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Cálculo I

Introdução

Uma das missões dos educadores é preparar os alunos do ensino superior para o mercado de trabalho
em que estes irão atuar. Isto quer dizer proporcionar-lhes o conhecimento necessário para que
adquiram as destrezas e habilidades que vão necessitar para o seu desempenho profissional, com
comodidade e eficiência, na sociedade que enfrentarão ao concluir seus estudos.
Por isso, como o mundo atual é rapidamente mutável, também a universidade deve estar em contínuo
estado de alerta para adaptar-se ao ensino, seja em conteúdos como em metodologia, à evolução
destas mudanças, que afetam tanto as condições materiais de vida como do espírito com que os
indivíduos se adaptam a tais mudanças.
No que diz respeito ao ensino da matemática, o educador deve estimular a criatividade, mostrando
que a matemática é como um edifício em construção, sempre necessitando de modificações e
adaptações.
Pensando na criatividade que convém desenvolver, e no fato de que os alunos dos cursos de
tecnologia têm, além de uma deficiência em matemática básica, uma grande dificuldade na resolução
de problemas, decidimos então organizar este material de forma que os conceitos básicos da
matemática e a introdução ao cálculo, sejam desenvolvidos, sempre que possível, com a resolução de
exercícios aplicados, situações problema onde o aluno perceba a importância de dominar as
ferramentas matemáticas para encontrar a solução.
Mas isto não é nenhuma novidade, visto que a matemática sempre consistiu na resolução de
problemas: jamais pode ser apenas um sistema de definições e de descrições de propriedades. Além
disso, a matemática não somente deve resolver problemas, mas, o que é mais significativo, propor
problemas. Deve fazer com que os alunos aprendam a executar rapidamente situações reais ou
fictícias e, em seguida, levar o resultado obtido como um problema proposto, à consideração da aula.
Em matemática, a proposição de problemas é tão importante quanto a solução daqueles problemas
propostos pelos demais. Por meio de uma ação alternada propor/resolver é que a matemática avança,
desenvolve-se e cresce.
E, pensando desta forma, elaboramos este material com a proposta de que cada professor trabalhe os
problemas aqui propostos como somente o primeiro passo para inúmeras discussões.
Queremos aproveitar também para justificar o porquê de uma introdução tão longa sobre o assunto
funções.
Para trabalharmos dentro da realidade do sistema educacional atual, não podemos ficar alheios ao
fato de que a deficiência no ensino da matemática no ensino básico, médio e/ou fundamental,
prejudica demais o aprendizado do nosso aluno. Pela observação destas dificuldades é que
resolvemos dar uma ênfase maior ao desenvolvimento do estudo de funções, para podermos construir
com eles alguns conceitos de extrema importância para o estudo do cálculo diferencial e integral e, ao
mesmo tempo, rever os conceitos da matemática básica porque, mesmo com o nivelamento, a
dificuldade ainda continua.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 1


Cálculo I

Disciplina: Cálculo Diferencial e Integral I

Cursos: Tecnologia em Mecânica e Fabricação, Tecnologia em Metais, Tecnologia em Automação


Industrial

Ementa:
Função: Definição, domínio e imagem. Gráficos. Funções: constante, linear, quadrática, exponencial,
logarítmica e trigonométricas.
Limites: Noção intuitiva. Definição. Propriedades. Limites laterais. Limites no infinito e limites
infinitos. Limites fundamentais . Continuidade de funções.
Derivadas: Definição. Interpretação geométrica. Regras de derivação. Derivada de função composta
(regra da cadeia). Derivadas de funções elementares. Derivadas sucessivas. Aplicações da derivada:
taxa de variação e problemas de otimização.

Objetivo geral:

Estudar os conceitos e resultados básicos do conteúdo de cálculo diferencial e integral I,


proporcionando ao aluno a oportunidade de adquirir conhecimentos e técnicas que lhe sejam úteis
posteriormente e capacitá-lo a entender a disciplina não só como um produto da criatividade
intelectual, mas também como instrumento para o domínio da ciência e da técnica dos dias de hoje.
Desenvolver a linguagem matemática, como linguagem universal da ciência. E, além disso,
desenvolver atitudes de participação, comprometimento, organização, flexibilidade, análise crítica e
espírito de equipe no desenrolar do processo de ensino-aprendizagem.

Conteúdo:

 funções reais;
 limites e continuidade das funções;
 derivadas

Metodologia e Estratégias de Ensino e Aprendizagem

Os conteúdos programáticos serão abordados através de aulas expositivo-dialogadas, utilizando a


apostila, quadro e giz. Aula-oficina, ou seja, estudos em pequenos grupos e estudos individualizados,
onde a teoria e a prática acontecem simultaneamente. A resolução de exercícios será incentivada como
atividade extra-classe.
Os alunos contarão com a assistência de professores e monitores fora do horário de aula.
A critério do professor poderão ser desenvolvidas aulas experimentais em laboratório de informática.

Capítulo 1: Funções

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Cálculo I

Objetivo geral

 Desenvolver a capacidade de raciocínio crítico, lógico e dedutivo, utilizado no estudo do


movimento e sua variação, tendo como objeto deste estudo as funções.

Objetivos Específicos

Após o desenvolvimento deste capítulo o aluno deverá:

 Empregar os principais tipos de funções;


 Reconhecer a ligação existente entre o gráfico e a lei da função;
 Representar e solucionar problemas práticos através de funções;
 Ler, construir e interpretar gráficos;
 Perceber e compreender o comportamento de fenômenos diversos, descritos por funções lineares,
quadráticas ou funções especiais, observando a proporção das variações em cada um dos casos.

Conteúdo:
Definição, domínio e imagem. Gráficos. Funções: constante, linear, quadrática, exponencial,
logarítmica e trigonométricas.

Considerações Gerais

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Cálculo I
De maneira bastante simplificada, podemos considerar que este capitulo se desenvolve através das
seguintes etapas:

 Análise Gráfica

Os principais motivos que nos levaram a iniciar o curso de funções através da análise de gráficos
foram: a facilidade com que os alunos a apreendem, a forte ligação dos gráficos com a vida cotidiana
do aluno, a variedade de fenômenos que, extrapolando o campo especifico da Matemática, podem ser
assim retratados, a própria importância para o cidadão comum – não necessariamente um matemático
– que, hoje, assume a leitura de gráficos e ainda a motivação que ela propicia ao estudo das funções,
devido a conjunção das considerações anteriores.
Os gráficos de funções dados por retas são caracterizados como sendo aqueles em que ”aumentos
iguais da variável independente correspondem aumentos iguais da variável dependente”. Caso o
gráfico não seja uma reta, procura-se analisar o significado de suas diversas inclinações.
O forte recurso de contrastar diversas situações para melhor entender cada uma delas pode ser aqui
muito utilizado.
Trabalhamos com os alunos em grupo, e conforme eles vão resolvendo os exercícios, vamos
estabelecendo conceitos como relação entre duas variáveis, domínio e etc.
A proposta é que em todos os exercícios os alunos analisem e questionem além do que se pede,
inventem perguntas, façam relações.
Nesta etapa, procuramos utilizar o vocabulário mais simples possível, mesmo que, assim, ocorram
eventuais perdas no rigor matemático das apresentações efetuadas. A nomenclatura, as notações e o
rigor vão aparecendo à medida que os alunos sintam a necessidade e utilidade. Assim, vão surgindo
“naturalmente”, em doses homeopáticas, mas aplicadas ao longo do capitulo todo.

 Definição de Função

Depois dos exercícios resolvidos e analisados, voltamos a conversar sobre o que é uma função,
matematicamente falando, e a partir desta conversa definimos formalmente o que é função e
colocamos alguns exemplos, muitas vezes sugeridos pelos próprios alunos.

Para o aluno, esta definição surge através da procura de uma característica comum às
correspondências estabelecidas pelos gráficos anteriormente apresentados.
Optamos pela definição formal de função, que a apresenta como um tipo de relacionamento entre
duas variáveis.
Levando em conta como são lecionados inúmeros cursos de funções, gostaríamos de alertar os
professores de que uma dose precoce e intensa de definições, notações e nomenclaturas pode ser
prejudicial, fazendo com que os alunos se desinteressem por completo do assunto.

 Lei da função e sua ligação com o gráfico

O estudo da lei de uma função é feito de modo a relacioná-lo com o gráfico da função. Em algumas
ocasiões, dá-se a lei para se pedir o gráfico da função, em outras, a solicitação é feita no sentido
inverso. Procuramos, enfim, destacar a íntima ligação existente entre o gráfico, a curva (ente
geométrico) e sua lei (ente algébrico), bem como suas diferenças.

 Função constante, Função do 1º. Grau e Função do 2º. Grau, Função Exponencial e Logarítmica e
Funções Trigonométricas

Trabalhamos primeiramente o conceito de variação e taxa de variação para depois abordarmos o


conceito de função constante, enfocando a taxa de variação nula e função do 1º. Grau como uma taxa
de variação constante. O objetivo deste tipo de enfoque é ir preparando o aluno para o conceito de
derivada como uma taxa de variação instantânea.

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Cálculo I

Na função do 1º. Grau discutimos e construímos algumas leis com os alunos, resolvendo problemas
simples e depois exercícios abstratos. Damos ênfase ao que significa o “a“ na lei da função, para mais
tarde abordarmos o coeficiente angular da reta tangente no conceito de derivada.
O estudo da função do 2º. Grau inclui o estudo de “máximos e mínimos” que, acreditamos, merece ser
destacado pelos professores em suas aulas, devido a suas aplicações. Nosso estudo aqui também tem
o objetivo de preparar nosso aluno para a aplicação de derivadas.
Tanto nos exemplos quanto nos exercícios, mostramos algumas aplicações da função exponencial.
Alem disso, numa linguagem ingênua, procuramos destacar sua propriedade fundamental: “em cada
instante, o crescimento da função exponencial é proporcional a seu valor naquele instante”.
Ao apresentarmos a função logarítmica, colocamos o aluno diante de um problema prático, do dia-a-
dia (juros compostos). O aluno se defronta com as dificuldades que esse problema apresenta
(dificuldades operatórias) e, consciente das limitações das ferramentas que possui, sente a necessidade
de novos conceitos, capazes de superar suas limitações. Assim, o aluno tem contato com a
logaritmação e, posteriormente, com a função logarítmica.
Em seguida, o aluno é convidado a retomar a Trigonometria (vista no ensino médio e para alguns,
revista no Nivelamento de Matemática Básica). Definem-se, a partir daí, os conceitos de função seno,
cosseno e tangente, bem como seus gráficos.
Acreditamos que a análise dos resultados é de extrema importância e durante a resolução dos
problemas procuramos sempre verificar com os alunos para quais valores o problema tem sentido e
qual seria uma possível resposta se variássemos esta ou aquela variável.

Capítulo 1: Funções

1.1 ANÁLISE GRÁFICA DAS FUNÇÕES

1.1.1 EXERCÍCIOS

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Cálculo I
Abaixo estão representadas graficamente algumas funções. Analise cada uma dessas funções e
responda às perguntas referentes a cada exercício.

1. Ao acionar o freio de um automóvel, a distância para que ele pare, é denominada “espaço de
frenagem”. Este depende de vários fatores, entre eles, a velocidade em que o carro se encontra quando
o freio é acionado.

80
Espaço de frenagem (m)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

Velocidade (km/h)

a)Quantos metros o automóvel ainda deverá percorrer quando freado a uma velocidade de 60
km/h? E a 80 km/h? E a 120 km/h?
b)A que velocidade deve estar o veículo para que o espaço de frenagem seja de 40 m?
c)Quando aumentamos a velocidade de 80 para 120 km/h, em quantos metros aumentará o espaço de
frenagem?

2. Um reservatório, contendo 500 litros de água, dispõe de uma válvula na sua parte inferior. Um
dispositivo foi utilizado para registrar o volume de água a cada instante, a partir do momento em que
a válvula foi aberta. Os valores obtidos durante a operação permitiram construir o gráfico do volume
de água (em litros) em função do tempo (em minutos).

500
Volume (litros)

400
300
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Tempo (min)

a) Quais as variáveis envolvidas?


b) O volume de água permaneceu constante no reservatório?
c) Após 10 minutos, qual o volume de água existente no reservatório?
d) Quantos minutos decorreram até que o volume da água existente no reservatório caísse pela
metade? Em quanto tempo o reservatório foi esvaziado?
e) Qual o significado do intercepto vertical? E do intercepto horizontal?

3. O gráfico abaixo mostra a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo em % da PEA
– População Economicamente Ativa) em funções do tempo. (De novembro de 1999 à outubro de 2000)

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Cálculo I

Taxa de desemprego (%)


19
18,5
18
17,5
17
16,5
16
nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out
(1999) (2000) meses

Fonte: Folha de São Paulo, 24/11/00

a) Quais as variáveis envolvidas?


b) Em que meses desse período a taxa de desemprego ficou abaixo de 18%?
c) Em que períodos a taxa de desemprego decresceu?
d) Em que períodos a taxa de desemprego aumentou?

4. Sob temperatura constante, o volume de certa massa de gás é função da pressão a que o mesmo está
submetido, como se vê no gráfico abaixo:

50

40
Volume (cm )
3

30

20

10

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

Pressão (atm)

Observando o gráfico, responda:


a) Qual a variável independente?
b) O que significa o fato, do gráfico, à medida que avança para a direita, ir descendo?
c) Qual é a variação do volume deste gás quando alteramos a pressão a que está submetido de 0,5
para 1 atmosfera?
d) E de 2 para 2,5 atmosferas?

5. Novos produtos e mudanças na área comercial levaram a fábrica de móveis Todeschini a aumentar
seu faturamento em 75% e a dobrar o lucro nos últimos 5 anos com praticamente o mesmo número de
funcionários (valores em milhões de reais).

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Cálculo I

Gráfico I

180
160
140
faturamento
120
100
80
60
40
20
0
1998 1999 2000 2001 2002

tempo

Gráfico II

35
30
25
20
lucro

15
10
5
0
1998 1999 2000 2001 2002

tempo

a)Quais as variáveis envolvidas no gráfico I e no gráfico II?


b)No gráfico I, em que intervalo de tempo o faturamento teve seu menor crescimento?
c) No gráfico II, a seguinte afirmação é falsa ou verdadeira: “o lucro veio sempre aumentando com o
passar dos anos”.
d) Qual foi, aproximadamente, o aumento no faturamento entre 1999 e 2002?

6. Uma peça esférica de diâmetro 5” de aço 1035, com temperatura 1600°F, foi resfriada em água não
agitada com temperatura 123°F. As temperaturas foram lidas em 2 pontos da peça: ½“ e 2.½“ abaixo
de sua superfície, conforme o gráfico abaixo.

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Cálculo I

Resfriam ento: esfera de aço 1035

1600
1400
Temperatura (oF)
1200
1000
800
600
400
200
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo (min)
Profundidade 1/2" Profundidade 2 1/2"

a)qual a temperatura da peça quando medida a uma profundidade de ½” abaixo de sua superfície,
após 5 minutos de resfriamento? E à profundidade de 2.½”?
b) depois de quanto tempo de resfriamento a peça atinge a temperatura de 800°F, à profundidade de
½”? E à profundidade de 2.½”?

80

70 ●
Espaço de frenagem (m)

60

50

1.2 DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO 40

30

20

10

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 0


● 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
9
100 110 120

Velocidade (km /h)


Cálculo I
No gráfico ao lado, pode-se observar que o espaço de frenagem representa uma grandeza variável:
ele pode ser de 10 metros ou de 30 metros (citando apenas dois exemplos).

A velocidade também é outra grandeza variável, já que o automóvel pode andar em diversas
velocidades. Portanto, o espaço de frenagem e a velocidade são variáveis, mas seus valores não são
independentes entre si. O espaço de frenagem depende da velocidade do veículo ou, em outras
palavras, para cada velocidade há um único espaço de frenagem.

Assim, pode-se considerar as duas variáveis em questão, uma assumindo valores num conjunto A
(Domínio) e a outra num conjunto B (Contradomínio), de modo que o gráfico retrate uma situação tal
que cada elemento do conjunto A corresponda a um único elemento do conjunto B.

Matematicamente, a função pode ser definida como um tipo especial de relação entre grandezas:

Sejam A e B dois conjuntos não vazios e “ f ” uma relação de A em B. Essa relação “ f ” é uma função
de A em B quando a cada elemento “x” do conjunto A está associado um, e apenas um, elemento
“y” do conjunto B.

 O conjunto A de valores que podem ser atribuídos a “x” é chamado domínio da função e indica-se
por D ou Df (sendo que a variável “x” é chamada variável independente).

 O valor de “y”, correspondente a determinado valor atribuído a “x”, é chamado imagem de x pela
função e é representado por f(x). A variável “y” é chamada variável dependente.

 O conjunto Im, formado pelos valores que “y” assume em correspondência aos valores de “x”, é
chamado conjunto imagem da função. Obs.: podemos representar y = f(x).

1.2.1 NOTAÇÃO DE FUNÇÃO

Para indicar que uma função “ f ” tem domínio em A e contradomínio em B, usa-se: f : A  B. (lê-se: f
de A em B).

 No exemplo apresentado acima, temos que:

- Variáveis envolvidas: independente (x)  velocidade (km/h)


dependente (y)  espaço de frenagem
(m)
- Domínio da função: D = [ 0 , 120 ] ou D = { x ∈ ℝ | 0 ≤ x ≤ 120 }
- Imagem da função: Im = [ 0 , 70 ] ou Im = { y ∈ ℝ | 0 ≤ y ≤ 70 }

1.2.2 LEI DA FUNÇÃO (FÓRMULA MATEMÁTICA)


As leis que descrevem os fenômenos, relacionando matematicamente as variáveis envolvidas, são de
fundamental importância. É o estudo de funções em que o valor de “y” pode ser calculado a partir de
um determinado valor de “x”, através de uma fórmula matemática (ou regra, ou lei de associação).

Exemplos:
1. O gráfico de resfriamento do exercício 6 foi feito a partir da seguinte tabela:

Temperatura ºF
Tempo (min) 1/2" 2 1/2 "
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Cálculo I
0 1600 1600
0,5 1120 1580
1 890 1500
1,5 750 1355
2 625 1190
2,5 550 1000
3 485 800
3,5 420 640
4 380 525
4,5 340 425
5 300 375
5,5 280 330
6 230 300

Existe uma lei de correspondência que associa cada temperatura em oF (graus Farenheit) para uma
outra determinada temperatura em oC (graus Celsius). Esta lei é dada por:

5
C   F  32 , onde C é a temperatura em oC e F a temperatura em oF .
9

2. A lei de correspondência que associa cada número real “x” ao número real “y”, sendo “y” o dobro
de “x”, é uma função definida pela fórmula y = 2x, ou f(x) = 2x.
Assim:
 Para x = 4, temos que y = 2 . 4 = 8. Dizemos então que: f(4) = 8
 A imagem de x = –2 é: f(–2) = 2.(–2) = – 4. Logo: f(–2) = – 4
 x = 12 corresponde a y = 2.12 = 24
 y = 6 é a imagem de x = 3
 O domínio e o conjunto imagem desta função são todos os números reais, ou seja D = ℝ e Im = ℝ

x 1
3. A lei y  associa a cada “x” real e diferente de 2 a um “y” real.
x2
Assim:

 Para x = 3 vem y = 2
5 5 5
 A imagem de x = – 4 é y = . Podemos escrever f(x) = , ou ainda, f(– 4) =
6 6 6
11
 y = 6 é a imagem de x =
5
 Trata-se de uma função cujo domínio é: ℝ – { 2 }, e o conjunto imagem é: ℝ – { 1 }, isto por que
x 1
jamais poderíamos ter 1, pois sempre x  1  x  2
x2

Finalizando e Relembrando...

 Utilizando uma linguagem um pouco diferenciada, temos que uma função é uma regra que associa
uma única saída a cada entrada. Se a entrada for “x” então a saída será denotada por f(x) ou y.

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Cálculo I

 Assim, o Domínio é o conjunto de todas as entradas possíveis e Imagem é o conjunto das saídas
(valores de “y”) que resultam quando se variam os valores deste Domínio. O Contradomínio é o
conjunto onde se encontram todos os valores do conjunto Imagem.

1.2.3 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1.Um automóvel está percorrendo uma estrada à velocidade constante de 120 km/h (que equivale a 2
km/min). O passageiro que vai ao lado do motorista começa a anotar, de minuto em minuto, a
distância percorrida que aparece no painel. O resultado pode ser observado na tabela abaixo.

Instante (min) Distância (km)


0 0 A cada instante (x) corresponde a uma única distância percorrida (y).
1 2 Dizemos por isso que a distância é função do instante (tempo).
2 4 Determine a fórmula que relaciona “y” com “x”.
3 6
4 8
5 10

Resolução:
Observamos que a relação existente entre a distância e o tempo é que para calcular a distância
fazemos 2 vezes o tempo.
Logo, y = 2.x

Obs. Este exercício deve ser bem discutido com a turma identificando função que ele representa, a lei
que a rege, para quais valores de x a função faz sentido (a diferença entre o domínio prático e o
domínio matemático) e outras colocações que se fizerem necessárias.

2. Seja f : ℝ  ℝ definida por f(x) = -x2 + 3x . Calcule, se possível, os valores reais de “x” para que
tenha f(x) = 10.

Resolução:
-x2 + 3x = 10

-x2 + 3x - 10 = 0 (a= -1, b = 3, c = -10)

  b 2  4ac

Δ = (3)2 – 4.(-1).(-10) = -31

Como  = – 31, temos que ∄ x ∈ ℝ | f(x) = 10

1.2.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Uma barraca de praia, em Fortaleza, vende copos de sucos ao preço de R$ 0,80 cada. Para não ter
que fazer contas a toda hora, o proprietário da barraca montou a seguinte tabela:

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Cálculo I

Número de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
copos
Preço (R$) 0,80 1,60 2,40 3,20 4,00 4,80 5,60 6,40 7,20 8,00

Nesse exemplo estão sendo medidas duas grandezas: o número de copos de suco e o respectivo preço.
A cada quantidade de copos corresponde um único preço. Dizemos, por isso, que o preço é função do
número de copos de suco. Qual é a fórmula que estabelece a relação entre o preço (y) e o número de
copos de suco (x)?

2) A tabela a seguir indica o deslocamento de um móvel num dado intervalo de tempo.

Intervalo de tempo (s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10


Deslocamento (cm) 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

Observando a tabela dada, responda:

a)Qual é o deslocamento do móvel num intervalo de 4 segundos?


b)Qual é o intervalo de tempo correspondente a um deslocamento de 21 cm?
c) O deslocamento é uma função do intervalo de tempo?
d) Qual é o deslocamento “d” num intervalo de tempo “t”?

3) Um professor propõe a sua turma de 40 alunos um exercício desafio, comprometendo-se a dividir


um prêmio de R$ 120,00 entre os acertadores. Seja x o número de acertadores (x = 1, 2, ..... , 40) e y a
quantia recebida por acertador (em reais). Responda:

a) y é função de x? Por quê?


b) Quais os valores de y para x = 2, x = 8, x = 20 e x = 25?
c) Qual é o valor máximo que y assume?
d) Qual é a lei de correspondência entre x e y?
e) Qual seria o menor número de acertadores para que a premiação individual não fosse exata?

4) Suponha que o custo total para se fabricar “q” unidades de um certo produto seja determinado
pela função: C ( q )  q 3  30q 2  400 q  500 . Sendo assim, calcule o custo de fabricação de 20
unidades.

5) Supondo que, às “t” horas de um determinado dia, a temperatura (em graus Celsius) num certo
1 2
lugarejo fosse dada pela lei: C (t )   t  4t  10 . Pergunta-se:
6
a) Qual era a temperatura às 14 horas?
b) De quanto a temperatura aumentou ou diminuiu, entre 18 e 21 horas?

6) Seja f a função de ℤ em ℤ definida por f(x) = 2x + 3. Calcule:

a)f(0) c) f(–2)
1
b)“y” quando x = 1 d) Explique por que não é correto calcular f   nesta questão.
 2
7) Seja f : ℝ  ℝ definida por f(x) = x2 – 5x + 4. Calcule:

a) f(1) b) f(2) c) f(–3) d) “x”, de modo que f(x) = 4 e) o valor do domínio que tem y = –2

2
8) Seja “f” a função de ℝ – { 1 } em ℝ definida por f(x) = . Calcule:
x 1
a) f(3) + f(5)
b) O valor de “x”, tal que f(x) = –3.
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Cálculo I

3x  4 2
9) Seja f a função de ℝ → ℝ definida por f(x) = . Qual é o elemento do domínio que tem
7 3
como imagem?

