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Niqab: Um véu entre islão e república - Mundo - PUBLICO.PT http://www.publico.pt/Mundo/niqab-um-veu-entre-islao-e-republi...
(Ahmad Masood/Reuters)
1. A polémica
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Niqab: Um véu entre islão e república - Mundo - PUBLICO.PT http://www.publico.pt/Mundo/niqab-um-veu-entre-islao-e-republi...
O relatório da missão, com alterações ao sabor das discussões no seio dos maiores
partidos, foi votado em Conselho de Ministros em Maio e aprovado pela Assembleia
Nacional em Julho, que ignorou uma derrota de percurso: o Conselho de Estado
chumbou o projecto de lei. Catorze meses depois, o processo atinge agora a fase
crucial de discussão na câmara alta do parlamento francês. Se for aprovada, a lei de
interdição geral do niqab terá provavelmente que enfrentar o Conselho
Constitucional e as instâncias de justiça europeia, conforme prometem as
organizações de defesa de direitos humanos.
Segundo o Ministério do Interior francês, o niqab é usado por "cerca de duas mil
mulheres" em França, ou seja, três por cada cem mil habitantes, embora outras fontes
citem um número ainda menor, de não mais que 600 mulheres. Noventa por cento
dos casos recenseados pelo Ministério do Interior têm menos de 40 anos e um quarto
são "novas convertidas". As muçulmanas que cobrem totalmente o rosto vivem,
sobretudo, nas grandes cidades e periferias de Paris, Lyon e Marselha, segundo o
mesmo estudo oficial.
Qualquer que seja o resultado do debate do niqab - uma lei ou um projecto derrotado
no parlamento ou nos tribunais -, a França terá sempre muito mais um acordo
mínimo e muito menos uma solução abrangente para uma situação que toca e
questiona os fundamentos do "viver em comum" republicano e laico. O título do
relatório da missão parlamentar sobre o niqab, "A recusa da República", resume
numa ambiguidade semântica o radicalismo com que o país vive a questão. "A
República recusa o véu integral e o véu integral é uma recusa da República", explica
o deputado André Gerin, um dos intervenientes directos na polémica ouvidos
directamente pela Pública em Paris e em Lyon.2. A cruzada
André Gerin, cujo lema é "o amor do vermelho no respeito do branco e do azul", fala
exaltado da ameaça colocada à república laica francesa pelos "gurus" e pelos
"taliban" nos bairros difíceis das grandes cidades, "mas também no meio rural, onde
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"O uso do véu integral muçulmano é a árvore que esconde a floresta", afirma Gerin
com preocupação perante o recrudescimento do "comunitarismo". "A shariah, a lei
islâmica, existe na prática em certos bairros periféricos (banlieues) de Lyon ou de
Paris". O deputado, que é presidente da Câmara de Vénissieux, uma periferia
"quente" de Lyon, diz conhecer bem esta situação no seu próprio município.
"O mais grave não é o véu integral. É o conflito cada vez mais frequente nos serviços
civis do Estado. Na nova maternidade de Lyon há, em média, cinco situações de
ameaça e conflito por semana, provocadas pelos "gurus" que acompanham as
mulheres" veladas, diz o deputado e autarca.
"O essencial dos problemas da França está ligado ao Magrebe e sobretudo à Argélia",
diz Gerin. "Não tenho dúvidas de que, nos anos 90, elementos do GIA [Grupo
Islâmico Armado, integrista] vieram habitar nos nossos bairros". O deputado fala de
uma "indiferença ou cegueira da classe política nos últimos 15 anos".
"Os professores das escolas dos bairros populares [banlieues] foram os primeiros a
perceber a mudança porque, de repente, tinham adolescentes de 13 ou 14 anos a
contestar as aulas de Biologia, de Ciências Naturais ou de História", recorda Gerin,
sublinhando que a radicalização das comunidades muçulmanas em França
"acentuou-se depois do 11 de Setembro".
O outro caso foi o processo de expulsão para a Argélia, pelo Ministério do Interior
francês e a pedido do autarca, de um imã integrista salafista. A missão parlamentar
sobre o niqab respondeu a um pedido do deputado, iniciativa que a esquerda,
"mesmo os comunistas", não apoiou.Para André Gerin, "o verdadeiro problema de
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"A laicidade é a república. Está resolvida por lei desde 1905. Não há razão para não
resolvermos com os muçulmanos o que foi resolvido com os católicos, os
protestantes e os judeus", resume André Gerin.
