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Fundamentalismos,
migrações,
multidões: o
outro lado da
globalização
Massimo Sciarretta
História Contemporânea II
Metas da aula
Objetivos
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Aula 12 – Fundamentalismos, migrações, multidões: o outro lado da globalização
INTRODUÇÃO
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Atende ao Objetivo 1
Resposta Comentada
A explosão demográfica das áreas mais pobres do planeta, na segunda metade do século XX,
o alargamento da distância econômica entre essas regiões e as do mundo industrializado, e o
agravamento das tensões políticas nas partes “periféricas” do globo acarretaram deslocamentos
de massas imponentes que relembram os do século passado, embora se diferenciando quanto
aos protagonistas e à atitude legislativa restritiva dos países receptores. Um dos resultados
deste trend migratório é representado pelo aumento espantoso da urbanização não apenas nas
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cidades dos países opulentos, mas também (e sobretudo) nos centros urbanos que se encontram
na periferia das principais diretrizes dessa interrelação econômico-social. Também do ponto de
vista cultural, esse novo tipo de coabitação entre culturas diferentes está causando efeitos culturais
significativos e opostos, que vão do multiculturalismo à guetização, da aceitação à intolerância.
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Figura 12.1: O segundo avião da United Airlines prestes a bater contra a torre
sul do WTC.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ataques_de_11_de_setembro_de_2001
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O fundamentalismo religioso
O fundamentalismo é a atitude que coloca ên-
fase na necessidade de um retorno aos “funda-
mentos” da religião, através de uma interpretação
literal dos textos sagrados (dependendo da religião:
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Atende ao Objetivo 2
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Resposta Comentada
Por ser um elemento fortemente identitário, a religião acabou voltando a ter um papel central nas
dinâmicas históricas após um período em que o processo de modernização parecia empurrar
para um processo inevitável de secularização das práticas políticas. Com efeito, no momento
em que impõe a escolha entre pertencimentos exclusivos, a religião traça uma demarcação entre
“nós e os outros” que – sobretudo quando professada nas suas formas mais radicais – revela
uma conotação prejudicial das tentativas de integração social. O que, justamente, ocorre mais
frequentemente em situações nas quais mais fortes são as desigualdades entre realidades que
a globalização rendeu fisicamente muito mais próximas, favorecendo conflitos e tensões. Sob
esse aspecto, o terrorismo de matriz religiosa apresenta-se como a extrema manifestação desse
curto-circuito que mistura fé cega e política, mostrando a religião – assim entendida – como
possível catalisador de conflitos e instabilidade.
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A globalização no cinema
O tema da globalização está sendo objeto de
inúmeros filmes, que analisam suas várias facetas.
Aqui vai uma relação de longas-metragens por as-
sunto, para uma maior compreensão do fenômeno.
Mundo interligado e incomunicabilidade: Babel, de
Alejandro González Iñárritu.
Revolução tecnológica e sociedade: Medianeiras, de
Gustavo Taretto.
Globalização e periferias: Infância roubada (Tostsi), de
Gavin Hood.
Novos nacionalismos e guerras: No man’s land, de
Danis Tanovic.
Fundamentalismo religioso: O caminho de Kandahar,
de Mohsen Makhmalbaf.
Movimentos e lutas sociais: A Quarta Guerra Mundial,
de Rick Rowley.
O trabalho aos tempos do liberalismo: Segunda-feira
ao sol, de Fernando León de Aranoa.
Multiculturalismo: East is east, de Damien O’Donnel.
Mídia e informação: O show de Truman, de Peter Weir.
O mundo do futuro: Blade runner: o caçador de an-
droides, de Ridley Scott.
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Atende ao Objetivo 3
3. Por que a luta do EZLN pode ser considerada, se não como a precursora dos novos
movimentos sociais, pelo menos como a mais importante?
Resposta Comentada
O EZLN ganhou projeção internacional com o levante armado de Chiapas por dois motivos.
Primeiro, porque não se esperava mais uma forte resistência ao neoliberalismo, vinda de setores
tradicionais e agrários do mundo, muito menos que o grupo armado protagonista dessas ações
não visasse tomar o poder, e sim somente garantir o exercício de uma democracia direta radical,
através dos coletivos autônomos dos povos indígenas. Ao fazer isso, o EZLN inaugurou uma nova
proposta política que rompia com a lógica tradicional dos partidos de esquerda de alcançar
o poder pela via eleitoral ou armada. Em segundo lugar, o uso da internet, como forma de
veiculação de suas ideias e de propaganda política no ano de 1994, era ainda absolutamente
inovador, antecipando as usuais e atuais (2011) como forma de difusão midiática de resistências
globais, como a da Primavera Árabe ou dos movimentos de Occupy Wall Street e das principais
praças europeias, após a crise de 2008.
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CONCLUSÃO
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Atividade Final
Comente esta reflexão do historiador polonês, à luz dos argumentos abordados nesta aula.
Resposta Comentada
A frase do historiador polonês Kapuscinski aponta para o desafio da convivência pacífica
num mundo cada vez mais globalizado, isto é, no qual as culturas e os povos de um planeta
sempre mais numeroso vivem numa situação de proximidade física sempre maior. O fato de
não ter uma escala comum de valores e de não existir uma única autoridade que a ordene
rende esta sociedade planetária caótica e com alto risco de conflitualidade, em presença de
fatores, tais quais a explosão demográfica; o pertencimento às identidades étnicas, religiosas
ou nacionais; as reivindicações territoriais localistas e o descompasso entre os poucos que
decidem e os muitos que obedecem. Todavia, os antídotos contra essa tendência ao choque
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RESUMO
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