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Com a palavra, os professores de Ciências e Biologia

FACEBOOK E A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
PERFIL DOS GRUPOS NA
REDE SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLA

Aline Silva Dejosi Nery


Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde
alinesnery@gmail.com

Eduardo Silva de Freitas


Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde
efreitasbio@gmail.com

Sônia Cristina Soares Dias Vermelho


Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde
cristina.vermelho@gmail.com

RESUMO

Esta pesquisa objetivou identificar o perfil dos grupos que existem atualmente na rede
social Facebook que tratam do tema da Educação Ambiental e entender se a rede social
é utilizada como uma ferramenta pedagógica servindo de apoio às atividades de
formação relacionadas à Educação Ambiental nas escolas, visto que trata-se de tema
hoje em dia muito discutido em aulas de ciência e biologia. O levantamento foi feito na
própria ferramenta e, do total de perfis identificados, selecionamos os 100 primeiros
para realizar análise quantitativa e qualitativa. Identificamos que a maioria dos grupos
(74%) possui até 100 pessoas e que são majoritariamente administrados por uma pessoa
(77%). Em relação à participação da escola nesses grupos, pudemos identificar que os
mesmos foram criados a partir de descrições muito genéricas, sem a pretensão de se
caracterizarem como instrumentos pedagógicos voltados à educação formal na relação
ensino-aprendizagem da educação ambiental.
Palavras-chave: Redes Sociais, Escola, Juventude, Divulgação Cientifica, Educação
Ambiental.

INTRODUÇÃO

As redes sociais tem sido cada vez mais um importante meio para a disseminação de
trabalhos com relação à divulgação cientifica, objetos de inúmeros estudos e projetos
transformadores, sendo possível através das mesmas entrar em contato com diversas
pessoas com interesses semelhantes, podendo-se contribuir para a formação do cidadão

VIII Encontro Regional de Ensino de Biologia RJ/ES – 11 a 13 de setembro de 2017. Rio de


Janeiro, RJ. UNIRIO – UFRJ - IBC
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contextualizado, auxiliando-o no
seu processo cognitivo e atuação
crítica na realidade em uma
perspectiva histórica, política,
econômica e social.

Moreira e Januário (2014) apontam que é necessário ocorrer uma mudança do sistema
educacional e isso nos leva a buscar novas formas de tecnologia e pedagogia, e também
conteúdos e organização do processo de aprendizagem.

Os espaços coletivos e cooperativos formados pelas redes sociais criam a possibilidade


da troca de informação, facilitando a geração e desenvolvimento de comunidades de
prática ou de aprendizagem desde que exista uma intencionalidade educativa explícita
contribuindo para a mobilização dos saberes, o reconhecimento das diferentes
identidades e a articulação dos pensamentos que compõem a coletividade (MOREIRA;
JANUÁRIO, 2014; MARANDINO; SILVEIRA; CHELINI, 2004). E por que não se
trabalhar a questão ambiental na escola através do facebook, já que pesquisas sobre a
temática de educação ambiental em espaço não formais através das mídias não deixa de
ser uma prática social e o uso da tecnologia vem sendo engrandecida cada vez mais?

Atualmente, o facebook é a rede social que mais se destaca em todo o mundo como
espaço de interação, discussão, criação e estudos de ideias, firmando-se como
importante alternativa à aprendizagem e aos contextos organizacionais tradicionais,
sendo a mais visível na atualidade em relação a outros meios tecnológicos. Mediante a
isto, incorporar as redes sociais na escola parece-nos um passo inevitável para
mantermos a proximidade com os nossos estudantes (MOREIRA; JANUÁRIO, 2014).

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA COMPLEXIBILIDADE

A melhor forma de se alcançar as questões ambientais é pelo ponto de contemplação de


diálogos, através das diversas abordagens, tendo estes, como condição fundamental, a
explicitação dos pressupostos de cada uma das diferentes posições, já que o ensino

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constitui um espaço que


desenvolve variadas práticas de
formação de pessoas
(CARVALHO, 2004).

Para se trabalhar nos problemas com relação à sustentabilidade e ao meio ambiente,


precisa-se pensar em uma junção entre diversos tipos de intervenção ambiental direta,
incluir ações em educação ambiental, solucionar questões estruturais e almejar a
sustentabilidade socioambiental (BRASIL, 2005). Vale o registro que tudo isso é muito
dinâmico e

A forma de experimentar os espaços e objetos mudou,


significa que os alunos deixaram de passar grande parte
do dia, buscando informações, para, em vez disso, serem
indivíduos interconectados por elas. Por isso, resta pensar
no uso destas redes sociais online para reconfigurar a
forma de conhecer nas salas de aula (PORTO; NETO, p.
139, 2014).

