Sei sulla pagina 1di 123

ZOUKDERNO

Ailton Zouk DelPol DF

2017
Parte VII- (Junho/Dez)
(@wanine_marcelle)
ARMA ABSOLUTAMENTE INAPTA (07/06/2017)

Saiu uma decisão do STJ (18/05). Agravo em recurso especial 765.902) que versava sobre o
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido que estava desmuniciada. A decisão dizia que o crime
previsto no art. 14 é de perigo abstrato, sendo irrelevante a arma está desminuiciada ou até mesmo,
desmontada ou estragada.
Isso levou a alguns professores a interpretar que o STJ entendia que a arma absolutamente
para realizar disparo iria configurar infração penal.
A ementa traz o teor: desmontada ou estragada! O Zouk discorda do posicionamento desses
professores com os seguintes fundamentos:
- Essa ementa versa sobre arma desmuniciada e fez alusão a outro julgado do STJ o qual não
versava sobre arma absolutamente inapta para realizar disparos e, sim sobre arma desmuniciada e
em momento algum analisou arma absolutamente inapta para realizar disparos.
Zouk entende que, ao falar em arma estragada, se refere a arma relativamente inapta. O STJ,
no agravo de recurso espcial 397.473 já trouxe que não há necessidade da arma ser aprendida para
um agente responder por porte ilegal de arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ter a
perícia.
O pensamento do STJ quanto à arma absolutamente inapta continua sendo o mesmo, não á
que se falar na materialização do delito do art. 14 e 16. Zouk não verifica mudança de entendimento.
Quando STJ fala estragada, se refere àa arma relativamente inapta.
EX: Tício e Mévio presenciaram o Paulo portando arma de fogo. Acionaram a polícia. A polícia
chegou e Paulo correu e jogou a arma dentro do lago. Paulo responde por porte ilegal, sem
necessidade de apreensão por ser crime de perigo abstrato. Se a arma é apreendida e a perícia
constata ser absolutamente inapta a realizar disparo, não terá crime. Seria crime impossível.
Equipara-se a arma de brinquedo.
Entender que arma absolutamente inapta o agente responderia, se utilizada durante o roubo
teríamos o roubo majorado.

Arma desmuniciada, tanto para STJ quanto para STF, continua sendo infração penal. É crime
de perigo abstrato. Objeto tutelado é a segurança pública e a paz social.
Porte de munição? Consitui infração penal.
S eu tiver uma arma absolutamente inapta para realizar disparo, mas ela está municiada? O
agente vai responder pela munição e não pela arma.

- Homicídio X Porte de arma de fogo: EX: Paulo saca uma arma de fogo e atira em Mévio,
provocando a morte da vítima, tem o homicídio. Mas, se falar que Tício, em janeiro, adquiriu uma
arma de fogo e que em novembro realizou disparos e matou Mévio, ele vai responder por homicídio
e pelo porte (contextos fáticos distintos).

- Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado se equipara ao magistrado, pode manter sob


sua guarda arma ou munição de uso restrito, não comete crime do art. 16.
Atirador desportivo pode transportar arma municiada, desde que tenha a guia de tráfico.
- Policial Civil aposentado não pode portar arma de fogo, pois, não está mais no exercício da
função.
- Agente penitenciário pode ortar arma de fogo: alteração art. 6.

- Arma de fogo na boleia do caminhão:


EX: Tício é abordado na rua e estava com uma arma de fogo na boleia do caminhão. Ao ser
levado para delegacia, o delegado coloca art. 14 (uso permitido). Caminhão não seria extensão da
casa dele, tendo então que responder por posse? STJ entende que caminhão não é local de trabalho
e sim, instrumento de trabalho.

- Princípio da insignificância: não é possível nem ao portar somente uma munição.

- Porte X legítima defesa:


EX: Mévio estava na rua e, Tício, armado, seu desafeto se aproximava dele. Mévio pega a
arma do policial que está ao seu lado e atira em Tício. Quando Mévio pegou a arma do policial ele
não tinha autorização para portar essa arma. Existe legítima defesa em relação à Mévio e estado de
necessidade em face ao policial. É possível legítima defesa e estado de necessidade simultâneos, mas
não recíprocos.

- Porte de arma de fogo de diversos calibres; a doutrina entende que é crime único. STJ
entende que é concurso formal de crimes. Se fossem armas de mesmo calibre seria crime único e a
quantidade seria utilizada na dosimetria.

- Porte de arma X receptação: doutrina adota o princípio da especialidade, respondendo


somente pelo porte no verbo adquirir. STJ¸ entende que responde pelos dois crimes.

- Arma de fogo- posse: intra muros.


Porte: extra muros.
Arma de fogo na boleia responde pelo porte, mas se o caminhão está na garagem da casa,
responde pela posse irregular de arma de fogo.
Arma de fogo enterrada no quintal da residência: STJ entende que é porte de arma de fogo
porque o art. 12 não tem o verbo ocultar e tem no art. 14 (porte).

EX: Policiais estavam na rua e Tício fala que na casa de Mévio está cheio de armas. Os policiais
entram na casa. O flagrante é válido? Simples informação não é fundada razão, logo, não e válido.
Sùmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Com esse entendimento, o flagrante é relaxado, o que não quer dizer que o inquérito nõa
continua com seu desenvolvimento. A ilegalidade é somente da prisão.
Um flagrante levado ao juiz que entende não ter sido o flagrante legal. EX: Tício matou Mévio
e três dias depois foi rpeso em flagrante. Delegado lavra o flagrante. O juiz entende em relaxar o
flagrante por ser ilegal, mas não necessariamente o colocaria em liberdade, se observar que cabe a
preventiva.
A prisão preventiva é possível sem ação penal? Sim, nessa naálise do flagrante acima
(decretada de ofício pelo juiz).

A MENTIRA NA ÓRBITA PROCESSAL PENAL (08/06/2017)

O direito ao silêncio decorre do princípio do nemo tenetur se detegere, que é o princípio da


não auto incriminação (também conhecido como direito/ aviso de Miranda).
Art. 186, CP: Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o
acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer
calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em
prejuízo da defesa.
Esse artigo materializa o direito constitucional de permanecer calado, não produzindo provas
para si próprio.
Analisando o art. 5 VXIII da CF e o art. 183 do CPP tem uma visualização inicial que o direito ao
silêncio abarca somente o acusado e o preso. Mas esse direito abarca também o investigado, o
acusado, a testemunha e a vítima.
A simples ausência da advertência de seguir o art. 186 vai ensejar nulidade absoluta no
processo? STF e STJ entendem que a nulidade é relativa, devendo provar o prejuízo.

- Aviso de Miranda X a mentira: quando eu estou falseando a verdade durante o


interrogatório, se mantém silente acerca da verdade (externa um fato que não é verdadeiro e
mantém o silêncio quanto a verdade).
Nucci menciona que o comportamento de dizer a verdade não pode ser exigido do acusado,
sendo inconstitucional qualquer sanção ou restrição eventualmente aplicada aquele para se
defender, lança mão da mentira, desde que a mentira não venha imputar fato criminoso a outra
pessoa. É a chamada mentira defensiva.
Mentira agressiva: mente atribuindo o fato delituoso a outra pessoa.
Os tribunais dizem ser possível a mentira dfeniva, que é abarcado pela ampla defesa.
Os tribunais não admitem a mentira aressiva, não sendo abarcada pela ampla defesa.

- Direito ao silêncio X Conduta de falsear a verdade quanto a identificação pessoal: STF HC


112.546/ MG e STJ na súmula 522: constitui fato típico, respondendo or fasa identidade.

No direito norte americano, tem que adverter quanto ao direito ao silêncio e, querendo falar
a verdade, faz um juramento de falar a verdade, sob pena de configurar o delito de perjúrio.
O direito brasileiro não tem o crime de perjúrio, querendo o acusado falar e mentir para nã o
se auto incriminar, tem o que se chama de direito ao silêncioparcial (pode responder algumas
perguntas e outras, não).

- Direito ao silêncio X comportamento ativo (fazere) e comportamento passivo (tolere):


O direito ao silêncio abarca apenas o comportamento ativo (fazere), ou seja, ele não é
obrigado a um fazer. Ex: bafômetro, exame grafotécnico, acareação.
O comportamento passivo (Ex: auto d reconhecimento de pessoas) não é abarcado.
Auto de reconhecimento de pessoas não é obrigatório entre as pessoas ter pessoas com as
mesmas características:
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á
pela seguinte forma:
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras
que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a
apontá-la;

A corrente minoritária entende que ao acusado é garantido a ampla defesa e o contraditório,


devendo abranger a mentira agressiva e a defensiva.
A terceira corrente entende que a mentira, de maneira alguma, pode ser admitida no
processo. O processo penal busca a verdade real, logo, aquele que mente está litigando de má fé.
Para essa corrente, o fato de não penalizar a pessoa que mente, ofende o princípio da
individualização da pena (a pessoa que não mentiu vai receber o mesmo tratamento penal de quem
não mentiu).

Hoje se tem a relativização uanto a busca da verdade real. Deve considerar a teoria dos jogod
no processo penal: o PP é um jogo, onde se faz um acordo e se tem um benefício (transação penal).
Para essa corrente, o juiz deve considerar a mentira na dosimetria da pena, considerando a
personalidade negaiva do agente.

Confissão é chamada de ponte de bronze: é uma atenunante.


Ponte de ouro há uma readequaão da figura típica. É o arrependimento eficaz e desistência
voluntária.
Ponte de prata: arrependimento posterior. Tem a diminuição da pena.
Ponte de diamante: é a delação premiada, podendo o agente ter a pena diminuída ou nem
responder pelo fato.

CASO DO TATUADOR (10/06/2017)

Trata-se de lesão corporal gravíssima com deformidade permanente ou um delito de tortura?


Art 1 da lei 9455, a regra é que crime de tortura pode ser praticado por qualquer pessoa, é
crime comum. Mas, a tortura castigo e a tortura omissão são crimes próprios.
A tortura com roupagem dec rime comum só se visualiza aqui no Brasil.
A doutrina costuma chamar de crime jaboticaba (tortura como crime comum).

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
(Tortura omissão tortura institucional)
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (tortura discriminatória ou racial)


II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de caráter preventivo. (Tortura castigo).

Maioria da doutrina entende ser um crime formal

No depoimento do tatuador, ele fala que torturou como forma de casito pelo menor ter
subtraído a bicicleta dele. Não pode ser considerado tortura castigo porque o tatuador não tem a
guarda, poder ou autoridade (ausência de elementar do tipo).
Após ter tatuado a testa do menor, o menor ficou sendo forçado a confessar o fato diante da
filmagem, ainda configura a tortura.
Na opnião do Zouk, esse caso configura tortura confissão.

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal.(Tortura do encarcerado)
EX: Policial Tício prende Mévio em flagrante e sem a intenção de castigar, e começa a bater
em Mévio. Prisão em flagrante é legal. Entra na tortura do encarcerado?
Temos duas correntes:
1ª Se o policial bate no preso no momento da prisão, se qualquer finalidade, tem a tortura do
encarcerado. Mesmo chamando de prisão captura, porque ainda depende da homologação do
delegado, a pessoa está presa.
2ª se a tortura ocorre sem motivação na hora da prisão em flagrante, não há que se falar em
tortura do encarcerado.
Considerando a 1ª corrente, na hipótese do flagrante facultativo, poderia uma pessoa do povo
responder pela tortura do encarcerado.
Nos julgados, quando há uma tortura sem qualquer tipo de motivação, no contexto de prisão
captura, tem somente o abuso de autoridade e a lesão corporal causada.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Tortura para confessar e ensejar lesão grave ou gravíssima, te duas correntes a cerca desse
resultado:
1ª entende que a lesão corporal pode ser dolosa ou culposa, não respondendo em concurso
pela deformidade permanete ou gravíssima.
2 ª entende que deve ser necessariamente culposo.
Quanto a morte da vítima, não tem discussão de doutrina, tem que ser necessariamente
culposa.
Se que uero matar a vítma, muito embora eu tenha vontade de obter a confissão, e se utiliza
da tortura, responde no art. 121, §2, III.

Lesão corporal é gravíssima qunado resultar deformidade permanente. É de ação penal


pública indondicionada.
EX: Tício joga ácido no rosto da vítima (vitriolagem), com objetivo de causar lesã corporal.
Tícia, deformada, realiza cirurgia plástica, o que para o STJ não afastao fato criminoso.
A doutrina entende que se a cirurgia reparadora tem sucesso, afasta a deformidade
permanente.

A aividde de tatuar é regulada por lei. Quando tem o consentimento do cliente, eles está no
exercício regular de direito, desde que não seja um menor (pois aí configura lesã colporal).

- Tortura castigo X Maus tratos:


Elemento subjetivo que vai determinar se ele agiu como dolo de torturar (dolo de dano) ou se
tinha a intenção de corrigir (dolo de perigo).

§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado.
STJ entende que não há a necessidade de iniciar no regime fechado.
STF: 1ª turma entende que tem que iniciar no fechado;

No caso concreto, o tatuador prendeu em flagrante. Na vsão do Zouk Tem a tortura c/c §3.

TRÁFICO DE DROGAS X CONFISCO DE BENS (11/06/2017)

EX:Tício, caminhoneiro foi abordado levando um carregamento de drogas. Tício possui três
veículos; um desses veículos ele emprega diretamente para o tráfico; a Kimbi é parada. Ocrrendo um
defeito no caminhão que transporta drogas, ele pega a Kombi para transportar e, nessa
eventualidade, a PM o abordou. Delegado, conhecedor do art. 62 d alei 11.343, apreendeu a Kombi
e lavrou o APF. O art. 62 não fala que foi confiscado, a propriedade da Kombi continua com Tício.
A Kombi foi utilizada de forma eventual.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.

Será que a utilização de veéiculo de forma eventual no tráfico, enseja o confisco desse bem ou
há necessidade da habitualidade do uso do veículo?
STF em repercussão geral entendeu que não há necessidade da habitualidade porque a CF
assegura no art. 5, XXII o direito de propriedade, mas nenhum direito é absoluto. A própria CF
relativiza alguns direitos. O dirieto de propriedade é relativizado (desapropriação). O ministro
considerou que a propriedade utilizada para o tráfico, foi relativizada.
O art. 243, §único não inclui a habitualidade do uso.
OBS: Na associação para o tráfico é eu te que ter a estabilidade. NÃO FAZER CONFUSÃO.

EX: Tício encontra Mévio e o chama para vender drogas. Isso ocorreu eventualmente, então,
não pode falar em associação para o tráfico porque falta a habitualidade/estabilidade. Teria tráfico
em concurso de pessoas, com fundamento no art.29 que materializa a teoria monista/unitária (todo
aquele que contribui para o crime responde pelo crime, na medida da sua culpabilidade.
Pode um partícipe receber pena maior que um autor? Para teoria monista, todo aquele que
contribui para o crime responde na medida da sua culpabilidade. Se o partícipe tem extensa ficha
criminal em relação ao autor, seria possível sim. A punibilidade do partícipe vai ser de acordo com
sua culpabilidade.
A associação requer estabilidade, art. 3. Não havendo estabilidade, configura concurso de
pessoas(participação e autoria).
EX: Tício diz para Mévio que se a polícia chegar, ele avise, sem nada receber por isso. Mévio
vai apenas colaborar com um ato, não sendo habitual. Pela teoria monista, Mévio responderia na
medida de sua culpabilidade. Ao se criar o art. 37, é uma excessão pluralista à teoria monista, pois,
no art. 37 muito embora responda por crime autônomo, ele é partícipe do art. 33.
O art.37 não pode fazer parte da associação. EX:Tício e Mévio monatam uma associação para
o tráfico, se dividindo em tarefas. Tício cuida do dinheiro, Mévio fica encarregado de avisar se a
polícia chegar, mas também faz parte do lucro da associação. Mévio, fogueteiro que participa
também do lucro da divisão, avisa da polícia e a polícia pega. Configura o art. 35 +33 e, não somente
o art. 37. Há divisão de tarefas, ele esá estável porque faz parte da associação.
Art. 35 não combina com art. 37.
EX: Tício colabora como fogueteiro com Mévio, traficante individual. Polícia pega Tício, de
forma eventual. Tício reponde pelo art. 37? O art.37 fala em colaborar com grupo, organização ou
associação e, não com traficante individual. Tício responde no art. 33.
Ofende o princípio da proporcionalidade jogar o art. 37 como partícipe do art. 33 quando ele
trabalha somente com traficante individual e a pessoa que colabora com associação ou grupo, jogar
no art. 37 que nem é tráfico? A doutrina entede em aplicar a analogia in buona parten, aplica-se ao
colaborador do traficante individual, o art. 37.

O relator Luiz Fux entendeu não constituir pressuposto do confisco a utilização do bem com
habitualidade. Também falou do princípio da proteção vedação da proteção deficiente. Cita que no
direito comparado há um tratamento legislativo mais gravoso no que se refere ao tráfico de drogas.
Relator também fez referência ao mandato de criminalização.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio não conrdaram. Para eles, deveria se
observar o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. É razoável apreender um veículo que
foi utilizado de forma eventual? Outra coisa, o §único do art. 243 não é independente, ele é acessório
do caput.
Art. 243, CF: As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização
ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art.
5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo
especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de
2014)
Na verdade. O que vai ser objeto de confisco é propriedade urbana e rual. Se o veículo tivesse
dentro da propriedade, poderia ser e, não um veículo que não tenha qualquer ligação com essa
propriedade.
O ministro Marco Aurélio, que acompanhou o Ministro Ricardo, foram vencidos.

Para prova: Não há de se falar somente em propriedades rurais e urbanas, o veículo pode sim
ser objeto de confisco, não havendo a necessidade de sua utilização de forma habitual no tráfico,
porque o art. 243, §único não criou esse pressuposto da habitualidade. Noutro giro, no julgado, a
minoria entendeu que o §único é acessório do caput que faz referência apenas à ropriedades rurais e
urbanas.

O art.62 fala de apreensão e não de confisco.


Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os maquinários,
utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prática dos crimes definidos nesta
Lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária, excetuadas as
armas, que serão recolhidas na forma de legislação específica.
§ 1o Comprovado o interesse público na utilização de qualquer dos bens mencionados neste artigo, a
autoridade de polícia judiciária poderá deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua
conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público.

Apreendeu arma de tráfico, não fica na delegacia.


Para um delegado utilizar um veículo apreendido, tem que ter autorização judicial.
EX: Tício e Mévio praticaram crime de roubo e utilizaram para isso um automóvel, mediante
arma de fogo. (Roubo circunstanciado, concurso de pessoas e emprego de arma de fogo). Delegado
apreendeu o veículo. Delegado pode pedir autorização ao juiz par utilizar esse veículo nos trabalhos
policiais, comprovando interesse público?( o art. 62 assegura isso no crime de tráfico)! A
jurisprudência do STJ entende que pode ser utilizado fazendo analogia ao art. 62 da lei de drogas.

TRÁFICO DE DROGAS X PRISÃO DOMICILIAR- STJ E STF (15/06/2017)

Estatuto da Primeira Infância, lei 13.257 trouxe diversas autorizações, sobretudo quando se
trata da prisão domiciliar.
Diversos casos estão sendo levados ao STJ e STF.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 317, CPP a prisão domiciliar é espécie de cautelar ou uma forma de cumprimento de
prisão preventiva?Adoutrina diverge. Tem quem entenda que seja uma forma de cautelar, com o
fundamento no art. 318 (Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando
o agente for), então não é a mesma coisa de prisão preventiva.
Outra parte da doutrina entende que a prisão domiciliar é uma forma de cumprimento de
prisão preventiva.
Zouk entende que é uma forma de cumprimento da prisão preventiva porque a prisão
domiciliar, muito embora traga em seu bojo qunaod o juiz pode substituir, o fundamento para o
cerceamento de liberdade decorre de outra cautelar. EX: Uma mulher, gestante, vai permanecer
presa preventivamente, mas em casa O fundamento vem da prisão preventiva que o juiz substituiu
pela domiciliar. Além dos requisitos do art. 318, tem que visualizar também os requisitos do art.312.

A lei 13.257 ensejou diversas alterações. Uma alteração importante é referente à prisão
domiciliar.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:).
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
IV - gestante; (Basta que seja gestante, não há mais a necessidade de ser 7 meses ou de risco)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.

Basta que a vítima esteja gestante ou que tenha filho menor de 12 ano?
Foi levado uma situação em sede dde STJ e STTF de uma mulher com filho menor de 12 anos,
e eles entenderam que a substituição da preventiva pela domiciliar não é automática, deve ser
analisado oc aso concreto.
Tem um julgado do STJ de uma mulher com filho de até 12 anos incompletos, que além
responder por tráfico, respondia por associação criminosa também, sendo a chefe. Como foi
caracterizado que ela chefiava, o STJ entendeu pelo indeferimento do HC.

Julgado recente da ª turma do STJ, seguindo STF, analisando um caso de uma mulher
envolvida em associação para o tráfico e foi decretada a preventiva entendnendo que havia
omprometimento da ordem pública devido à possibilidade de reiteração de prática delituosa. A
defesa alegou que não estavam presentes os pressupostos da preventiva e que a mulher tinha um
filho menor de 12 anos com patologia grave e, necessitava de seus cuidados. O STJ entendeu que
haviam pressupostos para preventiva, mas, avaliando o caso concreto, a mulher é primária, possui
bons anteceentes e residência fixa, sendo a conduta um caso isolado na vida da mulher, entendendo
pela reversão da custódia da cautelar em prisão domiciliar. A gravidade do delito, por si só, ou a
periculosidade da ré não impedem a conversão da preventiva em domiciliar, devendo analisar o caso
concreto. Não bastam somente os requisitos do art.318.
HC 134.069/DF (21/06/201) o STF entendeu que a conversão não é automática.
A lei alterou os art.6, 185, 304 e 318.

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Diz que a preventiva pode ser decretada na fase investigatória e na fase processual.
O juiz, de ofício, só pode decretaar no curso da ação penal. Não pode o juiz decretar de ofício
em sede de investigação. (princípio da imparcialidade).
O art. 311 afasta a síndrome de Dom Casmurro no Processo Penal (juiz investigador).
O juiz pode decretar prisão preventiva fora da fase de instrução processual? A doutrina
menciona que não devido o sistema acusatório. A doutrina traz uma xceção: art. 310:
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art.
312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão (aqui
não tem ainda uma ação penal proposta, sendo então o juiz decretando em sede de investigação).
Doutrina diz que esse inciso II seria manifestação da síndrome de Dom Casmuro e ofenderia o
princípio do acusatório.
O art. 310 entra em conflito com o art. 311.
Os tribunais entendem que é possível o juiz decretar preventiva de ofício mesmo sem a manifestação
do MP (na audiência de custódia, por exemplo).

O art. 311 menciona que o querelante e o assistente podem representar pela preventiva.
Pode representar em sede de investigação? O assistente somente pode ser habilitado quando já tiver
uma instrução processual.
O assistente pode participar de apuração de ato infracional? STJ entende que não!

A prisão preventiva é uma decisão rebus sic standibus? Sim, pois uma vez decretada a
preventiva pode ser modificada. EX: Tício matou Mévio e foi decretada sua preventiva por haver risco
dele deixar o Brasil. O advogado de Tício entrega o passaporte, havendo assim uma mudança nos
fatos, não havendo mais a necessidade da preventva, podendo ser revista e revogada.

O IP também é uma decisão rebus sic standibus (no caso de excludente de ilicitude,
posicionamento do STF por não fazer coisa julgada material).

A decretação de preventiva não ofende a presunção de inocência? Acorrente minoritária


entende que sim, pois, para ter o cerceamento de liberdade tinha que ter o trânsito em julgado. A
corrente majoritária entende que a preventiva é prisão cautelar, sendo então processual.
PROVA: prisão preventiva é processual, aí julga não ser possível no IP por ele não ser
processo. ERRADO. Prisão processual quer dizer que a preventia está prevista no CPP.
O fundamento é que a cautelar não ofende a presunção de inocência porque é uma prisão
que deve servir o processo, e não é uma prisão condenatória.
O que se tem hoje é que a prisão é exceção, a regra é a liberdade.
Hoje, se tem a banalização da cprisão preventiva.Temos diversas prisões preventivas
decretadas com ausência clara dos pressupostos. São prisões midiáticas (síndrome de Alice).
A prisão preventiva não ofende a presunção de inocência. Não há que se falar no direito
hiperbólico monocular, ou seja, a visão apenas para direitos e garantias do investigado, tem que ter
também a segurança da ordem pública, sendo a visão direcionada para o agente preso e para a
sociedade. Visão para a sociedade (princípio da vedação da proteção deficiente). Tem o direito ao
contraditório, tem o direito ao silêncio, mas também pode ser preso preventivamente se ameaçar
testemunhas; se der indícios que vai se furtar da aplicação da sanção penal, etc.

Art. 310 Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante
termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
EX: Tícia chega à delegacia sendo conduzida pelos policiais com uma faca na mão por ter
acabado de praticar um homicídio. As testemunhas dizem que a vítima subjulgou a vítima com uma
faca para cometer um delito sexual e, Tícia, em legítima defesa deu um golpe em Mévio que vveio a
morrer no local.
Pode o delegado, diante das excludentes de ilicitude, conceder liberdade provisória?
O parágrafo único fala em ‘juiz’ para conceder a liberdade provisória.
A 1ªcorrente diz que o CPP não tem fundamente para possibilitar ao delegado de conceder a
liberdade provisória em legítima defesa, devendo ser verificada pelo juiz.
Uma 2ª corrente entende que é possível, pois, se trata de direito fundamental de ir e vir, não
havendo restrição de liberdade, não podendo submeter essa liberdade provisória a condição
jurisdicional. Em interpretação extensiva, ao ler juiz, estende a autoridade policial também. Essa
corrente entende que a redação não restringe direitos e que o delegado clocando a vítma em
liberdade, está homenageando o direito de ir e vir. (falta uma estrutura do crime, a antijuriciade, não
podendo o delegado lavrar o flagrante).
Zouk não lavra flagrante em situação dessa.
ART. 240 X 241 E 241-A DO ECA X STF ESTJ (20/06/2017)

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Reprodução é divulgar o que foi criado.
Cena de sexo explícito ou pornográfico: conceito contido no ar. 241-E
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais
explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.
EX: Tício fotografou Mévia, 13 anos, em posição sensuaisl. Tício não tirou a roupa dela.
Pode dizer que configura o art. 240? Não tem atividade sexual e nem exibição de órgãos
genitais de Mévia, Parte da doutrina não enquadra a conduta de Tício nessa conduta para não ferir o
princípio da legalidade (atipicidade do fato).
Posicionamento do STJ é que constitui crime, mesmo sem nudez. O art. 240, quando define
pornografia infantil, ele não é completo, devendo ser interpretado lançando mão da proteção da
criança e adolescente em desenvolvimento peculiar, art. 6. Sendo assim, há incidência do ECA, não só
nos casos de fotografias de crianças nuas, como também quando a nudez não é expressa, desde que
ocorra incontroversa finalidade atividade libidinosa das imagens.
Em uma prova discursiva: De acordo com o princípio da legalidade, não teria como enquadrar
a conduta desse agente que está fotografando a criança em posição sensual, mas de roupa. Noutro
giro, segundo o STJ não há necessidade de ocorrer nudez, basta as fotos com fins libidinosos.
EX: Joana, 12 anos, filha de João é fotografada pelo pai em posição sensual.
O delito demanda dolo específico, tem que ter a finalidade de sexo explícito ou pornográfico.
O STJ entende que deve complementar o art. 241-E com o art. 6 porque ele que traz o
conceito de sexo explícito ou pornográfico. Recurso especial 1543267

Art. 240, §1: Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem
com esses contracena.
EX: Tício contracenando com Mévia. Mévia tem 15 anos. Mévia consentiu com o ato. Incide o
art. 240§1.
EX: Tício contracena com Maria, que tem 13 anos. Mesmo Maria consentindo, seu
consentimento não tem valor porque se tem estupro de vulnerável. Tem uma corrente que entende
responder somente pelo estupro de vulnerável; outra corrente entende responder em concurso com
art. 240, §1.

O examinador vai colocar na prova: constitui crime no ECA, vender ou expor a venda ,
fotografia, vídeo ou ouro registro que conteha sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou
adolescente. OK. Diz também que a pena aumenta de 1/3 se o agente comete o crime prevalecendo
das relações de parentesco consanguíneo ou afim até o 3°. ERRADO, essa causa de aumento faz
referência ao art. 240 e não ao art. 241. O legislador vai colocar as causas de aumento do §2 e colocar
no art. 241. CUIDADO!!! Se o agente vende ou expõe fotografia, ele não fotografou, e é familiar da
vítima: não vai ter aumento de 1/3 porque essa causa de aumento se refere ao art. 240 e não a art.
241!

Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que
trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens
de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável
legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que
trata o caput deste artigo.

O art. 241-A fala da pessoa que transmite à outra pessoa fotos de criança em cena de sexo
explícito ou pornográfica.
EX: Tício publicou em um site fotos de uma criança em cena de sexo explícito ou pornográfica,
praticando o delito do art. 241-A. De quem é a competência para processar e julgar? O art. 109, CF
estabelece que compete à Justiça Federal processar infrações previstas em tratados ou convenções
internacionais em que o Brasil sja signatário (ex: Tráfico internacional; Pornografia e pedofilia). STF:
Se há publicação de foto da criança na rede mundial de computadores, e essa foto pode ser acessada
fora do Brasil, não havendo a necessidade da foto ser visualizada, bastando que seja possível a
visualização. Tem-se o atributo da internacionalidade, sendo competência da Justiça Federal. (R Ext.
628.624/MG).

EX: Tício trocou fotos com Mévio, através o whastapp e facebook. O fato de ele ter utilizado a
rede mundial de computadores, atrai a competência para justiça federal? O STJ se posicionou no
conflito negativo de competência, entendendo que a mensagem trocada pelo ‘whats’, o remetente
escolhe o destinatário, não tendo o atributo da internacionalidade. Em tese, tem a competência da
justiça estadual, muito embora tendo utilizado a internet. A 3ª sessão, no conflito negativo de
competência nº 150.564/MG, julgado em 26/04/2017 entendeu que simples fato de utilizar a
internet não atrai a competência para JF, pois não demanda o atributo da internacionalidade.
Pode-se constatar que se, por exemplo, Tício tivesse trocado essas mensagens com uma
pessoa no exterior, Zouk entende ser JF por ter o atributo da internacionalidade. Para Zouk, o julgado
se posicionou diferente orque o destinatário da mensagem estava no Brasil.
EX: TA polícia está investigando Tício. O inquérito identificou que Tício estava mandando
mensagem para Mévio. As investigações continuaram, foram proszidas provas, inclusive uma busca e
apreensão deferida pela justiça estadual. Mais na frente, descobriu-se que ele enviava para Mévio e
Mévio mandava para um estrangeiro. Havia então um concurso de pessoas. Essas provas produzidas
por juiz estadual são válidas? (juiz estadual descobriu que não era competente). SIM, são válidas.
Aplica-se a teoria do juízo aparente, pois, no início da investigação o juiz aparentava competência.

O legisladorpode dizer: constitui crime no ECA, aliciar, assediar, mitigar ou constranger por
qualquer meio de comunicação, criança e adolescente com fim de com ela praticar ato libidinoso.
Você vai achar que isso foi lido no ECA realmente pois, o ECA sempre utiliza a palavra criança e
adolescente, MAS no srt. 241 menciona somente CRIANÇA.

CASO FÁBIO ASSUNÇÃO X DELEGADO DE POLÍCIA DE PLANTÃO (26/06/2017)

A conduta do ator foi enquadrada como desacato, resistência e dano ao patrimônio público.
Zouk já tratou do desacato e do dano.
Revisão rápida do delito de dano, abordando os principais pontos.

Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Destruir é eliminar fisicamente a coisa; inutilizar é tornar a coisa imprestável; deteriorr é


diminuir a utilidade da coisa.
O art. 163 e chamado de conteúdo variado ou conduta mista.
O crime de dano, na sua forma simples, é de menor potencial ofensivo.
Analisando a escala penal do dano, a pena do simples é de detenção de 1 a 6 meses ou multa.
É cabível a suspensão condicional do processo, como também, a aplciabildiade da lei 9099.
O art. fala em coisa alheia, em tese, não tem crime de dano quando se destrói coisa própria.
CUIDADO: Destruir coisa prória é atípico, exceto quando estiver destruindo coisa própria para obter
recebimento de indenização ou valor de seguro (art. 171, V), configura a fraude para recebimento.
O CP prevê a figura dolosa do crime de dano. CUIDADO: Se o legislador perguntar se é
possível crime de dano culposo no ordenamento jurídico brasileiro (código penal militar e também na
lei de crimes amientais), sim; mas não é possível no CP.
O dano é um crime de forma livre.
Dano é crime material; não transeunte (tem que realizar o exame peicial direto ou indireto).
EX: Tício compra um animal e Mévio o mata. Muito embora o cachorro tenh custado um valor
econômico, não configura dano sim crime ambiental.

Art. 62, §ú (lei 9605): Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:

A pichação caracteriza o crime de dano quando recai em monumento urbano. EX: Tício vai a
uma área de fazenda e pixa. Configura dano e não crime ambiental, pois a edificação é rual e não se
fala em crme ambiental. Se falar em veículo, veículo não é monumento, então configura-se o dano e
não crime ambiental.
Imóvel rural é dano e não crime ambiental; veículo também não é monumento.
- O caso de danificação de celas para fuga de preso:
O art. 352 trata da evazão mediante violência contra pessoa.
Utilizar violência contra coisa, provocando um dano contra a cela, tem dois osicionamentos:
- STF: há a figura do dano qualificado, pois, é dispensável a finalidade do agente prejudicar o
patrimônio alheio, bastando a destrição ou deterioração da coisa. EX: Tício quebrou a cela para fugir,
para o STF vai responder por dano qualificado.
- STJ: se o agente tinha a finalidade de fugir e acabou danificando a cela, não tem o dano
qualificado configurado-> o fato é atípico porque a violência foi em relação à coisa e não contra a
pessoa e o dano provocado foi para a fuga. Não há finalidade de causar prejuízo a patrimônio de
outrem. Para ter dano o gente não pode ter a intenção de fugir; se ele tem a intenção de fugir, não
tem o dano configurado.

Art. 163,
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III - contra o patrimônio da União, de Estado ou de Município;
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista;
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

Dano simples a ação é panl privada; dano qualificado (I, II e III), a ação penal ´pública e
incondicionada.

Analisando o art. 331, o agente ofende o funcionário público querendo menosprezar a sua
função.
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

O art. 329 fala da resistência passiva. EX: Se o ator tivesse se jogado no chão ou tivesse se
agarrado no psote dizendo que não ia; o fato ia ser atípico porque a resistência é passiva.