10) O proprietário de uma escola de natação acredita que, em “t” anos, o número de alunos seja dado
por n(t) = 5t + 40.
a)Qual é o número atual de alunos?
b)Qual será o número de alunos daqui a 3 anos?
c) Um funcionário estimou que o número de alunos dobrará em relação ao número atual somente em
uma década. De acordo com a lei, esse palpite é correto?

Respostas:
1) y = 0,80x 2a) 12 cm 2b) 7 s 2c) Sim 2d) d = 3t 3a) Sim; pois para cada quant. de acertadores x, temos um único valor de
y (quantia a receber) 3b) 60, 15, 6 e 4,80 reais 3c) R$ 120,00 3d) y = 120 / x 3e) 7 4) C(20) = 4500 5a)  33,3ºC 5b)
Diminuiu 7,5 ºC 6a) f(0) = 3 6b) y = 5 6c) f(–2) = –1 6d) Não, pois a função é definida de ℤ em ℤ, e o valor x = ½  ℤ 7a)
1 26
f(1) = 0 7b) f(2) = –2 7c) f(–3) = 28 7d) {0 , 5} 7e) {2 , 3} 8a) 3 / 2 8b) 9) 10a) 40 10b) 55 10c) Não, pois o
3 9
número atual de alunos dobrará em 8 anos.

1.2.5 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO (No Sistema Cartesiano Ortogonal)

O Sistema Cartesiano Ortogonal, também conhecido como Plano Cartesiano (ℝ2 ou E2) é formado por
dois eixos reais, perpendiculares (ortogonais) entre si, gerando quatro regiões denominadas
quadrantes. O eixo “x”, também é dito eixo das abscissas e o eixo “y” também é dito eixo das
ordenadas.

A intersecção dos eixos coordenados determina um ponto único, denominado origem  (0 , 0). Cada
ponto neste plano é determinado por um par ordenado na forma (x , y), sendo que “x” e “y” formam
as coordenadas de um ponto.
Observações:
 Todo ponto pertencente ao eixo das abscissas terá ordenada nula, ou seja, será da forma: (x , 0).
 Todo ponto pertencente ao eixo das ordenadas terá abscissa nula, ou seja, será da forma: (0 , y).

Construindo um Gráfico de Função através da Fórmula Matemática


O gráfico, ou a representação gráfica de uma função, é uma forma de apresentarmos o
comportamento de um fenômeno numa forma visual (geométrica), o que em muitos casos, facilita a
compreensão do fenômeno, possibilitando perceber o seu comportamento de uma forma mais ampla.
Para tanto, utilizaremos o sistema cartesiano ortogonal, indicando os valores de “x” e “y” nos seus
eixos correspondentes.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 14


Cálculo I

Etapas para a construção de um gráfico:


 Montar uma tabela, atribuindo valores para “x” (conforme o Domínio da função) e calculando
os respectivos valores de “y”;
 Marcar no plano cartesiano os pontos gerados pelos pares ordenados (x , y) encontrados na
tabela;
 Ligar (ou não) os pontos marcados no plano cartesiano por meio de uma curva (de acordo
com a função e o domínio desta).

Observação: Construir junto com os alunos as curvas que representam as funções de alguns
exercícios propostos e analisá-los. (por exemplo os exercícios 1, 3 e 5)

1.2.6 RECONHECENDO GRÁFICOS DE FUNÇÕES


Os gráficos de funções têm características especiais. Quando temos gráficos que não possuem estas
características, dizemos que esses foram gerados apenas por relações matemáticas, e não funções.
Observe os exemplos:

y y y

0

x 0 x 0 x

Éy função y
Não é função É função y

0 x 0 x 0 x

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 15


Cálculo I

É função Não é função Não é função

y y y
f(–2) = 2

2 2

0 x –2 0 x –2 0 x

–5 –5

É função Não é função É função

Lembre-se que: em uma função, cada valor de “x” do domínio possui um, e somente um, valor
correspondente “y”. Isto pode ser muito bem observado mesmo quando se tem apenas a
representação gráfica da função.

1.2.7 ANALISANDO GRAFICAMENTE O DOMÍNIO E IMAGEM DE FUNÇÕES

Graficamente, consideramos:
Domínio → projeção ortogonal do gráfico sobre o eixos das abscissas (x).
Imagem → projeção ortogonal do gráfico sobre o eixos das ordenadas (y).

Exemplos: f(– 4) = 6

y y Assíntota y
f(–1) = 0 vertical
(eixo “y”) 6

2 2
–4 –4

0 5 x –1 0 x 7 x
–3 –3

–2
Assíntota
horizonta
l

D={x∈ℝ|–4≤x<5} D={x∈ℝ|x<0} D={x∈ℝ|x<7}

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 16


Cálculo I
Im = { y ∈ ℝ | –3 ≤ y < 2 } Im = { y ∈ ℝ | y > –2 } Im = { y ∈ ℝ | y = –3 ou 2 < y ≤ 6 }

y y y

Assíntota 3
3 f(0) = 2 f(1) = 1
horizonta 2
l
(eixo “x”) 2 1
0 1

–1 x –3 –1 1 3 x ● –1 x

D=ℝ D = { –3, –1, 1, 3 } D=ℝ


Im = { y ∈ ℝ | y < –1 ou 0 < y < 3 } Im = { 0, 1, 2, 3 } Im = ℝ

1.2.7.1 EXERCÍCIOS

Determine o Domínio (D) e a Imagem (Im) das funções representadas pelos gráficos

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 17


Cálculo I

Respostas:
1) D = ℝ, Im = { y  ℝ | y  –2 } 2) D = ℝ, Im = { y  ℝ | y =  10 } 3) D = { x  ℝ | x > – 4 }, Im = { y  ℝ | y 
–2 } 4) D = { x  ℝ | x  –1 }, Im = ℝ* 5) D = { x  ℝ | x  – 4 }, Im = { y  ℝ | – 2 < y  5 } 6) D = ℝ, Im = ℝ
7) D = { x  ℝ | x  1 }, Im = { y  ℝ | –2  y < 8 } 8) D = { x  ℝ | x > – 2 }, Im = { y  ℝ | y = –1 ou y > 1 }
9) D = ℝ , Im = { y  ℝ | – 20 < y < 20 } 10) D = { x  ℝ | x  5 }, Im ={ y  ℝ | y  – 8 }
11) D ={ x  ℝ | x   5 }, Im = { y  ℝ | y  10 } 12) D = { x  ℝ | x > – 6 }, Im = { y  ℝ* | y = – 4 ou y > –2 }

1.3 VARIAÇÃO E TAXA DE VARIAÇÃO

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 18


Cálculo I

Variações nos cercam no nosso dia a dia. A temperatura externa, o preço de uma ação, a velocidade de
uma partícula, a população de uma cidade, o lucro líquido de uma empresa, todos variam.

Analisemos o seguinte exemplo:

Na tabela abaixo é dada a altura de determinada pessoa em seu dia de aniversário.

Idade (anos) Nasc. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14


Altura (cm) 48 70 83 90 98 105 110 118 123 128 135 140 148 153 158

Qual é a variação da altura desta pessoa durante os 4 primeiros anos de sua vida?

Variação entre o nascimento e 4 anos = 98 cm – 48 cm = 50 cm

Qual é a variação de sua altura entre as idades de 4 e 14 anos?

Variação de altura entre os 4 e os 14 anos = 158 cm – 98 cm = 60 cm

Esta pessoa estava crescendo mais durante seus primeiros 4 anos de vida ou nos dez anos seguintes?

O fato de sabermos que ela cresceu 50 cm durante o primeiro período e 60 cm nos dez anos seguintes
não nos mostra quando ela estava crescendo mais.

Para conseguirmos responder à pergunta, usaremos uma taxa de variação.

Taxa média de variação de altura entre o nascimento e os 4 anos:

Variação de altura 98  48 50
   12,5 cm por ano
Variação de idade 40 4

Taxa média de variação de altura entre 4 e 14 anos:

Variação de altura 158  98 60


   6 cm por ano
Variação de idade 14  4 10

Como o crescimento foi em média 12,5 cm por ano até a idade de 4 anos e 6 cm por ano entre os 4 e os
14 anos, esta pessoa cresceu mais depressa durante os seus 4 primeiros anos de vida.

1.3.1 NOTAÇÃO PARA TAXA DE VARIAÇÃO DE UMA FUNÇÃO

Podemos dizer que a altura é uma função da idade, pois para cada idade existe uma única altura.
Se usarmos y para indicar a altura desta pessoa e x para indicar a idade, podemos dizer que y = f(x).
Usaremos Δy para indicar a variação no valor de y e Δx para indicar a variação de x.
Escrevemos então:
Variação de uma quantidade y entre x = a e x = b
(valor da quantidade em x = b) – (valor da quantidade em x = a) = f(b) – f(a) = Δy ,

Variação de x entre a e b:
b – a = Δx .
y f (b)  f (a )
Taxa média de variação de y entre a e b: 
x ba

IMPORTANTE:
As unidades da taxa média de variação de uma função são as unidades de y divididas por unidades
de x.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 19


Cálculo I

Sendo assim, a taxa média de variação da altura em relação à idade entre 4 e 14 anos, ficaria assim:

y f (14)  f (4) 60
   6 cm / ano
x 14  4 10

1.3.2 EXEMPLOS

1) O gráfico abaixo mostra o número de fazendas, N, (em milhões) em determinado país, entre 1940 e
1990. Avalie a taxa média de variação do número de fazendas entre 1950 e 1970.

7
Número de fazendas (milhões)

6
5

4
3

0
1940 1960 1980
Tempo (anos)

Solução:

Pelo gráfico podemos observar que o número de fazendas (N), era de aproximadamente 5,4 milhões
em 1950 e 2,8 milhões em 1970. Se o tempo (t) está em anos, a taxa média de variação será:

N N (1970)  N (1950) 2,8  5,4


   0,13 milhões de fazendas por ano.
t 1970  1950 1970  1950

O sinal negativo indica que o número de fazendas está diminuindo.

2) Os grilos de árvore soam todos à mesma taxa se estiverem à mesma temperatura. Se a temperatura
aumenta, a taxa C de sons por minuto cresce constantemente com a temperatura, ou seja, o número C
de sons por minuto de um grilo de árvore é dado como função da temperatura T.
A lei que determina esta função é: C(T) = 4T – 160.
Ache a taxa média de variação de sons por minuto entre as temperaturas de 60o F e 70o F.

Solução:

C(60) = 4.(60) – 160 = 80 C(70) = 4.(70) – 160 = 120, temos:

C C (70)  C (60) 120  80 40 sons por min uto


   4
T 70  60 10 10 o
F

A taxa de sons cresce, em média, 4 sons por minuto para cada aumento de 1o F na temperatura.

1.3.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. A tabela abaixo dá a produção mundial de bicicletas para os anos escolhidos entre 1950 e 1993.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 20


Cálculo I

Ano 1950 1960 1970 1980 1990 1993


Produção mundial de
bicicletas (milhões) 11 20 36 62 90 108

a) Ache a variação na produção de bicicletas entre 1950 e 1990. Dê unidades.


b)Ache a taxa média de variação na produção de bicicletas entre 1950 e 1990. Dê unidades e interprete
sua resposta em termos da produção de bicicletas.

2. Uma certa empresa opera cerca de 2000 lojas. A tabela seguinte dá o lucro líquido em milhões de
1990 a 1997.

Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997


Vendas
(milhões) 144,5 229,9 210,7 258,4 350,2 354,0 452,9 530,0

a)Ache a variação de lucro líquido entre 1993 e 1996.


b)Ache a taxa média de variação em lucro líquido entre 1993 e 1996. Dê unidades e interprete sua
resposta.
c) De 1990 a 1997, houve intervalos em que a taxa média de variação foi negativa? Se sim, quando?

3. A figura abaixo mostra o valor total das exportações no mundo (mercadorias negociadas
internacionalmente), em bilhões de dólares.

a)O valor das exportações é maior em 1990 ou em 1960? Aproximadamente, quanto maior?
b) Avalie a taxa média de variação entre 1960 e 1990. Dê unidades e interprete sua resposta em
termos do valor das exportações mundiais.

4. Despesas ( em milhões de dólares) com tabaco, 1987 – 1993.

Ano 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993


Despesas com tabaco 35,6 36,2 40,5 43,4 45,4 50,9 50,5

Analisando a tabela, responda:


a)Qual é a taxa média de variação na quantia gasta em produtos de tabaco entre 1987 e 1993?
b)Durante este período de 6 anos, há algum intervalo durante o qual a taxa média de variação foi
negativa? Se sim, quando e o que isto significa?

5. Em cada um dos casos seguintes a taxa média de variação (em unidades por ano) é positiva ou
negativa? Explique seu raciocínio em cada caso.
a)Número de acres de florestas virgens no mundo.
b)População mundial.
c) Número de casos de pólio no Brasil, desde 1950.
d) Altura de uma montanha em erosão.
e)Custo de vida no Brasil.

6. Alguns cientistas suspeitam que certos produtos químicos sintéticos estão interferindo com o
sistema hormonal humano. Um estudo controverso na Dinamarca em 1992 relatou que a contagem
média de esperma masculino humano tinha decrescido de 113 milhões por mililitro em 1940 para 66
milhões por mililitro em 1990.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 21


Cálculo I
a)Ache a taxa média de variação da contagem de esperma.
b)A fertilidade de um homem é afetada se sua contagem de esperma cai abaixo de cerca de 20 milhões
por mililitro. Se a taxa média de variação continuar igual à encontrada no estudo dinamarquês, em
que ano a contagem média de esperma masculino cairá abaixo de 20 milhões por mililitro?

7. O gráfico abaixo mostra a quantidade de nicotina, N = f(t), em mg, na corrente sanguínea de uma
pessoa como função do tempo t, em horas, depois que a pessoa acabou de fumar um cigarro.
a)Determine f(3) e interprete em termos de nível de nicotina.
b)Quantas horas, aproximadamente, terão passado antes que o nível de nicotina caia a 0,1 mg?
c) Qual é o valor do intercepto vertical? O que representa em termos de nicotina?
d) Se houvesse um intercepto horizontal, o que representaria?
e)Ache a taxa média de variação nos níveis de nicotina entre t = 0 e t = 3. Dê unidades na sua resposta
e interprete-a em termos de nível de nicotina.
f) A taxa de variação média de nicotina é positiva? Explique.

Respostas:
1) a) 79 milhões de bicicletas b) 1,975 milhões de bicicletas/ano
2) a) 194,5 milhões b) 64,83 milhões/ano c) 1991-1992
3) a) 1990 2700 bilhões de dólares b) 90 bilhões de dólares/ano
4) a) 2,48 milhões dólares/ano b) 1992-1993
6) -0,94 milhões por mm/ano b) 2039
7) a) 0,125 mg b) 3h 40´ c) 0,4 mg d) que o nível da nicotina seria zero e) – 0,09 mg/h f) negativa

1.4 FUNÇÕES ELEMENTARES

1.4.1 FUNÇÃO CONSTANTE

1.4.1.1 EXEMPLOS

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 22


Cálculo I
1) Sob temperatura ambiente, variando de 16 C a 54 C, o corpo humano é capaz de manter
o o

indefinidamente, uma temperatura de 36,7º C.


Esta função, na faixa de temperatura mencionada, pode ser assim representada:
f : 16 , 54   definida por f(x) = 36,7

40
35

Temperatura do Corpo
30
25
20
15
10
5
0
0 10 20 30 40 50 60
Tem peratura Am biente

Logo, nesta faixa de temperatura ambiente, tem-se uma função constante.

2) Em um determinado ano, uma empresa em expansão contratou 100 funcionários em março e 100
em outubro. Em janeiro deste mesmo ano o número de funcionários era 200. Matematicamente,
podemos equacionar esta situação como sendo uma função f : D  ℕ com D = {meses do ano}
definida por:

 200, se x  { janeiro, fevereiro}



f ( x)   300, se x  {março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro}
 400, sepelo
x  {outubro
relacionar os meses
Foi solicitada setor de, novembro
recursos, dezembro} desta firma uma representação visual, de modo a
humanos
do ano com o número de funcionários empregados (meses X funcionários).

Assim temos:

Número de
funcionários

400

300

200

J F M A M J J A S O N D Meses do ano (200X)

1.4.1.2 DEFINIÇÃO

Uma função cuja lei de associação é do tipo f(x) = k (ou y = k), com k  ℝ é chamada de função
constante, pois para qualquer valor atribuído à variável “x”, sua imagem “y” será sempre a mesma,
de valor “k”. Podemos acrescentar ainda, que se trata de uma função que não é crescente, nem

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 23


Cálculo I
decrescente, mas sim constante, pois o valor da função (y) não cresce nem decresce, permanecendo o
mesmo, ou seja, constante.
Podemos observar que neste caso a taxa se variação é nula.
Lembre-se que: y = f(x).
Graficamente, tem-se uma reta paralela ao eixo das abscissas, cortando o eixo das ordenadas no
ponto (0 , k).
Se k > 0: Se k = 0: Se k < 0:
y y y

k


0 x 0 x 0
x

1.4.1.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Construa os gráficos das funções dadas por:

a) f(x) = 4 com D = ℝ d) y = – 3 com D = [–5 , 2 [

40
b) g(x) =  com D = ℝ+ e) y = 0 com D = { x  ℝ | – 4 < x  3 }
3

c) y =  com D = ℝ f) h(x) = 51 com D = ℝ g) y = – 7 com D = { x  ℝ | x < 6 }

2) Determine o conjunto imagem para cada uma das funções do exercício anterior.

3) Em uma cidade, o departamento de água da prefeitura decidiu fazer uma experiência e passou a
cobrar as contas de água dos consumidores com preços fixos para intervalos de consumo. Assim, por
exemplo, para qualquer consumo inferior a 20m3, a conta será de R$ 18,50. Abaixo, você pode ver a lei
de formação utilizada para determinar o valor “V” da conta, em reais, em função do consumo “c”, em
metros cúbicos.

 18,50 se 0  c  20

V (c)   47,50 se 20  c  50 Obs.: O consumo é medido mensalmente.

 59,00 se c  50

a) Construa o gráfico no plano cartesiano V x c (valor da conta por consumo) determinando o D e Im.
b) Quanto pagará um morador que consumir 20m 3 de água em um mês? E se consumir 36,4m 3 num
mês?
c) Qual foi o consumo de uma casa cuja conta apresentou um valor de R$ 59,00?
d) Quanto pagou um morador que supostamente não consumiuR$ nenhuma quantidade de água num
mês?
6,5

4) Ao lado, pode-se ver parte de um gráfico que 5


mostra o valor “y” a ser pago (em reais) pelo uso de
um determinado estacionamento por um período de 3,5
“x” horas. Suponha que o padrão observado no
2
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 24

0 1 2 3 4 Horas
Cálculo I
gráfico não se altere quando “x” cresce. Nestas
condições, pergunta-se:

a) Quanto deverá pagar uma pessoa, por utilizar o


estacionamento durante meia hora? E durante duas
horas?
b) Quanto deverá pagar alguém que estacionar das
8h e 46min até as 11h e 50min?
c) Quanto tempo ficou no estacionamento um carro
se o proprietário pagou R$ 8,00?
d) Quanto pagará um indivíduo que estacionar seu
veículo das 22h de um dia até as 8h e 30min do dia
seguinte?

Respostas:

1a) y 1b)y 1c)y 1d) y

4

 
–5 0 2
0 x 0 x 0 x x

– 40/3  3

1e) 1f) 1g)


y y y

51
–4 3 6
0
0 x 0 x x

–7

2a) Im = { 4 }
2b) Im =  40  3 
2c) Im = {  }
2d) Im =  3  
2e) Im = { 0 } 3a) D = { c  ℝ | c  0}e
2f) Im = { 51 }
2g) Im = { –7 } Im = { 18,50 ; 47,50 ; 59,00 }
3a) Valor conta (R$) 3b) R$ 47,50 e R$ 47,50

3c) c  50 m3
59,00
3d) R$ 18,50
47,50
4a) R$ 2,00 e R$ 3,50

4b) R$ 6,50

18,50
4c) { x  ℝ | 4 < x  5 }

4d) R$ 17,00
0 20 50 Consumo (m3)
4c)
)

1.4.2 FUNÇÃO DO 1º. GRAU (ou Função linear)

1.4.2.1 EXEMPLO

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 25


Cálculo I
Uma panela com água à temperatura de 15 C é levada ao fogo e observa-se que, a cada 1 minuto, a
o

temperatura sobe 2oC. De acordo com os dados, forneça a lei (fórmula) que representa o aumento de
temperatura em função do tempo.

Resolução:
Tempo inicial (to): 0 min Temperatura inicial (To) : 15o C

Tempo (min) Temperatura (oC)


0 15
1 17 (17 = 15 + 2.1)
2 19 (19 = 15 + 2.2)
3 21 (21 = 15 + 2.3)

Cada temperatura é a temperatura inicial mais um acréscimo de 2oC por minuto.


Logo, a lei que relaciona o aumento de temperatura em função do tempo é:
T(t) = 15 + 2t , sendo esta, a solução do problema em questão.

1.4.2.2 DEFINIÇÃO

São funções que têm taxa constante de crescimento ou decrescimento. Uma função é dita do 1º. grau
se sua inclinação, ou taxa de variação, é a mesma em toda parte. E é o fato da taxa de variação ser
constante que faz de seu gráfico uma reta.
A inclinação de uma função do 1º. grau é o mesmo que a taxa média de variação estudada
anteriormente. Logo, esta inclinação pode ser calculada com valores das funções em 2 pontos, m e n,
usando a fórmula:
subida y f ( m)  f ( n )
Inclinação     taxa média de var iação de f ( x) entre m e n.
percurso x mn

Para uma função não linear, a taxa de variação varia.

Esta função tem a forma y = ax + b, com a≠ 0 e a e b Є R, com domínio e contra-domínio real.


Seu gráfico é uma reta tal que:
 a é a inclinação, ou taxa de variação de y com relação a x ou ainda, coeficiente angular da reta.
 O valor da abscissa onde o gráfico corta o eixo “x” denomina-se raiz ou zero da função, que pode
ser determinado algebricamente fazendo f(x) = 0.
 b é o intercepto vertical ou intercepto y, ou seja, é o valor de y quando x é zero.
 A raiz também é conhecida como intercepto horizontal ou intercepto x.

1.4.2.3 FUNÇÕES CRESCENTES E DECRESCENTES

Os termos crescente e decrescente podem ser aplicados a outras funções, não apenas às lineares.

Qualquer função é crescente se os valores de y = f(x) crescem quando x cresce e é decrescente se os


valores de y= f (x) decrescem quando x cresce.
Uma função linear, y = ax + b, é crescente quando a taxa de variação for positiva, ou seja, quando
“a > 0”.
Uma função linear, y = ax + b, é decrescente quando a taxa de variação for negativa, ou seja, quando
“a < 0”.

1.4.2.4 EXERCÍOS RESOLVIDOS


1. Durante os primeiros anos das Olimpíadas, a altura do salto com vara vencedor aumentou
aproximadamente 8 polegadas a cada 4 anos.
Obs. 1 pol = 2,54 cm

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 26


Cálculo I

Ano 1900 1904 1908 1912


Altura(polegadas) 130 138 146 154

Recordes olímpicos de salto com vara (aproximados)


A tabela acima mostra que a altura começou com 130 polegadas em 1900 e cresceu o equivalente a 2
polegadas a cada ano. Assim, a altura foi uma função linear do tempo de 1900 até 1912. Se y é a altura
vencedora (em polegadas) e t é o número de anos desde 1900, podemos escrever:

y = f(t) = 2t + 130

Como y = f(t) cresce com t, dizemos que f é uma função crescente. O coeficiente 2 nos diz, em
polegadas por ano, a taxa à qual a altura cresce.
Podemos verificar esta inclinação (taxa de variação) como a razão:

subida 138  130 8


Inclinação     2 polegadas / ano.
percurso 1904  1900 4

A constante 130 representa a altura inicial em 1900, quando t = 0. Geometricamente é o valor do


intercepto y.

