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Pós Graduação - Especialização Lato Sensu

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

HISTÓRIA DA ANATOMIA

Cassia Xavier Santos

DEFINIÇÃO

Anatomia humana é a ciência que estuda a estrutura do corpo humano.


Esse termo tem origem na palavra grega que significa cortar em partes, logo, é
o estudo das estruturas do corpo humano cortado em partes. Cada uma
dessas partes possui uma função específica que é estudada pela fisiologia.
Ambas as ciências, anatomia e fisiologia, são divisões da biologia bastante
conhecidas.

A grande parte das terminologias anatômicas tem origem nas línguas


grega ou latina, termos esses que podem ser facilmente compreendidos se
conhecermos os prefixos e sufixos básicos da ciência anatômica.

O estudo da anatomia surgiu, principalmente, pelo interesse dos


médicos em conhecer e explicar as funções e disfunções do corpo humano.
Descobrir a idade da morte de uma pessoa pode ser feito por meio dos restos
de seu esqueleto ósseo, assim como a provável causa da morte que pode
variar de lesões a doenças.

Cerca de 3400 a.C., no Egito, foi descrito o primeiro manual de anatomia


humana por um pesquisador chamado Menes. Mais tarde, 360-377 a.C., na
Grécia, um pesquisador ficou conhecido com o Pai da Medicina, seu nome
Hipócrates, e foi ele quem inspirou o juramento hipocrático, realizado pelos
médicos até os dias de hoje, norteados por seus princípios éticos. Já em 130-
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201 d.C., um escritor médico chamado Clandius Galeno tornou-se muito


importante na anatomia, pois seus princípios foram seguidos/imitados por
muitos anos, aproximadamente 1500 anos. De 1578-1657, na Europa, Hanve
deu início ao método da anatomia experimental. Por volta de 1650, também na
Europa, vários tipos de células e tecidos foram descritos pelo aperfeiçoamento
do microscópio. A partir disso, equipamentos passaram a ser utilizados para
auxiliar no estudo das funções e disfunções do corpo. Um marco para esse
estudo aconteceu em 1895, quando um importante físico chamado W.
Roentgen fez a descoberta do raios X. Desde então, foi possível estudar
anatomia também por meio da imagem que, com o passar do tempo e avanço
da tecnologia, vem tornando o diagnóstico médico cada vez mais preciso.

ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO DE ANATOMIA


Anatomia regional: é o estudo das regiões do corpo.

Anatomia sistêmica:

Sistema tegumentar: Formado por pele e seus anexos – pelos, unhas e


glândulas sudoríparas –, tem função de dar suporte e proteção ao corpo. É
estudado pela dermatologia.

Sistema esquelético: Formado por ossos e cartilagens, tem função de suporte


interno e estrutura flexível para movimentos do corpo, produção de células
sanguíneas e armazenamento de minerais. É estudado pela osteologia.

Sistema articular: Formado por articulações e ligamentos associados, tem


função, juntamente com os ossos e os músculos, de produzir movimento e
locomoção. É estudado pela artrologia.

Sistema muscular: Formado por músculos, tem função, juntamente com os


ossos e articulações, de produzir movimentos do corpo e produzir energia. É
estudado pela miologia.
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Sistema nervoso: Formado pelo Sistema Nervoso Central – encéfalo e


medula espinal –; Sistema Nervoso Periférico – nervos cranianos e espinais –;
e terminações nervosas, tem função de coordenar e controlar as funções de
todos os outros sistemas, relacionando o corpo ao meio ambiente. É estudado
pela neurologia.

Sistema circulatório: Formado por coração, vasos sanguíneos, sangue, vasos


linfáticos e linfa, tem a função de transporte de substâncias nutritivas para as
células do corpo e remover resíduos metabólicos dessas células. É estudado
pela angiologia e cardiologia.

Sistema digestório: Formado por cavidade oral, faringe, esôfago, estômago,


intestino delgado e intestino grosso, tem a função de realizar ingestão,
mastigação, deglutição, digestão, absorção de nutrientes e eliminação de
resíduos. É estudado pela gastrologia.

Sistema respiratório: Formado por vias aéreas superiores, vias aéreas


inferiores e pulmões, tem função de fornecer oxigênio para o corpo e
eliminação do dióxido de carbono. É estudado pela pneumologia.

Sistema urinário: Formado por rins, ureteres, bexiga e uretra, tem a função de
filtrar o sangue, produzir e eliminar urina. É estudado pela urologia.

Sistema genital feminino e sistema genital masculino: Formado por


ovários, testículos e genitais externos, tem função de produzir os gametas
sexuais masculino (espermatozoides) e feminino (ovócitos) e reprodução. É
estudado pela ginecologia e andrologia.

Sistema endócrino: Formado por glândulas que produzem hormônios, tem a


função de regular o metabolismo químico. É estudado pela endocrinologia.
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TERMINOLOGIAS ANATÔMICAS

Posição anatômica

Todo direcionamento anatômico é descrito em relação à posição


anatômica. Tal posição considera:

- Corpo ereto;
- Pés paralelos e membros inferiores unidos;
- Olhos direcionados para frente;
- Membros superiores ao lado do corpo com as palmas das mãos
voltadas anteriormente.

Plano de referência anatômica

Visando ao estudo das estruturas de vários órgãos, o corpo pode ser


seccionado por três planos fundamentais de referência:

- Plano sagital: passa verticalmente através do corpo, dividindo-o em


partes direita e esquerda;
- Plano mediano: passa verticalmente através do corpo, dividindo-o
exatamente em metades direita e esquerda.
- Plano coronal (longitudinal): passa verticalmente através do corpo,
dividindo-o em partes anterior e posterior;
- Plano transverso (a radiologia refere-se a esse plano como axial): passa
horizontalmente através do corpo, dividindo-o em partes superior e
inferior;
- Plano oblíquo: plano coronal ou transverso, ligeiramente angulado ou
inclinado.
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Termo de direção

- Medial: indica que uma estrutura está próxima ou mais próxima da linha
média do corpo;
- Lateral: indica que uma estrutura está mais afastada da linha média do
corpo;
- Posterior ou dorsal: indica a parte posterior do corpo ou mais próximo do
dorso;
- Anterior ou ventral: indica a parte anterior ou ventral do corpo;
- Inferior ou caudal: indica que uma estrutura está mais próxima do crânio;
- Proximal: indica que uma estrutura está mais próxima do ponto de
fixação ou da origem da estrutura;
- Distal: indica que uma estrutura está mais distante do ponto de fixação
ou origem da estrutura;
- Ipsilateral: quando as estruturas estão localizadas do mesmo lado do
corpo;
- Contralateral: quando as estruturas estão localizadas em lados opostos
do corpo.

Termos de posicionamento do corpo

- Ortostática: em pé com o corpo ereto;


- Decúbito ventral: deitado com ventre do corpo (abdome) apoiado no leito
e dorso para cima;
- Decúbito dorsal: deitado com o dorso do corpo apoiado no leito e ventre
para cima;
- Decúbito lateral: deitado de lado, apoiando um dos hemicorpos sobre o
leito; quando o apoio é sobre o hemicorpo direito, refere-se a decúbito
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lateral direito, e quando o apoio é sobre o hemicorpo esquerdo, decúbito


lateral esquerdo;

- Trendelenburg: deitado (decúbito dorsal ou ventral) com discreta


angulação ou inclinação da cabeça para baixo em relação aos pés;
- Fowler: deitado (decúbito dorsal ou ventral) com discreta angulação ou
inclinação dos pés para baixo em relação à cabeça;
- Posição oblíqua: em decúbito ou ortostatismo, apoiado sobre um
hemicorpo, inclinando a parte livre anterior ou posteriormente.

