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Fichamento – O Admirável Mundo das Notícias

CORREIA, João Carlos. O Admirável Mundo das Notícias: Teorias e Métodos.


LabCom, Covilhã 2011.
"Os discursos políticos necessitam de serem reproduzidos pelos media para obterem
visibilidade, o que conduz a uma adequação crescente às necessidades organizacionais às
estratégias discursivas e narrativas dos mass media" (p. 3)
"A concentração da propriedade dos média pode induzir ameaças significativas ao
pluralismo jornalístico e impor-se como um constrangimento a diversidade e como uma
compulsão para a uniformização e redução dos conteúdos, além de gerar fenómenos de
autocensura que produzem uma maior sujeição as diretrizes exclusivas empresariais em
detrimento de opções editoriais (SOUZA, 2004 p. 2 apud CORREIA, 2011, p.4)
“[O discurso jornalístico] surge-nos como uma prática institucional relacionada com uma
certa configuração de sentido, pelo que constitui atitude ingénua analisar as notícias como
espelho da realidade e não enquanto configurações narrativas, dotadas de uma intriga que
confere inteligibilidade e unidade a acontecimentos desligados entre si de acordo com a
visão que prevalece na narração do quotidiano” (Correia, 2004-b, p. 35 apud CORREIA,
2011 p. 9)
Conceitos Fundamentais
A função do Jornalismo nas sociedades contemporâneas
"Atribui-se uma importância crescente ao desenvolvimento dos media, dignamente
quanto a sua função noticiosa ou informativa" (p. 13)
"O jornalismo desempenha uma tarefa fundamental no estabelecimento da agenda,
formando a opinião pública, impulsionando a formação de conhecimentos, reduzindo a
complexidade social através da criação de temas comuns de conservação
(FONTECUBERTA, 1993 p. 35-36 apud CORREIA, 2011 p. 13)
“A função do jornalismo varia em função de diferentes teorias" (p. 13)
“Na perspectiva do marxismo clássico, os jornais são propriedade da classe burguesa,
agem no interesse desta classe, promovem uma falsa consciência da classe trabalhadora
e dificultam a produção de informação alternativa aquela que é fornecida pelos grupo
sociais (classes) dominantes. Já numa perspectiva funcionalista, que dá ênfase ao
equilíbrio e à coesão sociais, as funções dos jornais estão relacionadas com a) a busca da
integração e cooperação; b) a manutenção da ordem, controlo e estabilidade; c) adaptação
à mudança; d) mobilização em torno de objetivos sociais comuns; e) gestão da tensão e
f) continuidade da cultura e valores" (McQuail, 2003, p. 81-83 apud Corria 2011, p 14)
"Na teoria normativa [...] a tarefa do jornalismo é estimular o diálogo coletivo sobre
assuntos que sejam objetos de uma preocupação comum no que diz respeito um público
democrático" (Pauly, 1994, p XX apud Correia, 2011 p. 14)
A Importância dos Estudos Jornalísticos
Algumas etapas dos estudos dos jornalísticos
"O fenómeno da imprensa deve ser entendido no âmbito da configuração da empresa
capitalista, acompanhando o crescimento do jornalismo como uma atividade comercial
regida pela ação racional com relação afins. Simultaneamente, considera que os
jornalistas escrevem ancorados por valores e ideologias políticas, pelo que não seriam
imunes ao âmbito da ação racional valorativa e ao questionamento ético-moral. (p. 16)
"E o futuro da opinião do público está associada à reforma e ao futuro da imprensa o qual
passa pelos seguintes elementos: a) fundação em todas as cidades de um jornal
independente pelos homens mais escolarizados e educados; b) disponibilização de um
espaço destinado aos partidos para publicitação dos seus eventos; c) independência face
aos anunciantes; d) publicação exclusiva de anúncios de empresas fidedignas; e) acesso
das vozes do povo ao jornal; f) exclusão do sensacionalismo g) imparcialidade dos artigos
principais; f) manutenção de uma rede de correspondentes autónoma independente das
agências noticiosas consideradas dependentes de interesses capitalistas e financeiros
(Spichal, 2006, pp. 57-58- 61; pp. 76-81 apud CORREIA, p 17)
"Considera a Imprensa como o meio mais importante de fazer com que as pessoas sejam
