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CONCEITOS E ENFOQUES
BÁSICOS
Sumário
UNIDADE 1 .......................................................................................................................................................... 4
UNIDADE 02 ..................................................................................................................................................... 10
UNIDADE 03 ..................................................................................................................................................... 15
APRESENTAÇÃO AULA 1
Objetivos da aula
Aproveite bem esta aula. Realize as atividades, interaja com os demais participantes do
curso. Discuta os conceitos com o tutor.
UNIDADE 1
Nesta unidade você conhecer o conceito de prova e em especial a prova do tipo material.
Prova
Se você tem uma palavra e quer saber o significado, a primeira fonte de consulta é o
dicionário, certo?
Pois bem, no dicionário Aurélio (versão eletrônica) o significado geral de “prova” nos
diz ser:
“Aquilo que serve para estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração”.
Prova
No aspecto criminal você, profissional de segurança pública, deve estar preocupado com
a busca incessante e célere da verdade real, coletando indícios e provas que possam ser
trazidos à investigação policial de forma clara e cristalina.
~ Atividade
Observe que ao realizar uma busca, seja ela domiciliar ou pessoal, você está procurando
elementos que interessam à investigação criminal, objetivando estabelecer um liame com
o fato investigado, ou seja, você busca, entre outros, verdade por intermédio da PROVA.
Não é objeto de estudo neste tema e por isso não trataremos sobre a PROVA em todos
os seus aspectos. Porém, a busca e apreensão estão diretamente relacionadas à PROVA
MATERIAL. Então veremos mais detalhadamente este tipo de prova.
2. Em termos jurídicos e com base em seus conhecimentos o que você pode dizer sobre
prova material? Pense e registre sua resposta. Ao enviar, compare sua resposta.
Veja, você pode ter respondido com muita segurança ou com dúvidas, ou mesmo pode
ser que sua resposta não faça sentido. De qualquer forma você vai descobrir isso no seu
estudo a seguir.
Prova Material
Exemplo:
Resumindo...
Prova material é todo vestígio visível e que ofereça a oportunidade de apossamento ou
constatação, sujeitos ou não a realização de exames periciais, a depender da análise da
cada caso.
Importante
Reflita!
Qual a diferente entre a prova pericial e a documental? Ambas, como vimos, estão
dentro do conjunto prova material.
Prova pericial
Pode ser entendida como os elementos materiais diretamente relacionados à ação
delituosa e que, após processados pericialmente, obtém-se a certeza científica, ou
não, da sua relação com o crime ou seu autor.
Prova Documental
É aquela estruturada em um papel escrito ou registro eletrônico, onde está
demonstrado um fato, onde a sua produção pode não estar vinculada especificamente
à ação criminosa, mas com ela ter algum tipo de relação, servindo para demonstrar
fato alegado na investigação.
Veja, a seguir dois exemplos para que você possa compreender melhor.
Antes de discutirmos a definição geral de prova material, precisamos lhe fazer mais um
questionamento. Vamos lá!
~ Atividade
Em sentido mais amplo, entendemos que sim e baseamos nossa afirmativa no próprio
significado vernacular do que seja documento, conforme poderá ver no glossário que
integra este curso.
Neste tópico, você deve observar que mesmo não havendo restrição na busca da prova,
não se admite a utilização de meios que atentam contra a moralidade e a dignidade da
pessoa humana, em face dos princípios constitucionais.
A título exemplificativo, não se admitem provas obtidas mediante tortura e aquelas por
interceptação telefônica clandestina, dentre outras.
É preciso destacar que nem todo crime deixa prova material, mas se deixar vestígios é
obrigatória a realização de exames periciais, conforme previsão do artigo 158 do CPP.
Imagine um fato criminoso que veio a se consumar apenas com palavras proferidas
pelo autor do crime, com por exemplo, calunia e difamação? Quais os vestígios que
podem ser apossados ou constatados mediante a realização de exames periciais?
Reflita!
