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Ramona Torres
Portais Mágicos dos Ciganos
Facilitadora: Ramona Torres
Kallin Evoriana - Escritora & Oraculista
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ramonaevora@gmail.com.br
Realização:
Sociedade Esotérica Rajor
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Direção Geral: Jorge Guimarães
Portal Árabe
Os portais mágicos são como colônias espirituais
distintas, se falando disso, podemos considerar que os
mais diversos clãs de magia, tem uma divisão tanto
magistica quanto na sua raiz, na sua natshya. As colônias
são direcionadas por seus habitantes astrais que tem
formas diferentes quando se fala de “modus operandi”, ou
seja em como fazer. As colônias astrais Mouras, Turcas e
desérticas, incluindo todos os desertos, e tipos de
habitantes, como Tuaregs, Gawases, Beduínos e Salenys,
trás tipos espirituais, dos desertos africanos, Egito antigo e
ate os lemurianos, isso faz com que eles trabalhem com
Conjuros, orações, magias do vento, magias da água,
danças mágicas e talismãs de poder. Sendo as marcas mais
fortes quando se fala destes espíritos. Vamos por partes:
“Conjuro”
Conjuro: o que quer dizer CONJURO? Em latim
arcaico- Conjuratum: ato de conjurar, combinar, acordar,
repetir, pactuar, assumir compromissos com algo ou
alguém. Os conjuros dos povos do deserto, soa feitos nos
acordos na base da palavra compromissada sem retorno,
como se diz “pactorvm” – pacto real, acima de todas as
coisas. Por isso são repetidos diversas vezes, Tanto pelo
ato de criar egregoras sobre o que se quer, como que para
marcar no universo denso que são os desertos astrais e
seus respectivos portais.
Um espírito habitante de um portal árabe, ele sempre
será diferente do habitual, sendo um cigano ou não. Pois
isso pode acontecer, sendo ele somente da mesma
egregora e admitido da mesma forma que se faz na terra. A
começar pelas roupagens, quase sempre negras. De
diversas formas: Em túnicas negras adornadas e
complementada por turbantes, com veio de cobrir o rosto
ou não, (veio, é a parte que vem do turbante para cobrir o
rosto das tempestades de areia, deixando somente uma
pequena parte dos olhos de fora).
De roupas desérticas, tuaregs, gawases que se servem
de cores escuras incluindo o azul marinho, beduínos que
também usam cores cruas, e salenys que usam roupas
mais largas tipo calça e balandrau tudo negro
encimesmado por uma cobertura árabe tradicional e não
um turbante. Trabalham com raízes, danças (com uma
perna só), magias milenares, ouro, prata, e animais de
poder, como cavalos, camelos, serpentes, e outros
direcionamentos conforme for a raiz de sua nathsya.
Assim como a simbologia egipiciana não esta descartada.
Os conjuros são feitos a partir de rezas particulares onde
se congrega com os mais diversos tipos de energia das
areias.
Conjuro tradicional para proteção pessoal.
“Pelo Sol e pela lua, pelos portais da magia cigana,
pela cor preta e pela cor branca, pelas tendas e pelos
quatro cantos do mundo, que venham os homens, que
venham as mulheres, que venham as crianças e anciãs.
Pelos animais, pelas águas, pelo ar e pela terra, pelo fogo
da sobrevivência das noites frias, eu me fecho com a força
dos desertos, dos beduínos, dos tuaregs, dos gawases. Pela
força da musica, dos instrumentos, sou protegida pelos
ciganos, nômades, fortes e sábios. Sou protegida pela
magia dos desertos, que só vê quem sabe, e que só sabe
quem vê. Reconheço a força e benesse dos animais
peçonhentos como criaturas divinas. Sou protegida pela
força dos ciganos e pela força de Deus que os criou,
amém”
“Orações”
Orações - O que quer dizer ORAÇÃO? Em Greco
Latim – Oratum – Ato de orar, conversar, pedir, falar com
e implorar a Deus ou as supremas energias permeantes nos
desertos. Quando se ora, também se plasma. Quando se
ora de forma firme e constante, cria-se uma força que os
desérticos chamam de “sulir” (em dialeto egipcio), o que
quer dizer “formato”, ou seja o que você quer no formato
de pensamento que toma força, para nós – forma
pensamento. As orações desérticas são repetidas também
em ate 3 vezes que é o numero da comunicação do
universo. E isso faz com que estas formas alcancem dentro
dos respectivos portais. Um espírito cigano, quando ora,
conversa, ou mesmo ouve os nossos pedidos vindos do
mais profundo ser, eles entram em contato com a nossa
aura, traduzindo a abertura do universo para isso. Ou seja
os sinais começam a surgir quando menos se espera ou se
esta pensando no que foi pedido. Nas formas de idéias,
resumos, ou mesmo em mesmerimos, e sinestesia. E a
egregora que se faz quando se ora com fé.
A oração trás de dentro dos portais as formas mais
secretas, que existe dentro destes centros de magia, que
são revelados somente a quem os busca e tem autorização
para isso. A forma masculina é penetrante a imperiosa,
mas não exclui que a força feminina esteja presente.