Procedimentos para avaliação clínica

- Inspeção: consiste em observar o corpo para verificar qualquer sinal


clínico como coloração ou edema e movimentos respiratórios;
- Palpação: consiste em aplicar uma firme pressão com as mãos nas
regiões do corpo para perceber comportamentos ou irregularidades
como pulsação ou grau do edema;
- Ausculta: consiste em escutar os sons produzidos pelos órgãos internos;
- Percussão: consiste em aplicar golpes com as pontas dos dedos nas
cavidades corporais como tórax e abdome para localização de líquidos
ou anormalidades;
- Pesquisas de reflexos: consiste em aplicar força imediata (bater) em um
tendão com um martelo a fim de observar a resposta automática a um
estímulo.

ANATOMIA DO DESENVOLVIMENTO
Uma vez ocorrida a fertilização do ovócito pelo espermatozoide, cinco a
sete dias depois, começa a ocorrer o processo de implantação na camada
endométrio do útero. Começam a ser liberados hormônios para impedir que
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ocorra o aborto, até que a placenta possa fazer esse papel, por volta de sete
semanas, produzindo o estrógeno e a progesterona. Completada a
implantação, surge a cavidade embrionária e o disco embrionário que consiste
em três camadas: o endoderma, o mesoderma e o ectoderma, os chamados
folhetos embrionários (camada germinativa embrionária), dando início ao tecido
embrionário por volta de duas semanas de gestação. Desses tecidos, oriundam
todas as outras células dos sistemas do corpo:

- Endoderma: formadora de todo o revestimento do trato gastrointestinal e


órgãos digestórios, trato respiratório e pulmões, bexiga urinária e uretra;
- Mesoderma: formadora do esqueleto ósseo, músculos, sangue, derme e
órgãos genitais;
- Ectoderma: formadora do sistema nervoso, epiderme, pelos, unhas,
glândulas da pele e órgãos sensoriais.

Outras estruturas também importantes surgem nessa fase:

- Âmnio: membrana originada do ectoderma e mesoderma, que envolve o


embrião, formando o saco amniótico cheio de líquido amniótico com
função de promover o desenvolvimento do embrião, amortecer e
proteger o feto ou embrião de possíveis situações a que a mãe se
submeta. Mantém a temperatura e pressão, elimina resíduos e permite a
movimentação fetal.
- Saco vitelino: produz sangue para o embrião até que o fígado se forme
na 4ª semana e comece a produzir células sanguíneas a partir da 6ª
semana. Participa da formação do intestino e, ao término da gravidez,
não apresenta nenhuma função importante, pois se torna muito
pequeno.
- Placenta: órgão formado por tecidos maternos e fetais, altamente
vascularizado e que estabelece a comunicação entre o feto e a mãe.
Tem por função realizar trocas gasosas e metabólicas entre o feto e a
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sua mãe. Mede cerca de 2 cm e pesa 1/6 do peso total do feto. O


sangue oxigenado e nutrido entra na placenta através de uma veia
umbilical e retornará à placenta por duas artérias umbilicais, formadoras
do cordão umbilical, que mede cerca de 55 cm de comprimento. Embora
a placenta possua alta atividade metabólica e
forneça todos os nutrientes e oxigênio necessários ao feto, outras
substâncias como drogas, nicotina e medicamentos podem chegar até o
feto e interferir no seu desenvolvimento. Felizmente a placenta produz
enzimas que são capazes de desativar ou diminuir a ação dessas
substâncias, impedindo que prejudiquem o feto. A esse processo, damos o
nome de barreira placentária.

Acompanharemos na tabela subsequente os principais eventos do


desenvolvimento embrionário e fetal ocorridos na gestação:

Tempo de
gestação Evento do desenvolvimento
(semanas)
Extremidade cranial, base do esqueleto embrionário, formação da

pele.
4 mm, formação do cordão umbilical, bombeamento de sangue
4ª pelo coração, cabeça e mandíbula, encéfalo, medula espinal,
pulmões, órgãos digestórios e brotos dos MMSS e II.
Aumento da cabeça, orelhas e cavidade nasal, mãos e pés em

forma de pás.
16 a 24 mm, cabeça maior que o tronco, o encéfalo apresenta-se,

ocorre a produção de hormônio e início dos genitais externos.
28 a 40 mm, sistema nervoso em atividade, pescoço aparente,
7ª e 8ª olhos desenvolvidos e fechados, narinas tampadas. Passa a ser
chamado de feto.
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Cabeça proporcional ao corpo, olhos espaçados e orelhas baixas,


9ª a 12ª aparecem os centros de ossificação. Ao final, o feto se apresenta
com 87 mm e 45 g, o sistema nervoso permite seus movimentos.
MMII chega ao tamanho final, percebem-se os movimentos fetais,
17ª a 20ª
pode chegar a 20 cm e 460 g.
21ª a 25ª Feto aumenta em peso e tamanho, chegando a 24 cm e 900 g.
Mede cerca de 28 cm e pesa 1.300 g, não mantém temperatura
26ª a 29ª sozinho, estruturas respiratórias imaturas, a cabeça começa a se
dirigir em direção ao colo do útero.
Mede cerca de 50 cm e pesa 3.400 g, atingiu a maturidade e está
30ª a 40ª
preparado para o nascimento.

A partir do nascimento, outras mudanças nas características físicas,


sexuais e comportamentais serão iniciadas e não pararão de ocorrer até que o
corpo não tenha mais vida.

SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório pode ser dividido em sistema linfático e


cardiovascular, formado por coração, vasos sanguíneos, vasos linfáticos,
sangue e linfa.

- Coração: bomba contrátil formada por quatro camadas, átrios e


ventrículos em pares, bombeando todo o sangue do corpo,
aproximadamente em um minuto para todas as extremidades do corpo;
- Vasos sanguíneos: redes de tubos que permitem a passagem do
sangue para todas as células do corpo. São eles: artérias e arteríolas,
veias e vênulas e capilares;
- Vasos linfáticos: localizados em torno dos vasos sanguíneos;
- Linfa: líquido presente nos vasos linfáticos;
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- Sangue: formado por eritrócitos, as células vermelhas; leucócitos, as


células brancas com função de defesa; plaquetas, os trombócitos
responsáveis pela coagulação sanguínea; e plasma, a porção líquida do
sangue com 90% de água.

O corpo humano tem aproximadamente 5 litros de sangue circulante. Em


geral o sistema circulatório apresenta as seguintes funções:

- Transporte: está envolvido no transporte de oxigênio e nutrientes, por


meio do sangue, a todas as células do corpo, filtrando resíduos e
impurezas e transporta hormônios para os tecidos-alvos;
- Proteção: protege contra lesões de agentes estranhos ou toxinas;
imunidade pelos chamados glóbulos brancos, os leucócitos; além de
proteger contra a perda de sangue por meio da coagulação.

CORAÇÃO

Órgão muscular, formado por quatro câmaras, pesando


aproximadamente 250 gramas em mulheres e 310 gramas em homens, do
tamanho de um punho fechado, em média. Localiza-se na cavidade torácica,
entre os pulmões, espaço denominado mediastino. Está ligeiramente voltado
para o lobo esquerdo. Possui um ápice, apontado para baixo e para a
esquerda, sobre o diafragma e uma base, voltada para cima e para a direita,
onde estão os vãos sanguíneos que, em conjunto, recebem o nome de vasos
da base.