3. O véu
Malek Chebel olha para as suas palmas abertas, com o mesmo gesto de quem olha
para as escrituras sagradas: conhece umas e outras de cor. "O Corão é toda a minha
vida nos últimos dez anos e conheço o texto como conheço as minhas mãos. Posso
dizer que a palavra burqa e a palavra niqab não aparecem em lado nenhum do livro
uma única vez."
Chebel, o antropólogo e filósofo argelino que cunhou a expressão Islão das Luzes
num dos seus livros mais conhecidos, é o tradutor francês do Corão, tarefa que o
obrigou a aprofundar a semântica e a história dos versículos sagrados.
"No Corão há a palavra "véu", hijab, que desapareceu ela própria do dicionário do
árabe moderno, e que é uma palavra polissémica", explica Malek Chebel. Hijab
designa algo que "pode esconder ou com que podemos esconder-nos. Tem um
sentido de protecção. E o "véu" pode ser signo de distinção social, não forçosamente
de imposição", acrescentou o tradutor do Corão.
Isso era no século VII, prossegue Chebel, que recorda o apogeu islâmico do
al-Andaluz e a época em que poetas como Ibn Hazm podiam ver mulheres e, "mais
ainda", escrever sobre o seu espanto, "coisas do género "eu vi uma loura"..."
"Entretanto, o islão regrediu. Estamos hoje num islão regressivo, que faz com que o
véu se imponha à mulher, embora não saibamos o que é, porque hijab pode ser uma
écharpe, um xaile, uma mantilha, um niqab". Em rigor, niqab designa apenas o tecido
ou gaze que a mulher coloca sobre o nariz.
No actual debate sobre a interdição legal do véu, "o que está em causa é, apenas, o
lugar do islão em França, na Europa e no mundo", diz Malek Chebel, que abordou o
tema em diferentes ocasiões no programa de temas religiosos "Filhos de Abraão"
num canal televisivo francês - um talk-show em que os outros dois "filhos" são um
grande rabi e um teólogo católico.
"A mulher que põe a burqa não reage em relação ao islão, reage em relação ao lugar
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"O islão causa medo e posso compreender porquê: é uma religião jovem, em
renascimento. O futuro é do islão. O islão é uma religião masculina, em que valores
como a força, a guerra, a riqueza, o patriarcado não são postos em causa. Em
contraste, o cristianismo é uma religião de compaixão, que no Oriente é uma virtude
por excelência feminina", acrescenta Chebel sobre o contexto da polémica.
O véu integral, nota o tradutor do Corão, "diz respeito a apenas 650 mulheres em
França, na maior parte convertidas", a quem Malek Chebel atribui "excesso de zelo".
"A questão é dupla. Será que o islão pede que se proteja a mulher e será que a mulher
- quando o islão se torna exíguo, fundamentalista, reaccionário, estreito e ambíguo -
deve ser protegida do islão e dela própria?"
Malek Chebel sublinha que "não podemos imaginar a condição feminina isolada: se
as mulheres são regressivas, se não têm o seu espaço, é porque os homens também
são". A discussão não é religiosa. "É de cidadania."
4. O rosto
"O eclipse da face oculta a luz do rosto, onde se reconhece a epifania divina que
inspirou o espírito e o coração do islão", sintetiza Meddeb. O rosto é sobretudo
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"Os sufis viam um sinal divino no milagre da face humana, sobretudo quando
adornada de beleza feminina", recorda Abdelwahab. "Elevamo-nos assim, de rosto
em rosto, do visível ao invisível, do humano ao divino, segundo a palavra profética, a
hadith (retomada pela Bíblia) que diz que o homem foi criado à imagem de Deus".
Meddeb recorre a uma passagem do Corão (LV, 26-27): "Tudo é transitório, nada
perdura além da face do Teu senhor". Deste modo, "a perenidade da face divina
enquanto absoluto reflecte a sua marca sobre o suporte que lhe oferecem todos os
rostos humanos".
Abdelwahab Meddeb refere "um versículo muito belo" em que, por um jogo de
palavras semelhantes, se contrapõem em "homofonia" a palavra árabe que quer dizer
"radioso pleno de luz" e a palavra para dizer "contemplando a Deus". O mesmo
fonema "designa a luminosidade do rosto e o facto de esse rosto olhar a Deus. Como
se a luz de Deus resplandecesse nos rostos humanos de quem o olha", explica o
grande poeta tunisino.