As orações são sentidas e direcionadas para tipos
muito tradicionais de pedidos, que são os desérticos que
atendem os pedidos de amor, pedidos de prosperidade
(mais conhecidos com os do “ouro”) e dos pedidos de
encantamento para algo ou alguém. As orações são feitas
conforme os pedidos. Pedidos de amor, são dedicados aos
ciganos que trabalham dentro da força das areias, e dos
oásis. Pedidos de prosperidade, aos ciganos que tem a
força de dentro dos templos ou pirâmides, onde se
encontra toda a força do ouro, de todas as culturas e povos
desérticos. E os pedidos de encantamento quando para
algo, são pelos povos dos clãs que trazem todos os
encantamentos de dentro da força das águas dos desertos,
e quando é para alguém, usam a força de orar criando
egregoras, pelas forças do vento para que o elemento ar, va
ate a pessoa e leve o encanto aos olhos de quem necessita
ver. As águas de ouro e lápis lázuli, são oradas e enviadas
a quem se deseja encantar. As orações são feitas a partir de
palavras próprias onde se congrega as mais diversas
combinações de força para os encantamentos chegarem ate
o propósito que foi escolhido.
Danças mágicas
As culturas orientais são muito ricas em danças e
tradições. Sempre foram e em algumas situações são
consideradas Brujarias, pelo fascínio que a dança exerce.
Bailarinas que se queiram tornar completas, não devem
limitar-se a aprender o básico da Dança Oriental, mas sim
buscar novas formas de dança que apenas enriquecerão a
sua linguagem corporal e cultural.
Solo de Darbuka
Darbuka é um instrumento de percussão, enquanto o
músico executa o solo desse instrumento, a bailarina
acompanha as batidas da percussão com o corpo. O
elemento coreográfico típico das danças para o Solo de
Darbuka é o shimmy, acompanhado de movimentos de
batida.
MELEAH LAF
Meleah Laf significa lenço enrolado. Esta dança foi
vista unicamente no Egipto, mais especificamente no
subúrbio do Cairo. Nos anos 20, surgiu uma moda no
Cairo, onde as mulheres da sociedade começaram a usar o
Meleah, grande lenço preto, enrolado ao corpo. A moda
passou, mas as garotas do subúrbio até hoje continuam a
usar seus lenços. No entanto, agora elas o usam na
dança. A amarração padrão do Meleah passa o véu por
baixo dos seios, prendendo uma das pontas embaixo do
braço. Do outro lado, o véu passa por cima da cabeça e é
seguro pela mão. Durante a dança, a bailarina “puxa” o
Meleah para que este fique justo ao corpo e ressalte suas
formas femininas, principalmente o quadril. No decorrer
da música, a bailarina solta o lenço e dança até o fim com
ele nas mãos. É comum vê-las dançando com um chador
(quase sempre de croché) cobrindo o rosto, que também
pode ser tirado no decorrer da apresentação. Outra
observação interessante: a dançarina masca chiclete
durante a dança (tradicionalmente, as egípcias costumam
mascar goma de miske). O jeito de andar, o lenço cobrindo
o que mais tarde será descoberto, o ato de mascar chiclete
, a música (sempre muito alegre e festiva) são factores
importantes que caracterizam o jeito das garotas Baladi do
Egipto. É uma dança cheia de estereótipos, onde é
necessário charme e uma pitada de ousadia de quem a
interpreta.
RAKS EL SHEMADAN
Raks Al Shemadan é o nome egípcio para o que
conhecemos como a Dança do Candelabro. Muito comum
em festas de casamento ou aniversário, até hoje serve para
celebrar a vida e a união entre as pessoas. Durante as
comemorações de um casamento, por exemplo, a
dançarina e suas velas simbolizam a luz que irá abrir e
iluminar o caminho do novo casal. Muito comum no
Egipto, essa dança pode ter alguma relação com as
tradições judaicas, que também tem o castiçal em sua
simbologia. A proximidade dos países do Oriente Médio
pode facilitar que traços culturais de povos diferentes se
misturem, criando manifestações folclóricas cujas origens
se tornem esquecidas no tempo, ou tenham explicações
baseadas em "versões".
DANÇAS FOLCLÓRICAS
Tahtib ou Saaidi
Dança beduína do Sul do Egipto, originária dos
nómades do deserto. Inicialmente, era dançada apenas por
homens. O nome correcto seria Tahtib, mas é chamada de
Saaidi, pois se utiliza este ritmo em sua execução. É
dançada com um cajado nas mãos, conhecido como
shoumas, e este serve para fazer "acrobacias", que é o
ponto forte da dança, representando uma espécie de luta,
onde os homens atacam ou defendem-se de golpes
imaginários. Por tradição, em algumas aldeias, os bastões
eram talhados com a história de suas tribos, servindo a
dança também para honrar as conquistas de sua família.
Aos poucos, as mulheres foram fazendo parte das danças,
podendo executar o Tahtib e, algum tempo depois, criando
a Raks Al Assaya, versão exclusivamente feminina desta
dança.
Raks El Assaya
Também conhecida como Dança do Bastão ou da
Bengala. Seria uma versão feminina para a dança Tahtib.
Os movimentos aqui são graciosos, delicados, onde as
mulheres apenas manejam o bastão demonstrando suas
habilidades com o objecto, usando-o também como uma
"moldura" para mostrar o corpo durante a execução de
seus movimentos.
Raks Al Balas
Conhecida também como Dança do Nilo, acredita-se
que sua origem tenha relação com as cerimónias realizadas
à beira do rio, pedindo que ele inundasse suas margens
para fertilizar as terras, beneficiando nas plantações e
colheitas. Em outra versão, essa dança seria a
representação da vida dos povos do deserto, onde a
bailarina faz o trajecto de uma nómade que sai de sua
tenda em direcção ao oásis com o intuito de buscar água.