É recoberto por um tecido chamado pericárdio, que se divide em duas


camadas: pericárdio fibroso (mais externo) e pericárdio seroso. Esse último,
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por sua vez, apresenta dois folhetos: um mais externo, o pericárdio seroso
parietal, localizado junto ao pericárdio fibroso; e o pericárdio seroso visceral,
que está intimamente ligado à superfície externa do coração.

O pericárdio fibroso envolve e protege o coração, e o pericárdio seroso


produz o líquido pericárdio que funciona como um lubrificante que permite ao
coração bater sem atrito. Internamente ao coração, encontra-se o endocárdio
que reveste toda a superfície interna do coração, bem como a superfície de
suas valvas.

A camada média do coração é a mais espessa, constituída por músculo


estriado cardíaco, o miocárdio. Sua espessura varia de acordo com a força que
cada câmara cardíaca deve exercer. Desse modo, entende-se que a função do
miocárdio é realizar as contrações das câmaras cardíacas e ejetar sangue para
fora do coração.

Entre os átrios direito e esquerdo, existe uma parede de delimitação que


impede a mistura entre os sangues pobre e rico em oxigênio, chamado septo
interatrial. Entre os ventrículos direito e esquerdo, existe outro septo, uma
parede, que exerce função semelhante ao septo interatrial e recebe o nome de
septo interventricular. Já entre átrios e ventrículos, o coração conta com valvas
atrioventriculares direita (tricúspide) e esquerda (bicúspide ou mitral), que
impedem que ocorra refluxo sanguíneo dos ventrículos para os átrios no
momento da contração (sístole).

Átrios contraem-se simultaneamente, enquanto os ventrículos estão em


relaxamento. À contração e ao relaxamento do miocárdio, damos o nome de
sístole e diástole, respectivamente. Vale lembrar que os átrios contam com
músculos chamados pectíneos, que auxiliam a ejeção do sangue para os
ventrículos, e cada átrio ainda possui uma aurícula (apêndice na parte externa).
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Entrando e saindo com sangue do coração, encontram-se as veias e


artérias. Deve ficar claro que os vasos que conduzem sangue do corpo ao
coração, independentemente de transportarem sangue rico ou pobre em
oxigênio, são chamados veia. Já os vasos que conduzem sangue do coração
ao corpo, independentemente de transportarem sangue rico ou pobre em
oxigênio, são chamados artérias.

Descreveremos agora os vasos presentes no coração e suas


respectivas funções:

- Veia cava superior: trazem sangue pobre em oxigênio da região da


cabeça (veia jugular) e membros superiores (veia subclávia) para o átrio
direito do coração.
- Veia cava inferior: traz sangue oxigênio do abdome e membros
inferiores para o átrio direito do coração.
- Veia coronária: traz sangue pobre em oxigênio do coração até a veia
cava superior para o átrio direito do coração.
- Veias pulmonares: trazem sangue oxigenado dos pulmões para o átrio
esquerdo do coração.
- Tronco pulmonar: dá origem às artérias pulmonares, que conduzem o
sangue do ventrículo direito para os pulmões a fim de oxigená-lo. Na
entrada dessa artéria, encontramos a valva do tronco pulmonar que
impede o refluxo de sangue da artéria para o ventrículo.
- Artéria aorta: leva sangue do ventrículo esquerdo do coração para irrigar
todo o corpo, passando pela valva aórtica (que impede o refluxo
sanguíneo), o ramo ascendente, arco da aorta e ramo descendente da
aorta.
- Artéria coronária: é uma ramificação do ramo ascendente da artéria
aorta e irriga o próprio coração (miocárdio).
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A circulação sanguínea corpórea garante que todas as células do corpo


recebam oxigênio e nutriente de forma adequada. Para isso, dividiremos a
circulação em pulmonar e sistêmica.

- Circulação pulmonar (pequena circulação): inicia-se no momento em


que o sangue é trazido pelas veias cavas superior e inferior até o átrio
direito. Do átrio direito, o sangue atravessa a valva atrioventricular direita
e atinge o interior do ventrículo direito. Então, o sangue deixa o
ventrículo direito e é novamente ejetado, agora para o tronco pulmonar,
de onde artérias pulmonares direita e esquerda surgem e transportam o
sangue aos capilares do pulmão para que seja oxigenado. Uma vez
oxigenado, o sangue retorna ao coração, no átrio esquerdo, pelas veias
pulmonares direita e esquerda.
- Circulação sistêmica (grande circulação): inicia-se quando o sangue é
ejetado do átrio esquerdo, através da valva atrioventricular, para o
ventrículo esquerdo, o qual, por sua vez, fará uma sístole e mandará o
sangue para a artéria aorta e todos os seus ramos para que o sangue
oxigenado seja levado para todo o corpo e depois retorne, já pobre em
oxigênio, ao átrio direito.

Além dessas principais circulações, o coração conta com uma


vascularização própria que levará suprimento para nutrir as próprias paredes.
O miocárdio é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda e suas
ramificações, que se originam do ramo ascendente da artéria aorta.
É importante esclarecer que o feto possui uma circulação sanguínea
com característica própria, pois seus órgãos não são capazes ainda de realizar
tais funções, por isso, toda a obtenção de nutrientes e oxigênio e eliminação de
resíduos e gás carbônico é feita pelo cordão umbilical. Esse cordão possui uma
veia umbilical, que levará sangue oxigenado ao feto, e a artéria umbilical é
quem devolve o sangue à placenta.
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Para que toda essa circulação sanguínea ocorra, o coração conta com
um complexo estimulante intrínseco que controla todo o ciclo cardíaco, origina
impulsos elétricos que estimulam os batimentos cardíacos. Desse complexo,
faz parte o nó sinoatrial (SA), que está localizado no átrio direito. O ciclo inicia-
se com impulso elétrico que se propaga para os átrios direito e esquerdo,
contraindo-os. O nó atriventricular, localizado no septo interatrial (AV), receberá
o estímulo do nó SA. O fascículo atrioventricular, localizado no septo
interventricular, quando estimulado, promove a contração dos ventrículos. Além
dessa estimulação própria, o coração também recebe impulsos no Sistema
Nervoso Autônomo, sempre que necessário, aumentando a frequência
cardíaca, por exemplo.

Veremos, a seguir, quadros com as principais artérias e veias do corpo


humano e suas respectivas funções.

As paredes das artérias e veias são constituídas de três camadas, as


chamadas túnicas:

- Túnica externa (adventícia): formada de tecido conjuntivo frouxo;


- Túnica média: formada por camadas de células musculares lisas que se
dispõem helicoidalmente. Em artérias, há a presença de fibras elásticas
de elastina nessa camada em maior quantidade do que aquela
encontrada em veias;
- Túnica interna: apresenta uma camada de células endoteliais apoiada a
uma camada de tecido conjuntivo frouxo, camada subendotelial.
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ARTÉRIAS

A grande quantidade de fibras de elastina na túnica média das artérias,


principalmente as de grande calibre, permite que elas se expandam frente à
contração ventricular. Essa elasticidade mantém o fluxo sanguíneo, porém
dentro delas há uma grande pressão sanguínea.

