois, uma “arquite-
diz muito dos nossos valores e das tura da pedagogia”.
escolhas que fazemos na vida. O espaço Refletir sobre espaços de convi-
se organiza conforme a nossa percep- vência no contexto escolar implica
ção de mundo e, inversamente, interagir levar em conta o modo como as abor-
com o espaço, modificando-o, produz dagens pedagógicas se distribuem
em nós percepções novas. É assim que no espaço interno da escola e o modo
qualquer mudança educacional signifi- como ela se insere no entorno social.
cativa refletirá na postura física daque- A escola dialoga com o espaço que
le que aprendeu. A mera disposição das ocupa na sociedade como equipamento
carteiras de forma circular, em vez das de educação e cultura.
6
MODELO PEDAGÓGICO
Ambientes de Aprendizagem
Uma pesquisa rápida sobre espaços investimento de afetos por parte das
de convivência em contextos escolares pessoas que ali convivem, tornando-os
evidencia um foco na normatização e convidativos e abertos às expressões
na criação de regras de convivência. singulares. Em suma, um lugar onde
Não como competências básicas que se aprende a “ser” a partir das próprias
assegurem a sociabilidade saudável descobertas do outro e com o outro.
necessárias em qualquer espaço, mas Na vida adulta, não é necessária a
como algo enfático em primeiro plano, estridência dos “sinais sonoros” con-
como se ao se chamar a comunidade vocando para compromissos. Importa,
escolar para refletir sobre o uso do es- pois, questionar se faz sentido o uso
paço, o que surge primeiramente não é de “sirenes” pontuando o início e o tér-
a sua melhor utilização, mas uma opor- mino das atividades escolares. Nesse
tunidade de incutir normas e regras de sentido, cabe o questionamento: justifi-
convivência. Isso resulta, em última ca-se tamanho barulho nos espaços so-
instância, em uma configuração prévia ciais onde o que deveria vir para primei-
e condicionante das relações escola- ro plano é o refinamento dos sentidos?
res, dificultando precisamente a ela- Quando alguém se dirige de um
boração de usos criativos e inovadores agrupamento a outro, quando se apro-
desses espaços. Em vez da confiança xima o horário dos compromissos, exis-
na criatividade, foca-se na desconfian- te um movimento corpóreo típico, que
ça controladora. sinaliza essa passagem. Pode ser uma
Aprende-se a conviver convivendo, palavra de despedida, um titubeio entre
e se é a escola o lugar por excelência um recuo ou avanço do corpo, a indeci-
de aprendizagem, o que importa é criar são entre reduzir ou apressar o passo,
oportunidades de relações saudáveis um retorno súbito para o interlocutor
que possam, no exercício educacional, para proferir uma última palavra no
ser capazes de criar coletivamente um último instante... Enfim, recursos mais ou
ethos que expresse acima de tudo o menos refinados – a depender do grau
pertencimento dos que ali interagem. de intimidade que se tem com os inter-
No lugar de regras estabelecidas sem locutores e o grau de etiqueta aí espera-
a possibilidade de diálogo, o principal do – que regulam as interações. Posto
é propiciar o usufruto dos espaços isso, é inevitável questionar se são jus-
como abertura à criatividade, ao refi- tificáveis mecanismos como os sinais
namento das interações, ao zelo pelos sonoros, cortando o fluxo das interações
locais de convivência, ao encorajar um de modo brutal e verticalizado.