No caminho, ela executa movimentos com o jarro como:
parar para descansar, refrescar-se, pegar a água e,
finalmente, voltar à tenda. Para dançá-la, a bailarina deve
usar roupas que cubram todo o corpo, imitando o traje das
beduínas, inclusive fazendo uso dos chadores (véus que
cobrem o rosto). É necessário habilidade, equilíbrio e boa
expressão facial.
O uso do jarro também pode ser visto na Fallahi, dança
egípcia camponesa.
Raks Al Nachaat
Dança folclórica originária do Golfo Pérsico, área da
Península Arábica que engloba países como Arábia
Saudita, Kuwait, Oman, entre outros. O nome da dança
vem exactamente de suas origens: khaleege, em árabe,
significa golfo. Também é conhecida como Raks El
Nacha’at. Essa dança, praticada somente por mulheres, é
vista em festas familiares desde a Antiguidade até os dias
de hoje. Para dançá-la, a bailarina usa longos vestidos,
cobrindo praticamente todo o corpo. A execução da dança
traz uma simples marcação para os pés, sendo o ponto
forte da apresentação o trabalho de mãos, braços, cabeça
(e cabelos - em geral, longos), com movimentos
circulares, formando a figura de um oito, etc. A música
para o khaleege também é diferenciada: o ritmo utilizado é
o saudi.
Dabke
Desde os tempos dos fenícios (cerca de 4.000 a.C.), a
cobertura de telhados planos nas casas do Oriente Médio
era feita de ramos cobertos com lama. Na mudança de
estação entre o outono e o inverno, a dilatação
proporcionava rachaduras nessa cobertura, fazendo com
que as chuvas de inverno trouxessem vazamentos. Por
isso, os proprietários das casas pediam ajuda aos vizinhos
para recompor a mistura. Todos subiam ao telhado para
recompactar a lama, fazendo com que penetrasse em todas
as frestas, a fim de evitar os vazamentos.
Com o acompanhamento de uma Darbuka e uma
flauta MIJWIZ, os homens se distraiam no ritual das
batidas e assim podiam compactar os telhados de suas
aldeias e das aldeias vizinhas, mesmo sob o frio e a chuva.
Mais tarde, um rolo de pedra substituiu os homens que, no
entanto, já acostumados, continuavam a bater os pés nas
ruas da aldeia. O dabke não requer o movimento dos
braços, marca-se o ritmo com as batidas dos pés e é
realizada em grupo. Apesar de ser originalmente
masculina, hoje em dia pode ser vista sendo dançada por
toda a família. Nas festas árabes, essa dança acaba por
contagiar a todos. Mesmo quem não faz parte da Colónia,
ou não conhece a dança, entra no clima pela alegria e
facilidade da execução dos passos.
Dança Ghawazee
Ghawazee, para os egípcios, significa ciganas. Assim
eram chamadas as dançarinas de Dança do Ventre, no
Egipto Antigo, que se apresentavam nas ruas, também
recebendo o nome de As Dançarinas do Povo.
As ghawazee realizam esta dança de uma maneira
toda especial, com trajes bem folclóricos, pintura tribal
nos rostos, turbantes e lenços amarrados à cabeça, e
músicas tradicionais, com poucos e típicos
instrumentos. Hoje em dia, poucas ciganas tentam ganhar
a vida dançando ou dando aulas no Egipto, competindo
desigualmente com as bailarinas da Dança do Ventre
hollywoodiana, apresentada nos maiores hotéis e casas
nocturnas do Cairo.
No entanto, surge nos Estados Unidos um movimento
muito forte, tentando buscar as raízes da dança dessas
ghawazee. Grupos como The Ghawazee Troupe, The Fat
Chance Belly Dance e The Pink Gipsy Groupe, estão
buscando nessa forma de dançar uma nova visão da Dança
do Ventre. Associando a Dança Ghawazee à outras danças
orientais, formam o que chamam de Tribal Fusion Style.
Guedra
Dança ritual típica dos nómades do Deserto do Saara,
aparecendo também na Mauritânia, Marrocos e Egipto.
Também é conhecida como a Dança da Benção dos
Touaregs. É uma dança de transe, de origem religiosa, que
tem por finalidade trazer satisfação e alegria plena àqueles
que a praticam e/ou a assistem. Sua base é simples, onde a
bailarina executa movimentos com as mãos, para as quatro
direcções (Norte, Sul, Leste e Oeste), para quatro
elementos (céu - acima, terra - abaixo, ar - para trás e água
- para baixo) ou simbolizando o tempo (passado - para
trás, presente - para o lado e futuro - para frente). Outro
movimento básico seria a benção oriental, onde toca-se o
estômago, o coração e a cabeça, emanando a energia da
dança ao público.
Para recuperar a energia dispensada, a dançarina toca-
se na direcção do ombro, trazendo a vibração da plateia
para si.
Inicia-se com o rosto coberto por um véu, que pode ser
abandonado no decorrer da dança. Em certo momento, a
dançarina começa um balanço de cabeça, para frente e
para trás, geralmente brusco, fazendo voar suas tranças.
Com grande frequência, encerra-se a dança no chão. A
roupa típica para dançar a Guedra é o Caftan,
acompanhado do Haik, espécie de manto preso à frente do
corpo por alfinetes e correntes. Acompanha adornos de
cabeça e tranças (reais ou postiças). A musica usada são
cânticos muçulmanos, que podem durar até horas.
