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V Seminá

inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC


Car
19 a 23 de outubro de 2009

BELEZA E SU
SUBLIMIDADE: O PAPEL DA ARTE
TE NO
PENSAMEN
ENTO DE ARTHUR SCHOPENHAUE
UER

Mar
artha de Almeida
Doutorado – Universida
dade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ)
Bolsista CNPq
marthinhadealme
meida@gmail.com

Schopenhauer ent
entende, primeiramente, o mundo como represe
esentação, ou seja,
o mundo não é nem suje
ujeito nem objeto, mas sim representação, aqui
uilo que podemos
pensar, compreender de
desta relação entre sujeito e objeto, entenden
endo esta relação
como a forma primitiva
va de qualquer representação. No entanto, toda
oda representação,
tudo que pode ser pensad
sado, conhecido, só pode ser conhecido graças
as ao princípio de
razão que nos permite ca
captar cada representação sendo estes os princí
ncípios a priori de
tempo, espaço e causal
salidade, que permitem ao ser humano a co
compreensão das
representações, garantind
indo assim o conhecimento das relações entree ssujeito e objeto.

Em seguida, Schope
penhauer apresenta o mundo como Vontade,, aafinal no interior
de cada representação exi
xistirá sempre a relação entre sujeito e obje
bjeto, e, por isso
mesmo, é necessário buscar
car fora dessa relação à essência do mundo co
como coisa em si.
Neste sentido, entendemos
os a representação como manifestação, fenôme
meno, objetivação
da Vontade, diferente da V
Vontade que deve ser entendida como coisa
sa em si, essência.
Desta forma, a vontadee é ontologicamente anterior à representa
ntação, já que a
representação nada mais é que sua objetivação, sendo, portanto, a Von
ontade primordial,
fundamental, enquanto a rep
representação é secundária.
A Vontade possuii várias
vá propriedades, uma delas é que enquanto
nto coisa em si ela
é única, indivisível em suaa iidentidade. Porém, apesar disso, ela é o núcle
cleo de cada coisa
particular do conjunto dos
os entes. O mais interessante é que esta substâ
stância indivisível
está sempre em luta por um
uma manifestação no mundo fenomênico, ouu sseja, em luta por
sua aparição. Apesar desta
ta afirmação parecer paradoxal, ela não o é, já que a Vontade
vive em luta consigo mesm
esma por um espaço na matéria, por sua expa
pansão no mundo
fenomênico, por sua m
multiplicação nos mais variados reinos
os da natureza
(mineral,vegetal e animal),
l), desde a matéria inorgânica até seu mais elev
levado grau no ser
humano.

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19 a 23 de outubro de 2009

A Vontade é, porta
rtanto, eterna necessidade, sentida nos indivíd
víduos como uma
negação da liberdade em vvirtude da afirmação da necessidade. A Von
ontade, enquanto
essência que rege nosso mu
mundo submete todos os indivíduos à roda dee ddesejo que nunca
cessa, fazendo que os indiví
ivíduos só busquem a satisfação de suas necess
essidades. Por isso
mesmo, a Vontade trazz consigo a dor originária pela aparição,, marcando com
sofrimento toda a forma de vida produzida por ela, porém, apesar do pes
pessimismo latente
desta filosofia o filósofo of
oferecerá, em sua metafísica do belo, um cami
minho: a arte será
para Schopenhauer o únic
nico caminho possível, ainda que temporário
ário de alívio, de
suspensão deste eterno apris
risionamento.

Como tão bem nos


os rretrata as palavras do próprio Schopenhauer:
er:

“E em
e essência é indiferente se perseguimos ou somo
mos perseguidos, se
teme
memos a desgraça ou almejamos o gozo: o cuida idado pela Vontade
semp
mpre exigente, não importa em que figura, preenchep e move
cont
ntinuamente a consciência. Sem tranqüilidade, entretanto,
en nenhum
bemm-estar verdadeiro é possível. O sujeit jeito do querer,
cons
nsequentemente, está sempre atado a roda de Ìxion
ion que não cessa de
girar
rar, está sempre enchendo os tonéis das Danaides,
s, é
o eternamente
ete sequioso Tântalo .”(SCHOPENHAUE UER,2005, P.266)