Ambientes de Aprendizagem
Muitas pessoas não frequentam equi- que “não se está em aula”. Para mui-
pamentos públicos de cultura – como, tas escolas, as salas de aula não são
por exemplo, bibliotecas e centros espaços exclusivos, nem privilegiados,
culturais – por imaginarem que esses de aprendizagem. A configuração das
espaços não foram feitos para elas. salas de aula (que pode se modificar
Dar o primeiro passo para mudar esse continuamente, conforme as neces-
conceito é parte da missão pedagógica sidades) vai depender das disponibili-
da escola. Por outro lado, nesse mes- dades corpóreas e simbólicas, do nível
mo contexto em que, muitas vezes, os de diálogo, de contato e de trocas que
estudantes esperam tão pouco – ou se quer propiciar. Esse mesmo critério
nada – das instituições de ensino, não pode, inclusive, implicar em aborda-
“ousando” sequer sonhar com um mí- gens pedagógicas fora dessas salas,
nimo alargamento de seus horizontes, para além dos espaços tradicionais de
com a projeção de si próprios no futu- aprendizagem. Portanto, o que se pre-
ro, quando eles se deparam com uma tende abordar aqui é a qualificação dos
escola de educação integral realmente chamados “espaços de convivência”,
transformadora, descobrindo que ali o entendidos como espaços usuais nos
foco é a valorização da vida de cada um, momentos de ócio na unidade escolar,
algo acontece. E esse “primeiro algo” isto é, aqueles momentos em que não
que acontece é, precisamente, de na- se está “em aula”.
tureza espacial: a escola se mostra um Nessa perspectiva, a Biblioteca apa-
espaço novo, pensado nos mínimos de- rece como um espaço muito especial.
talhes para as aspirações dos estudan- Isso porque, mesmo nas escolas em
tes, e isso refletirá em novas disponibili- que a ênfase da docência incide sobre
dades corpóreas para a aprendizagem. as salas de aula, a Biblioteca consegue
É a partir dessa primeira disponibili- conjugar “naturalmente”, em termos
dade corpórea que os estudantes serão de importância, tanto os momentos em
chamados, na Escola da Escolha, desde que se “está em aula” como os momen-
o primeiro dia do ano letivo, à constru- tos em que “não se está”. É um territó-
ção e às práticas em Protagonismo, rio aberto e flexível de múltiplas passa-
porque serão recebidos para uma prá- gens. Por essa razão – e pelos valores
tica chamada “Acolhimento”. A escola e recursos mobilizados pela promoção
se torna então o lugar, por excelência, da leitura, como alteridade, hospitali-
do gesto e, como tal, precisa encorajar dade, ludicidade, ócio criativo, etc. – a
cada vez mais essas disponibilidades, Biblioteca é uma forte aliada na qualifi-
valorizando os espaços de convivência cação dos espaços de convivência. Não
como espaços abertos. impondo a leitura, mas utilizando esses
O que se quer estabelecer aqui é espaços para a expressão e os gestos
a ampliação dos espaços de apren- típicos das atividades da Biblioteca,
dizagem, mesmo nos momentos em oferecendo opções criativas e contan-
8
MODELO PEDAGÓGICO
Ambientes de Aprendizagem
Ambientes de Aprendizagem
Ambientes de Aprendizagem
AS SALAS TEMÁTICAS
Ambientes de Aprendizagem
Ambientes de Aprendizagem
A ambientação
OS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS
Introdução
A busca do desenvolvimento social das as ideias humanas, é uma história
com equidade tem sido um objetivo de sonhos irresponsáveis, de teimo-
permanente das civilizações. Para se sias e de erros. Porém, a ciência é uma
atingir essa visão, sabe-se hoje que das raras atividades humanas, talvez a
existe uma série de pressupostos: única, em que os erros são sistemati-
• Desenvolvimento Social pressupõe camente assinalados e, com o tempo,
desenvolvimento econômico. constantemente corrigidos”.