2. A tabela abaixo retrata um problema de equipes de buscas e salvamento trabalhando para achar
excursionistas perdidos em áreas remotas. Para procurar um indivíduo, membros da equipe se
separam e caminham paralelamente uns aos outros através da área a ser investigada. A experiência
mostrou que a chance da equipe de achar um indivíduo está relacionada com a distância, d, que
separa membros da equipe. A porcentagem de achados para várias separações está registrada na
tabela.

Obs. 1 pé = 0,3048 m

Taxa de sucesso contra separação dos buscadores


Distância de separação d (em pés) Porcentagem aproximada de achados P
20 90
40 80
60 70
80 60
100 50

Os dados desta tabela indicam que quando a distância de separação aumenta, uma porcentagem
menor dos excursionistas é encontrada. Como P decresce quando d cresce, dizemos que P é função
decrescente de d. Estes dados também mostram que para cada aumento de 20 pés de distância, a
porcentagem cai por 10.

subida 50  60 10 1
Inclinação    
percurso 100  80 20 2

O sinal negativo mostra que P decresce quando d cresce.


O intercepto vertical, se d = 0, nos daria a porcentagem se os buscadores estivessem trabalhando
ombro a ombro e o que se esperaria é que todos fossem achados.
1
Portanto a função pode ser assim definida: P  f ( d )  100  d
2

O que nos diria o intercepto horizontal?


Quando P = 0, d = 200. O valor de d = 200 nos dá a distância de separação para a qual, de acordo com
o modelo, ninguém é achado. O que não é razoável, pois, mesmo quando os buscadores estão muito

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 27


Cálculo I
separados, às vezes a busca tem sucesso. Isto sugere que, em algum ponto, deixa de valer a função
linear.
Como no exemplo do salto com vara, a extrapolação longe demais dos dados conhecidos pode não dar
respostas precisas.

1.4.2.5 GRÁFICO
Geometricamente, a função polinomial do 1º grau é representada por uma linha reta oblíqua aos
eixos coordenados, cortando o eixo das ordenadas no ponto (0 , b).

Se a > 0  f(x) é crescente Se a < 0  f(x) é decrescente


y y
f(x) f(x)

b b
 
 x’ 0 x 0 x’  x

Raiz ou zero Raiz ou zero


da função da função

1.4.2.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1)Construa, no sistema cartesiano ortogonal, os gráficos das funções dadas por:


x 9 1
a) y  d) F  C  32 g) y  x j) y  1  3 x com D = { x  ℝ x  0 }
4 5 2
b) f ( x )  2 x  5 e) f ( x )  x  3 h) y  3 x com D = [ –2, +  [

c)  x  2 y  3  0 f) g ( x )  1  x i) h( x )  2 x  2 com D = [ –1, 2 [

2) Construa, num mesmo sistema cartesiano ortogonal, os gráficos das funções dadas por f(x) =
x e g(x) = – x.

3) Construa, num mesmo plano cartesiano, os gráficos de f ( x )  x , g ( x )  2 x , h ( x )  3 x e


j ( x )  1 x ; considerando para todos D = [ –2 , 2 ] , e ao final, compare as retas.
2

4) Construa, num mesmo sistema cartesiano, os gráficos da funções dadas por f ( x )  x , g ( x )  x  1 ,


h ( x )  x  2 e j ( x )  x  1 ; considerando para todas D = ℝ, e ao final, compare as retas.

5) Construa, no sistema cartesiano ortogonal, os gráficos das funções dadas por:

 x , se x  2  2x, se x  0  2x , se x  1
a) f ( x)   b) g ( x)   h( x )  
c)

 2, se x  2 1 , se x  0 x  3, se x  1

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 28


Cálculo I

 3 , se x  2

d) j ( x)  1  x, se  2  x  2

 4, se x  2

Respostas:

1a) 1b) 1c) 1d) 1e)


y y y F y

5● ● 32 ●
3

0 4 5/2 0 3 –160/9
● ● ● ● ●
–1 ● x 0 x x 0 C –3 0 x
–3/2 ●

1f) 1g) 1h) 1i) 1j)


y
y y y y
6
6
–1 0
1/2 ● 2● x
0 1/2 0 –1
● ● ●
–1 x 0 x –2 x –1 2 x
● –1 ● –4

2) 4) 3) y
y f(x) y
6 h
3 ● h
2● g
f
45º 45º j 4 g
3
1● ●
x
–2 –1
● ● ● ● 2 f
1 x
–3 ●
1 j
g(x) ● –1 –2
2 x
Observação (ex. 4):
j –1
As retas f, g, h e j são f –2
paralelas, pois têm o
mesmo coeficiente angular.

g –4

8a) 8b) 8c)


y –6
y
y
2

–3 –2 0

x 0 3
–2 1 x 2

–1 –2
y
–3 –1 0 x

3 –2

8d) 1
1 2 –4

–2 0 x
–1

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 29


–4
Cálculo I

1.4.2.7 DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO DO 1º GRAU A PARTIR DO SEU GRÁFICO

Relembrando: f(x) = ax + b, sendo: a  coeficiente angular (declividade) e b  coeficiente linear


Calculando o coeficiente angular “a” através do gráfico:

Conhecendo o ângulo “” (inclinação) formado entre a reta “r” e o eixo “x” (no sentido anti-horário),
usa-se: a  tg
y
Conhecendo dois pontos A(xA , yA) e B(xB , yB), pertencentes a reta “r”, usa-se: a  tg 
x

y
B
yB
 Observações:
A  y
yA   Variação da inclinação da reta de uma função
n do 1º grau: 0    180 com   90 º .

  Se  = 0  a = 0, tem-se neste caso uma


 x’ 0 xA xB x
“função constante” (reta paralela ao eixo “x”).

r Raiz ou zero
da função x

1.4.2.8 EXEMPLOS (sugestão: a resolução deve ser feita pelo professor no quadro)

1) Determine a função geradora do gráfico abaixo:


y

1
–2
0 3 x

–9

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 30


Cálculo I

2) Uma barra de aço com temperatura inicial de – 10ºC foi aquecida até 30ºC. O gráfico abaixo
representa a variação da temperatura da barra em função do tempo gasto nesta experiência.
Determine:
a) a função (fórmula matemática) que representa o fenômeno em questão;
b) em quanto tempo, após o início da experiência, a temperatura da barra atingiu 0ºC;
c) a taxa de variação da temperatura em função do tempo;
d) o Domínio e o conjunto Imagem desta situação.

temperatura (ºC)
30

tempo (min)

- 10

3) Analisando o gráfico abaixo, determine:


a) as funções f(x) e g(x);
b) as raízes de f(x) e g(x);
c) as coordenadas do ponto P (intersecção das retas).

y f(x)
g(x)

P
1 2 
0  x

–2

–3 
–5 

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 31


Cálculo I

1.4.2.9 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Duas operadoras de telefonia celular apresentam planos similares para seus usuários. O plano da
operadora “V” tem uma mensalidade no valor de R$ 25,00 e uma tarifa de R$ 0,70 por minuto em
ligações locais. O plano da operadora “T” tem custo de R$ 0,50 por minuto para ligações locais e uma
mensalidade no valor de R$ 30,00. Utilizando seus conhecimentos sobre função polinomial do 1º grau
e considerando somente ligações locais, conclui-se que:
a) O plano da operadora T é melhor, independentemente do tempo de uso do telefone em um mês;
b) O plano da operadora V é mais vantajoso somente para um uso mensal maior que 25 min;
c) Para um uso mensal acima de 25 min, os dois planos têm um mesmo custo;
d) O plano da operadora V é mais vantajoso somente para um uso mensal menor que 25 min
e) Se nenhuma ligação for realizada no período de um mês, o plano da operadora T tem custo mensal
inferior ao plano da operadora V.

2) Determine a função geradora de cada um dos gráficos a seguir.


y y y
a) b) c) d) y e) y
4● 6 ●
45º
2 ● 30º
2 0 1
● ● ● ●
–2 0 3 x 0 x 2 x ●
0 3 x –2 0 x

3) Dada as equações 2x – y – 1 = 0 e x – y = 2 , determine:


a) O ponto de intersecção das retas;
b) Os pontos de encontro das retas com os eixos coordenados.

4) Dadas as funções “f” e “g” cujas leis são f(x) = ax + 4 e


g(x) = bx +1, calcule os valores de “a” e “b” de modo que os
gráficos das funções se interceptem no ponto (1, 6).

y
P
5) Observando o gráfico ao lado, determine as equações das 
retas (funções); as coordenadas do ponto P e os zeros das funções. 2

–4 1 
 2 x
–2
f 

6) Considerando as funções f(x) = 8 – x e g(x) = 3x, determine:


a) as raízes das funções “f” e “g” dadas;
b) as coordenadas do ponto P, que representa a interseção das retas em questão;
c) qual a classificação [crescente ou decrescente] para cada uma das funções.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 32


Cálculo I

7) O custo C(x) de produção de “x” litros de certa substância é dado por uma função linear, cujo
gráfico está representado ao lado. Nestas condições, pergunta-se:
a) O custo de R$ 700,00 corresponde à Custo (R$)
produção de quantos litros?
b) Qual a taxa de variação do custo
em função da produção? 520
400

0 8 x (Litros)

8) O gráfico ao lado apresenta uma


situação de frenagem, onde a v (m/s)
velocidade do veículo varia em
função do tempo. Sendo assim, 20
responda:
a) Qual a taxa de variação da
velocidade em função do tempo?
b) Qual a velocidade do veículo no
instante 3s? 0 5 t (s)
c) O que acontece com o veículo após
5s de frenagem?
d) Qual o Domínio e o Conjunto
Imagem do problema?
Nota: Para se ter uma melhor noção da velocidade (neste caso), podemos convertê-la de m/s para
km/h, que é a unidade mais utilizada em nosso cotidiano. Para isto, basta multiplicar o valor da
velocidade em m/s por 3,6 que teremos o resultado em km/h.

9) 0 valor de uma máquina decresce linearmente com o tempo, devido ao desgaste. Sabendo-se que
hoje ela vale 10.000 dólares, e daqui 5 anos, 1.000 dólares, qual será seu valor em 3 anos?

Respostas:

1) R$
V

42,50 ● T

30,00 V(x) = 0,7x + 25

25,00 T(x) = 0,5x + 30

Resposta: “d”
0 25 min

2x 4 3x
2a) y   2b) y = –2x + 4 2c) y = 3x 2d) y    3  utilizando valores tabelados 2e) y = x + 3
5 5 3

3 a) (–1, –3) b) (1/2 , 0) e (0 , –1) / (2 , 0) e (0 , –2)

4) a = 2 e b = 5
1 3x 4
5) f(x) = x  2 e g(x) =  2 / P(4 , 4) raiz de f(x): x = – 4, raiz de g(x): x =
2 2 3
6a) raiz de f(x): x = 8, raiz de g(x): x = 0 6b) P(2 , 6) 6c) f(x) é decrescente e g(x) é crescente.

7a) 20 litros 7b) + 15 reais/Litro (que é o coeficiente angular da função)

8a) – 4 m/s2 (que é o coef. angular) 8b) 8 m/s 8c) Sua velocidade torna-se “zero”, ou seja, o veículo pára.

8d) D = { t  ℝ | 0  t  5 } e Im = { v  ℝ | 0  v  20 } 9) 4.600 dólares

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 33


Cálculo I

1.4.2.10 POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE DUAS RETAS

Considerando duas funções representadas graficamente pelas retas r: y =ar x + br e s: y = as x + bs


tem-se:

Retas paralelas: Se r // s  a r  bs

Retas concorrentes: Se r  s  a r  bs
1
Retas perpendiculares (ortogonais): Se r  s  a r  
as

1.4.2.11 EXEMPLO

1) Sabendo que reta “r” passa pelo ponto P(2 , – 8) e é paralela a reta “s”, que tem equação s: 6x + 2y =
7, determine a função que representa a reta “r”.
Resolução:
S : 6x  2 y  7
2 ys  7  6 x
7
ys   3x
2
a s  3

Como r // s  a r  a s  a r  3
y r  3 x  b
como a reta r passa pelo ponto ( 2,8) :
 8  3.( 2 )  b  b  2
então : y r  3 x  2

1.4.2.12 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Determine as funções do 1º grau que atendem as condições dadas:


a) Coeficiente angular igual –2, intercepto y = 4.
b) A reta é paralela a y = 4x – 2 e o seu intercepto y é 7.
c) A reta é paralela a 3x + 2y = 5 e passa por (–1, 2).
d) A reta é perpendicular a y = 5x + 9 e o seu intercepto y é 6.
e) A reta é ortogonal a x – 4y = 7 e passa por (3,– 4).
f) A reta passa pelos pontos (2, 4) e (1, –7).
g) A reta passa por A(–3, 6) e por B(–2, 1).
h) O intercepto y é 2 e o intercepto x é – 4.
i) A reta tem coeficiente angular 2 e a raiz da função é 3

Respostas:
3x 1 x
a) f(x) = –2x + 4 b) f(x) = 4x + 7 c) f(x)    d) f(x)    6 e) f(x) = – 4x + 8
2 2 5
x
f) f(x) =11x – 18 g) f(x) = – 5x – 9 h) f(x)   2 i) f(x) = 2x – 6
2

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 34


Cálculo I
1.4.3 FUNÇÃO DO 2º GRAU (ou quadrática)

1.4.3.1 EXEMPLO

1) Considere os dados da tabela a seguir, que descrevem a concentração de alumínio y (mg/kg) em


uma espécie de arroz em função do acúmulo de fósforo no solo x (mg/kg). Qual a função que
descreve este fenômeno?

 y 
x y y/x  
 x 
10 8,9521 ------- x
--------
20 4,6891 0,4263 --------
30 1,7261 0,2963 0,013
40 0,0631 0,1663 0,013
50 0,2991 0,0363 0,013
60 0,6371 0,0937 0,013
70 0,8741 0,2237 0,013
80 6,4111 0,3537 0,013
90 11,248 0,4837 0,013

Resolução:

Calculamos a primeira variação, ou seja, os valores da terceira coluna da tabela acima, da seguinte
forma:
y y (20)  y (10) 4,6891  8,9521
   0,4263
x 20  10 20  10
y y (30)  y (20) 1,7261  4,6891
   0,2963
x 30  20 30  20
e assim por diante.
Se o valor da primeira variação fosse constante, teríamos uma função do 1 º grau. Como isto não
acontece, fazemos os cálculos da segunda variação, ou seja, os valores da quarta coluna da tabela, da
seguinte forma:
 y 
 
 x    0,2963    0,4263  0,013
x 30  20
 y 
 
 x    0,1663    0,2963  0,013
x 40  30

e assim por diante.


Como podemos perceber, a segunda variação é 0,013 para todos os pontos da tabela, ou seja, uma
constante. Isso caracteriza uma função do 2º grau.
A função do 2º grau é dada por y = ax2 + bx + c, com o valor de a diferente de zero e a, b e c constantes.
O valor de a é dado por:
 y 
 
 x 
0,013
a  x   0,0065
2 2

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 35


Cálculo I
Isso também acontece para a função do 3 grau ou função cúbica. Neste caso, a terceira variação é
º

constante e o valor de a é dado por


  y  
   
  x  
a x
6
Agora devemos calcular o valor de b e c. Para calculá-los, basta tomar dois pontos quaisquer da
tabela.
Os pontos podem ser: (10; 8,9521) e (80; 6,4111).

Como y = ax2 + bx + c, então:

8,9521  0,0065.(10)2  b.10  c



6,4111  0,0065.(80) 2  b.80  c
Com um sistema de duas equações e duas incógnitas podemos descobrir os valores de b e c. Assim, b
= -0,6213 e c = 14,5151.
Desta forma, a lei que rege este fenômeno é dada por: y = 0,0065x2 – 0,6213x + 14,5151

1.4.3.2 DEFINIÇÃO

Função Polinomial do 2º grau é toda função definida pela lei f(x) = ax2 + bx + c, com a  R*, b  R e c
 R.

Exemplos:
Na função f ( x )  x 2  4 x  7 temos: a = 1, b = – 4 e c = 7.
Na função g( x )  2 x 2  1  5x temos: a = –1, b=5 e c = –1.
Na função h( x )   x 2  3 x temos: a = –1, b=3 e c = 0.
Na função P ( x )  x 2  9 temos: a = 1, b = 0 e c = –9.
Na função y  x 2 temos: a = 1, b = 0 e c = 0.

Graficamente, a função polinomial do 2º grau é representada por uma figura “aberta” e “infinita”
denominada parábola.

Particularidades:

 O gráfico de uma função de 2o grau é uma parábola com eixo de simetria paralelo ao eixo y.
 Se o coeficiente de x2 for positivo (a > 0), a parábola tem a concavidade voltada para cima.
 Se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo.
 A intersecção do eixo de simetria com a parábola determina um ponto chamado vértice (V).
 Se a parábola interceptar o eixo x, então a intersecção define as raízes x1 e x2 da função [para isto,
faz-se f(x) = 0].
 A parábola intercepta o eixo das ordenadas (y) no ponto (0 , c) [para isto, faz-se x = 0].

No esquema abaixo, caracterizamos as diversas possibilidades gráficas:

 = b2 – 4ac > 0  = b2 – 4ac = 0  = b2 – 4ac < 0


a parábola intercepta o a parábola intercepta o a parábola não intercepta o
eixo x em dois pontos eixo x em um único ponto. eixo x.
distintos.
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 36
Cálculo I

c  
c
c  V V

x1 x x1 = x2 = xV
 2

a>0
V ∄ x1 , x2 ∈ ℝ

a<0 ∄ x1 , x2 ∈ ℝ
V
 x1 = x2 = xV
  
x1 x2 V V
c 
c  c

 As Coordenadas do Vértice da Parábola e o Conjunto Imagem da Função Quadrática:

a>0

V (ponto de máximo)
valor máximo  yV 
xV

xV
valor mínimo  yV 
V  (ponto de mínimo)
a<0

 Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo: V(xV , yV).
O valor mínimo é o yV e seu conjunto Imagem é Im = { y  R | y  yV }.
 Quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo: V(xV , yV).
O valor máximo é yV e seu conjunto Imagem é Im = { y  R | y  yV }.

As coordenadas do vértice V são  xV , yV  , podendo ser calculadas através de:


b 
xV   e yV   .
2a 4a

1.4.3.3 EXEMPLOS

1. Construir a representação gráfica da função y = x2 - 5x + 6.

a) Concavidade para cima pois a > 0. d) Coordenadas do vértice

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 37


Cálculo I
b) Raízes da função (fazer y = 0): b (5) 5
xv   xv   xv 
2a 2.(1) 2
x2 - 5x + 6 = 0 (a = 1, b = -5 , c = 6)

 1 1
Δ  b2  4ac yv   yv   yv 
4a 4.(1) 4
Δ = (-5)2 – 4.(1).(6) = 1

b   (5)  1 e) Gráfico:


x x
2a 2.(1)
15
5 1 5 1 5 1
x  x1  e x2  
2 2 2
10

x1  3 e x2  2
5
c) Intercepto y (ponto onde a parábola corta o
eixo y):
Fazendo x = 0 temos que a parábola corta o 0
eixo y em (0,c) logo esta função intercepta o -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
eixo y em (0, 6)
-5

2. Construir a representação gráfica da função y = -x2 + 7x - 10.

a)Concavidade para baixo pois a < 0.


c) Intercepto y (ponto onde a parábola corta o
b)Raízes da função (fazer y = 0): eixo y):
Fazendo x = 0 temos que a parábola corta o
-x2 + 7x - 10 = 0 (a = -1, b = 7, c = -10) eixo y em (0,c), logo esta função intercepta o
eixo y em (0, -10)
Δ = (7)2 – 4.(-1).(-10) = 9

- (7)  9 73 d) Coordenadas do vértice


x x ⇒
2.( 1) 2
-b - (7) 7 7
73 73 xv  ⇒ xv  ⇒ xv   xv 
x1  e x2  ⇒ 2a 2.(1) 2 2
2 2
x1  2 e x2  5
- -9 -9 9
yv  ⇒ yv  ⇒ yv   yv 
4a 4.(1) 4 4

e) gráfico

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 38


Cálculo I

10

0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-5

-10

-15

-20

3. Construir a representação gráfica da função y = -x2 + 3x - 10.


a) Concavidade para baixo pois a < 0. d) Coordenadas do vértice

b) Raízes da função (fazer y = 0): -b - ( 3) -3 3


xv  ⇒ xv  ⇒ xv  ⇒ xv 
2a 2.( 1) -2 2
-x2 + 3x - 10 = 0 (a= -1, b = 3, c = -10)

  b 2  4ac - - (-31) 31 31
yv  ⇒ yv  ⇒ yv  ⇒ yv  
4a 4.( 1)  4 4

Δ = (3)2 – 4.(-1).(-10) = -31

e) Gráfico:
Portanto essa equação não tem raízes.
5

c) Intercepto y (ponto onde a parábola corta 0


-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
o eixo y): -5

Fazendo x = 0 temos que a parábola corta -10

o eixo y em (0,c), logo esta função -15


intercepta o eixo y em (0, -10) -20

-25

-30

4. Construir a representação gráfica da função y = x2 - 2x + 1.

a) Concavidade para cima pois a > 0. -b   -(2)  0


x x
2a 2.(1)
b) Raízes da função (fazer y = 0):
20 20 2-0
x ⇒ x1  1 e x2  ⇒
x2 - 2x + 1 = 0 (a =1, b = -2, c = 1) 2 2 2

Δ  b2  4ac x1  x 2  1

Δ = (-2)2 – 4.(1).(1) = 0

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 39


Cálculo I
e) Gráfico:
c) Intercepto y (ponto onde a parábola corta o
eixo y): 15
Fazendo x = 0 temos que a parábola corta
o eixo y em (0,c) logo esta função
10
intercepta o eixo y em (0, 1)

d) Coordenadas do vértice 5

-b -(2 ) 2 0
xv  ⇒ xv  ⇒ xv   1
2a 2.(1) 2 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7

-5
- 0
yv  ⇒ yv  ⇒ yv  0
4a 4.(1)

5. Um objeto lançado verticalmente, do solo para cima, tem posições no decorrer do tempo dadas pela
função horária s = 40t – 5t2 ( t em segundos e s em metros).
a) Esboce o gráfico que esta função descreve.
b) Qual a altura máxima atingida? Em quanto tempo?

a) b) A altura máxima atingida por este objeto é


90 exatamente a coordenada do ponto
chamado vértice. Logo, basta calcular yv.
80
-
70
yv  ,   b 2 - 4.a.c ⇒
4a
posição (metros)

60   (40) 2 - 4.(5).(0) ⇒   1600


50 - 1600
yv  ⇒ y v  80 ,
40 4.(5)
30 logo a altura máxima é 80 metros.
20 O tempo gasto para se atingir a altura máxima é
a abscissa do vértice. Logo basta calcular xv.
10
b 40
0 xv   xv  xv  4,
2.a 2.(5)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
logo o tempo é de 4 segundos.
tempo (segundos)

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 40


Cálculo I
6. O centro de gravidade de um golfinho saltador descreve uma parábola conforme o desenho. Sendo
assim, determine a altura máxima atingida pelo mesmo.

Resolução:

Neste exemplo, temos a trajetória do golfinho dada por uma parábola do tipo y = ax 2 + bx + c. De
acordo com a figura acima, percebemos que o golfinho passa pelos pontos (0 ; 0), (1,0 ; 2,4) e (3,5 ; 1,4).
Como o golfinho sai da origem, ou seja, do ponto (0 ; 0), o valor de c é igual a zero. Sendo assim
ficamos com duas incógnitas, a e b. Com os pontos dados montamos um sistema de duas equações e
duas incógnitas:

2,4  a  b

1,4  12,25a  3,5b
Isolando o valor de a na primeira equação temos a = 2,4 – b. Substituindo este valor na segunda
equação obtemos:
1,4  12,25 2,4  b   3,5b
1,4  29,4  12,25b  3,5b
 28  8,75b
b  3,2
Se b = 3,2 e a = 2,4 – b, então
a  2,4  3,2
a  0,8
Assim:
y  0,8 x 2  3,2 x
Agora podemos calcular a altura máxima atingida pelo golfinho.
altura máxima  yv

yv  



b 2  4ac


(3,2) 2
 3,2 metros
4a 4a 4  0,8

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 41


Cálculo I
1.4.3.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Construa o gráfico das funções abaixo, determinando o valor máximo (ou mínimo) e o conjunto
imagem para cada item.

a) f(x)  x 2  9 d) f(x)  2 x 2
2
b) g(x)  2x  5x  2 e) g(x)   x 2  8x  16
c) f(x)  3x 2  12x

2) Através de uma pesquisa estatística, visando um planejamento estratégico, estima-se que, daqui a x
anos, o número de pessoas que visitarão um determinado museu será dado pela lei N(x) = 30x 2 – 120x
+ 3000, sendo que 0 ≤ x ≤ 20 anos. Sabendo disso, responda as questões:

a) Atualmente, qual é o número de pessoas que visitam o museu?


b) Quantas pessoas visitarão o museu no 10o ano?
c) Daqui a quantos anos será registrado o menor número se visitantes?
d) Qual será o menor número de visitantes num ano?
e) Faça uma representação gráfica do modelo matemático em questão.

