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Rumo ao desabamento: novos pedidos para a indústria de bens

duráveis dos EUA caem mais do que o esperado em Julho

Mais um importante sinal de encerramento do atual período de superprodução de capital. No


último mês de Julho, as novas encomendas para as manufaturas de bens duráveis nos EUA
caíram 6,8 % sobre o mês anterior.
É a maior queda mensal da demanda destas manufaturas reguladoras do sistema global nos
últimos doze meses. É o que informa relatório do Bureau of Census dos EUA, publicado nesta
sexta-feira (26).
Pedidos para equipamentos de transporte desabaram 19 %, dentro dos quais automóveis e
autopeças caíram 1,2 %. Queda em três dos últimos quatro meses. A mesma frequência da
totalidade da indústria de duráveis.
Equipamentos de transporte envolvem ramos altamente cíclicos. Sofrem bruscas alterações
de acordo com a tendência de expansão ou de contração do ciclo. Ou, como no caso do ramo
produtor de automóveis, bruscas alterações de acordo com o volume de crédito ao
consumidor.
O ramo produtor de automóveis é o melhor observatório para a relação entre crédito ao
consumidor individual e ciclo econômico.
No presente ciclo de expansão o volume de endividamento dos consumidores de carros nos
EUA já ultrapassou 1,2 trilhões de dólares. Duas vezes o PIB argentino (550 bilhões de
dólares), pouco mais que o PIB do México (1,1 trilhão) e pouco menos que o PIB brasileiro
(1,8 trilhão).
Analisamos esses dados sobre o crédito ao consumidor de automóveis nos EUA em boletim
anterior, no ano de 2014. Naquele ano as vendas e a produção de veículos no mercado
interno norte-americano alcançavam os níveis mais elevados dos últimos setenta anos. Os
bancos já estavam muito preocupados com essa monumental bolha motorizada. Mas a
máquina não parava de acelerar mais e mais.
Nos anos seguintes ocorreu a desaceleração da demanda e da produção de automóveis. No
último mês de Julho, os pedidos em carteira (US$ 24 bilhões) da indústria automobilística
norte-americana equivaliam a menos de um mês de produção (US$ 26 bilhões).
Vulnerabilidade muito grande a uma súbita paralisação dos negócios.
Essa vulnerabilidade à iminente derrocada periódica foi impulsionada mais recentemente
pela estagnação do volume de novos pedidos nos últimos doze meses (1,5%), escorregando
para percentuais abaixo de zero nos últimos seis meses.
O problema, relembrando, é que aquela bolha de endividamento dos felizes compradores de
automóveis zero quilometro atingiu o limite tolerável para qualquer análise de crédito há
vários anos.

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Rumo ao desabamento: novos pedidos para a indústria de bens
duráveis dos EUA caem mais do que o esperado em Julho

Como resultado, a produção de valor e de mais-valia deste estratégico ramo para a evolução
da produção industrial caiu nos últimos doze meses (-5%) e acelerou essa queda de Janeiro a
Julho 2017 (-10%). Pela bola sete!
Quando cai a produção a coisa fica mais séria. Agora, os bancos estão muito mais
preocupados que a pouco mais que três anos atrás com aquela bomba de efeito retardado.
Se as encomendas de automóveis e aviões civis representam melhor o consumo individual
de produtos industriais da economia, as dos ramos de bens de capital representam melhor o
consumo dos capitalistas propriamente ditos.
A demanda e a produção desses ramos produtores de bens de capital – dentre os quais são
contabilizados também a estratégica produção de máquinas industriais e de armamentos –
serão analisados em próximo boletim, quando tratarmos da evolução atual da taxa de lucro
operacional e do consumo de máquinas na indústria norte-americana.

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