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SEMIOLOGIA

A linguística se subordina a uma ciência mais geral, a semiologia, cujo campo


e denominação foram previstos para Ferdinand de Saussure. Essa ciência
estuda a vida dos signos no seio da sociedade, o sistema de signos de um
código, como, por exemplo, os sinais semafóricos, sinais de trânsito, o código
dos surdos-mudos, bem como a passagem de um código para outro, quer da
mesma natureza ou de natureza distinta. A semiologia é também chamada
semiótica.

Foi Saussure quem advogou a criação de uma nova ciência e lhe deu o nome:
"A língua é um sistema de signos que exprimem ideias, e é comparável, por
isso, à escrita, ao alfabeto de surdos-mudos, aos ritos simbólicos, às formas de
polidez, aos sinais militares, etc., etc. Ela é apenas o principal desses sistemas.
Pode-se então, conceber uma ciência que estude a vida dos signos no seio da
vida social; ela constituiria uma parte da Psicologia social e, por conseguinte,
da Psicologia geral; chamá-la-emos de Semiologia (do grego semión, "signo").
Ela nos ensinará em que consistem os signos, que leis regem. Como tal ciência
não existe ainda, não se pode dizer o que será; ela tem, porém, à existência;
seu lugar está determinado de antemão. A Linguística não é senão uma parte
dessa ciência geral; as leis que a Semiologia descobrir serão aplicáveis à
Linguística e esta se achará destarte vinculada a um domínio bem
definido no conjunto dos fatos humanos."

O norte-americano Peirce praticamente na mesma época, sem ter tomado


conhecimento da obra saussariana, concebeu também uma ciência geral dos
signos que dominou a Semiótica. A partir daí duas tendências se verificam no
estudo dos signos:

- A primeira mantém-se independente em relação à linguística, baseando sua


classificação em Peirce (índices, ícones e símbolos).

- A segunda infere seus princípios as suas noções do estudo das línguas


naturais (linguística) onde as articulações servem de modelo a todo sistema de
signos.

No decorrer do século XX, os estudos sobre o signo alcançaram grande


desenvolvimento. De um lado, a teoria de R. Carnap que se ocupou das
particularidades semióticas de linguagens formalizadas, de sistemas de signos
em geral. Esta posição se liga à filosofia neopositivista, à lógica simbólica e à
semântica lógica.

De outro lado uma teoria psicológica do signo fundada por Charles Morris.
(Fundations of the theory of Signs. 1938). Morris estabelece um esquema
tridimensional para a Semiótica: a - a dimensão sintática trata da relação dos
signos com outros signos. b - a dimensão semântica trata de relação dos
signos com os referentes. c - a dimensão pragmática trata de relação dos
signos com os usuários.

Roland Barthes nos últimos dez anos procura desenvolver os campos da


Semiologia. Dedica-se mais particularmente à imagem das comunicações de
massa: fotografia, publicidade. Acaba por inverter a relação proposta por
Saussure, isto é, "a Linguística não é uma parte, mesmo privilegiada, da
ciência geral dos signos; é a Semiologia que é uma parte da Linguística.”.

SIGNIFICADO X SIGNIFICANTE

Signo Linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos:


um significante e um significado, unidos num todo indissolúvel. Ao ouvir a
palavra árvore, você reconhece os sons que a formam. Esses sons se
identificam com a lembrança deles em sua memória. Essa lembrança constitui
uma verdadeira imagem sonora armazenada em seu cérebro - é o significante
do signo árvore. Ao ouvir essa palavra, você logo pensa num "vegetal lenhoso
cujo caule, chamado tronco, só se ramifica bem acima do nível do solo, ao
contrário do arbusto, que exibe ramos desde junto ao solo". Esse conceito, que
não se refere a um vegetal particular, mas engloba uma ampla gama de
vegetais, é o significado do signo árvore - e também se encontra armazenado
em seu cérebro. O signo árvore, portanto, relaciona-se com dois dados de sua
memória: uma imagem acústica, correspondente à lembrança de uma
sequência de sons - o significante - e um conceito, um dado do
conhecimento humano sobre o mundo - o significado. Conceito de signo
em Saussure…"(…) é a união do conceito com a imagem acústica". O conceito
(ou idéia) é a representação mental de um objeto ou da realidade social em
que nos situamos, representação essa condicionada pela formação sócio-
cultural que nos cerca desde o berço (é sinônimo de significado, plano das
ideias, algo como o lado espiritual da palavra).