Raks Al Senniyya
Raks AL Senniyya, ou a Dança do Chá, tem sua
origem no Marrocos. Uma dança tradicional para esses
povos, pode ser praticada por pessoas de ambos os sexos.
Executa-se basicamente uma performance para
demonstração de equilíbrio e destreza. Os dançarinos
geralmente balançam-se ao som da música, com uma
bandeja de xícaras de chá apoiada na cabeça.
Fellaha ou Fallahi
Dança originária da região do Alto Egipto. Diferente
do Tahtib, que tem como característica ser uma dança de
povos nómades, a Fellaha ou Fallahi vêm dos Fallahin,
fazendeiros egípcios (camponeses). Fallahi significa
"criado por um Fallahin". Também o ritmo musical usado
para esta dança recebe o nome de Fallahi. A dança
simboliza um encontro, sendo dançada, em geral, por
casais (ou um grupo de mulheres e um homem). Conta a
história de um rapaz que estava à procura do amor, e acaba
encontrando uma jovem. No entanto, seu coração é
volúvel. Surpresa com o comportamento dele, ela acaba
deixando-o sozinho.
Numa outra forma, pode ser realizada apenas por
mulheres, onde elas dançam com jarros. O passo básico
da fallahi lembra o pas de valse do ballet clássico.
Choufou El Arbiyya
Dança típica Tunisiana, realizada apenas por
mulheres. Nessa dança, elas mostram, com agilidade, suas
habilidades de dançarina com batidas pélvicas e de
quadris, enquanto mostram seus tornozelos ao público,
para demonstrar que não usam o Khul-khaal e que, assim
sendo, não são casadas. Seria quase que uma dança de
sedução, de moças solteiras em busca de um namorado.
Durante o desenvolver desta, elas fazem mímicas como se
estivessem se maquilhando, ajeitando o vestido, ajudando
umas às outras etc.
Haggala
Originária da Líbia, no Egipto essa dança foi
encontrada com maior frequência em Mersa
Matruh. Quando realizada com autenticidade, a
performance é executada por uma mulher totalmente
coberta, ao som de cânticos masculinos, chamados
keffafeen, acompanhados por palmas. Tradicionalmente, a
dançarina de Haggala deve apresentar-se para quatro
homens e, dentre eles, escolher apenas um para o qual
terminará sua dança. Ela amarra um lenço nas ancas e,
quando escolher seu pretendente, deverá laçá-lo com
este. Numa versão mais moderna, grupos de mulheres
dançam umas para as outras.
Dança Núbia
Antigamente, os núbios representavam a guerra em
forma de danças, usando lanças e Apresentavam-se em
pares. Durante o decorrer da dança, formavam duas filas,
onde homens e mulheres separavam-se, e, ao final,
formavam todos um só grupo. Na dança Núbia, as palmas
tem um papel de destaque no acompanhamento da música.
Talismãs de poder
Um dos temas mais fascinantes de toda a sabedoria
hermética é certamente o da magia operativa. Magia é algo
que funciona? , perguntam-se muitos. Até que ponto o
mago pode mesmo produzir certos fenômenos e realizar os
seus propósitos? Para responder a esta questão um
tanto cética e de todo razoável, analisemos, despidos de
preconceitos, o princípio que se coloca sempre a priori e
por detrás de toda e qualquer ação ou efeito de ordem
mágica: a vontade.
Ela é imprescindível para que exerçamos desde os
mais simples atos como dar um passo ou ler um texto
como este, até os mais difíceis empreendimentos, seja
escalar o Evereste ou quebrar recordes olímpicos. Não
fosse a vontade, nosso próprio pensamento estaria desre-
grado, exprimindo idéias e imagens desconexas, haja vista
que para nos expressarmos devemos, exprimindo idéias e
imagens desconexas, haja vista que para nos expressarmos
devemos bem escolher nossas palavras, no sentido de
conferir sintaxe ao pensamento e torná-lo continente.
Mais que isso, somente à custa da vontade é que
podemos mobilizar a energia necessária para transformar
em atos concretos o que antes somente existia sob a forma
de um mero pensamento ou desejo; exclusivamente por
meio dela é que podemos centralizar o interesse em nossos
objetivos e dirigir esforços a fim de realizar alguma coisa.
Esta verdade psicológica já era sabida por nossos
antepassados mais antigos. Prova disso, por exemplo, são
os achados arqueológicos que mostram talismãs e
amuletos, objetos estes depositários das vontades e
intenções daqueles que os confeccionaram, enterrados
junto aos corpos (geralmente presos junto ao peito) de
homens ou animais que datam do final do neolítico. Mas
foi entre a civilização egípcia, cuja religiosidade sempre
esteve atrelada à magia e à alquimia, que o uso de
amuletos, feitos de diversos materiais e para variados fins,
mais se difundiu na antigüidade. Num sem número de
sepulturas pré-dinásticas do Egito, tais objetos, geralmente
feitos em xisto verde, já são fartamente encontrados.
Popularizaram-se gradativamente a partir de 3 mil
a.C., ao longo da era das dinastias, quando passaram a ser
esculpidos sob diversas formas de divindades, como o
olho de Hórus; animais, como o abutre, o boi etc; insetos,
sendo destes o mais comum o escaravelho; ou ainda sob o
molde de coração, cruz ansata, cetro, colar ou outros
tantos. Não raro, tais artefatos, remotamente datados,
traziam ainda inscrições com palavras de poder,
obviamente talhadas por magos sacerdotes, com o intuito
de que pudessem ser proferidas pelo morto em sua vida no
além-túmulo.