3) Um corpo lançado verticalmente do solo para cima, tem as suas posições no decorrer do tempo,
dadas pela função horária S = 40t – 5t2 (“t” em segundos e “S” em metros). Pergunta-se:
a) Qual o tempo gasto para atingir a altura máxima?
b) Qual a altura máxima atingida?

4) O custo diário de produção de uma indústria de aparelhos telefônicos é dado por C(x) = x 2 – 86x +
2500, onde C(x) é o custo em dólares e x é o número de unidades fabricadas. Quantos aparelhos
devem ser produzidos diariamente para que o custo seja mínimo?

5) Qual a área máxima que pode ter uma superfície retangular de perímetro igual a 40 cm?

6) Determinar dois números cuja soma seja 70 e o produto seja o maior possível.

7) Em uma fazenda, o seu proprietário precisa construir um galinheiro de forma retangular. Dispondo
de apenas 30 metros de tela, o homem decide aproveitar um velho muro como uma das laterais do
galinheiro. Pergunta-se:

a) Qual será a área máxima desse cercado?


b) Quais as dimensões deste galinheiro de maior área?

8) Um foguete experimental é disparado do topo de uma


colina, toca a extremidade superior de uma árvore, sem
mudar sua trajetória e atinge o solo, conforme a figura a
seguir. Determine:

a) a altura máxima atingida;


b)a distância do ponto em que o foguete passa pela
altura máxima até o topo da árvore.

9) Certo dia, numa praia, a temperatura atingiu o seu valor máximo às 14 h. Suponhamos que, neste
dia, a temperatura f(t) em graus Celsius era uma função do tempo t, medido em horas, dada por f(t) =
– t2 + bt – 160, quando 8  t  20.
Obtenha:
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 42
Cálculo I
a) o valor de b;
b) a temperatura máxima atingida nesse dia;
c) o gráfico de f.

10)Para retificar um rio, foi 40 m


construído um canal de formato
parabólico, conforme a figura ao lado.
Sabendo que a profundidade máxima
do canal é de 12m, determine a
largura do canal a cada 4 m de
profundidade.

11) Duas plantas de mesma espécie A


Altura y
e B, que nasceram no mesmo dia, (cm)
foram tratadas desde o início com Planta A
adubos diferentes. Um botânico
mediu todos os dias o crescimento
(em centímetros) destas plantas. Após Planta B
10 dias de observação, ele notou que
o gráfico que representa o
crescimento da planta A é uma reta
que passa por (2 , 3) e o que 3
representa o crescimento da planta B
pode ser descrito pela função
24 x  x .
2

y Um esquema desta
12 0 2 Tempo x (dias)
situação está apresentado ao lado.
Calcule:

a) a “lei” que descreve o crescimento


da planta A;
b) o dia em que as plantas A e B
atingiram a mesma altura e qual foi
10
essa altura.
5

0
12) Qual a função geradora da
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112
párabola representada ao lado? -5

-10

-15

-20

13) Sabendo-se que uma curva que representa uma função de segundo grau passa pelos pontos (-3, 1),
(1, 1) e (0, 6), determine a lei desta função.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 43


Cálculo I

Respostas:
y
a)

 Valor mínimo = - 9
 Ponto de mínimo  (0,- 9)
 Im = { y  ℝ | y  - 9 }
–3 3 x

-9
b)
y
 Valor mínimo = - 9/8
 Ponto de mínimo  (5/4,- 9/8)
 Im = { y  ℝ | y  - 9/8 }

2
1/2 2 x

5/4

-9/8

c) y

2a) 3000
V pessoas  Valor máximo = 2e)
12
12  Ponto de máximo  (2, 12)
2b) 4800 pessoas  Im = { y  ℝ | y  12 }
2c) Daqui a 2 anos
0 2 4 x
2d) 2880 visitantes

3a) 4 s 3b) 80 m

4) 43 aparelhos
d) y
5) 100 cm2 6) 35 e 35

 15 x 7,5 m
7a) 112,5 m82 7b)
 Valor mínimo = 0
8a)  29,3 m 8b)  28,9 m  Ponto de mínimo  (0,0)
 Im = { y  ℝ | y  0 }
9a) b = 28 9b) temper. máxima = 36 ºC (YV)
 2 
9c)

–2 –1 1 2 x

y
e)
–8 –4 0
  Valor máximo = 0
V x
 Ponto de máximo  (– 4, 0)
 Im = { y  ℝ | y  0 }

10) profundidade zero ------ largura do canal = 40 m


profundidade 4 m ------ largura do canal = 32,7 m
 profundidade
 –16 8 m------ largura do canal = 23,1 m
profundidade 12 m ------ largura do canal = zero

11 a) y = 3x/2
b) atingiram a mesma altura, de 9 cm, no 6º dia

12) y= -x2+7x-10
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 44
13) y = -2x2- 4x+6
Cálculo I

Gráfico fora de proporção!


Visitantes

12600

3000
2880

0 2 20 anos

1.4.4 APLICAÇÕES DE FUNÇÕES À ECONOMIA

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 45


Cálculo I
Algumas decisões dentro de empresas envolvem mais de uma variável. Abaixo, estudaremos algumas
das funções que dão relações entre essas variáveis.

1.4.4.1 FUNÇÃO CUSTO (C(q))


A função custo, C(q), dá o custo total para produzir uma quantidade q de algum bem.
Custos de produção podem ser divididos em duas partes:
 custo fixo (Cf) – que existe ainda que nada seja produzido e
 custo variável (Cv) – que varia dependendo da quantidade q produzida.
O custo total (C(q)) é o custo fixo mais o custo variável.
Sendo pc o preço unitário de custo e q a quantidade, podemos dizer que: C(q) = (Cf) + (Cv), ou seja,
C(q) = (Cf) + pc.q

1.4.4.2 FUNÇÃO RECEITA (R(q))


A função receita, R(q), dá a receita total recebida por uma empresa pela quantidade vendida, q, de
algum bem. Logo, a receita depende da quantidade vendida.
Sendo pv o preço unitário de venda e q a quantidade vendida, podemos dizer que: R(q) = pv.q

1.4.4.3 FUNÇÃO LUCRO (L(q))


O lucro é dado pela receita menos o custo. Logo, o lucro também depende da quantidade q.
L(q) = R(q) – C(q)

1.4.4.4 PONTO DE EQUILÍBRIO (q0)


O ponto de equilíbrio, q0, para uma empresa é o ponto em que o lucro é zero, ou seja, a receita é igual
ao custo.

1.4.4.5 EXEMPLO

Seja uma fábrica de bolas de futebol. Supondo que o custo fixo seja R$ 24.000,00 e o custo variável seja
de R$ 7,00 por cada bola de futebol fabricada. A empresa vende cada bola por R$ 15,00.
a)Escreva a função C(q)
b)Escreva a função R(q)
c) Escreva a função L(q)
d) Determine o ponto de equilíbrio
e) Esboce o gráfico das funções receita e custo sobre os mesmos eixos e calcule a inclinação de cada
uma das retas.
f) Explique graficamente para que valores de q a empresa tem lucro.
g) Esboce o gráfico da função lucro.

Resolução:
Número de bolas: q
Preço de custo (pc): 7
Preço de venda (pv) : 15

a)C(q) = (Cf) + pc.q


C(q) = 24.000 + 7.q

b)R(q) = pv.q
R(q) = 15. q

c) L(q) = R(q) – C(q)


L(q) = 15.q – (24.000 + 7.q)
L(q) = 15.q – 24.000 – 7.q

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 46


Cálculo I
L(q) = 8.q – 24.000

d) R(q) = C(q)
15.q = 24.000 + 7.q
8.q = 24.000
q = 3.000

e) Receita e Custo

70000
60000
50000

R(q) e C(q)
40000
30000
20000
10000
0
0 1000 2000 3000 4000 q

Custo (C(q)) Receita (R(q))

f) e g) Lucro

20000
16000
IMPORTANTE 12000
8000
4000
0
Observe que Observe que se as funções custo e receita
-4000são lineares, então:
L(q)

-8000 0 1000 2000 3000 4000 5000


 O custo fixo é representado pelo intercepto vertical; q
-12000
 O preço de custo por unidade é a-16000
taxa de variação (inclinação da reta) da função custo;
 O preço de venda por unidade é-20000
a taxa de variação (inclinação da reta)da função receita;
-24000
 O ponto de equilíbrio é o ponto de encontro entre a reta que representa a função custo e a
-28000
reta que representa a função receita;
 O ponto de equilíbrio é a raiz da função lucro (o intercepto horizontal);
 O intercepto vertical da função lucro é o negativo do custo fixo.

1.4.4.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Em cada caso, trace o gráfico de uma função de custo linear satisfazendo às condições dadas:
a) Os custos fixos são grandes, mas o custo variável por unidade é pequeno.
b) Os custos fixos são bem pequenos, mas o custo variável por unidade é grande.

2. Supondo que o custo fixo de uma determinada empresa seja R$ 4.000,00 e o custo variável seja de
R$ 2,00 por cada peça fabricada. A empresa vende cada uma dessas peças por R$ 10,00. De acordo
com estas informações, resolva os itens abaixo.
a) Escreva a função C(q)
b) Escreva a função R(q)
c) Escreva a função L(q)
d) Determine o ponto de equilíbrio
e) Esboce o gráfico das funções receita e custo sobre os mesmos eixos e identifique o ponto de
equilíbrio.
f) Esboce o gráfico da função lucro.

3. Na fabricação de um lote de certo produto, o custo total é igual a soma de um valor fixo de R$
400,00 com o custo unitário de produção de R$ 0,50. Se o preço unitário de venda dessas peças for de

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 47


Cálculo I
R$ 0,85, qual o número de peças que devem ser fabricadas e vendidas para que a empresa não tenha
lucro nem prejuízo? Esboce o gráfico da função lucro.

4. A quantidade vendida de um bem está relacionada a seu preço, segundo a função linear:
q = 100.000 – 5.000. p, 10 ≤ p ≤ 20. Descrever a receita em função do preço p.

5. Sabendo que o modelo funcional que descreve a receita (R) pela venda de uma quantidade q de um
bem é dada pela função R = 10q – 2q 2 e que o modelo que descreve o custo total do bem em função da
quantidade produzida é C = 2q + 2,50, determinar a lei que descreve o lucro em função da
quantidade e qual a quantidade vendida que torna o lucro máximo.

6. Sabe-se que o lucro total de uma empresa é dado pela fórmula L = R – C, em que L é o lucro total, R
é a receita total e C é o custo total de produção. Numa empresa que produziu x unidades, verificou-se
que R(x) = 600x – x2 e C(x) = x2 + 2000. Nessas condições, qual deve ser a produção x para que o lucro
da empresa seja máximo?

7. A empresa Comida Rápida quer fornecer a estudantes uma alternativa ao plano de serviço de
alimentação da escola. Comida rápida tem custo fixo de R$ 10.000,00 por mês e custo variável de R$
20,00 por estudante. A empresa cobra R$ 50,00 por estudante. Quantos estudantes, aproximadamente,
devem se inscrever no plano para que a empresa tenha lucro?

8. Um gráfico de uma função custo é mostrado abaixo.A partir da análise deste gráfico, avalie o custo
fixo e o custo variável por unidade.

9. Uma companhia de ração para cachorros verifica que seu lucro (em reais) é dado como uma função
de p, o preço (por quilo) da ração (em centavos), por L(p) = -p2 + 130p - 225 .
a) Esboce um gráfico da função lucro.
b) Aproximadamente que preço deve ser pedido para maximizar o lucro E qual o lucro a esse preço
c) Para quais preços a função lucro é positiva

10. Uma forma líquida de penicilina fabricada por uma firma farmacêutica é vendida a granel a um
preço de $200 por unidade. Se o custo total de produção para x unidades for

C ( x)  500.000  80 x  0.003x 2
e se a capacidade de produção da firma for de, no

máximo, 30.000 unidades em um tempo especificado, quantas unidades de penicilina devem ser
fabricadas naquele tempo para maximizar o lucro?

11. Um pintor de quadros de uma feira de artesanato calculou que o custo total de uma tela pequena é
de R$30,00. Ele acredita que se vender cada tela por “x” reais, venderá, por mês, (90 – x) telas. (Sendo:
0 < x < 90).
a) O lucro L obtido pelo pintor é função do preço de venda x. Escreva a lei que define L(x).
b) Qual será o lucro mensal se o preço de venda de cada tela for de R$ 40,00?
c) Para que valor de x o pintor terá lucro máximo? Qual será esse lucro?
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 48
Cálculo I

12. Sabe-se que o lucro total “L” de uma empresa é dado pela fórmula L = R – C, em que, “R” é a
receita total e “C” é o custo total da produção (em reais). Numa certa empresa que produziu “p”
unidades em determinado período, verificou-se que R(p) = 1000p – p 2 e C(p) = 300 + 40p + p2.
Nestas condições, determine:
a) a função L(p);
b) a produção “p” para que o lucro da empresa seja o máximo possível para esta situação;
c) o lucro máximo;
d) o lucro obtido para uma produção de 300 unidades.

Respostas:

2. a) 4000 + 2q; b) 10q; c) 8q – 4000; d) 500; e,f) gráfico


3. 1143
4. 100000p – 5000p2
5. L = -2q2 + 8q – 2,50; q = 2
6. 150
7. 333
8. Cf = 10500; Cv = 2,00
9. a) gráfico; b) 65 e 4000; entre 1,75 e 128,25
10. 20000
11. a) L = -x2 + 120x – 2700; b) 500,00; c) 60,00 e 900,00
12.a) L(p) = – 2p2 + 960p – 300; b) p = 240; c) 114.900; d) 107.700

1.4.5 FUNÇÃO EXPONENCIAL E FUNÇÃO LOGARÍTMICA

1. Em uma experiência sobre deterioração de alimentos, constatou-se que a população de um certo


tipo de bactérias dobrava a cada hora. Se no instante que começaram as observações havia 50
bactérias, qual a população de bactérias após 4 horas?

Resolução:
No instante inicial : 50 bactérias
Após 1 hora será: 50 . 2
Após 2 horas será: 50 . 2. 2 = 50 . 22
Após 3 horas será: 50 . 22. 2 = 50 . 23
Após 4 horas será: 50 . 23. 2 = 50 . 24 , logo, teremos 800 bactérias depois de 4 horas.

Enfim, para cada hora x que se escolha há um número y de bactérias. O valor de y, portanto, é uma
função de x, e a lei que expressa y em função de x é y = 50 . 2x, que é um caso particular de função
exponencial.

2. Considere os dados da tabela a seguir, que mostram o crescimento de uma população (em milhares)
de bactérias.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 49


Cálculo I

x P(x) P ( x )
(geração) (milhares)
x
0 140
1 182 42
2 236,6 54,6
3 307,58 70,98
4 399,854 92,274
5 519,81 119,956
6 675,753 155,943
Qual a equação que descreve esse crescimento populacional de bactérias? Esboce o gráfico.

Resolução:

Os dados da tabela acima mostram o crescimento de uma população (em milhares) de bactérias
inoculadas em um meio de cultura. Para avaliar como a população está aumentando, observa-se seu
crescimento a cada geração nos dados da terceira coluna. Se a população estivesse crescendo
linearmente, todos os números na terceira coluna seriam iguais. Também, podem-se analisar a
segunda e a terceira variações para concluir que estas não tendem a se estabilizar. Assim, este
crescimento populacional não pode ser descrito por polinômios. De fato, populações em geral crescem
muito rapidamente, pois a cada geração são mais indivíduos para se reproduzir, o que justifica o fato
de os valores da terceira coluna serem sempre crescentes.

Dividindo a população de cada geração pela da geração anterior, obtém-se:


população da geração 1 182
  1,3
população da geração 0 140
população da geração 2 236,6
  1,3
população da geração 1 182

Efetuando os mesmos cálculos para os outros dados, ter-se-á também o valor 1,3. Considerando-se x o
número de gerações, a população pode ser escrita da seguinte maneira:

P( x )  140  1,3 x

ou seja,
quando x = 0, a população = 140 = 140  1,3 0 ;
quando x = 1, a população = 182 = 140  1,3 1 ;
quando x = 2, a população = 236,6 = 140  1,3 2 ;
quando x = 3, a população = 307,58 = 140  1,3 3 ;

Esta é uma função exponencial com base 1,3, assim chamada porque a variável x está no expoente. A
base representa um fator de crescimento pelo qual a população muda a cada geração. Considerando r
a taxa percentual, diz-se neste caso que a taxa de crescimento é r = 30% = 0,3.

Se a equação for válida para as próximas 10 gerações, a população será


P (10)  140  1,3 10  1930,02 .

Graficamente, tem-se:

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 50


Cálculo I

População de Bactérias

2500
2000
1500
P(x)

1000
500
0
0 2 4 6 8 10 12
x

P(x) é uma função crescente, pois os valores aumentam para valores crescentes de x. Note também
que a população cresce mais rápido quanto maior é o número de gerações. Este comportamento é
próprio das funções exponenciais.

Embora o gráfico seja uma linha cheia, isto é, contínua, ele mostra apenas uma boa aproximação da
realidade, pois sabe-se que não há fração de população.

Para reconhecer que os dados de uma tabela descrevem uma função exponencial, basta observar se as
razões dão um fator constante.

1.4.5.1 DEFINIÇÃO

Toda função f: RR definida por f(x) = y0. ax , com a ε R, a > 0 e a ≠ 1 e x ε R é denominada função
exponencial de base a.

Propriedades:
 Se a > 1 a função f(x) = y0. ax será crescente. Exemplos: f(x) = 2x, g(x) =  32  x
 Se 0 < a < 1 a função f(x) = y0. ax será decrescente . Exemplos: f(x) =  12  x , g(x) = (0,3) x

 Sendo a função f(x) = ax, definida anteriormente, temos que  x  R, encontraremos ax > 0. Como
todos os valores de “y” serão positivos, o gráfico se localizará totalmente acima do eixo “x”,
concluindo-se então que o conjunto imagem da função será dado por Im = { y  R / y > 0 } ou ainda,
de forma mais breve: Im = R  .

 Decorrente do item anterior teremos, coincidente com o eixo das abscissas, uma assíntota horizontal.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 51


Cálculo I
1.4.5.2 GRÁFICOS

Exemplo 1:

y = 2x

x y
-3 0,125
-2 0,25
-1 0,5
0 1
1 2
2 4
3 8

Exemplo 2:

y = (1/2)x

9
y
x y y =(1/2)
x
8
-3 8 7
-2 4 6

-1 2 5

0 1 4

1 0,5 3

2
2 0,25 1
x
3 0,125 0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 52


Cálculo I

1.4.5.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Construa cada dupla de gráficos das funções abaixo no mesmo sistema cartesiano ortogonal.
a) f ( x)  3
x
e g ( x)   13  x
b) f ( x)  2
x 1
e x
g ( x)  2  1

2) Construa o gráfico das funções abaixo, determinando o conjunto imagem e representando também
as respectivas assíntotas.

a) x
f ( x)  2  1 b) y2 2
x
c) g ( x)  3
x 1
d) h( x )  3
x2

2x x
1
e) f ( x)  2
2x
f) g ( x )   1  g) y  
3 3

1.4.5.4 EXEMPLO DE FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Nivaldo aplica suas economias em uma caderneta especial que rende 2% ao mês. Por quantos meses
ele deverá deixar o dinheiro na conta para que seu valor dobre?

Resolução:

Seja c o valor inicial do depósito.

Depois de 1 mês de aplicação:


c +2% de c = c + 0,02 = 1,02 c

 Depois de 2 meses de aplicação: (o rendimento será calculado sobre o saldo em conta no fim
do 1o mês)
1,02c +2% de 1,02 c = 1,02c + 0,02(1,02 c) = 1,02 c( 1+ 0,02) = (1,02)2 c

Depois de 3 meses de aplicação: (o rendimento será calculado sobre o saldo em conta no fim do 2o
mês)
(1,02)2c + 0,02[(1,02)2 c] = (1,02)2 c( 1+ 0,02) = (1,02)3 c

Qual será o saldo na poupança no final de n meses de aplicação?


Saldo = (1,02)n. c

Como queremos que a importância dobre queremos que ela fique igual a 2c no final de n meses.
Então:

(Aqui se faz necessária a teoria de logaritmação, do item 1.4.5.5)

(1,02)n. c = 2.c

(1,02)n = 2.

n log1,02 = log2

n = 35 meses

1.4.5.5 LOGARITMAÇÃO

Resolver as seguintes equações exponenciais:

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 53


Cálculo I

a) 2x – 512 = 0 b) 3 . 4x+1 = 96 c) 3x = 2

Utilizando somente os conceitos usuais de equações exponenciais, não poderemos solucionar a


equação do item “c”. Para chegarmos à solução da referida equação precisaremos conhecer os
logaritmos.

Matematicamente, podemos escrever um número de várias formas:

3 1
O número pode ser escrito na forma 3  3.( 0, 25) .
4 4

Observe que na forma 1ª forma, a fração pode ser considerada uma divisão e na 2ª forma, a operação
utilizada é a multiplicação. Podemos trocar a operação de um número sem alterar o seu valor.
Utilizando um raciocínio similar, podemos transformar as equações:

3
x
 2  log 3 2  x
↳ forma exponencial ↳ forma logarítmica

Desta maneira, temos a definição da operação logaritmação:

Simbolo da Logaritmo Expoente


operação
b0

log
a
b  x  ax  b com  a  0 e a  1
base logaritmando ou Base  x 
antilogaritmo 

Através da definição podemos observar que o logaritmo é um expoente. Assim sendo...

2
3
 8  log 2 8  3

2
5
 32  log 2 32  5

3
x
 81  log 3 81  x

Neste último caso, resolvendo o logaritmo, temos que: log 3 81  x


x
3  81
x 4
3  3
x  4  log 3 81  4

 Logaritmo decimal (base 10)  log 100  log 10 100  2

 Logaritmo natural ou neperiano (base e )  ln 1  log e 1  0


↳ e = 2,7182818284... (número de Euler ou Neperiano)

Propriedades Importantes dos Logaritmos:

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 54


Cálculo I

log a b  log a c  b  c log b n  n . log b

a
log b ( a.c )  log b a  log b c logb    log b a  logb c
c

Mudança de Base:

Para mudarmos a base “a” de um logaritmo, para uma base “c” de livre escolha (c > 0 e c  1),
utilizamos a fórmula:

log c b
log a b 
log c a

1.4.5.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Curva de Aprendizagem é um conceito criado por psicólogos que constataram a relação existente
entre a eficiência de um indivíduo e a quantidade de treinamento ou experiência possuída por este
indivíduo. Um exemplo de Curva de Aprendizagem é dado pela expressão Q  700  300e 0,5t , em
que
Q = quantidade de peças produzidas mensalmente por um funcionário;
t = meses de experiência;
e = 2,7183.

a) De acordo com essa expressão, quantas peças um funcionário com 1 mês de experiência deverá
produzir mensalmente?
b) E um funcionário sem qualquer experiência, quantas peças deverá produzir mensalmente?
Compare esse resultado com o resultado do item a. Há coerência entre eles?

2) A produção de uma peça numa empresa é expressa pela função y = 100 – 100.e -0,2d, onde y é o
número de peças e d o número de dias. A produção de 87 peças será alcançada em quantos dias?

