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Introdução
Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes
climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial.
Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido
nos últimos anos.
A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados,
ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de
desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias
regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar
o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo
isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está
relacionado a todos estes acontecimentos.
Protocolo de Quioto
Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos
poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16
fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura
global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite
poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o
desenvolvimento industrial do país.
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Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para
reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura
terrestre por meio do Efeito Estufa, mas, ao que parece, isto em nada preocupou a
humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases de
Efeito Estufa.
Os dias mais quentes foram registrados durante esta última década. A previsão é de que até
o ano de 2100 as temperaturas estarão destinadas a aumentarem até seis graus, o que
poderia trazer conseqüências devastadoras.
Os cientistas dizem que alguns fenômenos naturais como erupções vulcânicas possuem um
efeito temporário sobre o clima. Porém, afirmam também que o clima está sofrendo
mudanças por causa do aquecimento global.
Alguns cientistas calculam um aumento de seis graus centígrados durante este século.
Se isso acontecer, as conseqüências em 2050 seriam catastróficas.
As geleiras (calotas polares) derreterão e com isso o nível do mar subirá causando
inundações colocando em risco a vida da população das zonas costeiras, inclusive as
grandes cidades; grandes alterações climáticas, em relação às chuvas e secas, provocando
muitos prejuízos a agricultura; o avanço do deserto através da Europa; terremotos; ondas
gigantescas (Tsunamis, como aconteceu recentemente na Ásia). E ainda, a falta de água
mundial, o que significa o fim, já que sem a água, não há vida na terra. Estes são apenas
alguns dos desastres que poderiam acontecer.
Existe algo a fazer?
Os gases lançados na atmosfera podem permanecer por lá durante um ou mais séculos. Para
que houvesse uma mudança significativa, deveria haver uma diminuição de 60% desses
gases lançados.
O aquecimento global, não é um problema individual. É preciso haver logo uma
conscientização da população mundial para que ainda se possa fazer algo. É uma luta
contra o tempo, como se uma “bomba do tempo” estivesse ativada, correndo o risco de
explodir a qualquer momento.
Bibliografia :
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0179/aberto/aquecimento.shtml
http://www.discoveryportugues.com/tormenta1/feature14.shtml
www.ecoambiental.com.br/mleft/aquecglobal.htm
www.comciencia.br/reportagens/clima/clima11.htm
Aquecimento Global
Isaac Epstein
Até cerca de cinqüenta anos atrás, havia uma crença, mais ou menos generalizada,
rubricada pelo empirismo lógico, corrente epistemológica hegemônica na época, que a
arena apropriada para avaliar a veracidade das teorias científicas nas ciências naturais era
delimitada pelo chamado contexto da justificação. Vale dizer que tanto os critérios de
verificação (Hempel) como os de falsificabilidade (Popper) envolviam operações
essencialmente internas ao sistema da ciência.
Nesta ótica, a validação das teorias era um processo que não poderia sofrer nenhuma
injunção social, política, econômica ou de qualquer outra natureza, fatores estes que se
consideravam completamente irrelevantes na retificação ou ratificação dessas teorias. Estes
e demais fatores pertenciam à jurisdição do contexto da descoberta, externo ao julgamento
epistemológico das teorias científicas.
Essa situação se modificou após a aparição do texto de Kuhn3 no início da década de 60 e,
mais tarde, com a evolução das disciplinas ligadas ao campo denominado de "Estudos
Sociais da Ciência"4. Atualmente fala-se (ou se recusa a falar) na "guerra das ciências"5 ,
entre os "realistas" que ainda acreditam na objetividade e independência dos fenômenos
estudados pelas ciências naturais e os "construtivistas"6 que acreditam na "construção"
desses fenômenos, isto é, a noção que o conhecimento científico é uma criação humana
realizada com os recursos materiais e culturais, e não a revelação de uma ordem natural e
independente da ação humana. Entre estes dois limites se situam vários contextos
epistemológicos, entre as quais o da Sociologia do Conhecimento Científico7.