Caso concreto:
Fábio teria se metido em uma confusão, discutido com populares e começou a ofender os
olíciais. Se ofendeu os policiais no exercício da função, cometeu desacato. Comentendo desacato, os
policiais, no estrito cumprimento do dever legal, deram voz de prisão e realizaram a prisão captura.
Com a prisão captura, Fábio começou a forçar para soltar-se, tendo resistência ativa, configurando o
crime de resistência.
Já dentro da viatura, Fábio danificou a viatura. Viatura é bem público.
Fato chega ao delegado. Delegado tem que analisar os vários crimes.
Vamos supor que só tinham os crimes de desacato e resistência, ambos crimes de menor
potencial ofensivo, o delegado tem que somar as penas, o que ultrapassa os dois anos, tendo que
lavrar o auto de prisão em flagrante. Depois o delegado verifica se é possível arbitrar fiança (não
ultrapassando 4 anos).
Não é o que ocorre na prática, devido a grande demanda de flagrantes por dia. O que se faz é
o TCO, pois não somam as penas dos crimes de menor potencial ofensivo.
Para a prova: Somam-se as penas dos crimes de menor potencial ofensivo e realiza o auto de
prisão em flagrante.
EX: O Fábio tivesse lesionado uma vítima qualquer e junto com ela fosse levado à delegacia. A
vítima na delegacia não representa pelo delito de lesão corporal (ação penal pública condicionada de
regra geral e incondicionada se for no âmbito doméstico). O delegado pode lavrar um TCO se a vítima
não representar a lesão corporal? Em IP o delegado precisa da representação da vítima, pois, é uma
condição de procedibilidade, mas, a lei 9099 não diz que lavratura de TCO e condicionada ao tratar
de crimes de ação penal pública condicionada a representação (ler art. 69 da lei 9099). Lavratura de
TCO não se submete a condição de procedibilidade.
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos
exames periciais necessários.

Ase não tem provas para dizer que fulano deu causa á lesão, mesmo assim tem que lavrar o
TCO e encamihar autor e vítima para o judiciário.

EX: Tício, menor, ameaçou a Mévia, e foi levado a delegacia da criança e do adolescente.
Mévia não quis representar. Pode o delegado lavrar o TCO por Tício ter cometido ato infracional
análogo ao crime de ameaça? Sim, não interessa se o ato é análogo a um crime e que o
procedimento submete á ação penal privada ou ação penal pública condicionada; sempre vai ser
instaurado. Na justiça infância e juventude há o princípio da proteção do menor e no estado em
apurar esse fato.

EX: O Fábio Assunção passou pela viatura da PM do DF e com intenção, deu um soco na
viatura, danificando-a. a PM/DF. O fato foi levado a degelgacia, qual o procedimento? Em tese, teria
o dano qualificado pela destruição da viatura.
STJ: Dano ao patrimônio público do DF é dano simples, não cabendo APF e sim TCO (dano
simples pena não superior a 6 meses).
Art. 163, no inciso III não traz o DF, e como o direito enal adota o princípio da legalidade, o STJ
diz que o dano ao patrimônio do DF é simples (HC 154.051-DF de 04/12/2012). Lado outro, TJ/DF,
numa interpretação teleológica, o código quis proteger o bem público, não importando de onde é,
até mesmo porque o código é da década de 40 e o DF foi criado depois.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista;

Se o delegado segue o STJ, tem que lavrar um TCO.


O delegado pode arbitrar fiança por a pena não ser superior a 4 anos.
Com esse mesmo entendimento, tem posicionamento do STJ entendendo que dano ao
patrimônio público de empresa pública é dano simples e não qualificado (Recurso em HC 57.544-SP
de 06/08/2015).
No ator em questão, parece ter feito uso de bebida alcoólica ou substâcia entorpecente que
retirou toda sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e agir de acordo com esse
entendimento. Considerando que no momento do fato ele não era capaz de se entender o caráter
ilícito do fato, no tempo do crime, afastaria a imputabilidade dele (imputabilidade como elemento da
culpabilidade), e ele não responderia? O entendimento que prevalece é que a embriaguez constitui
até um agravante. Aplica-se a teoria da actio liberia in causa, e no momento da ingestão ele sabia que
desacar era crime, então irá responder.
Poderia o autor do delito ser algemado? Súmula vinculante 11, sim, pois era razoável diante
da situação que ele se encontrava.

- Relaxamento de prisão e concessão de liberdade provisória mediante fiança:


No caso do ator, ele cometeu o delito, a prisão foi legal e o juiz entendeu que eram ausentes
os pressupostos da prisão preventiva, o ator pagou fiança e o juiz concedeu a liberdade provisória.

EX: Sendo advogada no DF, o cliente foi preso pela prática de dano qualificado por ter
quebrado a viatura da PM. O delegado entendeu pela comcepção do TJ/DF e o cliente encontra-se
preso em flagrante. Cliente não tem dinheiro para pagar fiança. A advogada, antes de entrar com
pedido de liberdade provisória, tem que entrar com pedido de relaxamento da prisão com bse no
julgado do STJ.

REVISÃO: AUTOR DE INFRAÇÃO (01/07/2017)

Situação: indivíduo praticou um delito e se evadido do local. Foi perseguido por PMS e na
tentativa de se furtar da ação, entrou na residência dele. Os PM’s entrram também para prendê-lo. A
questão perguntava se os policiais podiam entrar na residência. CESP no gabarito informou que não!
Quando se tem o flagrante róprio, temos duas correntes:
- Minoritária etende que policiais não podem entrar, buscando como fundamento o art. 150
(violação em domicílio), e no §3 tem as excludentes e no inciso II diz que o crime teria que está
sendo rpatcado no momento da entrada na casa para configurar o flagrante próprio. Foi essa
corrente adotada pela CESP
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou
tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais (faz referência ao mandato de prisão e
não a situação de perseguição), para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de
o ser. (o crime tem que está sendo rpaaticado dentro da residência)

O mandato judicial de prisão só pode ser cumprido durante o dia no caso em que a pessoa se
encontra dentro da sua residência, estando o infrator em via pública, o mandato pode ser cumprido a
qualquer hora.
- Majoritária entende que a pirâmide de Kelsen vê a carta magna acima da legislação
infraconstitucional e na CF há ossibilidade da relativização da inviolabilidade do domicílio quando do
cumprimento de mandato judicial durante o dia e faz referência que também é possível na situação
de flagrante delito, sem mencionar se, próprio ou impróprio.

RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA (05/07/2017)

Art. 5, XXXIX positivado o princípio da estrita legalidade. Nesse artigo tem o prncpio da
reserva legal ou estrita leglidade e o da anterioridade.
Nas provas verificamos esse princípio com o nome de princípio da legalidade. A doutrina
critica e utiliza o termo princípio da reserva legal ou estrita legalidade, pois legalidade faz referência
as espécies normativas constantes no art. 59.
Numa prova múltipla escolha, pode marcar entre as alternativas a que menciona princípio da
reserva legal ou da estrita legalidade e não marcar princípio da legalidade. Se a questão traz princípio
da legalidade e não tem nenhuma das utras alternativas, ai marca essa.
Na prova discursiva é para dizer que a dotrina critica o uso da legalidade fazendo referência a
necessidade de uma lei para dar roupagem criminosa a uma conduta, porque a legalidade então
estaria ligada ao art. 59, CF que traz em seu bojo as diversas espécies normativas, entre elas, medida
provisória e resolução, que não podem tratar de matéira penal, como regra (somente se a matéria
penal for mais benéfica é que a MP pode tratar de matéria penal).
A retroatividade da lei penal benéfica navega na órbita da aplicabilidade da lei penal no
tempo, direito intertemporal.
Norma incriminadora há necessidade de ter sido instituído através de uma lei em sentido
estrito, ou seja, essa lei tem que decorrer necessariamente da União.
Quando uma lei entra em vigor, regulará os fatos que ocorrerem durante a sua vigência.
Lei penal quando entra em vigor vai produzir efeitos até outra le vir a revoga-la, expressa ou
tacitamente. A revogação pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação).
Lei quando entra em vigor e começa a produzir efeitos, só pode ser revogada mediante
publicação de uma nova lei, devido princípio da continuidade das leis penais.
Quando diz que há necessidade para que uma lei venha parar de produzir efeitos e seja
retirada do ordenamento, há necessidade de outra lei posterior tratando do tema diferente ou essa
lei expressamente revogue a lei anterior, começa a enxergar que não existe possibilidade de
costumes revogarem lei penal. Costumes, muito embora figurem como fonte formal mediata, só
pode ser utilizados se de acordo com a lei.
Uma lei quando entra em vigor pode trazer em seu bojo um conteúdo benéfico, EX: alei 8072,
pois inicialmente, quem praticava crime equiparado a hediondo cumpria em regime integralmente
fechado e, hj, o STF entende que não há essa obrigatoriedade. Essa lei que alterou os crimes
hediondos é uma lei penal benéfica.
Ua lei benéfica vai retroagir, em homenagem ao princípio da retroatividade.
Uma lei que não tenha conteúdo mais benéfico,é uma noacio legis in pejus, e não retroage.
A lei penal quando publicada, produz efeitos para diante. Mas há excepcionalidades: se for
uma lei penal benéfica, estará revestida da extratividade, e a lei vai retroagir, ou ser ultraiva (ainda
que revogada, se aplica ao fato).
Se a lei penal benéfica pode ser ultrativa, essa lei se prende ao fato (efeito carrapato da lei
penal). Aplica-se a lei ainda que revogada.

- Art. 3°, CP trata da lei excepcional e lei temporária.


Lei temporária: Passado o período estabelecido na lei, a lei se auto revoga.
Lei excepcional: a lei estabelece que enquanto a situação de normalidade permanecer, a lei
estará em vigência.
Essas leis são auto revogáveis, chamadas de intermitentes.
O princípio da continuidade das leis penais menciona que a lei só pode ser revogada com a
publicação de outra lei. Aqui nesse art. teríamos uma excção a esse princípio, pois, teria a revogação
de uma lei sem a necessidade de publicação de uma outra lei.
Essas leis são ultrativas, ou seja, embora revogadas aplica-se aos fatos ocorridos na sua
vigência (pois se prendem ao fato).

- Lei penal mais benéfica X lei auto revogáveis:


Lei penal benéfica publicada após a lei temporária, ela retroage? O princípio da retroatividade
da lei nela benéfico se aplica possibilitadno lei penal bnéfica posterior a lei temporária? NÃO, os fatos
ocorridos na época da lei temporária serão por elas regidos, pois, a lei é ultra-ativa.

As leis temporárias e excepcionais são auto revogáveis e externam o fenômeno do efeito


carrapato e, ainda que revogada, são aplicadas aos fatos ocorridos em sua vigência.
Há possibilidade dessas leis não sere aplicadas a fatos que ocorreram durante sua vigência? Se
a publicação de uma nova lei posterior e ela mencionar em seu bojo que os fatos ocorridos durante a
vigência das leis intermitentes, serão regulados por essa nova lei.

- Lei temporária benéfica em relação a uma lei anterior a ela:


Irá retroagir? Ainda que essa lei seja benéfica, NÃO irá retroagir porque elas sã ultra-ativas, se
aplicando aos fatos que ocorreram durante sua vigência.

EX: Lei A está em vigência e a lei B, uma novatio legis in mellius, entra em vigência. Lei B se
encontra em eríodo de vacatio. Tìcio é julgado qunado a lei B já exisia, mas estava no período de
vacation. Essa lei B pode ser aplicada? Temos duas correntes:
1ª O princípio da retroatividade fala que ‘lei’ benéfica se aplica, e a lei B é lei, logo, é aplicável.
2ª STF entende que lei que se encotra na vacatio ainda não roduz efeitos, não podendo ser
aplicada, ainda que benéfica.

EX: Tício praticou homicídio simples (pena 6 a 20 anos) no dia 10/07/2016. No dia 15/09/2017
começou a viger uma lei passando as ser a pena do homi´cidio de 5 a 15 anos, portanto, sendo mais
benéfica. No dia 20/12/2017 saiu nova lei dizendo que a pena passou a ser de 10 a 20 anos. Quando
essa última lei saiu, Tìcio estava sendo julgado. Temos uma lei intermediária que durante sua vigência
não ocorreu os fatos e nem o julgamento. A lei intermediária é mais favorável, pelo fato de ser mais
benéfica, não interessa se fatos ou julgamentos ocorreram ‘fora’ dessa lei, é ela que será aplicada.

EX: Tício, primário, bons antecedentes, praticou tráfico na vigência da lei 6368. Nessa época,
ele foi condenado quando tinha uma pena de 3 a 15 anos (não teve a diminuição de pena porque na
época não existia a causa de diminuição). Em 2006 saiu a lei 11.343 tratando do tráfico, revogando a
lei 6368. Nessa nova lei a pena do tráfico foi aumentada e foi criada uma causa de diminuição de
pensa (ou seja, essa lei é mais benéfica quando trata da causa de diminuição e, maléfica quando
aumenta a pena do tráfico). Será possível pegar o §4 da lei nova (causa de diminuição) e combinar
com o caput da lei antiga? Duas correntes:
1ª É possível, art. 2 §único menciona lei posterior que ‘de qualquer modo’... Se pode retroagir
a lei toda, porque não poderia retroagir somente uma parte?
2ª STF e STJ Dizem que não é possível a combinação de leis.
A 6ª turma do STJ entendia pela possibilidade da combinação de leis, porém a 3 sessão
pascificou a divergência entre a 5ª e 6ª turma, entendendo que não há possibilidade, que a lei pode
até retroagri, mas na sua integralidade, ou o juiz vai esá criando uma nova lei ( a função d juiz é julgar
e, não criar lei).

-No art. 2° tem o abolitio criminis que é uma causa extintiva da punibilidade. Constituiria uma
novatio legis in mellius? Não, pois apenas exclui a roupagem criminosa de uma conduta como crime e
não compara com outra norma.
Na abolitio retira os efeitos penais, mas permanecem os efeitos civis (obrigação de reparar o
dano).
Na abolitio não basta a revogação formal, tem que ter também a revogação material.
PRISÃO PREVENTIVA- EXCESSO DE PRAZO X SÚMULAS 21 E 52 (07/07/2017)

EX: Tício e Mévio cometeram homicídio qualificado, considerado hediondo. Foram


pronunciados e estão presos preventivamente. A prisão preventiva tem caráter cautelar, e não é
prisão pena. Muito tem se banalizado a prisão preventiva, pois estão sendo decretadas sem a
presença dos pressupostos, somente para dar uma satisfação à sociedade (Estado na síndrome de
Alice). A prisão preventiva de Tìcio e Mévio já duram 7 anos. Não existe excesso de prazo? Pode ser
alegado excesso de prazo após a denúncia?

Súmula 21/STJ - 08/03/2017. Pronúncia. Constrangimento ilegal. Excesso de prazo. Superação. CPP,
art. 408, § 1º. Lei 5.941/73.
Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo
na instrução.

A Súmula 52/ STJ: Segundo a qual, "encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento ilegal por excesso de prazo".

Analisando a súmula 21, não haveria justa causa numa ação de HC para considerar essa prisão
ilegal, porque a súmula diz que depois de pronunciado não pode alegar excesso de prazo.
A súmula 52 também traz que, encerrada a instrução, não será mais possível.
O excesso de prazo pode decorrer de ato exclusivo da defesa (súmula 64), o que não irá
configurar o constrangimento ilegal.
Súmula 64/STJ: Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela
defesa.

No exemplo de Tício e Mévio, decorre de morosidade da justiça.


Os tribunais estão fazendo releitura da súmula 21, porque ao raciocinar que não pode alegar
excesso de prazo após a pronúncia, acaba por fazer letra morta frente ao direito constitucional e a
razoável duração do processo. Aqui teria uma ponderação de interesses, entre o direito a liberdade
(porque está preso preventivamente sem uma culpa formada) e o interesse da sociedade em manter
a pessoa presa. Fazendo essa ponderação, vem prevalecendo o entendimento que a duração
excessiva ofende o princípio da dignidade da pessoa humana, sobretudo quando o atraso decorre do
judiciário. O Estado estaria tratando com desdém o direito à liberdade. Ao fazer a releitura das
súmulas 21 e 52, fazendo alusão aos direitos e garantias fundamentais, o que não autoriza o Estado a
aceitar uma prisão preventiva ad eterno. Mesmo que pronunciado, é possível sim alegação de
excesso de prazo, desde que seja uma situação fora das raias do razoável. Quando a imputação do
excesso de prazo é imputado somente a defesa, temos a súmula 64, tem-se a ampla defesa e não
pode impedir a defesa de ouvir, por exemplo, uma testemunha sua que esteja em outro Estado. Mas
se a moroozidade decorre do próprio poder judiciário, eis que o STF vem entendendo que não há
fundamento para essa prisão preventiva. No julgado, o Zouk entendeu que o STF deveria ter relaxado
a prisão por considerar ilegal, mas o STF revogou a prisão. O que tem sido feito quando entra com HC
alegando excesso de prazo, o judiciário tem determinado a marcação de audiência imediata e em
alguns casos relaxa também a prisão.
STF em caso similar entendeu que a prisão ofende o direito constitucional e o princípio da
dignidade da pessoa humana, o direito de ir e vir e de ter um processo com duração razoável.
Não foram superadas as súmulas 21 e 52, mas foi feito uma releitura denro do campo do
razoável.
Ler o julgado: HC 142.177 julgado em 06/06/2017.

LIVRAMENTO CONDICIONAL- ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO STJ (09/07/2017)

A lei 8072 quando entrou vigor trouxe algumas alterações. A lei manifestou uma maior
preocupação ao tratamento penal àqueles que praticavam crimes hediondos. Quando a lei ntrou em
vigor, o regime era integralmente fechado, e lançando mão do princípio de individualização da pena,
ocorreu uma alteração legislativa, passando o início da pena ao regime fechado e possibilitando a
progressão de regime. Hoje, o STFI entendeu como inconstitucional a obrigatoriedade de iniciar no
regime fechado.
A 1ª turma do STF deu uma decisão, em relação à lei de tortura, entendendo que no crime de
tortura deve iniciar no regime fechado.
A lei 8072 com espírito mais gravoso a quem comete crime hediondo, alterou o art. 83 do CP:
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
tiver bons antecedentes;
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho
no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho
honesto;
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.

A li 8072 mencionou que em crimes hediondos e equiparados há a necessidade do apenado


ter cumprido mais de 2/3 da pena.
Qual a condição para ele fazer jus ao LC, considerando que, a associação para o tráfico não é
tráfico (assim não tem roupagem de hediondez). Associação para tráfico não é tráfico e não está
inserida no inciso V.
Associação para o tráfico vai seguir a regra do inciso I ou do inciso V?
Associação para o tráfico é crime de consumação antecipada, de resultado cortado. É crime
formal. Se o agente se associa para traficar e vai lá e vende a droga ou mantém em depósito,
responde pelos dois crimes, associação e o tráfico.
O STJ entendeu que associação está prevista na lei de drogas. O art. 44, §único da lei diz:
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional
após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
O caput desse artigo menciona o art. 33 e do art. 34 ao 37, então, muito embora associação
não tenha roupagem de hediondo, a lei especial prevalece sobre lei geral, e seguindo a lei, caberá
livramento condicional após cumprimento de 2/3 da pena.

- No tráfico de drogas, há a necessidade (por força do art. 50, §1), para fins de lavratratura do
auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por
pessoa idônea. Laudo preliminar para lavratura do flagrante e, via de regra, necessita de laudo
definitivo para condenação. É possível uma pessoa ser condenada com base apenas em laudo
preliminar?
O laudo preliminar pode ser firmado por perito oficial ou por pessoa idonêa. O STJ entende
que se o laudo preliminar for assinado por perito criminal, e a droga for de fácil identificação, é
possível a condenação.

- Tício foi condenado pelo art. 33 e 35 da lei de drogas. É possível a incidência da causa de
diminuição de pena?
O art. 35, associação, quer dizer que Tìcio integra associação criminosa, não tendo direito ao
benefício da causa de diminuição.
O art. 35 é associação de duas ou mais pessoas. A pessoa que está associada se dedica a
tividade criminosa, tem habitualidade no tráfico.
Art. 35 não convive com o art. 33, §4.
O art. 35 convive com o caput do art. 33
Agente pode responder por associação de tráfico e ter diminuição d epena? Não, há
incoerência.
O art. 33 é um tipo penal de conteúdo variado. Tem o verbo importar e exportar. Quem
importa ou exporta comete tráfico, e tem pena de 5 a 15 anos. No art. 40 usa o verbo importar ou
exportar para aumentar a pena de1/6 a 2/3. Não seria bis in iden, considerando que já tem esses
verbos no art. 33? O art. 33 tem escala penal própria. O que eveidencia a transnacionalidade do
delito é importar ou exportar. STJ entende que não há bis in iden na aplicação do aumento de pena
pela transnacionalidade com as condutas de importar e epotar previstas no art. 33, pelo simples de o
agente trazer consigo a droga já configura atipicidade formal do delito.

ANALOGIA X NORMA INCRIMINADORA (11/07/2017)


A analogia é uma forma de integração da norma ao ordenamento jurídico.
Analogia não constitui fonte do direito.
Analogia não é forma de interpretação da norma.
Analogia Legal ou in legis: quando se aplica a um caso omisso uma lei que trata de caso
semelhante. Aplica-se uma norma na lacuna.
Analogia jurídica ou juris: aplica-se a um caso omisso um princípio geral do direito.

->Analogia ≠ Interpretação analógica:


IA: o legislador cria uma forma casuística e proporcionao ao juiz realizar uma interpretação.
EX: homicídio do art. 121 qualificado pela pag homicídio cicariato)a promessa de recompensa (pode
ser chamado de homicídio mercenário, homicídio remunerado ou, constitui motivo torpe. O que seria
outro motivo torpe? O juiz vai entender no caso concreto.
Analogia pode ser aplicada no direito penal, desde que seja in buona partem.
A IA pode ser utilizada até mesmo em desfavor do acusado, quando, por exemplo, no art. 121,
pois o juiz vai entender o que sria motivo torpe e enquadrar a ação de alguém. Outro exemplo é a
descrição típica do art. 171, quando fala outro meio fraudulento.
Com essa concepção de que a nalogia só pode ser utilizado in buona partem foi que o STJ
entendeu que dano ao patrimônio público do DF e dano ao patrimônio de empresas públicas é dano
simples e não qualificado.

O mesmo entendia o STF quando falava da fraude em certame público, antes de ser tipificado.
Analogia in buona aprtem: aborto sentimental, humanitário- art. 128, II. O aborto teria que
ser praticado por médico, ser decorrente de estupro e ocorrer o consentimento da vítima ou de ser
representante. O art. fala que isso ocorre se a gravidez resulta de estupro, não mencionando o
vulnerável. A doutrina aponta que com aplicação da analogia in buona parten, aplica-se a excludente
do art. 128, II ao médico que faz o aborto em vítima de estupro de vulnerável.

Pode ter uma analogia em norma penal incriminadora?


A regra é que não pode usar, mas pode usar sim, desde que seja em benefício do agente.
EX:art. 37 traz a figura penal do informante. Tício colabora com grupo (2 traficantes) tem concurso de
pessoas e não associação.
Se Tício colabora com apenas um traficante, não tem como caracterizar o art.37 porque o
art. não traz traficante individual. De acordo com o art. 29, Tício colabora com o crime, e irá
responder na medida de sua culpabilidade. Com base na teoria monista, Tício deveria responder no
art. 33. Mas isso não ofenderia o princício da isonomia e da proporcionalidade, considerando eu se
ele colaborar com grupo, organização ou associação seria o art. 37 (nem equiparado a hediondo é) e
se ele colaborar com apenas um, responderá pelo art. 33 (equiparado a hediondo)? A doutrina fala
que para evitar essa injustiça, lança mão da analogia em norma penal incriminadora (será possível
porque está sendo utilizada em favor do acusado).

Analogia pode ser chamada de suplemento analógico ou integração analógica.


AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO PRODUTO DE CRIME (16/07/2017)

Agente responde na receptação + porte de arma de fogo ou aplica-se o princípio da


especialidade, respondendo somente pelo porte se arma de fogo (verbo aquisição).
Art. 180, CP:- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Ao tratar do caput, traz a receptação própria e imprópria (...ou influencie para que terceiro de
boa-fé....).
EX: Mévio está querendo adquirir um veíuclo produto de crime e Tício sabe que Paulo tem um
a venda e avisa à Mévio. Mévio tem a má-fe e Tício o auxilia nessa aquisição. Os dois tem má-fé,
então caracteriza receptação própria.

EX: Tício quer adquirir uma arma de fogo e compra essa arma sabendo que é produto de
crime. A doutrina diz que responde por porte ilegal de arma de fogo, aplicando o princípio da
especiabilidade. STJ: entende que são bens jurídicos distintos, na receptação (patrimônio protegido)
e na aquisição de arma de fogo (bem jurídico é a paz pública), praticando dois crimes distintos em
concurso formal de crime.
A doutrina entende que se aplica o princípio da especialidade e seria concurso formal
impróprio; dolos distintos.
EX: Tìcio está querendo comprar uma arma de fogo o e soube que Mévio (imputável) furtou
uma arma e está vendendo. Tìcio compra o veículo de Mévio. A aquisicação de veículo subtráido por
um inimputável caracteriza a receptação?
Quando se raciocina dentro da órbita finalista o conceito analítico de crim como crime sendo
fato típico, antijurídico e culpável ou o crime é fato típico, antijurídico e a culpabilidade sendo é
pressuposto da pena. Para o finalismo o dolo e a culpa estão alocados no fato típico. Se adoto o
conceito tripartido, como pode ter uma receptação, considerando que o louco não consegue
entender o caráter ilícito do fato? Tem que dizer que no momento da subtração da coisa ele tem que
ser considerado imputável. Louco não pratica crime e Tício não teria praticado receptação, pois, falta
um elemento do crime (culpabilidade) para Mévio. Atenção: art. 180,§4 diz que é crime mesmo que
isento de pena o autor do crime.
A doutrina diz que o CP adotou o conceito tripartido de crime, mas diversos dispositivos levam
a acreditar que o CP adota o conceito bipartido (art. 180, §4 é aquela pessoa que praticou sendo o
crime fato típio e antijurídico).
O conceito quadripartico: crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível. Ou seja, um
crime que se encontra prescrito perde a roupagem de conduta criminosa.
Art. 180, §4 responde por receptação ainda que desconhecido ou isente o autor do crime.

- Atos infracionais:
EX: Tício, menor, furtou arma de fogo e Mévio adquiriu essa arma. Ato infracional também
caracteriza crime de receptação.
Muito embora entanda-se que retirando a culpabilidade não teria o crime, aquele que adquire
a arma de um louco, entra na receptação.

Aquisição de arma de fogo produto de crime configura porte ilegal de arma de fogo no verbo
adquirir ou receptação e porte ilegal de arma de fogo? Temos dois posicionamentos:
1º A doutrina entende pelo princípio da especialidade, ou seja, o agente responde apenas
pelo delito de porte ilegal de arma de fogo. Art. tem tipo misto alternativo de condutas múltiplas.
2ª STJ o agente comete dois crimes: contra o patrimônio (receptação) e crime do estatuto do
desarmamento (art. 14 e 16), pois temos bens jurpidicos distintos: patrimônio e paz social.

- Se um louco subtrai arma de fogo e vende para Tício. Tício compra a arma sabendo que se
trata de produto de crime, é receptação? Se adotar o conceito analítico de crime majoritário, como
fato típico, antijurídico e culpável, é arricado errar a questão, pois, o louco não praticaria crime (falta
a culpabilidade) por faltar a estrutura de um elemento da estrutura do crime. Com esse raciocínio,
Tício não poderia responder por receptação.
O CP dá indícios que o conceito analítico de crime adotado é o conceito bipartido, sendo fato
típico e antijurídico (art. 180, §4).
A doutrina majoritária entende que foi adotado o conceito tripartido.
Se Tício adquire arma de fogo de um louco, tem materializado a receptação.

- Ato infracional: adquirir arma de fogo de menor também configura receptação.

Conceio tripartido: culpabilidade faz parte da estrutura do crime, logo, se praticado por um
louco não pode dizer ser crime.
O art. 180, §4 fala que a receptação é punível ainda que isento ou desconhecido autor de
CRIME. Ou seja, crime é fato típico e antijurídico, sendo conceito bipartido.
Imputabilidade faz parte da culpabilidade. Numa concepção finalista, dolo e culpa estão no
fato típico (tem o que se chama de culpabilidade vazia, por ter deslocado dolo e culp para o fato
típico). Finalismo tem o dolo neutro.

APLICABILIDADE DA MAJORANTE DO ROUBO NO CONCURSO DE PESSOAS NO FURTO


QUALIFICADO- STJ (19/07/2017)

O furto e roubo são crimes contra o patrimônio. No furto tem a forma simples e a qualificada.
Considerando maior reprovabilidade da pessoa para furtar, ela distrói ou rompe obstáculos ou lança
mão do abuso de confiança, ou fraud, ou até mesmo usa uma chave falsa ou age em concurso de
pessoas, o legislador estabeleceu uma escala penal diferenciada.

Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.

Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
.
Uma das qualificadoras do furto, onde tem a esclaa penal de 2 a 8 anos, é quando o frto é
praticado mediante concurso de duas ou mais pessoas. O roubo tabém, por sua vez, quando
praticado em determinadas circunstâncias (Ex: subtrai a oisa mediante violência ou grave ameaça;
mantém a vítima em seu poder restringindo sua liberdade) o legislador deu um tratamento mais
severo, aumentando a pena.
No furto em escala penal própria de odobro da pena quando praticado em concurso; no
roubo mediante concurso, tem apenas uma causa de aumento. Não ofende o princípio da
proporcionalidade? Considerando que o roubo é uma subtração do patrimônio e considerando a
violência ou grave ameaça, sendo a conduta mais reprovável do que a do furto, não poderia puxar a
causa de aumento do roubo e aplicar no furto, ou seja, aumentar a pena do furto simples de 1/3 até
a ½, considerando que é uma conduta menos reprovável do que a do roubo?Não podia lançar mão da
analogia in buona parten?
Uma 1ª corrente entende que poderia, ou seja, no lugar de lançar mão da escala penal de 2 a
8 anos no furto qualificado, puxar apenas a majorante (aumenta-se d 1/3 até a 1/2 e considera o
furto simples).
Uma 2ª corrente entende que não pode: o roubo é uma conduta mais reprovável do que o
furto, mas o legislador já deu tratamento diferenciado. A diferença do furto qualificado para o furto
simples é de um ano e o roubo, a pena mínima é de 4 a 10 anos e tem a causa de aumento. Veja que
a pena mínima do roubo simples é uma pena alta; e quando vai se tratar das causas de aumento já
tem um aumento expressivo (1/3 até a 1/2). Se considerar a pena mínima do roubo simples e quando
circunstanciado tem essa causa de aumento, estria dando tratamento diferenciado,não havendo em
falar em princípio da proporcionalidade. Tem outro fundamento, também estaria tratando de forma
diferente as outras pessoas que teriam praticado furto qualificado em outras circunstâncias que não
o concurso de pessoas.
Essa corrente também diz que não há de se falar em analogia porque não há lacuna na lei.
Existe escala penal; existe preceito secundário, não havendo em se falar em norma penal em branvo
ao revés.

Súmula 442, STJ


É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.
STJ: não entende da aplicação do princípio da proporcionalidade porque a pena do roubo
simples já pesada, de 4 a 10 anos e praticado em concurso já tem a causa de aumento, o que torna
bastante expressivo. Também não há de se falar em analogia por ter o preceito secundário que já
trata disso.

TERRITORIALIDADE- ART. 5- CPB (20/07/2017)

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

O art. 5 materializa o princípio da territorialidade.


Ao falar em território nacional, pensamento jurídico, pensa-se o espaço sujeito à soberania
brasileira. No pensamento real/material, faz referência à superfíicie terrestre, subsolo, águas
interiores, mar territorial e o espaço aéreo correspondente ao território. Ao considerar o espaço
aéreo correspondente, tem uma teoria que fundamenta, a “teoria da soberania da coluna
atmosférica”.
Ler a lei 8617 que delimita o que seja território nacional.
O art. 5: quer dizer que em detreminadas circunstâncias, em fatos ocorrios no Brasil, que não
vai ser aplicado a lei brasileira. Uma lei estrangeira ser aplicada em território nacional, é a
denominada intraterritorialidade. Ex: Diploomata que venha a cometer um homicídio no Brasil,
aplica-se a lei estrangeira. Isso é a relativização do princípio da territorialidade, que possibilita que lei
estrangeira seja aplicada no território nacional. A territorialidade aqui não é absoluta.
A territorialidade no Brasil é um princípio mitigado, relativizado, temperado.
Ficar ligado porque na prova: O Brasil adota o princípio da territorialidade absoluta. Resposta:
não, o art. 5 diz que aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenção, tratados e regras de direito
internacional.
Embaixador que cometeu crime me território nacional, aplica-se a lei do país dele. Mas, no
caso do embaixador que cometeu um crime em que não seja punível em seu país. Se for crime de
guerre, o Brasil assinou o Estatuto de Roma, onde crime cometido contra a humanidade ou
genocídio, se não for punido em seu país, a competência para processar e julgar passa para o TPI (vai
atuar de forma subsidiária).
Pode acontecer de um navio, apenas por questões geográficas, atravessando o mar territorial
e um crime acontece lá dentro. Se o navio está apenas de passagem, sem causar nenhum prejuízo a
paz social, a boa ordem e a segurança do Brasil, não se aplica a lei brasileira aos fatos ocorridos
dentro da embarcação. É o chamado instituto da passagem inocente, previ sto no art. 3 da lei 8617.
A passagem inocente tem que ser rápida. Pode ocorrer de o navio parar, mas somente para
prestar socorro ou para questões fiscais.
Pegadinha: Um navio privado, passando no mar territorial brasileiro, de forma inocente e
ocorre um homicídio. Não aplica-se a lei brasileira por ser tratado como passagem inocente.
A lei fala somente de navio, mas se aplica também as aeronaves.
EX: Um navio, em alto mar, explodiu. Tício e Mévio ficaram nos destroços dessa embarcação
que ficaram a deriva. Tício matou Mèvio para sobreviver. Destroços de embarcação em alto mar, que
territóro é esse? É considerado território de onde a embarcação está matriculada.

Art. 5, § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as


embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro (faz
referência à embarcações privadas) onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
É o que se chama de território por extensão. Chamado de território brasileiro flutuante.
EX: Uma embarcação militar atracada na Argentina. Ocorreu um crime lá dentro. É caso de
extra territorialidade? NÃO, se é extensão do território brasileiro, a embarcação pública que se
encontra na Argentina será território brasileiro, muito embora o crime tenha ocorrido fora do Brasil.
Isso é territorialidade e não extra.
Navio Argentino de natureza pública atracado aqui no Brasil. Aplica-se lei brasileira? Não,
devido o princípio da reciprocidade.
EX: Homicídio que ocorreu dentro da embaixada brasileira lá na Argentina. Embaixada não é
considerada extensão de território; será território da Argentina. Embaixada Argentina em território
brasileiro é território brasileiro. Princípio da Reciprocidade, por isso não pode ocorrer prisão em
flagrante lá dentro.
EX: Um navio de guerra.
EX: Embarcação

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou


embarcações estrangeiras de propriedade privad (desde que essa embarcação não esteja a serviço
do governo estrangeiro, caso em que será considerado território estrangeiro por extensão) a,
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil.