ouvidas, entendidas e respeitadas através da opinião pública (2006-b, p. 100) e confere
especial interesse ao papel da notícia na geração das discussões públicas (2006-b, p. 93).
Simultaneamente, revela a sua preocupação com a independência do jornalismo (2006 –
b, p. 122) e coma sua subordinação aos interesses comerciais dos anunciantes (2006-b, p.
131) p. 17)
"A notícia deixa de se logo notícia logo que a tensão suscitada desaparece e assim que a
tenção pública tenha sido dirigida para outro aspecto do meio, suficiente novo ou
excitante, capaz de captar a sua atenção" (PARK, 2009, p. 42 apud CORREIA, 2011, p.
21)
"A notícia é o material que torna possível a ação política " (p. 21)
"A função das notícias é orientar o mundo e o homem na sociedade atual" (p. 21)
"As notícias não são a verdade e entre ambas tem que ser estabelecida uma distinção
clara" (Lippmam, 2004 apud Correia, 2011, p. 22)
"A função da verdade é trazer à luz os fatos escondidos, relacioná-los uns com os outros
e construir uma imagem da realidade que permita ao homem agir” (Lippmam, 2004 apud
Correia, 2011, p. 22)
"Não é necessário que a maioria tenha as competências e o conhecimento para levar a
efeito as investigações no plano do social e do político; o que é requerido é que a maioria
seja capaz de julgar a aplicação dos conhecimentos detidos por outros em assuntos de
interesse coletivo. A sua concepção de publicidade (publicity) identifica-se com um
processo “de persuasão, discussão, convicção e intercâmbio de ideias” (Dewey, 2004, p.
30 apud Correia, 2011 p. 24)
"Na Europa, a educação jornalística decorreu fora da academia, dentro de organizações
noticiosas em que os jornalistas eram treinados através de cursos de curta duração, com
uma orientação predominantemente pragmática e direcionada para a aquisição de
competência exclusivamente profissionais" (p. 25)
"A partir dos anos 50, o estudo empírico do jornalismo recebeu um ímpeto renovado
quando a pesquisa em Mass Communication floresce nos Estados Unidos. Este impulso
proveio de disciplinas como a sociologia, a ciência política e a psicologia mas foi
protagonizada por figuras de grande estatura científica como Paul Lazarsfeld, Carl
Hovland, Eliuh Katz, Kurt Lewin e Harold Lasswell. Esta influência solidificou os
elementos empíricos desta forma de abordagem e pesquisa, baseando-se em métodos
como sejam as sondagens destinadas a avaliar o impacto dos media. Este modelo de
estudos dirigiu-se também para a análise dos agentes e práticas jornalísticas e seus valores
profissionais. Surgiu assim o modelo do gatekeeper (White, 1993), a teoria organizacional
(Warren Breed, 1993), as teorias dos valores-notícia (Galtung e Ruge, 1993), a teoria do
agendamento (McCombs e Shaw, 2000) (p. 25)
"Uma terceira fase é apontada como sendo decisivamente influenciada por diversos
percursos das ciências sociais e humanas. A abordagem centra-se num compromisso com
a análise crítica das convenções e rotinas jornalísticas, as ideologias e culturais
ocupacionais e profissionais e ainda pelo uso de conceitos direcionados para o estudo do
texto, como sejam os conceitos de framing e de narrativa, ao qual se adiciona uma análise
de crescente importância do elemento “popular” das notícias. Esta atenção crescente aos
assuntos culturais surgiu lado a lado com a adaptação de metodologias qualitativas, com
realce para pesquisas etnográficas e de análise do discurso. Entre alguns dos
investigadores identificáveis com esta abordagem contam-se Gaye Tuchman (1978),
DavidAltheyde (1976,1985), HerbertGans (1979,2003), Philip Schlesinger (1993), Peter
Golding (1979), James Carey (1989), Stuart Hall (1977, 1993, 2002), John Hartley
(1991), Barbie Zelizer (2003, 2004), Eliza Beth Bird e Robert Dardenne (1993), Michael
Schudson (1978, 1988, 2003), entre outros (p. 25-26)
“Uma quarta fase é apontada como Global Comparative Turn, ou seja a emergência de
pesquisa internacional comparada motivada pelas mudanças políticas e pelas novas
tecnologias da comunicação" (p. 26)

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