Obviamente que nenhum (desde que não tenha ocorrido gravação da voz). Entretanto,
por se tratar de um fato delituoso, a prova precisa ser buscada e, nestes casos, as
testemunhas presenciais narrarão ‘a autoridade policial o ocorrido.
É o que se denomina de corpo de delito indireto, ou seja, suprido por prova testemunhal
devido a inexistência de vestígios a serem periciados.
Fechamos aqui a unidade sobre provas. Na próxima unidade você vai estudar sobre
cadeia e custória.
UNIDADE 02
CADEIA DE CUSTÓDIA
Relembrando...
Na unidade anterior você estudou sobre prova. Nesta unidade veremos a proteção aos
elementos apreendidos.
Importante
Então, como você já pode deduzir, a cadeia de custódia é a garantia de total proteção
aos elementos encontrados e que terão um caminho a percorrer, passando por
manuseio de pessoas, análises, estudos, experimentações e demonstração-
apresentação até o ato final do processo criminal.
Se não aconteceu com você, muito provavelmente já ouviu falar de fatos dessa natureza,
onde é levantada a suspeição sobre as condições de determinado objeto apreendido, ou
sobre a própria certeza de ser aquele o material que de fato fora apreendido.
Assim, o valor probatório de um material será válido se não tiver sua origem e
tramitação questionada. Isso acarretará prejuízo para todo o processo como um todo.
Dica
Tudo isso se resolve com os cuidados minuciosos na guarda e proteção do material
apreendido, mediante o rigoroso controle de rotinas e registros formais da movimentação
sofrida durante todo o processo investigatório e judiciário.
Saiba Mais
ESPINDULA, Alberi. Perícia
Sugerimos como leitura complementar o tópico
Criminal e Cível. 2ª. ed.
idoneidade dos vestígios contido no livro “Perícia Campinas: Millennium Editora,
Seqüência de Proteção
Procedimentos de Busca
Procedimento 1
A busca deve ser efetuada num cômodo de cada vez (sem desmembrar a equipe para
atuar simultaneamente em outros ambientes), visando o completo controle dos bens
desde o exato momento em que forem encontrados. Não se preocupe com o tempo. Essa
é uma tarefa que deve ser feita sem pressa e com muito critério.
Procedimento 2
A autoridade policial que estiver coordenando a busca – de acordo com o planejamento
prévio – deverá colocar somente alguns policiais (em número suficiente para tornar a
busca eficiente, mas sem congestionar o ambiente examinado) nessa tarefa. Os demais
ficarão vigiando os outros ambientes.
Procedimento 3
No momento que algum objeto for encontrado ou que seja evidente a sua descoberta, os
peritos criminais deverão coordenar os registros da busca, utilizando-se dos recursos e
técnicas criminalísticas para o tratamento de vestígios em locais de crime. Alem disso a
autoridade policial devera chamar a atenção das testemunhas para observarem o local
onde o objeto se encontra.
Procedimento 4
Encontrado o objeto, primeiramente analisar as suas condições, visando conhecê-lo
adequadamente, a fim de não comprometer qualquer informação ali contida e que possa
ser alterada com o simples manuseio incorreto. Neste contexto pode haver inclusive
alguma forma de camuflamento do objeto e que seja importante registrar no exame.
Procedimento 5
Fazer o registro do objeto no exato local onde foi encontrado, descrevendo com
fotografias e medições – a chamada amarração – para, só depois, começar a manuseá-
lo.
Procedimento 6
Caso seja imprescindível os peritos criminais devem estar preparados para realizar
alguns exames no próprio local, visando evitar eventuais perdas antes da sua
movimentação e recolhimento. Isso para evitar a possível perda de alguma informação
ao manusear o objeto.
Procedimento 7
Antes do recolhimento do objeto, fazer a sua respectiva identificação, para constar do
laudo pericial e do auto de apreensão.
Procedimento 8
Colocar o objeto em embalagem adequada (malote, caixa, saco plástico, etc.) e lacrar a
sua abertura, apondo a assinatura do perito criminal e/ou da autoridade policial. Quando
tiver lacre próprio, relacionar no laudo e no auto de apreensão o respectivo número do
lacre. Recomendamos ainda que o perito criminal ou o delegado de polícia acrescente um
sinal/marca própria como garantia adicional, constando essa informação no laudo e no
auto.
