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AULA 4 – Trombofilia
- Altamente pró-trombótico: 30-50% tem trombose venosa antes 60 anos. Das deficiências, a de
antitrombina III é mais pró-trombótica.
- Anticoagulação continua após trombose venosa profunda (Warfarina ou outros mais novos) e na
gestação (usa heparina de baixo peso molecular por ter menos fatores de risco – Clexane
[enoxaparina]).
- Raros eventos arteriais. Frequentes eventos venosos em membros inferiores com ou sem TEP.
Obs: pode ocorrer em neonatos – trombose microvascular de pele (usar heparina, proteína
deficiente [C] e plasma)
Grupo II: fator V Leiden (5% dos caucasianos do EUA); mutação do gene da protrombina; aumento
fatores VIII, IX, XI.
- Mais frequente na população (2-7% ancestrais europeus). 30-50% dos paciente com trombofilia.
- Menos pró-trombóticos.
- Associado com idade mais avançada e outros fatores de risco (voo longo, hormônios).
- Sempre trombose venosa.
+ Fator de Leide: 5% dos caucasianos do EUA, sendo menos comum em negros e latinos. É uma
doença autossômica dominante.
+ Trombose venosa profunda: aumento de volume, empastamento muscular, sinal de Homans
positivo (dor na panturrilha a dorsiflexão do pé), pode ter alteração de coloração.
Obs: sempre pensar que a causa pode ser paraneoplasico.
Síndrome da plaqueta viscosa: hereditária, autossômica dominante. Associada a IAM e doença
arterial precoce. É mais raro.
TROMBOFILIA ADQUIRIDA:
Síndrome do anticorpo antifofolipídico: doença autoimune com alteração do fosfolipídio da
membrana celular. Risco de trombose arterial e venosa. Associado a lúpus, câncer e infecções
(HIV, sífilis). Tem que fazer uso de anticoagulante oral contínuo.
Câncer: risco é sete vezes maior que na população em geral, pois fator tecidual de células
cancerígenas e inflamação aumentam fibrinogênio, fator VIII e plaquetas, aumentando a formação
de trombos. Além disso o câncer pode causar trombofilia pelo efeito massa dos tumores (ex.
tumor na região inguinal), invasão dos vasos, cateteres, quimioterapia.
Gestação: risco é cinco vezes maior, pois aumenta fibrinogênio e fator VIII e diminui proteína S e
fibrinólise, formando o trombo. Além disso tem compressão de veias.
+ Trombose venosa é a maior causa de mortalidade materna nos EUA.
+ Pode ocorrer em qualquer período gestacional, sendo maior na cesária que no parto normal.
+ Se a mulher tiver trombofilia congênita (fator V) o risco aumenta para 8 vezes.
Hormônios: anticoncepcional ou terapia de reposição hormonal (progesterona e estrógeno).
Aumenta os fatores VII, IX e X; diminui proteínas C e S.
Trombocitopenia induzida por heparina: doença autoimune por heparanização prévia. Não é
doença hemorrágica, faz trombose. Diagnóstico é difícil, com possibilidade de gangrena.
Tratamento é descontinuar a heparina de imediato.
Obs: no trombo já formado colocar filtro de veia cava, fármaco para dissolução do trombo.
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DE TROMBOFILIA: em pacientes com trombose venosa.
+ Determinar risco de recorrência de trombose venosa.
+ Determinar duração da anticoagulação (do normal que é 6 meses para usar a vida inteira).
+ Diagnóstico familiar (profilaxia).