Isto acontece, porqu


que Schopenhauer compreende a Vontade com
mo um fluxo vital
que impulsiona todos os se
seres, os produz incessantemente e os submet
ete a grande roda
da existência”(NUNES,20
2000,p.66). Na visão de Schopenhauer, es
essa vontade se
manifesta no corpo sendoo sentida pelo homem como uma necessidade
ade, uma privação
que gera sofrimento. Nest
este sentido, a arte ofereceria ao homem uum caminho de
suspensão deste estado dee subjugação da vontade, por ser ela mesmaa o conhecimento
das essências, das idéias nas quais a Vontade se objetiva.
Na citação destacad
cada o filósofo faz uso de personagens da m
mitologia com a
finalidade de melhor explica
licar a inquietude do desejo humano. Segundoo nnossas pesquisas
o termo Danaídes se refere
re as cinqüenta irmãs, filhas de Danan, rei dee Argos, que pelo
crime de assassinato de se
seus próprios maridos praticado por todass eelas na noite de
noivado (com exceção dee H
Hypermnestra) foram condenadas a encherr eeternamente um
tonel furado no inferno.
Também o termoo Tântalo
T tem sua origem na mitologia see referindo a um
personagem condenado, no
nos infernos, a apanhar frutos que lhe fugiam
am e a beber uma
água que lhe escapava; não podendo assim nem matar sua sede nem saciar
s sua fome.
Melhor explicado numa ooutra fonte podemos entender, inclusive,, pporque o nome
Tântalo foi dado posteriorm
rmente a um metal em alusão ao suplício narra
rrado na Odisséia;
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quando Tântalo, mergulha


lhado num lago de águas cristalinas e chei
heio de sede não
conseguia beber as águas do rio, pois a água se retraia quando ele tentava
ava umedecer seus
lábios. Este nome foi entã
ntão atribuído ao metal Tântalo pelo muito qque custa a este
elemento absorver os ácidos
dos no qual este é banhado.
Assim, a célebre e bela passagem de Schopenhauer sobre a pri
prisão da vontade
nos revela através dessass fi
figuras mitológicas a dificuldade de se libert
ertar do desejo na
condição humana,da prisão
ão gerada por ele no eterno ciclo das necessid
sidades que nunca
são inteiramente satisfeitas
itas, na medida em que toda satisfação é m
momentânea no
contexto de um querer insa
saciável.
A Vontade então se objetiva nas Idéias, que servem como mod
odelos, no mesmo
sentido atribuído por Platão
tão só que agora num contexto diferente. A Idéi
déia é então forma
universal da representação
ão e por isso, não se submete ao princípio de razão e não lhe
cabe, portanto, nem pluralid
alidade, nem mudança. Entendemos as idéiass ccomo arquétipos
eternos, forçais imutáveis,
s, propriedades originais de tudo o que existe
ste, na medida em
que objetivam diretamente
te a Vontade servindo de mediação entre ela e oos fenômenos. A
arte só pode ser alcançada
ada através do conhecimento das idéias o qque pressupõe a
negação da vontade individ
idual, o rompimento das malhas individuais pa
para que o sujeito,
como puro sujeito do conhe
nhecimento, consiga se tornar um só com a cois
oisa contemplada,
numa fusão entre sujeito e oobjeto, entre o objeto intuído e o sujeito quee in
intui.

Nas palavras de Schopenhauer:

(...) Quando o pensamento abstrato, os conce


nceitos da razão não
ocup
upam mais a consciência mas, em vez disso, todo do poder do espírito
é devotado
de à intuição e nos afunda por completo nesta,
nes a consciência
intei
teira sendo preenchida pela calma contemplaçãoo do objeto natural
quee acabou de se apresentar, seja uma paisagem, m, uma árvore, um
penh
nhasco, uma construção ou outra coisa qualquer; r; quando,
q conforme
umaa significativa expressão alemã, a gente se perde
per por completo
ness
sse objeto, isto é , esquece o próprio indivíduo,, o próprio querer e,
perm
rmanece apenas como claro espelho do objeto__ então é como se
apen
enas o objeto ali existisse, sem alguém que o perce
rcebesse, e não pode
mais
ais separar quem intui da intuição ambos se tornaramto unos, na
med
edida em que toda a consciência é integralmen ente preenchida e
assal
saltada por uma única imagem intuitiva “(IDEM,p.2 ,p.246)

