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FACEBOOK E A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
PERFIL DOS GRUPOS NA
REDE SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLA
RESUMO
Esta pesquisa objetivou identificar o perfil dos grupos que existem atualmente na rede
social Facebook que tratam do tema da Educação Ambiental e entender se a rede social
é utilizada como uma ferramenta pedagógica servindo de apoio às atividades de
formação relacionadas à Educação Ambiental nas escolas, visto que trata-se de tema
hoje em dia muito discutido em aulas de ciência e biologia. O levantamento foi feito na
própria ferramenta e, do total de perfis identificados, selecionamos os 100 primeiros
para realizar análise quantitativa e qualitativa. Identificamos que a maioria dos grupos
(74%) possui até 100 pessoas e que são majoritariamente administrados por uma pessoa
(77%). Em relação à participação da escola nesses grupos, pudemos identificar que os
mesmos foram criados a partir de descrições muito genéricas, sem a pretensão de se
caracterizarem como instrumentos pedagógicos voltados à educação formal na relação
ensino-aprendizagem da educação ambiental.
Palavras-chave: Redes Sociais, Escola, Juventude, Divulgação Cientifica, Educação
Ambiental.
INTRODUÇÃO
As redes sociais tem sido cada vez mais um importante meio para a disseminação de
trabalhos com relação à divulgação cientifica, objetos de inúmeros estudos e projetos
transformadores, sendo possível através das mesmas entrar em contato com diversas
pessoas com interesses semelhantes, podendo-se contribuir para a formação do cidadão
contextualizado, auxiliando-o no
seu processo cognitivo e atuação
crítica na realidade em uma
perspectiva histórica, política,
econômica e social.
Moreira e Januário (2014) apontam que é necessário ocorrer uma mudança do sistema
educacional e isso nos leva a buscar novas formas de tecnologia e pedagogia, e também
conteúdos e organização do processo de aprendizagem.
Atualmente, o facebook é a rede social que mais se destaca em todo o mundo como
espaço de interação, discussão, criação e estudos de ideias, firmando-se como
importante alternativa à aprendizagem e aos contextos organizacionais tradicionais,
sendo a mais visível na atualidade em relação a outros meios tecnológicos. Mediante a
isto, incorporar as redes sociais na escola parece-nos um passo inevitável para
mantermos a proximidade com os nossos estudantes (MOREIRA; JANUÁRIO, 2014).
AS REDES SOCIAIS E A
ESCOLA
PROPOSTA
Este trabalho teve como objetivo mapear os grupos no Facebook que abordam a
temática Educação Ambiental. Nosso problema de pesquisa foi entender como a rede
social Facebook serve de apoio, como ferramenta pedagógica, às atividades de
formação relacionadas à escola no campo da educação ambiental.
Investigar sobre assuntos com essa temática desenvolve uma estruturação de redes de
pensamentos, nas quais vários processos são integrados e conectados para que o todo
seja entendido de forma mais completa e, então, um posicionamento venha defendido,
precisando ser estudado como os diferentes públicos se apropriam da forma como o
reconhecimento das diferentes identidades e a articulação dos pensamentos compõem a
coletividade.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A coleta de dados foi realizada na rede social Facebook, entre os dias 23 e 26 de março,
atualizando inclusive a quantidade de membros adicionados até a última data. Na barra
“pesquisar”, utilizamos como descritor a expressão “educação ambiental”. Em seguida,
filtramos o tipo de resultado, selecionando o item “grupos”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em nossa pesquisa empírica, identificamos que mais da metade dos grupos (77%)
possui somente 1 administrador, o que talvez possa explicar o número baixo de
participantes nos mesmos. Conforme Tab. 01, a maioria dos grupos possui menos de 50
pessoas cadastradas.
Membros Freq %
.
De 1 a 50 47 47,0
%
De 50 a 100 27 27,0%
De 100 a 150 8 8,0%
De 150 a 200 3 3,0%
De 200 a 250 6 6,0%
De 300 a 350 1 1,0%
De 350 a 400 1 1,0%
De 550 a 600 1 1,0%
De 800 a 850 1 1,0%
1000 e mais 5 5,0%
TOTAL 100 100%
Tabela 02: texto com descrição do grupo e sua relação com a escola.