-Aplicação da lei brasileira ocorrido em fatos ora do Brasil- Extraterritorialidade:


Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(Incondicionada)
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

É incondicionada devido o: § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei


brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

O que fundamenta a extraterritorialidade incondicionada é o princípio da proteção dos bens


jurídicos/ princípio real.

EX: Tício praticou homicídio em face do presidente da república lá fora. Tício foi condenado a
1 anos aqui no Brasil e nos EUA a 10 anos.
Tem que conhecer a lei de segurança nacional (7170/83), nos art. 26 e 29:
Art. 26 - Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos
Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato
ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.

Art. 29 - Matar qualquer das autoridades referidas no art. 26.


Pena: reclusão, de 15 a 30 anos.

O fato de Tício ter sido condenado duas vezes, no Brasil e nos EUA, não ofende o princípio d
bis in iden? Para não ofender o princípio, o legislador projetou na lei o art. 8 que trata da detração
penal.
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Tendo cumprido 10 anos nos EUA, tendo as penas diversas, tem que subtrair as penas. Tício
vai cumprir no Brasil 5 anos de pena.

EX: Tício praticou tráfico de drogas e foi condenado nos EUA por 6 anos de reclusão; no Brasil
ele pegou 10 anos de reclusão. Tendo cumprido 6 anos nos EUA, quanto tempo ele vai ter que
cumprir no Brasil? Sò se aplica a detração nos casos de xtraterritorialidade incondicionada (inciso I), e
não é o caso do tráfico de drogas. Ao analisar o inciso II (extraterritorialidade CONDICIONADA),
encontra-se o tráfico (os crimes que que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir),
tendo que aplicar o §2. Não se aplica a detração!
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
EX: Tício subtraiu a carteira do presidente em um hotel na Argentina. É extraterritorialidade
condicionada, pois roubo é crime contra o patrimônio e não está entre os casos da
extraterritorialidade incondicionada.

Art. 7, §3 ainda estabelece mais duas condições, o que a doutrina chama de


extraterritorialidade hiper condicionada.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro
fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.

O QUE VEM A SER A DENOMINADA ATUAÇÃO PRO MAGISTRATU (23/07/2017)

Nenhum direito é absoluto, existe a relativização dos direitos e garantias fundamentais.


Ao tratar a relativização dos direitos, tem a presença do Magistrado.

As restrições se submetem as chamadas cláusulas jurisdicionais, ou seja, o juiz que pode


determinar essa restrição de direitos (Ex: decretação de uma preventiva).
O Estado não tem como está presente em todos os locais, é o que fundamenta uma
excludente de legítima defesa se presente os pressupostos, onde o Estado tira a ilicitude do fato. O
Estado também pode assegurar o exercício de um direito como excludente de ilictude.
Quando se fala em exercício regular do direito, pode ser remetido ao art. 301 CPP:

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Esse art. dá legitimidade do exercício do direito de efetuar uma prisão. É facultado ao cidadão,
agir ou não, em situação flagrancial. É o flagrante facultativo. Noutro giro, as autoridades policiais
deverão prender (flagrante compulsório).
A primeira parte do art. ‘qualquer do povo poderá’, visuaiza-se o exercício regular de direito.
Quando uma pessoa do povo realiza a prisão de alguém, restringindo a liberdade desse alguém,não
há de se falar em constrangimento ilegal porque há uma excludente (exercício regular do direito). AO
tratar das autoridades, tem outra excludente: estrito cumprimento do dever legal.
OBS: Para Zaffaroni não há de se falar em excludente, pois, numa visão de tipicidade
conglbante há uma incoerência quando àquele que age atendendo um comando legal, ter sua
conduta considerada típica. Um funcionário do Estado que está agindo de acordo com mandamento
legal não pod ser considerado fato típico.

A restrição de direitos, via de regra, demanda uma ordem judicial. Quando se trata do
exercício regular do direito e qualquer do povo realiza a prisão de um particular, ele está no que se
chama de ‘ atuação pro magistratu’, ele age como se magistrado fosse.
Alguns doutrinadores criam espécies de exercício reular do direito e uma das espécias sera a
atuação pro magistratu e o direito ao castigo (pai que corrige o filho).
Cuidado que o exercício regular do direito do pai que castiga o filho é possível, mas não pdoe
ter excesso, sob ena de configurar agressão injusta e ensejar a legítima defesa do filho.

- Exercício regular de direito no âmbito familiar:


O pai tem direito de corrigir o filho, mas não tem direito a correção em face da espopsa.
Direito ao exo: no passado era considerado exercício regular de direito, hoje se a mulher não
der consentimento configura estupro. O consentimento deve ser antes e durante o ato.

- Intervenção predisposta da autoridade:


Estou realizando uma interceptção na delegacia e chega a informação de que uma quadrilha
vai pratica um roubo em determinado banco. O delegado realiza a intervenção no sentido de prender
essas pessoas. Ele planeja essa intervenção e vai para o local esperando esses meliantes. Quando os
meliantes saem, a polícia dá o bote. É o chamado flagrante esperado.

LEI DE ENTORPECENTES A LUZ DA JURISPRUDÊNCIA DO STJ E STF (24/07/2017)

Para o STJ, o tráfico é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos do tipo é suficiente
para a consumação da infração sendo prescindível a intuição de vendas do entorpecete. EX: Se Tício
adquiriu a droga para tráfico (dolo), não há a necessidade que ele venha a realizar a venda.
Laudo preliminar: art. 50,§1: necessidade do laudo preliminar para lavratura do flagrante.
§1º: Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga,
firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

- Irregularidade no laudo preliminar: a realização de laudo definitivo pode sanar essas


irregularidades: STJ entende que o laudo pericial definitivo atestando a ilicitude da droga afasta
eventais irregularidades do laudo preliminar realizado na fase da investigação.

- Pode ter condenação baseada em laudo preliminar? STJ entende que laudo preliminar é
questão de procedibilidade para o desenvolvimento da relação processual. Entende que o laudo
definitivo e a regra, mas que excepcionalemnte pode ser condenado com laudo preliminar quando
for assinado por perito oficial e a droga for de fácil identificação. (não pode o laudo ser assinado por
pessoa idônea). Embargos de divergência 1544057/RJ.

- Para incidência da majorante prevista no art. 40, V é desnecessário a efetiva transposição de


fronteiras entre estados, sendo suficiente a demonstração inequívoca na intenção de realizar o
tráfico interestadual.
EX: Tício está saindo de Brasília para Goiás, mas foi abordado ainda em Brasília. Se há
comprovação do dolo que a droga ia ser transportada para Goisás, está configurado a causa de
aumento.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;

- STJ entende que


EX: Tício foi condenado por associação para o tráfico e também por tráfico. Foi a primeira vez
que Tício praticou associação. Pode ele ter o benefício da causa de diminuição do art. 33, §4,
respondendo por associação e tráfico privilegiado? STJ entende de que não, pois, se ele está
associado, têm-se indícios que ele se dedica a atividade criminosa. Não há possibilidade da
convivência da associação com o tráfico privilegiado.
STJ entende que o agente que transporta entorpecente no exercício da função de mula
integra organização criminosa, o que afasta a minorante do art. 33, §4.
A pessoa que engole a droga e ser levada ao médico e tomando um laxante, não estaria
produzindo prova contra si? Não, deve tomar o remédio para salvar a vida do autor.
Para o STJ a condição de mula, por si só, é indicação de integrar organização criminosa.
Noutro giro, STF tem posicionamento divergente. STF diz que maioriaa das mulas são mulheres em
condição de vulnerabilidade, e deve ser analizado o caso concreto.

- Menor na associação:

O menor, para configurar associação e para implicação da causa de aumento do art. 40, VI,
seria bis in idem?

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
STJ entede que são delitos autônomos, respondendo por associação E por tráfico com a causa
de aumento.

- Transnacionalidade de drogas:
EX: Tício está em SP e vai levar a droga para ser vendida nos EUA. Em SP ele foi abordado, não
chegando a embarcar. Há necessidade de transposiçãl de fronteiras? STJ entende que não, basta
configurar a intenção da venda e que o desino era para os EUA, sendo competência da justiça federal.
Se a droga está saindo de outro país e entrando aqui no Brasil a competência é do local de
apreensão da droga.
EX: Tício mora no DF e comprou uma droga para tráico que vem dos EUA. A droga chegou em
SP atravessando o estado de MG. O fato de a droga ter atravessado por MG vai incidir no tráfico
internacional a causa de aumento do tráfico interestadual? Se a transposição de fronteira foi
puramente geográfica qundo do território brasileiro, tem somente tráfico internacional (para incidir o
tráfico interestadual há a necessidade da pulverização da droga).
EX: Tício mora no DF e comprou uma droga para tráico que vem dos EUA. A droga chegou em
SP e Tício vende em MG até chegar ao DF. Aqui, configura as duas causas de aumento, tráfico
internacional e aumento do tráfico interestadual.
OBS: quando se tem duas causas de aumento, aplica-se uma e a outra é considerada na
dosimetria da pena. NÃO é concurso material de crimes!!!

- Discriminalização da conduta de porte para consumo


Para o STJ não houve a descriminalização, somenre mera despealização do delito. A
condenação transitada em julgado para porte de uso próprio gera reincidência e maus antecedentes
porque a ação continua sendo criminosa.
EX: Policial aborda Tício conduzindo droga para uso próprio e o leva para delegacia (o certo é
levar para o judiciário). O cerceamento de liberdade não vai configurar abuso de autoridade porque
Tício está em flagrante delito e o policial está em excludente de ilicitude porque of ato continua
típico.

- Princípio da insignificância:
-> Em face do tráfico: STJ e STF entendem que não é possível aplicar.
-> Em face do uso: STJ entende que não é possível. STF emtemde que é possível.

- Inconstitucionalidade da vedação da conversão da pena PPL em PRD. Art. 33, §4.


STJ: Hoje é possível a conversão.

- Crimes hediondos:
Foi declarado inconstitucional o art. 2, §1 que declarava ter que iniciar no regime fechado,
porque ofende o princípio da individualização da pena e da dignidade da pessoa humana, como
também a separação dos poderes.

- Tortura:
STJ: pode iniciar em outro regiem que não seja o fechado.
STF: tem precedente de 2016 onde entendeu quando for tortura, deve iniciar no regime
fechado.

- STJ entende que para o crime de associação ao tráfico é imprescindívelo dolo de se associar
com estabilidade e permanê ncia.
Art 35 é um crime de consumação antecipada, de resultado cortado. Se se associou não tem a
necessidade que venha a vender a droga; se vender responde por 35 e 33.
EX: Tício chama Mévio para vender uma droga que recebeu, somente naquele dia. Configura
somente o concurso de pessoa no tráfico. Teoria Monista, art. 29.
Pode ter um partícipe respondendo com pena maior em relação ao autor. EX: João, partícipe,
tem a ficha criminal extensa e se junta a José, que praticou a conduta principal, mas é a primeira vez
que está no crime. Esse partícipe pode receber pena maior, pois concorre na medida da sua
culpabilidade (culpabilidade do fato).
Concurso de pessoa não configura causa de aumento. Pode ter uma situação de concurso que
enseja causa de aumento: quando no tráfico envolve menor.
Associação não é tráico. Raciocinando com crimes hediondos, tem a exigência do
cumprimento de 2/3 da pena para o livramento condicional para crime de tráfico. Se associação não
é tráfico, tem que seguir as regras do CP para concessão do livramento? STJ: diz que tem que, muito
embora associação não seja tráfico, o art.44, §ú da lei 11.343 diz que os crimes do art. 34 a 37 da lei
tem que cumprir 2/3 da pena para obter o livramento condicional, ou seja, tem seguir o que
determina a lei especial, 11.343.

- Tráfico (art. 33) X Maquinário (art. 34):


Considera-se maquinário os utensílios utilizados para o tráfico.
EX: Polícia chega e Tício tinha uma balança, uma tesoura e a droga. Responde somente pelo
tráfico, para o STJ, só responde pelo art. 34 se tem contexto de verdadeiro laboratório.

- Quantidade da droga:
STJ: A quantidade da droga pode indicar atividade criminosa e afastar o privilégio; para o STF,
a quantidade por si só não indica dedicação a atividade criminosa.

- A causa de aumento na utilização de transporte público:


STF e STJ entendem que tem que ter comercialização dentro do transporte público.

- Disk droga: aquisição de droga por telefone configura tráfico consumado, não hpa
necessidade do recebimento.

-Ônus da prova:
STJ: entende que o ônus da prova de que a droga é para tráfico e não para uso, recai sobre o
MP.
EX: Tício construiu uma farmácia para vender remédios, que estão inseridos na portaria da
Anvisa, falsificados. Responde por tráfico ou pelo art. 273? STJ: enentende que configura o art. 273,
CP e não vai para lei de drogas.

- IP e ações penais X Privilégio:


STJ: entende que se dedica a ativdade criminosa e afasta o privilégio.

-Participação do menor:
EX: Tício praticou tráfico com Mèvio, menor. Responde pelo tráfico e por corrupção de
menores?
STJ entende que não.
Caso o delito configurado entre os art. 33 e 37, e seja praticado por menor, agente responde
por tráfico com causa de aumento e não por corrupção de menores.
Havendo uma estabilidade, pode ser usado o menor para que configure a associação.
FURTO ADULTERAÇÃO DE SINAL MEDIDOR DE ENERGIA - DOUTRINA X STJ (27/07/2017)

Tício em 2012, querendo pagar menos energia, promoveu a adulteração do medidor, dando
um prejuízo à concessionária de 14 mil reais. MP entendeu que ao adulterar o medidor de energia,
Tício induziu o funcionário a erro quando ia aferir o medidor mensalemente e essa conduta se
enquadra no art. 171. A defesa alegou que antes da propositura da ação penal, Tício havia pagado o
que devia, vislumbrando somente o ilícito civil. Por ser o dirieto penal subisidiário, há possibilidade
de analogia in buona partem com a prática do crime tributário, extinguindo a punibilidade. A defesa
apresentou essa tese com o intuito de trancamento da ação penal.
TJ de Santa Catarina entendeu que não haveria possibilidade de aplicação da insignificância,
considerando que o valor tinha sido de 14.000,00; a lei 9249 trata de tributo e não de preço público,
não podendo falar de analogia porque não há lacuna; que está configurado o delito de estelionato. O
TJ negou o trancamento da ação penal, dando razão ao juiz de piso.
A defesa fez um recurso ordinário para o STJ, que entendeu que o ressarcimento do preço
público em razão a subração de energia elétrica, antes do recebimento da cdenúncia acarreta
extinção de punibilidade em homenagem ao princípio da isonomia e da subsidiariedade do direito
penal; acolhendo a tese da defesa.
Adulteração do sinal medidor que o MP denunciou como estelionato, para o STJ, se realizou o
pagamento antes do oferecimento da denúncia, não há justa causa.
Pedra de toque 1: pagamento do preço público antes do oferecimento ou antes do
recebimento da denúncia, tem a extinção de punibilidade.
Pedra de toque 2: STJ entendeu que adulteração do medidor é furto mediante fraude e não
estelionato. A doutrina entende como estelionato. HC 62437/SC (julho de 2016).
Cuidado, pois, se for analisar alguns casos tecnicamente não cai e furto mediante fraude. EX:
Tício chegou na concessionária querendo comprar um veículo (‘caô’). Tício, já com dolus malus,
apresenta uma identidade falsa. Ao realizar o test drive, e leva o carro. Analisando tecnicamente, ao
apresentar a identidade, o funcionário entregou o carro à Tício (o que caracteriza o estelionato). Já
no que se refere a energia, a concessionária não entregou a energia, teve o furto.
Dependendo do modos operante, no test drive pode ter furto ou estelionato. EX: Tício vai
fazer o test drive e sai junto com o vendedor, no meio do caminho diz que o pneu furou e pede que
ele vá conferir, saindo e deixando ele na rua. Aqui se tem o furto mediante fraude.
STJ, seguindo a política criminal, tem entendido test drive tudo como furto mediante fraude
porque as seguradoras não cobrem o estelionato.
No test drive pode ter também a apropriação indébita. EX: Tício chega na concessionária para
realização do test. Entrega seus documentos verdadeiros. Durante o test, Tício se empolga com o
carro e decice não devolvê-lo.

Equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
STJ sustentou durante muit tempo que subtração de sinal a cabo seria subtração de energia.
Assim entendia Nucci.
STF e Bittencurt, energia é o que se esgta e sinal a cabo não pdoe ser energia.
Recentemente o STJ mudou de entendimento que o furto de sinal a cabo não caracteriza
furto, mas irá configurar o delito do art. 35 d a lei 8977/95. Ao chegar nesse tipo penal, ele não tem
preceito secundário (norma penal em branco).

- Sêmem pode figurar como objeto de furto? A doutrina adota que seria forma de energia
genética, podendo sim ser objeto de furto.

TENTATIVA QUALIFICADA (29/07/2017)

A tentativa é o início da execução de um crime em que o resultado não ocorre por


circunstâncias alheias a vontade do agente.
Também chamada de crime imperfeito; conatus; crime incompleto.
Elementos: início da execução; ausência da consumação e dolo da consumação.
O art. 14, II tem uma norma de extensão temporal (extende a punibilidade da conduta aos
atos executórios), ou seja, essa norma possibilita uma adequação típica de subordinação mediata.
Quanto à punibilidade da tentativa, temos diversas teorias. Citar duas:
- Teoria objetiva/ dualista/realista: leva em conta a intensidade em que o bem jurídico foi
atingido. Tendo sido atingido de forma parcial, tem uma punibilidade menor do fato (de 1/3 a 2/3).
Adotada pelo CP.
- Teoria subjetiva/monista/voluntarista: leva em conta a intenção do autor (que era a
consumação), sendo punido com pena igualmente do crime consumado.
Nos crimes de atentado analisa-se com a teoria subjetiva.

Na tentativa, os atos executórios são interrompidos contra a vontade do agente- tentativa


inacabada/imperfeita/tentativa propriamente dita.
Pode ocorrer que, após os atos executórios o resultado não ocorra por circunstâncias alheias a
vontade do agente- tentativa perfeita/ acabada/ crime falho.
Durante os atos executórios, se o resultado não ocorre por vontade do agente- desistência
voluntária. Mesmo o agente podendo continuar, ele não quer.
Após os atos executórios, o resultado não ocorre por vontade do agente- arrependimento
eficaz.
Art. 15 traz a desistência voluntária e o arrependimento eficaz, onde o agente responde
somente pelos atos praticados.
No arrependimento eficaz e na desistência voluntária, o resultado morte não pode ocorrer.
Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz considera-se a voluntariedade e não a
espontaneidade. EX: Tício está no meio da execução e a mãe dele pede que ele interrompa. Não foi
espontâneo, mas Ticio parou voluntariamente.

Quando da desistência voluntária (DV), tem o início dos atos executórios? Sim.
Quando da DV, o resultado não ocorre por desejo próprio do agente. DV é fomra de tentativa
abandonada. Na DV, tecnincamente não tem uma tentativa (porque na tentativa não ocorre por
vontade alheia do agente) e na DV não ocorrepor vontade do agente, respondendo ele por isso por
todos os atos praticados. A doutrina chama de entativa abandonada (porque ele abandonou o que
estava fazendo).
Quando há esgotamento dos atos executórios, e o agente adota providência contrária, não
quer dizer que chegou ao final da esfera da tentativa (porque pode ainda não ter ocorrido a
consumação). Esgotamento dos atos executórios não imorta necessariamente na consumação do
delito. EX: Tício foi atingido por Mévio. Uma viatura do Samu passou e levou ao hospital. Mévi
responde por homicídio tentado.
Quando se tem o esgotamento dos atos executórios e o agente adota medida contrária ao
resultado, tem-se o arrependimento efeicaz (AE). Estando ainda na fase da tentativa porque ainda
não ocorreu a consumação. A tentativa só termina com a consumação.
EX: Tício realiza os atos executórios e depois adota uma providência para o resultado ocorrer.
Essa providência aconteceu na esfera da tentativa (se isso aconteceu é porque ele não queria
continuar na tentativa, abandonando a tentativa). Por isso AE também pe forma de tentativa
abandonada.

Tentativa qualificada é a chamada tentativa abandonada: DV e AE.

A DV é compatível com a tentativa imperfeita? Sim, na tentativa imperfeita o resultado não


ocorre por circunstâncias alheias a vontade do agente quando não há o esgotamento dos atos
eecutórios. E na DV o resultado não ocorre por desejo do agente quando não há esgotamento dos
atos executórios. Nos dois não tem esgotamento dos atos executórios.

O AE é compatível com a tentativa perfeita? Sim, ambos nçao tem esgotamento.

Uando se tem o bem jurídico coisas ou pessoas, pode usar a classificanção de tentativa
cruenta ou incruenta.
Cruenta/vermelha: pessoa foi atingida.
Incruenta/branca: vítima não foi atingida.

Quando se tem maior diminuição da pena, na tentativa cruenta ou incruenta? Na incruenta,


porque quanto mais próximo da consumação, a diminuição é menor.

A tentativa perfeita pode ser crueta ou incruenta.

VENENO NA ÓRBITA DO HOMICÍDIO E PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO (01/08/2017)

Há uma reprimenda penal quando o cidadão pratica ato para ceifar a vida de outrem.
-Art. 121:
Homicídio é crime material, instantâneo de efeito permanente (uma vez consumado, não há
como fazer desaparecer seus efeitos).
Objeto jurídico tutelado é a vida humana.
Só pode pensar em infanticídio quando visualiza o trabalho de parto. Antes do trabalho de
parto só se fala em aborto.
Para a pratica do homicídio pode ser aplicado meiso diretos (arma de fogo) ou indireto (cão
feroz incitado para alcançar a vítima).
Tício eifando a vida de alguém, necessariamente não se tem o homicídio. EX: Tício está
ceifando a vida do presidente da república. Vai se enquadrar no art. 29 da lei 7770, crime de
segurança nacional.
No homicídio o agente age com animus necande. Pode ser dolo direto (EX: Tício quer matar a
vpitma e atira para isso) ou eventual (agente assume o risco).
Art. 18 materializa dolo direito e o dolo eventual.
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo
(dolo eventual);
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
Adota-se duas teorias:
- Teoria da vontade: no dolo direito
- Teoria do consentimento ou assentimento: dolo eventual.

Quando se trata do homicídio demanda de prova material (perícia).


Para ser considerada juridicamente morta tem que ter a morte encefálica.
Homicídio é crime progressivo: passa necessariamente pelas lesões corporais. ≠ Progressão
criminosa (tem dois dolos, o de lesionar e depois o de matar).

Se o agente ceifa a vda de uma pessoa em determminadas cicunstâncias, a reprovação é


maor. As qualificadoras materializam uma resposta mais gravosa do Estado.

Art. 121. Matar alguem:

Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;(chamado
também de homicídio mercenário, remunerado ou cicariato).
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossivel a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:


Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição.

III- outro meio insidioso: interpretação analógica. EX: Mévio quer matar Tício e tira o óleo da
direção do veículo.
Insidioso é qualquer meio dissimulado.
O veneno é um meio insidioso. É toda substância que introduzida no organismo humano,
figura como substãncia letal.
Qualquer substância pode figurar como veneno. EX: Aúcar para diabpetico, desse que seja de
conhecimento do agente.
O veneno pode constituir um meio insidioso.
Insidioso é o que a vítima não toma conhecimento.
EX: Mévio está injetando veneno no Tício. Tício sabe que é veneno. Esse homicídio é
qualificado por emprego de veneno? Não, pois o meio não é dissimulado. O homicídio vai ser
qualificado, mas pelo meio cruel.
Se a vítima tem conhecimento que se trata de veneno, tem homicídio qualificado, mas pelo
meio cruel.
EX: Tício trabalha em uma obra e sempre leva seu almoço. Mèvio sempre pega a comida de
Tício. Tício resolve colocar veneno dentro de sua comida. Paulo abre a geladeira e pega a comida de
Tício, vindo a óbito. Erro quanto a pessoa.
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
O art. traz o erro na execução por acidente.
EX: Tício injeta veneno em Mévio, que acaba aindo no chão. Tício, achando que Mévio está
morto, o joga em um lago com a intenção de ocultar o cadáver. Laudo aponta que Mévio morreu em
decorrência da asfixia. Asfixia qualifica o homicídio também. Tem o erro no nexo de causalidade
(aberratio causae). É um erro de tipo acidental. A asfixia não entrou na esfera de conhecimento de
Tício, afastando a qualificadora de asfixia. Ao jogar o corpo no lago, seu dolo era ocultar o cadáver.
Quanto à ocultação de cadáver o crime pe impossível por se encontrar vivo no momeno, tendo então
um delio putativo por erro de tipo. Tício tentou matar com emprego de veneno, e a doutrina entende
que deve considerar a qualificadora que ele desejava e tinha conhecimento, pelo meio insidioso,
muito embora teha morrido por asfixia.
E: Tício realiza isparos em Mévio, achando que ele estpa morto, joga no lago. Responderia por
homicídio simples.
EX: Tício quer matar Mévio. Paulo, muito amigo de Mévio vai levar açúcar para évio fazer um
suco. Tício, sabendo disso, substitui o açúcar por veneno. Mévio bebe o suco e morre. Tem o erro
determinado por terceiro; autoria mediata. Paulo está em erro, tem que verificar se vencícel ou
invencível. Tício vai ser autor imediato do homicídio qualificado por emprego de veneno.
EX: Paulo trabalha na farmácia, e com seu conhecimento técnico desconfiu que o açúcar era
veneno. Msmo assim ele ainda está em erro, mas é erro vencídl (exclui o dolo, mas responde por
culpa).
EX: Paulo identificou que era veneno e também querendo morte de Mévio, resolve levar o
veneno. Aogora tem o liame subjetivo, formando o concuso de pessoas. Quem entrega o veneno
para Mévio morrer é Paulo, sendo ele o autor e Tício é o partícipe. Não se fala em autoria mediaa
porque tem o concurso de pessoas.
EX: Mévio, querendo se matar, pede um veneno para Tício. Mévio bebe o veneno e morre (ou
acontee lesão grave). Tício responde por participação em suicídio.
EX: Mévio, de 14 anos, querendo se matar pede veneno para Tício. Para considerar
participação em suicídio com menor de 14 anos tem duas correntes:
-Agente responde por homicídio (simples porque a vítima sabia ser veneno) porque o
consentimento do menor não é nada; essa corrente entede que a causa de aumento do menor só
abrange o menor de 14 a 18 anos;
- Entende como menor o menor de 18, tendo a participação em suicídio.
EX: Tício e Mévia querendose matar, cruzam os talheres com veneno. Mévia morreu e Tício
ficou vivo. Tício responde pelos aps executórios, respondendo por homicídio (ela sabia que era
veneno). Não fala em participação em suicídio porque Tício praticou atos executórios.

PERDÃO JUDICIAL X CONCURSO FORMAL- HOMICÍDIO CULPOSO TRÂNSITO- STJ


(05/08/2017)

Lei 9503- Crimes de trânsito.


Art. 121, CP tem o homicídio culposo.
Num conceito tripartido, crime é fato típio, antijurídico e culpável.
No conceito bipartido, crime é fato típico e antijurídico e a culpabilidade é pressuposto da
pena.
No conceito quadripartido, o crie é fato típico, antijurídico, culpável e puníel (quer dizer que
se o crime está prescrito, perde sua roupagem).
Passando da culpabilidade tem que verificar se há necessidade da aplicação da pena. Por isso
que alguns doutrinadores enxergam a bagatela improópria (analisando a desnecessidade do instituto
da pena).
O perdão judicial, no ar. 121, §5.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária.
O perdão judicial só ocorre no homicídio culposo e na lesão corporal culposa.
Perdão judicial constitui causa extintiva da punibilidade, art. 107, IX: Extingue-se a
punibilidade nos casos previstos em lei.
Súmula 18, STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção de
punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

É possível aplicar o perdão judicial ao homicídio culposo na direção de veículo automotor? O


perdão judicial foi previsto no art. 300 da lei 9503, mas foi vetado, surgindo assim duas correntes:
- 1ª: Entende que o art. 107, IX diz somente ser possível o perdão se previsto em lei. Se
ocorreu o veto, é porque não era a vontade do legislador.
O art. 300 mencionava que nas hipóteses de homicídio culposo e lesão corporal culposa, o juiz
poderia deixar de aplicar a pena se as consequências da infração atingissem exclusivamente o
cônjuge, o companheiro, ascendente, descedente, irmão ou afim em linha reta.
No caso de veículo automotor só iria abranger essas pessoas mencionadas, o que difere do
perdão judicial previsto no CP. Seria tratar dois homicídios culposos de forma diferente. EX: Se Tício
fosse municiar sua arma e sem querer acertasse seu amigo, poderia ter o perdão. Mas se fosse à de
veívulo, não poderia.
- 2ª: Captaneada por Damásio de Jesus, aplica-se o CP e o CPP subsidiariamente.
Art. 291, CTB: Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo
não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

EX: Tício é noivo da Mévia, eles saíram juntos e Tício bebeu uma cerveja. Tício pega a estrada
em alta velocidade e acaba perdendo a direção do veículo, resultando do acidente a morte da Mévia.
Para concessão do perdão judicial, faz necessário o agente ser atingido de forma grave. STJ entende
ser necessário um vínculo afetivo.
EX: Tício está na boate e conhece Maria, decidem sair juntos e ocorre o acidente. Não cabe o
perdão judicial porque não tem o vínculo afetivo.
EX: Tício, conduzindo veículo automotor, perde o controle do veículo, atingindo uma vítima
que veio a óbito e Tício ficou tetraplégico. Nessa hipótese cabe o perdão judicial porque as
consequências do acidente atingiu o próprio agente.

Art.70, CP traz o concuro formal próprio/perfeito, onde tem a exasperação da pena.


Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
EX: Tício, dirigindo veículo automotor, perde a direção do veículo, matando um amigo seu e
um amigo do amigo seu.
Quando se tem concurso formal na órbita do trânsito, de maneira culposa, pode ser extendido
o benefício do perdão judicial àquele que não tem vínculo com o agente? STJ, no recurso especial
1444.699/RS entendeu que o fato de ter um concurso formal, não enseja a possibilidade de extender
o benefíci, Respondendo por homicídio culposo do amigo do amigo dele.

QUALIFICADORAS DO FURTO (07/08/2017)

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:


Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

A conduta de subtrair coisa alheia já é reprovável, mais reprovável ainda quando ele quebra
um obstáculo que quebra a coisa.
EX: Tício quebrou a vidraça para subtrair um bem. Responde por dano e furto qualificado?
Seria bis in iden. O dano é absorvido pelo furto qualificado eplo rompimento de obstáculo.
EX: Tício quebrou a vidraça do veículo para subrair um relógio que estava no interior do
veículo. STJ e STF entendem que ele responde por furto qualificado. Tem corrente minoritária que
entende responder por furto simples por ser ofensa ao princípio da proporcionalidade. Esse
posicionamento de que se quebrar o próprio veículo para roubar o veículo seria furto simples, há
divergência no STJ, pois tem julado de 2014 da 5ª turma entendendo que qualifica furto
Qualificado. A 6ª turma entende que se quebrar o próprio veículo é furto simples.
O que é pacificado em sede de STJ e STF é que se quebra o vidro do veículo para roubar
relógio é furto qualificado.
Para o agente responder por furto qualificado por rompimento há necessidade de perícia? STJ
entende ser possível o exame pericial indireto.

EX: Tício, querendo subtrair um objeto na casa de Mévia, pegou a chave de fenda e
desparafusou a janela. Remoção de obstáculo configura a qualificadora do rompimento? Não, bem
como retirada de telhas.

- Abuso de confiança: famulato


A doutrina aponta que é uma qualificadora de ordem subjetiva, não sendo possível ser
revestido de privilégio.
Súmula 511 diz ser possível furto qualificado e privilegiado, desde que seja de ordem objetiva.

- Mediante fraude: agente utiliza de meio ardil para diminuir ou retirar a vigilância da vítima.
Esse furto se parece com estelionato e a apropriação indébita.
EX: Tício queria comprar um relógio. Acorda cedo e decide furtar o relógio. Vai até uma loja e
pede a Mévia para olhar os modelos, que os coloca em cima do balcão. Enquanto Tício pergunta
quanto custa um relógio que está na vitrine, furta um que estava em cima do balcão. FURTO
MEDIANTE FRAUDE (ação é do agente).
EX: Tício acorda querendo um relógio, mas já decidido em não pagar por isso. Pega uma
identidade falsa e pede para comprar um relógio no crédito, apresentando a identidade falsa. A
vendedora entrega o relógio para Tício. ESTELIONATO (a vítima entrega a coisa).
EX: Tício está numa loja que ende e aluga relógio. Coloca o relógio no pulso e decide ficar com
o relógio, não devolver. Ele queria apenas alugar, mas teve o dolo subsequente alterado.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA.
No furto mediante fraude e no estelionato, o dolus malus é desde o início. A vontade de
praticar o crime está desde o início da ação.
STJ: configura furto mediante fraude: test drive, saque eletrônico (competência do local da
agência onde se deu o prejuízo), flanelinha que subtrai o veículo.

- Mediante escalada: qualquer acesso mediante via anormal (escada, corda, via subterrânea,
etc).
Se a casa tem janela ou muro baixos, não configuram a qualificadora.
Há necessidade de exame pericial? Se houver meios de provar que o agente utilizou de
esforço incomum, ou sistem de filmagem de segurança, já é suficiente, dispensando a perícia.

- Destreza:
Se a vítima percebe a subtração da coisa antes de inverter a posse, não está reestida de
habilidade. Seria configurada tentativa de furo simples.
Se a vítima não percebe a inversão da posse, mas peessoas próximas percebem, configura
furto qualificado.
Não há que se falar em destreza se a vpitima está dormindo ou embriagada, a não ser que o
próprio agente tenha colocado o sonífero ou algo do tipo, onde teria roupo com violência imprópria.
(a violência é imprópria porque foi colocado antes de subtrair a coisa).

- Emprego de chave falsa:


Entendimento majoritário de que chave falsa direto na ingnição não caracteriza a
qualificadora. Tem que utilizar a chave falsa para abrir o vepiculo.
STJ entende que não há necessidade de comprovação da chave falsa.
Ligação direta não configura a qualificadora.
ESTUPRO VIRTUAL (08/08/2017)

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou
a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:

Constanger alguém: a vítima do estupro pode ser homem ou mulher.