A imagem acústica (plano da expressão) é sua parte sensível; não o som


material, coisa puramente física, mas a impressão psíquica desse som. Assim,
o signo linguístico é uma entidade psíquica de duas fases que estão
intimamente unidas e uma reclama a outra. O significante seria o elemento
do signo que se manifesta como perceptível (som da palavra, marca
gráfica) e o significado seria a ideia a que o significante representa.

SIGNIFICAÇÃO

Existem atualmente duas teorias da significação, dificilmente conciliáveis entre


si, teorias que podemos associar aos nomes de Ferdinand de Saussure (1857-
1913) e de Charles Sanders Peirce (1839-1914). Saussure e os saussurianos
definem a significação como a relação diádica entre um significante e um
significado, ao passo que Peirce e os peircianos entendem a significação
como uma relação triádica entre três dimensões a que dão o nome de
representamen, de objeto e de interpretante. Para Saussure, a
significação é convencional e imotivada, na medida em que não é
fundamentada na realidade, mas resulta das relações, tanto
paradigmáticas como sintagmáticas, de formas pertinentes do ponto de
vista do sistema da língua. A significação impõe-se aos falantes e não
depende, por conseguinte, do desempenho ou da utilização que fazem do
sistema da língua. Do uso que os falantes fazem do sistema depende apenas o
processo extra-semiótico de constituição da referência. O sistema da língua,
por seu lado, é constituído de relações paradigmáticas e de relações
sintagmáticas. Enquanto as primeiras são substitutivas e se estabelecem in
absentia, isto é, relacionam as unidades presentes na cadeia sintagmática com
outras unidades que com elas constituem paradigmas, as segundas são
combinatórias e estabelecem-se in praesentia, isto é, associam entre si as
unidades que integram a cadeia sintagmática. Por seu lado, Peirce
considerava a significação como um processo, a que dava o nome de
semiose, envolvendo três dimensões: um representamen, um objecto e um
interpretante: um signo, ou representamen, é qualquer coisa que está para
alguém em lugar de qualquer coisa sob uma relação ou a um título
qualquer. Dirige-se a alguém, isto é cria no espírito desta pessoa um signo
equivalente ou talvez mais desenvolvido. Este signo que ele cria chamo-o o
interpretante do primeiro signo. Este signo está em lugar de alguma
coisa: o seu objecto. Este em lugar deste objecto, não sob todos os aspectos,
mas por referência a uma espécie de ideia que designei algumas vezes o
fundamento do representamen.» (Peirce, Collected Papers, 2.228) Pelo facto
de Peirce integrar na definição de signo a categoria do interpretante, a sua
concepção da significação é pragmática e constitui um processo de
semiose (processo de significação, a produção de significados) logicamente
interminável.

VALOR

A língua tem um caráter essencialmente social, e, portanto, a coletividade é


determinante na constituição do valor, já que o uso e o consenso geral são
necessários para o estabelecimento do mesmo: um indivíduo, por si só, não
é capaz de fixar ou modificar um valor que seja. No que diz respeito à
noção de signo, temos que, segundo Saussure, antes do aparecimento da
língua haveria dois planos caóticos e amorfos: o plano das ideias e o plano
dos sons. A língua surge com o objetivo de organizá-los, selecionando um
fragmento das ideias e associando-o a um fragmento do plano dos sons. O que
antes era caótico, portanto, organiza-se. Sendo assim, o signo é fruto de uma
associação arbitrária entre essas duas entidades psíquicas, que não têm
existência em si mesmas, e dependem das relações estabelecidas no
sistema e das diferenças entre os termos, para continuarem a existir. A
partir do momento que Saussure afirma que é a língua a responsável por
efetuar a organização dos dois planos caóticos, podemos afirmar que já é
perceptível a exclusão da referência no sistema linguístico, visto que não
existem ideias preestabelecidas antes do surgimento da língua, tampouco a
realidade repercute na organização pensamento. Além disso, é somente por
deter a característica de ser arbitrário, que o signo linguístico pode adquirir
valor: “na associação que constitui o signo, não há nada, desde o primeiro
momento, além de dois valores que existem um em virtude do outro
(arbitrariedade do signo)” (SAUSSURE, 2004, p. 287). Ou seja, é pela relação
arbitrária entre significante e significado, que é possível o
estabelecimento do valor, já que se essas duas entidades psíquicas
estivessem separadas, em nada consistiriam.