Principais artérias do corpo humano

Segue tabela com as principais artérias do corpo humano e seu


suprimento sanguíneo:

Artérias Suprimento sanguíneo


Coronárias Miocárdio
Carótidas Cabeça (encéfalo)
Subclávia Ombros e membros superiores
Vertebrais Encéfalo
Basilar Nível da ponte
Cerebrais
posteriores medial e Encéfalo
anterior
Comunicante Originam-se das artérias cerebrais e formam o círculo
posterior arterial do cérebro (círculo de Willis)
Oftálmica Olhos e estruturas associadas
Tireóidea superior Laringe, pregas vocais e glândula hipófise
Faríngea Faringe e linfonodos da região
Lingual Língua e glândula sublinguais
Facial Faringe, palato, lábios e nariz
Occipital Couro cabeludo, meninges e processo mastoide
Auricular Orelha e couro cabeludo
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Maxilar Dentes e gengiva, músculo da mastigação


Temporal Órgão e parede torácica, timo pericárdio
Axilar Tecido da parte superior do tórax e região do ombro
Braquial Músculo tríceps e braquial
Radial e ulnar Irrigam a região do antebraço, mão e dedos
Digitais Dedos das mãos e pés
Frênica Músculo diafragma
Abdominal Abdome
Intestino delgado, ceco, apêndice vermiforme, colo
Mesentérica ascendente, colo transverso, descendente, sigmoide e
reto
Renal Rins direito e esquerdo
Suprarrenais Glândulas suprarrenais
Testiculares Testículos
Ováricas Ovários
Lombares Músculos e medula espinal da região lombar
Sacral Sacro e cóccix
Vesicais Bexiga urinária e órgão interno da pelve
Uterina e vaginal Órgãos genitais femininos
Glútea Região glútea
Obturatória Músculos mediais e superiores da coxa
Pudenda Músculos períneo e genitais externos
Femoral Coxa
Epigástrica Pele e músculos da parede abdominal
Circunflexa ilíaca Músculos da fossa ilíaca
Poplítea Parte posterior do joelho
Tibial Tornozelo e dorso do pé
Fibular Músculos fibulares da perna
Plantares Planta do pé
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VEIAS

As paredes das veias são constituídas pelas mesmas três camadas que
as artérias, ou seja, apresentam as túnicas externa, média e interna.

No entanto, dentro das veias, ocorre a passagem do sangue com uma


pressão muito inferior do que na artéria, por isso, as veias contam com
inúmeras válvulas venosas ao longo de seu percurso a fim de garantir o
direcionamento do fluxo sanguíneo até o coração.

Principais veias do corpo humano

Segue tabela com as principais veias do corpo humano e sua drenagem


sanguínea:

Veias Drenagem sanguínea


Jugulares Couro cabeludo, face e pescoço, encéfalo e meninges
Subclávias Membros superiores e perto do pescoço
Cefálica Porção superficial da mão e antebraço do lado radial
Basílica Porção superfície da mão e antebraço do lado ulnar
Braquial Junção das veias basílica e cefálica
Lombares Região lombar e sacral
Intercostais Músculos intercostais
Tibiais Região posterior e anterior da tíbia
Poplítea Região do joelho
Femoral Coxa
Ilíaca Região sacroilíaca pélvica e genital
Porção lateral e medial dos pés e porções medial e lateral à
Safena
coxa
Cava inferior Membro inferior e abdome
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Renais Rins e ureteres


Testicular Testículos
Ováricas Ovários
Suprarrenal Glândulas suprarrenais
Frênicas Músculo diafragma
Hepáticas Fígado
Porta
Órgãos digestórios
hepática
Mesentérica Intestino delgado (sangue rico em nutrientes)
Esplênica Baço
Pancreática Pâncreas
Gástricas Estômago
Cística Vesícula biliar

Pressão arterial

A pressão sanguínea é a força que o sangue exerce contra as paredes


dos vasos nos quais circula. Nas artérias, a pressão sanguínea é maior, pois o
sangue acabou de ser ejetado fortemente pelo ventrículo. Nas veias, essa
pressão diminui, pois se trata do retorno do sangue ao coração, por isso, a
necessidade do auxílio das válvulas venosas, garantindo que o fluxo retorne ao
coração.

A pressão arterial sanguínea pode ser medida por um aparelho chamado


esfigmomanômetro, colocado na região do braço e juntamente com um
estetoscópio colocado sobre a artéria braquial. É possível aferir duas pressões:
a sistólica (no momento da contração ventricular) e a diastólica (quando o
ventrículo relaxa).

A pressão sistólica normalmente está em torno de 120 mm Hg e a


diastólica, 80 mm Hg. A diferença entre elas é geralmente de 40 mm Hg,
chamado de pressão de pulsação.
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Sistema linfático

O sistema linfático é formado por vasos linfáticos e líquidos linfáticos


com a função de auxiliar no equilíbrio das células. Absorve gorduras do trato
gastrointestinal e auxilia na defesa do corpo. Está relacionado com o sistema
circulatório, pois drena cerca de 15% do líquido intersticial para a circulação
sanguínea num único sentido.

Esse líquido drenado chamado linfa é filtrado pelos linfonodos que se


encontram ao longo de todo o vaso linfático. Em seu interior, existem nódulos
linfáticos que produzem linfócitos, células importantes na resposta imunológica
do corpo. Os linfonodos localizam-se nas seguintes regiões joelho, axilas
(axilares), virilha (inguinais), tórax (torácicas) e cervicais. O timo, o baço e as
tonsilas também são órgãos linfáticos.

- Baço: maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, na espécie


humana, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea.
Auxilia na produção de linfócitos, filtração do sangue e destruição de
eritrócitos;
- Timo: órgão no qual os linfócitos T completam sua maturação;
- Tonsilas: formadas por agregados linfocitários que protegem as
cavidades nasal e oral.

Sistema nervoso
O sistema nervoso é formado estruturalmente pelo Sistema Nervoso
Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP) e, funcionalmente, também
pelo Sistema Nervoso Autônomo (SNA), que juntos coordenam as atividades
do corpo. O sistema nervoso é estudado pela neurologia.

Mais especificamente, o SNC é formado pelo encéfalo (cérebro,


cerebelo e tronco encefálico) e a medula espinal; o SNP é composto por nervos
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cranianos e espinais e gânglios nervosos; e o SNA compõe-se de parte


simpática e parassimpática com a função específica de controlar os órgãos
internos.

Em geral, o sistema nervoso tem a capacidade de armazenar


informação e responder a experiências vividas, o que chamamos
respectivamente de memória e aprendizado. Especificamente, as funções do
sistema nervoso incluem:

- Orientações e percepções do corpo em relação ao ambiente interno e


externo;
- Coordenação e controle das atividades corpóreas;
- Comportamento instintivo, ainda que discreto.

Essas funções estão diretamente relacionadas aos estímulos sensitivos


internos e externos e respostas motoras.

O sistema nervoso, para um funcionamento adequado, conta com


algumas células funcionais como neurônios e neuroglias (células da glia).

Neurônios: representam a unidade funcional do sistema nervoso com função


de armazenar e interpretar informações e conduzir impulsos de resposta. Os
neurônios variam em tamanho e forma, porém todos possuem corpo celular,
dendritos e axônio.
- Corpo celular: região na qual o núcleo e a maior parte das organelas se
encontram;
- Dendritos: estendem-se a partir do corpo celular e têm a função de
responder a estímulos específicos e conduzir impulsos em direção ao
corpo celular;
- Axônio: também conhecido como fibra nervosa, estende-se ao corpo
celular, conduz impulsos (respostas) para longe do corpo celular.
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Neuroglias: também chamadas de células da glia, são células de sustentação


do sistema nervoso e auxiliam os neurônios em suas funções. Acredita-se que
apenas 20% de todas as células do sistema nervoso sejam neurônios e o
restante são células da glia. Encontramos seis tipos de neuroglia:
1. Célula de Schwann: formadoras de bainha de mielina nos axônios do
SNP;

2. Oligodendrócitos: formadores da bainha de mielina nos axônios do SNC;


3. Microgliócitos: têm a função específica de remover materiais estranhos e
degenerados do SNC;
4. Astrócitos: são responsáveis pela passagem de gases e nutrientes para
garantir a sobrevivência das células do encéfalo;
5. Células ependimárias: estão presentes no revestimento dos ventrículos
encefálicos e canal central da medula espinal;
6. Gliócitos ganglionares: são células que garantem suporte ao corpo
celular do neurônio situado no interior dos gânglios nervosos. Esses
gânglios estão presentes no SNP.

