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Alegoria do patrimônio – Françoise Choay

Monumento e monumento histórico

Patrimônio histórico: fundo designado ao usufruto de uma comunidade e constituído pela


acumulação contínua de uma diversidade de objetos que congregam a sua pertença comum
ao passado: obras e obras-primas das belas artes e das artes aplicadas, trabalhos e produtos
de todos os saberes e conhecimentos humanos.

Escolhe a categoria do patrimônio edificado, não mais sinônimo de “monumento histórico”.

Do século XIX até o pós 2GM na Europa, os monumentos históricos inventariados se


restringiam a vestígios da antiguidade, edifícios religiosos da idade média, alguns castelos e
coisas dessa natureza (arqueologia e história erudita da arquitetura).

Outras categorias e formas foram anexadas: arquitetura menor (construções privadas não
monumentais, as vezes sem arquitetos), arquitetura vernacular (edifícios característicos de
cada território), arquitetura industrial, etc. Compreende então conjuntos edificados e tecidos
urbanos, quarteirões, bairros, aldeias e cidades inteiras, conjuntos de cidades. Todas as formas
da arte de edificar, eruditas e populares, urbanas e rurais, todas as categorias de edifícios,
públicos e privados, suntuários e utilitários.

A noção de monumento histórico e as práticas de conservação que lhe estão associadas


expandiram-se para fora da Europa, onde tinham nascido e permanecido durante muito
tempo. p. 13

A extensão tipológica, cronológica e geográfica dos bens patrimoniais foi acompanhada pelo
crescimento exponencial de seu público.

1 Conferencia internacional para conservação dos monumentos históricos: 1931, apenas


países europeus. 2: 1964, com participação da tunisia, México e peru. 3: 1979, com
participação de oitenta países pertencentes aos cinco continentes.

Muitas destruições e demolições de bens patrimoniais ocorreram na Europa antigamente em


nome dos projetos de modernização, progresso técnico e social.

Recordar que ao longo dos tempos os diversos estilos coexistiram, justapostos e articulados
em uma mesma cidade ou em um mesmo edifício.

Na França, a legislação privilegia o interesse público, no que diz respeito ao direito individual
de dispor livremente dos bens privados. Nos EUA, o mesmo não ocorre: a limitação do
usufruto do patrimônio histórico privado passa por um atentado à liberdade dos cidadãos. P.
15

As ameaças que pairam sobre o patrimônio não impedem um vasto consenso no que diz
respeito à sua conservação e proteção, oficialmente defendidas em nome de valores
científicos, estéticos, memoriais, sociais, urbanos, culturais.

Monumento: ligado à memória, qualquer artefato edificado por uma comunidade de


indivíduos para se recordarem ou fazer recordar a outras gerações, pessoas, acontecimentos,
etc. É um passado invocado e convocado, localizado e selecionado para fins vitais, para
contribuir para manter e preservar a identidade de uma comunidade, nacional, étnica,
religiosa, tribal, ou familiar. Sua função antropológica é sua essência, sua relação com o tempo
vivido e com a memória!
Sob formas múltiplas, o monumento parece estar presente em todos os continentes e
sociedades, quer elas possuam escrita ou não.

Mudança na concepção de monumento: além da função de recordar coisas memoráveis, pode


ser um edifício concebido, erguido ou disposto de forma a tornar-se um agente de
embelezamento e magnificência nas cidades. Função também estética. P. 17

Esbatimento progressivo da função de memória do monumento com duas causas principais:


espaço crescente que as sociedades ocidentais concederam ao conceito de arte, beleza como
fim supremo da arte; crescente importância da escrita e da imprensa, que ocupou a função de
recordar.

Monumentos típicos de nossa época são aqueles que recordam um passado cujo peso e horror
impedem de os confiar apenas à memória histórica. Isto é, relacionados a guerras, ao
genocídio do povo judeu, etc. Muitas vezes, nem precisam de artistas, apenas transformam o
real, como um campo de concentração, em monumento.

O monumento simbólico erguido para fins de recordação já quase não existe nas nossas
sociedades desenvolvidas. Houve uma transferência para monumentos históricos.

Monumento (simbólico) e monumento histórico, apesar de serem noções frequentemente


confundidas, são bastante diversas, até mesmo opostas. Longe de apresentar a quase
universalidade no tempo e no espaço do monumento, o monumento histórico é uma invenção
datada do ocidente. Foi exportado e difundido para fora da Europa a partir da metade do sec
XIX. P. 21

Além disso, o monumento é uma criação deliberada, cujo destino foi pensado a priori, ao
passado que o monumento histórico não é desejado inicialmente e criado como tal. É
constituído a posteriori pelos olhares do historiador e do amador, que selecionam aquele
edifício como monumento histórico. Não tem na sua origem um destino memorial.

Destruição negativa, destruição positiva (constrói-se réplicas ou monumentos distintos no


mesmo local com o mesmo objetivo).

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