3) Uma imobiliária acredita que o valor v de um imóvel no litoral varia segundo a lei v(t) =
50.000•(0,9)t, em que t é o número de anos contados a partir de hoje.
a) Qual é o valor atual desse imóvel?
b) Qual é a desvalorização percentual anual desse imóvel?
c) Quanto valerá esse imóvel daqui a 2 anos?
d) Daqui a quantos anos o imóvel valerá R$ 29.524,50?

4) A expressão P (t )  k  2 0 , 05t fornece o número P de milhares de habitantes de uma cidade, em


função do tempo t, em anos. Se em 1990 essa cidade tinha 300.000 habitantes, quantos habitantes,
aproximadamente, ela possuía no ano 2000?

5) Um corpo com temperatura de 200oC é exposto ao ar e após 30 segundos sua temperatura atinge
120oC. Sabendo que seu resfriamento obedece a função: T = c.ekt + Ta
Onde: T  temperatura; t  tempo; c, k  constantes;
Ta  20 C.
o

a)Determinar a temperatura após 1 hora.


b)Determinar o tempo necessário para atingir 40oC.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 55


Cálculo I

6) Sabe-se que a população de bactérias em uma cultura pode ser modelada pela função p = c.ekt,
onde “p” representa o número de bactérias e “t” o tempo. Sabe-se que em 8 horas de cultura a
população era de 1200 bactérias, isto para uma população inicial de 250 bactérias. Determine a
população para 1 dia e 2 dias.

7) Um estudo revelou que a população de peixes de um lago está crescendo à taxa de 25% ao ano.
Isso significa que a população de peixes em um determinado ano é 1,25 vez maior que a população do
ano anterior. Atualmente, essa população está estimada em 1.000 peixes.
a) Qual será a população de peixes daqui a 1 ano? E daqui a 3 anos?
b) Obtenha a lei que define o número de peixes n nesse lago daqui a t anos.
c) Esboce o gráfico dessa função.

8) Uma maionese mal conservada causou mal-estar nos freqüentadores de um restaurante. Uma
investigação revelou a presença da bactéria salmonela, que se multiplica segundo a lei:
n(t )  200  2 at , em que n(t) é o número de bactérias encontradas na amostra de maionese t horas
após o início do almoço e a é uma constante real.
a)Determine o número inicial de bactérias.
b)Sabendo que após 3 horas do início do almoço o número de bactérias era de 800, determine o valor
da constante a.
c) Determine o número de bactérias após 1 dia da realização do almoço.
9) Segundo dados de uma pesquisa, a população de certa região do país vem decrescendo em
relação ao tempo t, contado em anos, aproximadamente, segundo a relação: P (t )  P (0)  4 0, 25 t .
Sendo P(0) uma constante que representa a população inicial dessa região e P(t) a população t anos
após, determine quantos anos se passarão para que essa população fique reduzida à metade.

10) Considerando-se as taxas de natalidade e mortalidade, a população da cidade A apresenta


crescimento de 5% ao ano, e a população da cidade B aumenta, a cada ano, 1.500 habitantes em relação
ao ano anterior. Em 1990, a população da cidade A era de 200.000 habitantes e a população da cidade
B era de 220.000 habitantes.
a)Obtenha a lei que representa a população P de cada uma das duas cidades em t anos, a partir de
1990.
b)Forneça a população de A e de B em 2003.
c) Faça um esboço dos gráficos que representam as leis obtidas no item a no mesmo plano cartesiano.

11) No primeiro dia útil de 2003 (data que será chamada de “data-base”), um investidor tem o saldo
de R$ 15.000,00 numa aplicação financeira (estamos supondo que os rendimentos do último período
que antecedeu à data-base já tenham sido creditados).
Durante os próximos meses, são pagos a esse investidos rendimentos a uma taxa de 15% ao mês.
Supondo que a partir da data-base não foram feitos nem depósitos nem retiradas, calcule o saldo
dessa conta com relação à data-base, após:
a) 1 mês;
b) 2 meses;
c) 3 meses;
d) 12 meses;
e) n meses (n inteiro, n 0).

12) Meia-vida ou período de semidesintegração é o tempo necessário para a desintegração de metade


dos átomos radioativos (ou metade da massa) de um certo isótopo de um elemento químico. A
Química nos ensina que, na verdade, a massa desse isótopo não está sumindo: apenas está
60
diminuindo pelo fato de o isótopo se transformar em outro isótopo. O cobalto 60, Co 27 , tem meia-
vida de 5 anos. Ele é usado em hospitais na radioterapia, para tratamento de pacientes com câncer. A
partir de uma amostra de 20 g do cobalto 60, determine:
a) A massa desse isótopo daqui a 5 anos e daqui a 10 anos;
b) Seja x o número de meias-vidas. Encontre a lei que relaciona a massa m da amostra em função de x
e esboce o gráfico dessa função.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 56


Cálculo I

13) Um dos produtos liberados nos acidentes em usinas nucleares é o isótopo do estrôncio 90, Sr 90,
cuja meia-vida é de 28 anos. Se uma explosão nuclear liberou 50 g desse isótopo, determine a massa
desse isótopo 28 anos após essa explosão.

14) Suponha que você deposite R$ 1000 numa conta que rende juros cuja taxa é 2% ao mês e acumule
esse juro ao seu capital inicial mensalmente. Quanto você terá após 6 meses de aplicação?

Respostas:

1) a) 518 peças; b) 400 peças


2) 10,2 dias
3) a) R$ 50.000,00; b) 10%; c) R$ 40.500,00; d) 5 anos
4) 424.264 habitantes
5) a) T = 20oC; b) t  110 segundos
6) P(24) = 27.647 bactérias e P(48) = 3.057.647 bactérias
7) a)1250 peixes; 1953 peixes; b) n = 1000•(1,25)t; c) Gráfico
8) a) 200 bactérias; b) a = 2/3; c) 13.107.200 bactérias
9) 2 anos
10) a) PA = 200.000 • (1,05)t e PB = 220.000 + 1500t; b) PA = 377.129 habitantes e PB = 239.500 habitantes; c) Gráfico
11) a) R$ 17.250,00; b) R$ 19.837,50; c) R$ 22.813,13; d) R$ 80.253,75; e) saldo = 15.000 • (1,15)n
12) a) 10 gramas; 5 gramas; b) Q = 20•(0,5) t/5
13) 25 gramas
14) R$ 1126,16

1.4.6 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

1.4.6.1 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Considerando o triângulo retângulo da figura:

cateto hipotenusa
a
c
cateto
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes
A C 57
b
Cálculo I

Teorema de Pitágoras: a hipotenusa ao quadrado é igual a soma dos quadrados dos catetos (
a 2  b2  c2 )

Obs. a hipotenusa é sempre o maior lado do triângulo retângulo.

Para um ângulo agudo de um triângulo retângulo, define-se:

Seno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa.

Cosseno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.

Tangente de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida do cateto
adjacente a esse ângulo.

b c b
sen B̂  cos B̂  tg B̂ 
a a c
c b c
sen Ĉ  cos Ĉ  tg Ĉ 
a a b

1.4.6.2MEDIDAS NA CIRCUNFERÊNCIA

Arco é cada uma das partes em que uma circunferência fica dividida por dois de seus pontos.
Para cada arco AB de uma circunferência existe em correspondência um ângulo central AÔB.

Medida em graus

Dividindo uma circunferência em 360 partes iguais, cada parte é um arco de um grau (1º). Isto
significa que a circunferência tem 360º.
A medida em graus de um arco é igual à medida em graus do ângulo central correspondente.

Medida em Radianos

A razão entre o comprimento do arco e o raio, é a medida em radianos do arco.


Assim, um arco de um radiano (1rad) é um arco de comprimento igual ao raio da circunferência que o
contém.Um ângulo central de 1 rad determina numa circunferência um arco de comprimento igual ao
dela.

Comprimento de um arco
É o comprimento do segmento de reta que se obteria “desentortando o arco”.

A
O ℓ
B

Indicando por α a medida em radianos, ℓ o comprimento do arco e r o raio da circunferência que


contém o arco temos:

α = ℓ/r ⇒ ℓ = α . r (Com α em radianos)


Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 58
Cálculo I

Obs. Como o comprimento da circunferência é ℓ = 2π.r, a medida em radianos da circunferência toda


é: α = ℓ/r ⇒ α = 2π.r /r ⇒ α = 2π.

Arco de 2π Arco de π Arco de Arco de


rad rad π/2 rad 3π/2 rad
Uma circunferência (arco de uma volta) mede 360o ou 2π rad e as conversões entre os sistemas são
feitas por uma regra de três, utilizando-se o par:

 rad  180 0

1.4.6.3 CICLO TRIGONOMÉTRICO

Denomina-se ciclo trigonométrico uma circunferência de raio unitário, fixada em um plano cartesiano,
de centro O, sobre a qual marcamos um ponto A (origem), e adotamos como sentido positivo de
percurso o sentido anti-horário.
y
B
+ Os pontos A(1, 0); B(0,1); C(-1, 0) e D(0, -1) pertencem a
circunferência e a dividem em 4 partes iguais
C A denominadas quadrantes.
O r=1 x
_
D

1.4.6.4 SENO, COSSENO E TANGENTE NO CICLO TRIGONOMÉTRICO

1.4.6.4.1 TABELAS DOS VALORES NOTÁVEIS

sen
1 Π/2 π/3
3
2 π/4
2
2 π/6
1
2
0
1 cos

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 59


Cálculo I

0o 90o 180o 270o 360o


(0 rad) (π/2 (π rad) (3π/2 (2π rad)
rad) rad) 30o 45o 60o
(π/6) (π/4) (π/3)
seno 0 1 0 -1 0
1 2 3
seno 2 2 2
cosseno 1 0 -1 0 1
3 2 1
cosseno 2
tangente 0 
 0 
 0 2 2
3 1 3
Observações: tangente
3
 Relação Fundamental entre o seno e o cosseno:
sen2 x + cos2 x = 1
senx
 tg x =
cos x

1.4.6.5 FUNÇÕES SENO, COSSENO E TANGENTE

a. Função seno é a função que faz corresponder a cada número real x o número y = sen x.
b.Função Cosseno é a função que faz corresponder a cada número real x o número y = cos x.
c. Função Tangente é a função que faz corresponder a cada número real x, x≠ π/2 + kπ, onde
k є Z, o número y = tg x.

Função Seno e Função Cosseno:


 Domínio: D = R
 Conjunto Imagem: Im = [-1,1]

Função Tangente:

 Domínio: D = {x є R / x≠ π/2 + kπ} , k є Z


 Im = R

1.4.6.6 GRÁFICOS (obs. o gráfico da função tangente será pedido para os alunos construirem)

1. SENO

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 60


Cálculo I

X Y = sen x
0 0
/2 1
 0
3/2 -1
-2π 2 -3π/2 -π 0-π/2 π/2 π 3π/2 2π

Função Seno

y 1,5
1
0,5
0
-0,5
-1
-1,5 x

2. COSSENO

X Y = cos x
0 1
/2 0
 -1
3/2 0
2 1
-2π -3π/2 -π -π/2 π/2 π 3π/2

Função Cosseno

y 1,5
1
0,5
0
-0,5
-1 x
-1,5

1.4.6.7 PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES SENO E COSSENO

a. Função Limitada
Estas funções são limitadas pois : -1 ≤ sen x ≤ 1 e -1 ≤ cos x ≤ 1, para todo x real.

b. Amplitude
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 61
Cálculo I

Amplitude é a metade da diferença entre os valores máximo e mínimo de uma função.


Os valores máximo e mínimo das funções seno e cosseno são 1 e –1, assim a amplitude de ambas as
funções é 1.

c. Função Periódica
Período: é o tempo para que a função execute um ciclo completo.
O gráfico da função seno e também o da função cosseno, percorre um ciclo completo de 0 a 2Π, todo o
resto do gráfico é só uma repetição deste pedaço. Portanto o período destas 2 funções é p = 2Π.

1.4.6.8. EXEMPLOS

1. Esboce o gráfico de y = 3 sen t e use-o para determinar a amplitude e o período.

y = 3 sen t

3
y
2
1
0
-1
-2π -3π/2 -π -π/2 -2 π/2 π 3π/2 2π
t
-3

As ondas têm um máximo de 3 e um mínimo de –3, assim a amplitude é 3.


O gráfico completa um ciclo entre t = 0 e t = 2Π, sendo assim o período é 2Π.

2. Esboce o gráfico de y = cos 2 t e use-o para determinar a amplitude e o período.

y = cos 2 t

y 1,5
1
0,5
0
-2π -3π/2 -π -π/2 -0,5 π/2 π 3π/2 2π
-1
t
-1,5

As ondas têm um máximo de 1 e um mínimo de –1, logo a amplitude é 1.


O gráfico completa um ciclo entre t = 0 e t = Π, logo o período é p = Π.

3. Esboce o gráfico de y = sen (t + Π/2) e use-o para determinar a amplitude e o período.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 62


Cálculo I

y = sen (t+π/2)

y 1,5
1
0,5 π/2 π 3π/2 2π
-2π -3π/2 -π -π/2
0
-0,5
t
-1
-1,5

Tem amplitude A = 1.
Tem período p = 2π.
É o gráfico de y = sen t deslocado de π/2 unidades para a esquerda. (Observe que é o gráfico de y =
cos t)
4. Faça o gráfico de y = A sen t para diferentes valores de A. Descreva o efeito de A sobre o gráfico.

4
y
3 Nos gráficos de y = A sen t para A = 1, 2, 3,
2 valores positivos, observa-se que A é a
1 amplitude.
0 Faça o gráfico de y = A sen t para valores
-1 π 2π negativos de A e descreva o efeito de A sobre o
-2 gráfico.
-3 t
-4

5. Faça o gráfico de y = sen B t para diferentes valores de B. Descreva o efeito de B sobre o gráfico.

y = sen 2t (B = 2) y = sen 1/2 t ( B =1/2) y = sen t ( B = 1)

y
1,5 y 1,5 y 1,5

1 1 1

0,5 0,5 0,5

0 0 4π 0
π 2π 3π 4π 2π 4π
-0,5 -0,5 2π t
-0,5

-1 t -1 -1 t

-1,5 -1,5 -1,5

Os gráficos de y = sen Bt, para B = 1/2 o período é 4π, quando B = 1 o período é 2Π, quando B = 2 o
período é Π . O valor de B afeta o período da função. Os gráficos sugerem que quanto maior for B,
“mais depressa” a onda se repete e mais curto é o período.

1.4.6.9 FAMÍLIA DE CURVAS

As constantes A, B, C e D são chamadas parâmetros. Pode-se estudar as famílias de curvas variando


um dos parâmetros de cada vez.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 63


Cálculo I

As funções y = A sen (Bt + C) + D e y = A cos (Bt + C) + D são periódicas com:

 Amplitude = IAI,
2
 Período p  ,
IBI
 Deslocamento horizontal =- C/B
 Deslocamento vertical = D

1.4.6.10 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Esboce o gráfico da função: y = tg x

2)Esboce o gráfico das funções abaixo. Quais são seus períodos e suas amplitudes?
i. y = 2 sen (x + Π )
a. y = 3 sen x
j. y = ½ (cos 3x) +1
b. y = -3 sen x
k. y = cos(t/4) – 2
c. y = 5 cos t
l. y = 2 sen(4x) – 2
d. y = -5 cos t
m. y = 3 cos (x + Π) -1
e. y = sen (x) + 1
n. y = 2 sen (x + Π/2) + 1
f. y = cos (x/2)
o. y = -1cos (2t) -2
g. y = sen (5x) + 1
p. y = -3 cos (x + Π) +1
h. y = sen(x + Π)

3) A 10 de fevereiro de 1990, a maré alta em determinada cidade foi à meia noite. A altura de água no
porto é uma função periódica, pois oscila regularmente entre maré alta e baixa. A altura (em pés) é
aproximada pela fórmula

y = 5 + 4,9 cos( t ) ,
6
onde t é o tempo em horas desde a meia noite de 10 de fevereiro de 1990.

a) Esboce um gráfico dessa função em 10 de fevereiro de 1990 (de t = 0 a t = 24)


b) Qual era a altura da água à maré alta?
c) Quando foi a maré baixa e qual era a altura da água nesse momento?
d) Qual é o período desta função e o que ele representa em termos das marés?
e) Qual é a amplitude desta função e o que ela representa em termos das marés?

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 64


Cálculo I

Respostas:

2) a) e)

b) f)

c) g)

d) h)

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 65


Cálculo I

i) m)

n)

j)

o)

k)

p)

l)

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 66


Cálculo I

4) a) gráfico; b) 9,9 m; c) 6 e 18 horas e altura de 0,1 m; d) 12 horas; e) 4,9

Capítulo 2: Limites e Continuidade

Objetivo geral

Propiciar o aprendizado dos conceitos de limite, para a posterior fundamentação do conceito de derivadas e
integral.

Objetivos Específicos

Após o desenvolvimento deste capítulo o aluno deverá:

 Interpretar e calcular geometricamente o limite de uma função;


 Interpretar e calcular algebricamente o limite de funções simples;
 Determinar se a função é contínua ou descontínua num ponto.

Conteúdo:
Noção intuitiva. Definição. Propriedades. Limites laterais. Limites no infinito e limites infinitos. Limites
fundamentais . Continuidade de funções.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 67


Cálculo I

Considerações Gerais

A idéia básica do cálculo é o conceito de limite, usado tanto para definir derivada como para definir integral.
Entendemos que um estudo muito rigoroso da teoria dos limites, pelas dificuldades que encerra, foge
completamente do objetivo do curso. Por outro lado o uso, como uma ferramenta, desta linguagem é
bastante intuitiva, e podemos utilizá-la sem a necessidade de aprofundar esta teoria com os alunos.
Acreditamos que a idéia intuitiva de simultaneidade de tendências, que o conceito de limite encerra, faz
parte da bagagem científica que o aluno traz consigo.
Iniciamos o estudo intuitivo dos limites através de uma análise gráfica, pois assim fica bem visível para o
aluno o que queremos dizer com a expressão “o que acontece com a função quando x tende a determinado
valor (tanto à esquerda como à direita). Insistimos nisto para, posteriormente, conceituarmos a derivada
através da idéia de limite.
Depois, trabalhamos as propriedades operatórias e desenvolvemos alguns exercícios somente para que os
alunos possam entender como se calcula um limite algebricamente. Os exercícios são simples, pois o nosso
objetivo é usar o limite somente para conceituar derivada e ter uma idéia do comportamento de uma função
num ponto ou no infinito.
Citamos os limites fundamentais somente para que eles tenham conhecimento de que estes limites existem,
pois, como já dissemos, não é nosso objetivo aprofundar esta teoria.
No que diz respeito à continuidade de funções, consideramos importante que o aluno tenha, pelo menos,
uma noção intuitiva do que vem a ser uma função contínua.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 68


Cálculo I

Capítulo 2: Limite e Continuidade

2.1 EXEMPLOS

1. Sob temperatura constante, o volume de certa massa de um gás perfeito é função da pressão a que o
k
mesmo está submetido. A lei dessa função é dada pelo gráfico abaixo, que representa: V  , onde k
P
é uma constante que depende da massa e da temperatura do gás.

k
a) Com respeito a função V  , com P > 0 (não tem sentido físico considerar a pressão P como
P
sendo nula ou negativa), o que se pode dizer de V quando P diminui, tendendo a zero?
b) Para a mesma função o que acontece com V quando P cresce, tornando-se muito grande, tão grande
quanto se queira, isto é, quando P tende para mais infinito?

Resolução:
a) Quando P diminui, tendendo a zero, escrevemos:
P  0  , ou seja, P tende a zero por valores maiores que zero, pela direita. E quando isto acontece, V
se torna muito grande, tão grande quanto se queira, isto é, V tende para mais infinito e escrevemos: V
 +.

Para exprimir essa simultaneidade de tendências usamos a linguagem dos limites: Plim V   .
0 

b) Quando P cresce, tornando-se muito grande, tão grande quanto se queira, isto é, quando P  +, V
tenderá a zero, ou seja, V  0. E para exprimir essa simultaneidade usamos mais uma vez a
linguagem dos limites: P lim V 0.
 

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 69


Cálculo I

1 1 1 1
2. Calcule a soma:     ...
2 4 8 16

Resolução:
1 1
A seqüência apresentada neste exercício é uma progressão geométrica em que a1  e q  . Logo
2 2
a soma solicitada pode ser calculada através da expressão:

1
a 2
S  1  e, portanto S   1 .
1 q 1
1
2

Para tornar mais visual o resultado que acabamos de obter, imaginemos que o número 1 represente a
área de um quadrado de lado unitário.

1
Vamos encaixar no espaço desse quadrado o retângulo (que representará o número ).
2

Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o quadrado (que representa o


1
número ).
4

Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o retângulo (que representará o


1
número ).
8

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 70


Cálculo I

Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o quadrado (que representará o


1
número ).
16

E assim sucessivamente vamos encaixando, no espaço restante no quadrado original, os retângulos e


1 1 1 1
quadrados (que representarão os número , , , ,... ).
32 64 128 256
Dessa forma, parece-nos que fica intuitivo perceber que, com um número finito de encaixes, o espaço
do quadrado original nunca será totalmente preenchido (o que mostra S n  1 ). Por outro lado, com
um número convenientemente grande de retângulos e quadrados, podemos tornar o espaço restante
no quadrado original tão pequeno quanto desejarmos (o que mostra que S n  1 ou, em outros
símbolos, S   1 ).

2.2 Noção Intuitiva

Seja a função f(x) = 2x + 1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela direita
(valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1), e calcular o valor
correspondente a y:
x y=2x+1 x y=2x+1
0,5 2 1,5 4
0,7 2,4 1,3 3,6
0,9 2,8 1,1 3,2
0,95 2,9 1,05 3,1
0,98 2,96 1,02 3,04
0,99 2,98 1,01 3,02

Representação gráfica:

Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, x tende para 1 (x  1), y
tende para 3 (y  3), ou seja:

lim  2 x  1  3
x 1

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 71


Cálculo I

Assim, de forma geral, escrevemos:


lim f  x   b
xa

quando x se aproxima de a (x  a), f(x) se aproxima de b (f(x)  b).

2.2.1 Exercício Resolvido:

Seja f(x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:

a) lim f ( x )  1
x 3

b) lim f ( x )  3
x 3

c) xlim f ( x)  
3

lim f ( x)  1
d) x  

lim f ( x)  3
e) x  

f) xlim f ( x)  3
4

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 72


Cálculo I

2.2.2 Exercícios Propostos

1. Os cientistas P. F. Verhulst, R. Pearl e L. J. Reed, contrariando a teoria de Malthus de que as


populações crescem em progressão geométrica, propuseram uma lei de crescimento populacional cujo
gráfico tem o seguinte aspecto:

Para Pearl e Reed as condições físicas determinavam um limite superior L para a população de uma
região ou país e, utilizando os censos norte-americanos de 1790 a 1910, obtiveram a lei experimental:
197,274
P
1  67,32 x 1,03 t
onde P é a população norte-americana em milhões de habitantes, t anos após 1790.
Calcule o limite da função P, quando t  +.