De qualquer modo, mesmo sem entrarmos nesta "guerra", pode-se observar que quando as
observações, experimentos e teorias não são suficientes, ou são contraditórios, abre-se um
vazio ou um espaço que é preenchido por fatores extra científicos para colocar um
fechamento nos debates.8
Isto significa que quando existe um dissenso ou incerteza entre os próprios cientistas num
determinado setor, o espaço aberto pela subdeterminação das teorias propostas abre um
campo fértil para a intromissão de fatores externos sejam eles políticos, econômicos, sociais
ou mesmo éticos. Isto se torna tanto mais evidente quanto maior é o alcance e impacto
econômico, social e político do campo de fenômenos estudados. A pergunta que importa
fazer é então: "Como se tomam decisões que devem supostamente ser baseadas em
conhecimento científico antes que haja um consenso científico?"9
Voltamos aqui ao ponto inicial deste pequeno texto, isto é que o tempo da decisão política é
muitas vezes mais escasso que o tempo da decisão científica a partir do consenso. No caso
da problemática do aquecimento global isto ficou óbvio na decisão do presidente Bush, o
ano passado, de não ratificar o protocolo de Quioto, e após 11 meses, propor um plano
alternativo.17
Mas o "tempo" político do Presidente Bush e seus partidários "fecha" nas próximas eleições
presidenciais onde os lobis financiando a campanha, e o eleitor norte-americano votando,
decidem para quem vai o poder.
Suavizar os efeitos que desenham um futuro do planeta marcado por mudanças climáticas
devido às atividades humanas, é o objetivo do que tem se chamado de medidas mitigadoras
do clima. A busca é a de restabelecer as concentrações dos
gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, mensurados em
1990. Para alcançar essa meta, são focalizados dois aspectos: a
redução das emissões e o aumento de captura dos GEE. A
obtenção de recursos para a implementação das medidas
mitigadoras, está, em grande medida, vinculada à aprovação do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Esse
mecanismo cria a possibilidade de países desenvolvidos
patrocinarem projetos de redução e captura dos GEE em países
em desenvolvimento, cumprindo assim parte de seus
compromissos.
A maior parte dessas medidas já é conhecida, como o Programa Proálcool. O álcool ainda é,
na opinião de Gilberto Januzzi, professor e pesquisador da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), um grande potencial brasileiro que, no futuro, pode até ser exportado
para outros países que procurem tecnologias "limpas" devido às mudanças climáticas. O
aproveitamento dos subprodutos gerados na produção do álcool, como o bagaço de cana, na
co-geração de energia, também deverão ter destaque nas políticas energéticas. O Proálcool,
como outros programas desenvolvidos pelo governo brasileiro no campo das medidas que
reduzem emissões, tem grandes possibilidades de obter certificação. Aliás, a busca de
certificação já começou antes mesmo da aprovação do MDL em Joanesburgo, por meio dos
chamados mecanismos pré-Quioto. A COPPE, por exemplo, já encaminhou alguns projetos
ao comitê gestor do MDL, entre eles o uso do biodiesel como combustível, a partir da
reciclagem de óleo vegetal, e a coleta de gás metano e seu uso como combustível, cuja
experiência piloto será no Aterro de Gramacho e na Usina do Caju, com a produção de
biogás a partir do lixo.
Os cientistas são unânimes ao falarem que o Brasil já dispõe há muito tempo de potencial,
conhecimento e tecnologia para fazer uso das energias renováveis. A razão dessas medidas
não terem sido implementadas até o momento com maior êxito, segundo Gilberto Januzzi, é
porque "trata-se de uma conjuntura de desenvolvimento econômico que escolheu os
combustíveis fósseis como seu eixo principal". Bilhões e bilhões de dólares giram em torno
dos energéticos originados de combustíveis fósseis, e as indústrias apresentam muitos
subsídios. "A questão dos Estados Unidos não estarem ratificando o Protocolo de Quioto,
ocorre porque isso não interessa economicamente" (veja texto sobre a posição norte-
americana). Em meio a uma teia de relações a idéia de que a causa das mudanças climáticas
são os GEE torna-se difusa, assim como a possibilidade de minimizar o possíveis
problemas anunciados apenas com o investimento em redução de emissões.
