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Fisiologia do Parto
Parto refere-se ao conjunto de eventos fisiológicos que conduzem o útero a expulsar o feto a termo e seus
anexos. É a saída do feto com seus anexos fetais no meio em que estavam (útero) para o meio exterior. Não
existe intervalo entre ambos. Em animais de produção a placenta fica retida por mais tempo. A vaca só
termina de parir depois que a placenta sai.
!!! Termos: Primípara = fêmea no primeiro parto; Plurípara = fêmea com mais de um parto. Unípara ou
monotócia = Produz um concepto por gestação. Multípara ou politócica = Produz dois ou mais conceptos
por gestação.
1) Via fetal: É o conduto formado por partes do sistema genital e regiões circunvizinhas pelo qual o produto
transita durante o parto para ser expulso ao exterior. São os lugares que o feto vai passar.
1.1) Via fetal dura: É formada pelos ossos ílio, ísquio, púbis, sacro e primeiras vértebras coccigianas,
constituindo a pelve. A pelve, a depender da espécie, pode auxiliar ou dificultar o parto: Em equinos a pelve
é curta e a sua abertura praticamente circular o que facilita o parto (até bem rápido). Na vaca a abertura
pélvica é mais comprida lateralmente com forma ovalada e assoalho côncavo, dificultando o parto. Pequenos
ruminantes, carnívoros e suínos apresentam pelve tendendo a circular, o que facilita o parto. Outro fator é
a idade, pois, a sínfise púbica das fêmeas sofre desmineralização, com dissolução de tecido conjuntivo, que
permite alguma separação no momento do parto, o que pode não ocorrer nas fêmeas mais velhas.
1.2) Via fetal mole: Formada pela cérvix, vagina, vestíbulo vaginal, vulva e ligamento sacro-isquiático.
Apresenta três pontos críticos, a vulva, o anel himenal e a cérvix. O útero não é considerado uma via fetal,
exceto em espécies multíparas. Em espécies uníparas não tem sentido o útero ser uma via, pois o animal já
está lá.
2) Perfil endócrino durante a gestação: Os conceitos que elucidam os fatores que desencadeiam o parto
ainda não foram totalmente elucidados, porém, sabe-se que é o feto que desencadeia o mecanismo de
estímulo ao parto. O corpo lúteo ou a placenta produzem progesterona que induz o miométrio a condição
de relaxamento, permitindo o livre crescimento do feto. Os eventos endócrinos que caracterizam o periparto
representam os estágios finais da maturação fetoplacentária e, ao mesmo tempo, promovem a preparação
da glândula mamária para amamentação (produção de prolactina), a involução uterina pós-parto e o reinício
da função ovariana.
O fator humoral mais importante é a remoção do bloqueio da contratilidade uterina causada pela ação da
progesterona (A progesterona se mantém em elevadas cc durante toda a gestação, diminuindo perto do
momento do parto, essa queda é fundamental para que ocorra as contrações uterinas e consequentemente
a expulsão do produto). O final da gestação é acompanhado por um aumento significativo na concentração
plasmática de cortisol fetal devido a estímulos no eixo hipotálamo-hipófise. Com o desenvolvimento do
sistema nervoso fetal o feto passa a responder estímulos de hormônios placentários como estrógeno,
progesterona, PGE ou fatores de liberação das corticotrofinas. Além disso fatores estressantes ao feto
como hipóxia, mudança na pressão sanguínea e na disponibilidade de glicose, levariam a um aumento na
secreção de cortisol pela adrenal do feto. O aumento no cortisol do feto estimula a placenta a converter
progesterona em estrógeno através da enzima 17α-hidroxilase (C 17,20 liase?). Os elevados níveis de
estrógeno aumentam a resposta do miométrio a ocitocina, promove o relaxamento da cérvix e estimula a
produção e liberação de prostaglandinas (PGF2α = Lisa o CL diminuindo a produção de progesterona e
aumentando a contratilidade do endométrio, PGE = Relaxamento da cérvix e canal do parto e Prostaciclina
= vasodilatador para manutenção da perfusão placentária).
“ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão,
caminharão e não se fatigarão”. Isaías 40:31
~ 20min é o tempo médio de intervalo de nascimento entre fetos em cadelas, maior tempo = avaliação US.
~ Quando o feto nasce é hipovolêmico, a pulsação é fraca e lenta, a glicose, armazenada nos estoques de
glicogênio no fígado e músculo cardíaco, é rapidamente utilizada tornando a necessidade de alimentação
(colostro) e em alguns casos é necessário que tenha auxílio para respirar (limpeza das vias fetais).
5) Estática fetal: Refere-se a disposição do feto no interior do útero durante a gestação, bem como a sua
postura no momento do parto. Pode ser definida pela relação do feto com a pelve materna ou pela
definição de apresentação, posição e atitude.
5.1) Apresentação: Relação do eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal materno. Pode ser anterior
ou posterior num parto eutócico.
5.1.1) Distocias: Apresentação longitudinal (anterior/posterior = Normal, na égua só anterior), transversal
(dorsal/ventral) e vertical (dorsal/ventral).
5.2) Posição: Relação entre o dorso materno e dorso fetal. Num parto eutócico a apresentação deverá ser
longitudinal e a posição dorsal ou superior, o dorso do feto voltado para a coluna vertebral da mãe,
promovendo um paralelismo.
5.2.1) Distocias: Inferior, lateral direito e esquerdo.
5.3) Atitude: Relação entre as partes móveis do produto (membros anteriores, posteriores, cabeça,
pescoço – com o seu próprio corpo.
5.3.1) Distocias: Membros ou cabeça/pescoço flexionados.