2.Considere uma lente delgada convergente de distância focal f (nas lentes convergentes, f > 0). E seja
“e” o eixo principal dessa lente:

Seja P um objeto situado em “e”, e P´ a imagem correspondente. As abscissas p de P e p´de P´,


tomadas em relação ao centro óptico O da lente, se relacionam através da equação de Gauss:
1 1 1
 
p p f
fp
Dessa equação tiramos que: p   .
p f
E se construirmos o gráfico de p´ em função de p, obteremos:

Observando o gráfico acima, calcular:

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 73


Cálculo I

a) lim p
P  

b) lim p 
P  0

c) lim p
P  f-

d) lim p
P  f

e) lim p
P  2f

f) lim p
P  

60
3. A população de uma colônia de bactérias varia segundo a função definida por: P (t )  ,
5  7e  t
onde P(t) é dada em bilhões e t em dias. Descreva o que acontece com a população no decorrer do
lim P (t ).
tempo. Verifique a sua conclusão achando t  

4. A população de uma determinada espécie animal em um zoológico varia através da seguinte lei:
95
N (t )  , onde N(t) é o número de animais e t é o tempo em semanas. Descreva o que
5  4e  t / 4
lim N (t ).
acontece com a população no decorrer do tempo. Verifique a sua conclusão achando t  

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 74


Cálculo I

5. Seja f(x) a função definida por cada gráfico, intuitivamente, encontre se existir:

a) b)

c) d)

e) f)

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 75


Cálculo I

g) h)

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 76


Cálculo I

i) j)

lim f ( x) 
x  2 

lim f ( x) 
x  2  lim f ( x) 
x 0 

lim f ( x) 
x  2 lim f ( x) 
x 0 

lim f ( x) 
x   lim f ( x) 
x 0

lim f ( x) 
x  

lim f ( x) 
x  

lim f ( x ) 
x2

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 77


Cálculo I

l) m)

lim f ( x) 
lim f ( x)  x 1
x2

lim f ( x ) 
lim  f ( x)  x 1
x2

lim f ( x) 
lim f ( x )  x 1
x  

lim f ( x) 
lim f ( x )  x  
x  

lim f ( x) 
lim f ( x)  x  
x 1

Respostas:

5) a) 4,  , não existe, 4, 4, 
1) L = 197,274 milhões de habitantes

2) a) f
b)  ,  , não existe, 3, 1, 1
b) 0 
c) 5, 5, 5, 0, -1,
c) -
d) + d)  ,  ,  , 1, -1
e) 2f
f) f e) 2,  , não existe, 2,  , 1

3) 12 f) 4, -1, não existe, 2, 1, 4

4) 19
g) 3, 0, não existe, 2, 6, 
h)  ,  ,  , 1, 4, 1
i) 0, 0, 0, 

j) 0, 0, 0,  ,  , 4

l) 0, 0,  ,  , 1

m)  , ½, não existe, ½, 

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 78


Cálculo I

2.3 Propriedades dos Limites

Suponha que lim representa um dos limites laterais lim , lim , lim , lim , lim .
x a x a – xa  x   x  

Se existirem L1 = lim f(x) e L2 = g(x), então:


1)lim k = k, sendo k uma constante.

Exemplo: xlim 55


2

2)lim k f(x) = k lim f(x), onde k é uma constante.

Exemplo: xlim 5 ( x  1)  5  lim ( x  1)  5  2  10


1 x 1

3)lim [f(x)  g(x)] = lim f(x)  lim g(x) = L1  L2


2 2
Exemplo: lim ( x  3x  2)  lim x  lim 3x  lim 2  4  6  2  8
x 2 x2 x2 x2

4)lim [f(x) • g(x)] = lim f(x) • lim g(x) = L1 • L2

Exemplo: xlim (3 x  5 x)  lim 3x  lim 5 x  6  10  60


2 x2 x2

f ( x) lim f ( x) L1
5) lim   , se L2  0
g ( x) lim g ( x) L2

lim x 2
x 2 x 1 1
Exemplo: lim   1
x 1 x lim x 1
x 1

6) lim n f ( x)  n lim f ( x) desde que L1  0 se n for par.

Exemplo: lim
x2
x4  4x  1   
lim x 4  4 x  1  16  8  1  3
x2

7) lim [f(x)]n = [lim f(x)]n


A partir desse resultado tem-se que:
n 2 2
a) lim x n   lim x   an Exemplo: lim x  1  1
x a  x a  x 1

1 1 1
b) lim  lim 0 Exemplo: lim 0
x  x n x  x n x  xn

0 
Indeterminações: , ,   ,0.,0 0 ,  0 ,1
0 

 Limite no Infinito - limites de xn, quando x   

lim x n   , para n = 1, 2, 3, ...


x 

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 79


Cálculo I

n , para n  2, 4, 6, . .
lim x  
x  - , para n  1, 3, 5, . .
Multiplicando-se xn por um número real positivo, isto não afeta os limites mas, multiplicando-se por
um número real negativo invertem-se os sinais.

Exemplos:

lim 2 x 5   ; lim 2 x 5   ; lim 4 x 6   ; lim 4 x 6   ;


x   x   x   x  

lim  7 x 8   ; lim  7 x 8  
x   x  

 Limite de Polinômios - quando x  a


Seja o polinômio p(x) = c0 + c1x + ... + cnxn e qualquer real a:

lim p ( x )  c0  c1a  ...  cn a n  p (a)


x a

2 2
Exemplo: lim ( x  4 x  3)  5  (4  5)  3  8
x 5

 Limite de Polinômios - quando x  


O polinômio p(x) = c0 + c1x + ... + cnxn , comporta-se como o seu termo de maior grau quando x  :

5 3 5
Exemplo: lim (7 x  4 x  2 x  9)  lim 7 x  
x   x  

 Limite das Funções Racionais - quando x  a


Uma função racional é a razão entre 2 polinômios.
Exemplos:

lim (5 x 3  4)
5x3  4 x2 5  23  4
a) lim    44
x2 x  3 lim ( x  3) 23
x2

x2  6x  9 0
b) lim  Indeterminação . Neste tipo de limite, se o numerador e o denominador
x 3 x3 0
aproximam-se de zero quando x  a, então o numerador e o denominador terão um fator comum

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 80


Cálculo I

(x – a) e o limite pode, freqüentemente, ser obtido cancelando-se primeiro os fatores comuns:

x2  6x  9 ( x  3) 2
lim  lim  lim ( x  3)  0
x 3 x3 x 3 x  3 x 3

2x  8 0
c) lim 2
 Indeterminação
x  4 x  x  12 0

2x  8 2( x  4) 2 2
lim  lim  lim 
x  4 x 2  x  12 x  4 ( x  4)  ( x  3) x  4 x  3 7

 Limite das Funções Racionais - quando x  

  se m  n

a0 x m  a0
lim n   se m  n
x  b0 x  b0
0 se m  n

Exemplos:

2 x3
lim   (pois m  n)
x   x2

2x 2
lim 2 (pois m  n)
x   x2

3x
lim 0 (pois m  n)
x   x2

 Logarítmo
lim log f ( x )  log lim f ( x ); com f(x)  0

Exemplo: xlim log x  log lim x  log 10  1


10 x 10

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Cálculo I

 Seno e Coseno
lim sen f ( x )  sen lim f ( x )

lim cos f ( x)  cos lim f ( x )

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 82


Cálculo I

2.3.1 Exercícios Propostos

x  1, se x  3
1)Seja f ( x) 
 . Calcule:

3x - 7, se x  3
a) lim– f ( x ) = 2 b) lim f ( x ) = 2 lim f ( x) = 2
c) x
x 3 x 3 3

2)Seja f ( x )  x  4 . Calcule:

a) lim  f ( x) = 0 b) lim– f ( x ) = 0 c) xlim


4
f ( x) = 0
x4 x4

1
 x , se x  0

3)Seja f ( x)  x 2 , se 0  x  1 . Calcule:
2, se x  1

2 - x, se x  1

a) lim– f ( x) = 1 lim f ( x) = 1
b) x c) lim f ( x ) = 0 d) lim– f ( x) = 
x1 1 x 0 x0

e) xlim
0
f ( x) = não existe f) lim f ( x ) = 0 g) lim – f ( x) = 0 h)
x2 x 2

lim f ( x) = 0
x2

4)Calcular os limites usando as propriedades:

2
a) lim (3  7 x  5 x ) = 3
x 0
2
b) lim (3 x  7 x  2) = 8
x 3
c) lim
x  1
( x  4) 3

 ( x  2) 1 = 27

x4 t 3 x2  1
d) lim = 6/5 e) lim = 5/4 f) lim =2
x2 3x  1 t 2 t  2 x 1 x 1

t 2  5t  6 x  1 = não existe x2  9
g) lim = -1 h) lim i) lim = -6
t 2 t2 x   x  3 x3

x 1 x3
j) lim =  i) lim =0 l) lim = 
x   100 x   x x   x

6  t3 x4  1
m) lim = -1/7 n) lim =4
t   7t 3  3 x 1 x 1

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Cálculo I

2.4 Limites Fundamentais

São três os chamados limites fundamentais:


senx
a) lim 1
x 0 x

x
b) lim 1  1   e
x   x

ax 1
c) lim  ln a  log ea (a > 0; a  1)
x 0 x

2.4.1 Exercícios Resolvidos


sen 2 x
1) Determinar lim .
x 0 x
Resolução:
Fazendo u = 2x e u  0, quando x  0, temos:

sen2 x senu senu senu


lim  lim  lim 2  2 lim  2 1  2
x 0 x u 0 u u 0 u u 0 u
2
1
2) Determinar lim ln(1  t ) t .
t 0

Resolução:

1
Fazendo t = e x  , quando t  0, temos:
x

1
 1
x   1 
x
lim ln(1  t ) t  lim ln1    ln  lim 1     ln e  1
t 0 x   x  x   x 

ax  bx
3) Determinar lim .
x0 x
Resolução:

ax  x
b x  x  1 a
  1
ax  bx b  b a a
lim  lim   lim b x  lim    1  ln  ln
x 0 x x 0 x x 0 x 0 x b b

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Cálculo I

2.4.2 Exercícios Propostos


Calcule os limites, aplicando os limites fundamentais:
sen3 x
a) lim = 3/4
x  0 sen 4 x

tgx
b) lim =1
x0 x

x
c)  1 
lim 1   = e
x   2x 
x
d)  1 
lim 1   =3 e
x   3x 

senx
e) lim = 
x 0 x
4x
f)  1
= e4
lim1  
x–  x
4x
g)  1 
= e2
lim 1  
x   2x 

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 85


Cálculo I

2.5 Funções Contínuas


Definição 1:
Uma função f(x) é contínua num ponto x0, se:
(i) f(x0) existe;

(ii) lim f ( x) existe;


x x 0

(iii) lim f ( x ) = f(x )


x x 0 0

Exemplo: Verificar se a função f(x) = x² é contínua em x0 = 2.


Solução:
(i) f(2) = 2² = 4 (existe)

(ii) lim f ( x)  lim x 2  4 (existe)


x 2 x2

(iii) lim f ( x )  f (2)  4 (existe)


x2

Como as três condições da definição são verificadas, a função f(x) = x² é contínua em x0 = 2.

Definição 2:
Uma função f(x) é contínua a direita de um ponto x0, se:
(i) f(x0) existe;

(ii) lim f ( x) existe;


x  x0

(iii) lim f ( x) = f(x )


x  x0 0

Uma função f(x) é contínua a esquerda de um ponto x0, se:


(i) f(x0) existe;

(ii) lim f ( x) existe;


x x0–

(iii) lim f ( x) = f(x )


x x0– 0

Definição 3:
Uma função f(x) é contínua num intervalo aberto (a, b), se f(x) é contínua em todo x do intervalo (a, b).

Definição 4
Uma função f(x) é contínua num intervalo fechado [a, b], se f(x) é contínua em
(a, b) e se ela é contínua a direita de “a” e a esquerda de “b”.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 86


Cálculo I

Propriedades
Se f(x) e g(x) são contínuas em x0, então:
 f(x)  g(x)
 f(x) • g(x)
f ( x)

g ( x)
são contínuas em x0.

2.5.1 Exercícios Propostos

1) Verifique se as funções f(x) a seguir, são contínuas no ponto x0 indicado.

a) f ( x)  x ; x0  0

 1
 2 , x 1
b) f ( x)   ( x  1) ; x0 = 1

2, se x  1

c) f ( x)  x 2  2 ; x0 = 2

1
d) f ( x)  ; x0 = 0
x 1

1
e) f ( x)  2 ; x0 = 1
x 1

x2  1, x  0
f) f ( x)   ; x0 = 0
1, x  0
g)
x2  x ; x0 = 0
f ( x) 
x

Respostas:

a, c, d, f são contínuas
b, e, g não são contínuas

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 87


Cálculo I

2.6 Exercícios Complementares

lim f ( x ) , verificando a condição de existência do limite.


1) Para cada uma das questões a seguir, calcule o x a

a) f(x) = 5; a=1
b) f(x) = x a=2
c) f(x) = 2x – 3 a=1
d) f(x) = x² + 4x + 3 a=0

e)
x2  4x  3 a = -3
f ( x) 
x3

x3  x
f) f ( x)  a=1
x2  1

g)
x2  1 a = -1
f ( x) 
x 1
h) f ( x)  x a=0

i) f ( x)  x  2 a=2

2x  1; x  1
j) f ( x)   a=1

 2x 1; x  1
x2  1; x  1
k) f ( x)   a=1
4  x; x  1
l) f ( x)  e x a=0

m) f ( x)  ln x a=1

2) Calcule os limites:

x2  6x  9 x3  4 x x 2
a) lim b) lim c) lim
x   x3 x 2 x2 x4 x4

x 1 x2 1 x3  2 x  1
d) lim e) lim f) lim
x 1 x 1 x 1 x 2  x2 x   x3  x

Respostas:
1)a) 5 b) 2 c) -1 d) 3 e) -2 f) 1 g) -2 h) 0 i) 0 j) não existe k)não existe l) 1 m) 0

2)a)  b) 8 c) ¼ d) 2 e) 2/3 f) 1

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 88


Cálculo I

Capítulo 3: Derivadas

Objetivo geral

Utilizar com compreensão e desembaraço, as técnicas de derivação de funções reais a uma variável real, seja
em questões puramente matemáticas, seja como ferramenta na resolução de problemas em outras áreas.

Objetivos Específicos

Após o desenvolvimento deste capítulo o aluno deverá:


 Resolver problemas geométricos de cálculo de equações de retas tangentes às curvas, utilizando a
interpretação geométrica da derivada.
 Encontrar a derivada de funções diversas aplicando, sempre que possível, em situações práticas.
 Calcular velocidade e aceleração usando derivada.
 Resolver problemas práticos de taxa de variação..
 Resolver problemas práticos de maximização e minimização.

Conteúdo:
Definição. Interpretação geométrica. Regras de derivação. Derivada de função composta (regra da cadeia).
Derivadas de funções elementares. Derivadas sucessivas. Aplicações da derivada: taxa de variação e
problemas de otimização.

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Cálculo I

Considerações Gerais

Neste capítulo procuramos desenvolver minuciosamente a parte operatória e aplicada das derivadas e o
estudo da variação de uma função de variável real.
Os exercícios que constituem a introdução são realizados com bastante calma e com todos os detalhes para
que nos itens posteriores as definições de derivada de uma função no ponto e de função derivada surjam
com naturalidade.
Como no início do curso enfocamos bastante a questão da taxa de variação, neste momento é tranqüilo ao
aluno entender o que é uma velocidade média (vista como taxa de variação) e por isso, optamos em iniciar o
estudo de derivadas com um dos conceitos mais importantes da cinemática: o conceito de velocidade
instantânea.
Apesar de ser não ser simples entender o conceito de uma taxa de variação instantânea, observamos que
utilizando este conceito, o da velocidade instantânea, o aluno consegue visualizar melhor e compreender o
que quer dizer esta taxa instantânea.
Exploramos, na resolução do primeiro exemplo da apostila, algébrica e graficamente a noção de velocidade
instantânea a partir da noção de velocidade média. Fazendo isto, exploramos a noção de reta tangente à
curva a partir da noção de reta secante.
Trabalhando desta forma acreditamos que o aluno se encontra motivado e apto para entender as definições
de derivada de uma função num ponto e de função derivada.
Depois deste exemplo, convidamos os alunos a pensar e discutir exercícios semelhantes, onde encontrarão a
noção de aceleração instantânea.
Após a resolução de mais alguns exercícios, definimos derivada de uma função (neste momento usamos a
linguagem dos limites).
Trabalhamos com alguns exercícios para se calcular a derivada através da definição (usando limite) e
também através da resolução geométrica (derivada como coeficiente angular da reta tangente). Estes
exercícios geométricos são feitos em gráficos construídos pelos alunos. Nossa sugestão é que estes gráficos
sejam construídos em casa com o uso do Excel ou em sala com papel milimetrado.
Posteriormente desenvolvemos a parte operatória de derivadas, sempre relembrando as aplicações à
cinemática e aos problemas de tangência, apresentando aos poucos, as regras de derivação. Introduzimos
então a tabela de derivadas, começando com funções mais simples e depois trabalhamos a derivação de
funções compostas (regra da cadeia).
Quando o aluno já se encontra apto a derivar funções abstratas iniciamos a aplicação de derivadas,
resolvendo problemas de taxa de variação, relacionados com, por exemplo, questões de custo e lucro,
produção, temperatura, crescimento e decrescimento populacional, áreas, vazão e volume, pressão e
problemas de otimização.

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Cálculo I

Capítulo 3 : Derivadas

O cálculo é a matemática das variações e o instrumento principal para estudar as taxas de variação é
um método conhecido como derivação. Neste capítulo, vamos descrever esse método e mostrar como
pode ser usado para determinar a taxa de variação de uma função e também a inclinação da reta
tangente a uma curva.

3.1 EXEMPLO

1. Uma partícula caminha sobre uma trajetória qualquer obedecendo à função horária s(t) = 3t 2 – 5t + 2
(s em metros , t em segundos)
a) Qual a velocidade média da partícula no intervalo de tempo [ 2 , 4 ]?
b) Qual a velocidade média da partícula no intervalo de tempo [ 2 , 3 ] ?
c) Qual a velocidade média da partícula no intervalo de tempo [ 2 ; 2,1 ]?
d) Qual a velocidade média da partícula no intervalo de tempo [ 2 , (2 + ∆t) ], com ∆t ≠ 0?
e) Como você interpretaria fisicamente a velocidade média da partícula no item anterior, quando ∆t
tende a zero?
f) Qual a velocidade da partícula no instante t = 2 s?

Resolução:
a)Velocidade média de uma partícula num certo intervalo de tempo é definida pelo quociente entre o
espaço percorrido (∆s = sfinal – sinicial) e o intervalo de tempo gasto em percorrê-lo (∆t = tfinal – tinicial):

s
vm 
t
s  s ( 4)  s ( 2)  (3.4 2  5.4  2)  (3.2 2  5.2  2)
s  30  4  26 m
t  4  2  2 s
26
Logo : v m   13 m / s
2

b)Neste item, temos:

s
vm 
t
s  s (3)  s ( 2)  (3.3 2  5.3  2)  (3.2 2  5.2  2)
s  14  4  10 m
t  3  2  1 s
10
Logo : v m   10 m / s
1

c)Neste item, temos:

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Cálculo I

s
vm 
t
s  s (2,1)  s ( 2)
s  (3.2,12  5.2,1  2)  (3.2 2  5.2  2)
s  4,73  4
s  0,73 m
t  2,1  2  0,1 s
0,73
Logo : v m   7,3 m / s
0,1

d)Neste item, temos:


s  s (2  t )  s ( 2)
s  [3.(2  t ) 2  5.( 2  t )  2]  (3.2 2  5.2  2)
s  [ 4  7 t  3t 2 ]  4
s  7 t  3t 2

7 t  3t 2
Logo : v m  ou seja, v m  7  3t
t

Observe que este item com ∆t genérico engloba os itens anteriores:


Item a) ∆t = 2 s  vm = 7 + 3.2 = 13 m/s
Item b) ∆t = 1 s  vm = 7 + 3.1 = 10 m/s
Item c) ∆t = 0,1 s  vm = 7 + 3.0,1 = 7,3 m/s

e)No item anterior obtivemos a velocidade média da partícula no intervalo de tempo [2, (2 + ∆t)], com
∆t  0. Quando ∆t tende a zero, o segundo extremo de intervalo de tempo tende a 2 e o referido
intervalo tende a [2, 2], que é um “intervalo de amplitude nula”, caracterizando o instante t = 2 s.
Logo, fisicamente, quando ∆t tende a zero, a velocidade média tenderá para a velocidade instantânea
da partícula para t = 2s e esta velocidade será denotada por v(2).

Portanto, concluímos que: v( 2)  lim


t 0
7  3t  7 m / s

O gráfico abaixo representa a função da questão acima. Trace a reta secante para calcular a velocidade
média no intervalo de 2 a 4 segundos e a reta tangente para calcular a velocidade instantânea no
instante 2 segundos.

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Cálculo I

Análise do Exemplo

Vamos aprofundar o “raciocínio” usado anteriormente na resolução o exemplo dividindo em etapas:

 Etapa 1
As funções dadas e as solicitações feitas:
S = S (t) = 3t2 –5t + 2 ; determinar v(2)

 Etapa 2
Cálculo das variações, (incrementos), das variáveis independentes:
de 2 a ( 2 + Δt ), com Δt ≠ 0 : variação = Δt

 Etapa 3
Cálculo das correspondentes variações ou incrementos sofridos pela variável dependente:
S ( 2 + Δt ) – S( 2 ) = 7Δt + 3Δt2

 Etapa 4
Cálculo da razão incremental, que é a relação entre o incremento (variação) da variável dependente e
o incremento (variação) da variável independente:

S(2  t )  S(2)
 7  3t , que é a velocidade média no int ervalo  2, 2  t 
t

 Etapa 5
Cálculo do limite da função quando o denominador da razão incremental tender a zero:
quando Δt→0 , então (7 + 3 Δt) → 7

Sintetizando as 5 etapas analisadas, obtém-se a seguinte definição:

3.2 DEFINIÇÃO

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Cálculo I

 Derivada de uma função

A derivada da função f(x) em relação a x é a função f´(x) (que se lê como “f linha de x”) dada por:

f (x  h)  f (x)
f ´(x )  lim
h 0 h

Uma função f(x) é derivável no ponto c se f´(x) existe ou seja , se o limite existe no ponto x = c.
O processo de calcular a derivada é chamado de derivação.

 Notação de derivada

A derivada f´(x) muitas vezes é escrita na forma dy/dx , que se lê “dê y sobre dê x”
Nesta notação, o valor da derivada no ponto x = a ou seja, f´(a) , é escrito na forma:
dy
dx x  a

De acordo com o exemplo 1 :

Para calcularmos a velocidade no instante 2, calculamos a derivada da função S no ponto t = 2.


S´(2) = V(2).
dS
Ou ainda:  v ( 2)  7 m / s
dt t  2

Podemos também dizer que a derivada da função horária nos fornece a função velocidade, ou seja
dS
 v( t )
dt

Generalizando tudo o que foi visto no exemplo, pode-se concluir que, se o gráfico de f(x) é:

y t

y = f(x)
P
f(a)

A inclinação da reta tangente à curva y = f(x) no ponto (a, f(a)) é dada por mt = f´(a).
Então, f’(a) = tgαt = mt, ou seja a derivada da função de f(x) no ponto a é o coeficiente angular da reta
tangente à curva no ponto P de abscissa a.
A taxa de variação de uma instantânea de uma grandeza f(x) em relação a x no ponto a é f´(a).

3.3 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Considere o movimento de um corpo ao cair de uma grande altura. De acordo com a física clássica,
em t segundos de queda, o corpo percorre uma distância s(t) = 4,9t 2 metros. Suponha que estejamos
interessados em determinar a velocidade do corpo após 2 segundos. A menos que o corpo caia
equipado por um velocímetro, é difícil medir diretamente a velocidade. Mas podemos determinar a
distância percorrida pelo corpo entre o instante t = 2 e t = 2 + h e calcular a velocidade média durante
esse intervalo de tempo:

Resolução:

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Cálculo I

distânciapercorrida s (2  h)  s ( 2) 4,9( 2  h) 2  4,9(2) 2 4,9( 4  4h  h 2 )  4,9( 4) 19,6h  4,9h 2


Vm     
int ervalo det empo 2h2 h h h
Se o intervalo de tempo h é pequeno, a velocidade média está próxima da velocidade instantânea no
instante t = 2. Assim, é razoável determinar a velocidade instantânea tomando o limite da expressão
anterior quando h tende a zero:

V  lim (19,6  4,9h)  19,6 ou, usando a notação de derivada: dS


 19,6m / s
h 0 dt t  2

Dessa forma, após 2 segundos de queda, o corpo estará viajando a uma velocidade de 19, 6 m/s.

1. Uma cidade X é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores de saúde


calculam que o número de pessoas atingidas pela moléstia depois de um tempo t (medido em dias a
partir do primeiro dia da epidemia) é, aproximadamente, dado por:
t3
n( t )  64 t 
3
a) Qual a razão da expansão da epidemia no tempo t =4?
b)Qual a razão da expansão da epidemia no tempo t =8?
c) Quantas pessoas são atingidas pela epidemia no 5o dia?