• Desenvolvimento Econômico pressu- É evidente que as Ciências Naturais
põe desenvolvimento tecnológico. e o método científico contribuíram para
• Desenvolvimento Tecnológico pres- o desenvolvimento dos múltiplos sabe-
supõe desenvolvimento do conheci- res da humanidade: mede-se, pesa-se
mento. e se analisa o Sol, avalia-se o número
• Desenvolvimento do Conhecimento de partículas que constituem o univer-
pressupõe uma educação de qualidade. so, decifra-se a linguagem genética que
Uma Educação Tecnológica de qua- informa e programa toda organização
lidade pressupõe o ensino das Ciências viva, domestica-se a energia nuclear e,
Naturais calcado em uma sólida base assim, atingem-se progressos tecnoló-
matemática, de forma que teoria e prá- gicos em todos os domínios da ativida-
tica se complementem, e o estudante de humana. A Ciência é esse esforço
se estimule e se excite ao descobrir que natural da condição humana e o cien-
entender os fenômenos da natureza é tista é a figura que pode ser educada
entender a própria essência da vida. em todos.
A beleza da ciência reside na ideia É a tecnologia que hoje permite a
de que a certeza teórica deve ser comunicação entre indivíduos prati-
abandonada para dar lugar ao que camente em tempo real, possibilita
afirma o austro-húngaro Karl Popper, as múltiplas formas de entretenimen-
um dos grandes filósofos liberais to sem sair de casa, fornece o acesso
da Ciência do Século XX: há um pro- rápido à informação acumulada pela
gresso que pode ser ultrapassado e humanidade no decorrer de toda sua
que permanece incerto. Hoje, à luz de história, oferece diagnósticos médicos
todas as descobertas produzidas pela cada vez mais precisos, aumentando a
humanidade, há de se concordar que qualidade e a expectativa de vida das
“a história das ciências, como a de to- pessoas. Some-se a esse conjunto de
MODELO PEDAGÓGICO 17
Ambientes de Aprendizagem
Ambientes de Aprendizagem
© Ginásio Pernambucano
20
MODELO PEDAGÓGICO
Ambientes de Aprendizagem
A BIBLIOTECA DA ESCOLA
A Biblioteca da Escola e sua tarefa Pedagógica
Ambientes de Aprendizagem
A BIBLIOTECA DA ESCOLA
E A PROMOÇÃO DA LEITURA
A convivência com livros de literatura possam fazer uso da livre escolha, con-
em locais variados é essencial para a forme seus interesses – que podem ser
aproximação do leitor e para a desmis- inúmeros, inclusive os aparentemente
tificação da Biblioteca como espaço banais, como gosto pela capa ou inte-
privilegiado de “intelectuais”. Tornando-o resse pelo título. Ao lerem obras de fic-
um elemento rotineiro na vida das pes- ção e de não ficção que correspondam
soas, objeto familiar e de pronto aces- às suas necessidades, os estudantes
so, a Biblioteca se transforma em um são estimulados em seu processo de
ambiente acolhedor e verdadeiramente socialização e no desenvolvimento de
democrático. Ainda nessa perspectiva, sua identidade.
é essencial definir espaços temporários Contudo, é preciso também ter em
em locais estratégicos na escola, em conta que existe, sim, um aspecto nem
que os livros possam estar ao alcance um pouco simples na formação literá-
imediato do leitor (incluindo, mais uma ria. Sendo o ato de ler um gesto social,
vez, as necessidades específicas dos a construção de uma cultura extrema-
estudantes com deficiência), estabele- mente sutil e elaborada, nem tudo é
cendo assim que todo lugar é convida- uma questão só de gosto. Ou se é, pode
tivo à leitura de todos, aumentando os ser problematizado: gosto é também
pontos de contato de estudantes, pro- algo que se ensina, se aprende, se mo-
fessores, funcionários e familiares com difica, se transmite, se problematiza,
esses objetos. Alguns desses pontos como qualquer outro construto social.
podem ser lúdicos e temáticos, valen- Além disso, não gostar de certos auto-
do-se do elemento surpresa e de temas res não é o mesmo que não ser capaz
atuais, mas é importante também que de lê-los. Uma coisa é, provido de reper-
outros desses pontos continuem sendo tório razoável, o leitor preterir determi-
o que são: refeitório, pátio, banheiro, nado autor. Outra coisa é preterir um
sala de professores, recepção, corre- autor por não ser capaz de apreendê-lo.