Ocorreu a revogação do art. 214, mas a luz do princípio ca continuidade normativo típica, o
atentado ao pudor deslocou para o tipo penal do estupro.Ocorreu apenas a revogação formal. Não
ocorreu a abolitio criminis. Para que ocorra a abolitio há a necessidade de que ocorra a revogação
formal e material da conduta.
O título VI do CP trata ds crimes contra a dignidade sexual. É importante saber que a
dignidade sexual não só se ofende com lesões físicas ou dano psicológico.

Contemplação lascívia: lascívia está ligada à sensualidade, a libidinagem.


NO estupro, a doutrina diverge, se há ou não a necessidade do contato físico. STJ Rec
HC70976 (02/08/2016) entende que não há necessidade do contato físico para configurar o estupro.

0 Contemplação lascívia com consentimento:


EX: Tício ameaça a vítima, maior de idade, para que ela venha a se auto masturbar. Tem
configurado o estupro.
EX: Tício sai com Maria, menor de idade de 14 anos, e essa aceita se masturbar, Tício apenas
contempla. Configua estupro de vulnerával, porque, o consentimento dela e nada é a mesma coisa.
EX: Tício e Maria, maior de 14 anos, saem e Maria aceita se masturbar. O consentimento dela
é válido para o direito.

- Estupro virtual:
EX: Tício, através do computador, ameaça a Mévia em outra cidade a masturbar. Se Mévia se
auto masturba configura o estupro virtual.

STJ: a conduta de contemplar lascivamente, sem contato físico, mediante pagamento, menor
de 14 anos desnuda em um motel pode permitir deflagração da ação penal para apuração do estupro
de vulnerável.
O julgado ainda diz se há uma lesão na vítima mediante violência, essa violência é
considerada na dosimetria da pena, Ou seja, pode ter estupro com e sem violência.

- Ação penal emr elação a vulnerabilidade:


Para o STJ, a vulnerabilidade é absoluta, independendo se a vítima já tinha praticado aato
sexual anteriormente, configura estupro de vulnerável.
O art. 225 menciona:
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede -se mediante ação
penal pública condicionada à representação.
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a
vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

Para o STJ, essa vulnerabilidade aqui é a permanente Ex: portador de patologia mental),
porque se a vulnerabilidade for transitória, a ação penal é pública condicionada a representação (Ex:
pessoa embreagada).

- Cmoproação menor idade da vítima:


STJ entende que não precisa ser comprovada somente com certidão de nascimento, podendo
ser por outros meios de prova.

EX: Mévio pede que Tícia tire a roupa para somente contemplar. Também é estupro, porque o
STJ entende que contemplar é ato libidinoso.

EXTORSÃO COM RESTRIÇÃO DE LIBERDADE DA VÍTIMA (09/08/2017)

Extorsão é tipificado no art. 158.


Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa:

A etorsão é crime formal, de consumação antecipada ou reultado cortado. Na sua forma


simples não é considerado hediondo. Tem que ter o resultado morte para ser considerado hediondo.
Posicionamento majoritário de que a vantagem indevida deve ter valor econômico.

- A consumação ocorre com a simples exigência.


Cuidado com a consumação na extorsão mediante sequestro com o delito de extorsão. Na
extorsão mediante sequestro a consumação ocorre com o cerceamento da liberdade da vítima
acrescido do dolo; na xtorsão basta que tenha a exigência.

- A competência é do local onde ocorreu a exigência. Súmula 96.

-É possível a tentativa na hipótese da extorsão virtual. EX: Tício liga diendo que está com a
filha de Mévia e pede dinheiro. Se Mévia não se entiu intimida, tem a tentativa.

-Não é possível continuidade delitiva ente o roubo e a extorsão. Tem o concurso material de
crimes.
EX: Tício subtrai o veículo e dois dias depois exige dinheiro para não atear fogo no veículo.
Tício responde por dois crimes, roubo e extorsão.
Para Nelson Hungria, se utilizar a violência ou grave ameaça para fazer com que a vítima te
entregue a coisa, é extorsão; para corrente majoritária é roubo.

- Extorsão e concussão:
Extorsão tem violência e grave ameaça.
Funcionário público utiliza violência ou grave ameaça para exigir vantagem econômica,
configura a extorsão e NÃO, concussão.
Concussão não é a extorsão praticada por funcionário público. Extorssão tem suas
elementares de violência e grave ameaça.

- Causa de aumento:
Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.

Quando diz que o crime é comentido por duas ou mais pessoas, a doutrina, raciocinando com
a teoria restritiva sob o prisma objetivo formal, tem entendido que as duas pessoas devem praticar
os atos executórios. Tendo autor e partícipe não incide a causa de aumento. Aqui não é concurso, diz
que o crime é cometido por duas ou mais pessoas.
De acordo com a teoria do domínio final do fato que se o agente tem o domínio do fato ele é
considerado autor, e se é autor, ele está praticando o delito.
A maioria da doutrina vem trabalhando que o CP adotou a teoria restritiva, muito embora os
tribunais venham adotando a teoria do domínio final do fato.
EX: Tício aborda Mévio e mediante grave ameaça pede dinheiro a Mévio, enquanto isso, Paulo
faz a segurança do local. Não se tem a extorsão com a causa de aumento porque Paulo é partícipe de
acordo com a teoria restritiva.

A outra causa de aumento recai sobre o emprego de arma.


STJ: Um julgado de 2015, Ag. Reg. 1536939/SC entende que a arma desmuniciada quando
empregada no roubo ou na extornão, não há incidência da causa de aumento por ausência de
potencialidade lesiva.
A arma dismuniciada no roubo configura somente a grave ameaça.
Para o STF, a arma dismuniciada configura majorante.

- Extorsão qualificada pela morte:


É considerada crime hediondo.
Quem deve morrer? A vítma ou qualquer pessoa? A doutrina diverge.
Deixar de considerar o §3 como hediondo, ofende o princípio da proteção eficiente ou
vedação da proteção deficiente.

-Sequestro relâmpago:
É extorsão ou roubo com restrição?
Roubo com restrição de liberdade da vítima: agente restringe a liberdade da vítima para
facilitar a ação criminosa. EX: Aborda a vítima no carro e pede que ela caminhe junto com ele para
que ninguém note, depois a libera. Essa restrição tem que ser de período curto, caso contrário
configura a privação da liberdade, vindo a responder em concurso por roubo e sequestro.
Extorsão: art. 158. A causa de aumento do §3 da restrição de liberdde da vítima: aqui
necessita de colaboração da vítima. EX: Leva a vítima ao caixa eletrônico.
Art. 58, § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas
no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.

-Sobre a extrosão com liberdde da vítima ser hediondo, tem duas correntes:
1-Entende que seria um desdobramento do caput, sendo somente uma forma qualififcada.
Somente deve ser considerado hediondo quando houver morte.
2- Entende que não é hediondo porque adotamos o critério legal para dizer quem são os
crimes hediondos.
Prevalece a 2 corrente, que adota o critério legal.

- A causa de aumento do § 1º aplica-se a extorão com liberdade da vítima?


Extorsão qualificada pela liberdade da vítima pode ser majorada se cometido por duas ou
mais pessoas ou uso de arma?
1- Corrente minoritária entende que a causa de aumento está antes do §3º, então, topograficamente
não há de se falar da causa de aumento no topograficamente o § 1º está abaixo do caput.3º,
aplincando a causa de aumento somete ao caput.
2- STJ entende que sim, porque o § 1º não é crime autônomo, é somente uma qualificadora. Rec.
Esp.1353.693 (13/09/2016).

REVENDO JULGADOS- BENS CONFISCADOS- TRÁFICO X STF (12/08/2017)

Julgado de abril de 2017:


Art. 243, CF fala quando a propriedade é utilizada em tráfico de drogas.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
EX: Tício trafica drogas e, sempre utiliza seu veículo no tráfico. Em determinada data o veículo
quebrou e ele usou seu outro veículo que fica com sua mulher. Tício foi preso em flagrante.
Esse bem que Tício utilizou de froma eventual pode ser alvo de confisco? Esse tema está em
repercussão geral no STF, que entende ser possível o confisco de todo e qualquer bem de valor
econômico apreendido em decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade de perquirir a
eventualidade e habitualidade do uso do bem. A CF não vinvulou a habitualidade ou
eventualidadepara a questão do confisco.
O veículo em relação a terceiro tem que ser analizar em cada caso conreto.

DELEGADO DE POLÍCIA X ATENDIMENTO DA MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


(14/08/2017)

Como o delegado deve se portar diante de uma situação de vítima da lei Maria da Penha?
Ler: art. 10, 11 e 12 antes da prova.

Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a


mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as
providências legais cabíveis.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida
protetiva de urgência deferida.

Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade


policial deverá, entre outras providências: (A banca vai dizer que o rol é taxativo)
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário; (vai dizer que é para comunicar em 24hr)
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida; (Vai colocar: em qualquer caso)
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se
apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas (coloca que tem que ser de forma
imediata), expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas
protetivas de urgência; (Se o juiz receber, vai para o art. 18, tendo o prazo de 48 sobre as medidas
protetivas).
OBS: Não é o delegado que representa pelas medidas protetivas. A vítima é quem faz o
pedido e o delegado somente encaminha ao juiz.
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários;
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais
contra ele;
VII - remeter, no prazo legal (não é no prazo de 48hr) , os autos do inquérito policial ao juiz e
ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida (medidas protetivas) será tomado a termo pela autoridade policial
e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
II - nome e idade dos dependentes;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.

§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1o o boletim de


ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.

§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por
hospitais e postos de saúde.

EX: Tício agrediu Mévia, que foi levada à delegacia. Chegando lá, Mévia pede que o delegado
somente ‘aperte’ Tício, sem querer propor ação. O delegado, sabendo ser crime de ação penal
pública incondicionada, aplica a lei e o prende em flagrante (art. 41 da lei 11.340 menciona: Art. 41.
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da
pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099). A lei 9099 tem a representação como condição de
procedibilidade quando da lesão corporal. Assim, afasta a representação no crime de lesão corporal
no âmbito da violência doméstica contra a mulher.
Delegado vai autuar Tício em flagrante: tem que ‘se ligar’ na escala penal, de olho no art. 322
CPP e o arbitramento da fiança:
- Maria da Penha é possível aplicação da fiança. Não há transação penal.
- Se a vítima não for lesionada, somente ameaçada: delegado lavra APF também, pois, mes mo
ameaça send um crime de menor potencial ofensivo, o art. 41 afastou a aplicação da lei 9099,
consequentemente afastou tamb´ém o TCO, tendo que lavrar o APF.
O afastamento da representação como condição de procedibilidade, em que possibilita o
delegado lavrar o APF, independente de manifestação da vítima, faz referência somente à lesão
corporal; em se tratando de ameaça, a vítima tem que representar.
EX: Mévia chega à delegacia dizendo que Tício a xingou ofendendo a sua honra. (injúria). O
delegado não pode lavrar o APF de forma imediata afastando a lei 9099. Se tem o requerimento da
vítima, tem o APF lavrado, porque o art. 41 afasta a lei 9099. Se o art. 41 afasta a lei 9099, não se
pode lavrar o TCO em sede de injúria, tem que ser o APF, mas para isso será preciso o requerimento
da vítima porque injúria é de ação penal privada.

EX: Mévia foi lesionada, injuriada e Tício ainda pegou o celular dela e jogou no chão. Delitos:
lesão corporal, ameaça , injúria e dano. Mévia representou os delitos que demandam representação.
Delegado lavra o APF, mas para arbitrar fiança, tem que analisar a pena de todos os crimes, para não
ultrapassar o estabelecido no art. 322. Há concurso de crimes.

EX: Mévia chega à delegacia dizendo que Tício deu diversos empurrões, mas não quer que o
delegado o prenda, somente ‘aperte’ ele. Empurrões materializam contravenção penal do art. 21,
vias de fato, e a ação penal é pública indondicionada, porque afasta a lei 9099.
O art. 41 diz que nãos e aplica a lei 9099 aos CRIMES praticados com violência doméstica, mas
o STJ e STJ entendem que se aplica também à contravenção penal, de forma etensiva.

EX: Tício, policial militar, que realizou disparo de arma de fogo em local habitado. Na
delegacia, foi lavrado APF no art. 15 da lei 10.826, pena de reclusão de 2 a 4 anos, o que estaria
dentro do limite de aplicação de fiança do delegado. Mas, para arbitrar fiança, o delegado tem que
considerar as causas de aumento. Nesse caso, a pena é aumentada no art. 20.
Todos os crimes previstos no estatuto do desarmamento são afiançáveis !!! O delegado é que
só pode até 4 anos.

EX: Mévia casada com Tício, o ameaça. Ao chegar à delegacia, o delegado não vai lavrar APF
porque nesse caso pode ser aplicada a lei 9099. Ameaça é crime de ação penal pública condicionada
á representação, mas para lavrar TCO não é preciso representação da vítima (TCO não tem como
condição de procedibilidade a representação; isso é somente para o inquérito). TCO não se submete
a condição de procedibilidade.

EX: Mévia xingou Tício e foi levada á delegacia. Delegado lavra o TCO. Não seria prisão em
flagrante? Seria presa somente se ela não assinar o termo de compromisso de comparecer ao
juizado.

EX: Mévia lesiona Tício. Aplica-se a lei 11.343 sendo vítima homem? Delegado não vai lavrar
TCO, memo tendo lesão corporal. Art. 129, §9 diz que a reclusão não ultrapassa os 3 anos nesse caso,
não é crime de menor potencial ofensivo, sendo a mulher presa em flagrante.
A vítma sendo homem, em regra, não se aplica a lei 11.340. O Art. 41 afasta a lei 9099 nos
crimes contravenções em sede de violência doméstica em que tem a mulher no polo passivo.
Afatstando a lei 9099 tambpema fasta a representação como condição de procedibilidade ao tratar a
lesão corporal leve e culposa, tendo ação penal pública incondicionada.
Não se fala da aplicabilidade da lei 11.340 quando tem o homem no polo passivo, como regra,
esa prisão da mulher no exemplo citado vai demandar representação da vítima.

MULA X STJ X STF (16/08/2017)

Entendimento recente: Art. 33, §4 traz o tráfico privilegiado. A simples condição de mula
significa que é integrante da organização criminosa? STF no HC 132459 entende que não, sendo
imprescindível, para tanto, prova inequívoca do envolvimento estável e permanente. Para o STJ, a
última decisão (abril de 201- HC 387.077/ SP) se filiou ao entendimento do STF, onde a simples
condição de mula não é suficiente para ser integrante de O.C, sendo possível a incidência da causa de
diminuição do privilégio para a mula. Conseguindo comprovar que dentro da OC a função dele é
transportar droga, aí ele faz parte da O.C.
STF
entenhttps://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwiSq8z94_jWAhVKEJAK
HatnAwoQFggnMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2F2003%2FL10.741.htm&usg=AOv
Vaw1RBuXPowKXDU3fqGYQq11ude que na 3 fase de Hungria, que pode considerar a atividade de mula
com maior reprovabilidade da conduta, ensejando uma menor diminuição da pena.
STF e STJ entendem que a quantidade da droga é indicador que o agente se dedica à atividade
criminosa, afastando o privilégio.

ESTATUTO DO IDOSO (16/08/2017)

Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não
ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de
1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal.

Quando o estatuto do idoso entrou em vigor, tivemos duas correntes: (o estatuto alterou o
conceito de menor potencial ofensivo???)
- 1ª disse que o art. 94 é possível aplicar a lei 9099 e os institutos despenalizadores estão na
lei 9099, então é possível aplicar esses institutos despenalizadores em crimes cuja pena PPL seja
inferior a 4 anos, o estatuto teria então alterado o conceito de crime de menor potencial ofensivo.
Para essa corrente, o crime de menor potencial ofensivo seria então o que não ultrapassa os 4 anos.
- 2ª disse que numa interpretação teleológica, a lei não foi criada para criar benefícios
(transação penal) àquele que pratica crime contra o idoso. A intenção do legislador era dar uma
celeridade à apuração esses delitos. Entendeu que não ocorreu a alteração de crime de menor
potencial ofensivo, apenas deu tratamento mais célere a investigação desses delitos.
Prevalece que a lei não alterou os crimes de menor potencial ofensivo, a 2ª corrente.

Aos crimes previstos no Estatuto do idoso não se aplicam a transação penal. Certo ou Errado?
Depende. Aos crimes do estatuto que superam os 4 anos aplica-se a lei 9099, mas sem a
transação penal porque não foi alterado o conceito de crime de menor potencial ofensivo. Mas se
colocar um delito do estatuto com pena que não supera 2 anos, além da lei 9099 será possível
também os institutos despenealizadores.
REVISÃO- PÓS AULÃO ADELANTE

-Tortura: se o agente pratica tortura em face de uma cirança ou adolescente e, essa torura
ocorre onde há prevalência de relação doméstica e de coabitação, ele responde por tortura com a
causa de aumento (§4) e aplicabilidade da agravante genérica prevista no art. 61, II, ‘f’ (STJ entende
que não constitui bis in iden).
Ler as causas de aumento da tortura.

- ECA:
01)- Aquele que fornce a adolescentw, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito ou proibido, fica sujeito a sanção penal prevista no ECA, em decorrência do
princípio da especialidade. ERRADOS, art. 16, §ú da lei 10826, é crime previsto no estatuto do
desarmamento. No art. 242 do ECA:. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de
qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo. Então, considera crime no ECA
somente as armas brancas. Se for arma de fogo ou munições será crime do estatuto.

02)- Constitui crime do ECA a conduta de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar e
registrar, por qualquer meio cena de sexo explícito ou pornográfica. O conceito de cena de sexo
explícito ou pornográfica está no art. 241-Eara efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão
“cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de
uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. STJ entende que não há necessidade
da nudez.
CORRETA, ela transcreve a conduta típica do art. 240 e §1.
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena
de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescentePena – reclusão, de 4 (quatro) a
8 (oito) anos, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou
ainda quem com esses contracena.
O art. 240, §1 tem causa de aumento.
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou
por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título,
tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.
3)- Constitui crime previsto no ECA a conduta de adquiri, possuir ou armazenar por qualquer
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfico de crança ou adolescente. CORRETA, art. 241-B.
No art. 241-b tem uma causa de diminuição: § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. O legislador vai
pegar as causas de aumento do art. 240 e vai jogar aqui no art. 241.

4)- Constitui crime do ECA a conduta de vender ou expor a venda fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico que contenha criança ou adolescente,
bem como, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar, divulgar em qualquer meio,
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico que
contenha criança ou adolescente, sendo que, em todos os casos citados a pena é aumentada de 1/3
se o agente comete o crime prevalecendo- se de relação parentesco, consanguíneo ou afins até o
terceiro grau. ERRADO, a causa de aumento não se aplica ao art. 241 e 241-A.

Bebida alcóolica configura crime no ECA!!! Art. 243


Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer
forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos
componentes possam causar dependência física ou psíquica.
Se a substância está inserida na portaria da ANVISA, tem o tráfico.
Cola de sapateiro não está na portaria, é crime do ECA, como bebida alcoólica também.

STF e STJ entendem ser possível aplicação do princípio da insignificância nos atos infracionais.
Internação pela prática da reiteração de atos infracioanais: STJ entende que não há
necessidade de praticar 3 atos.

-ECA: súmula 492, STJ. “O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente”.

Súmula 500, STJ: A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

- Lei de trânsito:
01)- Bentinho que é médico, vinha conduzindo seu veículo falando ao celular e não percebeu
a retenção do trânsito e atingiu a traseira da motocicleta de Capitu. Parou o veículo, chamou socorro
e prestou os primeiros atendimentos à vítima que ficou gravemente ferida. Chegando a ambulância,
Capitu foi levada ao hospital, onde veio a falecer. A PM preservou o local do acidente e apresentou
Bentinho a autoridade policial. A autoridade policial, após advertir o dieito ao silêncio (aviso de
Miranda), verificou que o conduzido portava CNH regular. Bentinho confirmou que falava ao celular
no momento. Deve a autoridade policial instaurar IP por portaria, não impondo prisão em flagrante e
nem exigir fiança.
Art. 301 CTB: Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro
àquela.
O delegado não pode lavrar o APF. Instaura inquérito por portaria.
Sai de lesão corporal culposa para homicídio culposo na direção de veículo automotor.

02)- No delito de homicídio culposo, na direção de veículo automotor, se o agente conduz o


veículo automotor com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou e
outra substância psicoativa, que determina dependência ou participa de corrida ou disputa ou
competição automobilística em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente, será submetido a pena de reclusão de 2 a 4 anos e suspensão ou proibição de obter a
habilitação para veículo automotor.
ERRADA. Esse dispositivo foi revogado em 2016. Agora tem concurso material d crimes:
homicídio +embriaguez.
Ausas de aumento de homicídio culposo na direção de veículo automotor: agente não possui
permissão para dirigir; praticar em faixa de pedestre ou calçada ou deixar de prestar socorro quando
possível. STJ entende que a simples morte instantânea não é suficiente para não incidir a causa de
aumento. A morte instantânea tem que ser evidente.

- Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de
1/3 (um terço) à metade, se o agente:
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
STJ entende que para incidir a causa de aumento, não há necessidade que o agente esteja
transportando passageiro no momento do homicídio culposo.

- Lesão corporal na direção de veículo automotor vai incidir causa de aumente se ocorrer nas
mesmas situações que incidiram no homicídio culposo.

03)- Segundo STJ, constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de
veículo automotor a pessoa que não seja habilitada ou que se encontre em qualquer das situações do
art. 310, independente de lesõ ou perigo concreto na condução do veículo.
CORRETA, súmula 575, STJ. Aquele que entrega a chave a pessoa não habilitada vai responder;
quem dirige, só responde se gerar o perigo, caso contrário é fato atípico.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada,
com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.
Para o STJ, o delito do art. 309 foi absolvido pela conduta de praticar lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor, tipificada no art. 303.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.

Perdão judicial no homicídio culposo tem que ter vínculo de afeto.

- Lavagem de dinheiro:
01)- Para caracterização do delito de lavagem de dinheiro, a legislação de regência prevê um
rol taxativo dos crimes antecedentes, geradores de origem ilícita, sem os quais o crime não subsiste?
ERRADA, pode derivar de qualquer infração penal. Art. 1.
* Art. 1,§4 lei 9613 menciona que a pena é aumenta da de 1 a 2/3 se os crimes forem
cometidos de forma reiterda por OC.
O que vem a ser justa causa duplicada? No art. 2,§1 menciona: A denúncia será instruída com
indícios suficientes da existência da infração penal antecedente (na prova vai dizer que exige prova),
sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou
extinta a punibilidade da infração penal antecedente.
Tem que ter indícios que irão configurar a justa causa da infração antecedente + a justa causa
de que ocorreu a lavagem.
Teoria da cegueira deliliberada: busca ientificar o dolo eventual para responsabilizar o agente
que, deliberadamente, se coloca na situação de ignorante.

Torres de vigia na lavagem de dinheiro: a lei menciona que algumas instituições devmem
informar movimentações estranhas.

02)- A legislação brasielira, que cuida da LD é considerada lei de 2ª geração.


ERRADA.
Existem três gerações: 1ª: só considerava LD quando derivasse do tráfico de drogas; 2ª:
considerava um rol taxativo de infrações de crime antecedente; 3ª: qualquer infração pode originar a
LD.

03)- Somente responde por LD quem foi autor do crime antecedente.


ERRADA.
É possível a auto lavagem, onde o agente pratica a infração e ainda lava o dinheiro,
diferentemente do crime de receptação.
Pode aparecer: é possível a auto lavagem. A doutria chama de cláusula da auto lavagem a
impossibilidade do autor da infação antecedente ser o autor da auto lavagem. Essa cláusula não é
admitida no direito brasileiro. A cláusula é vedação a auto lavagem.

04)- Em tema de LD, layring ouo dissimulação, é a fase da lavagem de capitais em que se
busca a introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando sua procedência, como por
exemplo a execução do fracionamento de grande quantia em pequenos valores, objetivando escapar
do controle administrativo imposto as instituições financeiras.
Fases da lavagem:
1- Playcement ou colocação: introdução do dinheiro, via de regra, em poucas quantias. É um
procedimento conhecido como smurfing.
2- Layring ou Dissimulação.
3- Integration: dinheiro com aparência lícita é introduzida no sistema financeiro.

Ler: art. 1, §1; art. 1, § §4 e 5; art. 4

É possível a decretação de medidas assecuratórias de perda de bens , dreitos ou valores


quando se trata de LD? Sim, art. 4;
EX: Tício trafica e com o dinheiro da droga comprou inúmeros imóveis no nome dele. Isso não
configura LD, pois não está ocultando.

- Crime Organizado:
01)- Considera-se O.C.associação de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais com pena
não superior a 4 anos ou de caráter transnacional.
CORRETA

02)- O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder perdão judicial, reduzir em 2/e a PPL
ou subsituí-la por PRD daquele que colabora efetiva e voluntariamente com a investigação e processo
criminal , desde que dessa colaboração advenha a revelação da estrutura hierárquica da OC ou
recuperação total do produto ou provento da O.C. ou até mesmo outros resultados previstos na lei
12850 (art. 4).

03)- O líder de determinada O.C. foi preso e no curso do IP se prontificou a contribuir com a
coleta de provas, mediante a prestação de colaboração com o objetivo de, oportunamente, ser
premiado por sua conduta.O MP pode deixar de oferecer denúncia contra o colaborador?
ERRADO, o colaborador não pode ser o líder para o MP deixar de oferecer denúncia.

04)- Consiste em ação controlada, em retardar a intervenção policial ou administrativa,


relativa a ação praticada por O.C. ou a ela vinculada, , desde que mantida sob observação e
acompanhamento para que a medida legal se concretize em momento mais eficaz a formação de
provas e obteção de informações. O citado procedimento, para ser revestido de legalidade, demanda
autorização judicial.
ERRADO, art. 8, §1. Ação controlada no bojo da lei 12.850 não demanda autoriação judicial,
basta prévia comunicação ao juiz competente.
OBS: Na lei de drogas, precisa de autorização judicial. Aqui, no crime organizado, não!
Ler: art. 8,§§ 1,2,3,4; art. 9; art. 10

Se as informações prestadas na declaração já forem de conhecimento da autoridade, não faz


jus ao benefício, servindo comente como atenuante.
EX: Tício presta informação que a polícia já tinha conhecimento.
Não pode ter condenação com base somente na delação, ela tem que ser robusta de outras
provas.

Ler os direitos do colaborador.


O delegado pode propor acordo de delação? O Art. 4, §2 menciona que sim. A defensoria
entende que não, porque o titular é o MP. Os delegados entendem que não foi esse o entendimento
d legislador, tendo a própria lei mencionado o delegado de polícia nos autos do inquérito.
MP entende que delegado nã tem legitimidade porque não pode figurar no polo processual;
não possui capacidade postulatória.

Estatuto do Idoso:
01)- A pessoa que abandonar idoso em hospitais, casa de saúde ou entidades de longa
permanência ou não provê suas necessidades básicas quando obrigado, comete o crime do Estatuto
do idoso, com aplicação da lei 9099 e dos institutos despenalizadores?
ERRADO. Irá aplicar a lei 9099, mas quanto ao instituto despenalizadores vai depender do
tempo de PPL. No caso concreto, não será possível a transação penal por ter pena de 3 a 8 anos de
PPL.
02)- Constitui crime previst no estatuto do idoso a conuta de reter cartão magnético de conta
bancária relativa à benef[icios, proventos ou pensão do idoso.
CORRETO.

Crimes Ambientais:

01)- Segundo o STJ, é possível a responsabilidade da PJ pela prática de delitos ambientais,


independente da responsabilização da PF que age em seu nome.
CORRETO, não há necessidade da dupla imputação.

02)- Constitui crime ambiental a conduta de matar, explorar economicamente ou degradar


floresta, planta ou nativa em terra de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão
competente com incidência da causa de aumento de 1/6 a 1/3 se o crime é cometido durante o
período de formação de vegetações.
CORRETO.

Ler art. 50-A, §§ 1 e 2; art. 51; art. 52 e art. 53.

03)- O delito de causar poluião nã admite a modalidade culposa.


ERRADO, art. 54.
Lr. Art.54, §§ 1 e 2.
Para o STJ, na poluição tem que ter a perícia.

04)- Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de
PRD ou de multa previstas no art. 76 somente poderá ser formulada desde que tenha tido a prévia
comprovação do dano ambiental de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada
impossibilidade de fazer.
CORRETO.
Ler art. 27; art. 28, I, II, III e IV.

05)- Nos crimes de maus tratos contra animais domésticos, o bem jurídico tuteltado é a
conservação da natureza.
ERRADO, é crime contra a fauna, sendoo meio ambiente.

No art. 48, STJ entende que para configurar o delito é dispensável qe a área seja de
preservação permanente.

BUSCA E APREENSÃO X DENÚNCIA ANÔNIMA (24/08/2017)

EX: A polícia recebeu diversas ligações anônimas infomando que o Tìcio tem um depósito de
drogas em sua residência. O delegado com base nessas ligações representou pela busca e apreensão.
Como ligações anônimas não caracterizam fundadas razões, o delegado representou pela
busca. O juiz deferiu a busca. É possível a decretação de busca e apreensão com base em denúncia
anônima?
Não. O que poderia acontecer é o delegado dar uma roupagem a sua conduta pode alegar
erro de tipo, entendendo que estava e estrito cumprimento do dever legal putaivo por achar que
tinha droga na casa e por isso entrou. Assim, como ele poderia evitar, é um erro de tipo vencível,
exclui o dolo, respondendo somente a título de culpa e não existe abuso de autoridade culposa.
O erro de tipo vencível ou invencível exclui o dolo. Erro de tipo é chamado de cara negativa do
dolo porque é sempre dolo negativo, sempre excluído.
Não há necessidade de IP instaurado para decretação da busca e apreensão, basta a
investigação em curso.
Há necessidade de IP instaurado para representar por uma prisão temporária? Muito embora
a lei da temporária determina ser cabível quando ncesário para investigações de IP. A doutrina
majoritária entende que não, basta investigação em curso.
Busca e apreensão tem natureza jurídica de meio de obtenção de prova e não meio de prova.
Na busca e apreensão de um documento, a busca seria o meio de obtenção da prova e o documento
seria o meio de prova.
Um advogado pode representar pela buca e apreensão, em sede de instrução processual.
Art. 240, CPP
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
EX: Eu tenho um cliente que está respondendo por homicídio, onde o sistema de
monitoramento da casa acabou filmando a ação. O Advogado alega que foi legítima defesa e o dono
da casa não quer dar a filmagem. O advoado requerer pela busca e apreensão em defesa do seu
cliente.
O art. 242 não limita a busca à autoridade policial ou ao MP.
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.

Busca e apreensão não se confundem.


Busca domiciliar, art, 245, é possível ser realizada a noite quando do consentimento do
morador.
Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se
realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao
morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
É possível a realização de busca a noite quando do consentimento do morador. STF entende
ser possível a busca, inclusive à noite, e sem consentimento do morador quando presentes fundadas
razões.
Se está ocorrendo cumprimento de mandado de busca iniciado de manhã e se estendeu
durante a noite, não há necessidade de interromper porque anoiteceu.

A busca pessoal, trazida pelo CPC, se a pessoa estiver portando instrumento do crime. Não
demanda autorização judicial.

-Um homem pode realizar busca pessoal em uma mulher?


Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou
prejuízo da diligência.
Há sim a possibilidade de o homem realizar busca em uma mulher, no caso para não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
Se não tem outra mulher e há a necessidade de fazer a busca. Se o policial aproveita-se da
situação para saciar sua lascívia, comete o crime de violação sexual mediante fraude.
EX: Um policial, realizando cumprimento de mandado de busca e apreensão de uma arma de
fogo, não a encontra, mas encontra diversos cartões clonados.
A denominada serendipidade (encontro ocasional de provas) não se aplica somente na órbita
da interceptação telefônica, pode existir também
Serendipidade de 1º: quando há conexão da prova encontrada com o crime investigado.
Sendo possível utilizar essa prova encontrada na condenação.
Serendipidade de 2º: quando não há conexão entre as provas. As provas encontradas servirão
de justa causa para instauranção de IP.
O IP para ser instaurado precisa da justa causa.

Voltando ao caso conreto, EX: A polícia recebeu diversas ligações anônimas infomando que o
Tìcio tem um depósito de drogas em sua residência. O delegado com base nessas ligações
representou pela busca e apreensão. E o juiz deferiu. Há possibilidade da decretação de busca e
apreensão com base, exclusivamente, em ligações anônimas?
O MP entende que o delegado não tem capacidade postulatória e no ato do delegado
representando pela busca, deve o juiz abrir vistas ao MP, e o MP receber como mera peça de
informação e quando for dar o parecer, ele representar o pela busca.
1ª turma do STF entende que não há possibilidade de mandado de busca e apreensão com
base exclusivamente com base em denúncia anônima, como também de deferimento de intercepção
telefônica. (HC 106.152 de 29/03/2016).
Não pode o delegado representar com base exclusivamente em denúncia anônima, mas se o
delegado receber denúncia anônima e realizar diligência e em decorrência dessas diligências
constituir a justa causa, será possível representar pela busca e apreensão.
-Os crimes em que é possível a interceptação telefônica, oque são punidos com reclusão, são
denominados crime de catálogo/listel.
O indivíduo que realiza a interceptação sem autorização judicial, comete o crime do art. 10 da
lei 9296.

- Barriga de aluguel em termo de interceptação telefônica: o sujeito se aproveita do pedido de


uma interceptação e inclui um número que não tem relação com crime investigado.

Noticia criminis inqualificada ou delatio criminis apócrifa: é baseada na denúncia anônima

TEMAS RELEVANTES ACERCA DO INQUÉRITO POLICIAL – PARTE I (27/08/2017)

 Natureza jurídica: procedimento administrativo inquisitorial. NÃO é processo (porque


processo pressupõe contraditório!!!) Procedimento é sequencia de atos.
 Função: instrumento de garantia e preservadora de direitos e garantias individuais. Quando
se tem o IP, tem-se a garantia de que não será acusado de forma temerária (porque antes do MP
oferecer a denúncia, foi realizado um trabaho investigativo anterior, mesmo o IP sendo dispensável,
mas 95% das ações penais são propostas com fundamento em IP).
A função preparatória é porque o IP robustece a justa causa ara propositura da ação penal.
Ação penal e IP demandam lastro mínimo probatório. Para instaurar IP tem que haver a justa
causa. IP sem justa causa desafia um HC trancativo.
Crimes de ação penal pública o IP é instaurado de ofício, mediante requisição da autoridade
judiciária ou do ministério público ou a requerimento do ofendido ou quem estiver qualidade para
representa-lo.
Em crimes de ação penal pública condicionada a representação, o IP só pode ser instaurado
mendiante a representação da vítima ou de seu representante legal. Se o delegado instaura sem essa
condição de procedibilidade, será ilegal.
Representação da vítma recebe o nome de delatio criminis postulatória, pois, delata o crime e
postula uma providência.
Nos crimes de ação penal privada é necessário o requerimento da vítima.
De acordo com a lei Maria da Penha, um crime que, em tese, iria instaurar um TCO, por força
do art. 41 da lei (afasta a lei 9099), terá que ser instaurado o IP (por ex: para apurar uma lesão leve).
O delegado, diante de uma contravenção penal de vias de fato no contexto da violência
doméstica contra a mulher, deve lavrar o auto de prisão em flagrante e prender o agressor. EX: Tício
empurrou Mévia. Chegando à delegacia, contravenção penal em tese se submete ao rito da lei 9099,
mas como Tício tem relação de afeto com Mévia, a ação penal é pública indcondicionada e o
delegado vai lavrar o auto de prisão em flagrante e não promover a lavratura de um TCO.