O poeta e místico sufi Ibn Arabi, diz Meddeb, "vai mais longe porque diz que o rosto
é o lugar por excelência da teofania. O rosto humano torna-se o espelho onde se
reflecte o rosto de Deus. Ibn Arabi diz até que Deus é belo e, por isso, os rostos
perfeitos para reflectir o rosto divino são os rostos de maior beleza, que são os das
mulheres e os dos efebos".
"As coisas tomaram estas proporções devido a uma operação polémica", acusa
também o poeta tunisino. "Já não estamos na tradição. Nem sequer na corrente da
universidade Al-Azhar, no Cairo, a maior autoridade do mundo islâmico, que tomou
posição contra o véu, lembrando que o niqab não é uma obrigação divina, uma
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farid"a, nem uma disposição cultural, uma ibâda, mas uma ada, ou costume. O mufti
do Egipto, Ali Juma, confirmou esta declaração: trata-se de um costume arábico
pré-islâmico que o islão está em condições de dissolver".
"Em oposição à cultura ocidental, que é uma cultura de desnudamento, joga-se uma
cultura da arquivirtude até às últimas consequências. A cultura do pudor joga-se
contra a cultura do despudor", acrescenta o poeta tunisino sobre o choque cultural
entre islão e Ocidente.
"Vivemos no meio de uma guerra de imagens, à escala mundial, uma guerra pela
conquista de imaginários e dos espíritos, em que as organizações integristas
pretendem atingir o poder a todo o custo. Até agora, os integristas falharam, porque
não há estados integristas, ou há apenas dois ou três. Mesmo na Arábia Saudita
wahhabita, o regime desencadeou uma guerra sem tréguas, militar e policial, contra
os bin-ladistas. O problema, segundo Abdelwahab Meddeb, "é que a guerra contra o
integrismo é feita com concessões ao integrismo. Não é uma guerra conduzida de
maneira radical. O combate é radical do ponto de vista militar e securitário mas não o
é do ponto de vista ideológico. De certa forma, o integrismo islâmico consegue
ganhar terreno e visibilidade".
"O islão do justo meio é um islão que faz muitas concessões à interpretação integrista
e maximalista da tradição islâmica", acusa também Meddeb, que nota, apesar de
tudo, que "o debate é interessante e a diversidade dos pontos de vista está prestes a
instalar-se de novo entre os doutores do islão".
"A França é um país democrático que tenta gerir pela pluralidade dos pontos de vista
o seu racismo fundamental e a sua recusa fundamental da diversidade", acusa
Meddeb, que concorda com André Gerin apenas num ponto: "A França não resolveu
a questão argelina e há um efeito considerável da guerra da Argélia sobre os jovens
argelinos e sobre os franceses. O trabalho de reflexão sobre a Argélia não foi feito em
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"Essa entorse ao direito paga-se até hoje. O islão é uma velha questão francesa que se
tornou numa questão filosófica e jurídica que continua terrivelmente em aberto".
Meddeb recorda que, no início da colonização da Argélia, quando "tribos inteiras
desceram dos montes às prefeituras para pedirem a nacionalidade francesa, a França
entrou em pânico e encontrou uma paródia jurídica. Qual foi? Apresentou a milhares
de argelinos a cidadania e o direito positivo como uma opção que lhes retirava o
estatuto pessoal de direito muçulmano, que eles não queriam abandonar. Foi a França
que cavou um fosso entre islão e cidadania, por solução de facilidade e interesse de
apaziguamento". Já Alexis de Tocqueville, nos anos 30 do século XIX, denunciava o
facto de a administração francesa "trabalhar com os incompetentes" entre os
muçulmanos e com isso "preparando a bomba-relógio do fanatismo islâmico".
Uma nota simbólica "mas que confirma o trauma argelino": 92 e 93, números dos
dois departamentos da Grande Paris de maior densidade muçulmana, "ou seja, os
interditos da polícia, eram os números dos departamentos de Constantine e de Orão"
na Argélia colonial francesa.
"A lei da burqa é uma prenda, uma felicidade absoluta" para os adversários da
democracia, diz Abdelwahab Meddeb, que encara a interdição legal do véu com
muitas reservas. "Tenho horror à burqa, demonstrei a sua nulidade metafísica,
ontológica e jurídica, mas eles jogam bem. É essa a canalhice dos que argumentam a
favor da interdição. Acenam com a liberdade de culto, mas se eles tomarem o poder
não lhe obedecem. São como os fascistas, pois usam a democracia para anular a
democracia. O que fazer? Devemos permanecer na lógica jurídica e democrática."
5. O interdito
O respeito absoluto pelos alicerces da democracia deixou Caroline Fourest, uma das
principais vozes femininas na polémica do niqab, no lugar bizarro de feminista em
dupla campanha contra o véu integral e contra a sua interdição legal.