dor etc., para que não se passe a im-
pressão que o espaço do livro deva ter
uma “aura especial”. É importante que Para se formar repertório, no
se demonstre que lugar de livro é em entanto, é necessário que se acesse o
todo lugar e que a sua mera presença conteúdo dos livros para “além de sua
é o bastante para qualificar os espaços, capa”. A presença de intérpretes de
sem “enfeites” ou acessórios que ve-
Língua Brasileira de Sinais, assistentes
nham a mistificá-lo.
Além de desenvolver atividades
de leitura ou leitores para cegos
de promoção de leitura, é essencial auxiliam na criação do vínculo entre
organizar os livros de forma que os o aluno com deficiência e o universo
estudantes tenham fácil acesso a eles e do livro e da Biblioteca Escolar.
MODELO PEDAGÓGICO 23
Ambientes de Aprendizagem
ler o livro. E aqui não está em questão apossa do corpo do leitor para atingir e
se a obra original é menos ou mais fascinar o público.
interessante: simplesmente não podem Temos um bom exemplo. Qualquer
ser comparadas, uma vez que são lin- um de nós pode dizer que, do alto de
guagens distintas. Ainda que o filme um voo de avião, as coisas aqui embaixo
seja fidelíssimo ao livro, executado da parecem tão minúsculas que um
forma mais exuberante, não é leitura homem, um cavalo e um boi se tornam
e as linguagens continuam sendo dis- verdadeiras formiguinhas. Mas existe
tintas. Dada a especificidade da leitura um outro jeito de dizer isso que só pode
literária desenvolvida acima, compre- ser dito por Guimarães Rosa. Veja só
ende-se que assistir a um filme não é esta pérola do conto ‘As margens da
garantia de que o livro seja mais aces- alegria’: ‘Se homens, meninos, cavalos e
sível ao leitor, pois a experiência cine- bois – assim insetos?’. (Adriano, 2014)
matográfica não é a mesma da litera-
tura. Se, ao final do filme, o livro que o 2. Ler com os outros
inspirou é sugerido aos alunos, trata- “Mediador e participantes se acomo-
se, obviamente, de uma sugestão de dam em círculo. A disposição em círcu-
leitura potencializada pelo filme, mas los é importante, pois aí não há espaço
isso não significa que houve ativida- privilegiado, todos podem se ver mu-
de de leitura. Pode ser, de forma algo tuamente, numa posição favorável às
remota, um ato de incentivo à leitura, trocas. Cada integrante recebe cópias
mas a promoção de leitura só se efetiva do texto a ser utilizado (ou exemplares
por meio da experiência de ler. do livros, previamente selecionados
pelo mediador). Um participante come-
ça a ler um parágrafo em voz alta e pas-
Dois exemplos de sa a vez para o colega imediatamente
atividade de leitura próximo, para que leia o parágrafo
seguinte, e assim por diante.
1. Ler para os outros O mediador conduz as discussões,
“Nessa modalidade de leitura, em- sugerindo, perguntando e, ao final da
bora o enredo da história seja o foco leitura, cada um é convidado a dizer o
principal, uma vez que é o que sustenta que mais o tocou, compartilhando as
a atenção do público diante do leitor, primeiras impressões com o grupo.
a forma como a história foi contada é Ressalte-se que, a qualquer momento,
igualmente relevante e cabe ao leitor mesmo quando do andamento da lei-
respeitar cada palavra, do jeitinho que tura, há espaço para intervenções dos
o autor a escreveu. Diferente da con- participantes, seja manifestando rea-
tação de histórias, que têm muito do ção ao texto, seja levantando dúvidas.