Grupo 14: Porém notei que esse mesmo cuidado não é visto nas ESCOLAS, de onde na
verdade deveria partir a iniciativa, por isso, tenho buscado matérias e novas ideias
para que esse hábito, seja adquirido desde a infância, as ESCOLAS devem participar
mais ativamente nesta causa, e a infância é a idade por onde começa a mudança, e nós
educadores precisamos nos envolver, vestir e suar a camisa
Grupo 21: É cada vez mais comum encontrarmos lixos espalhados em cada canto da
ESCOLA, comprometendo desta forma a qualidade do ambiente em que passamos boa
parte do dia - A finalidade deste projeto é trazer benefícios para a ESCOLA que é
patrimônio nosso, principalmente para o meio ambiente e essencialmente para as
pessoas envolvidas nele, a todos vocês, os alunos - Os responsáveis por esse projeto
fizeram um levantamento, através de pesquisas e coletas de dados com as pessoas
responsáveis pela limpeza da ESCOLA
Grupo 40: Sabor sem Veneno com o ENSINO médio do colégio Lavoisier na UFRB
Grupo 50: Fan page destinada para todos aqueles que buscam ter conhecimento sobre
a Educação Ambiental e sobre as atividades desenvolvida na ESCOLA Estadual Luís
Vaz De Camões-Ipezal-MS
Grupo 61: Este foi pensado com intuito de partilharmos ações vivenciadas no cotidiano
das ESCOLAS e demais ambientes públicos e privados, tais como
Grupo 89: Este grupo envolve estudantes do Curso de Educação Social da ESCOLA
Superior de Educação de Santarém e tem como objetivo ser uma ponte de comunicação
e de partilha de ideias no âmbito da disciplina de Educação Ambiental
Grupo 94: Este grupo foi criado com o objetivo de fornecer subsídios e troca de
experiências entre os educadores da rede estadual de ENSINO da Diretoria de
ENSINO da Região de São José do Rio Preto nos trabalhos desenvolvidos nas
ESCOLAS relacionados a Educação Ambiental
Nossos resultados de pesquisa indicam que, de fato, as redes sociais ainda são muito
pouco utilizadas pelos docentes em exercício no magistério regular, na forma de
ferramenta pedagógica, para socializar e difundir conhecimento voltados à prática da
aprendizagem em nossas salas de aula. Entretanto, acompanhando conclusão de Aquino
e Brito (2012), vimos que o objetivo de criação do Facebook não é de inicialmente
facilitar e permear o aprendizado às mentes dos alunos, mas por estar cada vez mais
inserida no dia a dia das pessoas, pode vir a ser direcionada e potencialmente
transformada em uma facilitadora de aprendizagem eficaz. É importante notar que a
rede social Facebook não foi criada para ser utilizada como um meio de aprendizagem,
sendo esse um dos desafios que se coloca ao professor: perceber como poderá utiliza-lo
pedagogicamente (MOREIRA; JANUÁRIO, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As redes sociais tem sido cada vez mais um importante meio para a disseminação de
trabalhos com relação à divulgação cientifica, objetos de inúmeros estudos e projetos
transformadores, sendo possível através das mesmas entrar em contato com diversas
pessoas com interesses semelhantes.
Assim, confirmamos que pesquisas relacionadas às redes sociais e sua utilização ainda
são muito incipientes em nosso país, especialmente aquelas que se referem à
contribuição, notadamente o Facebook, para sua relação com o ensino-aprendizagem
dentro do cotidiano da educação formal. Isso ficou claro ao buscarmos a informação
sobre o apoio do Facebook como uma ferramenta pedagógica relacionada a trabalhos
com educação ambiental no cotidiano das aulas e não encontrarmos tais relações nos
grupos investigados e selecionados.
REFERÊNCIAS
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