Procedimento 9
Quando se tratar de material sensível ao manuseio e transporte, tomar os devidos
cuidados para mantê-lo como foi encontrado.
Procedimento 10
Transportar o objeto para o Instituto de Criminalística se for necessário algum exame
pericial. Do contrário, levar diretamente para a respectiva Delegacia de Polícia onde
estão sendo coordenadas as investigações. Em se tratando de valores ou qualquer outro
material peculiar (p.ex.: substancia entorpecente), a autoridade policial deverá
providenciar a guarda em local seguro ou dar a destinação adequada. P.ex.: sendo
dinheiro, providenciar o seu depósito bancário, sob a custódia do Estado ou colocar em
um cofre seguro.
Procedimento 11
Quando o objeto chegar na Criminalística, o lacre somente poderá ser rompido pelo
perito criminal que vá examinar o referido objeto, ficando sob a sua responsabilidade até
o final dos exames e entrega do laudo pericial. Durante o período do exame, nos
momentos em que não estiver sob a sua guarda visual direta, é preciso que a Instituição
tenha formas operacionais de guarda desse objeto, a fim de manter a sua idoneidade.
Todas essas informações deverão constar no laudo pericial.
Procedimento 12
Se o objeto foi diretamente para a Delegacia ou para lugar pré-determinado em função
das suas peculiaridades, a autoridade policial deverá tomar todas as providências para
mantê-lo lacrado e somente quando necessário poderá ser aberto, o que, para tanto,
deve ser formalmente registrado. Após, voltar a lacrar novamente. Também neste caso,
essas movimentações devem constar de algum documento formal inserido no Inquérito,
inclusive listando o nome de quem abriu e quem manuseou tal objeto até o lacre
seguinte.
Procedimento 13
Quando o objeto chegar na Delegacia, procedente do Instituto de Criminalística,
juntamente com o laudo pericial, somente poderá ser aberto na estrita necessidade de
algum exame. Não é preciso abrir para conferir o conteúdo, já que estando lacrado, a
responsabilidade é do perito criminal até o momento que for aberto, mesmo que isso
ocorra já no âmbito da Justiça. É bom lembrar que o rompimento do lacre sem motivo
justificado levanta suspeitas a priori sobre a idoneidade do objeto, além de transferir a
responsabilidade da guarda para quem o abriu.
Procedimento 14
No encaminhamento do Inquérito Policial ao Judiciário, quando relacionar os materiais
apreendidos deverão ser registrados todos os procedimentos adotados para a
manutenção da cadeia de custódia e, ao final, informado que tais lacres só podem ser
abertos por autoridade devidamente habilitada para tal nos autos do processo.
A seguir realize a atividade proposta e em seguida veja a unidade que tratará sobre
Busca e Apreensão
~ Atividade
UNIDADE 03
BUSCA E APREENSÃO
BUSCA
É procura, revista ou pesquisa de pessoas, coisas ou mesmo rastros (vestígios) e
significa o movimento desencadeado pelos agentes do Estado para investigação,
descoberta e pesquisa de algo interessante para o processo penal, realizando-se em
pessoas e lugares.
APREENSÃO
Corresponde ao apossamento, à detenção de coisas ou de pessoas, etc., sempre
determinada pela autoridade competente e é medida assecuratória que toma algo de
alguém ou de algum lugar, com a finalidade de produzir prova ou de preservar
direitos, indicando, portanto, o apossamento.
Por isso é que se afirma que, estando ausente na diligência a autoridade policial, os
policiais devem proceder à busca e à arrecadação (e não apreensão, no sentido técnico)
dos elementos de convicção, apresentando-os, em seguida, ao Delegado para as
formalidades legais.
~ Atividade
Vários são os momentos para a realização tanto da busca quanto da apreensão. Veja...
Reflita!