Segundo Jacobi (2003), trabalhar temas de complexidade ambiental decorrentes das


práticas existentes e possibilidades de analisar a realidade de modo complexo, refletindo
sobre o meio ambiental para um processo educativo articulado e compromissado com a
sustentabilidade e a participação, privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes
áreas de saber, principalmente através das redes sociais, e-mails, veiculação de
informações pela internet, onde o estímulo é cada vez mais forte.

Considerando a necessidade de pensarmos os contextos em que se apresentam para as


questões ambientais, suas abordagens e diferentes posicionamentos a respeito do que
seja uma educação ambiental formadora de pessoas, vinculando esses aspectos à
contemporaneidade dos atravessamentos produzidos pelas redes sociais e sua
potencialidade de reconfiguração de nossas reflexões escolares, parece-nos importante
atentarmos para o fenômeno tecnológico das redes e suas possibilidades dentro dos
espaços formais das escolas, cuja ideia de lócus privilegiado para discutir questões
ambientais/educação ambiental é bastante consensual como nos mostram diversos
autores (SOARES; PIMENTEL; ESTOLANO, 2014; NASCIMENTO; SANTOS, 2013;
PICCININI; BRÍGIDA, 2011).

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AS REDES SOCIAIS E A
ESCOLA

Por serem excelentes meios de comunicação, podendo alcançar diversos tipos de


pessoas em quaisquer lugares, auxiliando a definir relações e pensamentos mútuos, as
redes sociais, desde seu surgimento, ampliaram o canal de comunicação e permitiram a
troca de ideias em maior abrangência.

Sendo assim, muitos educadores argumentam sobre o uso das tecnologias em um


contexto educacional tecnológico, sendo que a utilização das redes sociais neste
encadeamento ainda encontra resistências, talvez por se tratar de uma tecnologia recente
e não ser entendida como ambiente de aprendizagem (MOREIRA; JANUÁRIO, 2014).

O uso de funcionalidades de grupos tem destaque na literatura, dadas as possíveis


similaridades com a forma como são realizadas as atividades disponíveis nas salas de
aula virtuais dos AVA (ambiente virtual de aprendizagem). Ferreira e Bohadana (2014)
afirmam que a ação tecnológica comporta um apoio mais centrado no aluno do que de
forma presencial a um grupo grande em sala de aula, sem contar que a rede social
possibilita uma maior percepção dos alunos às atividades ao se constituírem em um
registro possível de ser consultado em outras ocasiões, do que é compartilhado, onde o
professor passa a ter um maior contato de interação com a implicação em um
conhecimento mais aprofundado acerca das necessidades e expectativas dos alunos.

PROPOSTA

Este trabalho teve como objetivo mapear os grupos no Facebook que abordam a
temática Educação Ambiental. Nosso problema de pesquisa foi entender como a rede
social Facebook serve de apoio, como ferramenta pedagógica, às atividades de
formação relacionadas à escola no campo da educação ambiental.

Teoricamente, os estudos que nosso grupo de pesquisa realizou nas áreas de


comunicação, educação e tecnologia, nos possibilitou chegar a uma formulação do
conceito de “Rede Social Digital”, que se configura como uma macroestrutura
tecnológica que dá suporte a um conjunto de atores sociais (sujeitos e instituições)
conectados por laços sociais (BATISTA, 2012; FREUD, 1976, 1997; RAHME, 2010),
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os quais são formados, mantidos


e reforçados (ou não) por meio de
interações sociais (BAKHTIN,
2006; VYGOTSKY, 1987,
1989). As interações são concretizadas, realizadas dentro de uma relação de troca de
conteúdos. Estes conteúdos podem ser criados pelas mais diferentes linguagens
disponíveis no formato digital: textual, sonora, audiovisual e imagética. Essas
ferramentas potencializam a manutenção e a expansão dos laços sociais, além de ajudar
a visualizar as redes de relacionamento das quais cada sujeito faz parte. Com isso, a
interatividade assume novas características com a ampliação do tempo e do espaço para
a sua realização. Esses aspectos são relevantes para analisar o uso que é feito pelos mais
diferentes setores da sociedade das redes sociais digitais, como o Facebook.

De forma paralela, pensando na pertinência das pesquisas relacionadas ao tema


Educação Ambiental, devemos ter como pressuposto que o acesso à educação ambiental
é um direito assegurado em lei e que há uma demanda intensa de sistemas de ensino e
de atores sociais ali presentes, “a respeito da Educação Ambiental no ensino formal,
devido à percepção da premência do enfrentamento dos complexos desafios
ambientais” (BRASIL, s/d).