Esse momento de contemplação


co estética é prazeroso, já que todo
do indivíduo sente
no próprio corpo a necessid
sidade imposta pela Vontade, que nunca cessa
sa de querer, num
eterno movimento onde de
depois de cada desejo satisfeito, deseja-se,, ainda,
a um outro
mais. Desta maneira, a contemplação estética pode ser entendi
dida como uma
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possibilidade de aplacar a dor no homem frente essa eterna insatisfaç


fação gerada pala
Vontade. Neste contexto,, bbeleza e sublimidade surgem como um alívio
io necessário para
a condição humana na me
medida em que possibilitam a contemplaçãoo eestética que em
Schopenhauer possui um ccaráter especial, por ser ela mesma um mom
omento onde não
existe mais relação sujeito
to e objeto, já que nela ambos se fusionam pe
permitindo que o
homem se despeça, ainda qu
que momentaneamente, de si mesmo e experim
rimente o infinito,
livre de sua condição espaço
aço temporal.
Entendemos que par
ara que a contemplação estética possa ocorrer
er é necessário que
o sujeito puro do conhecim
imento se eleve acima da sua própria personali
alidade, rompendo
assim com o princípio dee individuação, desenvolvendo, portanto a ca
capacidade de se
elevar acima dos objetos pa
particulares na busca pelas idéias, num camin
inho de retorno a
Vontade originária. Desta
esta forma, somente depois de romper ccom a própria
individualidade é que o suje
ujeito, como puro sujeito que conhece, deixa de ser um sujeito,
tornando-se capaz de conte
ntemplar as essências, ou seja, as idéias, e de produzir arte a
partir de sua contemplação.
ão. Neste sentido, a memória desta momentâne
nea contemplação
é responsável pelas manifes
ifestações artísticas que tem lugar no mundo do ponto de vista
da representação.
Neste momento, entra
ent em cena o gênio artístico como aquele qu
que tem a aptidão
de conhecer as idéias comoo puro sujeito do conhecimento, independente
nte do princípio de
razão, ou seja, das relações
es de espaço, tempo e causalidade.
Schopenhauer ente
ntende o homem comum como um produto
uto de fabrica da
natureza produzido aos mil
ilhares todos os dias, incapaz de deter-se num
uma contemplação
estética desinteressada, com
completamente preso ao mundo dos fenôme
menos e das suas
relações .Porém, ainda assim
im, o filósofo acredita que todo o homem poss
ossui a capacidade
de contemplar as idéias aind
inda que não a utilize. Por mais que Schopenha
nhauer apresente o
gênio, como um representa
ntante dessa facilidade que é a captação dass id
idéias através do
rompimento das malhas ind
ndividuais, o filósofo acredita que todos os hhomens possuem
essa capacidade em diferen
rentes graus, argumentando que se estes nãoo a tivessem, eles
seriam completamente inse
sensíveis a tudo que é belo e sublime. Assim
im, Schopenhauer
acredita que devemos conc
onceder a todos os homens o poder de separa
arar as idéias das
coisas através da capacid
cidade de elevação, ainda que momentân
tânea, da própria
individualidade.
Porém, ao analisarm
armos as artes, que nos são trazidas pelo gê
gênio, temos que
reconhecer que não podemo
mos entendê-lo como um criador, já que este
te nnão faz mais do

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do fenomênico aquilo que conseguiu apreen


que trazer para o mundo eender através da
contemplação da Idéia. (C
(Cf. IBIDEM,§37) Na descrição dada por Sc
Schopenhauer em
suas anotações de aula qu
que foram publicadas na obra ca do belo, onde
Metafísica
encontramos a genialidade
ade muito bem definida, logo nos primeiro
iros parágrafo do
capítulo 6 dedicado ao gênio
nio. Nele o filósofo explica que :

(...) a genialidade reside na capacidade de pro


proceder de maneira
puraramente intuitiva, de perder-se na intuição e dee afastar
a por inteiro
doss olhos
o o conhecimento que existe originariamente te para o serviço da
vontntade, isto é, seu interesse, seu querer, seuss fins, e assim a
perso
rsonalidade se ausenta completamente por um m tempo, restando
apen
enas o puro sujeito que conhece, claro olho cósmi mico; tudo isso não
porr um instante, mas de modo duradouro e com m tanta clareza de
cons
nsciência quanto for preciso reproduzir numa arte planejada,o que
foii apreendido(...)”
a