Observação: para resolver este exercício sugerimos que o professor peça para que os alunos façam o
gráfico da curva que representa esta função e comparem os resultados obtidos geometricamente com
os resultados obtidos através da definição de derivada.
Resolução:
A taxa com que a epidemia se propaga é dada pela razão de variação da função n(t) em relação à t.
Usaremos a definição de derivada para resolver os itens a e b.

Para t = 4:
n( t  4)  n( 4) n ( t  4)  n ( 4 )
lim  lim 
t 0 ( t  4)  4 t 0 t

 ( t  4) 3   ( 4) 3 
64( t  4)    64.4  
 3   3 
lim 
t 0 t

( t 3  12 t 2  48t  64)
64 t  256   234 ,67
lim 3 
t 0 t

144 t  t 3  12 t 2
lim  48 pessoas / dia
t 0 3t

dn
Usando a notação de derivada :  48 pessoas / dia
dt t 4
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Cálculo I

b) Para t = 8
n ( t  8)  n (8) n ( t  8)  n (8)
lim  lim 
t 0 ( t  8)  8 t 0 t

 ( t  8) 3   (8) 3 
64( t  8)    64.8  

 3  
 3 
lim 
t 0 t

( t 3  24 t 2  192t  512) 1024


64 t  512  
lim 3 3 
t 0 t

 t 3  16 t 2
lim  0 pessoas / dia
t 0 3t

dn
Usando a notação de derivada :  0 pessoas / dia
dt t 8

c) Para calcularmos quantas pessoas foram atingidas pela epidemia no 5 o dia, basta calcular
n(5) – n(4):

n (5)  n ( 4)  64(5) 
 5 3   64(4)  (4) 3 
  
 3   3 
n (5)  n ( 4)  43,6 pessoas / dia

3. Uma partícula caminha sobre uma trajetória retilínea de modo que sua velocidade obedece à função
v(t) = 8t – 2 (v em metros , t em segundos). Determinar a aceleração da partícula no instante t = 4s.

Resolução:
Para obter a aceleração da partícula no instante t = 4s, deve-se inicialmente calcular a aceleração média
da mesma no intervalo de tempo [ 4, (4 + ∆t) ].
Assim: ∆V = v (4 + ∆t) – v(4) = [ 8(4 + ∆t) – 2 ] – (8.4 – 2) = [32 + 8∆t – 2] – 30 = 8 ∆t
Logo: am = 8∆t / ∆t ou seja, am = 8m/s2
Para obter a(4), você deve observar o que acontece com am = 8 quando ∆t tende a zero.
Como am = 8 é uma função que independe de ∆t, quando ∆t tende a zero, am continua sendo 8,
ou seja: a(4) = 8m/s2
dv
Usando a notação de derivada :  8 m / s2
dt t 4

Observe que a derivada da velocidade em função do tempo nos fornece a função aceleração.

dv
Usando a notação de derivada :  a (t )
dt

Observação:

Quando derivamos a função horária encontramos a velocidade, se a derivarmos novamente


encontramos a aceleração. Sendo assim, podemos dizer que a aceleração é a segunda derivada do
espaço e indicamos por:

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Cálculo I

d 2S
S´´(t )   a(t)
dt 2

4.Obtenha a equação da reta tangente à curva y = x2 no ponto ( 1, 1 )

Resolução:
Calculando o coeficiente angular da reta secante à parábola dada, que passa pelos seus pontos de
abscissas 1 e ( 1+h ):

ms 
1  h  2  12 
(1  2h  h 2 )  1 2h  h 2
  2h
(1  h )  1 h h

Logo, o coeficiente angular da tangente à parábola dada pelo seu ponto ( 1, 1 ) será obtido a partir de
ms , fazendo-se h tender a zero; então ms tenderá a 2, isto é, mt = 2.
A equação da reta tangente solicitada será dada por: y = 2x – 1.

3.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1.Uma partícula caminha sobre uma trajetória qualquer obedecendo à função horária: s(t) = t 3 + t2 - 2t
+ 3 (s em metros, t em segundos). Determinar a velocidade no instante t = 5 s.

2. Uma partícula caminha sobre uma trajetória qualquer de modo que sua velocidade obedece à
função: v(t) = t2 – 4t (v em metros, t em segundos). Sabe-se que a aceleração média da partícula a m,
num certo intervalo de tempo, é dada por am = ∆V / ∆t , determine:

a)Qual a aceleração média da partícula no intervalo de tempo [ 0 , 1 ] ?


b)Qual a aceleração média da partícula no intervalo de tempo [ 0 ; 0,5 ] ?
c) Qual a aceleração média da partícula no intervalo de tempo [ 0 ; 0,1]
d) Qual a aceleração média da partícula no intervalo de tempo [ 0, ∆t ], com ∆t ≠ 0?
e) Como você interpretaria fisicamente a aceleração média da partícula no item anterior, quando ∆t
tende a zero?
f) Qual a aceleração da partícula no instante t = 0 s?

3. Uma partícula caminha sobre uma trajetória qualquer obedecendo à função horária:
S(t) = t2 – 7t + 10 ( s em metros e t em segundos)
a)Determine a lei de sua velocidade em função do tempo.
b)Calcular a velocidade da partícula no instante t = 3 s
c) Obter a lei de sua aceleração em função do tempo.
d) Calcular a aceleração da partícula no instante t = 3 s.

4. Uma partícula caminha sobre uma trajetória qualquer obedecendo a função horária:
S(t) = 4t3 – 5t2 + 8t +1 ( s em metros e t em segundos)
a)Determine a lei de sua velocidade em função do tempo.
b)Calcular a velocidade da partícula no instante t = 1 s
c) Obter a lei de sua aceleração em função do tempo.
d) Calcular a aceleração da partícula no instante t = 4 s.

5. Encontre a equação da reta tangente à curva y = x2 - 2x + 1 no ponto (2, 1)

6. Encontre a equação da reta tangente à curva y = 2x2 +3 no ponto (2, 11)

7. Dada a função f(x) = 5x2 + 6x –1, encontre f ’(2).

8. Dada a função f(x) = 3x2–1 e g(x) = 5 – 2xdeterminar:


a)f ’(1) b) g ‘(1) c) f ‘(1) + g ‘(1)
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Cálculo I

9. Usando a definição, determinar a derivada das seguintes funções:


a)f(x) = 1 – 4x2 b) f(x) = 2x2 – x –1

10. A população inicial de uma colônia de bactérias é 10000. Depois de t horas a colônia terá uma
população P(t) que obedece a lei: P(t) = 10000 + 8600t + 10000t2
a)Determine o número de bactérias presentes depois de 10 horas.
b)Encontre a lei que dá a variação da população P em relação ao tempo t.
c) Determine esta variação instantânea quando t = 10 horas.

Respostas:
1. 83 m/s
2. a) -3 m/s2; b) -3,5 m/s2; c) -3,9 m/s2; d) t  4 ; e) aceleração instantânea ; f)-4 m/s2
3. a) v = 2t- 7; b) -1 m/s; c) 2 m/s2; d) 2 m/s2
4. a) v = 12t2 – 10t + 8; b) 10 m/s; c) a = 24t -10; d) 86 m/s2
5. y = 2x-3
6. y = 8x – 5
7. 26
8. a) 6; b) -2; c) 4
9. a) -8x; b) 4x-1
10. a) bactérias b) 8600 + 20000t; c) 208600 bactérias/hora

3.5 REGRAS DE DERIVAÇÃO

Determinar a derivada das seguintes funções:


1)f(x) = 5
2)f(x) = x
3)f(x) = 5.x
4)f(x) = x2
Observação:
Resolvemos estes exercícios por definição, mostrando o gráfico de cada uma das funções e depois
demonstramos, genericamente, a derivada das funções constante e identidade. Em seguida,
apresentamos a tabela abaixo.

3.5.1 TABELA

Sejam u  u ( x ) e v  v( x ) funções deriváveis e k uma cons tan te qualquer.

1) y  k  y´ 0
2) y  x  y´ 1
3) y  k.u  y´ k.u´
4) y  x n  y´ n.x n 1
5) y  u  v  y´ u´ v´
6) y  u.v  y´ u´.v  u.v´
u u´.v  u.v´
7) y   y´
V v2
8) y  sen x  y´ cos x
9) y  cos x  y´ sen x
10) y  tg x  y´ sec 2 x
11) y  e x  y´ e x
1
12) y  ln x  y´
x

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Cálculo I

3.5.2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Encontre a derivada para as funções abaixo:

1) y  7 x
2) y  3x 2  4
3) y  x 5  4x 2  x  3
4) y  x 3
5) y  3x 5  7 x 2  x  3
2 2
6) y  x  5x  
3
2 5
7) y  x 3  x 2  4 x
3 2
8) y  x 13  x 7  5
9) y   2 x  5 3x  2

10) y  x 2  3x  2 x  3 

11) y   5x  3 2x 3  5x 2  3x 
 2
12) y  x  5x  7 3x  18  3

13) y    3x 2

 x   x  3
3
14) y 
x2
5
15) y  
x4
2
16) y 
3x 5
1
17) y 
x
2
18) y 
x 1
3x  5
19) y 
2x  7
5x  3
20) y 
3x  5
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Cálculo I

7x  3
21) y 
8x  1

22) y  sen 5x

23) y  7 cos x
senx
24) y  2 ln x 
3
ex senx
25) y  
3 cos x

Respostas:
1) y '  7
2) y '  6 x
3) y '  5x 4  8x  1
4) y '  3x 2
5) y '  15x 4  14x  1
dy 4
6)  x 5
dx 3
7) y '  2 x 2  5x  4
8) y '  13x 12  7 x 6
9) y '  12 x  11

10) y '  3 2x 2  2 x  3 
11) y  40 x  93x  60 x  9
' 3 2

12) y '  15x 4  60 x 3  63x 2  36x  90


13) y '  9 x 2  16x  3
dy 6
14) 
dx x3
dy 20
15) 
dx x5
dy 10
16) 
dx 3x 6
dy 1
17) 
dx x2
dy 2
18) 
dx  x  1 2
dy 31
19) 
dx  2x  7 2
dy 34
20) 
dx  3x  5 2
dy 31
21) 
dx  8x  1 2
22) y´ 5 cos 5 x

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 100


Cálculo I

23) y '  7senx


2 cos x
24) y '  
x 3
ex
25) y '   sec 2 x
3

3.5.3 REGRA DA CADEIA

Em muitas situações, a taxa de variação de uma grandeza pode ser expressa como um produto de
outras taxas.

Por exemplo, um automóvel que esteja viajando a 80 km/h e o consumo de gasolina a esta velocidade
seja de 0,1 l/km. Para calcular o consumo de gasolina em litros por hora, basta multiplicar as duas
taxas:

l km
0,1 .80  8l / h
km h

No exemplo anterior, temos uma função composta onde para calcularmos a derivada desta função
multiplicamos as duas taxas de variação. Essa expressão é um caso particular de uma regra
importante conhecida como regra da cadeia.

E é para derivarmos funções compostas que utilizamos a regra da cadeia, definida abaixo:

Se y é uma função derivável de u e u é uma função derivável de x, y é uma função composta de x e

dy dy du
 .
dx du dx
Ou seja, a derivada de y em relação a x é igual ao produto da derivada y em relação a u pela derivada
de u em relação a x.

3.5.3.1 EXEMPLOS

1) Determine dy/dx para y  u 3  3u 2  1 e u  x 2  2

Solução:

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 101


Cálculo I

dy du
Como  3u 2  6u e  2x
du dx

dy dy du
pela regra da cadeia, temos :  .  (3u 2  6u ).2 x
dx du dx

como queremos a derivada de y em função de x, substituir emos u por x 2  2

dy
 [3.( x 2  2) 2  6.( x 2  2)}.( 2 x )
dx

dy
 6 x.( x 2  2).[( x 2  2)  2]
dx

dy
 6 x.( x 2  2).( x 2 )  6 x 3 .( x 2  2)
dx

2) Determine a derivada das funções abaixo utilizando a regra da cadeia:


a) y  (3 x 2  1) 3

Solução :
Faremos u  3 x 2  1 então y  u 3
dy du
Como  3u 2 e  6x
du dx
dy
pela regra da cadeia temos :  3u 2 .6 x
dx
dy
 3(3 x 2  1) 2 .6 x  18 x 2 .(3 x 2  1) 2
dx

b) y  e 3 x
Solução :
Faremos u  3 x então y  e u
dy du
Como  eu e 3
du dx
dy
pela regra da cadeia temos :  e u .3  3.e 3 x
dx
c) y  sen t 2
Solução :
Faremos u  t 2 então y  sen u
dy du
Como  2t e cos u
du dx
dy
pela regra da cadeia temos :  cos u . 2 t  2 t. cos t 2
dx

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 102


Cálculo I

3.5.3.2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Derive usando a regra da cadeia:

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 103


Cálculo I

a ) y  ln(x 2  3)

b) y  sen 4 x

c) y  cos 8 t 2
y  k , k  cte  y  0
y  k  u ( x ), k  cte  y  k  u( x )
d ) y  2 ln(2 t  1)
y  [u ( x)] ,   ,   0  y    [u ( x)] 1  u( x)
u ( x)
e) y  ey
5 xa , a  0 e a  1  y  a u ( x )  ln a  u( x )
y  eu ( x )  y  eu ( x )  u( x)
f ) y  (yt 2log
3) 4ua ( x ) , a  0 e a  1  y  (u( x)) / (u ( x )  ln a )
y  ln u ( x)  y  u( x) / u ( x )
( x)]v ( x ) , u ( x)  0  y  v ( x)  [u ( x)]v 1  u( x)  [u ( x )]v ( x )  v( x)  ln u ( x)
g ) y  y 3x[u1
y  sen u ( x)  y  u( x )  cos u ( x)
Re spostas
y  :cos u ( x)  y  u( x)  sen u ( x)
dy 2x
a) y  tg u ( x )  y  u( x)  sec2 u ( x)
dx x 2  3
y  cotg u ( x)  y  u( x)  cosec2u ( x)
dy y  sec u ( x)  y  u( x)  tg u ( x)  sec u ( x)
b)  4 cos 4 x
dx y  cosec u ( x)  y  u( x)  cotg u ( x)  cosec u ( x)

dy
c)  16 t.sen 8t 2
dt

dy 4
d) 
dt 2t  1

dy
e)  5e  5 x
dx

dy
f)  8 t.( t 2  3) 3
dt

dy 3
g) 
dx 2. 3 x  1

3.6 TABELA GERAL DE DERIVADAS

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 104


Cálculo I

y  arcsen u ( x )  y   [u ( x )] / [ 1  (u ( x )) 2 ]

y  arccos u ( x )  y  [ u ( x )] / [ 1  (u ( x )) 2 ]
y  arctg u ( x )  y  u ( x ) / [1  u ( x ) 2 ]
y  arccotg u ( x )  y  u ( x ) / [1  u ( x ) 2 ]
 
y  arcsec u ( x ), u ( x )  1  y   u ( x ) /  u  u ( x ) 2  1 
 
 2 
y  arccosec u ( x ), u ( x )  1  y   u ( x ) /  u  u ( x )  1 
 
y  senh u ( x )  y   u ( x )  cosh u ( x )
y  cosh u ( x )  y   u ( x )  senh u ( x )
y  tgh u ( x )  y   u ( x )  sec 2 h u ( x )
y  coth u ( x )  y   u ( x )  cosec 2 h u ( x )
y  sech u ( x )  y   u ( x )  tgh u ( x )  sech u ( x )
y  cosech u ( x )  y   u ( x )  cotgh u ( x )  cosech u ( x )

Respostas: 1) y '  3 x 2  30 x  75
1) y  ( x  5) 3 2) y '  18.(3 x  4) 5
1 3
2) y  ( 3 x  4) 6 3) y '  24 x 2 .( 2 x 3  )
2
1 4 ' 5
3) y  (2 x 3  ) 4) y 
2 2. 5 x
4) y  25 x 2
5x
5) y ' 
2x
5) y  5. 2 x 5
' 1
6)3.6.1
y  EXERCÍCIOS
x2 PROPOSTOS 6) y 
2. x  2
7)I)yDerive
 3. xas2 funções: 7) y '  3
25 3 ' 6x 2
8) y  x 4 8) y 
5 25.5 ( x 3  4) 4
9) y  3 8x ' 8
9) y 
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 3.3 (8 x) 2 105
10) y  3 (2 x  1) 2
' 4
10) y  3
3. 2 x  1
Cálculo I

II) Calcule as derivadas das funções abaixo:


6 x 7
y '  (12 x  12).e 3 x 6 x 7
2 2
1) y  2.e 3 x
1 1
2) y  e 3 x y '   e 3 x
3 3
2
6 x 2
6x
3) y  2 3 x y '  (6 x  6). ln 2.2 3 x
6
6 24e x
4) y  4.e x '
y 
x2
7
5) y  ln(5  7 x ) y'  
5  7x
2
2
5 x 3 5x  3
6) y  5 2 x y '  ( 4 x  5). ln 5.5 2 x
7) y  sen 2 x y '  2. cos 2 x
8) y  x. cos x y '  cos x  xsenx
1
9) y  ln x y' 
x
10) y  x 4 .senx y '  x 3 ( x cos x  4 senx)
11) y  cos 2 x y '  2.senx cos x
1 1 1
12) y  sen y'   cos
x 2 x
x
13) y  3 senx y '  3 senx. ln 3. cos x
14) y  cos 6 x y '  6 sen6 x

3x 2
15) y  ln(x 3  1) y' 
3
x 1
16) y  cos x 7 y '  7 x 6 senx 7
17) y  sen ( x 2  4 x  1) y '  ( 2 x  4). cos( x 2  4 x  1)
18) y  3 x.sen 5 x y '  3.( 5 x cos 5 x  sen 5 x )

III) Calcule as derivadas das funções abaixo:


1
a) y  log 2 ( x 3  4 x) b) y 
( x 2  7) 3
3
d) y   2x
5
c) y  e 4 x  2 x 2
7x
f) y  5e 6 x  1
2
e) y  e 6 x
g) y  ( x  7)10 h) y  4 3 x  2 x  1

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 106


Cálculo I

6x 5 1
i) y  e  5x 4  j) y  x 4  ( x 2  3 x  5) 4
2x
3
k) y  5 x ²  5 x  l) y  5 3  3 x 5 54 x 3  2
x3
m) y  (7  2 x 5  e 2 x ) 5 n) y  2 ln(3 x 2  4 x ) 4
5x3 3
o) y  x ln 3 x  p) y  e x ln 2 x  2 x
7
1
q) y  2sen 3 x 3  2 cos x r) y  2 x 4  2 x 3 
4
x 5
ln x
s) y  e t) y 
x x3
u) y  cos 2 x  2 senx 3

Respostas:
(3 x 2  4) log 2 e 15 x 2 3 3
a) y' 
l) y '  15 x 4  ( x  2) 4
( x 3  4 x) 4
m) y '  5(7  2 x 5  e 2 x ) 4 .( 10 x 4  2e 2 x )
b) y '  6 x ( x 2  7) 4
 6x  4 
y '  8. 2
5
c) y '  20 x 4 e 4 x  4x n) 
 3x  4 x 
21 3
d) y'  (7 x ) 2  2 15 x 2
2 o) y '  1  ln 3 x 
2
7
e) y '  12 xe 6 x

f) y '  6.5 6 x 1. ln .5 p) y '  e x ln 2 x 


ex
x
3
 
 2 x ln 2 3 x 2
g) y '  10( x  7 ) 9
q) y '  18 x 2 cos 3 x 3  2 senx
x 1
h) y '  4 . ln 4 1
3x 2
3 3
i)
5
y '  30 x 4 .e 6 x  20 x 3  (2 x) 2 r) y'  8x 
2
j) y '  4 x 3  4( x 2  3 x  5) 3 .( 2 x  3)
4 3 x5
k) y '  10 x  5  9 x 4 s) y'  x e
A
t) y '  x 4 (1  3 ln x )
u) y '  2 sen 2 x  6 x 2 cos x 3

3.7 APLICAÇÃO DE DERIVADAS: TAXA DE VARIAÇÃO

3.7.1 EXEMPLOS
1. O fator limitante na resistência atlética é o desempenho cardíaco, isto é, o volume de sangue que o
coração pode bombardear por unidade de tempo durante uma competição atlética. A figura ao lado
mostra um gráfico de teste de esforço de desempenho cardíaco V em litros (L) de sangue versus a
quantidade de trabalho que está sendo feita W em kilogramas-metros (kg.m) durante um minuto de
levantamento de peso. Este gráfico ilustra o conhecido fato médico de que o desempenho cardíaco
aumenta com a quantidade de trabalho mas, depois de atingir um valor de pico, começa a cair.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 107


Cálculo I

Use a reta secante da figura


a para estimar a taxa média
de desempenho cardíaco
em relação ao trabalho a ser
executado quando este
aumenta de 300 para 1200
kg.m.
Use a reta tangente da
figura b para estimar a taxa
de variação instantânea do
desempenho cardíaco em
relação ao trabalho que está
sendo executado no ponto
onde ele é de 300 kg.m.

Resolução:
Usando os pontos estimados (300, 13) e (1200, 19), a inclinação da reta secante da figura 1 é:
19  13 L
msec   0,0067
1200  300 kg.m
Dessa forma, a taxa de variação média de desempenho cardíaco em relação ao trabalho que está sendo
executado no intervalo dado é de aproximadamente 0,0067 L / kg.m.
Isso significa que, em média, o aumento de 1 unidade no trabalho que está sendo executado produz
um aumento de 0,0067 L, no desempenho cardíaco no intervalo dado.
Usando a reta tangente estimada na figura 2 e os pontos estimados (0,7) e (900,25) sobre esta reta
obtemos:
25  7 L
mtg   0,02
900  0 kg .m

Assim, a taxa de variação instantânea do desempenho cardíaco, em relação ao trabalho é de


aproximadamente 0,02 L / kg.m.

2. Um estudo ambiental realizado em um certo município revela que a concentração média de

monóxido de carbono no ar é c ( p )  0,5 p 2  17 partes por milhão, onde p é população em


milhares de habitantes. Calcula-se que daqui a t anos a população do município será
p (t )  3,1  0,1t 2 milhares de habitantes. Qual será a taxa de variação da concentração de monóxido
de carbono daqui 3 anos?
Resolução:
O nosso objetivo é obter o valor de dc / dt para t = 3.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 108


Cálculo I

dc 1 1 dp
Como  (0,5 p 2  17) 1/ 2 [0,5.(2 p)]  p.(0,5 p 2  17) 1 / 2 e  0,2t
dt 2 2 dt

Temos, de acordo com a regra da cadeia:

dc dc dp 1 0,1 pt
 .  p.(0,5 p 2  17) 1 / 2 .(0,2t ) 
dt dp dt 2 0,5 p 2  17

Para t = 3:

p (3)  3,1  0,1(3) 2  4

Logo,
dc 0,1.( 4).(3)

dt 0,5.(4) 2  17

dc 1,2

dt 25

dc 1,2

dt 5

dc
 0,24 por milhão por ano
dt

3.7.2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Uma partícula move-se sobre uma reta de forma que, após t segundos ela está a s = 2t 2 + 3t
centímetros de sua posição inicial.
a) Determine a posição da partícula após 2 s.
b) Determine a posição da partícula após 3s.
c) Calcule a velocidade média da partícula no intervalo de tempo [2 , 3].
d) Calcule a velocidade instantânea em t = 2.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 109


Cálculo I

2) Um projétil é disparado diretamente para cima e, nos primeiros 30 segundos, a altura atingida por
ele em t segundos é de h = 4t2 metros.
a) Qual a altura atingida em 20s?
b) Qual a velocidade média do projétil nos primeiros 30s?
c) Qual a velocidade instantânea após 30s?

3) A figura abaixo mostra a curva “posição x tempo” de uma plataforma que se move para cima até
60 metros e pára.

70
60

50
40

30
20

10

0
0 5 10 15 20 25

Tempo ( s )

a) Calcule a velocidade instantânea da plataforma quando t = 15s.


b) Esboce a curva da velocidade x tempo para o movimento do plataforma no intervalo 0  t  20 .

4) Um objeto cai em direção ao solo de altura de 180 metros. Em t segundos, a distância percorrida
pelo objeto é de s = 20t2 m.
a) Quantos metros o objeto percorre após 2 segundos?
b) Qual é a velocidade média do objeto nos 2 primeiros segundos?
c) Qual é a velocidade instantânea do objeto em t = 2 s?
d) Quantos segundos o objeto leva para atingir o solo?
e) Qual é a velocidade média do objeto durante a queda?
f) Qual é a velocidade instantânea do objeto quando ele atinge o solo?