Tendo em vista que já foram estabelecidas as relações entre os conceitos


citados na introdução e sua repercussão na constituição do valor, creio ser
possível iniciarmos um exame sobre a noção em questão. Comecemos então
pela seguinte citação: Além disso, a ideia de valor, assim determinada, nos
mostra que é uma grande ilusão considerar um termo simplesmente como a
união de certo som com um certo conceito. Defini-lo assim seria isolá-lo do
sistema do qual faz parte; seria acreditar que é possível começar pelos termos
e construir o sistema fazendo a soma deles, quando, pelo contrário, cumpre
partir da totalidade solidária para obter, por análise, os elementos que encerra.
(SAUSSURE, ibidem, p. 132) O que percebemos é que a própria ideia de valor
está contida no fato de iniciar-se uma análise do complexo ao mais simples:
primeiro o conjunto dos termos, para chegar gradativamente aos termos
isolados, já que esses só adquirem valor por meio das relações que mantém
entre si, ou seja, sua totalidade. É aqui que percebemos o valor como
determinante na existência dos termos da língua, ou seja, são as relações que
os signos entretêm entre si que fazem com que os mesmo existam. Ao falar
do valor lingüístico considerado em seu aspecto conceitual, isto é, do ponto de
vista do significado ou conceito, O CLG explicita que um dos aspectos do valor
linguístico é a propriedade de representar uma ideia, entretanto, não se deve
acreditar que significação e valor são sinônimos, mesmo que o valor (no que
diz respeito ao conceito) constitua um elemento da significação. A edição de
C. Bally e A. Sechehaye diferencia significação e valor da seguinte forma: a
primeira não seria mais que a contraparte da imagem acústica, e o segundo,
por sua vez, seria a contraparte dos termos coexistentes. Sendo assim, o valor
de um signo resultaria das relações que ele entretém com os outros
termos do sistema, já que “a língua é um sistema em que todos os termos
são solidários e o valor de um resulta tão-somente da presença
simultânea de outros (...)” (SAUSSURE, ibidem, p. 133).

Além disso, os valores são sempre constituídos: 1º por uma coisa


dessemelhante, suscetível de ser trocada por outra cujo valor resta determinar;
2º por coisas semelhantes que se podem comparar com aquela cujo valor está
em causa. (SAUSSURE, ibidem, p. 134). Assim, uma moeda de um real, por
exemplo, pode ser trocada por uma quantidade específica de pão; além disso,
podemos compará-la com uma moeda de cinquenta centavos ou pertencente a
outro sistema monetário. Portanto, o valor de um signo é determinado por uma
multidão de outros signos semelhantes e dessemelhantes que se relacionam a
todo instante no sistema da língua. Quando trata do valor em seu aspecto
material, ou seja, do ponto de vista do significante, Saussure afirma que se a
parte conceitual do valor é determinada por diferenças e relações o mesmo
acontece com a sua parte material. Ou seja, “o que importa na palavra não é o
som em si, mas as diferenças fônicas que permitem distinguir essa palavra de
todas as outras”. (SAUSSURE, ibidem, p. 137). É perceptível que a
caracterização das unidades materiais da língua ocorre justamente porque elas
não se confundem entre si, sendo relativas, opositivas e diferenciais.
Finalmente, depois de explicitar o valor linguístico considerado em seu aspecto
material e conceitual separadamente, nos é apresentado o signo considerado
em sua totalidade. o autor inicia esse item da seguinte maneira : E mais ainda :
uma diferença supõe em geral termos positivos entre os quais ela se
estabelece ; mas na língua há apenas diferenças sem termos positivos. Quer
se considere o significado, que o significante, a língua não comporta nem
ideias nem sons preexistentes ao sistema linguístico, mas somente diferenças
fônicas resultantes deste sistema. (SAUSSURE, ibidem, p. 139). Saussure
afirma, inicialmente que na língua só existem diferenças, entretanto, isso só é
verdade caso levemos em consideramos o significante e o significado tomados
isoladamente. Ou seja, ao compararmos, por exemplo, duas imagens acústicas
entre si: pai/mãe temos que há diferenças. Entretanto, a partir do momento que
comparamos dois signos em sua totalidade, fruto da união de duas entidades
psíquicas, eles não são diferentes e sim distintos (eles se opõem). Para
compreender essa positividade do signo, voltemos à organização efetuada pela
língua na massa amorfa das ideias e na massa amorfa dos sons: no momento
em que a língua delimita uma fração do plano das ideias e do plano dos sons,
efetuando sua união, o signo é considerado positivo porque pode diferenciar-se
dos outros signos. Entretanto, a partir do momento que esse mesmo signo
insere-se no sistema linguístico, ele passa a ser essencialmente negativo
porque seu valor só é determinado por aquilo que o rodeia. A partir dessas
considerações, acredito ser plausível fazer algumas considerações sobre a
teoria do valor e a exclusão da referência no sistema linguístico, tendo em vista
que foram apresentadas tanto as noções primárias da teoria saussuriana,
quanto a sua articulação.

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