A bainha de mielina, citada nas células de Schwann e oligodendrócitos,


é responsável pela cor da substância branca do encéfalo e da medula espinal
com função de suporte e condução de impulsos de forma mais rápida, pois
entre a bainha existe um espaço chamado nódulo de Ranvier, por onde o
impulso é propagado de forma saltatória.

De acordo com sua função, os neurônios podem ser sensitivos, motores


ou de associação.

- Neurônios sensoriais ou aferentes: recebem estímulos sensoriais do


meio ambiente e do próprio organismo e os conduzem ao SNC;
- Neurônios motores ou eferentes: conduzem impulsos sensitivos
originados no SNC a um músculo ou glândula, controlando-os;
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- Neurônio de associação ou interneurônios: estão localizados entre os


neurônios motores e sensitivos no interior da medula espinal e encéfalo.

De acordo da sua estrutura, o neurônio pode ser:

- Bipolares: possuidores de um dendrito e de um axônio;


- Pseudounipolares: apresentam, próximo ao seu corpo celular,
prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um
ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central;
- Multipolar: apresentam mais de dois prolongamentos celulares.
Os neurônios comunicam-se entre si através das sinapses. O número de
neurônios é estabelecido durante o desenvolvimento pré-natal, porém o
número de sinapses é indeterminado, pois cada neurônio é capaz de fazer
inúmeras conexões, o que justifica a capacidade ilimitada de aprendizado.

Fora do sistema nervoso central, encontramos um conjunto de fibras


nervosas conhecida como nervos que, em sua maioria, são constituídos por
fibras motoras e sensitivas, os nervos mistos, típicos da medula espinal. No
entanto, alguns nervos são compostos apenas por fibras motoras ou fibras
sensitivas como alguns dos nervos cranianos.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL


Como foi visto anteriormente, o SNC é constituído do encéfalo, formado
por cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinal. Todo esse sistema é
protegido pelo crânio – encéfalo –, pela coluna vertebral – medula espinal – e
envolvido pelas meninges.
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MENINGES

São membranas de tecido conjuntivo, que perfazem três camadas: a


dura-máter, a aracnoide-máter e a pia-máter. Entre a aracnoide-máter e a pia-
máter, encontra-se o espaço subaracnoideo, por onde circunda o líquido
cerebrospinal, ou líquor, o qual é produzido pelo plexo corioide, localizado no
interior dos ventrículos encefálicos.

O SNC é composto de substância cinzenta que consiste,


predominantemente, por corpo celular de neurônio e neuroglia, localizado no
córtex, camada cortical do cérebro e cerebelo, e de substância branca que
consiste predominantemente de dendritos, axônio e neuroglias.

O encéfalo é extremamente vascularizado, passando cerca de 750 ml de


sangue por minuto, a fim de suprir sua necessidade de oxigênio e nutrientes.
Por essa razão, é considerado o tecido mais sensível do corpo: 10 segundos
sem oxigênio levam à perda de consciência e 4 minutos sem oxigênio
acarretam danos cerebrais irreversíveis, evoluindo para morte celular.

Cérebro
O cérebro é a maior porção do encéfalo. Esse órgão é dividido em dois
hemisférios, o direito e o esquerdo, separados pela fissura longitudinal e
interligados pelo corpo caloso, formado de substância branca. Nessa fissura,
encontra-se a foice do cérebro, prolongamento mediano da dura-máter, situado
na fenda que separa os hemisférios cerebrais. A sua base posterior prolonga-
se pela tentório do cerebelo.
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Possui um córtex, formado de substância cinzenta e uma porção mais


central, a substância branca. No córtex, encontram-se circunvoluções, cujas
partes mais elevadas são chamadas de giros e as partes profundas são
chamadas de sulcos do cérebro.

Cada um dos hemisférios possui função específica: o hemisfério direito


tem a função específica de noção artística, inteligência e argumentação, já o
esquerdo responde pelas habilidades verbais, raciocínio lógico, ler e escrever.

Cada hemisfério cerebral é composto por cinco partes: os lobos, cada


um com função específica.

- Lobo frontal: localiza-se na parte anterior dos hemisférios, sendo suas


funções os movimentos voluntários dos músculos esqueléticos,
personalidade, memória, emoções, raciocínio lógico, planejamento e
julgamento e comunicação verbal (palavra falada). Possui o giro pré-
central, considerada a área motora localizada na frente do sulco central
que separa o lobo frontal do parietal. Outro sulco, o sulco lateral
(Sylvius) separa os lobos frontal e temporal. Nesse lobo, localiza-se
também a área de Broca (área motora da fala, no giro inferior esquerdo);
- Lobo parietal: logo atrás do sulco central, localiza-se na porção lateral
superior do hemisfério, sendo considerada área somestésica e
respondendo aos estímulos sensitivos do corpo todo. Possui o giro pós-
central responsável por responder além de estímulos sensitivos,
compreensão da fala (palavra compreendida), articulação de
pensamento e emoções;
- Lobo temporal: localizado abaixo do lobo parietal e atrás da porção
posterior do lobo frontal separado pelo sulco lateral, é responsável pela
audição e por armazenar experiências auditivas e visuais. Nesse lobo,
localizam-se os giros temporais, inferior, médio e superior. Nesse último,
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encontra-se a área de Wernicke, responsável pela compreensão, que se


mantém conectado à área de Broca pelo fascículo arqueado;
- Lobo occipital: localizado na porção posterior do cérebro e
superiormente ao cerebelo, do qual é separado pela tentório do
cerebelo, é responsável pela visão, mais especificamente pelo
direcionamento e foco do olho, e por relacionar as imagens visuais às
experiências prévias;
- Lobo insular: localizado atrás dos lobos frontal, parietal e temporal,
profundamente ao sulco lateral, sua função ainda não está plenamente
estabelecida, mas se acredita que esteja relacionada com a função de
memória.

Na junção dos lobos parietal, temporal e occipital, existe o giro angular


que faz ligação entre as informações auditivas, visuais e somestésicas
(sensitivas).

Profundamente dentro de cada hemisfério cerebral, em meio à


substância branca, encontram-se três núcleos (massas de substância
cinzenta), que são denominados coletivamente de núcleos da base. Esses
núcleos recebem os seguintes nomes: o núcleo caudado – mais superior –,
núcleo lentiforme – que se divide em putame e globo pálido –, e o claustro –
próximo ao córtex insular. Normalmente esses núcleos atuam em conjunto com
outras estruturas do encéfalo. O núcleo caudado e a putame controlam a ação
involuntária dos músculos esqueléticos, e o globo pálido ajuda no controle do
tônus muscular.
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Diencéfalo

É formado pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e hipófise, local envolvido


pelo cérebro.

Tálamo

Órgãos pares, formados por substância cinzenta, responsável por


redirecionar todos os impulsos sensitivos e sensoriais (exceto olfatório) ao
córtex cerebral de respectiva função.