A justa causa para instaurar IP afasta inclusive a instauração de IP por fato atípico.Também
desafia um HC para trancamento desse IP.

Hoje, o posicionamento dos tribunais é que não há instauração de IP com base,


eclusivamente, em denúncias anônimas.

O IP deve ser instaurado no local onde ocorreu a consumação? Raciocinando com


competência, o art. 70 do CPP adota a teoria do resultado do evento. Quando se trata de IP, pelo
princípio da simetria, vai ser instaurado onde ocorreu a consumação do fato. Exceção: crimes dolosos
contra a vida a competência sera do local da prática dos atos executórios.

Se outra delegacia, não do local da consumação, instaurar o IP? Temos mera irregularidade
(STJ).

 Características do IP:
-IP navga na órbita do Estado (princípio da oficialidade).
A CF prevê para apuração de infrações penais comum, a polícia judiciária.

- IP é oficioso: uma vez instaurado o IP, o delegado não necessita da parte para dar
continuidade as diligências. O IP se desenvolve de ofício.

STJ entende que os atos de polícia judiciária são exclusivamente desenvolvidos pela polícia
judiciária. Não pode a Abin praticar atos típicos de polícia judiciária.

Investigação de infração penal comum por parte da PM: a PM pode investigar crimes
militares.
MP pode praticar atos de investigação: a CF não atribui poderes investigatórios ao MP, mas o
STF lança mão da teoria dos poderes implícitos e entende que o MP pode investigar (se ele pode
propor ação penal, por que não poderia investigar?).

- IP é sigiloso:
* Sigilo interno: oponível as partes (não pdoe ser oponível ao MP e ao juiz). Advogado tem
acesso as provas produzidas e já documentadas.
* Sigilo externo: oponível a sociedade.
A lei 13.245/2016 alterou o estatuto da ordem, possibilitando maior participação do advogado
na investigação. Tornou um IP em um procedimento em contraditório?? Não, o IP continua sendo
discricionário do delegado.
Súmula vinculante 14 possibilita o aceso do advogado ao IP (das provas produzidas e já
documentadas). Se o delegado negar acesso aos autos ao advogado comete crime de abuso de
autoridade (art. 3 da lei 4898/65), mas para isso o delegado tem que ter o dolo. Podendo o advogado
fazer reclamação ao STF por descumprimento de SV.O advogado também pode lançar mão do MS<
pois te o direito líquido e certo. O investigado que não tem acesso aos autos pelo seu advogado,
pode lançar mão de HC.

IP tem valor probatório relativo. Não há possibilidade de o juiz condenar com base,
eclusivamente, indiciárias. O juiz não pode condenar, mas pode absolver!!!

- IP é um procedimento escrito. Tem que ser reduzido a termo os depoimentos.


- IP é um procedimento temporário. IP tem prazo.
STJ entende que não há possibilidade de se verificar o IP com 6, 7 anos tramitando,
configurando constramgimento ilegal.
Aplica-se a razoável duração do processo à instrução processual e à fase de investigação.

- IP é indisponível, e uma vez instaurado não podendo o delegado mandar arquivá-lo. O


delegado encaminha o IP ao MP ou juiz (tem posicionamentos diferentes). Entende a justiça federal
que o IP pode ser enviado diretamente ao MP.
- IP é discricionário: o delegado quem conduz o IP. Há possibilidade do delegado indeferir
diligências. A discricionariedade do delegado não é absoluta, havendo diligências que ele não pode
indeferir (exame pericial quando a infração deixar vestígios, art. 183).
- IP é dispensável: a maioria das ações penais hoje propostas são com base em IP.

 Diligências a serem realizadas no IP:


Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais;

EX: Delegado se dirige ao local da infração, acidente de trânsito com vítima fatal, tendo Mévio
alterado o local do crime.
Alterar o local do crime onde as provas irão produzir futuros efeitos penais, se for no âmbito
de trânsito, não pode o delegado lavrar a prisão em flagrante com base no art. 347 do CP (porque,
como dobra a pena, não pode lavrar TCO), pois, pelo princípio da especialidade irá aplicar o art. 312
CTB e lavrar TCO. Se o delegado realizar APF (auto de prisão em flagrante), será ilegal, cabendo o
relaxamento.
Art. 347 CP- Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não
iniciado, as penas aplicam-se em dobro.

Art. 312 CTB. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na
pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

EX: Um acidente de trânsito e está Tício alterando o local da infração. Esse acidente é sem
v´tima.
Agora aplica-se o art. 347 do CP.

Art. 6,II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;

EX: Tem uma arma de fogo que foi empregado na ação criminosa. Chegando o delegad ao
local da infração, a arma não se encontra, sendo informada que está na casa do Tício. O delegado não
tem a certeza que está lá, então tem que representar por uma busca e apreensão.
Se o delegado tivesse recebido essa informação por denúncia anônima, não poderia cm base
nisso representar pela busca, teria que ter uma investigação primeiro.

Art. 6, III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
Aqui, entra a busca.

Art. 6,IV - ouvir o ofendido;


EX: Delegado intimou e a vítima disse que não vai. Lança mão do art. 201, §1 e a condução
coercitiva. (Art. 201 CPP Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as
circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar,
tomando-se por termo as suas declarações. § 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer
sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade).
Art. 6, V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III
do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;
É o interrogatório.
Conversa informal ente delegado e investigado, sem informar o direito de ficar calado (Aviso
de Miranda), STJ entende que essa prova é ilícita.

Art. 107 CPP: Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito,
mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Temos duas correntes doutrinárias:
1ª Entende que o art. não foi recepcionado pela CF, e possibilita sim a arguição de suspeição
ao delegado.
2ª STJ entende que não há possibilidade de arguir suspeição via delegado de polícia,
entendendo que as provas produzidas na fase de investigação não tem a certeza de serem utilizadas
na ação penal e essas provas serão contraditadas em juízo. O judiciário não pode afastar o delegado
por suspeição.

TEMAS RELEVANTES ACERCA DO INQUÉRITO POLICIAL – PARTE II (31/08/2017)

O IP, via de regra, não tem o contraditório. Exceção: lei 6815 no art. 7 que prevê o
contraditório para a expulsão do estrangeiro.
Alteração do estatuto da ordem não tornou o IP incontraditório, o IP continua inquisitorial,
mas com maior participação do advogado em série de investigação.
O IP tem sua função garantista: tem função preservadora e garantista de direitos
fundamentais porque ele evita uma acusação temerária, pois, a justa causa foi formada com base em
uma investigação.
IP, por não ter o contraditório, é um procedimento administrativo inquisitorial, por isso, tem
seu valor probatório relativo, assim, suas as provas produzidas em sede de IP devem ser
contraditadas na instrução processual e o juiz não pode condenar com base exclusivamente nas
provas produzidas no IP.

Uma das diligências mencionada é ouvir o ofendido. Há possibilidade de condução coercitiva?


SIM.
O investigado pode ser conduzido coercitivamente, e o dirieto de não produzir provas contra
si mesmo?
O investigado pode ser conduzido a presença da autoridade? Há necessidade de autorização
judicial? Temos quatro correntes:
1ª entende que não pode ser conduzido. Essa corrente busca fundamento na convenção de
direitos humanos o ofendido não é origado a produzir provas contra si mesmo.
2ª MP defende que pode, mas que há necessidade de autorização judicial.
3ª Delegados entendem que não há necessidade de autorização judicial para condução
coercitiva, com base no art. 201,§1 ao falar autoridade+ art. 260+art. 278. Para essa corrente, seria
necessária autorização somente para condução de testemunha porque o art. 218 fala em juiz!
4ª Defendida pelo STF no HC 107.644/SP entendeu que a polícia judiciária tem legitimidade
para tomar todas as providências necessárias a lucidação do delito,o incluindo a condução de pessoas
para prestar esclarecimento. (fala: qualquer pessoa).

A prisão para averiguação se confunde com a detenção momentânea?


Não, Detenção momentânea é sustentada na órbita da razoabilidade e revestida da licitude,
em manter por curto tempo detido para uma averiguação. A prisão para averiguação constitui crime
de abuso de autoridade.

Art. 6, VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;


O investigado é obrigado a participar do reconhecimento de pessoas?
STF entende que o reconhecimento é um tolere e não um fazere. O indivíduo é obrigado a
participar.
Sendo obrigado a participar do reconhecimento, é necessário que essa pessoa a ser
reconhecida esteja no meio de pessoas que mantenham com ela semelhança? Não, de acordo com o
art. 226 CPP.
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á
pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que
deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras
que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a
apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de
intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a
autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela
pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução
criminal ou em plenário de julgamento.

STJ entende que mesmo havendo a inobservância do art. 226, é uma nulidade relativa.
O reconhecimento fotográfio é possível em fase de investigação? Sim. Está rpevisto no CPP?
Não, é denominado prova inominada.
O reconhecimento fotográfico pode ser considerado um meio de prova? SIM, mesmo não
estando no CPP.
O retrato falado não é meio de prova, é somente um mecanismo de auxílide investigação.
Uma prova produzida seguindo o rito, é chamada de prova ritual. Prova irritual é a que não
sege o rito, eivada de ilicitude.
Delegado querendo ouvir uma testemunha em outro Estado, manda que ela seja ouvida lá
(prova fora da terra, produzida por precatória).

Art. 6, VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
Pode realizar o exame de corpo e delito via indireta, através do prontuário médico.
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
Tem que fazer uma leitura de acordo com a lei 12.037 que menciona que o possivelmente
identificado não estará sujeito à identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta lei.
STJ e STF entendem que é crime atribuir falsa identidade, ainda que em situação de alegada
auto defesa.
Ele tem direito a permanecer calado quanto ao conteúdo dos fatos, mas quanto a
identificação, é obrigado a responder.

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma


deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.
No IP, mediante portaria, e o delegado decreta a prisão temporária. Quando o indiciado está
preso o delegado tem que fazer essas perguntas.

No art. 7 que trata do auto de reconstituição.


Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,
a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie
a moralidade ou a ordem pública.
No caso de vítma de estupro, não pode o delegado fazer a reconsitutição por contrariar a
moralidade.
O reconhecimento é um fazer e não um tolere, não sendo obrigada a participação. Tem
corrente doutrinária apontando que é possível a condução até o local.

Auto de acareação: art. 229 ocorre diante de versões conflitantes. O investigado não é
obrigado a participar.

BUSCA E APREENSÃO X AUSÊNCIA LACRE MATERIAL APREENDIDO X STJ (02/07/2017)

Naturea jurídica da busca e apreensão é de obtenção de prova. Prevista no art. 240 do CPP.
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a
fim delituoso;

e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;


f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja
suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.

STF entende que, havendo fundadas razões, não é necessário o mandado para realização da
busca e apreensão, inclusive à noite.
A busca no inquérito não é possível com base em representação fundada exclusivamente em
denúncia anônima, é necessária a justa causa.
EX: Delegado realizando investigação de suposta OC e representa pela busca e apreensão
(tem que ser determinada). Juiz deferiu. Realizada a busca e apreendido muitos documentos e
computadores. O delegado, diante da quantidade de documento não conseguiu lacrar todas as
caixas. A defesa alegou nulidade dessas provas pela falta de lacre, pois não tinha garantia que todo
aquele material que continha na caixa tinha sido encontrada na casa de seu cliente.
5ª turma do STJ falou que a arguição de nulidade está no art. 563 do CPP que menciona que
nenhum ato será declarado nulo se não restar prejuízo para acusaão ou defesa. A defesa tem que
demonstrar que o material foi adulterado e não somente alegar a nulidade. Ausência de lacre em
todo material apreendido, se não for demonstrado o prejuízo, não há de se falar em nulidade. Rec
em HC 59.414 (27/06/2017). Presunção de validade dos atos dos policias que realizaram a busca.

PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA X PRINCÍPIO DA TRNASCEDÊNCIA EM MATÉRIA PENAL


(03/09/2017)

Princípio da intranscedência/ princípio da responsabilidade pessoal.


Art. 5, XLV CF - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
EX: Tício praticou um homicídio e logo após da condenação (ou antes mesmo dela e ele já
estava respondendo um processo) ele morreu também, teremos causa extintiva da punibilidade. Não
há que se falar em chamar um sucessor de Tício para cumprir a pena. Não existe herança da sanção
enal. A responsabilidade penal é subjetiva.
Princípio da transcendência:
O dirieot penal se preocupa em proteger bens jurídicos relevantes. No campo da ilicitude para
que o ilícito seja considerado também um ilícito penal, a conduta deve ofender o bem jurídico
relevante (caráter fragmentário do direito penal).
EX: Tício tem um veículo e começa a danificá-lo. Isso desafia uma intervenção penal? EM
regra não, a auto lesão não é punida.

O principio da alteridade ou transcedência: só pode ser castigado quem lesiona direito de


outras pessoas. Esse princípio veda a intervenção penal quando o agente está atingindo bem jurídico
próprio.
Se a intenção é atingir bem jurídico de outrem há a necessidade que se externe essa vontade
(princípio da exteriorização ou materialização do fato), iniciar os atos executórios.
Uma conduta que constitui delito autônomo e está na fase de preparação é chamado de
crime obstáculo.
EM regra, ofensa a bem jurídico próprio não desafia intervenção penal. Exceção: o bem
jurídico pode estar assegurado.
EX: Tício é jogador de futebol e faz um seguro de sua integridade física; ele vai lá e danifica
sua perna para receber o sguro (estelionato).
Transcedência porque a conduta para que tenha intervenção penal tem que transcender a
esfera individual do agente; tem que atingir bem jurídico de outrem.
Esse princípio foi desenvolvido por Roxin.
O porte de drogas para uso próprio: uso de drogas é mal para si próprio, então por que há
intervenção penal? No art. 28 não tem o verbo ‘usar’, logo, usar droga não é crime. Portar para uso é
crime porque ele circula com a droga, e aí coloca a sociedade em risco.

TEMAS RELEVANTES ACERCA DO INQUÉRITO POLICIAL – PARTE III (05/09/2017)

Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13
de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:
I - o nome da autoridade requisitante;
II - o número do inquérito policial; e

III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.

Quando o delegado estiver diante desses contextos fáticos, a lei possibilita que o delegado e o
MP possam requisitar dados cadastrais. Na prova vai dizr que pode realizar quebra de sigilo, ERRADO.
As empresas tem até 24hr para atender essa requisição.
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de
pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante
autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
Quebra de ERB não induz a interceptação telefônica, onde terá que utilizar a lei 9296.
O juiz tem um prazo de 12h para decidir. Caso o juiz não decida, a empresa irá quebrar a ERB e
somente depois irá comunicar ao juiz.
§ 4 Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente
requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao
juiz.

Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
O delegado é quem preside o IP.

Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
O relatório não é imprescindivel ao oferecimento da denúncia. Não pode o MP devolver o IP
solicitando o relatório.

Uma diligência muito utilizada durante o IP é a interceptação telefônica. A quebra de sigilo é o


conhecimento dos dados, que em fase de investigação, se submete a clausula jurisdicional.
EX: Um delegado está investigando uma associação de tráfico doméstico. O delegado
representou pela interceptação, o juiz estadual deferiu. Prodzidas as provas, o MP denunciou e deu
início a instrução processual. Durante a instrução, descobriu-se que desde o início o tráfico era
internacional. Essas provas produzidas pelo delegado serão válidas? Utiliando a Teoria do juízo
aparente, serão. Tem que comprovar que o delegadoo não tinha dados para concluir que se tratava de
tráfico internacional na investigação.
Interceptação é possível nos crimes punidos com reclusão (direito português chamda de crime
de caálogo).
EX: Delegado instaura IP porque ocorreu um homicídio, em que suspeita ter sido Tício o autor.
Delegado achando que Tício pode praticar outro crime, sem nenhuma prova contra Tìcio, representa
pela interceptação com base apenas na periculosidade de Tìcio.
O art. 2 da lei 9296 diz que tem que ter indícios razoável de autoria e materialidade.
Periculosidade do agente não é indício. Essa interceptação do delegado é chamada de interceptação
pré delitual/prospectiva. Esse tipo de interceptação não é admitida (utilizada para apurar fato futuro).
A interceptação pode ocorrer em crime punido com detenção, desde que tenha conexão com o
crime de reclusão.

EX: Delegado investigando crime de tortura e tem necessidade do reconhecimento de pessoas.


O delegado pode representar pela temporária sem IP instaurado? Não, basta a investigação em curso.
Mesmo a tortura não estando elencada no rol da temporária, será possível a prisão temporária
de acordo com a lei dos crimes hediondos que faz menção.
Art. 21 CPP não foi recepcionado pela CF.
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente
será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Há possibilidade da incomunicabilidade do preso, mas esse direito não é absoluto. ST
entendeu que é condicional, na ponderação de bens jurídicos, pode o diretor do presídio abrir as
cartas de preso para verificar o conteúdo.

O indiciamento decorre de juízo de valor do delegado, mas o ato de indiciamento não é ato
em que o delegado pode fzer sem qualquer fundamento.
Se o delegado indicia alguém sem justa causa, cabe HC.
Juiz e promotor não podem mandar o delegado indiciar, pois, eé ato privativo d delegado.
O juiz pode mandar desindiciar.

TEMAS RELEVANTES ACERCA DO INQUÉRITO POLICIAL – PARTE IV (07/09/2017)

O indiciamento é privativo do Delegado e demanda a justa causa.


Art. 2o Lei 12.830 As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
§ 6O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

Além da temorária, o delegado pode utilizar a preventiva.


Art. 311 CPP: Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

A doutrina indica que aqui estaria o juz manifestando o que chamamos de Síndrome de Dom
Casmurro (síndrome mental paranoico) no processo penal, determinando prisão preventiva até
mesmo em sede de investigação.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes
do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas
da prisão; ou
Porque aqui, ao converter o flagrante em preventiva está decretando uma preventiva de
ofício e ainda não tem uma ação penal. Aqui é o juiz agundo em série de investigação.

- Conclusão do IP: a regra 10 para indiciado preso e 30 dias para indiciado solto. Tem os prazos
especiais como a lei de drogas, por exemplo.
Ao concluir o IP, o delegado elabora um relatório. Esse relatório comporta juízo de valor? Via
de regra o delegado não externa juízo de valor no relatório, exceto na lei de drogas, que diz que o
relatório tem que ter juízo de valor.
O IP policial é encaminhado diretamente ao MP ou ao juiz?
Art. 10 CPP: O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou
sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
De acordo com o artigo, o relatório é encaminhado ao juiz, muito embora o MP seja o titular
da ação.
O juiz abre vista ao MP, que denuncia (se entender qe tem justa causa para isso); arquivar ou
requisitar novas diligências.
Na justiça federal tem uma resolução que entende que o relatório deve ser encaminhada
diretamente ao MP, e o STJ em controle de legalidade entendeu ser legal.
Uma lei estadual entendeu que o relatório deve ser encaminhado ao juiz. Foi levado em sede
de ADIn e o STF entendeu como inconstitucional, prevalecendo o art. 10.

- O arquivamento pode ser:


* Implícito:
- Objetivo: quando se tem a omissão de um fato.
EX: Tício praticou roubo e estupro. Mo denunciou somente por roubo. Juiz recebeu a
denúncia e també se manteve silente. Tem-se a omissão de um fato.
- Subjetivo: quando tem a omissão de pessoas
EX: Tício e Mévio rpatiaram homicídio. Há provas claras do concurso de pessoa. MP denuncia
somente Tício e o juiz se manteve silente.
*Direto: MP requer o arquivamento e o juiz se entender que assiste razão ao MP, manda
homologar. Se o juiz entender que não, manda ao PGJ, que pode propor a ação ou designar outro MP
que será obrigado a propor.
* Indireto: o MP entende que não tem atribuição para propor ação penal e o juiz entende que
ele é competente
Se o procurador geral que atua em sede de STJ entender pelo arquivamento, não se aplica o
art. 28!!! Não manda ao procurador geral, arquiva-se.
Arquivamnto implícito não é aceito pela doutrina. Há a necessidade de aditamento dessa
denúncia.
Arquivamento do IP em face da cláusula Rebus sic standibus: materializa a teoria da
imprevisão. O IP uma vez arquivado, via de regra, pode ser desarquivado (súmula 524) se existirem
novas provas. A decisão que arquiva o IP é uma decisão rebus sic standibus porque pode ser revista.
O arquivamento do IP em rgra não faz coisa julgada material.
Novas provas: a prova pode ser formalmente ou substancialmente nova. Será formalmente
nova. Será formalmente nova quando a prova já existia, só muda a versão. (Ex: testemunha que
muda o testemunho). Será substancialmente nova a prova que não existia na época dos fatos.
Existem situações em que não é possível desarquivar o IP, muito embora tenha novas provas.
Se o fato é atípico, muito embora tenha novas provas não será possível desarquivar.
Não será desarquivado o IP arquivado: com base na atipicidade do fato e com base em causas
extintivas de punibilidade. Não são decisões rebus sic standibus porque não podem ser revista.
OBS: Apresentar certidão de óbito falsa, e ocorreu o arquivamento do IP por causa extintiva
de punibilidade, poderá sim desarquivar se descobrir que a pessoa estava viva.

-Arquivamento de IP com base em excludente de ilicitude:


EX: Ocorreu a morte do Mévio em decorrência de disparo da arma de fogo de Tício. Tício
alega legitima defesa. Delegado encaminha ao MP como legítima defesa, e o MP rquer o
arquivamento do IP. Juiz homologa. Aparece Maria alegando que tem uma filmagem que mostra
Tício não agindo em legítima defesa, e teria pegue a vítima por trás.
Temos duas correntes:
1ª STF o IP arquivado com base exclusivamente em excludente de ilicitude faz coisa julgada
apenas formal, sendo possível o desarquivamento. Para o STF á decisão é rebus sic standibus.
2ª STJ entende que faz coisa julgada formal e material, não sendo possível o
desarquivamento.

REVISÃO DELTA AP- CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO E DIGNIDADE SOCIAL (08/09/2017)

01- Alceu, imputável, já decidido a praticar o crime de roubo procura Laércio e solicita
que, uma vez efetivado o crime patrimonial, mantenha o proveito do crime guardado em sua casa,
a fim de torna-lo seguro. Laércio aceita unicamente com a intenção de ajudar Alceu, que já
realizara o roubo. Contudo, a autoria do roubo é descobeeta e Alceu condenado por roubo. A
polícia consegue recuperar o proveito do crime que estava com Laércio. Verifica-se, pois, que
Laércio cometeu o crime de favorecimento real.
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado
a tornar seguro o proveito do crime:
CERTO. A questão leva a acreditar que eles agiram em concurso de pessoa, não podendo
Laércio figurar como autor do favorecimento real.
Requisitos do concurso de pessoas: pluralidade de condutas, liâme subjetivo; unidade de
infração e relevância causal. O fato de Alceu já ter chegado decidido a praticar o crime de roubo, a
participação do Laécio é irrelevante. Não tem uma relevância causal no que se refere ao Laércio.
O crime de favorecimento real trata-se de um crime acessório/crime difusão/crime parasitário.
Há a necessidade de umc rime antecedente. É um crime contra a administração da Justiça. Não pode
ter interesse econômico; a pessoa foi por gentileza ou amizade. Havendo interesse econômico tem-
se a receptação e não o favorecimento real.
Se o objeto for tornar seguro proveito de contravenção, não caracteriza o crime mencionado.
Se Laércio aceitasse guardar ua faca que Mévio teria utilizado para matar Tício, não seria
favorecimento real porque faca é instrumento de crime, configura então favorecimento pessoal.
Favorecimento real impróprio:
Art. 349-A: Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho
telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento
prisional
Se a condutaé praticda por agente público que deixa de cumprir seu dever de vedar ao preso
acesso telefônico tem-se a prevaricação imprópria. (mesmo o aparelho celular sem crédito ou
descarregado).

02)- Segundo o stj, para que haja a ocorrência do delito de estupro, há necessidade do
contato físico com a vítima. Dessa forma, a denominada contemplação lascívia mediante violência
ou grave ameaça, não é suficiente para materialização do delito.
Rec. Em HC 70.976/MS. Para o STJ não há necessidade do contato físico. O agente pode orbigar
a vítima a se auto masturbar ou à vítima a ficar desnuda somente.
- Estupro- sujeito passivo: qualquer pessoa. Se a conduta resulta lesão corporal grave (ou
gravíssima) ou a vítima seja maior de 14 e menor de 18 anos, reclusão.
A doutrina discute se a lesão tem que ser culposa ou dolosa.
Estupro com resultado morte não importa se seja culposa ou dolosa
Vunlerável: STJ entende que pode ser comprovado por meio de outros documentos que não
seja a certidão de nasicmento.

03)- (Funcab- Delegado- ES 2012) Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida poe dois
homens, que portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo. Os
marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido sempre de Lucileide efetuar
vários saques bancários em contas de sua titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive
sob a ameaça de ser violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de extorsão
qualificada pela restrição de liberdade da vítima (art. 128, §3 do CP).

Ocorreu o cerceamento de liberdade da vítima. Passar nas agências bancárias para realizar
saques, havendo a necessidade de levar a vítima até a agência, sendo imprescindível a colaboração
da vítima para obtenção da vantagem econômica, tendo então o sequestro relâmpago. Doutrina
majoritária entende que extorsão com cerceamento de liberdade da vítima não se equipara a crime
hediondo.
Ao utilizar arma de fogo, eles respondem pela extorsão e aumento de pena do §1? STJ entende
que sim.
CORRETO.

Lmebrete: Roubo adota a teoria da Amotio, onde a consumação nasce com a inversão da posse,
independente do deslocamento, ainda que a posse não seja mansa e pacífica, assim entende STJ e
STF.
Roubo no interior de coletivo, perpetrado em face de patrimônios distintos, ainda que no
memso contexto fático caracteriza concurso formal de crimes e NÃO crime único.
STJ caso tenha abordagem a mais de uma pessoa, mas somente um patrimônio é subtraído,
temos crime único.
No caput do art. 157 trata roubo próprio, que pode ter violência própria ou imprópria (roubo
por aproximação: a violência é sempre própria.
Roubo próprio: violência própria ou imprópria.
Roubo imrpóprio: violência sempre própria.
Causas de aumento do roubo: emprego de arma (branca ou de fogo); concurso de duas ou mais
pessoas (o menor conta!); vítima a serviço de tranpor te de valores (a vitima tem que conhecer essa
situação); subtração de veívulo automotor par aoutro estado; restrição de liberdade da vítima
Se a arma estiver desmuniciada, STJ entende que não aplica a majorante; STF entende que sim.
Arma de brinquedo configura o roubo, mas sem a causa de aumento.
Arma totalmente inapta para efetuar disparos configura o roubo, mas não o aumento.
Quando tem menor envolvido no roubo, configura o aumento do concurso, respondendo o
maior pelo roubo substanciado e também por scorrupção de menores.
STJI entende que transportar valores abrange qualquer tipo de mercadoria, não somente
dinheiro.
Restrição de liberdade é breve; privação é demorado.
Latrocínio é crime agravado pelo resultado.
Patrimônio único e pluralidade de mortes: STJ entende que é um crime só, pois considera o
patrimônio. .

04)- (Funcab- Delegado- ES 2013) Geraldino permitiu seu encarceramento pelo patologista
André, para se submeter a uma experiência científica. Ao terminar o período da experiência,
Geraldino procurou a delegacia de polícia da circunscrição de sua residência, alegando que fora
cítima de crime, em face do seu encarceramento. Do relato apresentado, conclui-se que André
praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no art. 148, §2 (se
resulta a vítima, em razão de maus tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou
moral) do CP.
ERRADO. O consentimento do ofendid constitui causa supralegal de ilicitude.
Caso sequestro seja praticado com a finalidade de obter declaração ou confissão da vítima, será
tortura!
A restrição de liberdade da vítima, quando se tem o roubo e restrição curta: responde por
roubo majorado pelo cerceamento de liberdade; se o cerceamento for demorado, aí será privação:
responde por roubo e sequestro.
Internação fraudulenta: sequestro da vítima com internação em hospital.
Sequestro para praticar o estupro com a vítima (com a finalidade de) responde pelo sequestro
qualificado se ainda não tiver iniciado o estupro (somente pela finalidade de). Praticado qualquer ato
libidinoso vai responder por sequestro + estupro em concurso material.

05)- (FUncabe- Delegado- RO 2009) Tìcio, 2 anos, convence Felisbela, sua namorada de 13
anos, a juntos visitarem o Motel Lua Nova, recentemente inaugurado, sob o argumento de que se
tratava de obra de importante interesse cultural para a cidade. Felisbela aceita, inocentemente o
convite e não reiste aos apelos de Tício, terminando por mantes relações sexuais com namorado.
Sobre a conduta descrita, é correto afirmar que a conduta descreve o tipo de violação sexual
mediante fraude.
Mesmo Tìcio usando uma fraude, tem que considerar a idade dela, então teremos estupro de
vulnerável. O fato de ela consentir não é considerado devido ela ter menos de 14 anos.
Violação sexua mediante fraude: curandeir que diz ter que passar a mão na vítima para ela se
curar; o ginecologista que diz ter que fazer um exame mais apurado; irmão gêmeo que se passa pelo
outro e tem relação sexual com a namorada do irmão.
EX: Dois irmãos gêmeos, João sentado no sofá com a namorada e Pedro na cozinha. A
namorada faz carinho em João. João se levanta e vai ao banheiro; Pedro se aproveita da situação e
senta no sofá. A namorada faz carinho empedro, pensando ser João. Nesse exemplo não tem
violência sexual mediante fraude porque o art. 215 tem os verbos ter ou pratica, não tem o verbo
permitir. Portanto, Pedro somente permitiu que a namorada do irmão fizesse, logo, a vítima quem
praticou o ato e isso é atípico.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
O art. 213 (estupro) fala em praticar ou permitir que com ele pratique.
A doutrina ainda aponda que a fraude grosseira não configura vilação sexual medianta fraude,
mas depende do caso concreto.

6) Se o agente é primário e a coisa furtada é de pequneo valor, há furto privilegiado, caso


em que o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuir a pena de um a dois
terços ou aplicar somente a pena de multa.
CORRETO. Tem o denominado furto privilegiado.
Trata-se de um direito subjetivo do réu (o juiz deve).
Pequeno valor: não ultrapassa 1 s.m
Furto privilegiado ≠ furto de bagatela: no fruto privilegiado o agente pratica o delito (tem uma
causa de diminuição de pena). No crime de bagatela, tem a ausência do fatotípico pela ausência da
tipicidade material do tipo.
Súmula 511, STJ: “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP
nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da
coisa e a qualificadora for de ordem objetiva (modo ou meio de execução)”.
A doutrina aponta que o abuso de confiança é de ordem subjetiva.
§3 trata do furto de energia, que pode ser enegia elétrica. Sinal de TV a cabo, STJ e STF
entendem que não configura furto. STF defende atipicidade do fato e STJ entende que é crime
rpevisto na lei de telecomunicações (norma penal em branco ao revés).
Res nullius: coisa de ninguém; res derelicta é coisa abandonada. Ambas não pode ser objeto
de furto. Resdesperdita é coisa perdida, não pdoe ser objeto de furto, mas pode configurar
apropriação de coisa achada se não for entregue no praz de 15 dias.
STJ entende que o sistema de vigilância não torna o crime de furto impossível.
Nas qualificadoras tem: com destruição, rompimento o agente destrói o vidro do veículo para
subtrair o que tem no interior do automóvel, STJ e STJ entendem que há sim furto qualificado.
Inclusive há decisão do STJ, 6ª turma entendendo inclusive se o agente leva o veículo, tem -se a
incidência da qualificadora.
Qualificadora do abuso de confiança/ famulato: tem que ter a confiança da vítima.
Furto mediante fraude: jurisprudência entende que test drive configura.
Qualificadora da escalada (esforço anormal) e destreza: escalada é uma subida anormal, um
túnel. Há necessidade de perícia, mas pode ser configurada através de testemunha. Para configurar a
destreza o agente tem que ter habilidade, logo, a vítima não pode estar embriagada .
Chave falsa: a chave tem que ser para abrir o veículo; ligação direta não configura a
qualificadora.
Concurso mediante 2 ou mais pessoas: o menor conta, respondendo por furto qualificado e
corrupção de menores.
(abigeato) § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de
semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração.
Tem que ser animal de produção.

7)- Os delitos de furto mediante fraude e estelionatoo são considerados crimes contra o
patrimônio, porém, em se tratando de crime de furto mediante fraude, a vitima ludibriada entrega
voluntariamente a coisa ao agente, por seu turno, no crime de estelionato a fraude é apenas uma
forma de reduzir a vigilância da vítima sobre a coisa, de forma a permitir a sua retirada.
ERRADO, é o inverso. No furto mediante fraude o agente utiliza uma manobra para reduzira a
vigilância da vítima sobre a coisa; o agente subtrai a coisa. No estelionato a vítima induzida entrega a
coisa.