5) A população de determinado país (N) em milhões de habitantes cresceu segundo o gráfico


abaixo. Use uma reta tangente estimada da figura no ponto onde t = 1950 para aproximar o valor da
derivada. Descreva o seu resultado como uma taxa de variação.

6000
população (em milhões)

5000

4000

3000

2000

1000

0
1850 1900 1950
tempo (em anos)

6) A população inicial de uma colônia de bactérias é 10.000. Depois de t horas a colônia terá a
população P(t) que obedece a lei: P(t) = 10.000.1,2t.
a) Qual o número de bactérias depois de 10 horas?
b) Encontre a lei que dá a variação da população P em relação ao tempo t.
c) Determine essa variação instantânea após 10 horas.

7) Sabemos que o volume de um cubo é função de seu lado. Determine:


a) A taxa média de variação do cubo em relação ao lado quando este cresce de 3 para 5.
b) A taxa de variação do volume em relação ao lado quando este mede 5.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 110


Cálculo I

8) Um tanque está sendo esvaziado segundo a função V(t) = 200.(30 – t) 2, onde o volume é dado em
litros e o tempo em minutos. A que taxa a água escoará após 8 minutos? Qual a taxa média de
escoamento durante os primeiros 8 minutos?

9) Uma saltadora de pára-quedas pula de um avião. Supondo que a distância que ela cai antes de
abrir o pára-quedas é de s(t) = 986.(0,835t – 1) + 176t , onde s está em pés e t em segundos, calcule a
velocidade instantânea (em m/s) da pára-quedista quando t = 15. (Obs.: 1 pé = 0,3048 m)

10) As posições de dois móveis num instante t segundos são dadas por s 1 = 3t3 – 12t2 +18t + 5 m e
s2 = -t3 + 9t2 – 12t m. Em que instante as partículas terão a mesma velocidade?

11) O gráfico a seguir mostra a posição de um carro percorrendo uma rodovia. O motorista parte em
t = 0 e retorna 15 horas mais tarde.

600

500
posição (em km)

400

300

200

100

0
0 5 10 15
tem po (em horas)

a) Construa o gráfico da velocidade do carro v = ds/dt para 0  t  15.


b) Construa o gráfico da velocidade do carro a = dv/dt para 0  t  15.
c) Supondo que s = 15t 2 – t3, faça os gráficos da velocidade e aceleração, comparando-os com os
resultados dos itens a e b.

12) Um objeto se move de modo que no instante t a distância é dada por s = 3t 4 – 2t. Qual a expressão
da velocidade e da aceleração desse objeto?

13) Achar a velocidade e a aceleração no instante t = 3 segundos onde s = 3t 3 – 2t2 + 2t +4 é a função


que informa a posição (em metros) de um corpo no instante t.

14) Um corpo se desloca sobre um plano inclinado através da equação s = 5t 2 – 2t (s em metros e t em


segundos). Calcular a velocidade e a aceleração desse corpo após 2 segundos da partida.

15) Um corpo é abandonado do alto de uma torre de 40 metros de altura através da função y = 6t 2 – 2.
Achar sua velocidade quando se encontra a 18 metros do solo onde y é medido em metros e t em
segundos.

16) Uma partícula se move segundo a equação s(t) = t 3 – 2t2 + 5t – 1, sendo s medido em metros e t em
segundos. Em que instante a sua velocidade vale 9 m/s?

17) Dois corpos têm movimento em uma mesma reta segundo as equações s 1 = t3 + 4t2 + t – 1 e s2 = 2t3
– 5t2 + t + 2. Determine as velocidades e posições desses corpos quando as suas acelerações são iguais.

18) Uma partícula descreve um movimento circular segundo a equação  = 2t4 – 3t2 – 4 ( em
radianos). Determine a velocidade e a aceleração angulares após 4 segundos.

19) Certa imobiliária aluga salas comerciais por R$ 600,00 mensais. Este aluguel sofre um reajuste
mensal de 2%. Calcule a taxa de variação do aluguel daqui a 10 meses.

20) Um cubo de metal com aresta x foi aquecido e dilatou-se uniformemente.


a) Determine a taxa de variação média do seu volume quando a aresta aumenta de 3 para 3,01 cm.
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 111
Cálculo I

b) Determine a taxa de variação do seu volume em relação à aresta para x = 3 cm.

21) Sabemos que a área A de um quadrado de lado l é: A = l2. Determinar:


a) a taxa de variação média da área de um quadrado em relação ao lado quando este varia de 3 a 3,5
metros;
b) a taxa de variação da área em relação ao lado quando este mede 5 metros.

22) Numa certa fábrica, o número de peças produzidas nas primeiras t horas diárias de trabalho é
dado pelo gráfico abaixo:

Peças produzidas por hora de trabalho

2000
peças produzidas

1500
1000
500
0
0 2 4 6 8 10
horas

a) Qual a razão de produção (em unidades por hora) após 3 horas de trabalho? E após 7 horas?
b) Quantas peças são produzidas na oitava hora de trabalho?

23) Uma caixa d’água está sendo esvaziada para limpeza. A quantidade de água na caixa, em litros, t
horas após o escoamento ter começado é dada por:
v  50 80  t  2
Determinar:
a) A taxa de variação média do volume de água no reservatório durante as 8 primeiras horas de
escoamento.
b) A taxa de variação do volume de água no reservatório após 10 horas de escoamento.
c) A quantidade de água que sai do reservatório nas 7 primeiras horas de escoamento.
d) Esboce o gráfico da função e resolva graficamente os itens a, b e c.

24) Uma chapa metálica quadrada de lado x está se expandindo segundo a equação x = 2+ t 2, onde a
variável t representa o tempo. Determinar a taxa de variação da área desse quadrado no tempo t = 2.

25) Numa granja experimental, constatou-se que uma ave em desenvolvimento pesa em gramas

 1 2
20  . t  4 , para 0  t  60
onde t é medido em dias.

w(t)   2
24,4t  604 , para 60  t  90, a) Qual a razão do aumento do peso da ave quando t= 50?
b) Quanto a ave aumentará no 51o dia?
c) Qual a razão de aumento de peso quando t=80?

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 112


Cálculo I

26) Numa pequena comunidade obteve-se uma estimativa que daqui a t anos a população será de
5
p (t )  20  milhares. Daqui a 18 meses, qual será a taxa de variação da população desta
t 1
comunidade?

27) Um corpo se move em linha reta, de modo que sua posição no instante t é dada pelo gráfico
abaixo, onde o tempo é dado em segundos e a distância em metros.

210
distância (metros)

180
150
120
90
60
30
0
0 2 4 6 8 10
tem po (segundos)

a) Achar a velocidade média durante o intervalo de tempo [3;4].


b) Achar a velocidade do corpo no instante t = 3.

28) A posição de uma partícula que se move no eixo x depende do tempo de acordo com o gráfico
abaixo, em que x vem expresso em metros e t em segundos:

10
0
posição (m)

-10 0 1 2 3 4 5
-20
-30
-40
-50
tempo (s)

a) Qual o seu deslocamento depois de 4 segundos?


b) Qual a velocidade da partícula quando t = 4 segundos?

29) Uma piscina está sendo drenada para limpeza. Se o seu volume inicial de água era de 72.000 litros
e depois de um tempo de t horas este volume diminuiu 2.000t2 litros, determinar:
a) tempo necessário para o esvaziamento da piscina;
b) taxa média de escoamento no intervalo [3,6];
c) taxa de escoamento depois de 3 horas do início do processo.

30) Uma piscina está sendo drenada para limpeza. O seu volume depois de t horas é dado por
V = 90.000 - 2.500t2 litros. Determine:

a)O tempo necessário para o esvaziamento da piscina;


b)A vazão média de escoamento no intervalo [2,5];
c) A vazão depois de 2 horas do início do processo.
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 113
Cálculo I

31) Analistas de produção verificaram que em uma montadora X, o número de peças produzidas nas
primeiras t horas diárias de trabalho é dado por

 
50 t 2  t , para 0  t  4
f (t)  
200 t  1, para 4  t  8
a) Qual a razão de produção (em unidades por hora) após 3 horas de trabalho?
b) E após 7 horas?
c) Quantas peças são produzidas na oitava hora de trabalho?

32)Mariscos zebra são mariscos de água doce que se agarram a qualquer coisa que possam achar.
Apareceram primeiro no Rio St. Lawrence no começo da década de 80. Estão subindo o rio e podem se
espalhar pelos Grandes Lagos. Suponha que numa pequena baía o número de mariscos zebra ao
tempo t seja dado por Z(t) = 300t 2, onde t é medido em meses desde que esses mariscos apareceram
nesse lugar. Quantos mariscos zebra existirão na baía depois de quatro meses? A que taxa a população
está crescendo em quatro meses?

33)Um copo de limonada a uma temperatura de 40 oF está em uma sala com temperatura constante de
70oF. Usando um princípio da Física, chamado Lei de Resfriamento de Newton, pode-se mostrar que
se a temperatura da limonada atingir 52 oF em uma hora, então a temperatura T da limonada como
função no tempo decorrido é modelada aproximadamente pela equação T = 70 – 30.e -0,5t , onde T está
em oF e t em horas. Qual a taxa de variação quando t = 5?

34)A Hungria é um dos poucos países do mundo em que a população está decrescendo cerca de 0,2%
ao ano. Assim, se t é o tempo em anos desde 1990, a população , P, em milhões, da Hungria pode ser
aproximada por P = 10,8. (0,998)t .
a) Qual população, para a Hungria no ano 2000, prevê este modelo?
b)Qual a taxa de decrescimento da população para o ano 2000?

Respostas:
1) a) 14 m; b) 27 m; c) 13 m/s; d) 11 m/s
18) v1 = 52 m/s; v2 = 25 m/s; s1 = 65 m; s2 = 14m
2) a) 1600m; b) 120 m/s; c) 240 m/s
19) 488 rad/s; 378 rad/s2
3) a) 4 m/s; b) Gráfico
20) R$14,48/mês
4) a) 80 m; b) 40 m/s; c) 80 m/s; d) 3 s; e) 60 m/s; f) 120
21) a) 27,09 cm3/cm; b) 27 cm3/cm
m/s
22) a) 6,5 m2/m; b) 10 m2/m
5) 40 milhões de pessoas/ano
23) a) 350 peças/hora; b) 200 peças/hora; c) 200 peças
6) a) 61917 bactérias; b) 1832.1,2t; c) 11288 bactérias/hora
24) a) –7600 l/hora; b) –7000 l/hora; c) –53550 l
7) a) 49; b) 75
25) 48
8) –8800 l/min; -10400 l/min
26) a) 54 g/dia; b) 54,5 g/dia; c) 24,4 g/dia
9) 50 m/s
27) 800 pessoas/ano
10) 1 s e 2,5 s
28) a) 23m/s; b) 22 m/s
11) a, b, c) Gráfico
29) a) –16 m; b) –24 m/s
12) v = 12t3 – 2 ; a = 36t2
30) a) 6 h; b) –18000 l/h; c) –12000 l/h
13) 71 m/s; 50 m/s2
30) a) 6h b) 17500l/h c) 10000l/h
14) 18 m/s; 10m/s2
31) a) 350 peças/h b) 200 peças/h c) 200 peças
15) 24 m/s
32) 4800 mariscos 2400 mariscos/ano
16) 2 s
17) v1 = 52 m/s; v2 = 25 m/s; s1 = 65 m; s2 = 14m 33) 1,23 oF/h
34) a) 10,59 milhões b) -21193 pessoas/ano

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Cálculo I

3.8 MÁXIMOS E MÍNIMOS

3.8.1 EXEMPLOS

1) Encontre as dimensões de um retângulo com perímetro de 200 cm cuja área seja a maior possível.

Resolução:

Temos a área como a variável a ser maximizada.

Chamamos de x o comprimento do retângulo e y a largura do retângulo, logo, A = x.y.

Devemos então eliminar uma das variáveis, já que conhecemos o valor do perímetro do retângulo.
Se p = 200 cm e p = 2x + 2y, então, 200 = 2x + 2y. Resolvendo a equação, temos y = 100 - x. Com esta
relação entre as variáveis x e y fazemos a substituição na função A = x.y, obtendo A = 100x - x 2.

Agora, devemos encontrar o valor de x que nos proporcionará a área máxima. Isso é possível quando
derivamos a função e a igualamos a zero, pois no ponto onde encontramos a área máxima a reta
tangente tem coeficiente angular zero, ou seja, dA/dx = 0.

Então, 100 - 2x = 0; x = 50. Se x = 50 e y = 50 - x; y = 50. Desta forma, a área deste retângulo assume o
valor máximo quando o comprimento é 50 cm e a largura é 50 cm.

Podemos observar que a maior área é obtida quando o retângulo tem os lados iguais, ou seja, é um
quadrado.

2) Uma lata cilíndrica fechada contém 2.000 cm 3 de líquido. Como poderíamos escolher a altura e o
raio para minimizar o material usado em sua confecção?

Resolução:

Neste problema temos que trabalhar com a minimização da área, já que o material para a confecção da
lata é comprado em chapas, ou seja, por cm2.

A área de uma lata cilíndrica é dada por: A = 2r2 + 2rh.

Precisamos eliminar uma das variáveis da função, raio ou altura.

O volume da lata cilíndrica é dado por: V = r2h e V = 2000; 2000 = r2h. Resolvendo a equação e
isolando o valor da altura h, temos: h = 2000/r2.

Fazemos, então, a substituição do valor de h na função da área A, obtendo: A= 2r2 + 4000/r.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 115


Cálculo I
Para descobrir o valor do raio da lata para que o material usado na sua confecção seja mínimo
devemos derivar a função e igualá-la a zero.

dA/dr = 4r - 4000/r2


4r - 4000/r2 = 0
r3 = 1000/
r = 6,83 cm

Se r = 6,83 cm; h = 2000/(.(6,83)2) = 13,66 cm.

Concluímos então que para termos a área máxima de uma lata cilíndrica a sua altura deve ser igual ao
seu diâmetro.

Dicas para resolver Problemas de Otimização

1o Passo: Ler o problema atentamente e identificar as informações necessárias para poder resolvê-lo.
Identificar o que é desconhecido, o que é dado e o que é pedido.

2o Passo: Desenhe figuras e/ou gráficos identificando as partes que são importantes para a resolução
do problema. Introduza uma variável para representar a quantidade a ser maximizada ou
minimizada. Com esta variável, elabore uma função cujo valor extremo forneça a informação pedida.

3o Passo: Determine quais valores da variável têm sentido no problema.

4o Passo: Derive a função e iguale a zero, ou seja, encontre o ponto de máximo ou de mínimo.

5o Passo: Interprete o resultado e decida se tem sentido ou não, verificando a sua validade.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 116


Cálculo I
3.8.2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Qual o número positivo que somado ao seu inverso tem como resultado uma soma mínima?

2) Expresse o número 20 como uma soma de dois números não-negativos, cujo produto é o maior
possível.

3) Uma caixa aberta


deve ser feita com uma
folha de papelão
medindo 8 cm de
largura por 15 cm de
comprimento,
cortando-se quadrados
iguais dos 4 cantos e
dobrando-se os lados.
Qual é o tamanho dos
quadrados cortados
para a obtenção de
uma caixa com o
máximo volume?

4) Um terreno retangular é cercado por 1500 m de cerca. Quais as dimensões desse terreno para que a
sua área seja a maior possível? E qual a área máxima?

5) Um tipógrafo quer imprimir boletins com 512 cm 2 de texto impresso,margens superior e inferior
de 6 cm e margens laterais de 3 cm cada uma. Quais as dimensões da folha para minimizar o gasto de
papel?

6) Uma área retangular está limitada por uma cerca de arame em três de seus lados e por um rio reto
no quarto lado. Ache as dimensões do terreno de área máxima que pode ser cercado com 1.000 m de
arame.

7) Um terreno retangular deve ser cercado de duas formas. Dois lados opostos devem receber uma
cerca reforçada que custa R$ 3,00 o metro, enquanto os outros dois restantes recebem uma cerca-
padrão de R$ 2,00 o metro. Quais são as dimensões do terreno de maior área que pode ser cercado
com R$ 6.000,00?

8) Uma embalagem retangular deve ser feita usando-se uma folha de cartolina quadrada de lado a,
retirando-se quadrados de mesmo tamanho dos quatro cantos e dobrando-se os lados. Qual é o
tamanho do quadrado que resulta numa embalagem com volume máximo?

9) Um recipiente em forma de paralelepípedo com base quadrada deve ter um volume de 2.250 cm 3. O
material para a base e a tampa do recipiente custa R$ 2,00 por cm 2 e o dos lados R$ 3,00 por cm 2. Quais
as dimensões do recipiente de menor custo?

10) Uma lata cilíndrica fechada tem capacidade de 1 litro. Mostre que a lata de área mínima é obtida
quando a altura do cilindro for igual ao diâmetro da base.

11) Certa pista de atletismo, como mostra a figura, tem perímetro de 400 metros. Encontre as
dimensões da pista de tal forma que sua área seja a maior possível.

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 117


Cálculo I

12) Um grupo de escoteiros possui uma peça de lona circular de 3 m de raio. Cortando-se um setor
circular pode-se construir uma tenda de forma cônica. Quais as dimensões da tenda para que seu
volume seja máximo?

13) Uma folha de papel para um cartaz tem 2 m 2 de área. As margens no topo e na base são de 25 cm e
nas laterais 15 cm. Quais as dimensões da folha para que a área limitada pelas margens seja máxima?

14) Certo recipiente em forma de paralelepípedo com base quadrada deve ter o volume de 4 litros. O
custo do material dos lados é a metade do custo do material usado para a confecção da base a da
tampa. Encontre as dimensões do recipiente de menor custo.

15) Um fio com 12 cm deve ser cortado em duas partes. Com uma das partes é feito um círculo e com
a outra parte um quadrado. Quanto do fio deve ser usado para que a área total englobada pelas
figuras seja mínima?

16) Três lados de um trapézio medem 10 cm cada um. Quanto deve medir o outro lado para que a sua
área seja máxima?

17) Ache o raio e a


altura de um cilindro
circular reto com o
maior volume, o qual
pode ser inscrito em
um cone reto com 10
cm de altura e 6 cm de
raio.

18) Dois terrenos retangulares, com dimensões x e y e um lado comum x, como mostra a figura,
devem ser murados. Cada terreno tem uma área de 400 m 2. Determinar as dimensões de cada terreno
para que o comprimento do muro seja o menor possível.

19) Certa fábrica produz embalagens retangulares de papelão. Um de seus compradores exige que as
caixas tenham 1 m de comprimento e volume de 2 m 3. Quais as dimensões de cada caixa para que o
fabricante use a menor quantidade de papelão?

20) Um retângulo é
inscrito num triângulo
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 118
Cálculo I
retângulo de catetos medindo 9 cm e 12 cm. Encontrar as dimensões do retângulo com maior área,
supondo que a sua posição é dada na figura ao lado.

21) Uma janela, de perímetro p, tem a forma de retângulo sobremontado por um semi-círculo, como
mostra a figura. Achar as dimensões de modo que a sua área seja máxima.

22) Um agricultor deseja construir um reservatório cilíndrico, fechado em cima, com capacidade de
6.280 m3. Sabendo que o custo da chapa de aço é de R$50,00 o m2, determine:
a) o raio e a altura do reservatório de modo que o custo seja mínimo;
b) o custo mínimo.

23) Uma vaca está amarrada em uma corda perfeitamente inextensível em um grosso pilar de base
quadrada por meio de uma argola. Se a vaca puxar a corda como indica a figura, qual será o ângulo 
formado pela corda com o pilar?

24) Sendo 5.832 cm3 o volume de um reservatório de água sem tampa com base quadrada, R$ 3,00 por
cm2 o preço do material da base e R$ 1,50 por cm 2 o valor do material para os lados, calcule as
dimensões desse reservatório de modo que o custo total do material seja mínimo.

25) Em medicina é freqüentemente aceito que a reação R a uma dose x de uma droga é dada pela
equação da forma R = Ax2 (B - x), onde A e B são certas constantes positivas. A sensibilidade de
alguém a uma dose x é definida pela derivada dR/dx da reação com a respectiva dose. Para que valor
de x a reação é máxima?

26) Uma forma líquida de penicilina vendida a granel por uma firma farmacêutica é vendida a granel
a um preço de R$ 200,00 a unidade. Se o custo total de produção para x unidades for
C(x) = 500.000 + 80x + 0,003x2 e se a capacidade de produção da firma for, de no máximo, 30.000
unidades por mês, quantas unidades de penicilina devem ser fabricadas e vendidas nesse período
para que o lucro seja máximo? E qual o valor do lucro máximo?

27) Uma certa indústria vende seu produto por R$ 100,00 a unidade. Se o custo da produção total
diária, em R$, para x unidades for C(x) = 0,0025x 2 + 50x + 100.000 e se a capacidade de produção
mensal for, de no máximo, 15000 unidades, quantas unidades desse produto devem ser fabricadas e
vendidas mensalmente para que o lucro seja máximo?

28) Uma fábrica produz x milhares de unidades mensais de um determinado artigo. Se o custo da
produção é dado por C = 2x 3 + 6x2 +18x +60, e o valor obtido na venda é dado por V = 60x - 12x 2,
determinar o número ótimo de unidades mensais que maximiza o lucro L = V - C.

29) Suponha que o número de bactérias em uma cultura no instante t é dada por N = 5000(25 + te -t/20).
Ache o maior número de bactérias durante o intervalo de tempo 0  t  100.
Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 119
Cálculo I

30) Um departamento de matemática observou que uma secretária trabalhará aproximadamente 30


horas por semana. Entretanto, se outras secretárias forem empregadas, o resultado da conversa é uma
redução do número efetivo de horas por semana por secretária através de 30.(x - 1) 2/33 horas, onde x
é o número total de secretárias empregadas. Quantas secretárias devem ser empregadas para produzir
o máximo de trabalho?

31) Uma centena de animais pertencendo a uma espécie em perigo estão colocados numa reserva de
t 2  5t  25
proteção. Depois de t anos a população p desses animais na reserva é dada por p  100 .
t 2  25
Após quanto tempo a população é máxima?

32) Num campo de futebol, a armação do gol deve ser feita com uma viga de 18 m de comprimento.
Qual a altura e a largura para que a área do gol seja máxima?

33) Nos Estados Unidos são muito populares as corridas de carros chamados dragsters. Participam
dois corredores num trajeto muito curto. Os carros devem ter arranque rápido, já que a corrida dura
poucos segundos. A velocidade dos carros é nula no momento da partida e vai aumentando ate que o
competidor cruze a linha de chegada. O carro cruza a linha de chegada e começa imediatamente a
frear até parar. Para um dos carros, a função da velocidade, dada em metros por segundo, é dada por
t3
v (t )    3t 2  3t . Determine quanto tempo o carro demorou a cruzar a linha de chegada.
3
Respostas: 10
18) 1 1) r = 4 cm e h = cm
19) 10 + 10 3
5 40 3
20) cm 2) x= e y = 10 3
3 3
21) 375 m por 375 m; 140.625 m2 3) largura = altura = 2 m
22) 22 cm por 44 cm
4) 4,5 cm por 6 cm
23) 250 m por 500 m
24) 500 m por 750 m p
5) x=y=
25)
a 4 
6) r = 10 m e h = 20 m; R$94.200,00
6 7) 30 graus
26) base: 15 cm por 15 cm; altura = 10 cm
8) base: 18 cm por 18 cm e altura = 18 cm
27) h = 2r = 10,8 cm
200 2
28) a=0er= m
9) B
 3
10) 20.000 unidades; R$700.000,00
29) r= 6 meh= 3 m 11) 10.000 unidades
30) 1,09 m por 1,83 m 12) 1000 unidades
31) 12,6 cm de raio por 25,2 cm de altura 13) 20
32) 5,28 cm para o círculo e 6,72 cm para o 14) 1 secretária
quadrado 15) 5 anos
33) 20 cm 16) 4,5 m de altura e 9 m de largura
17) 6,46 segundos

Material elaborado por Deborah Jorge e Karina Borges Mendes 120


Cálculo I

Referências Bibliográficas

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