Hipotálamo

Localizado abaixo do tálamo, apesar de pequeno, nele estão vários


núcleos com importantes funções vitais relacionadas às funções das vísceras,
emocionais e instintivas. Sintetiza e secreta diversos hormônios responsáveis
por controlar funções autônomas e emocionais:

- Regulação cardiovascular: seus impulsos causam taquicardia,


bradicardia (aceleração e desaceleração da frequência cardíaca) e
elevação da pressão arterial;
- Regulação da temperatura corpórea: quando o sangue passar por essa
região do hipotálamo e se este estiver com a temperatura elevada, o
hipotálamo envia impulsos que provocam perda de calor pela sudorese
e vasodilatação cutânea. Quando a temperatura volta ao normal, o
hipotálamo reverte esse processo;
- Regulação de água: uma diminuição na concentração de água no corpo
faz o hipotálamo provocar a liberação do hormônio antidiurético (ADH)
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pela hipófise, simultaneamente o centro da sede produz essa sensação a


fim de aumentar o nível de água;
- Regulação da fome e saciedade: um centro no hipotálamo monitora os
níveis de glicose, lipídios e aminoácidos no sangue. Quando esses
níveis estão baixos, o hipotálamo produz a sensação de fome. Quando
se ingere uma quantidade suficiente de comida, o centro da saciedade é
inibido;
- Regulação do sono e vigília: determina o sono e o nível de vigília;
- Resposta sexual: responde pela excitação dos receptores táteis nos
órgãos genitais;
- Emoções: responde a estímulos emocionais como raiva, medo, dor e
prazer;
- Controle das funções endócrinas: estimula diretamente a hipófise a
liberar seus hormônios.

Epitálamo

Localizado na parte posterior do diencéfalo, é revestido pelo plexo


corioide, que produz o líquido cerebrospinal. Possui também uma glândula,
chamada glândula pineal com importante função neuroendócrina.

Hipófise

É localizada na parte inferior do diencéfalo, presa pelo infundíbulo ao


hipotálamo e protegida pela sela turca (presente no osso esfenoide).
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Mesencéfalo: pequena porção entre o diencéfalo e a ponte, em seu interior


está o aqueduto mesencefálico (aqueduto de Sylvius) que comunica o III ao IV
ventrículo. Possui pedúnculos centrais, o núcleo rubro e a substância negra:

- Pedúnculos centrais: ligam o cérebro a outras regiões do encéfalo;


- Núcleo rubro: conecta o cérebro ao cerebelo;
- Substância negra: inibe movimentos involuntários forçados.

Metencéfalo: formado por ponte, bulbo e cerebelo.

Ponte

Uma saliência arredondada localizada anteriormente ao cerebelo, seus


núcleos regulam a frequência e o ritmo respiratório, além de ser núcleo dos
nervos cranianos V- trigêmeo, VI- abducente, VII- facial e VIII- vestibulococlear.

Bulbo

Antecedendo a medula espinal, possui pirâmides, onde a maioria das


fibras ascendentes e descendentes cruza, permitindo que os hemisférios
recebam informação do lado oposto do corpo. É também considerado centro
cardíaco (emitindo impulsos cardíacos inibidores e aceleradores), centro
vasomotor (atua nas paredes anteriores, causando vasoconstrição e aumento
da pressão arterial) e centro respiratório (atua no controle da frequência e do
ritmo respiratório), além de atuar nos reflexos de vômitos, tosse, espirro e
deglutição.
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Cerebelo
Localiza-se posterior e inferiormente ao crânio, separado do cérebro
pela tentório do cerebelo.

Possui dois hemisférios e uma área central chamada verme. Apresenta


um córtex cerebelar composto de substância cinzenta e uma porção medular
formada de substância branca. Essa porção medular apresenta-se ramificada e
é denominada Árvore da vida. Cada hemisfério cerebelar é dividido em lobos
anterior e posterior, os quais apresentam fibras que o comunicam com o
restante do encéfalo. Os pedúnculos cerebelares inferiores conectam o
cerebelo ao bulbo e à medula espinal. Os médios conduzem impulsos
voluntário do cérebro para o cerebelo, e os superiores conectam o cerebelo ao
mesencéfalo.

O cerebelo é parte do sistema motor e, embora não seja capaz de iniciar


movimentos voluntários, age de forma inconsciente na coordenação e
regulação dos movimentos de precisão.

Em todo o encéfalo, contamos com a presença de cavidades


importantes para a produção e o armazenamento do líquido cerebrospinal: os
ventrículos encefálicos.

- Ventrículos laterais: estão localizados embaixo do corpo caloso nos


hemisférios cerebrais;
- III ventrículo: localizado entre os tálamos, comunica-se com os
ventrículos laterais pelo forame interventricular (forame de Monro);
- IV ventrículo: localizado entre a ponte e o cerebelo, comunica-se com o
III ventrículo pelo aqueduto mesencefálico, com o canal medular, e libera
líquor no espaço subaracnoide pelas aberturas medianas e laterais.
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No interior dos ventrículos, estão os plexos corioides que produzem,


propriamente, proteínas, glicose e glóbulos brancos e eletrólitos, formadoras do
líquor. Por dia, aproximadamente 800 mL desse líquido são produzidos com
função de amortecer impactos e promover defesa, além de retirar resíduos
celulares.

Medula espinal
É a última porção do SNC, envolvida pelas mesmas meninges que
envolvem as estruturas encefálicas. A medula espinal é protegida pelas
vértebras da coluna vertebral. Apresenta duas funções específicas:

- Conduzir impulsos tanto sensitivos, pelo trato ascendente, quanto motor,


pelo trato descendente;
- Centro de reflexos espinais.

A medula espinal localiza-se na parte posterior do corpo (que recebe o


nome de dorso), inicia-se no forame magno (abertura presente na base do
osso occipital) e estende-se até, aproximadamente, o 1º e o 2º espaço entre as
vértebras lombares. Em todo o seu comprimento, encontram-se duas
dilatações: a intumescência cervical e a lombossacra. No final da medula
espinal, ocorre seu afilamento, que recebe o nome de cone medular, de onde
sairão diversas raízes nervosas que, em conjunto, recebem o nome de cauda
equina. Partindo do L1, um prolongamento da pia-máter estende-se até o
cóccix, chamado filamento terminal. Ao longo de toda a medula, 31 pares de
nervos espinais emergem pelos forames intervertebrais.

Tal como o cérebro e o cerebelo, a medula espinal também possui


substância cinzenta, localizada centralmente, formando o H medular, com
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neurônios e neuroglias, e substância branca ao redor do H medular, com fibras


mielínicas de neurônios motores e sensitivos.

Muitos dos estímulos periféricos do corpo recebem respostas imediatas


da medula espinal, sem que a informação tenha chegado ao cérebro e se
tornado consciente. Isso acontece sempre que a resposta precisa ser imediata,
a fim de evitar danos ao corpo. A esse processo, damos o nome de arco
reflexo motor. Para que ele ocorra, é necessário um receptor que capte o
estímulo e o envie à medula espinal através de um neurônio sensitivo, o qual
levará a informação até a parte posterior da medula (parte sensitiva) que,
através da sinapse com neurônios de associação, chegará até a parte motora
da medula, parte anterior de onde a resposta sairá conduzida por um neurônio
motor até o órgão efetuador, um músculo ou uma glândula, que se encarregará
de cessar o estímulo lesivo.

Sistema Nervoso Periférico

Fazem parte do SNP todas as estruturas que compõem o sistema


nervoso e não fazem parte do Sistema Nervoso Central, ou seja, nervos e
gânglios nervosos. O SNP encontra-se fora do SNC e conduz impulsos
sensitivos do corpo à medula espinal e ao encéfalo, e da medula espinal e do
encéfalo ao corpo.