Muitas dessas imprecações, mais tarde, seriam
inseridas no Livro dos Mortos, em seções especificamente
destinadas a exortar o mal e provar a dignidade da alma
perante o tribunal de Osíris. Do Egito, o uso dos amuletos
difundiu-se pelo mundo antigo, impressionando os persas
e os hebreus que os adotaram; também os gregos, e a partir
destes os romanos; e sobretudo os árabes, que os
chamaram de tilasmi, que significa tanto "sortilégio"
quanto "aquilo que se veste ou se porta", de onde se
originou o nome talismã. O mestre Pitágoras, por
exemplo, que se instruiu formalmente nos altos mistérios
do Egito, adotou uma série de talismãs, com números e
nomes gravados, com o intuito de por meio deles garantir
sobretudo a saúde, e ensinava a seus discípulos em
Crotona, no século V a.C., acerca do funcionamento de
tais objetos, que deveriam ser confeccionados sob a devida
orientação astrológica.
Seguidor das idéias pitagóricas, foi o filósofo grego
Apolônio de Tiana (4-97d.C.), a quem se reputa uma série
de supostos milagres, quem teria melhor desenvolvido a
técnica de criar talismãs denominados de "quadrados
mágicos", com números dispostos em linhas e colunas de
tal forma que a soma destes, tomadas em qualquer sentido,
resultasse sempre num mesmo valor.
Tal prática mais tarde influenciaria o médico
alquimista Paracelso, na Basiléia do século XVI, que,
além de talismãs alfa-numéricos, desenvolveu um amuleto
em formato de pentagrama, a conter uma letra em cada
uma de suas cinco pontas, juntas formando a palavra S-A-
L-U-S (saúde, em latim), trazido por ele num colar como
proteção contra a terrível peste negra. Também entre os
judeus, a ciência oculta, milenarmente guardada na
cabala, não fugindo à regra, tem suas raízes no Egito
faraônico. Citemos Moisés, grande iniciado na magia
egípcia, que se notabilizou pelo uso preciso que fazia das
"palavras de poder", ingrediente comumente acrescido aos
amuletos para que melhor concretizem o seu propósito.
Lemos em Atos dos Apóstolos; 7, 22, atribuído a São
Lucas que, na opinião de Santo Estevão, Moisés foi
instruído em toda a ciência dos egípcios, e era poderoso
em palavras e obras. Fácil constatar, em Êxodo; 7; 8-12,
lemos a respeito do prodígio de Moisés, que transformou
seu caduceu numa cobra diante do faraó. Este, não se
fazendo de rogado, pediu a dois de seus sacerdotes,
Iambres e Ianes, que imitassem tal façanha. Mas, para a
surpresa de todos, a serpente de Moisés devorou as de seus
adversários.
Quando da fuga do Egito, Moisés levou consigo os
seus segredos e ministrou-os sob forma de Tradição Oral
(a cabala) a outros escolhidos de seu povo. Convém
lembrar que em hebraico, assim como o faziam os antigos
gregos e romanos, os números não são escritos com cifras,
senão com as mesmas letras de seu alfabeto. Com base
nisso, surgiu a Gematria, sistema esotérico judaico que
estabelece relações entre os nomes escritos e seus
respectivos valores numéricos, de modo que as palavras
passam a ter um significado oculto, somente perceptível
por iniciados na arte da numerologia. Segundo esta
técnica, presume-se ser possível criar nomes de poder com
base no valor das letras que o compõem, nomes estes que,
uma vez escritos, passam a gerar emanações secretas
específicas.
Tal procedimento passou a ser de fundamental
importância entre os hebreus e demais iniciados na cabala,
para a confecção de talismãs destinados a criar
determinada condição, visto que tais artefatos poderiam
ser potencializados por inscrições devidamente estudadas
para tal finalidade.
Tal era a crença dos iniciados na cabala no poder
das palavras, que histórias fantásticas dão conta de que o
rabi Elijah de Chelm, no século XVI, com o auxílio do
Sepher Yetzirah (livro sagrado cabalista, redigido entre os
séculos V e VI d.C.), teria fabricado um homem artificial,
o Golem, termo que literalmente significa "matéria
informe", ao qual dera vida inscrevendo em sua testa um
dos nomes secretos de Deus, revelado a ele segundo a
gematria. Mas a cria teria logo escapado ao controle de
seu mestre, posto que não parava de crescer e se tornava
hora a hora mais monstruosa. O religioso só conseguiu pôr
fim a um iminente desastre apagando a inscrição do
poderoso nome, com o que a criatura desfez-se totalmente.
Da gematria derivou-se o Notarikon, sistema cabalístico
que considera cada palavra hebraica como um acróstico,
do qual se deriva uma nova palavra de cada uma de suas
letras.
Talismãs famosos foram construídos por vários dos
mais importantes ocultistas como Trithemius, Cornélio
Agrippa e Eliphas Levi, com o precioso auxílio do
notarikon. AGLA, palavra hermética muitas vezes
encontrada em amuletos e outros utensílios mágicos, por
exemplo, encerraria o poder da imprecação hebraica que
ela guarda potencialmente em suas quatro letras: Atha
Gibor Leolam Adonai, que se traduz por Senhor, Vós sois
eternamente poderoso. Todo talismã encerra duas faces:
o selo e o sigilo. Entende-se por selo (ou corpo
talismânico) seu aspecto externo, segundo o qual ele se
apresenta a nossos olhos.