improviso e das invenções de quem Todas as falas devem ser valorizadas,
conta, aqui o livro está presente e cada mesmo as aparentemente ‘ingênuas’;
palavra, cada vírgula e cada ponto traz a função do mediador é estender ao
a marca, não de quem lê, mas do au- máximo seus significados, articulan-
tor do texto. O leitor empresta o corpo do-as com elementos do texto. Os
ao texto do outro; o texto do outro se participantes devem ser estimulados e
MODELO PEDAGÓGICO 25
Ambientes de Aprendizagem
A BIBLIOTECA DA ESCOLA E O
PROTAGONISMO: OUTRAS RELAÇÕES
Ambientes de Aprendizagem
Ambientes de Aprendizagem
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DA BIBLIOTECA DA ESCOLA
Acessibilidade
Ambientes de Aprendizagem
Ambientes de Aprendizagem
- ADRIANO, Reni. Confiar no texto, ha- - DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O Andi-
bitar os livros: boas práticas de leitu- -Édipo: capitalismo e esquizofrenia 1. São
ra em bibliotecas comunitárias. São Paulo, 34, 2011. Tradução de Luiz B. L. Orlandi.
Paulo, Instituto Ecofuturo, 2014.
- GOLDIN, Daniel. Os Livros e os Dias:
- BAJOUR, Cecilia. Ouvir nas Entreli- divagações sobre a hospitalidade da
nhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo, Pulo do Gato, 2012, 1ª
leitura. São Paulo, Pulo do Gato, 2012, 1ª edição. Tradução: Carmem Cacciacarro.
edição. Tradução: Alexandre Morales.
- GUILAYN, Priscila. “Em Madri, instituto
- BRITTO, Luiz Percival Leme. “As ra- com acervo digital busca formar leito-
zões do direito à literatura”. São Pau- res”. Rio de janeiro, O Globo, Caderno Pro-
lo, Movimento por um Brasil Literário, sa On Line, 02-02-2013. Disponível em:
2012. Disponível em: http://www2.bra- http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/
silliterario.org.br/pt/noticias/reporta- posts/2013/02/01/em-madri-instituto-
gens/as-razoes-do-direito-literatura com-acervo-digital-busca-formar-leito-
res-484785.asp (Acesso em 23-10-2014)
- CÂNDIDO, Antônio. Vários Escritos.
Rio de Janeiro, Ouro sobre o azul; São - IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE
Paulo, Duas Cidades, 2004. SÃO PAULO. Educação inclusiva : o
que o professor tem a ver com isso?
- COSTA, Cristiane. “Por uma ideia de / Marta Gil, coordenação ; texto de
literatura expandida”. Rio de Janeiro, apresentação do Prof. Hubert Alqué-
O Globo, Caderno Prosa on line, 18-06- res. - - São Paulo : Ashoka Brasil, 2005.
2011. Disponível em:
http://oglobo.globo.com/blogs/pro- - LAJOLO, Marisa. Do Mundo da Leitu-
sa/posts/2011/06/18/artigo-por-uma- ra para a Leitura do Mundo. São Paulo,
-ideia-de-literatura-expandida-387143. Ática, 2002, 6ª edição.
asp (Acesso em 23-10-2014)
- LARROSA, Jorge Bondía. “Nota sobre
- COUTINHO, Diana e MENDONÇA, Rosa- a experiência e o saber de experiên-
ne (Direção de edição). Leitura e Escrita cia”. Campinas, Revista Brasileira de Edu-
para Todos: reflexões sobre a política cação. Jan/Fev/Mar/Abr 2002, n° 19.
de promoção da leitura no Brasil. Brasí-
lia, Secretaria de Assuntos Estratégicos da - MANGUEL, Alberto. A Cidade das
Presidência da República (SAE), 2014. Dis- Palavras: as histórias que contamos
ponível em: http://ecofuturo.org.br/files? para saber quem somos. São Paulo,
path=content/pdf/2b13e1c8c0d1500b0 Companhia das Letras, 2008, 1ª edição.
ec9516de3312e4c6082c0c0.pdf Tradução: Samuel Titan Jr.