8)- O crime de apropriação indébita pressupõe a posse de detenção lícita, mas vigiada, do
agente sobre a coisa móvel alheia com subsequente inversão do título da posse ou detenção.
Requisitos da apropriação indbita é posse desvigiada e entrega voluntária.
Há um dolo malus subsequente.
Não há crime se a posse recair sobre coisa imóvel.
Consumação ocorre quando o agente se apropria da coisa, invertendo o comportamento, ou
quando é solicitado a devolver e ele se nega.
Reparo do dano após a consumação não retira a tipicidade do delito, pode configurar um
arrependimento posterior.
Não há necessidade de interpelação judicial para configurar o delito. Nâo prcisa mandar
notificação judicial para a pessa.
Se a autora foi em uma loja já com a vontade de ter o vestido para ela, e ao ir ao vestiário com
vestido, coloca na bolsa e vai embora com ele, não tem apropriação indébita porque o dolo é desde o
início. (tem estelionato porque ela induziu a vendedora a erro).
EX: Tícia vai a uma loja e aluga um vestido. Na data da devolução, Tícia esquece. Não
configura apropriação indébita porque foi culposo.
Se a conduta da apropriação indébita é praticada por funcionário público na sua função, tem-
se o delito de peculato apropriação.
Art. 102 do estatuto do idoso, pelo princípio da especialidade não responde pro apropriação
indébita.
Art 158-A: apropriação indébita previdenciária. STJ e STF entendem que é possível aplicação
da insignificância, desde que, a quantia não ultrapasse R$ 10.000,00.
9)- Em relação ao crime de receptação, pode se afirmar que na hipótese do crime ser
cometido no exercício de atividade comercial aumenta-se a pena de um sexo até a metade.
ERRADO. Receptação qualificada a pena é de 3 a 8 anos. (crime próprio).
O caput não admite o dolo eventual; mas na recptação qualificada admite (STF)
Receptção imprópria é quando o agente influencia terceiro de boa fé a adquirir produto de
crime.
Art. 180, § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
§3 traz a receptção culposa (não tem o verbo ocultar). Crime de menor potencial ofensivo.
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de
que proveio a coisa.
§4 dá uma ideia de que foi adotado o conceito analítico de crime, bipartido.
Se um louco (isento) subtrai coisa alheia móvel ou um menor que pratica ato infracional e
vendem para Tício, configura a receptação.
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art.
155.
§5 Perdão judicial, que se aplica na receptação culposa.
Se a receptção for dolosa se aplica o priviléio do art. 155, §2.

Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a
finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que
abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime:

O agente que pratica delito de fuurto, não pode ao mesmo tempo ser agente da receptação.

10)- O procedimento denominado de cola eletrônica no qual os candidatos burlam as provas


de vestibulares, exames ou concursos públicos mediante a comunicação por meios eletrônicos
(transmissores e receptores) com pessoas especialistas nas matérias exigidas na avaliação, enseja a
ocorrência dos delitos de estelionato e falsidade ideológica.
ERRADO, tem o art. 311-A falsidade em certame público.

11)- Para que o crime de extorsão seja consumado, é necessário que o autor do delito
obtenha vantagem indevida.
ERRADO, a extorsão é um crime formal (caput não é hediondo).
O entendimento é que a vantage tem que ser indevida e de valor econômico.
Extorsão é um crime de resultado cortado ou de consumação antecipada.
Consuma-se com a exigência, independe da obtenção da vantagem.
Competência é o local da exigência do pagamento. Súmula 96.
É possível tentativa (extorão virtual).
STJ entende que a grave ameaça extorão pode recair ao patrimônio. EX: Tício subtraiu o veículo
do Mévio e uma semana depois ele liga para Mévio e diz que vai atear fogo no veículo se Tìcio não
pagar determinada quantia. Tem-se roubo e extorsão. Para o STJ ameaça de dano ao patrimônio é
considerado grave ameaça.
A extorsão tem que ter uma finalidade, tem dolo específico. (caso contrário configura o
constrangimento ilegal ao praticar o constrangimento sem exigir nada).
A extorsão por funcionário público não necessariamente é chamada concursão, se ele faz uso
de violência ou grave ameaça para exigir vantagem indevida, seria extorsão.
A extorsão pode ter a causa de aumento se praticada por 2 ou mais pessoas (crime
acidentalmente coletivo: pode ser praticado de forma individual ou coletivo).
Causas de aumento:
- Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
O §1 não fala em concurso de agentes, ele menciona 2 ou mais pessoas (entende que se refere
a cautoria e não a participação). Os dois devem praticar os atos executórios (teoria restritiva) para ter
o aumento de pena.
O emprego de arma é qualquer tipo de arma.

§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.


§2 faz alusão ao art. 157, roubo qualificado pela lesão grave o morte.
No latrocínio, para que seja configurado, a morte tem que decorrer da violência (e não da grave
ameaça).

§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é


necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze)
anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art.
159, §§ 2o e 3o, respectivamente.

Extorsão mediante seqüestro


Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Elevado potencial ofensivo.
Tanto na forma simples, quanto qualificada, são crimes hediondos.
É possível concurso formal entre extorsão mediante sequestro e abuso de autoridade. EX: Tício,
policial militar, sequestrou um bandido e está exigindo vantagem econômica.
Consumação da extorsão mediante sequestro ocorre com o cerceamento de liberdade da
vítima (e não com a exigência). Na extorsão simples basta a exigência.
- Qualificadora: § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é
menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
quadrilha.
Na extorsão mediante sequestro: sequestrar a vítima menor de 18 anos, mas com o
cerceamento ela completou 18 anos, vai ter a incidência porque a consumação é com o cerceamento
(e ele tinha menos de 18 anos).
A extorsão mediante sequestro também é qualificada se é cometido por quadrilha ou bando
(associação criminosa, art. 288). Responde pelos dois crimes (a associação criminosa é crime de
resultado cortado, já estava consumada ao ser constituída).
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave; posicionamento majoritário entende
que pode ser dolo e culpa.
§ 3º - Se resulta a morte; a morte tem que decorrer da violência ou grave ameaça.
Quanto à morte, tem uma corrente (Rogério Sanches) que entende que tem que pode ser
qualquer pessoa, não sendo obrigado recair sobe a vítima da extorsão; recaindo sobre a pessoa
diversa, o autor responde pela extorsão mediante sequestro qualificada pela morte. Outra corrente
entende que a morte deve recair sobre a pessoa sequestrada, onde a morte recaindo sobre pessoa
diversa responde por extorsão mediante sequestro em concurso material com homicídio.
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade,
facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.
É a denominada delação premiada. É um direito subjetivo, se preenchido os requisitos. É uma
circunstância pessoal subjetiva (em concurso de agentes, não favorece quem não denunciou).

12)- Segundo o STJ, a conduta de entrar ou permanecer no gabinete do Delegado de Polícia


sem autorização, constitui de violação de domicílio.
CORRETO. STJ no HC 298763 (out/2014).
Delegacia é diferente de gabinete de delegado.A delegacia á aberta ao público, o gabinete,
não.
STJ entende que dano ao patrimônio do DF é dano simples, como também dano ao
patrimônio de empresa pública.

Estelionatao: art. 171.


Torpeza bilateral não afasta o crime. EX: Tício, querendo comprar uma TV, vê anuncio de
Mévio vendendo uma TV a preço vil. Tício compra e quando abre, está cheio de madeira. O fato de
ter dado uma de esperto, não afasta o crime.
Súmula 17 STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por
este absorvido. Responde o agente somente por estelionato.
Moeda falsa: se a falsidade for grosseira, não responde por moeda falsa, mas não afasta o
estelionato.
Estelionato não é absorvido pelo furto. EX: Tício furta diversos talões de cheque e vai e saca
dinheiro. Responde por furto, roubo e estelionato.
Fraude com pagamento com cheque: Súmula 554, STF: O pagamento de cheque emitido sem
provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
O pagamento antes do recebimento da denuncia, não tem a denominada justa causa.
EX: Tício falsificou a assinatura de um cheque e passou cheque para frente. A vítima foi
depositar o chque e estava sem fundo, mas o pagamento foi realizado antes da propositura da
denúncia. Não se aplica a súmula 544, aplicas-e o caput do art. 171, pois, precisa ser o autor da conta.
Encerrar a conta e passar um cheque, vai para o caput também.
Estelionato em face do idoso: aplica-se a pena em dobro.

REVISÃO- LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE- DELTA AP (09/09/2017)


 Lei 11.3434
01)- Delegado/RO-2009 A respeito da disciplina normativa prevista na lei 11.343, também
conhecida como lei Antidrogas, é correto afirmar que a ainfiltração de agentes de polícia é
expressamente vedada na investigação dos crimes previstos nessa lei.
ERRADA, a infiltração está prevista no art. 53.
Além da infiltração, tem também a ação controlada. Para ambas é necessária a autorização
judicial na lei de drogas (na lei de crimes organizados, para ação controlada basta somente o prévio
aviso).
Infiltração de agentes na ação controlada é preciso da autorização judicial também.

02)- Delegado/ RO-2014 Em relação a lei de drogas, são causas de aumento de pena do
referido delito de um sexto a dois terços se a natureza, a procedência da substância ou do produto
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transacionalidade do delito e se
caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o DF.
COORETA.
Tráfico intenacional: competência da JF onde ocorreu a apreensão da droga.
Tráfico doméstico: também tem a causa de aumento.
Estudar o art. 40 da lei!!!

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.

Não há necessidade da transposição de fronteiras, seja para o tráfico internacional ou


interestadual.
Transporte público: STJ e STF entendem que há a necessidade de pulverizar a droga dentro do
transporte.
Estabelecimentos prisionais: STF entende que não há necessidade do tráfico envolver os
detentos, basta que seja vendida nos arredores.
Quanto ao menor: causa de aumento de pena quando o menor está na práica do tráfico.
STJ entende que se o agente pratica o tráfico junto com o menor, ele responde pelo art. 33
com a causa de aumento; não responde por corrupção de menores.
O menor conta para compor a associação. O agente pode responder pela associação e pleo
tráfico com causa de aumento do menor.
No inciso VII, menciona que inicide causa de aumento se o agente financiar ou custear a
prática do crime. Só vai ter incidência quando for o autofinanciamento (agente trafica e financia a
droga). Se o agente apenas financia a droga, responde no art. 36.
Empregar arma de fogo na proteção do tráfico, responde pelo tráfico com a causa de
aumento pelo emprego de arma.

03) Delegado Federal-2013 O crime de tráfico de drogas é inafiançável e o acusado desse


crime, insusceptível de sursis, graça e indulto ou anistia, não podendo as penas a que
eventualmente seja condenado ser convertidas em penas restritivas do direito.
ERRADA. A vedação da PRD foi considerada inconstitucional. Hoje é totalmente possível,
desde que atendido os requisitos da lei.

04)-Delegado- PA- 2016 Nos delitos relacionados ao tráfico de drogas, as penas podem ser
reduzidas de 1/6 a 2/3 dsde que o agente eja primário, de bons antecedentes e não se dedique a
atividade criminosa, nem integre associação criminosa.
Refere-se ao tráfico privilegiado.
A súmula 512 do STJ foi cancelada. Assim, tanto para o STF como para o STJ, o tráfico
privilegiado não tem mais a hediondez. O privilégio afasta a hediondez do crime.
O tráfico privilegiado, tanto para o STF como para o STJ, a quantidade da droga pode ser
considerada para indicar que ao agente se dedica a atividade criminosa, afastando o privilégio.
STJ e STF entendem que a condição do mula, por si só, não quer dizer que ao gente integre
organização criminosa, afastando o privilégio.
Um agente pode responder pela assosicação e ter a incidência da causa de diminuição? Pode
ter associação e tráfico com a causa de diminuição? Não. Se ele está associado, ele se dedica à
atividade criminosa. Associação não convive com o tráfico e a causa de diminuição. Ele responde por
associação e tráfico (sem causa de dimunição).
Associação e tráfico é possível.
Há vedação da combinação de leis do §4 do art. 33 c/c antigo art. 12 da lei 6368 para ensejar
o privilégio.
É possível ter a retroatividade da lei 11.3434, desde que seja na sua integralidade. ( §4 c/c art.
33).

05)- Deletad0-2015 A lei 11.3434 não prevê como típica a condut do sujeito viciado que
oferece drogas eventualmente, se intuito de lucro, a um amigo com o intuito de juntos
consumirem.
ERRADO. Tem a figura do uso compartilhado (que nã é tráfico). Para que tenha uso
compartilhado: oferta, eventualidade, ausência de lucro, pessoa do relacionamento e uso conjunto.

06)- Delegado- PA- 2016 Aquele que colaborar, como informante, com grupo, organização
ou associado, destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos art. 33, caput e §1, e 34 da
leuu 11.3434, deve responder nas penas previstas no respectivo delito no qual colaborou, em
atendimento a teoria monista, não havendo previsão de figura típica autônoma na citada lei.
ERRADA. A teoria monista, adotada pelo CP no art. 29: quem, de qualquer modo, concorre
para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Nesse caso, temos
exceção à teoria monista. Muito embora ele tenha colaborado, a lei traz o crime do informante.
EX: Tem uma associação criminosa e Tício tem a função de soltar fogos, pois é muito travado
para se relacionar com o comprador. A polícia chega e aborda Tício. Tício apenas soltava fogos, mas
era uma função dentro da organização (divisão de função) logo, responde por tráfico.
Para responder no art. 37, não óde fazer parte da associação e nem receber pelo lucro do
tráfico.
Art. 37 não convive com o art. 35 e com 33.
Pode ter um policial na figura do art. 37. EX: Um policial que trabalha na delegacia informa
aos traficantes que vai ter ação da polícia na boca de fumo.

 Informações complementares:
- Art. 41, delação premiada;
- Art. 42 fixação da pena do tráfico (pureza da droga não entra)
- Art. 35 associação não é tráfico; o menor conta para associação.
O livramento condicional na associação dar-s-á após o cumprimento de 2/3 da pena.
- Art. 32 destruição das drogas. Flagrante o delegado tem 15 dias para destruir a droga
apreendida; sem flagrante o prazo do delegado é de 30 dias; plantações a destruição é imediata.

 Lei 10.826
01)- Delegado- RO-2014 De acordo com a lei 10.826, Estatuto do Desarmamento, aquele
que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida responde
penalmente como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitiro,
dispsto no art. 14 do referido Estatuto.
ERRADO. Arma de fogo adulterada responde nas penas do art. 16 (tem que ter o dolo na
adulteração).
02)- Delegado- RJ-2012 Sobre o Estatuto do Desarmamento, é correto afirmar que o
proprietário de empresa de segurança que não registra ocorrência policial e não comunicar à
Polícia Federal nas primeiras 24hrs depois do ocorrido o roubo de arma de fogo responde apenas
administrativamente e pratica o crime de contrabando ou descaminho aquelee que importa ou
exporta arma de fogo de uso permitido sem autorização da autoridade competente.
ERRADO. Tem o crime de omissão de cautela (art. 13, tipo híbrido: caput culposo e o §único é
dolodo).
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse
ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
EX: PM chega em casa e deixa a arma em cima da mesa, já querendo que o filho menor dele
pegue, responde no art. 13 porque tem o dolo.
EX: Tício é proprietário de uma empresa e recebe comunicação que uma arma foi extraviada
enquanto tomava um café. Com o decorrer do dia, ele esqueceu de comunicar o extraviu da arma.
Não responde por omissão de cautela porque não tem o dolo, responde pelo §único do art. 13.
O prazo de 24hr inicia após o conhecimento do fato pelo proprietário, para evitar
responsabilidade penal objetiva.
Pelo princípio da especialidade, não pratica contrabando e descaminho, e tráfico internacional
de arma de fogo. Se o tráfico é de arma proibida ou restrita tem o aumento de ½ da pena (art. 19).
Outra causa de aumento é o art. 20, onde um policil realiza disparo em local habitado.
Delegado não pode arbitrar fiança porque tem que considerar a causa de aumento.

03)- Delegado- RJ-2017 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 21 anos, que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar e familiar, será
conseguido pela polícia federal o prote de arma de fogo de uso permitido na categoria de caçador.
ERRADO. São aos maiores de 25 anos.

04)- Segundo entendimento do STJ, o orte de arma de fogo desmuniciada configura o delito
previsto no Estatuto do Desarmamento por ser crime de perigo abstrato, entretanto o porte de
munição desacompanhada da rerspectiva arma é fato atípico, visto que não gera perigo à
incolumidade pública.
ERRADO. Os crimes do estatuto são de perigo abstrato.
Arma desmuniciada configura infração penal.
Porte de munição configura infração penal.
05)- Delegado- PA-2016 É típica a conduta do policial civil qu reaiza disparo de arma de fogo
em via pública. Porém, diante de tal contexto, a autoridade policial poderá arbitrar fiança.
ERRADO. O art. 20 traz causa de aumento por esse delito quando cometido por policial civil,
aumentando da ½, ultrapassando para de 3 a 6 anos, e apenas o juiz pode arbitrar fiança.
Art. 20 não inclui a posse irregular.

 Informações complementares:
Porte x Posse:
- Diversas armas de calibres diversos responde por dois crimes.
- Não se aplica a insignificância na posse de apenas uma munição.
- Policial aposentado perde o porte.

Porte X homicídio
- Se a questão falar que Tício adquiriu arma em janeiro e em dezembro matou Mévio, são dois
contextos, respondendo por homicídio e o porte.

Não há necessidade de apreensão da arma, de acordo com STJ.


Praticante de tiro esportivo pode transportar a arma municiada, desde que seja de acordo
com a guia de tráfico.

 Lei 8072
01) Os crimes hediondos são suscetíveis de anistia, graça e indulto, embora seja admitido
fiança.
ERRADA. O art. 2 traz anistia, graça, indulto e fiança.
É admitido liberade provisória sem fiança.

02)- O delito de genocídio, seja na forma tentada ou consumada, não é considerado


hediondo, sendo possível a concessão de indulto, anistia e graça e o arbitramento de fiança.
ERRADO.
Alteração dos crimes hediondos: homicídio funcional; lesão corporal de natureza gravíssima
quando praticado contra agente do art. 142 ou 144; feminicídio e favorecimento da prostituição.

03)- Homicídio ou lesão corporal dolosa gravíssima, praticada contrapolicial civil no


exercício da função, ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanuineo até o terceiro grau, em razão dessa condição, é considerado crime hedondo.
CORRETO.

 Informações complementares:
- Livramento condicional: cumprimento de + 2/3 da pena.
-Progressão de regime: cumprimento de 2/5 ou 3/5 da pena.
 Lei 9.455
01)- Crisóstomo, PM, e Elisvvão, agente da PC, agindo em comunhão de esforços e com
desígnos, buscando a confissão de um crime, provocarão intenso sofrimento a Carlos. O delegado,
ao saber do ocorrido opta por não investigar o caso, visando abafá-lo. A conduta do delegado é
equiparado a hediondo?
CORRETO. A conduta do delegado foi de tortura omissão e não é equiparada a hediondo. Os
policiais respondem por tortura confissão.

02)- Promotor-AC-2014 O crime de tortura, na modalidade de constranger alguém com


emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico e mental com o fim de
obter informação, declaração ou confissão da vítima, é dan próprio, que só pod ser cometido por
quem possua autoridade, guarda ou poder sobre a vítima.
ERRADA. A tortura, em regra, é crime comum.
Exceção: A tortura confissão, tortura castigo.
Tortura confissão, para consumação, não há a necessidade da confissão.

03)- Promotor- AC-2014 Condenação de agente público por delito previsto na Lei de Tortura
acarreta, como efeito extrapenal automático da sentença condenatória, a perda do cargo, função
ou emprego público e a interdiçãopara seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada,
segundo entendimento do STJ.
CORRETA. A perda do cargo é automátia, independe de fundamentação da sentença.
Para o STI não há necessidade de iniciar no regime fechado. STF discorda, entendendo que
tem que iniciar no fechado.

 Informações complementares:
Para o STI tortura configura ato de improbidade administrativo.
É possível concurso entre tortura e abuso de autoridade.

 Lei 4898
01)- Delegado-RO-2009 A ação penal depende de representação do ofendido, que será
exercida or meio de petição dirigida à autoridade policial.
ERRADA. Crime de abuso de autoridade é crime de ação penal pública incondicionada.

02)- Delegado- RO-2009 O crime de abuso de autoridade consistente no atentado à


liberdade de locomoção admite tentativa.
ERRADA. Art. 3, é chamada de crime de empreendimento. O crime tentado já é consumado.

03)- Delegado- R)-2009 Considera-se autoridade, para os efeitos dessa lei, quem exerce
cargo, emprego ou função pública de modo definitivo e mediante remuneração.
ERRADA. Art.5
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou
função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
04)- Delegado- DF-2015 A conduta de um delegado que deixa de comunicar, imediatamente,
ao juiz competente a prisão de determinada pessoa poderá configurar prevaricação, mas não
abuso de autoridade.
ERRADA. No art. 4, ‘’
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais
ou com abuso de poder; Comparar com o art. 230 se a vítima é criança ou adolescente, tem o ECA e
não abuso de autoridade.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não
autorizado em lei; Comparar com o art. 232 do ECA

c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer


pessoa; Comparar com o art. 231 do ECA.
Se o delegado deixar de comunicar a família de quem ele prendeu, não entra abuso porque o
abuso de autoridade não traz a familia O ECA traz a família.

 Informações complementares:
Abusode é autoridade é crime de dupla subjetividade passiva, dupla objetividade jurídica;
Compete a justiça comum julgar e processar militar por abuso de autoridade, súmula 172;

 Lei 11.340
01)- Delegado- PA-2016 Sobre a lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, é
correto afirmar que o delegado poderá, de imediato, determinar o afastamento do agressor do
local de conveniência com a agredida.
ERRADO.
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade
policial deverá, entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
O delegado não representa por medidas protetivas, somente encmaminha em 48hr.

02)- Delegado- PA- 2016 nas relações íntimas de afeto, a aplicação da Lei Maria da Penha,
exige a coabitação entre agressor e agredida.
ERRADO. Art. 5.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexu al ou
psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação
sexual.
É possível aplicar a lei em relações homoafetivas, desde que a mulher seja vítima.
Quanto ao transexual, temos duas correntes:
-1ª Depende da situação jurídica.
-2º Corrente biológica

03)- Delegado- BA A violência psicológica, uma das espécies de violência contra a mulher
previstas na Lei Maria da Pena, resulta de conduta que cause, entre outros problemas, dano
emocional e diminuião da autoestima da vítima.
CORRETO.
A violência de dar adjetivo negativo à mulher, mesmo qtingindo a parte psiocólgia da mulher,
não é violência psicológica. Será violência moral.
É possível a violência patrimonial.

04)- Delegado- PA-2016 Constitui a fora de violência contra a mulher a violência


patrimonial, entendida como qualquer conduta que figure retenção, subtração, destruição parcial
ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos
ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
CORRETO. Art. 7, IV.

 Informações complementares:
Segundo STJ, configura caso da Maria da Penha: filha x mãe; pai x mãe; irmão x irmã; genro x
sogra; nora x sogra; companheiro da mãe x enteada; tio x sobrinha; ex-namorado x ex- namorada.
STJ: Descumprimento de medida protetiva de urgência não configura cirme de desobediência.
Aplica-se também as contravenções penais.
Súlua 542, STJ: lesão corporal resultante de violência doméstica é de ação penal pública
incondicionada.
Sùmula 536: suspensão condicional do processo e transação penal não se aplicam nessa lei.

 Lei 9613 (lavagem de Capitais)


01)- Delegado PF-2013: o cirme de lavagem de capitais, delito autônomo dem relação aos
crime que o antecede, não está inscrito no rol de crimes hediondos.
CORRETO.
Se um agente coloca o dinheiro em uma conta bancária, de fomra fracionada. Se ele mesmo
lavar o dinheiro do delito que ele praticou. No Brasil é possível a autolavagem, onde quem pratica
crime antecedente seja o autor da lavagem também.
Cláusula da autolavagem: impedimento de responsabilizar o agente que praticou o delito
antecedente, na lavagem.

02)- Delgado-PA Em relação aos crimes de lavagem de capitais, a Teoria da Cegueira


Deliberada busca identificar o dolo eventual na conduta do agente que deliberadamente, ignora a
ilicitude de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou inidiretamente, de infração penal.
CORRETO. Essa teoria busca identificar o dolo eventual daquele que se faz de cego.

03)- Delegado- PA-2016 A autoridade e o MP terão acesso, exclusivamente, aos dados


cadastrais do investigado que informam qualificação pessoal, filiação e endereço,
independentemente de autorização judicial. Mantidos pela justiça eleitoral, pelas empresas
telefônicas, pelas instituições financieiras, pelos provedores de internet e pelas administradoras de
cartão de crédito.
CORRETO. Art. 17-B.

 Informações complementares:
- Torres de vigia: instituições dos bancos, contadores devem informar movimentações
estranhas.
- Justa causa duplicada: tem que ter um lastro probatório mínimo do crime antecedente.
- Medidas assecuratórias: art. 4
- É uma lei de terceira geração.

 Lei 12.850

01)- Delegado- DF- 2015 A infiltração de agente de polícia em tarefas de ainvestigação pode
decorrer de representação do delegado de plícia ou de requerimento do MP e será
obrigatoriamente procedida de autorização judicial.
CORRETO.
A infiltração na lei dos crimes organizados há a necessidade de autorização judicial, ar t. 11;
diferentemente da ação controlada onde é necessária somente a comunicação.

02)- Delegado- DF-2015 Considera-se organização criminosa a associação de três ou mais


pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas.
ERRADO. Tem que ser 4 ou mais pessoas.
03)- Delegado- PA-2016 O juiz pdoerá, a requerimento das partes, conceder o perdão
judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos
daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo
criminal, desde que essa colaboração advenha a identificação dos demais coautores e partícipes da
organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas ou a recuperação total ou parcial
do produto ou do provento das infrações penais praticadas pela organização criminosa.
CORRETO.
Ler Art. 3: meios de provas.

DICA FINAL- CRIME ACIDENTALMENTE COLETIVO (10/09/2017)

Crime a circunstância de um crime ser praticado em concurso qualifica ou majora o crime, é


conhecido como crime acidentalmente coletivo.

REVISÃO DAS PEGADINHAS ACERCA DO DELITO DE ROUBO (17/10/2017)

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa
para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

Delito de roubo do caput trata do roubo próprio, e a violência pode ser própria (grave ameaça
ou violência à pessoa) ou imprópria (reduzindo a impossibilidade de resistência para subtrair o bem).
EX: Tício deu uma coronhada na vítima. (violência prória).
EX: Boa noite cinderela (violência imprópria).
EX: Tício está com Mévia na sala. Quando Mévia vai ao banheiro, Tìcio tranca Mévia no
banheiro para poder roubar o relógio que estava na sala. (violência imprópria, pois, Tício reduziu a
apossibilidade de resistência de Mévia).
A violência imprópria vai ocorrer sempre que for reduzida a possibilidade de resistência da
vítima. Pode ser reduzida através de pozinho na bebida da vítima; trancando a vítima no banheiro,
etc.
Amarrar a vítima já é utilizar violência própria.
O roubo do art. 157 é chamado de roubo próprio, que admite dois tipos de violência, a própria
e a imprópria.
EX: Tício e Mévia, sentados na sala. Tício se apodera do telefone de Mévia. Para sair dessa
situação, Tício coloca um pó na bebida de Mévia para que adormecesse, evadindo-se do local. Aqui
não é roubo com violência imprópria porque, pois, a violência tem que ser empregada antes de se
apoderar do bem. Teríamos então o furto.
No roubo impróprio/ roubo por aproximação: não tem a violência imprópria. A violência é
empregada, necessariamente, após a subtração e tem que ser a violência própria.
No roubo impróprio, a violência tem que ser própria.
Roubo próprio: violência própria ou imprópria.
EX: Tício entrou na residência do Mévio e tentou cortar o cadeado que prendia a bicicleta.
Nessa hora chega Mévio. Tício dá um soco em Mévio e se evade do lacal sem levar a coisa. Como ele
não levou a coisa, seria um roubo impróprio tentado. Na doutrina orevalece que não existe roubo
impróprio tentado. Como Tício não subtriu, não inverteu a posse, não pode ter roubo impróprio.
Roubo é majorado pelo emprego de arma, aumento da pena de 1/3 até a 1/2. Se o agente
emprega arma de brinquedo (arma fantasia; simulacro) caracteriza a elementar grave ameaça, mas
não caracteriza a incidência da causa de aumento.
Não há necessidade da apreensão da arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ser
periciada.
Porte de arma desmuniciada, tanto para STF quanto para STJ, configura infração penal.
Roubo com emprego de arma desmuniciada tem dois posicionamentos:
- STJ: não há incidência da majorante.
- STF: configura majorante.
EX: Tício empregou arma municiada para abordar Mévio e subtrair seu carro em julho de
2017. Em dezembro de 2017 Tício é abordado com a arma de fogo que utilizou para aboradar Mévio.
STJ não há que se falar em bis in iden, respondendo pelo roubo e pelo porte ilegal, pois tem contexto
fático diferente.
Art. 157, §2, V o roubo vai ser majorado se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo a liberdade. Diferente do sequestro relâmpago, pois aqui a restrição é para subtrair
valores; ele depende da colaboração da vítima.
A lei fala em restrição!!!
EX: Tício aborda Mévia no carro e fica um dia rodando com ela no carro. Isso não é mais
restrição e sim, privação. Se for privação, tem o sequestro. Respondendo por roubo em concurso
formal com sequestro.
EX: Tício abordou três senhoras dentro de um carro, que quando visualizaram a arma do Tício
as três morreram de susto. Tício foi embora sem subtrair o carro.
Art. 157, §3 diz que se da violência resultar morte. A morte das vítimas ocorreu da grave
ameaça, não havendo de se falar em latrocínio. É tentativa de roubo com homicídio em concurso
formal.

Teoria da amotio: basta a inversão da posse para configurar a consumação do delito.


Teoria motio/abaltio: é necessário o deslocamento/movimento da coisa.
Teoria contractio: a consumação dos crimes se daria no momento em que o agente toca e toma
pra si a coisa alheia, ou seja, quando o criminoso pega para si o bem, sendo, para essa teoria,
dispensável o deslocamento e/ou a posse mansa e pacífica da coisa.
Teoria ilatio: só há consumação do roubo quando o agente leva a coisa para onde ele deseja.
Teoria locupletatio: para consumar, o agente tem que levar a coisa para o local e auferir lucro.
STJ entende pela teoria da amotio.
Roubo de uso configura infração penal? Tem duas correntes:
- 1ª Não configura roubo. Essa corrente entende que o rubo é subtrair a coisa para si ou ara
outrem mdiante violência ou grave ameaça. No caso mencionado não teria o ‘para si’, tendo
somentemero constrangimento.
-2ª Entende que roubo é um delito complexo, tem que ter a subtração e a grave ameaça. Ou
seja, o fato do agente usar apenas o bem e devolver não descaracteriza o delito complexo.
STJ entende que roubo de uso configura infração penal.
EX: Mévio chegou em casa e encontrou sua filha chorando. Sua filha falou que Tício havia
praticado sexo com ela sem sua vontade. Mévio, encontra Paulo e diz que dá 1.000,00 para que ele
mate Tício. Um mês depois foi roubar um veículo e quando viu era Tício que dirigia o carro. Matou
Tício e levou o carro. O mandante, Mévio, não responde pela qualificadora de paga promessa de
recompensa (STJ), porque está acobertado pelo privilégio. Paulo, matou porque ia receber um
dinheiro, e assim responde pelo homicídio qualificado pela paga promessa de recompensa.
Para que ocorra latrocínio, a vítima tem que ser morta para subtriar o bem, nesse caso não
ocorreu isso.
Responde então por homicídio qualificado+ tentativa de roubo ou roubo consumado.

MP X QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO CONTAS PÚBLICAS (25/10/2017)

EX: Tício, servidor púlico está sendo acusado de desvio de verbas públicas, lavagem de
dinheiro e fraude a licitações. O MP começou a investigar esses delitose desenvolveu a investigação.
MP pode investigar? Posicionamento pacífico de que o MP pode sim, STF. O MP pode investigar e
propor a ação penal dessa investigação. O fato de o MP investigar Mévio, não há de se falar em
imparcialidade para propor ação penal (súmula 234, STJ).
O MP, oficou diretamente um banco em que a prefeitura mantém conta corrente,
requisitando informações financeiras da conta da prefeitura. Ocorreu quebra de sigilo bancário se
autorização judicial. A defesa alegou a ilicitude da prova. STF entendeu que a conta é pública,
pertencente a prefeitura. Um dos princípios que norteia a adm. pública é a publicidade e em relação
a contas públicas não há necessidade de autorização judicial para a quebra do sigilo.
STF entende que cabe ao MP requisitar os registros de operações financeiras a partir de
contas públicas.
Zouk entende que o delegado também pode requisitar diretamente das instituições a
publicidade das contas públicas.
Fundamentar no art. 37, CF c/c art 129 que o STF entende que não há necessidade de
autorização juidical para a quebra de sigilo das contas do município.
Julgado Rcurso em HC 133118/Ce (26/09/2017).

SÚMULA 593 X ESTUPRO DE VULNERÁVEL (26/10/2017)

O art. 217-A: a conjunção carnal constitui um ato libidinoso.


Art. 217-A.Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos:
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

Dizer que Tìcio manteve relações sexuais com Mévia, que é deficiente mental, não quer dizer
que tem estupro de vulnerável, pos tem que analisar a capacidade de discernimento dessa pessoa.
Ao tratar do estupro, a regra é que a ação penal seja pública condicionada à representação,
mas se a vítima for vulnerável ou menor de 18 anos, a ação será pública incondicionada.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede -se mediante ação
penal pública condicionada à representação
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a
vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (STJ entende que a vulnerabilidade é
permanente).
Quando for fugaz a vulnerabilidade, ou seja, transitória, a ação penal será pública
condicionada à representação. Exemplo de vulnerabilidade fugaz: Embriaguez.
Para ser estupro de vulnerável a deficiência descrita no Art. 217-a, § 1º deve ser capaz de
afetar a consciência/consentimento da vítima. Segundo o STJ, a deficiência deve ser PERMANENTE.
STJ já tinha se posicionado, diversas vezes, que a vulnerabilidade era absoluta como menciona
a decisão externada no Resp 1480881/PI de 2014, onde o consentimento da vítima ou o fato de ter
expeiência sexual anterior não afasta a ocorrência do crime. Assunto repetido na súmula 593.

Súmula 593-STJ: O crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou


prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da
vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso
com o agente.

EX: Mévio namora Tícia de 13 anos. Mesmo Tìcia consentindo, Mevio praticou estupro.
Os juízes considerando o direito comparado, utilizam a teoria ou exceção de Romeu e Julita:
diz qe se a diferença entre vítima e autor não é maior que 5 anos, tendo a vítima consentido, tem que
relativizar a vulnerabilidade. Alguns estados Norte Americanos adotam essa teoria. O Brasil NÃO
adota essa teoria, pois, o STJ entende que a vulnerabilidade do menor de 14 é absoluta.
Estupro bilateral: é quando tem dois menores de 14 anos praticando sexo, de forma
consentida.
EX: Tício conheceu Mévia em uma boate. Converando com ela, convenceu de manter relação
sexual. Méiva é menor de 14 anos e Tício não sabia. Tício erra no contexto fático, assim, tem um erro
de tipo.MP propôs ação penal pelo estupro de vulnerável, pois a ação é pública e incondicionada.a
Na audiência Tício diz não saber que Mévia era menor de 14 anos e que inclusive tinha consentido a
relação. Ao erar no contexto fático, alega erro de tipo. Quando o juiz viu Mévia, deu como erro
invencível, que exclui o dolo e a culpa, e Tício não responde por nada.
Se desse para verificar que Mévia era menor de 14 anos, o juiz diria que o erro seria vencível,
excluindo o dolo, mas respondendo por culpa. Não existe estupro culposo, não respondendo por
anda.
Erro de tipo é chamado também de cara negativa do dolo, porque o dolo é excluído no erro
de tipo vencível ou invencível.
A questão de analisar Erro é na fase de instrução processual.
Erro de tipo vencível exclui o dolo, responde o agente por culpa. Tratando deestupro que não
há natureza culposa no crime, o agente não responde.
.