Geralmente os talismãs assumem forma mandálica,
ou seja, são circulares, quadrangulares, ou de formato
outro que insinue a presença de um centro a partir do qual
toda a figura simetricamente se organiza. Podem ainda ser
esculpidos em pedra, forjados em metais, desenhados
sobre o papel, feitos de gesso ou de tantos outros
materiais.
Outra classe talismânica é a dos amuletos naturais,
preparados por xamãs ou feiticeiros sob a forma de
pequeno pacote para ser levado preso ao corpo ou nos
bolsos da roupa. Costumam encerrar mesclas de matéria
orgânica e inorgânica em sua composição.
Podem conter em seu invólucro uma infinidade de
itens devidamente escolhidos como ervas, ossos ou restos
desidratados de pequenos animais, ícones de gesso, terra,
sementes, pedras ou metais, sais minerais, restos de unhas
ou fios de cabelo daquele que irá portá-lo, penas de aves,
etc...
E não nos esqueçamos dos costumes populares, que
valorizam amuletos como a ferradura presa às costas da
porta de entrada das casas, ou o pé de coelho, trevo de
quatro folhas e dentes de javali carregados em colares e
pulseiras, ou levados nos bolsos para atraírem a sorte ou
espantarem o mau-olhado. O selo pode ainda conter ou
não inscrições de poder, sob a forma de palavras e
números, orações ou traços cabalísticos que dizem respeito
ao sigilo talismânico, isto é, a seus segredos intrínsecos. O
sigilo é a alma talismânica, contraparte de seu corpo, e
resume a razão ou finalidade pela qual foi confeccionado o
artefato. Não necessariamente, entretanto, o sigilo deve
estar gravado sob alguma forma no amuleto; ele pode
simplesmente ser mantido vivo abstratamente nas
intenções pessoais e genuínas de quem o preparou.
Isto porque se considera que o amuleto encerre ou
possua intrinsicamente uma força mágica, extensiva da
vontade do indivíduo que o criou, e que se transmite
àquele que irá portar o objeto, a fim de que este tenha
maior proteção ou mais saúde, por exemplo. Um dos
maiores gestos de amor na magia operativa se traduz no
preparo de um talismã para alguém de quem gostamos
muito ou a quem desejamos nossos melhores sentimentos.
Se recebemos um amuleto de um xamã, por exemplo,
devemos reconhecer aí uma prova especial de sua
amizade.
Podemos ainda confeccionar talismãs para nossos
filhos ou entes queridos, e contar com a participação deles
no conjuro de tais objetos, no intuito de presenteá-los com
nossas melhores intenções. Paracelso e Nostradamus, por
exemplo, confeccionavam amuletos para uso de seus
pacientes, e depositavam sobre eles uma intenção capaz de
impressionar psicologicamente os enfermos, de modo que
estes acreditassem em seus próprios tratamentos, o que de
todo facilitava o caminho para a cura.
A bem da verdade, podemos dizer que não se
encontra nos talismãs poder maior que o da vontade
humana; eles sintetizam e representam toda uma intenção
especificamente voltada para determinado efeito que se
busca alcançar. Nesse sentido, os amuletos catalisam
forças cósmicas e fixam o genuíno poder daquele que os
possui.
Se o Universo, explica-nos a física quântica, é fruto
daquilo que pensamos sobre ele, e se já é suficientemente
sabido desde o século passado que o observador influi nos
fenômenos que presencia, está aí a própria ciência em sua
revolução chegando às conclusões que nossa arcaica
mente mágica pressupunha existir ao fabricar amuletos de
pedra há mais de 7 mil anos.
Torna-se perfeitamente plausível a tese de que nossos
pensamentos interferem no meio e criam condições mais
ou menos favoráveis, consoantes com nossos padrões
psíquicos conscientes ou não, que corroboram uma série
de eventos entrelaçados pela fabulosa teia dos instantes
sincronísticos.
A magia operativa encontra assim, no preparo
talismânico, sua melhor expressão. Por meio dos amuletos
ou independentemente deles todos, funciona sempre nossa
vontade. Aquilo que desejamos com intensidade e justiça,
não raro acabamos mesmo por realizar. Por isso cabe o
aviso: são necessárias lucidez e humildade, com as quais
podemos melhor discernir a boa persistência da mera
teimosia, de modo que saibamos bem direcionar nossa
vontade e por meio dela contribuir para o feitio do grande
talismã cósmico, depositário de todos os sigilos. Seu
nome? Sincronicidade. Seu maior propósito? Conspirar a
nosso inteiro favor. Façamos pois (mentalizemos) as
nossas preces!
Olhos
Os desérticos trabalham incansavelmente com o
simbolismo dos olhos. É o simbolismo do “Olho que tudo
Vê”, os olhos são a janela da alma, e cada cor tem o seu
simbolismo. Cada aparição dos desérticos geralmente tem
um olho permeando na vidência. Os olhos são o que eles
nunca escondem como se fosse um mapa de tudo o que
querem dizer. Um pouco do que se pode dizer
normalmente inerente a cor dos olhos.
Olhos castanhos
A grande maioria da população mundial tem olhos
escuros, variando desde castanhos até pretos. Olhos
castanhos claros estão presentes em muitas pessoas, mas
numa menor extensão. A maior parte dos habitantes da
África, Asia, e das Américas têm olhos castanhos. Olhos
castanhos também são encontrados na Europa, Oceania e
América do Norte. Olhos castanhos também podem ser
obtidos pela medicação à longo prazo de Latanoprost
(também conhecido como Xalatan), que, como efeito
colateral, causa o escurecimento da cor dos olhos.