Pequenas
Bagaço da
Eólica Centrais
Cana
Hidrelétricas
5.000 MW
140.000 MW
equivalente a
equivalente a
7.000MW cerca de três
cerca de 12
usinas de
Itaipus
Angra 3
Dados aproximados cedidos por Maurício
Tolmasquim, da UFRJ
Tolmasquim alerta para o fato de essas fontes serem mais caras e pouco competitivas, e
informa que atualmente existe uma lei que determina que no prazo de dois anos sejam
instalados mecanismos de geração de energia eólica, do bagaço de cana e pequenas centrais
hidrelétricas. Porém, "não basta existir a lei, é preciso que se viabilize a implementação,
tornado-a realidade. O importante é que a implementação seja acompanhada por uma
política científica e tecnológica que incentive e viabilize a produção dos equipamentos no
País", conclui Tolmasquim.
O quadro desenhado pelos cientistas sugere que talvez seja necessário pensarmos sobre o
que o poeta, dramaturgo e romancista José Saramago diz, em um trecho de sua obra
História do Cerco a Lisboa: "certos autores aborrecem a evidência de não ser sempre linear
e explícita a relação entre o que chamamos causa e o que, por vir depois, chamamos efeito".
Comentando sobre essa frase de Saramago e as medidas para mitigar a mudança no clima,
Gilberto Januzzi diz que "existe uma grande relação entre sistemas energéticos e mudanças
climáticas, mas que realmente não é uma relação linear. Não é de causa e efeito". Para ele, a
maneira como produzimos e consumimos energia modifica o clima, e as questões
climáticas modificam o sistema energético. "Efeito e causa se perdem, não se sabe quem é
o efeito e quem é a causa" comenta, e toca numa questão que acredita ser muito importante,
mas silenciada, "precisamos questionar a maneira como estamos sendo escravos do
conforto, de determinados padrões de consumo que podem ser incompatíveis com as
mudanças necessárias". Tolmasquim acredita que a mobilização da comunidade científica,
do governo, ONGs e da sociedade em geral em torno da questão das mudanças climáticas
"parece possibilitar uma revisão do padrão de desenvolvimento, principalmente nos países
industrializados", mas chama a atenção "com um modelo que mimetize esses padrões de
desenvolvimento, o planeta não suportará".
Seqüestro de carbono
Outro grupo de medidas visa a retirar o excesso de carbono da atmosfera. O seqüestro de
carbono também se baseia em um fenômeno já conhecido, a fotossíntese realizada por
plantas e algas. Nesse sentido alguns projetos de "seqüestro de carbono" começaram a ser
desenvolvidos no Brasil com o financiamento de empresas e ONGs internacionais criando
reservas naturais e atuando na recuperação de áreas degradadas. As ONGs da Amazônia e
entidades como World Resouces International (WRI) e Union of Concerned Scientists
(UCS) têm se manifestado a favor da inclusão das florestas e do reflorestamento no MDL,
acreditando que essa inserção viabilizará o desenvolvimento de importantes projetos no
âmbito da conservação da natureza.
"Não estamos falando com leigos, mas com representantes de todos os países. Essa idéia de
que eu poluo aqui e vou plantar florestas lá na África, como se o planeta não fosse um
sistema único, é um problema", a fala da professora e pesquisadora Dionete Santin, do
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp mostra como um
princípio tão belo e caro à discussão dos problemas ambientais contemporâneos, a idéia do
planeta como um grande sistema interligado, transforma-se agora em justificativa para que
países não alterem seus modelos e bases de desenvolvimento, reduzindo suas emissões, e
possam investir em projetos "limpos" em outras partes do mundo.