Desta forma, a obra


ra de arte é reproduzida pelo gênio que trazen
zendo-a ao mundo
das representações a partilh
ilha com o homem comum que pode então con
contemplá-las com
maior clareza comparado co
com sua restrita contemplação das Idéias.
Schopenhauer enten
tende que as coisas belas nos convidam a contemplação
estética, dito de outra man
aneira “as coisas são mais ou menos belas em função de sua
idéia exprimir um maior ou menor grau de ob
objetividade da
vontade.”(MACHADO,200
006, p.181)
Assim, se no belo,, o estado puro do conhecimento ocorre de ma
maneira facilitada,
voca, até nos mais insensível, uma satisfaçãoo eestética fugaz140,
já que a bela natureza provo
bem como retrata, individu
idualiza a relação travada como resultado da fusão do puro
sujeito que conhece e as id
idéias como mediação direta da Vontade; No sublime o que
ocorre é um desacordo, uma
um hostilidade entre a vontade humana e a contemplação
estética, o que faz com qu
que esta só possa ocorrer se o sujeito se eleva
evar acima de sua
própria vontade a fim de conseguir se fundir com as idéias, abrind
rindo mão de sua
subjetividade, sentindo, ape
pesar desta dificuldade inicial, como conseqüê
üência, um prazer
ainda maior que o proporcio
cionado pela contemplação do belo.
Com base nas divisõ
isões de sublime, expostas, anteriormente, por
or K
Kant, na Crítica
da Faculdade do Juízo do sublime em sublime dinâmico (da natureza
za como poder) e
sublime matemático (da
da natureza como uma grandeza acima
ma de qualquer
comparação)(KANT,1995,P
5,P.93-124) Schopenhauer descreve aquilo que
ue ele entende por

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temático. Por sublime dinâmico Schopenhaue


sublime dinâmico e matem auer entende uma
resistência sentida pelo hom
omem diante de um poder ameaçador, que supr
uprimiria qualquer
outra forma de resistênciaa qque pudesse lhe vir ao encontro e por sublim
lime matemático a
grandeza de objetos, cuja ggrandiosidade não pode ser mensurada e porr iisso mesmo, sua
contemplação, causa no hom
omem a sensação de que seu corpo se reduziu
iu a nada.
No § 39 de O Mundo
Mu como Vontade e Representação, Schopenhauer
Sch cita
exemplos de situações que
ue nos predispõe a contemplação da beleza e da sublimidade.
Demonstrando que em mui
uitas vezes o que existe é uma passagem doo sentimento belo
para a sensação dde sublime, em seus mais variados
var graus.
(SCHOPENHAUER,2005,p
5,p.274).
Primeiramente, o filósofo
fil nos convida a uma paisagem solitári
tária, de horizonte
ilimitado, céu sem nuvens,
s, repleta árvores e plantas, somado ao silêncio
cio profundo. Sem
a presença de homens ou an
animais, nem mesmo o barulho da água corre
rrente, ou seja, um
lugar que convida a profun
unda solidão, o que favorece a contemplação
ão estética por sua
beleza e silencio, causando
do uma predisposição à contemplação estética.
ca. Por outro lado,
pode-se se entregar ao aborr
orrecimento devido à facilidade ou a dificuldad
ade de se aceitar a
solidão. Tendo-se que, nest
este caso, se elevar acima deste sentimento pa
para se alcançar o
sentimento do sublime, aind
inda que num grau mais fraco.
Em seguida, Schop
openhauer pede que imaginemos uma regiã
gião sem plantas,
inóspita, cheia de rochas,
s, onde a natureza orgânica esteja ausente,, o que causa no
homem a insegurança dian
iante de sua própria subsistência; A imagem
m de um deserto
devastador que predispõee nno homem uma situação de tragicidade. So
Somente se como
puro sujeito do conhecimen
ento este se elevar acima de sua própria person
sonalidade é que o
sublime poderá o preencher
her como um êxtase, ao contrário do medo que
ue poderia tomá-lo
por completo.
O filósofo nos deixa
ixa ainda um exemplo mais elevado de sublim
ime apresentando-
nos outra situação onde a natureza se mostra muita mais ameaçador
dora. Tempestade,
tormenta, um feixe de luzz aadentra pelas nuvens negras, rochedos imenso
nsos nos ameaçam
e sufocam fechando o horiz
rizonte, a água furiosa borbulha por entre o de
deserto, podendo-
se perceber o forte barulho
lho do vento que luta por entre as ravinas. Ne
Neste momento o
homem se sente um nada di
diante da força da natureza. Tendo de lutar co
contra si mesmo a
fim de conseguir acessar as idéias e se manter no estado de contemplaçã
ação estética. Este
sentimento tão contra
trastante é que dá lugar ao se
sentimento do
sublime.(SCHOPENHAUE
ER,2005,§ 39).