- OLIVEIRA, Gabriela Rodella de. O Pro- 04/los-cimientos-de-la-casa-ima-
fessor de Português e a Literatura – ginaria-potica-y-poltica-en-la-pri-
Relações entre formação, hábitos de mera-infancia/
leitura e práticas de ensino. São Pau-
lo, Alameda, 2013, 1ª edição. - SÃO PAULO (ESTADO). Ministério Pú-
blico. Guia prático: o direito de todos
- PAIVA, Aparecida (Org.). Literatura à educação: diálogo com os Promo-
Fora da Caixa: O PNBE na escola – tores de Justiça do Estado de São
distribuição, circulação e leitura. São Paulo/Ministério do Estado de São
Paulo, UNESP, 2012, 1ª edição. Paulo – São Paulo: MP-SP, 2011
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
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Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
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Diagramação: Axis Idea e Kora Design
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Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.
APOIO
Instituto Natura
1ª Edição | 2015
Data:
Anotações:
Modelo
Pedagógico
Instrumentos e rotinas
3
Olá Educador
Bom trabalho!
©iStock.com/asiseeit
Instrumentos e rotinas
Instrumentos e rotinas
Instrumentos e rotinas
Instrumentos e rotinas
CONSELHO DE CLASSE
Instrumentos e rotinas
• orienta o curso a ser perseguido pela lidade pela sua própria aprendizagem
escola e seus atores, seja redimensio- e os corresponsabiliza pelo ambiente e
nando sua prática, seja ratificando-a. condições adequadas para que o traba-
No início do primeiro semestre e final lho pedagógico ocorra.
do último, são aplicadas pela escola al-
gumas avaliações diagnósticas (Portu-
guês e Matemática), que servem como Segundo momento: Conselho
instrumentos de adequação do ensino
às necessidades dos estudantes. Assim, A participação dos Líderes de Turma
o primeiro e o último Conselho de Clas- durante os Conselhos de Classe con-
se tomam como estudo do resultado siste em 2 fases:
dessas avaliações, pois elas servem para • na apresentação, pelos Líderes, dos
orientar o planejamento dos professo- resultados da avaliação realizada junto
res e posterior nivelamento das séries. às suas respectivas turmas, conside-
rando os critérios definidos por toda a
comunidade escolar. É também o mo-
Nivelamento: prevê o uso de estratégias mento em que são apresentados os
paralelas ao desenvolvimento do currículo, resultados da autoavaliação da turma
inserindo ações reparadoras dos conte- e os compromissos que eles propõem,
údos defasados dos anos anteriores. de parte a parte, para a superação das
dificuldades que eventualmente te-
nham sido identificadas;
O Protagonismo presente • na apresentação, pelos professores,
no Conselho de Classe do perfil e desempenho acadêmico ge-
ral da turma, bem como a avaliação,
Para o Conselho de Classe existem três que fazem parte do nível de compro-
momentos distintos e articulados: misso que coletivamente manifestaram
pré-conselho, conselho e pós-conselho. ao longo do período, relacionando esse
Eles objetivam a avaliação e a recondução resultado ou não ao desempenho geral
do processo de ensino-aprendizagem. da turma.
Após a realização dessas fases,
são discutidos e pactuados entre os
Primeiro momento: Conselheiros e estudantes os encami-
Pré-conselho nhamentos para a superação das difi-
culdades e/ou aperfeiçoamento dos
Faz parte do planejamento do Con- procedimentos identificados como
selho de Classe a elaboração de uma bem sucedidos.
pauta pelos estudantes, na qual cada Os Líderes de Turma não participam
turma avalia os itens: relação profes- da discussão sobre a avaliação indivi-
sor x estudante, metodologia utilizada, dual de cada estudante com relação ao
procedimentos de avaliação de cada seu desempenho em cada disciplina,
disciplina e a autoavaliação da turma descrição de comportamentos, postu-
– um procedimento que encoraja os ras diante dos estudos e construção
estudantes a assumirem a responsabi- dos seus projetos de vida.