Assim como as populações tradicionais mencionadas por Hélcio de Souza espalhadas pelo
Brasil, inúmeras pessoas, isoladamente ou em grupos, ligadas ou não a ONGs, associações
de bairro, partidos, movimentos populares, têm reduzido seus gastos com água e energia,
têm separado o seu lixo e buscado destiná-lo ao reaproveitamento e reciclagem, têm
plantado árvores, recuperado praças e matas ciliares. Têm buscado conquistar novos
adeptos espalhando panfletos, organizando eventos, elaborando projetos e propondo
parcerias. São crianças, professores, médicos, agricultores, caiçaras, sem-terra, índios,
cientistas, que se movimentam ora pelo amor a natureza, ora por uma consciência
ecológica, ora pelo aperto no bolso. O valor dessas "pequenas ações" não serão
recompensadas com créditos de carbono, talvez não exista método eficaz para mensurá-las,
mas poucos de nós duvidaria da parcela de contribuição dessas ações, depois de lembrar do
recente esforço, empenho e dos brasileiros na redução de gastos com energia na Era
Apagão.
O ano mais quente já registrado no mundo foi 2005, com uma temperatura
global média 14,6º C. Os cinco anos mais quentes já registrados, desde que
a média mundial passou a ser computada, em 1880, ocorreram, todos, desde
1998: foram o próprio 98, além de 2001, 2002, 2003 e 2005. A temperatura
média global em 1905 era 13,78º C, ou quase um grau inferior à de 2005.
"Agora temos uma certeza maior do que está acontecendo" que no estudo
anterior, de 2001, afirmou a co-presidente do grupo encarregado do trabalho,
Susan Solomon.
Na mais otimista das estimativas, sob a condição de haver uma rápida mudança
nas estruturas econômicas para torná-las sustentáveis, o aumento seria de 1,1
grau até 2100 comparado às temperaturas constatadas no período 1980-2000,
abaixo do limite de 2 graus, a partir do qual os cientistas consideram que as
conseqüências seriam incontroláveis.
O texto ainda afirma que o nível médio dos oceanos do mundo deve subir até 59
centímetros ao longo deste século, mas é possível que o aumento seja ainda
maior dependendo do degelo da Groenlândia e da Antártida. Além disso, o
documento culpa a ação do homem pelo aquecimento global e prevê um cenário
de catástrofe ambiental, se medidas urgentes não forem adotadas.
De acordo com o texto, o mar deve subir entre 18 e 59 centímetros, uma previsão
menos vaga que a de 2001, que previa um aumento de 9 a 88 centímetros. O
relatório diz que agora há uma melhor compreensão da expansão da água devido
ao aquecimento.
O relatório ainda informa que “valores maiores não podem ser excluídos”, e que é
impossível apresentar uma estimativa melhor do aumento do nível do mar por
causa da falta de compreensão sobre as camadas de gelo que cobrem as terras
da Antártida e da Groenlândia.
Panorama assustador
Economia
Furtado pondera que embora o custo inicial da energia renovável seja mais alto
que o da convencional, no longo prazo a relação se inverte gradualmente, devido
aos custos adicionais das emissões de CO2 dos combustíveis fósseis. A ênfase
em medidas de eficiência energética, avalia o Greenpeace, resulta na economia
de 413 TWh/ano (Terawatt hora por ano) - o equivalente à capacidade de geração
de mais de 4 usinas como Itaipu.
Eficiência
"Em 2050, cerca de 70% da eletricidade global será produzida a partir de fontes
renováveis. Uma capacidade instalada de 7.100 GW produzirá 21.400 TWh/ano
de eletricidade em 2050. No setor de aquecimento, a contribuição das renováveis
pode chegar a 65% até 2050", considera o relatório, lembrando, ainda, que os
combustíveis fósseis serão substituídos por tecnologias mais modernas,
particularmente biomassa, coletores solares e geotérmicos.
O que é?
Quais as metas?
No ar