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xemplos de sublime devemos salientar as em


Ao explicar os exe emoções que este
provoca em uníssono no interior
int de cada sujeito. Em todos os casos pode
odemos observar o
esmagamento de nossa von
vontade individual, uma certa angústia produ
duzida no sujeito,
uma sensação de aniquilam
lamento, de nadificação, que ameaça ao indiv
divíduo, frente ao
poder ou a grandiosidadee dde uma certa força da natureza ou mesmo pr
produção humana
de dimensão inimagináve
vel. Diante destas sensações que nos caus
ausam desagrado,
sentimos um desprazer inic
inicial causado pela certeza de nossa pequene
nez diante de um
universo de coisas que nos
os assustam, frente a nossa incapacidade de apr
preensão imediata
destas realidades da naturez
reza, ou mesmo de certas construções humana
nas monumentais.
Somos tomados pela sens
ensação de sublime, sentimento este que uultrapassa nossa
individualidade e nos apre
presenta um prazer maior do que a sensação
ção de pequenez,
sentida, anteriormente, noo hhomem.
Segundo Nuno Naba
abais:
“(...) a anulação violenta da minha individual
ualidade é também a
anul
ulação da minha finitude e, portanto, a conversãoo metafísica
m do meu
olha
har. Eu descubro-me essencialmente fundido com co o mundo. No
subli
blime eu acedo à sabedoria dos Vedas, a esse sentimento
se de que
somo
mos um só com o mundo e pela sua infini initude não somos
aniq
iquilados, mas elevados. Por outras palavras, no sublime
su o que se dá
é, não
nã as idéias- objetivações da vontade- mas a vont
ontade uma e eterna
elaa mesma.
m Na contemplação de um objeto colossal al eu sou arrancado
ao mundo empírico para aceder ao mundo como coisa-em-
si.”(
.”(NABAIS, 1997, P.50).

Desta maneira, pod


odemos entender que o indivíduo, no sublim
lime, precisa lutar
contra si mesmo, contra sua própria vontade, a fim de alcançar as idéias
ias, contemplando
as essências, para usufruir
uir do prazer gerado pela fusão entre sujeit
jeito e objeto, na
condição de puro sujeito qu
que conhece.

REFERÊNCIAS BIBLIOG
GRÁFICAS

SCHOPENHAUER Arthur ur. O mundo como vontade e representação.. Tradução M. F.


de Sá Correia. Rio de Janeir
eiro: Contraponto, 2001
_______________________ ___.O mundo como Vontade e como Represent entação.Tradução,
Apresentação, notas e índice
ices Jair Barboza.São Paulo: UNESP,2005.

______________________. __. Metafísica do Belo. Tradução, apresentação


ão e notas de Jair
Barboza. São Paulo: Editora
ora UNESP, 2003.
BARBOZA, Jair. A metafísi
física do belo de Arthur Schopenhauer. São Pau
aulo: Humanitas
/FFLCH/USP, 2001.
ISSN 2177-0417 - 125 - PP
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BRUM, José Thomaz. O pessimismo


p e suas vontades: Schopenhauerr e Nietzsche. Rio
de Janeiro: Rocco, 1998.
HAAR, Michael. "La rrupture initiale de Nietzsche avec Sc Schopenhauer".ln:
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MANN, Thomas. O pensa
nsamento vivo de Schopenhauer.São Paulo:
o: Martins/Edusp,
1975.
PHILONENKO, Alexis. Schopenhauer:
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1980.
ROSSET, Clemént. L'esthét
hétique de Schopenhauer. Paris, Quadridge, PU
PUF, 1986.

ISSN 2177-0417 - 126 - PP


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