Dependendo de sua localização, os nervos podem ser cranianos (12


pares) ou espinhais (31 pares).

Entre os pares cranianos encontramos:


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Nervos Função
I. Olfatório Sensitivo, possui função olfatória primária.
Sensitivo, os dois nervos (direito e esquerdo se unem
II. Óptico
no quiasma óptico, responsável pela visão).
Misto (basicamente motor), levantador da pálpebra
III. Oculomotor superior, regula os músculos extrínsecos do olho
(menos oblíquo superior e reto lateral) e pupila.
Misto (basicamente motor), sensibilidade e movimento
IV. Troclear
do músculo oblíquo superior do bulbo do olho.
Misto, sensibilidade da córnea, nariz, boca e músculos
V. Trigêmeo da mastigação e movimentos dos músculos da
mastigação.
Misto (essencialmente motor), sensibilidade e
VI. Abducente
movimento do músculo reto lateral do bulbo do olho.
Misto, paladar nos 2/3 anteriores da língua, movimento
VII. Facial dos músculos faciais, secreção das glândulas lacrimais
e salivares.
Sensitivo (basicamente sensitivo), ligado ao equilíbrio e
VIII. Vestibulococlear
à audição.
Misto, sensibilidade dos músculos da faringe, paladar
IX. Glossofaríngeo
no 1/3 posterior da língua e movimento da faringe.
Misto, sensibilidade da orelha e vísceras em geral e
X. Vago
movimento de deglutição e fonação.
Misto (basicamente motor), sensibilidade dos músculos
XI. Acessório da cabeça, pescoço e ombro e movimento de laringe e
músculos da cabeça, do pescoço e do ombro.
Misto (basicamente motor), propriocepção e movimento
XII. Hipoglosso
da língua durante a fala e a deglutição.
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Dentre os 31 pares de nervos espinais, encontram-se 8 cervicais


(considera-se que existem 8 espaços intervertebrais onde o espaço entre a C7
e T1 é considerado como o oitavo espaço intervertebral- (C8), 12 torácicos, 5
lombares, 5 sacrais e frequentemente 1 coccígeo. Destacam-se os plexos
cervical e braquial, lombar e sacral, assim descritos:

1. Plexo cervical: ao lado do pescoço, entre C1-C5, inervam pele, músculos


do pescoço e parte da cabeça e ombros (nervo frênico);
2. Plexo braquial: formado pelos ramos de C5 e T1, inerva todo o membro
superior de cada lado e parte do ombro e do pescoço (nervos axilar,
radial e ulnar);
3. Plexo lombar: formado pelos ramos de L1-L4, inervam as estruturas do
abdome inferior e porção anterior e medial dos membros inferiores
(nervos femoral e obturatório);
4. Plexo sacral: formado pelos ramos de L4 a S4, inerva parte inferior do
dorso, da pelve, do períneo e da parte posterior da coxa e da perna,
além de dorso e planta do pé (nervo isquiático).

É através dos nervos espinais que toda a informação sensitiva periférica


consegue chegar ao SNC e toda resposta motora sai do SNC e atinge a
periferia.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO


É a parte do sistema nervoso que tem a função de manter o equilíbrio do
corpo, a homeostase, aumentando ou diminuindo a atividade dos órgãos frente
a mudanças fisiológicas. Seu funcionamento é involuntário, ou seja, independe
da vontade do ser humano. É responsável pelas funções viscerais do
organismo, agindo sobre a musculatura cardíaca, lisa e glândulas e, na maioria
das vezes, juntamente com o SNC. Mais especificamente, está dividido em
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simpático e parassimpático, que trabalham de forma antagônica a fim de


conseguir um equilíbrio. A porção simpática atua em preparo do corpo para
situações de emergência ou fuga, aumentando a frequência cardíaca por
vasoconstrição periférica e vasodilatação central, elevando os níveis de glicose
no deslocamento de sangue em direção aos músculos e aos ossos. A porção
parassimpática tem efeito contrário e tende a frear os efeitos do simpático,
diminuindo os batimentos cardíacos, dilatando os vasos e aumentando as
atividades dos órgãos.

No entanto, essa informação não é valida em todos os casos, pois, na


maioria das vezes, colaboram e trabalham harmonicamente na coordenação
das atividades viscerais, adequando o funcionamento de cada órgão às
situações a que é submetido o organismo.

Uma das principais diferenças entre o sistema nervoso simpático e o


parassimpático é que este tem ação sempre localizada a um órgão ou uma
função do organismo, ao passo que o simpático tende a ter ação mais difusa.

Na tabela, estão especificados alguns efeitos dos sistemas simpático e


parassimpático sobre os principais órgãos em que atuam.

Órgãos Simpático Parassimpático


Íris Dilatação da pupila Constrição da pupila
Glândula
Vasoconstrição Secreção abundante
lacrimal
Glândulas
Vasoconstrição Vasodilatação
salivares
Músculos
eretores dos Secreção e ereção dos pelos Não há inervação
pelos
Coração Taquicardia e dilatação das Bradicardia
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coronárias
Brônquios Dilatação Constrição
Diminuição do peristaltismo e Aumento do peristaltismo e
Tubo digestório
fechamentos dos esfíncteres abertura dos esfíncteres
Genitais
Vasoconstrição e ejaculação Vasodilatação e ereção
masculinos
Glândula supra-
Secreção de adrenalina Nenhuma ação
renal

SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é formado basicamente por glândulas endócrinas e
suas secreções, que são lançadas diretamente na corrente sanguínea, pois
não apresentam ducto.
O produto de secreção das glândulas endócrinas recebe o nome de
hormônios, os quais atuam diretamente em uma célula-alvo, de maneira
normalmente lenta e prolongada. Possui três funções básicas:
- metabólicas: controlam a velocidade das reações químicas celulares;
- genéticas e morfológicas: regulam o crescimento e desenvolvimento do
indivíduo;
- sexuais e reprodutoras: estimulam ou inibem o desenvolvimento dos
caracteres sexuais.
O sistema endócrino trabalha intimamente relacionado ao sistema
nervoso, principalmente o autônomo.
Várias glândulas endócrinas distribuídas ao longo do corpo fazem parte
desse sistema: hipófise, pineal, tireoide, paratireoides, suprarrenais, pâncreas e
gônadas sexuais masculinas (testículos) e femininas (ovários).
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ESQUEMA DE GLÂNDULAS ENDÓCRINAS DO CORPO HUMANO


Glândula hipófise
Localizada na face inferior do encéfalo, fixada ao tálamo pelo
infundíbulo, mede cerca de 1,4 cm de diâmetro. Está envolvida e protegida pela
dura-máter e sela turca do osso esfenoide.
Possui porções de acordo com a localização e função: o lobo adeno-
hipófise, localizado anteriormente e o lobo neuro-hipófise, localizado
posteriormente. A adeno-hipófise produz e secreta os seguintes hormônios:
- Hormônio do crescimento (GH): regula o crescimento de todas as
células do corpo;
- Hormônio tireotrófico (TSH): regula a atividade da glândula tireoide;
- Hormônio folículo estimulante (FSH): regula e estimula os testículos a
produzirem espermatozoide e regula o desenvolvimento do ovócito pelo
ovário e a produção de estrógeno, hormônio feminino;
- Hormônio luteinizante (LH): regula a ovulação e a produção da
progesterona e do estrógeno, ambos na mulher; no homem, estimula a
liberação da testosterona;
- Prolactina: secretado por ambos os sexos, porém eficiente apenas na
mulher após o parto, estimulando a produção de leite;
- Adrenocorticotrófico (ACTH): regula o funcionamento da glândula
suprarrenal.