MODELO PEDAGÓGICO 15
Instrumentos e rotinas
Conselho
de Classe
• Solicitar a síntese das avaliações realizadas pelos
professores no bimestre.
• Reunir os documentos necessários para apoiar • Liderar o Conselho (abertura, objetivos, pauta
a pauta. e encaminhamentos).
• Elaborar a pauta. • Definir o relator.
• Definir o horário. • Mediar as falas dos participantes.
• Definir o local de realização. • Acordar os encaminhamentos (o que, quem
• Verificar se a sala está adequada. e quando).
• Assegurar os materiais e equipamentos • Enviar os resultados do bimestre para
necessários. a escrituração na Secretaria.
• Convocar os participantes e divulgar a pauta.
P D
• Recolher a síntese dos pontos a serem tratados
pelos Líderes de Turma.
Responsabilidades de
acordo com as funções revisão de estratégias pedagógicas e
da equipe escolar: autorreflexão enquanto profissional.
• Estudantes - avaliar a própria
aprendizagem e atuar como protago-
• Coordenação Pedagógica - orga- nista também no processo educativo.
nizar e coordenar as reuniões dos • Pais - acompanhar a aprendizagem
Conselhos e analisar as condições no que diz respeito aos resultados qua-
institucionais que interferem na litativos e quantitativos dos seus filhos.
aprendizagem. • Tutores - apresentar a devolutiva
• Professores - analisar o percur- dos resultados e acompanhar os
so de cada estudante com base no estudantes em seus processos de
Guia de Aprendizagem e no Plano superação de defasagens e melhoria
de Ação da escola, favorecendo a da aprendizagem.
Instrumentos e rotinas
GUIA DE APRENDIZAGEM
É preciso considerar que algumas redes organizam seus tempos escolares de ma-
neira diferente. O Guia deve atender à lógica proposta para cada rede ou sistema
(como bimestre, trimestre ou outras formas de arranjos curriculares).
MODELO PEDAGÓGICO 19
Instrumentos e rotinas
Pelo Decreto Federal 5626/05 a Libras passa a ser considerada como a primei-
ra língua da Pessoa Surda http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5626.htm (consulta realizada em 09/11/14 as 10:18)
20 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas
Instrumentos e rotinas
Justificativa da unidade
Tendo em vista que o ensino de Artes Visuais não era uma prática em nossas escolas, faz-se necessário iniciarmos a introdução da
disciplina buscando desenvolver a percepção, a imaginação, a capacidade crítica e o estímulo à valorização da linguagem artística.
Instrumentos e rotinas
Justificativa da unidade
Com base nos elementos estudados referentes ao filosofar e a conhecimentos sobre a condição da existência humana, trabalharemos
fundamentos necessários para o entendimento do ser humano enquanto ser social e político, utilizando metodologias que contribuam para
ampliar a compreensão do significado e a importância da cultura para a existência da sociedade humana, considerando todos os aspectos
relevantes para o processo de transformação do mundo natural no artificial.
Atividades Autodidáticas
Aulas expositivas;
Debates.
Justificativa da unidade
Fontes e Referências
Atividades Didáticas
Temas Transversais
Atividades Didático - cooperativas
Valores
Atividades Complementares
Anotações
Critérios de Avaliação
Referências
Bibliográficas
REFERÊNCIAS NA INTERNET
http://www.planetaeducacao.com.
br/portal/artigo.asp?artigo=1249
19/11/14 8:55
http://direitoadiferenca.files.wor-
dpress.com/2010/05/ensinando-a-
-turma-toda.pdf - 19/11/14 8:53
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Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.
APOIO
Instituto Natura
1ª Edição | 2015