LEI 13.497-17 (02/11/2017)

A intenção do legislador em relação projeto de lei 230/2014 era coibir crimes praticados
através do emprego de arma, coibindo porte ilegal de arma. O autor do projeto, para justificar a
hediondez de um simples prote de arma de gfogo, utilizou-se que elas são empregadas para praticar
ações criminosas. Assim, nasce o espírito da lei.
Esse projeto foi proposto com a intenção de dar roupagem de crimes hediondos ao crime de
porte ou posse de arma de uso restrito, como também com comércio ilegal de arma de fogo.
O que impulsionou esse projeto a ser aprovado agora as pressas foi o descontrole total do
poder estatal no Rio de Janeiro. Para dar uma repsosta mais rápida, fizeram desse crime um crime
hediondo.
Antes, todos os crimes do estatuto eram afiançáveis, seria pelo delegado ou na esfera judicial.
Agora, com a roupagem de crime hediondo, não é mais possível.
Para decidir se um crime é hediondo ou não, temos dois critérios: o critério legal e o critério
judicial (o juiz no caso concreto). Há também o critério misto. O Brasil adta o critério legal, onde
somente a lei pode dizer quem é hediondo.
A Lei 13.497/2017 alterou a Lei 8.072/1990 para incluir o crime de posse ou porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito no rol dos crimes hediondos.
O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito está pr evisto no art. 16 do
Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).
O art. 1 da lei 8072 passa a ter como parágrafo único o seguinte texto:
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts.
1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou
consumados.”
Pergunta-se: hediondo vão ser somente a descrição típica do art. 16 ou também as figuras
equiparadas que se encontram no parágrafo único do referido artigo?
Uma primeira corrente entende que o parágrafo único não mencionou somente o caput do
art. 16, se ele assim quisesse, assim teria feito a retrição. Para essa corrente, a técnica legislativa
utilizada na lei 8072 foi que a lei menciona caput quando houver necessidade de também considerar
hediondo os parágrafos daquele dispositivo. Ex: crime de extorsão.
Considera-se hediondo todo o disposto no art. 16, qual seja: caput e figuras equiparadas. O
legislador mencionou na alteração da Lei 8.072/1990 o art. 16 sem qualquer restrição ao “caput”. Se
houvesse a intenção de considerar hediondo somente o caput, assim teria o feito.
Para uma segunda corrente, quando a lei de crimes hediondos quer fazer referência
somente ao caput, ela não o menciona. Ex: homicídio.
Com o estudo da técnica, verifica-se que o legislador não mencionou o “caput” na alteração
legislativa, pelo fato de só se considerar o caput do crime, a forma simples do art. 16 da Lei 10.826.
Para o Zouk, aplica-se somente ao caput do art. 16, não as figuras equiparadas.
Para justificar a hediondez de um crime simples de posse/porte de arma de fogo, utilizou-se
a justificava de que as armas são empregadas para prática de ações criminosas (Espírito da lei).
O projeto de lei foi proposto com a intenção de dar uma nova roupagem aos crimes
hediondos, não só para a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, como também o
comércio ilegal de arma de fogo e o tráfico internacional de arma de fogo.
O delito previsto no art. 16, da Lei 10.826/2003, faz menção a arma de fogo, munição e
acessórios.
Com a alteração da Lei. 8.072/1990, a qual incluiu o parágrafo único o art. 16 da Lei
10.826/2003, a posse ou porte de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito é hediondo.
Segundo o Professor Zouk, o STF deve se posicionar de maneira diferente a partir da alteração
legislativa. (Tendência de mudança) A 2ª Turma do STF no HC 133984, com unanimidade absolveu
cidadão condenado por portar munição proibida como pingente de colar que, segundo a relatora, a
atitude do réu não gera perigo abstrato, nem concreto, aplicando o princípio da insignificância. Esse
HC foi julgado antes da alteração da Lei 13.497/2017.
Agora com a mudança legislativa, como aplica-se o princípio da insignificância a um crime que
é hediondo????
ZOUK acredita que o STF irá afastar a hediondez quando se tratar de munição em pequena
quantidade para que seja aplicado o princípo da insignificância, pois, é incoerente a aplicação de tal
princípio da insignificância para crimes hediondos.
O STF deve se posicionar a não aplicabilidade do princípio da insignificância ou quanto o
afastamento da hediondez quanto trata-se de munição de uso restrito em pouca quantidade.

ART. 244-B ECA CORRUPÇÃO DE MENORES S STJ (09/11/2017)


Essa conduta de corromper ou facilitar, praticando com menor ou induzindo a praticar uma
infração penal já tinha uma roupagem criminosa na lei 2252/54, que aconteceu foi uma revogação da
lei 12015 que modificou os crimes contra a dignidade sexual e incluiu o art. 244-B no ECA.
Passa a vigorar:
Art. 244-B.Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet§ 2o As penas
previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou
induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.
§ 2º As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.
Quando o legislador criou essa lei em 1954, a intenção era inibir a pratica de delito com o
menor, que sempre assumia a autoria a ação criminosa. Essa lei foi revogada pela lei 12015 (não há
que se falar em abolitio criminis, pois, a conduta continuou sendo criminosa, havendo apenas uma
maior abrangência).
O art. 244-B menciona corromper ou facilitar. A doutrina entende que corromper é praticar e
facilitar é induzir. A lei menciona infração penal, sendo cabível crime e contravenção.
O § 1º do art. menciona uma figura equiparada.
O § 2º traz um aumento de pena se a corrupção for para cometer infração de crime hediondo.
Uma discussão que sempre existiu é a cerca desse delito ser formal ou material. STJ no HC
14012/2009 entendeu que se tratava de crime material e se o menor já estivesse corrompido ao
crime, não haveria de se falar em corrupção de menores. Ainda no ano de 2009 a 5ª turma mudou de
entendimento no HC137392, entendendo que trata-se de crime formal, independente se menor já
praticava atos infracionas. Passando o agente a responder em concurso de crimes (delito +
corrupção).
O STF, desde 2010 se posicionava que a corrupção era crime formal, não havendo a
necessidade de comprovar que menor não está corrompido.
O STJ materializou esse entendimento na súmula 500. Súmula 500 STJ: A configuração do
crime do art. 244-B, do ECA, independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de
delito formal.
Não tem que se falar em conduta nova, quanto a corrupção de menores. Esse crime já existia
e ocorreu uma continuidade típica (revogação formal), e não aboliticio criminis (revogação formal e
material do crime).
No roubo circunstanciado pelo concurso de pessoas, a pena umenta de 1/3 até a 1/2. Um dos
requisitos para ter concurso de pessoas é que os agentes sejam culpáveis. O menor não tem
culpabilidade, então, como pode ter concurso de pessoas entre um maior e um meno?
R: Quando se trata de majorante ou qualificadora, mesmo o menor não tendo culpabilidade, o
menor conta. É o chamado pseudo concurso de pessoas. O agente responde pelo concurso de
pessoas e pela corrupção de menores.
Em regra, o agente quando comete um delito com menor, responde pelo delito e pela
corrução de menores. Considera o menor para a incidência da majorante.
STJ externou uma decisão no julgado Resp 1622.781/MT 22/11/2016 entendendo que:
Quando um maior praticar junto com um menor, os delitos previstos no art. 33 a 37 da Lei de Drogas,
o agente tem a causa de aumento de pena previsto no art. 40, VI da referida lei, não respondendo
pelos dois (evitar o bis in iden em considerar o menor para causa de aumento e pela corrupção de
menores). NÃO se aplica o art. 244-B do ECA devido o princípio da especialidade.

O crime de corrupção de menores tem como sujeito ativo: qualquer pessoa.


Sujeito passivo: o menor.
Quando o legislador criou esse crime, o bem jurídico tutelado era a formação moral do
adolescente atingido.
EX: Tício, 20 anos, chama Mévio, 14, e Paulo, 15, para praticarem furto. Tício responde por
furto qualificado por concurso de pessoas (pseudo concurso) e por duas corrupções de menores.
Tìcio irá responder por dois crimes de corrupção de menores, pois, a quantidade de menor.
STJ entendeu que o bem jurídico tutelado é a formação moral da criança e do adolescente, no
que se refere a necessidade de não ingressarem ou permanecerem no mundo da criminalidade. EM
razão disso, caso duas crianças ou adolescentes tiverem seu desenvolvimento moral violado em
razão de praticar crimes, dois são os bem jurídicos violados, desta forma, dois são os sujeitos passivos
atingidos no crime de corrupção de menores.

A quantidade de menores que estão sendo corrompidos pelo agente maior qualifica a
pluralidade de crimes? SIM.
Responde: Delito qualificado em concurso + corrupções ( a depender do número de menores).

PORTE OU POSSE DE MUNIÇÃO X STF (14/11/2017)

A lei 13.497 que alterou a lei de crimes hediondos, entende o ZOUK que somente caput tem
roupagem hedionda.
Hoje, pela lei, o porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Abrange também a
munição e o acessório.
O STF vai ter que se posicionar a respio da posse ou porte de munição e a aplicação do
princípio da insignificância. Ou o STF afasta a hediondez quando se tratar de munição em pouca
quantidade para que se possa aplicar a insignificância no porte ou posse de munição. Caso contrário
fica incoerente aplicar a insignificância a crime hediondo, onde um dos requisitos para sua a plicação
é que a conduta tenha pouca reprovação, e, para a conduta ser considerada hedionda é porque ela
tem alto grau de reprovação. Ou o STF abandona esse posicionamento da aplicação da insignificância
no porte ou posse de munição.
Julgados do STF:
- HC 133984, onde a 2ª turma entendeu pela absolvição do agente que usava um pingente de
munição de uso proibido, aplicando o princípio da insignificância.
O STJ não aplica o princípio da insignificância aos crimes do estatuto do desarmamento por
entender serem todos crimes de perigo abstrato. Os delitos do estatuto não se restringem a
incolumidade física, abrangem também a paz social e a segurança pública.
- HC 132876, a 2ª turma entendeu não haver tipicidade material, somente tipicidade formal,
no caso de uma mulher possuindo apenas uma munição de uso restrito, aplicando o princípio da
insignificância.
Ricardo Lewandowski assim de posicionou: “Trata-se,portanto, de conduta
formalmente típica, a qual, todavia, a meu ver, não se mostra típica em sua
dimensão material. Isso porque não é possível vislumbrar, nas circunstâncias,
situação que exponha o corpo social a perigo, uma vez que a única munição
apreendida, na espécie em exame – é preciso novamente frisar -, guardada na
residência da paciente e desacompanhada de arma de fogo, por si só, é
incapaz de provocar qualquer lesão ao bem jurídico tutelado (a incolumidade
pública)”.
O ministro deu essa decisão com o aval do Ministério Público, vejamos: “Não
se desconhece a classificação do crime de posse ilegal de munição de uso
restrito, previsto no art. 16, caput, da Lei n. 10.826/03, como de perigo
abstrato e nem a jurisprudência no sentido de inaplicabilidade, nesses casos,
do princípio da insignificância. Entretanto, na espécie, estão presentes os
requisitos essenciais a excepcionar a regra geral. A paciente foi denunciada
porque possuía, no interior de sua residência, uma munição, calibre 9mm, de
uso restrito. Tal conduta não representa qualquer lesão efetiva, ou mesmo,
perigo abstrato, aos bens juridicamente tutelados pela norma, a saber,
segurança pública e paz social. A ação não atingiu a intensidade mínima
reclamada pelo princípio da ofensividade”

- HC 143449 no caso de um porte de munição de uso permitido desacompanhada de arma de


fogo, entendeu, unanimemente, pela possibilidade da aplicação do princípio da insignificância,
ensejando o trancamento da ação penal.
Ricardo Lewandowsk: “Reconhece que se trata de conduta formalmente
típica, mas que, a seu ver, não se torna típica em dimensão material
(tipicidade material). Não é possível vislumbrar, nas circunstâncias, situação
que exponha o corpo social a perigo, uma vez que a única munição
apreendida guardada na residência do acusado e desacompanhada da arma
de fogo, por si só, é incapaz de provocar qualquer lesão a incolumidade
pública”.

ROUBO X EXTORSÃO DOUTRINA (15/11/2017)

Tem uma discussão doutrinária a respito da diferença entre roubo e extorsão.


O delito de roubo, art. 157, tem a violência e grave ameaça como elementares do delito. O
crime tem o verbo subtrair e objeto é móvel.
No crime de extorsão, art. 158, tem como elementares a violência e grave ameaça, e o verbo
constranger e traz a vantagem indevida.
EX: Tìcio entrou no ônibus e apontou a arma para a vítima. A vítima entregou bem. É roubo ou
extorão?
Temos duas correntes:
Nelson Hungria diz que o verbo é subtrair, e para concretizar o delito o autor da ação tem que
subtrair. Se a vítima entrega o bem mediante grave ameaça, seria extorsão!
Para essa primeira corrente, o agente teria que apontar a arma e ele mesmo subtrair o bem.
Segunda corrente (majoritária) entende que a diferença está na colaboração da vítima. Na
extorsão há a necessidade da colaboração da vítima.
EX: Tício entrou no ônibus e apontou revolver para Mévia, que lhe entrega o celular. Tìcio
poderia pegar o celular da mão de Mévia ou havia necessidade dela entregar? Não havia a ncssidade
de ela entregar, Tício poderia pegar. Nesse caso tem roubo.

MP+PM- INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA-STJ (20/11/2017)

O art. 144, §4, CF


Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.
PM tem a função de forma ostensiva, evitando a ocorrência dos crimes.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.

O MP pode investigar?
A CF liga a investigação à polícia judiciária.
O STF, RE 593727 entendeu que o MP tem pode investigatório, com base na Teoria
Portuguesa dos poderes implícitos (quem pode o mais, pode o menos).
O MP representou por uma intercepção telefônica, que foi desenvolvida e acompanhada por
PM (e não da PC). Analisando a lei 9296, o art. 3 dá legitimidade a representação de interceptação à
autoridade policial e ao MP. Hoje discute-se se o delegado tem capacidade postulatória, com
fundamento de que o MP é que seja titular da ação penal. O ZOUK discorda, pelo fato de inúmeros
procedimentos investigativos o legislador inclui o delegado, dando roupagem de legitimidade: art.
312, a lei 9296, todos mencionam o delegado de polícia.
MP representou, em sede de investigação. O art. 6 da lei 9296 diz que o procedimento de
interceptação tem que ser conduzido pelo delegado de polícia. No caso concreto, foram PM’s que
connduziram a interceptação. A defesa pediu a nulidade do processo.
STJ entende que não pode restringir o art. 6, não somente a polícia judiciária pode
desenvolver o procedimento de interceptação. É possível que o MP represente e a PM desenvolva o
procedimento.
Se um PM dá outra destinação a essa interceptação comete o crime do art. 10, chamado
também de barriga de aluguel (incluir número que não tem vínculo com a investigação).
Os crimes em que é possível a interceptação são chamados de crime de catálogo.
Interceptação telefônica por prospecção/ pré delitual: para apurar fato futuro, baseado na
periculosidade. Homenageia o direito penal do inimigo.
O STJ, nesses julgados que entendem que não deve ser interpretado de froma restritiva o art.
6, mencionou julgados muito importantes entendnendo que não há a necessidade da PC realizar os
procedimentos da interceptação, pois, é possível a PM realizar, mediante representação do MP.
Tem uma decisão no HC 409283/SP que, no mandado de busca e apreensão representado por
PM foi considerado como prova legal. O STJ nessa decisão cita um trecho da decisão do juiz de 1ª
instância: “Apesar disso, não se pode ouvidar que a prisão do acusado deu-se após um cumprimento
de um mandado de busca domiciliar solicitado, previamente, pelos policiais militares em razão de
denúncias anônimas e de investigações anteriores realizadas pelo serviço de inteligência da polícia
militar, inclusive com filmagem da intensa movimentação de pessoas que dariam conta que o
acusado vendia drogas no local”. A defesa nada alegou que a PM não poderia representar por essa
busca por era de crime comum. O STJ, mesmo assim não qui saber e disse que eles tinham uma
investigação anterior realizada pela PM. Nesse julgado, os próprios PM representaram pela
interceptação.
O art. 241, CPP não foi recepcionado, porque hoja, a entrada na residência, mesmo pelo
delegado, há necessidade de busca e apreensão. Hoje, o delegado e o MP precisam representar pela
busca e apreensão.

FURTO QUALIFICADO MEDIANTE DESTREZA X PEGADINHAS DO EXAMINADOR (27/11/2017)

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

FURTO QUALIFICADO MEDIANTE DESTREZA X PEGADINHAS DO EXAMINADOR (28/11/2017)

Furo mediante destreza: a vítima não percebe que está sendo furtada. Agente se utiliza de
habilidade específica, fazendo com que a vítima não perceba que seu bem está sendo subtraído.
Essa conduta é um furto qualificado; há maior reprovabilidade da conduta.
Art. 155§4, II: traz o furto mediante destreza. Agente subtrai a coisa com habilidade física ou
manual. É o chamado punguista, a=batedor de carteira ou batedor de celular.

- Furto mediante destreza X bolso vazio:


Não caracteriza tentativa de furto. Há improbidade absoluta do objeto, pois não tem
patrimônio para ser subtraído. Tem-se o crime impossível.
Se o celular esta no outro bolso, pode caracterizar um furto tentado.

- Destreza X embriaguez:
EX: Tício, verificando que Mévo está deitado, aproveita-se e se utiliza da habilidade específica
para subtrair a coisa.
Seria furto qualificado pela destreza? Roubo imprórpio? Furto simples?
Tem-se o furto simples, pois não foi Tício que reduziu a resistência da vítima.
Também não caracteriza destreza, pois a pessoa embriagada não tem como não perceber que
está sendo furtada. Sua condição não permite. Não tem como dizer se a habilidade é eficaz ou não
para caracterizar a qualificadora.
Tentativa de furto simples: EX: O agente coloca a mão no bolso da vítima e puxa a carteira. No
momento em que ele esta puxando a carteira e a vítima percebe.
EX: O agente puxa a carteira e a vítima não percebeu, mas alguém grita dizendo que ele foi
furtado. Nesse caso já tem consumado o furto mediant destreza porque já ocorreu a inversão da
posse. (teoria da amotio/apreensio: que materializa a consumação do furto ou do roubo).
Teoria da amotio:basta a inversão da posse para consumar. Não precisa da locomoção com a
coisa.
Teoria da motio/ ablatio: para consumar o fato, tem que haver deslocamento da coisa.
Teoria da contrectatio: a consumação ocorre com o simples contato do agente com a coisa.
Teoria da ilatio: se materializa quando o agente se desloca com a coisa para o local de destino.
Teoria da locupletatio: além de inverter a posse, o agente tem que vender a coisa, auferindo
lucro.

- Destreza X Tentativa:
Há possibilidade de ter furto qualificado mediante destreza tentado: EX: Tício coloca a mão no
bolso de Mévio e quando está puxando a carteira, um terceiro avisa do furto.

-Quando a tesreza recai sobre a coisa:


EX: Um agente tem habilidade específica em abrir cofre. A destreza deve recair sobre a vítima
e não a cosia.

- Trombadinha:
Não pode caracterizar a destreza porque na trombada a vítima percebe o impacto.
Tem três correntes para explicar:
1ª Nucci diz que se foi empregada a violência (trombada), tem-se o roubo.
2ª Rogério Grecco entende que a trombada não é para diminuir a resistência da vpitima e sim
para distrair a vítima. Para ele caracteriza o furto.
3ª STJ a trombada foi somente para distrair a vítima caracteriza o furto; mas se a trombada foi
querendo lesionar a vítima e reduzir a resistência da vítima, tem-se o roubo configurado.

- Subtração de objeto preso ao pescoço da vítima:


Temos duas correntes:
1ª Entende ser furto porque a violência te que ser à pessoa e não sobre o objeto subtraído.
2ª STJ: Entende que seria rouboporque ofende a integridade da vítima de forma reflexa ou
ameaça a vítima.
TEORIA DO ERRO (ERRO QUANTO AO OBJETO) –PEGADINHA DO EXAMINADOR
(02/12/2017)

Conceito analítico de crime eu posos ter dois conceitos ao tratar da órbita finalista: um
conceito bipartido (onde crime é fato típio, antijurídico seio da culpabilidade pressuposto da pena) e
o conceito tripartido (crime é fato típico, antijurídico e culpável).
Na órbita finalista, dolo e culpa, saíram da culpabilidade e foram alojados no fato típico.
A racionalizar com a teoria finalista, tem que entender os elementos da culpabilidade na
órbita finalista.

É uma teoria que navega em torno do dolo.


Para essa teoria, o agente só responde se agir com dolo ou culpa (responsabilidade penal
subjetiva).
O erro de tipo essencial incide em uma elementar do tipo; erro de tipo acidental incide em
dados acessórios.

-Erro de tipo essencial:


EX: Tício deixa seu carro preto no supermercado e quando retorna, entra no carro preto por
engano e sai. Tício erra na elementar coisa alheia. Há ausência de dolo.
Erro de tipo essencial pode ser vencível ou invencível. Se for invencível, exclui o dolo e a culpa.
Se for vencível, eclui somente o dolo, respondendo o agente por culpa, se previsto.

-Erro de tipo acidental:


Temos o erro quanto à pessoa: art. 20,§3.Não isenta de pena; considera a qualidade da
pessoa que o agente queria praticar o crime (vítima virtual).
Sendo vencível ou invencível não exclui o dolo; o agente sempre responde.
EX: Mévio é delegado federal. O irmão gêmeo dele, Paulo, malha na mesma academia de
Mévio. Tício havia sido investigado por Mévio, promete matar Mévio por isso. Paulo vai para a
academia e na saída de Paulo, ele acredita ser Mévio e atira. A execução foi perfeita. Tem-se
homicídio qualificado. A competência para julgar seria da justiça federal ou estadual? Competência é
matéria processual; erro quanto a pessoa é utilizado em relação aos efeitos penais; por isso não se
aplica o erro para competência. Vai ser julgado pela justiça estadual, pois considera-se a vítima
efetivamente atingida.

Erro de tipo quanto ao objeto:


EX: Tício subtraiu uma bijuteria achando que fosse um colar de ouro. Mesmo a intenção
sendo subtrair o colar de ouro, considera-se o objeto efetivamente subtraído. Por isso é possível a
aplicação do princípio da insignificância.

EX: Mévia coloca veneno na marmita do marido, mas quem comeu a marmita foi o filho do
casal. Tem-se um acidente, que navega na órbita do erro da execução. Consideram-se as qualidades
do marido de Mévia.
O art. 73: erro na execução. Quando por acidente ou erro nos meios de execução.

EMBRIAGUEZ X TEORIA ACTIO LIBERA IN CAUSA X PEGADINHA DO EXAMINADOR


(04/12/2017)

Conceito analítico de crime, de acordo com a teoria finalista, podemos ter dois conceitos:
1- Bipartido: crime é fato típico e antijurídico; sem a culpabilidade, que e pressuposto da
pena;
2- Tripartido: crime é fato típico, antijurídico e culpável.

Na teoria finalista, dolo e culpa saiu da culpabilidade e foram analisados no fato típico. Ao
raciocinar com esa teoria, tem que entender quais são os elementos da culpabilidade na órbita
finalista.
Culpabildade é um juízo de censura do agente pelo fato praticado com a finalidade de se
verificar a necessidade de aplicação da pena. A culpabilidade recai no agente, mas em decorrência do
fato em que ele praticou (por isso, não é culpabilidade do autor e, sim culpabilidade do fato= direito
penal do inimigo).
O fato de dolo e culpa terem migrado da culpabilidade para o fato típico na teoria finalista, a
culpabilidade é chamada de culpabilidade vazia.
A culpabilidade vazia, mesmos endo vazia, ainda possui três elementos.

- Elementos da culpabilidade na teoria finalista:


 Imputabilidade: capacidade de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se conforme
esse entendimento.
 Potencial conhecimento da ilicitude do fato: capacidade do agente ter conhecimento de
uma regra proibitiva ou do limite da norma. (erro de proibição afasta esse elemento).
 Exigibilidade de conduta adversa: expectativa da sociedade de que o agente poderia adotar
uma outra conduta que não a ilícita adotada.
Seja no conceito bipartido ou tripartido, tem que analisar esses elementos na culpabilidade.
A imputabilidade deve ser aferida no tempo do crime, tanto para aplicar a pena como para ver
se tem crime constituído. Pela teoria da atividade, é momento do crime a ação ou omissão.
Seja no conceito bipartido ou tripartido, o dolo está alojado no fato típico.
A culpabilidade tem que ser aferida no mento do crime, seja para aplicar a pena (conceito
bipartido), ou se tem crime constituído (conceito tripartido).

EX: Tício ingeriu bebeida alcoolica de forma involuntária às 5h e às 16h, completamente


embriagado, praticou fato típico e ilícito.
No momento do crime Tício está revestido de culpabilidade? Ou seja, para considerar que ele
praticou o crime (conceito tripartido)? Ou, para aplicação da pena no conceito bipartido?
No momento que praticou delito, ele não tinha capacidade de entender o caráter ilícito do fato
(imputabilidade); afastada a imputabilidade, ele não tem culpabilidade. A culpabilidade é praticada
no momento da prática do delito.

- Teoria Actio libera in causa


Ao analisar de acordo com o conceito tripartido, ele não cometeu crime, pois, falta a
imputabilidade (um dos elementos da culpabalidade que é analisada nesse conceito de crime).
Para teoria bipartida, só se analisa se é fato típico e antijurídico, já é crime. Não será possível
aplicar pena ao ébrio.
No direito comparado (Itália), chegou-se a seguinte conclusão: que se for analisar o momento
do crime há uma injustiça porque a pessoa que faz uso de bebida alcoólica para praticar um delito
não vai poder responder penalmente (seja no conceito bipartido, porque ela não vai ter culpabilidade
que é pressuposto para pena; ou no conceito tripartido, porque a culpabilidade faz parte do conceito
de estrutura crime). Por isso criaram a teoria da actio libera in causa.
Teoria actio libera in causa: vai verificar a culpabilidade no momento em que o agente ingere
a bebida. Essa teoria antecipa a análise do juízo culpabilidade (para o momento da ingestão da
bebida), responsabilizando o agente.
A teoria da actio libera in causa foi criada porque tem que analisar a culpabilidade do agente,
seja na teoria bipartida, seja para entender que tem crime constituído na toria tripartida.
Pessoa totalmente embriagada tem manifestação de vontade livre e consciente? A doutrina
diz que a teoria da actio libera in causa consagra a resposablidade penal objetiva (porque o ébrio no
momento da ação não tem o dolo, não tem vontade livre e consciente), porque dolo e culpa só vão
ser analisados no momento da ação ou omissão.
Numa prova discursiva, falar que, quanto à embriaguez o CP adotou a teoria actio libera in
causa, na exposição de motivos de 1940, ítem 21. Não se limita ao caso de embriaguez preordenada,
mas a todos os casos m que o agente deixou se arrastar um estado de inconsciência.

- Modalidades de embriaguez:
 Não acidental: não afasta a imputabilidade e o agente responde.
- Voluntária/ intencional: EX: Tício queria beber e começou a beber, entrando em estado de
embriaguez e praticou o delito.
- Culposa:
EX: Tício, não querendo beber, por incentivo dos amigos começou a beber e terminou por
ficar embriagado.

 Acidental:
- Caso fortuito/ acidental: se for completa, o agetne não responde porque exclui a
imputabilidade. Se for parcial, tem uma redução de pena de 1/3 a 2/3.
EX: Tício mora ao lado de uma fábirica de bebida e terminou por inalar a bebeido, vindo a
praticar o delito.
- Força maior:
EX: Tício forçou Mévio a beber, ficando em estado de embriaguez e praticando o delito.
 Patológica: o agente já virou doente. Analisa se o agente é inimputável ou semimputável.
 Preordenada/ dolosa: daí surgiu a teoria da ctio libera in causa. Responde pelo delito e pela
agravante genérica.

Pegadinha:
O direito penal brasileiro só admite a teoria actio libera in causa na embriaguez não aciedental
e na preordenada. A pegadinha vai dizer que a teoria é adotada em todas as modalidades de
embriaguez.
O art. 28, II diz que não exclui a imputabilidade penal substância análoga à bebeida. A droga é
análoga à bebida alcóolica. Não precisa está na portaria da Anvisa.
A inimputabilidade na lei de drogas é do agente que é doente. Aqui é somente a pessoa que
utilizou droga e praticou o delito.
Querendo mostrar conhecimento na prova discursiva: falar que a teoria foi desenhada na
Itália, e consta na exposição de motivos no art. 21. Que foi desenhada para embeiaguez
preordenada, mas aqui no Brasil se admite também na embriaguez não acidetal/ voluntária ou
culposa. Alguns doutrinadores visualizam nessa teoria a responsabilização penal objetiva. Mencionar
que a embriaguez tme três elementos, incidindo a embriaguez na imputabilidade.

DOENÇA MENTAL X CULPABLIDADE X PEGADINHA DO EXAMINADOR (05/12/2017)

Numa visão analítica, temos três conceitos de crime:


-1º crime é fato típico e antijurídico, ode a culpabilidade é pressuposto da pena. (Damasio de
Jesus e Cleber Masson).
-2º crime é fato típico, antijutídico e culpável, desenhado por Hans Venzel. Já adotado na
teoria clássica, mas dolo e culpa se encontravam na culpabilidade). Entendendo assim tem Zaffaroni,
Aníbal Bruno, Roberto Bittencurt.
-3º crime é fato típico, antijurídico culpável e punível.
Hoje se discute muito qual seria o conceito adotado pelo CP. Não há consenso na doutrimna.
O Zouk entende que o CP adotou o conceito bipartido, pois, no art. 23 entende que a antijuridicidade
faz parte do crime e a excludente de ilicitude exclui a ilicitude. Então o agente age em legítima defesa
não comete crime porque o fato é típico, mas nnnão é antijurídico por ser acobertado.
Ao tratar dos inimputáveis no art. 26, o código faz referência a isenção de pena. E porque o CP
não falou que não hava crime, utilizando a mesma redação que utilizou nas excludentes? Então
entende-se que crime, há, não havendo a culpabilidade para aplicação da pena).

Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito

Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

No art. 180, §4 menciona:


§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de
que proveio a coisa.
Isento de pena o autor do crime, ou seja, crime tem, sendo ele fato típico e antijurídico. Se o
CP entendesse que a culpabilidade fazia parte da estrutura do crime, teria que ter colocado: não há
crime...
A culpabilidade, na visão finalista, é composta de três elementos: Imputabilidade, potencial
conhecimento da ilicitude do fato e a exiilbilidade de conduta adversa.

A pegadinha da aula recai sobre a imputabilidade (capacidade de enter de acordo com o


caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com seu entendimento).
Pela teroria clássica, dolo e culpa se encontravam na teoria clássica. Com o desenho do
finalismo, dolo e culpa foram para fato típico, o que fez os doutrinadores chamar a culpabilidade de
culpabilidade vazia.
Quais fatores podem excluir a imputabilidade/ Doença mental; desenvolvimento mental
incompleto ou retardado; embriaguez fortuita quando completa.
Doença mental deve ser entendida com o conceito amplo, abarcando a pa tologia e alterações
psíquicas(Ex: delírio febril).
Quando o código menciona o desenvolvimento mental incompleto, faz referência aos
menores de18 anos. É uma presunção absoluta de que o menor tem o desenvolvimento mntal
incompleto.
Desenvolvimento mental retardado: EX: Adulto de 25 anos que possui comportamento de
uma criança de 10 anos.
Embriagues preordenada ou voluntária culposa não exclui a culpabilidade.
A doença mental exclui a culpabilidade.
EX: Tício empregou arma de fogo e realizou disparo ceifando a vida do Mévio. Tício foi
submetido à perícia onde ficou constatado que ele sofre de doença mental.
O Tício vai responder penalmente?Há culpabilidade?
Nãoé a simples condição de doente mental que afasta a imputabilidade, vai depender do
critério de identificação da imputabilidade:
-1º critério: Biológico: basta que exista doença mental para que a pessoa seja inimputável;
-2º Psicológico: não interessa se a pessoa mental, basta que no momento do crime ela não
tenha o caráter ilícito do fato.
-3º Biopsicológico: a pessoa tem que sofrer de uma patologia e essa patologia tem que agir no
momento do crime.
O art. 26 adota o critério biopsicológico. O CP adota de maneira excepcional o critério
biológico no art. 27.
Não basta que a pessoa seja portadora de doença mental para dizer que a pessoa não tem
culpabilidade por exclusão da imputabilidade.
É possível ter uma pessoa que seja doente mental e ser responsabilizada penalmente. EX:
Tício praticou determinado delito e na perícia foi constatado que ele era doente mental, mas que em
determinados momentos Tício é revestido de lucidez. Se o crime ocorre em um dos momentos de
lucidez, Tício será responsabilizado penalmente.
O sonambulismo,há posicionamento de que seja aus~encia de condulta, não sendo
trabalhado na culpabilidade.

LEI 13.531/2017 x DANO PATRIMÔNIO PÚBLICO (08/12/2017)

A lei 13.531/2017, atendo o reclamo da jusrisprudência do STJ alterou o inciso III no art. 163,
inserindo o Distrito Federal e Empresa pública ao dano qualificado e a receptação qualificada no art.
180 §3.
O crime de dano, o objeto tutelado é a coisa alheia, móvel ou imóvel. Importante falar que o
objeto tem que ser alheio.
No furto, o objeto é a coisa alheia móvel.
No crime de dano, cmo regra, se o proprietário danifica sua coisa, não responde por crime de
dano. EXCEÇÃO: se o objeto é seu, mas está em depósito com outra pessoa.
EX: Justiça determina que o bem de Tpicio fique em pdoer de terceiro e Tício vai e o destrói.
Não vai responder por dano, mas responde por crime contra a administração da justiça.
EX: Mévio destriui seu carro todo para receber o segro. Não caracteriza o danoporque o bem
não é alheio, mas configura o estelionato, pois, utilizou-se da fraude para recebimento de
indenização de seguro.

- Dano X Animal
EX: O cachorro pertence a Mévia e Tício subtraiu o animal. Se o cachorro está inserido no
patrimônio de Mévia, tem-se o furto configurado (não é abigeato porque o animal não é de
produção).
EX: Mévio estava visitando uma fazenda e adora pichar. Mévio escreveu na porteira da
fazenda. É dano ou crime ambienta configurado? Olhando o caput do art. 163, percebe-se que é um
crime de ação múltipla.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

A pichação é tratada no art. 65 da lei de crimes ambientais (9.605/98).


