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COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Prezados e distintos leitores, continuemos, nesta Lição de número 3, o nosso
estudo sobre esta tão importante missiva: a carta aos Hebreus a qual já estamos
ficando familiarizados pelo teor bíblico nela exposto. Espero que a mesma seja uma
benção em suas vidas. Desta feita abordaremos um estudo comparativo entre o
maior legislador do povo hebreu – Moisés, e o consumador da nossa fé – Jesus
Cristo. Bons estudos!!!
Nas lições precedentes já por nós estudadas, vimos como o autor aos
Hebreus demonstrou, através de citações do Antigo Testamento, que Jesus é
superior aos anjos. Dentre os leitores de supracitada epístola, poder-se-ia indagar
se de fato Jesus é superior a Moisés. Ora, por muito tempo todo judeu pensava se
verdadeiramente existiria alguém que fosse maior do que Moisés, até porque este
havia dado ao povo de Israel duas tábuas de pedra nas quais Deus havia escrito a
Lei (Ex 34). Contrariamente, os seres angelicais, eram tão somente intermediários
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quando a Lei fora dada (At 7.38,53). Destarte, no capítulo anterior, o escritor
descreveu Jesus como Sumo sacerdote (kohen gaold em hebraico - Hb 2.17),
contudo não o tinha comparado com Arão. Portanto, a comparação entre Jesus e
Moisés, nesse capítulo, de certo modo, corresponde à comparação de Jesus com os
anjos.
MOISÉS
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JESUS
1. “A graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” (Jo 1.17);
7. “Mas Cristo [...] como filho sobre a casa de Deus” (Hb 3.6);
14. “... e falavam sobre a partida [lit. êxodo] de Jesus, que estava para se cumprir
em Jerusalém” (Lc 9.31).
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Destacadamente, emerge das páginas escriturísticas do Antigo Testamento a
figura de Moisés – um dos mais respeitados e proeminentes herói da nação de
Israel. Segundo a Bíblia, e a história também, resistiu à obstinação de Faraó 1
enquanto seus irmãos consanguíneos viviam sob a égide da escravidão. Como
ungido e vocacionado de Deus, libertou Israel da mão opressora de faraó, guiando
miraculosamente, aquela inexperiente nação, por caminhos sinuosos, até a tão
desejada terra de Canaã. Mas quem de fato era este homem Moisés? Em Atos 7.
20-29 encontramos, resumidamente, a resposta.
O versículo 22, deste capítulo, nos diz que “Moisés foi educado em toda a
ciência dos egípcios...” (At 7.22). O texto original diz, “em toda a sabedoria dos
egípcios”. Nos dizeres comuns da época, referiam-se a um indivíduo brilhante como
tendo “a sabedoria dos egípcios”. E qual era ela? O menino criado no Egito
frequentava o Templo do Sol. Os arqueólogos desenterraram esse importante centro
educacional, enquanto os historiadores estudaram-no e nos esclareceram muita
coisa sobre o que o menino Moisés teria aprendido nesta chamada “Oxford do
mundo antigo”.
De fato, Moisés estava além do seu tempo! Já deu para conhecemos bem um
pouco de sua história. Como bem observou Dwight L. Moody, “Moisés passou seus
primeiros quarenta anos pensando que era alguém. Os segundos quarenta anos
passou aprendendo que era um ninguém! Os últimos quarenta ele os passou
descobrindo o que Deus pode fazer com um ninguém” 3.
2
Evidentemente que estou contextualizando estas ciências, até porque algumas destas
nomenclaturas não existiam na época.
3
MEARS, Henrietta C. em What the Bible Is All About. Ventura, Calif.: Gospel Light Publications,
1966, p. 33.
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devemos nos dirigir o nosso “telescópio espiritual” para o céu, contemplando o
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Aleluia!!
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Conforme o texto sagrado Cristo foi fiel ao que o constituiu, como também o
foi Moisés em toda a sua casa (Hb 3.2). Segundo os estudiosos, mormente Orton H.
Wiley, a palavra oikos, traduzida como casa, não se aplica meramente a uma
construção e à sua mobília, mas também à família que nela reside, incluindo os
empregados. O texto que é a base desse argumento se encontra em Números 12.7,
onde lemos: “O meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa”. Casa,
conforme se usava no Antigo Testamento, referia-se ao povo de Israel. No Novo
Testamento, é a Igreja, a qual, no sentido amplo, inclui todos os cristãos, tendo-se
derrubado a parede que separava o povo de Israel dos gentios, conforme consta em
Efésios 2.14, o qual [Jesus] de ambos os povos [Israel e os gentios] fez um; e,
derribando a parede de separação que estava no meio. Com relação a Deus, a casa
é essencialmente uma só, mas, considerada com referência à sua administração,
são duas: a dispensação do Antigo Testamento, por meio de Moisés, e a
neotestamentária, mediante Cristo.
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enérgica, alguns acham que deveria ser traduzida como ficar dêsgostoso ou
aborrecer-se. O vocábulo é prosochthisa, composto de pros e ochte, cuja tradução
literal seria banco de areia. No grego pós-homérico, o termo era aplicado aos navios
que encalhavam. Em relação ao espírito, denota aversão ou hostilidade que uma
pessoa nutre por outra, embora este significado só se encontre na Septuaginta.
[Sendo assim, quando diz me indignei contra esta geração] Deus estava, pois,
aborrecido, indignado, com aquela geração, com todos os que saíram do Egito com
mais de 20 anos de idade.
O Espírito Santo indica que a sede dos erros deles e das peregrinações
estava no perverso coração de incredulidade (Hb 3.12 ara), que não podia ver,
compreender nem conhecer Deus. Por isso, sempre erravam no coração (Hb 3.10 -
ARA). A expressão erram no coração significa que, em todas as experiências e
ocasiões, aquela geração de israelitas persistentemente se desviava de Deus,
seduzida por vontades corruptas e afetos corrompidos. Em seu relacionamento com
Deus, aqueles israelitas jamais se alçaram a uma concepção de fé na providência
divina; tal é o poder do perverso coração de incredulidade.
2. A humilhação do servo.
Corroboro, no que diz respeito ao grande exemplo deixado por Jesus no que
tange o amor ao próximo, com o pensamento e as palavras do eminente escritor F.F
Bruce, em seu comentário sobre o evangelho de João:
Moisés disse que “de tudo o que procede da boca do Senhor, disso
viverá o homem” (Dt 8.3); ninguém demonstrou a verdade deste
princípio tão bem como Jesus. Ouvir a voz do Pai e fazer sua
vontade era a alegria e a força da sua vida. Perto do fim do seu
ministério, ele pôde dizer ao Pai: "Eu te glorifiquei na terra,
consumando a obra que me confiaste para fazer” (17.4). Parte da
tarefa que seu Pai lhe deu era transmitir sua bênção à mulher de
Sicar e, através dela, aos demais habitantes do lugar; a satisfação
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que ele agora experimentava por ter feito a vontade do Pai era maior
do que qualquer satisfação que o pão podia proporcionar.
CONCLUSÃO
Portanto, após tudo que acima foi analisado, sem desmerecer a pessoa
extraordinária que fora Moisés para o povo de Israel, chegamos a conclusão que
Jesus ofereceu um melhor e mais glorioso sacrifício (Hb 3.6), nos proporcionando
uma entrada eterna nos céus!!! Glória excelsa ao seu sublime nome!!!
Assim, cantemos com o poeta Manoel Augusto das Neves (HC nº 147):
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