Investigar sobre assuntos com essa temática desenvolve uma estruturação de redes de
pensamentos, nas quais vários processos são integrados e conectados para que o todo
seja entendido de forma mais completa e, então, um posicionamento venha defendido,
precisando ser estudado como os diferentes públicos se apropriam da forma como o
reconhecimento das diferentes identidades e a articulação dos pensamentos compõem a
coletividade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A coleta de dados foi realizada na rede social Facebook, entre os dias 23 e 26 de março,
atualizando inclusive a quantidade de membros adicionados até a última data. Na barra
“pesquisar”, utilizamos como descritor a expressão “educação ambiental”. Em seguida,
filtramos o tipo de resultado, selecionando o item “grupos”.

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Dentro do universo investigado


foram selecionados grupos na
modalidade “público” ou
“fechado” e excluídos os grupos
“secretos”, pois são invisíveis a qualquer perfil que for realizar a busca, sendo
visualizados somente pelo próprio administrador ou um perfil que já seja membro.
Dessa forma, a partir dos 100 primeiros visualizados (sendo todos numerados de 01 a
100 na ordem de exposição) selecionamos aqueles que se relacionavam com a escola a
partir de suas descrições informadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em nossa pesquisa empírica, identificamos que mais da metade dos grupos (77%)
possui somente 1 administrador, o que talvez possa explicar o número baixo de
participantes nos mesmos. Conforme Tab. 01, a maioria dos grupos possui menos de 50
pessoas cadastradas.

Tabela 01: número de participantes nos Grupos pesquisados

Membros Freq %
.
De 1 a 50 47 47,0
%
De 50 a 100 27 27,0%
De 100 a 150 8 8,0%
De 150 a 200 3 3,0%
De 200 a 250 6 6,0%
De 300 a 350 1 1,0%
De 350 a 400 1 1,0%
De 550 a 600 1 1,0%
De 800 a 850 1 1,0%
1000 e mais 5 5,0%
TOTAL 100 100%

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Analisando os dados qualitativos


relacionados à descrição dos
grupos, selecionamos na amostra
aqueles que citaram em sua
descrição ter uma abordagem voltada à escola, pois é nossa intenção verificar se existe a
utilização do Facebook como ferramenta pedagógica e como é realizado o apoio do
mesmo nas atividades de formação voltadas às questões ambientais desenvolvidas na
escola.

Na Tab. 02, a seguir, apresentamos os trechos do texto de descrição em que aparece a


relação do Grupo e Escola.

Tabela 02: texto com descrição do grupo e sua relação com a escola.

Textos extraídos do campo 'Descrição' relacionado à Escola

Grupo 14: Porém notei que esse mesmo cuidado não é visto nas ESCOLAS, de onde na
verdade deveria partir a iniciativa, por isso, tenho buscado matérias e novas ideias
para que esse hábito, seja adquirido desde a infância, as ESCOLAS devem participar
mais ativamente nesta causa, e a infância é a idade por onde começa a mudança, e nós
educadores precisamos nos envolver, vestir e suar a camisa

Grupo 21: É cada vez mais comum encontrarmos lixos espalhados em cada canto da
ESCOLA, comprometendo desta forma a qualidade do ambiente em que passamos boa
parte do dia - A finalidade deste projeto é trazer benefícios para a ESCOLA que é
patrimônio nosso, principalmente para o meio ambiente e essencialmente para as
pessoas envolvidas nele, a todos vocês, os alunos - Os responsáveis por esse projeto
fizeram um levantamento, através de pesquisas e coletas de dados com as pessoas
responsáveis pela limpeza da ESCOLA

Grupo 27: Objetivo do grupo de Educação Ambiental é de nos aproximarmos para


trocas de experiências com a finalidade de compartilhar novos conhecimentos em
relação à Educação Ambiental em nossas ESCOLAS, institutos e comunidades

Grupo 31: Grupo de Trabalho em Educação Ambiental das ESCOLAS Municipais de


Volta Redonda (GTEAMB-VR), formado por profissionais ligados à rede municipal de
ENSINO de Volta Redonda e professores e alunos da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ)

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Grupo 38: A criação do grupo faz parte do produto educacional da dissertação do


curso de Mestrado em ENSINO de Ciências do IFRJ, campus Nilópolis

Grupo 40: Sabor sem Veneno com o ENSINO médio do colégio Lavoisier na UFRB

Grupo 42: O NUTEAI foi criado a partir da experiência, discussões e necessidades do


Projeto ESCOLA Verde, para colaboração com o desenvolvimento das atividades do
Projeto junto às ESCOLAS públicas de ENSINO fundamental, médio e superior da
região do Vale do São Francisco - Atividades integradas de ENSINO, Pesquisa e
Extensão - 20 Professores mestres e doutores de diferentes áreas e instituições
Certificado de participação no Curso de Educação Ambiental (30hs) Possibilidade de
atuação nas ESCOLAS públicas da região Possibilidade de desenvolver atividades
dentro de cada área e curso Possibilidade de desenvolver Atividade Compensatória
Possibilidade de estabelecer vínculo permanente com o PEV Possibilidade de
publicação de trabalhos