Art. 65- Pichar ou por outro meio consurpcar edificação ou monumento urbano.
A porteira é ambiente rural, assim, pichar a porteira é dano, pois, não é monumento urbano.
Para ser crime ambiental tem que ser monumento urbano!

- Dano X Aberratio ictus:


Analisando o resultado diverso do pretendido, na órbita da teroia do erro, se eu lanço uma
pedra para atingir um carro e acabo atingindo uma pessoa, vou responder pelo segundo resultado a
título de culpa.
Não vai responder por tentativa de dano porque é desconsiderada por ter ocorrido resultado
diverso do pretendido.
Realiza-se disparo para atingir Mévio e atinge um monumento. Na lei de crimes ambientais
existe o crime de dano culposo. Não aplica-se o art. 74 porque o crime que le teve a intenção foi mais
grave, sendo então tentiva de homicídio.

- Dano X Furto qualificado por rompimento de obstáculo


Responde por furto qualificado por rompimento de obstáculo, porque há absorção do dano.

- Dano X Preso em fuga


Se for utilizado violência contra pessoa tem o crime de fuga e evasão de preso.
Se a violência foi contra a cela (o patrimônio), temos duas correntes:
-1ª STJ para caracterizar o crime de dano, o presto tem que ter a intenção de danificar;
quando ele foge, a intenção é fugir. O dano é fato atípico.
- 2ª STF não há necessidade do prejuízo, o dano foi necessário para a fuga, praticando o delito
de dano qualificado.

No art. 163, caput traz o dano simples, que tem pena de 1 a 6 meses ou multa.
O delegado está na delegacia e chea Mévio dizendo que Tício danificou seu automóvel na
garagem. É crime de ação penal privada. Para o delegado lavrar o TCO não há necessidade de
manifestação de vontade da vítima, de acordo com a lei 9099. Pode o delegado lavrar o TCO
independente de manifestação de vontade da vítima. A lavratura do TCO pelo delegado é de ofício.

Pedra de toque:
O dano qualificado não se trata mais de crime de menor portencial ofensivo, devendo o
delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e arbitrar fiança, e não mais um TCO.
Antes da lei em questão, a jurisprudência entendia com a 1ª corrente, de acordo com o
princípio da legalidade, no art. de qualificação do dano não trazia o DF, se tornand dano simples. A
emrpesa pública também não consta no inciso III, antes da lei também era dano simples.
A 2ª corrente entende que o CP vei depois do DF, e quando o CP foi criado, ele pesou em
todos os entes federativos existentes na época, mas tinha a intenção de proteger todos os bens
públicos. Em interpretação teleológica, o DF estaria abarcado no art. 163, III, de acordo com o
princípio da igualdade.
Obs: art.163 caput: ação penal privada; incisos I, II e III, ação penal pública incondicionada;
Inciso IV é ação penal privada.

No julgado do STJ quando decidiu que dano ao patrimônio público do DF e de EP seria dano
simples e que ganharia configuração de dano qualificado, o examinador teria que tomar providência
e criar uma lei nesse sentido.
Agora, com a lei, o art.163,§ú, III:
III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de
autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviços públicos; Tornou o dano ao patrimônio do DF e de Empresas Públicas
como dano qualificado.
A lei alterou também o delito de receptação qualificada.
Art.180, 6º Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de
Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou
empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste
artigo.
No delito de dano qualificado, o delegado vai lavrar o auto de prisão em flagrante e arbitrar
fiaça. Não pode lavrar TCO.
No caso da recptação, e o bem for público, a pena é dobrada e o delegado não pode mais
arbitrar fiança.
O legislador procurou corrigir essa divergência, em função da vedação do princípio da
proteção eficiente.

Art. 155, § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior .
O art. não faz referência ao DF, inserindo em dano simples.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
Esse art. também poderia se alterado para se o veículo for transportado para o DF.
Considerar no art. 155 e 157 o DF, seria analoia in malan parten??
- Dano X res nullius
Coisa de ninguém é fato atípico.

- Dano X res derelicta


Coisa abandonada é fato atípico.

-Dano X res
Coisa perdida tem proprietário. Configura o dano.
Obs: Crime a prazo é coisa achada. Achar uma coisa e quebrar, tem o dano.

-Dano X Maria da Penha


EX: Namorado pega o telefone da mulher, lê uma mensagem que não gosta e quebra o
telefone. Tem dano material, aplica-se lei Mª. Dano á ação penal privada, mas não vai alciar a lei
9.099 porque está no bojo da Mª da Penha. O delegado vai lavrar o flagrante, o cara vai ser preso, vai
arbitrar fiança. O delegado precisa da manifestação de vontade da namorada, porque a lei M[ da
Penha afasta a lei 9.099 e o delegado nãpode lavrar o TCO, tendo ele que lavrar o flagrante.

FRAGMENTARIEDADE AS AVESSAS (11/12/2017)

Entre os diversos princípios no dirieto penal, temos o da frage=mentariedade. O direito penal


é seletivo. Diversos bens jurídicos são tutelados pelo ordenamento jurídico, mas uma parcela dsses
bens irão receber uma proteção do direito penal.
Após a seleção dos bens, tem tamém que analisar condutas humanas que lesam esses bens
jurídicos ou chegam a expor a perigo de lesão. Esses comportamentos humanos recebem uma
resposta penal (os comportamentos também são selecionados). Essa seleção recai em determinadas
condutas e determinados bens jurídicos (daí o caráter fragmentário do direito penal).
O direito penal só protee bens jurídicos considerados relevantes. Isso enseja a subsidiariedade
do direito penal.
EX: Tício dirigir veículo automotor sem habilitação (bem jurídico tutelado é a coletividade).
Essa conduta merece um tratamento penal? Depende. Essa conduta externa um perigo de lesão ao
bem jurídico da coletividade?
Se Tício dirige de forma regular, mas não tem habilitação, essa conduta externa perigo à
coletividade? Não, por isso, essa situação não é tratada pelo direito penal e sim pelo direito
administrativo. O direito penal se preocupa com condutas que venham a lesar ou expor a perigo o
bem jurídico.
Se Tício drige causando perigo de dano, aí desperta o interesse do direito penal, conduta
tipificada no art. 309 do CTB. Já que gera perigo de dano, há necessidade do direito penal. Com essa
conduta ovoreu o que chamaos de neocriminalização (foi editada norma penal dando uma roupagem
criminal a essa conduta).
EX: Tício tem um veículo automotor e Mévio subtrai esse veículo. Agora o bem jurídico
tutelado é o patrimônio. Há a necessidade de uma resposta penal.
EX: Mévio locou o imóvel de Tício e não quer sair de dentro. Tem um patrimônio protegido,
mas essa conduta não é grave, dá para ser aplicado o direito civil e o agente lançar mão de uma
reintegração de posse.
O princípio da fragmetariedade decorre do princípio da intervenção mínima, é o chamado
direito penal mínimo.
O princípio da fragmetariedade também tem ligação direta com o princípio da lesividade.
O direito penal mínimo vem da intervenção mínima do direito penal. EX: Na lei 9099 tem os
institutos despenalizadores. Para afastar a aplicabilidade da pena tem a possibilidade do acordo civil,
da suspensão condicional do processo, da transição penal.
No dirieot penal máximo (hipertrofia do direito penal), é o direito penal que se mantém
equidistante da fragmentariedade, para ele, toas as condutas deve receber uma resposta penal.
Cm o passar do tempo, algumas condutas que passaram pelo processo seletivo e foram
consideradas condutas relevantes, perderam essa potencialidade. EX: Adultério, que antes era
considerado crime, perdeu o revestimento da tipicidade (abolitio criminis)
Abolitio criminis (uma conduta que tinha revestimento típico e agora está revestido da
atipicidade) se opõe à neocriminialização.
Quando se trata da adequação social e a necessidade de continuar a conduta com roupagem
criminosa, está selecionado, por entender que a conduta não merece mais uma resposta penal=>
chamada de fragmentariedade às avessas (é a fragmentariedade descriminalizando).
Fragmentariedade direta: criminaliza as condutas que relamente lesam ou ofertam perigo ao
bem jurídico.
Fragmentariedade às avessas vai ocorrer quando se verificar a aplicação do princípio da
adequação social.
Abolitio criminis é uma manifestação da fragmetariedade ao revés.
Para que ocorra a abolitio criminis há necessidade da revogação formal e substancial/material
da conduta.
Abolitio só alcança os direitos penais (reincidência, maus antecedentes, cumprimento da
pena, etc.); a obrigação de reparar o dano permanece. Abolitio é uma causa extintiva de punibilidade.

CASO ANA HICKMAN- LEGÍTIMA DEFESA OU EXCESSO (20/12/2017)

O cunhado teria, em tese, realizado o disparo de arma de fogo na nuca do agente que,
outrora tentara subjulgar a Ana e sua irmã.

-Requisitos da legítima defesa:


Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
 A agressão tem que ser humana.
EX: Se um animal vem atacar Tício e ele para se defender, pega um segmento de madeira e
desfere na cabeça do anila, muito embora tenha sido para sua defesa, não configura legítima defesa
porque tem que ser agressão humana. Nesse exemplo a configuração do estado de necessidade.
EX: Tício estava passando com o seu cachorro na rua, visualiza seu desafeto Mévio. Tício
manda o cachorro pegar o Mévio. O cachorro, após a provocação, ataca Mévio. Mévio, pega um
segmento de madeira e bate na cabeça do cachorro, que vem a morrer. Configura legítima defesa
porque o cachorro figura como instrumento meio, como se fosse uma faca. Se a agressão do animal é
uma ação provocada por outrem, objetivando ataque de outrem, configura a LD.
 A agressão deve ser injusta.
EX: Mévio estava com sua mãe passando mal e precisando levá-la ao hospital, se apodera de
uma faca e sai procurando um veículo. Mévio encontra Paulo em um carro e o obriga a sair do carro,
o ameaçando. Paulo pega sua arma de fogo e realiza desparo. Configura Legítima Defesa? A agressão
do Mévio era injusta ou estaria ele em estado de necessidade de terceiro?
Essa agressão de Mévio não é injusta.
Paul encontra-se em LD putativa, pois, tem uma falsa percepção da realidade. Paulo não tinha
como saber que a mãe do Mévio estava passando mal e saber que a agressão era ‘justa’.
O disparo de arma de fogo é decorrente de ume rro de tipo invencível, pois, não tinha como
Paulo saber. Exclui o dolo e a culpa, não respondendo Paulo por nada.
Se o outro agente está acobertado por uma excludente de ilicitude, a agressão se torna justa,
e a outra parte não pode alegar LD real.
 Agressão atual ou iminente
Atual: agressão que está ocorrendo.
Iminente: agressão que vai ocorrer. EX: Tício ameaçou Mévio. Ele ainda não o agrediu, mas
está indo na direção de Mévio.
Há uma situação apontada pela doutrina em que Tício é ameaçado por um grande e perigoso
bandido, Mévio. Tício pega uma arma de fogo e dois dias depois, ao encontrar com Mévio,
aproveitou-se que ele estava de costas e o matou. Não se pode alegar LG, porque nesse caso, não
tem agressão atual e nem iminente (pois Mévio estava de costas). No campo da tipicidade, o fato é
típico. Não há uma excludente de ilicitude, mas a doutrina aponta que há possibilidade de
reconhecer uma causa de exclusão da culpabilidade (inexigibilidade de conduta adversa como causa
supralegal de exclusão da culpabilidade). Entende a doutria que é possível a exclusão da
culpabilidade através da inexigibilidade de conduta adversa como causa supralegal de exclusão da
culpabilidade. A inexigibilidade de conduta adversa vai excluir um elemento da culpabilidade, a
exigibilidade de conduta adversa.
 Meios necessários.
Quando o agente reage, ele tem que utilizar os meios necessários.
Uma arma de fogo em si não quer dizer que é excesso. Se o agente no momento só tem uma
arma de fogo, ele irá utilizar, mas tem que ser utilizado de forma moderada.
EX: Tício teve que utilizar a arma para se defender. A arma tem três munições, Tício efetua um
disparo que já foi suficiente para cesar a agressão. Asism, será menio necessário, sendo utilizado de
forma moderada.
EX: Tício efetua um disparo, que cessa a agressão do agente, mas, mesmo assim, continua a
disparar. Tem configurado o excesso pelo fato da arma ter sido utilizada de modo imoderado.
 Conhecimento da ação justificante
O agente tem que saber que age em LD. EX: Tíico quer matar Paulo. No momento em que
Tício realiza o disparo para matar Paulo, Paulo saca a arma para matar Mévio (sem Tício saber que
isso iria acontecer). Tício acabou impedindo uma ação do Paulo em desfavor de Mévio. Poderia falar
em LD de terceiro? A doutrina majoritária entende que não, porque tem que ter conhecimento da
situação justificante. A doutrina minoritária diz que não consta na lei que o agente tem que ter
conhecimento da ação justificante, não configurando requisito legal, logo, poderia Tício alegar LD.
Enuqanto aspecto subjetivo, a LD ode ser real, imaginária ou subjetiva.
Real: quando o agente age no contexto fático real; estão presentes todos os requisitos. EX:
Mévio veio agredir o Paulo, e este, diante de uma justa agressão, tendo 5 munições, disparou
somente uma, cessando a agressão de Paulo.
Imaginária: o agente
EX: Tício é desafeto do Paulo. Ao ncontrar-se em local escuro, Tício pensando que Paulo vai
sacar uma arma de fogo, saca sua arma e atira. Tício erra no contexto fático). Paulo na verdade ia
retirar uma carta para celebrar a paz.
Aqui tem uma LD putativa.
Tício vai responder? Depende. O ambiente estava todo escuro; eram desafetos; Paulo havia
colocado a mão no bolso, o que parecia ser para pegar uma arma; tudo leva a crer que era erro de
tipo invencível, excluindo dolo e culpa.

Subjetiva:
EX: Um agente, de pouca estrutura corporal, é atacado por alguém muito forte. A vítima, na
tentativa de se defender, acaba desferindo um soco no agreso. Devido uma alteração de ânimo, a
vítima perde a noção do que está fazendo e desfere vários socos, sem perceber que o agressor já
desmaiou, continua batendo. Essa LD que decorre da alteração de ânimo é chamada de LD subjetiva.
Aqui navega na culpabilidade, sendo causa exclusão da culpabilidade, por inexigibilidade de conduta
adversa.
Cuidado nas provas: o examinador aproveita o nome LD (que é causa de exclusão da ilicitude)
e diz que a LD subjetiva também exclui a ilicitude!!!

Existe outra LD, a chamada sucessiva: quando o agressor atual vai lançar mão, após ter sido
imobilizado, de uma agressão. Quem era a vítima passa a ser agressor.LD sucessiva é oponível ao
excesso.
EX: Tício começou a agredir Mévio. Mévio consegue imobilizar Tício, cessando a agressão.
Tício e passa a agredir Tício. Apesar de Tício ter iniciado agressão não quer dizer que ele não pode
lançar mão da LD.

LD ainda pode ser agressiva ou recessiva.


 Agressiva: EX: O agressor está praticando a agressão e a vítima começa a o agredir
também, proando lesões corporais, cometendo um ilícito penal.
 Defensiva: A ação da vítima se limita apneas a evitar a ação do agressor. EX: Tício
começa a agredir e Mévio consegue segurar o braço dele.
O art. 23, §ú trabalha com o excesso, que pode ser dolosou, culposo, acidental ou esculpante.
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
doloso ou culposo.
LD subjetiva é um excesso esculpante.
O excesso é a desnecessária intensificação de um fato típico, inicialmente acobertado por
uma justificação.
Excesso vai ocorrer quando o agente usa do meio desnecessário (EX: Mévio vai para cima do
Tício, porém está desarmado. Podendo Tício utiliza uma madeir auqe está próxima, prefere utilizar a
arma de fogo.) ou quando o agente utiliza o meio necessário de forma desnecessário (EX: Tício tem
uma arma de fogo com 5 munições e utiliza todas as 5.).
Tem o excesso também quando se utiliza o meio desnecessário de forma imoderada. EX: Tício
tem uma arma não letal e uma letal, e utiliza as duas.

- Legítima defesa X inimputável:


Se um menor vaia tacer, a agressão dele é injusta.
A falta de culpabilidade ou inimputabilidade, não quer dizer que a agressão é justa.

- Legítima defesa e a obrigação de se retirar:


Na LD não é obrigado o agente a fugir do local (inevitabilidade de sacrifício do bem é requisit o
do estado de necessidade).

Caso Concreto:
Conhecimento dos fatos em cima do que a impresa diz. O agressor teria entrado no hotel de
luxo onde estaria hospedado a Ana, sua irmã e seu cunhado. O agressor abordou o cunhado com
uma arma de fogo (temos uma iminente agressão) e pediu que ele o leva-se ao local em a Ana estava.
Chegando ao local, o agressor abordou os três.
AO que tudo indica, o cunhado percebeu uma facilidade em retirar a arma do agressor e
entrou em luta corporal com ele. Na luta corporal, o agressor disparou um tiro que atingiu a irmã de
Ana. Na e sua irmã fugiram do lcal. Ficou o cunhado e o agressor em luta corporal (o que configura
LD). EM dado momento, o cunhado conseguiu imobilizar o agressor e o desarmou. Após desarmá-lo,
há informação que ele havia efetuado mais disparos.
Ao imobibilzar, cessa a agressão e não há mais agressão injusta. Ao continuar a agredir o
agressor (três disparos), tem-se nitidamente um excesso configurado.
O processo está na fase do juízo de pronúncia, para decidir se o cunhado vai para o tribunal
do júri.
O MP entendeu pelo excesso, tendo o homicídio doloso simples (poderia entender ser na
forma qualificada pel fato da vítima está de costas e impossibilitar sua defesa).
A lei não autoriza matar; ela autoriza a agir em LD, mesmo que em sua defesa você precise
matar. A defesa precisa tseguir os requisitos.
Tem que analisar todo um contexto.
Para o leigo, que não estudou a técnica, vai entender que ao acusar o cunhado de Ana,
estamos a defender um vagabundo (o agressor).
Ao analisar com a técnica, entende-se que houve o excesso.
Vamos supor que no meio dos disparos, um atingiu a nuca do agressor, que mesmo assim
conseguiu reagir e tivesse atirado no cunhado, que viria a óbito. Ele iria responder? Teríamo a LD
sucessiva por parte do agressor, pois o tiro na nuca seria uma agressão injusta.

É possível estado de necessidade real em face de LD real?


EX: João queria levar sua mãe ao ahospital, pega uma faca e vai assaltar um carro na rua e o
motorista age em LD (LD putativa porque a agressão não é injusta e está acobertada por um estado
de necessidade). Não é possível estado de necessidade real em face de LD real.

É possível ED e LD simultânea?
Sim, é o fato do agente está acobertado por duas excludentes ao mesmo tempo.
EX: Tício está ao lado de um PM. Mévio com uma arma vai na direção de Tício. Tício subtrai a
arma do PM e atira em Mévio. Tício está em ED em relação ao PM e em LD em relação a Mévio.

Lei
RESOLVENDO QUESTÕES CESPE- ESTATUTO DO DESARMAMENTO (21/12/2017)

1)- (CESPE DELEGADO PE/2016) Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de
drogas a conduta consistente em negociar, a aquisição de entorpecentes e disponibilizar veículo
para seu transporte, ainda que o agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensçao
do material pela polícia, com o auxílio de interceptação telefônica.m
Configura tráfico (devido a comercialização) e o STJ entende que não há necessidade que a
droga sea entregue para que o crime seja consumado.

2)- (CESPE DELEGADO GO/2017)O crime de associação para o tráfico se consuma com a
mera união dos envolvidos, ainda que de forma individual e ocasional.
Associação para o tráfico é a associação de 2 u + pessoas.´É um crime permanente, mas não é
tráfico, por isso não se equipra aos crimes hediondos.
Associação é ≠ Concurso de pessoas. EX: Tício chama Mévo para vender uma droga com ele e
dividem o ‘apurado’. Eles não tiveram nenhum outro tipo de contato e nem estabeleceram qualquer
vínculo de estabilidade. Esse encontro foi ocasional. Tem aqui o tráfico de drogas em concurso de
pessoas e NÃO a associação para o tráfico.
A associação tem que ter a habitualidade, a organização, divisão de lucros, e etc.
A associação majora o crime de tráfico, o concurso, não.
Se o concurso for com um menor, tecnicamente falando, seria um pseudo concurso porque o
menor não tem culpabilidade. O menor é considerado para efeito de qualificadora.
A questão: ERRADA, pois associação demanda estabilidade. A união ocasional configura o
concurso de pessoas.
Associação envolvendo menor: pode utilizar o menor para configurar a associação e o STJ
entende que não configura bis in iden considerar o menor para associação e para incidência da
majorante do art. 40 (participação de menor no tráfico).
Mesmo associação não sedo tráfico, STJ entende que o livramento condicional qunado se
trata de associação deve seguir o previsto na lei de drogas, pois é uma lei especial, tendo que cumprir
2/3 da pensa se o agente não for reincidente específico e 3/5 se for.

3)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Confime a lei 11.343, o juiz, na fixação das
penas considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a
quantidade de substâncias ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
CERTA O art. 59 trata das circunstâncias judiciais. Ao tratar da lei de drogas tem que seguir o
art. 42 da lei, por ser lei especial.
Art. 42: O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.
59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
conduta social do agente .

STF no HC 132909/SP entendeu que a pureza da droga não é considerada na dosimetria da


pena.

4)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Dado o instituto de delação premiada previsto
nessa lei (11.343) ao acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial podem ser
concedidos os benefícios de redução de pena, do perdão judicial ou da aplicação de regime
penitenciário mais brando.
Na lei de drogas, lei de lavagem de dinheiro e na lei 12.850, há possiblidade da delação
premiada.
Na lei da lavagem e na 12.850, há também a possibilidade do perdão judicial. A lei de drogas
não tem o erdão, tem apenas no art.41 uma diminuição de pena.

5)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo o STJ, para a incidência da majorante
prevista no art. 40, V da lei 11.343 é desnecessária a efetiva transposição de fronteira entre
estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico
internacional.
CORRRETO. Não há a necessidade da transposição de fronteiras, basta a intenção.
O tráfico estadual també é chamado de trpafico doméstico.
Tráfico interestadual é de competência da polícia estadual, mas a PF pode investigar. O fato
da PF investigar um tráfico interestadual não desloca a competência para justiça federal.
Tráfico interestadual é uma majorante.
EX: Tício está no DF e pede uma droga que vem dos EUA. Quando essa droga entra no Brasil,
foi apreendida em SP. A competência para processar e julgar vai ser da PF de onde a droga foi
apreendida. Se a droga chega até o DF, precisando passar por Minas só irá configurar também o
tráfico interestadual se em Minas e em SP a dorga tiver sido vendida (tem que haver a pulverização
da droga). A condição somente geográfica da droga não configura a majorante entre os estados (STJ).
Se a droga não for considerada substância entorpecente na ciade de origem (EX: cloreto de
etila na Arentina) nõa é tráfico internacional. Se o clreto de etila passa por algumas fronteiras aqui
dentro do Brasil, iria configurar o tráfico doméstico.
6)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, é possível o reconhecimento do
tráfico privilegiado, com a consequente redução de pena de um seto a dois terços, ao agente
transportador de drogas, na qualidade de mula, uma vez que a simples atuação nessa condição não
indiz, automaticamente, a conclusão de qie este seja integrante de organização criminosa, fato
que, quando constatado, inviabiliza o benefício.
CORRETO. STJ em decisão recente, no HC 387.077/SP entendendo que a simples condição de
mula não induz que o agente seja parte de uma organização criminosa.
Para o STF a simples condição de mula não inviabiliza a concessão do benefício.
O tráfico privelgiado, para a concessão do benefício tem que seguiur aluns requisitos. STF se
posicionou que o tráfico privilegiado não tem roupagem de crime hediondo. O STJ entendeu por
realinhar-se com o STF e cancela a súmula 512 e hoje entende que o trpafico privilegiado não tem
roupagem ao crime equiparado ao hediondo.

7)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo o STJ, a quantidade da droa pode ser
considerada para indicar que o aente se dedica a atividade criminosa, impossibilitando a aplicação
da causa de diminuição prevista no art. 33, §4 da lei 11.343.
CERTO. No STF há divergência; a 1ª turma entende que sim (HC 130.981- inf. 844); a 2ª turma
(a maioria) entende que não. O STJ entende que a quantidade da droga pode ser considerada para
afastar o privilégio.
Quantidade da droga, por si só, não é elemento para dizer que o agente é traficante. Art. 28,
§2.
Art. 28,§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a
ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.

Uma pessoa que responde por tráfico de drogas e que tem ações penais em curso, com
diversos IP instaurados, para o STJ são elementos indicadores de que o agente se dedica a atividades
criminosas.
STJ entende que ônus de provar que é traficante cabe ao MP e não o acusado que tem que
provar que é ussuário.
Art. 33, §3 é o uso compartilhado. Para configurar o uso compartilhado é necessário ter a
oferta, a eventualidade, a ausência de lucro, a pessoa tem que ser do relacionamento e tem que sedr
utilizado em conjunto. Faltando um dos requisitos irá configurar o tráfico.
Semente não constitui matéria prima para configurar o art. 34, STJ mudando de
posicionamento.

8)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, na hipótese do agente praticar os
delitos previstos nos artigos 33 a 37, da lei 11.343, juntamente com menor de 18 anos, será
possível a condenação do agente com a incidência da causa de aumento prevista o art. 40, VI, bem
como pela prática do delito de corrupção de menores, art. 244-B, do ECA, em concurso formal de
crimes.
Quando se estuda o delito de corrupção de menores e um delito que seja qualificado pelo
concurso de pessoas, o entendimento é que o menor conta para a formação do concurso e também
vai ser considerado vítima, respondendo ao gente por corrupção de menores (independe se o menor
já é corrompido).
No que se refere a lei de drogas, o STJ entende que quem pratica tráfico juntamente com o
menor responde por tráfico com incidência da majorante do menor; não respondendo o agente por
corrupção de menores (entendimento do STJ), respondendo apenas pela incidência da majorante.
Não há que se falar em concurso formal de crimes.
OBS: No furto, o maior responde por furto em concurso de pessoas e corrupção de menores.
Não fazer confusão no caso do menor contar para o delito de associação e para incidência da
causa de aumento.
Haveria possibilidade do agente responder por um crime da lei de drogas e corrupção de
agente: porque o julgado que diz que não se aplica a corrupção de agente aos crimes da lei de drogas
só se refer aos crimes dos artigos 33 a 37 (HC no Rec especial 1622.781MT).

9)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segunto STF, a aplicação da causa de aumento
de pena prevista no art. 40, III da lei 11.343, se justifica quando constatada a comercialização de
drogas nas dependências ou imediações de estabelecimentos pricionais, sendo irrelevante se o
agente infrator visa ou não frequentadores daqueles estabelecimentos.
CORRETO.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime

O art. 40, III menciona que há incidência da causa de aumento quando o tráfico for praticado
nas imediações de estabelecimentos prisionais, transportes públicos, etc. STJ entende que não há
necessidade do agente visar atingir pessoas dos estabelecimentos.
Onde há a mesma razão, aplica-se o mesmo direito: Zouk entende que se aplica também aos
hospitais, estabelecimentos de ensino e seus frequentadores.
Na causa de aumento do art. 40, III tem o transporte público. STJ e STF entendem que se a
infração tiver ocorrido com utilização de transporte público, é necessário que o agente comercialize a
droga dentro do transporte. Se cair na prova a letra da lei, não faz explicação se há necessidade da
comercialização dentro do automóvel.
Autofinancimanento (quem financia e quem vende a droga) responde pelo tráfico com a
causa de aumento. So responde no art. 36 quem financia e não vende.
Emprego de arma: a arma tem que ser empregada para traficar.

10)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, a condenação por tráfico de
drogas e por associação para o tráficode drogas prescinde da efetiva apreensão de entorpecentes
na posse de um acusado específico, cuja responsabilidade pode ser definida racionalmente, a
despeito de apreendida a droga na posse de terceiro, com base no contexto probatório, a autorizar
o provimento condenatório.
CORRETO. STJ entende que não há necessidade de apreensão da droga para configurar o
tráfico ou associação. Se tem interceptações telefônicas que vinculem esse agente á prática do tráfico
ou associação, pode apreender a droga na mão de outra pessoa e o agente mesmo assim ser
condenado.
HC131455/MT-2012 o STJ entendeu possível a condenação por tráfico com ausência da
apreensão da droga.
STJ entende que laudo preliminar de constatação, assinado por perito criminal, constitui
exceção a necessidade do laudo definitivo para materialização do delito de tráfico de drogas. Para o
STJ, há possibilidade de condeação apenas em laudo preliminar, desde que o laudo seja assindo por
perito crimnal e a droga, de fácil constatação.
Princípio da insignificância no porte de droga para uso próprio: STF entende que é possível;
STJ entende que não.
STJ e STF entendem que não é possível aplicar a insignificância para o crime de tráfico.
Art.38 é o único crime culposo da lei de drogas.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar :
EX: Médico de forma dolosa prescrevea substância entorpecente responde no art. 33, porque
tem o dolo.

RESOLVENDO QUESTÕES CESPE- ESTATUTO DO DESARMAMENTO E DROGAS (21/12/2017)

1) (CESPE- DELEGADO GO/2017) Considerando o entendimento dos tribunais superiores, o


porte ou posse simultânea de duas ou mais armas de fogo de uso restrito ou proibidp não
configura concurso formal, mas crime único, pois a situação de perigo é uma só.
CORRETO. Se for do mesmo calibre, será considerado crime único e a quantidade de armas
será considerado na dosimentria da pena.
STJ: Portar arma de fogo de calibres diversos, responderia por dois crimes.
Porte de arma de fogo de uso permitido: descrito no art. 14.
Porte de arma de fogo de uso restrito: descrito no afrt. 16.

2) (CESPE- DELEGADO GO/2017) Segundo entendimento do STJ o crime de porte ilegal de


arma de fogo é delito de perigo abstrato, considerando típica a conduta de porte de arma de fogo
desmuniciada.
CORRETO. É crime de perigo abstrato, entendimento do STJ e STF.
Munição: STF vem entendendo que se aplica o princípio da insignificância. STJ entende que
não.
Arma desmuniciada, STF e STJ entendem que arma desmuniciada configura infração penal.
STF entende haver a possibilidade da insignificância no porte de munição. Para o STJ não há
possibilidade.
Arma totalmente inapta para efetuar disparo se equipara a arma de brinquedo. Chama de
arma fantasia ou simulacro.
Se a arma de brinquedo está municiada, o agente irá responder pela munição.
STJ entende que não há a necessidade da apreensão da arma.
Importação de arma de brinquedo similar a arma de fogo, configura contrabando. Não é o
mesmo que dizer que o porte de arma de brinquedo ou de arma de pressão configurma infração
penal. É porque a importação necessita de autorização.

3- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Júlio, policial civil sem qualquer motivo
justificado, estando de folga, na saída de uma boate sacou sua arma de fogo e realizou disparo para
o alto em via pública. Imediatamente, Júlio foi abordado por policiais militares e encaminhado à
delegacia. Considerando o contexto fático, o delegado de plantão deverá autuá-lo em flagrante
delito por incurso nas penas previstas no art. 15, caput da lei 10.826 (disparo de arma de fogo) e
ato contínuo, arbitrar fiança.
ERRADO.
Art. 15 traz o disparo de arma de fogo, com pena de 2 a 4 anos, podendo o delegado
arbitrar fiança. MAS o art. 20 traz as causas de aumento de pena de ½. Assim, para arbitrar fiança o
delegado deve considerar o aumeno de pena.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei .
A quantidade de disparos para o alto não são contados como se crimes diferentes fossem,
correspondem na dosimetria da pena.
O disparo absorve o porte de arma.
Irá responder por porte e disparo se ficar comprovado que o agente já possuía a arma a
muito tempo, em contextos fáticos diferentes.

4- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Constituui crime previsto no Estatuto do


Desarmamento a conduta de portar possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo de uso
permitido, com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou
adulterado. Nesse caso, sendo a arma de fogo de uso permitido, o agente será submetido as penas
do delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, pois, mesmo que o sinal identificador
da arma de fogo tenha sido adulterado ou suprimido, deve-se considerar o calibre da arma de fogo,
se de uso permitido ou restrito, para adequação da conduta do agente na figura típica.
ERRADA. Se o agente porta arma de uso permitido, mas a mesma contém numeração
raspada, responde por arma de uso restrito, conforme art. 16, IV.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

5- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Mévio, caminhoneiro, fi flagrado pela PM


com um revólver calibre 38, o qual foi enconrado na boleia do seu caminhão. Diante do contexto
fático, segundo o STJ, Mévio deve responder por delito de posse irregular de arma de fogo,
considerando que nesse caso específico, o caminçao constitui extensão de sua residência.
ERRADO. STJ entende que a arma de fogo apreendida na boleia do caminhão configura
porte ilegal de arma de fogo, porque caminhão não é extensão da residência e sim instrumento de
trabalho.
EX: Um policial civil tem uma arma de fogo em casa, sem registro. Foi levao para delegacia.
O delegado vai autuá-lo em flagrante. Pode o delegado arbitrar fiança? SIM, o art. 20 não traz o art.
12 (posse irregular).
STJ: Posse de arma de fogo com registro vencido não caracteriza infração penal, é mera
infração administrativa.
Porte: extramuros.
Posse: intramuros.
Arma enterrada no quintal de casa, o STJ entende que o agente responde por porte de
arma de fogo porque a arma está ocultada e o art. 12 não traz ocultar.

- Porte X homicídio:
Porte é absorvido pelo homicídio.
Se a questão mencionar que a arma de fogo foi adquirida anteriormente, em outro
contexto fático, irá responder pelos dois crimes.
EX: Tício portava arma de fogo se autorização legal, adquirida em janeiro. Encontra Mévio,
que saca arma de fogo para o matar. Tício, então, saca sua arma e atira em Mévio, matando-o.
Na situação de homicídio tem a excludente da legítima defesa, respondendo somente no
porte de arma.
- Porte de arma X Policial civil aposentado: STJ entende que o porte funcional não se
estende ao PC aposentado.
- Porte de granda de gás lacrimogêneo/gás de pimenta: STJ entende que não há que se
falar no delito do art. 16, §único.
EX: Tício, policial civil, encontra Mèvio, também policial. Tício pede que Mévio leve sua
arma para casa, enquanto fica jogando bola. Ao encaminhar para casa, Mévio é abordado pela polícia
e diz que pode portar a arma por ter porte de arma de fogo. STJ entende que o simples fato de ser
policial não enseja possibilidade de protar qualquer arma; só pode portar arma que esteja em seu
nome ou que seja da instituição e esteja acautelada em seu nome.
Porte ou posse é crime de ação permanente. (aplica-se súmula 711).
- Praticante de tiro esportivo: pode transpirtar arma municiada, mas tem que ter a guia de
tráfico.

Potrebbero piacerti anche