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Universidade Salgado de Oliveira

Aline

Anderson

Carolina

Cátia

Daniela

Juliana

Miriane

Priscila

Três Problemas Matemáticos do Livro “O jeito matemático de pensar”

Prof. Adriana Meireles

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ


Junho de 2007

1. FRAÇÕES E ESTRUTURA MATEMÁTICA - A Divisão dos Camelos

No livro O Homem Que Calculava, o professor Júlio César de Mello e Souza

(o Malba Tahan) conta a história da divisão dos camelos cuja essência

reproduziremos, aqui, mas, para alcançar alguns efeitos, usaremos números

diferentes.

Trata-se de um viajante que encontrou três irmãos que estavam brigando

por não saberem como dividir uma herança de 47 camelos. O pai ao morrer deixou

um testamento que destinava 3/8 dos animais para o filho mais velho; 5/16 para o

filho do meio e 1/4 para o caçula. Ao tentar calcular a parte do mais velho, que era

de 3/8 de 47 camelos, os irmãos recaiam no cálculo:

3/8 x 47 = 3 x 47 ÷ 8 = 141 ÷ 8 = 17,625

que por não dar um número inteiro, impossibilitava a partilha, pois embora

fosse possível dar ao primogênito a parte inteira de 17 camelos de sua herança, era

impossível completá-la com a parte fracionária que correspondia a 0,625 de um

camelo. Isto é, a solução matemática encontrada era estranha ao problema que, por

isso, era impossível.

As heranças dos outros irmãos davam origem a impossibilidades

semelhantes, pois eram dadas pelos números fracionários de camelos

5/6 x 47 = 5 x 47 ÷ 16 = 235 ÷ 16 = 14,6875

1/4 x 47 = 1 x 47 ÷ 4 = 47 ÷ 4 = 11,75.
Quando o viajante chegou ao acampamento dos irmãos, os ânimos estavam

exaltados, pois a impossibilidade de dividir os camelos de acordo com a vontade

paterna estava se transformando em motivo de discórdia entre os herdeiros. O

viajante, que era ninguém menos que o Homem Que Calculava, rapidamente

percebeu a situação e propôs uma solução. Para evitar as partes fracionárias de

camelos que estavam impossibilitando a partilha, ele emprestaria aos irmãos um

camelo, que somado aos 47 existentes daria um total de 48. Isso facilitava muito as

contas, pois ao serem divididos entre os irmãos, de acordo com o testamento do pai,

davam os números:

3/8 x 48 = 3 x 48 ÷ 8 = 3 x 6 = 18;

5/16 x 48 = 5 x 48 ÷ 16 = 5 x 3 = 15

1/4 x 48 = 1 x 48 ÷ 4 = 1 x 12 = 12

Dessa maneira, alem de eliminar as incômodas partes fracionárias, os

irmãos seriam beneficiados pois receberiam quantidades maiores. O mais velho

receberia 18 animais em vez de 17,625, ocorrendo fato similar com os outros, que

receberiam 15 e 12, respectivamente.

O viajante finalmente argumentou que dessa forma seriam distribuídos (18 +

15 + 12 =) 45 camelos , havendo portanto uma sobra de (48 – 45 =) 3. Ele

reivindicou a posse destes animais, sendo 1 como ressarcimento pelo empréstimo

feito no início e 2 como pagamento pelo trabalho de fazer a partilha.


Os irmãos aceitaram a oferta, a partilha foi feita e a história correu o mundo.

Conclusão – O pai destinou ao primogênito 3/8 de 47, que representam 3/8

x 47 camelos. Couberam 6/16 x 47 ao segundo e 1/4 x 47 camelos ao terceiro.

Somando as partes de cada herdeiro, os alunos viram que o pai havia destinado aos

filhos um total de camelos correspondente a:

3/8 x 47 + 5/16 x 47 + 1/4 x 47.

Para facilitar os cálculos, os alunos colocaram 47 em evidência e

constataram que o pai havia destinado aos filhos um total de (3/8 + 5/16 + 1/4) x 47

camelos. Como as frações têm denominadores diferentes, para somar é necessário

reduzi-las ao mesmo denominador, que é 16, obtendo

3/8 + 5/16 + 1/4 = 6/16 + 5/16 + 4/16 = 15/16

Assim, o pai destinou aos filhos, um total de 15/16 de 47 camelos, isto é,

15/16 x47 camelos. Como 15/16 é um número menor que 1, por ter o numerador 15,

menor que o denominador, 16, segue-se que 47 x 15/16 é menor que 47. Isso

significa que o pai destinou aos filhos menos que 47 camelos. Há portanto uma

sobra de camelos, que é dada pela diferença 47 – 15/16 x 47. Os alunos colocaram

47 em evidência, mostrando que a quantidade de camelos que sobravam era de:

47 – 15/16 x 47 = (1 – 15/16) x 47 = 1/16 x 47

= 1 x 47 ÷ 16 = 47 ÷ 16.
Como 47 não é divisível por 16, a sobra acima não é um número inteiro mas

o empréstimo de 1 camelo fez com que se somasse 1 a 47 e se passasse a

trabalhar com (47 + 1 =) 48 no lugar de 47. Consequentemente, a divisão inexata

47÷16 = 3.