A porção neuro-hipófise produz apenas dois hormônios:


- Hormônio antidiurético (ADH): inibidor da formação da urina
(vasopressina);
- Ocitocina: provoca as contrações uterinas durante o parto, sendo
somente liberado ao final da gestação, e estimula também a contração
dos ductos mamários, facilitando a amamentação.
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Glândula tireoide
Localizada no pescoço, bilateralmente à traqueia, possui dois lobos, o
direito e o esquerdo. Produz dois hormônios principais: a tiroxina (T4) e a tri-
iodotironina (T3) que atuam em conjunto, controlando o metabolismo do corpo.
Aumenta a taxa da síntese proteica e a liberação de energia, o que explica o
fato de que, quando há um funcionamento exagerado dessa glândula
(hipertireoidismo), um dos sinais é o emagrecimento súbito, e quando o
contrário ocorre, ou seja, seu funcionamento é precário (hipotireoidismo), um
dos sinais é a obesidade. Também tem ação direta sobre a maturidade dos
sistemas nervoso e genital, justificando a necessidade de protegê-la,
principalmente na criança, quando submetida à radiação.

Glândulas paratireoides
São quatro pequenas glândulas localizadas atrás da tireoide, bastante
pequenas, que secretam o paratormônio, que promove o aumento do nível de
cálcio na circulação sanguínea, atuando nos rins, ossos e intestino delgado.

Pâncreas
É considerada uma glândula mista, pois possui funções exócrina,
produzindo suco pancreático; e endócrina, produzindo, através de um grupo de
células, as ilhotas de pancreáticas (ilhotas de Langerhans), a insulina e o
glucagon:
- Insulina: tem a função de diminuir os níveis de açúcar no sangue,
atuando como facilitadora de entrada de glicose na célula, permitindo
seu funcionamento. É liberada imediatamente após o início das
refeições;
- Glucagon: estimula o fígado a converter glicogênio em glicose,
aumentando o nível de glicose no sangue, é liberado após período em
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jejum, a fim de manter o nível de açúcar no sangue e, por consequência,


nas células.

Glândulas suprarrenais
Localizadas no polo superior de cada rim (ver esquema de glândulas
endócrinas do corpo humano), com formato de pirâmide, possui córtex e
medula. Em geral, seus hormônios aumentam o débito e a freqüência cardíaca,
aumentam o calibre dos vasos coronários, ativam a capacidade mental,
aumentam a freqüência respiratória e a taxa metabólica do corpo.

Glândula pineal
Localizada na porção posterior do III ventrículo (ver esquema de
glândulas endócrinas do corpo humano), envolvida pelas meninges, secretam a
melatonina, que se acredita esteja relacionada às mudanças diárias de luz e
interfiram na regulação do sono.

Ovários
Em número de dois, além de produzirem os ovócitos, também produzem
e secretam os hormônios sexuais femininos, estrógeno e progesterona:
- Estrógeno: envolvido no desenvolvimento e na função da sexualidade,
alterações menstruais e regulação do impulso sexual;
- Progesterona: está diretamente ligado à gestação, preparando o útero
para a implantação do embrião e prevenindo abortos.

Testículos
Em números de dois, além de produzirem os espermatozoides,
produzem e secretam o hormônio sexual masculino, testosterona, com função
de controlar o desenvolvimento e a função sexual masculina, além da libido.
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Resumo das glândulas endócrinas e hormônios

Glândula Tecidos/órgãos- Ação principal do


Hormônio
endócrina alvo hormônio
Liberadores: estimulam a
secreção hormonal
Hipotálamo Liberadores e inibidores Adenohipófise
Inibidores: inibem a
secreção hormonal
Promove crescimento de
todos os tecidos

Hormônio do
Estimula a produção de
crescimento (GH) Ossos e tecidos leite
(somatopropina) moles
Estimula a produção de T3
Prolactina (PRL) Glândulas e T4
mamárias
Tireoestimulante
Estimula a secreção de
Glândula tireoide hormônios do córtex da
(TSH e Tireotropina)
Adenohipófise suprarrenal, principalmente
Córtex da
Adrenocorticotrópico o cortisol
suprarrenal
(ACTH)
Estimula o
Ovários e
Gonadotrofinas: desenvolvimento dos
testículos
óvulos/espermatozoides e
- Folículo-estimulante estrógeno nas mulheres
Ovários e
(FSH)
testículos
Provoca a ovulação;
- Luteinizante (LH) estimula secreção de
progesterona na mulher e
testosterona nos homens
Pós Graduação - Especialização Lato Sensu
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

Estimula reabsorção da
água pelos rins e
determina a constrição dos
Rins e vasos vasos sanguíneos
Antidiurético (ADH)
sanguíneos
Neurohipófise
Contração da musculatura
Ocitocina
Útero e mamas uterina no parto e
liberação ou ejeção do
leite das glândulas
mamárias
Estimula o padrão
metabólico e regula o
crescimento e o
T3 e T4 Todos os tecidos
Glândula desenvolvimento
tireoide
Calcitocina Ossos e rins
Favorece a formação de
osso e diminui os níveis de
cálcio
Determina a reabsorção
óssea, aumenta os níveis
de cálcio, estimula a
Glândulas Ossos, rins e
Paratireoideo (PTH) absorção de cálcio pelos
paratireoides intestinos
rins e intestinos e estimula
a excreção de fosfato
pelos rins

Glândula Diversos tecidos, Estimula na elevação dos


Epinefrina (em pequena
suprarrenal especialmente níveis de glicose e
quantidade, a
coração e vasos participa da resposta ao
norefinefrina)
Medula sanguíneos estresse

Todos os tecidos Auxiliam na regulação do


Glândula Glicocorticoides
metabolismo de proteínas,
suprarrenal (cortisol)
Rins carboidratos e gorduras,
elevam os níveis de
Córtex Mineralocorticoides
Órgãos sexuais, glicose no sangue e
Pós Graduação - Especialização Lato Sensu
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

(aldolterona) ossos, músculos e participam na resposta ao


pele estresse
Hormônios sexuais
Estimulam os rins a
reabsorver sódio e excretar
potássio e auxiliam a
regular o equilíbrio hídrico
e eletrolítico

Estimula o
desenvolvimento das
características sexuais
secundárias em homens e
mulheres
Pâncreas

(Ilhotas Fígado, músculos Eleva níveis de glicose no


Glucagon
pancreáticas) e tecido adiposo sangue

Células alfa
Pâncreas Regula o metabolismo de
carboidratos, gorduras e
(Ilhotas Fígado, músculos
Insulina proteínas e diminui os
pancreáticas) e tecido adiposo
níveis de glicose no

Células beta sangue

Estimulam o
Gônadas Órgãos sexuais, desenvolvimento dos
Estrógenos e
pele, ossos e óvulos e das
progesterona
Ovários músculos características sexuais
femininas
Estimulam o
Gônadas
Andrógenos Órgãos sexuais, desenvolvimento dos
(testosterona) pele e músculos espermatozoides e das
Testículos
características sexuais
Pós Graduação - Especialização Lato Sensu
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

masculinas
Estimula a maturação dos
Timo Timosina Linfócitos T
linfócitos T
Auxilia a ajustar o biorritmo
Glândula pineal Melatonina Diversos tecidos
e controla o sono

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