Olhos castanhos sempre foram considerados
dominantes entre os genes, mas estudos recentes mostram
que nem sempre isso é verdade.
Olhos pretos
Pessoas com olhos castanhos muito escuros podem
parecer ter olhos pretos. Isso é muito comum em pessoas
de origem Africana, Asiática, nativos americanos e em
descendentes de Europeus do mediterrâneo, como
espanhóis, portugueses e italianos
Olhos esverdeados.
Geralmente utilizado para descrever elementos de
ambos olhos castanhos, às vezes alternando de verde nas
pontas a amarelo em volta da pupila. Olhos esverdeados
são dominantes (sem incluir outros continentes) em países
Centro-Europeus como a Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, sul
e centro da Polônia, sul e centro da Alemanha, Suíça, norte
da Itália, Eslovênia e outros.
Essa cor de olhos é mais dominante que azul e
amarelo.
Olhos azuis
Entre os fenótipos humanos, olhos azuis são
relativamente raros. São encontrados principalmente em
pessoas de origem norte-européia e leste-européia. Sul-
asiáticos também podem ter olhos azuis, mas é muito raro.
Os Países Nórdicos têm o maior percentual de pessoas
com olhos azuis. Vários bebês com olhos claros têm olhos
azuis, porém seus olhos escurecem, ou mudam de cor.
Na metade do século XX, após a invenção dos filmes
coloridos, olhos azuis eram considerados muito desejáveis
por estes aspirando ser atores e atrizes de Hollywood.
Olhos azuis podem tornarem-se castanhos pela
medicação à longo prazo de Latanoprost (também
conhecido como Xalatan), que, como efeito colateral,
causa o escurecimento da cor dos olhos.
Olhos cinzas
Olhos cinzas são uma variação dos olhos azuis
(freqüentemente mais claros). Há uma grande variedade de
sombras cinzas, do quase branco (cinza claro) ao escuro.
Como também visto noutras cores, olhos cinzas também
parecem mudar de cor dependendo das cores que o
cercam.
Olhos verdes
Olhos verdes são mais raros que castanhos, pretos,
"mel" e azuis. Olhos Verdes são mais freqüentemente
encontrados em pessoas de origem Celta, Germânica, e
Eslava. Húngaros têm o maior percentual de Olhos Verdes
entre todas as populações, cerca de 20%. Olhos Verdes
também são encontrados, apesar de que em proporções
baixíssimas, do Oriente Médio ao sul da Ásia. E eles são
tão comuns entre os Pashtuns que no Paquistão, Pashtuns
são freqüentemente chamados "Hare Ankheian Vaale": o
povo dos olhos verdes. Os olhos verdes são formados pelo
castanho desbotado.
Taça
O desenvolvimento dessa peça de arquitetura está
direcionado para sentido do esclarecimento de questões
constantemente debatidas e interrogadas que envolvem a
prova denominada a “Taça Sagrada” dentro dos rituais
maçônicos e, nesse particular, o que abrange o Rito
Escocês Antigo e Aceito no contexto das Obediências
Maçônicas brasileiras, particularmente aos do Grande
Oriente do Brasil.
Embora o arrazoado esteja especificamente dirigido
aos praticantes do escocesismo, urge, pelo caráter
controverso do fato, ser citado o Rito Adonhiramita,
principalmente pela prática litúrgica do ato em questão
que, na forma praticada em nosso país pelos integrantes do
escocesismo, está intimamente ligada ao Rito citado. É
bem verdade que há abrangência da prova da Taça Sagrada
em outros Ritos, independente dos que até aqui foram
citados, todavia, essa prova está também associada a
outras particularidades que se distinguem na forma e
conteúdo da prática, a exemplo do Rito Francês, ou
Moderno, onde na França, a prova é determinada como a
“Taça e a Bebida Amarga” – este Rito emprega apenas a
bebida amarga.
No tradicional, as Taças da Boa e Má Sorte, ou das
Vicissitudes – esse é o nome mais condizente ao se tratar
do Rito Escocês Antigo e Aceito – estarão dispostas para
observação do candidato na Câmara de Reflexão, tal qual
um alerta de alto significado moral, sendo que, mais tarde,
durante o cerimonial de Iniciação, quando o candidato for
inquirido sobre as suas impressões de quando esteve
encerrado “naquele lugar sombrio”, o Venerável dará as
explicações necessárias sobre o significado simbólico do
conteúdo das taças, sem que com isso, haja qualquer
necessidade do candidato sorver desta ou daquela bebida -
basta a explicação e, neste caso, o simbolismo está muito
longe de ser confundido com um trote ou coisas do
gênero.
Punhal
Assim como a dança da espada, a verdadeira origem
da dança com o punhal não tem comprovação histórica e
há diversas versões sobre o significado dessa dança. É
praticamente impossível uma afirmação precisa sobre sua
real origem. Em algumas fontes de pesquisa, há
afirmações de que seria uma dança derivada da dança da
espada. Porém, a dança do punhal é uma dança muito forte
e marcante, diferente da dança com a espada, em minha
opinião. Uma das versões conta que é uma homenagem a
Deusa Selkis (Rainha dos Escorpiões), simbolizando
morte, transformação e sexo. É possível que seja uma
incorporação da dança cigana à dança do ventre,
retratando amor, mistério, magia, paixão, luta e morte.