Por esse motivo, quando o Homem que Calculava emprestou 1 camelo, ele

trocou a sobra fracionária de 47/16 camelos pela sobra inteira de (48/16 =) 3

camelos que acenava com uma simpática perspectiva de lucro. Para tornar as

coisas ainda melhores, as partes dos herdeiros aumentavam e passavam a ser

inteiras. Dessa maneira a partilha feita pelo viajante foi boa para ele próprio e para

os herdeiros.

Um aluno comentou que com toda certeza o viajante fizera esses cálculos

antes de se propor a resolver o problema da partilha. Um colega concordou, dizendo

que não era à toa que ele era conhecido como o Homem Que Calculava.

2. UMA ESTIMATIVA PARA OS JUROS – A Viagem e o Toldo

Duas propagandas foram apresentadas aos alunos. Uma delas oferecia uma

viagem de navio por uma entrada de R$ 815,00 e 11 parcelas mensais de 215. A

primeira parcela vencia um mês depois do fechamento do negócio. Para pagamento

à vista era oferecido 20% de desconto. A outra propaganda oferecia toldos e painéis

cujo metro quadrado custava 122 reais à vista, mas podia ser parcelado em três

pagamentos mensais de R$ 44,00, com o primeiro vencimento em um mês.


No caso da viagem, o preço a prazo era de R$ 3.180,00 e o preço à vista era

20% menor, sendo, portanto, 80% do preço a prazo. Isto é, o preço à vista era de:

(80/100) x 3.180 = 0,8 x 3.180 = 2.544.

Os juros eram a diferença entre os preços a prazo e à vista. Isto é j = (3.180

– 2.544 =) R$ 636,00, enquanto o capital financiado era o preço à vista menos a

entrada, ou seja, c = (2.544 – 815) = R$ 1.729,00.

O prazo médio era t = (1 + 11)/2 = 6 e a taxa de juros estimada foi de:

i = (100 x 636)/(1.729 x 6) = 63.600 / 10.374 = 6,13...,

isto é, a taxa é da ordem de 6,1% ao mês.

De modo inteiramente similar, no caso do toldo, tem-se j = 10, c = 122 e t =

2, logo,

i = 1.000 / 244 = 4,09...

e a taxa foi estimada em 4% ao mês.

Obs.: Uma outra maneira de calcular os juros no caso da viagem é lembrar

que como o preço à vista é 80% do preço a prazo, então os juros correspondem a

(100 – 80 =) 20% do preço a prazo. Usando esse procedimento, reobtemos o valor

dos juros:

j = (20/100) x 3.180 = 0,2 x 3.180 = 636


3. A HISTÓRIA DO GARÇOM E AS FRAÇÕES – A Desonestidade de

um Garçom

A história a seguir é antiga mas ainda intriga muita gente. “Três pessoas

almoçaram em um restaurante e cada uma entregou ao garçom R$ 10,00,

perfazendo um total de R$ 30,00, para pagar a conta. O garçom entregou o dinheiro

ao caixa, que devolveu R$5,00, pois a conta era de R$ 25,00. Como os clientes não

sabiam que o custo era de R$25,00, o garçom resolveu enganá-los. Embolsou R$

2,00 e entregou R$ 1,00 de troco a cada cliente, que acabou pagando R$ 9,00 pela

refeição.”.

“Dessa forma” – segue a história – “cada cliente pagou R$9,00, num total de

(3x9 =) R$ 27,00, que somados aos 2 que ficaram com o garçom dá um total de 29”.

Já que a quantia entregue foi de R$ 30,00, como explicar o “misterioso” sumiço de

R$ 1,00?

Conclusão – Em vez de calcular o que foi pago por cada cliente, depois

multiplicar este valor por 3 e somar ao que o garçom embolsara, eles passaram a

considerar o total pago e, assim, evitaram a multiplicação por 3.

Com essa abordagem, segue-se que R$ 30,00 foram entregues ao graçom

para pagar uma conta de 25. Do troco de 5, o garçom embolsou 2 e devolveu 3,

elevando a despesa para 27. Finalmente, chega-se a uma contradição quando

somamos os R$2,00, embolsados pelo garçom, à despesa acima.

Agora fica claro que a quantia embolsada pelo garçom foi somada duas

vezes à despesa. A primeira soma ocorreu quando a despesa original de 25 foi

aumentada para 27, devido à atitude desonesta do garçom. A segunda somo

ocorreu quando estes 27, que já continham a parte do garçom, foram somados aos

2 (que ficaram com o garçom), dando origem ao total de 29.


Isso significa que a quantia total de R$ 30,00 envolvida na transação, que

era representada pela soma 25 + 2 + 3 = 30, em que 25 corresponde ao custo do

almoço, 2 corresponde à parte do garçom e 3 ao troco recebido pelos cliente teve a

parcela referente ao troco indevidamente substituída pela parcela do garçom, que

aparecendo pela segunda vez, trocou a soma 25 + 2 + 3 = 30 pela soma 25 + 2 + 2

= 29, o que “fez sumir” R$ 1,00.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Valladares, Renato J. Costa; O jeito matemático de pensar. Rio de Janeiro: Editora

Ciência Moderna Ltda., 2003.

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