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Niqab: Um véu entre islão e república - Mundo - PUBLICO.PT http://www.publico.pt/Mundo/niqab-um-veu-entre-islao-e-republi...
Caroline Fourest salienta que em países como a Holanda, o Reino Unido e a Bélgica
se esperou "demasiado tempo" discutindo o véu islâmico "e os políticos tentam
arranjar soluções simples, porque são mais simples de explicar a quem diz respeito".
"No entanto, não estamos aqui para nossa própria satisfação, mas para sermos
eficazes. Não podemos renegar os nossos próprios princípios sob pretexto de
combater o nosso adversário, respondendo à intolerância com intolerância", defende
a socióloga e autora francesa.
"Não é por estarmos em combate que nos é interdito pensar", nota Caroline Fourest,
conhecida do grande público francês pelos seus documentários televisivos e a sua
coluna regular em Le Monde. "Lamento que uma mulher tenha a ideia infeliz de se
cobrir totalmente, ou que um homem mande tapar a sua mulher como se faz a um
carro ou a um sofá, para se apropriar [dela]", resume Fourest. "O facto de as
mulheres usarem o véu com seu consentimento, ou dizendo que o deram, não retira
nada à sua violência. Bem pelo contrário. O facto de aceitar e mesmo de defender o
direito à humilhação ilustra bem a capacidade de interferência proselitista de uma tal
mentalidade sectária".
Caroline Fourest sublinha, no entanto, que "uma lei simbólica contra o véu integral
teria o inconveniente de ser particular e comportaria o risco de ser inaplicável.
Porquê proibir o véu integral mas não o uso da máscara em período de gripe A? Pela
dignidade das mulheres? Mas então, por que não proibir o véu simples? Não é
também um atentado à dignidade das mulheres? E se vamos proibir o véu simples na
rua, porque não interditar qualquer sinal tendencioso? Evitemos este círculo infernal
e procuremos a eficácia". Para a directora da ProChoix, o equilíbrio entre os dois
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Niqab: Um véu entre islão e república - Mundo - PUBLICO.PT http://www.publico.pt/Mundo/niqab-um-veu-entre-islao-e-republi...
valores em causa - "dignidade das mulheres e segurança" - pode ser encontrado com
"regras gerais que regulamentem a obrigação de se identificar".
6. A ficção
Trata-se de uma proposta "clara, exacta e equilibrada", diz André Gérin. O deputado
salienta que a proposta de lei "inclui uma dimensão pedagógica sobre as condições
de vida em comum", nomeadamente o prazo de seis meses dado à infractora e o
"estágio de cidadania". A proposta prevê também "medidas repressivas em particular
contra os gurus que reduzem a sua mulher à escravidão".
Este líder muçulmano nota, porém, que o mês do Ramadão, iniciado este ano a 12 de
Agosto, abriu "não diria uma trégua mas um tempo de respeito". Dois exemplos
inéditos, para espanto de M"hammed Henniche: a RTL anuncia diariamente a hora de
quebrar o jejum, "como qualquer rádio num país muçulmano", e a principal estação,
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"Há uma gestão policial, colonial do islão e, enquanto durar este estado de coisas,
não se resolverão as tensões. O que me incomoda é que não se fala do essencial, que
são os problemas sociais da França, mais relevantes do que a História e a memória",
diz também Gaci "enquanto francês responsável de culto muçulmano".Se o
endurecimento galopante do discurso político francês, pela direita, nas últimas
semanas, encontrar eco no parlamento, o projecto de interdição do niqab será
aprovado em breve e poderá estar em vigência no próximo ano, dizem os analistas. A
palavra soberana, porém, pertencerá aos juízes, de quem dependerá quase toda a
eficácia e a aplicabilidade da interdição. Vários juristas "recordaram discretamente" à
Assembleia Nacional que os deputados "não podem decidir o que lhes apetecer",
porque há instâncias judiciais acima dos deputados e que o legislador "está sob
vigilância". Um especialista de direito internacional público, Bertrand Mathieu,
desmantelou até a legitimação "jurídica" da proibição legal do niqab, ao explicar que
"são os poderes e serviços públicos que são submetidos à laicidade e não os
indivíduos, o espaço público e o corpo social".
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Creio que não
Entretanto o Público nada noticia sobre isto: "Two men taken off a Chicago-
to-Amsterdam ...
Artur
31.08.2010 08:44
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14 of 16 10/08/31 09:17
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