No parto eutócico espera-se a apresentação longitudinal anterior, posição dorsal/superior e atitude
estendida.
“ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão,
caminharão e não se fatigarão”. Isaías 40:31
“ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão,
caminharão e não se fatigarão”. Isaías 40:31
6) Particularidades do parto nas espécies: Equino (parto noturno), bovino (pronunciado edema e flacidez
de vulva), ovino e caprino (parto em qualquer hora do dia), suíno (placentofagia é comum), carnívoros
(placentofagia, inapetência, inquietação e episódios de vômito).
7) Higiene do parto: Observaçõa constante da perturiente, manter a fêmea limpa em ambiente calmo e
com boas condições de higiene. Grandes animais: Piquetes sem riscos de traumatismos. Ovino: Tosquiar a
lã que circunda a vulva. Carnívoros: Local higiênico
Fase 3 – Expulsão das placentas: Os filhotes nascem envoltos pela membrana amniótica. As fêmeas então
removem as membranas (placentofagia) e limpam o filhote. Caso contrário, o proprietário deve fazer. Comer
duas ou três placentas é normal. As fases 2 e 3 se intercalam.
A secreção puerperal imediata tem coloração esverdeada para cadelas e vemelho-marrom para gatas. É
esperada a ocorrência de diarreia nas cadelas que ingerem os anexos fetais e a involução uterina
normalmente ocorre 12-15 semanas pós-parto.
2) Parto distócico: Parto que apresentam dificuldade no nascimento ou inabilidade materna em expelir os
fetos do canal do parto sem assistência. Indícios de partos distócicos incluem a queda de temperatura a mais
de 24h, contrações fortes sem nascimento, gestação de mais de 70 dias, anorexia por mais de 24h, mais de
duas horas de rompimento da bolsa (expulsão dos fluídos) sem nascimento, mais de 2h de contrações ativas
sem novo nascimento, mais de 4h de contrações fracas sem expulsão de nenhum feto, cadela com quadro
muito doloroso, houver líquidos com odor pútrido, hemorragia vaginal, temperatura ultrapassar 39,5°,
condições gerais da parturiente estiverem afetadas e os neonatos apresentarem alterações do estado geral,
sinais radiográficos de mau posicionamento e fim dos sinais de parto sem o nascimento de todos os filhotes.
As distocias podem ser causadas por fatores maternos (75%) ou fetais (25%).
2.1) Fatores maternos:
2.1.1) Inércia uterina primária: O útero falha em contrair (dilatação cervical incompleta) em resposta aos
estímulos endógenos característicos do parto. Síndrome do feto único, excesso de líquidos fetais, distúrbios
nutricionais, fetos absolutamente ou relativamente grandes.
2.1.2) Inércia uterina secundária: Ocorre devido a exaustão do miométrio causada por obstrução do canal
do parto (não há expulsão do feto). Deve-se ter cuidado ao aplicar ocitocina, pois promove contrações
prolongadas que podem levar a separação da placenta, estenose cervical e ruptura uterina.
2.1.3) Raças e malformações: Predisposição das ralas braquicefálicas e alterações como fraturas de pelve,
prolapsos e persistência do hímen.
2.1.4) Outros: Prolapso vaginal, hiperplasia vaginal, prolapso uterino, diminuição do tônus muscular devido
a senilidade ou obesidade, torção ou ruptura uterina, estenose vaginal, vulva infantil etc.
2.2) Fatores fetais: Alterações na estática fetal, desenvolvimento anormal do feto (hidrocefalia, fetos
edematosos – distocia obstrutiva. Diagnóstico preventivo), ausência de desencadeamento do parto (morte
fetal – mumificação e maceração), alterações hipofisárias e adrenais, síndrome do filhote único,
iatrogênica – P4).
“ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão,
caminharão e não se fatigarão”. Isaías 40:31
Correções da estática fetal em cadelas podem ser realizadas através da mão do obstetra utilizando dois
dedos para tracionar o animal pela cabeça ou pata traseira. O uso de fórceps não é indicado haja visto que
podem acarretar complicações secundárias graves no neonato.
O tratamento medicamentoso só é indicado quando o feto apresenta estática fetal normal, dilatação do
canal do parto, fetos com tamanhos proporcionais e poucos filhotes.
Tto: Preconiza-se que o animal caminhe um pouco e depois avalie-se a dilatação do animal antes da
terapêutica química: Utiliza-se primeiramente o Gluconato de Cálcio 10% a ser aplicado IV de forma lenta
(0,5 – 1,5ml/kg) com Glicose 10-20% (5-20 ml/kg) – fonte energética - e caso a tentativa falhe o cálcio pode
ser aplicado novamente (atenção a dose máxima para cada espécie) ou pode-se utilizar a Ocitona (cadela:
1-5 UI IV o u 2,5 a 10 UI IM e em gatas 0,5 UI IV ou IM, nunca exceder 3UI). Ainda assim, caso o fracasso
persista deve-se proceder a utilização do fórceps ou cesariana (mais utilizado). SEMPRE HIDRATAR O
ANIMAL.
Cesariana: Fêmeas não responsivas (inércia uterina), estenoses pélvicas ou da via fetal mole, fetos
absolutamente u relativamente grandes, excesso ou deficiência de líquidos fetais, alterações na estática
fetal, toxemia da gestação ou doenças da parturiente ou profilática ( fatores que impressão manobras
obstétricas).
Bônus: Indução de parto na espécie canina não tem muita aplicabilidade prática. Sabe-se que a
administração de glicocorticoide estimula a produção de estrógeno e prostaglandina pela unidade feto-
placentária. A aplicação de dose única de corticoide não é eficiente para induzir o parto em cadelas,
embora a dexametasona BID por 10 dias resulte em abortamento.