Alguns estudos realmente nos levam a crer que o povo
cigano foi pioneiro na inserção do punhal em danças
femininas. As gawazees (ciganas) utilizavam o punhal
como arma de defesa e na execução da dança, elas o
usavam para transmitirem mensagens umas para as outras.
Os registros mais antigos nos levam a Istambul e
Constantinopla, mais precisamente às mulheres que
serviam o sultão. Algumas fontes afirmam que as
odaliscas precisavam sobreviver no harém. Dessa forma,
disputavam com as outras a atenção do sultão, tomando
seu punhal e dançando com ele para impressioná-lo.
O sultão escolhia apenas uma odalisca para passar a
noite com ele, podendo futuramente tornar-se uma de suas
esposas ou concubinas. O posto mais alto dentro de um
harém atingido por uma mulher era sultana, ou seja, mãe
do sultão. Nos haréns, a comunicação entre homens e
mulheres era proibida. As mulheres usavam a dança com o
punhal como código de linguagem. Hoje em dia, utilizo
esses gestuais (códigos) nas mostras de dança para que o
público conheça um pouco mais sobre esse estilo de
dança. Seguem os significados dos gestuais:
Punhal na mão, com a ponta voltada para fora: a bailarina
está livre;
Punhal na mão, com a ponta voltada para dentro: a
bailarina é comprometida;
Punhal na testa com a ponta para baixo: magia;
Punhal entre os dentes: desafio (a mulher mostra nada
temer);
Punhal coma ponta no quadril: força feminina;
Bater o punhal na bainha: chamado para o embate;
Punhal entre os seios: paixão;
Passar o punhal pelo corpo: sedução;
Equilibrar o punhal sobre a testa: domínio;
Desenhar círculos no ar com o punhal: limpeza energética
astral;
Passar a lâmina rente ao próprio pescoço: ameaça de
morte.
Dicas:
Por ser uma dança forte, cuidado com o manuseio do
punhal para que você não seja mal interpretada. Decore
seu punhal com pedras, fica bem delicado; Estilos
musicais idéias para essa dança: músicas turcas ou estilo
andaluz. Trajes sugeridos: calças bufantes e boleros.
Serpente
A serpente, ou as cobras em geral, tem um
simbolismo muito diferente nas várias culturas, mas o
dominante é o de um animal matreiro, com muita
sabedoria mas nem sempre aplicada aos melhores
princípios. Daí que no Cristianismo seja também um dos
principais símbolos do pecado e do demónio.
Sonhar com serpentes representa, muitas vezes, todo
o mal que o rodeia, e a ação que elas tomam em relação a
si, ou as que você toma em relação a elas, indicam a sua
relação com esse mal.
1. Se sonha que uma cobra o ataca, é sinal que está a
perder a "guerra" contra os males da sua vida; que está
para breve um ataque dos seus inimigos, que pode até
assumir a forma de uma traição de alguém que
considerava próximo.
2. Se, ao invés, o seu sonho consiste em você derrotar uma
cobra ameaçadora, ou mesmo matá-la, significa que irá
vencer o mal que o rodeia, ultrapassando e conquistando
os seus medos.
3. A serpente tem também uma forte componente sexual,
que não pode ser ignorado nos sonhos. Esta interpretação
impõe-se sobretudo nas ocasiões em que a cobra aparece
não como um animal vivo, mas como um símbolo (por
exemplo, um desenho ou uma escultura): nessa
eventualidade, significa a força sexual da pessoa que a vê,
devendo ser levado em conta todo o contexto e simbologia
dos restantes elementos do sonho.
Estrela.
A estrela brilha, desde as profundezas do imaginário,
como luz que emana da Fonte primordial. É um símbolo
evidente do mistério, e contém a eternidade e o infinito
dos espaços. A estrela é símbolo da relação indizível com
a divindade. Por isso é que, muitas vezes, nos sonhos, a
estrela anuncia o caminho até Deus. Daí que ela seja uma
metáfora da fé, a aceitação plena de um futuro
imprevisível, representando o abandono da vontade
exacerbada de dominar e de controlar o destino.
A estrela é um sinónimo simbólico do velho sábio,
daquele que guia no caminho da interioridade, do que
ajuda a encontrar o centro ou o tesouro escondido. Daí
que a estrela seja guia e esperança. Nos sonhos, traduz a
receptividade à metamorfose, a adesão e o abandono ao
inesperado, ao mundo do Mistério.
A estrela é a mensageira desse mesmo mistério e,
pela sua luz, assegura ao homem a libertação dos medos e
da angústia que o tinham aprisionado. O seu brilho
incomparável abre ao ser o campo infinito das riquezas
inconscientes. A sua visão convida a renascer para a vida
intuitiva, a pôr de lado a couraça das construções
racionais. Daí que a estrela possa ser símbolo de um
crescimento psíquico. A estrela, um céu estrelado,
relacionam-se geralmente nos sonhos com o céu, a noite, a
lua, o espaço, mas também com as figuras do velho sábio,
do anjo, e com a música. Os cenários são invadidos
frequentemente pela cor azul, símbolo de aprofundamento
espiritual e cor feminina por excelência. Basta pensarmos
na associação desta cor com o manto da Virgem Maria.
A estrela aponta o caminho: é ela que conduz os
pastores até ao estábulo da Natividade, é ela que guia o
eremita até Compostela, é ainda ela que guia a barca de
Osíris… Por isso, de acordo com a dinâmica simbólica,
todos os ventos são favoráveis para aquele que confia na
sua estrela.