Grupo 50: Fan page destinada para todos aqueles que buscam ter conhecimento sobre
a Educação Ambiental e sobre as atividades desenvolvida na ESCOLA Estadual Luís
Vaz De Camões-Ipezal-MS

Grupo 61: Este foi pensado com intuito de partilharmos ações vivenciadas no cotidiano
das ESCOLAS e demais ambientes públicos e privados, tais como

Grupo 69: As ESCOLAS da rede municipal de ENSINO de Iguatu-Ce estará, no


segundo semestre de 2011, implantando a Agenda 21 Escolar, através das Comissões
de Meio ambiente e Qualidade de Vida - COM - Vidas

Grupo 89: Este grupo envolve estudantes do Curso de Educação Social da ESCOLA
Superior de Educação de Santarém e tem como objetivo ser uma ponte de comunicação
e de partilha de ideias no âmbito da disciplina de Educação Ambiental

Grupo 94: Este grupo foi criado com o objetivo de fornecer subsídios e troca de
experiências entre os educadores da rede estadual de ENSINO da Diretoria de
ENSINO da Região de São José do Rio Preto nos trabalhos desenvolvidos nas
ESCOLAS relacionados a Educação Ambiental

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Podemos dizer que as descrições


evidenciaram um baixo
percentual (12%) para a relação
de educação ambiental x escola.
Além disso, elas foram genéricas, relacionando-se à organização de encontros,
seminários em geral, trocas de experiências, relatos, divulgação de projetos escolares,
produção acadêmica, ações vivenciadas no cotidiano, formação de grupos de trabalhos
voltados às escolas específicas ou de cunho coletivo (regional).

Nossos resultados de pesquisa indicam que, de fato, as redes sociais ainda são muito
pouco utilizadas pelos docentes em exercício no magistério regular, na forma de
ferramenta pedagógica, para socializar e difundir conhecimento voltados à prática da
aprendizagem em nossas salas de aula. Entretanto, acompanhando conclusão de Aquino
e Brito (2012), vimos que o objetivo de criação do Facebook não é de inicialmente
facilitar e permear o aprendizado às mentes dos alunos, mas por estar cada vez mais
inserida no dia a dia das pessoas, pode vir a ser direcionada e potencialmente
transformada em uma facilitadora de aprendizagem eficaz. É importante notar que a
rede social Facebook não foi criada para ser utilizada como um meio de aprendizagem,
sendo esse um dos desafios que se coloca ao professor: perceber como poderá utiliza-lo
pedagogicamente (MOREIRA; JANUÁRIO, 2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As redes sociais tem sido cada vez mais um importante meio para a disseminação de
trabalhos com relação à divulgação cientifica, objetos de inúmeros estudos e projetos
transformadores, sendo possível através das mesmas entrar em contato com diversas
pessoas com interesses semelhantes.

De acordo com Levy (1999), o impacto da tecnologia da informação sobre a sociedade


ou a cultura leva usuários a procurar o aumento da autonomia individual e
multiplicadora de suas faculdades cognitivas, melhorando, assim, a colaboração entre as
pessoas, que exploram e dão vida a diferentes formas de inteligências coletiva e
distribuída.

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Através das redes e o


desenvolvimento de atividades na
amplitude escolar, realizadas
através da educação não formal
que são as redes, os pensamentos vão sendo construídos e modificados ao longo das
interações, participações e contribuições. Seguindo a fala de Porto e Neto (2014), é
importante registrar e discutir a forma como os impactos tecnológicos devem ser
pensados no cenário social e educacional existente dentro da tendência de multiplicação
dos usos das redes sociais digitais na educação.

Assim, confirmamos que pesquisas relacionadas às redes sociais e sua utilização ainda
são muito incipientes em nosso país, especialmente aquelas que se referem à
contribuição, notadamente o Facebook, para sua relação com o ensino-aprendizagem
dentro do cotidiano da educação formal. Isso ficou claro ao buscarmos a informação
sobre o apoio do Facebook como uma ferramenta pedagógica relacionada a trabalhos
com educação ambiental no cotidiano das aulas e não encontrarmos tais relações nos
grupos investigados e selecionados.

Como limite do alcance do nosso trabalho, há sempre a possibilidade de que essas


relações possam existir e que os procedimentos metodológicos aplicados não tenham
conseguido capturar outras formas de uso, por exemplo, relações que possam
efetivamente se concretizarem nos grupos secretos do Facebook. Dentro do universo
gigantesco que é a rede social pesquisada isso seria perfeitamente possível, sendo
bastante lógica a investigação que propusemos, já que esperávamos que os grupos
investigados, a despeito de serem secretos ou não, deveriam estar trazendo essas
possíveis relações contemporâneas.

REFERÊNCIAS

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