Exemplo
~ Atividade
Você estudou que existem momentos certos para realizar tanto a busca quanto a
apreensão. Você sabe dizer que momentos são esses? Registre sua resposta e dê ok.
Em seguida confira se você acertou.
FECHAMENTO DA AULA
Nesta aula você estudou sobre Prova e prova material, Cadeia de custódia e busca e
apreensão. Conheceu a finalidade da busca e apreensão e os momentos corretos de
realizá-las.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
UNIDADE 1 .........................................................................................................................................4
UNIDADE 2..........................................................................................................................................6
UNIDADE 3.........................................................................................................................................13
UNIDADE 4........................................................................................................................................ 33
ANEXO 1 ........................................................................................................................................... 37
AULA 02 – Legislação
3
Legislação
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Identificar e analisar os aspectos legais pertinentes à questão.
Examinar a Constituição Federal sobre a questão.
Examinar o Código de Processo Penal sobre a questão.
Enumerar outras normas legais.
Aí estão alguns dos atributos essenciais do profissional de segurança pública, aquilo que
o difere do cidadão comum. Nas situações adversas é que se consegue demonstrar o
preparo profissional recebido nas academias de polícia, logicamente aliado à experiência.
Todos nós sabemos, sendo profissionais de segurança pública, que devemos ter uma
precisão cirúrgica na realização da busca com conseqüente apreensão/constatação ou
não das provas.
Muitas das vezes, as investigações criminais Ocorre que no desencadeamento da busca, como por
demandam meses e até mesmo anos em exemplo, no cumprimento de um mandado judicial a
busca de elementos de convicção que ser realizado em uma residência, por ansiedade e
afobação acabamos apreendendo/constatando provas
estabeleçam o liame materialidade-autoria.
materiais de forma incorreta, prejudicando, assim, a
verdade real.
IMPORTANTE
Por este motivo temos o dever de evitar aquilo que chamamos de
“questionamentos de ordem jurídica” quando executamos a busca.
Fique atento!
Conscientes de que nossa presença incomoda e de que o cidadão na realidade apenas “nos
tolera”, por mero imperativo legal, não podemos olvidar que, por conseqüência, esse mesmo
cidadão e seus defensores/advogados estarão alerta no sentido de procurarem falhas de
ordem legal, objetivando, desta maneira, desconfigurar o que foi encontrado ou, no mínimo,
colocar em dúvida a diligência da forma como foi realizada.
IMPORTANTE
Você verá a seguir alguns temas legais de relevância na aplicação da busca e apreensão.
Constituição Federal
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou como se faz a análise dos aspectos legais pertinentes à
questão. Nesta unidade falaremos sobre o que orienta a constituição federal referente à
busca e apreensão.
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Cons
A Constituição Federal é a lei máxima do país tituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
IMPORTANTE
REFLEXÃO
Quantas vezes já não lhe veio ao pensamento, no seu cotidiano, principalmente na
execução de buscas domiciliares, o que na realidade significa casa e dia, mencionados
na Constituição Federal?
Casa
É obtido da interpretação dos arts. 150 do CP e 246 do CPP. Sob o nomen juris, de
violação de domicílio, o Código Penal, no art. 150, prevê e comina pena para “quem
entra ou permanece de forma clandestina ou astuciosa ou contra a vontade expressa
ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências”.
Dia
O Ministro do Supremo Tribunal Federal, JOSÉ CELSO DE MELLO FILHO, posicionou-se
no sentido de que a expressão “dia” deve ser compreendida entre a aurora e o
crepúsculo. (MORAES, Alexandre de. Direitos e Garantias Individuais, p. 34).
IMPORTANTE
Por este motivo, casa deve ser interpretada como sendo o local em que o
indivíduo se liberta para, muitas das vezes, sair das regras sociais de
comportamento que lhe são impostas imperceptivelmente, sem ter o receio de
ser incomodado ou observado por qualquer outro.
É dentro de casa que o cidadão pode gritar livremente, ficar despido, deitar no
chão, “plantar bananeira” etc., tudo em respeito à sua privacidade. Ou seja, em
síntese, casa é qualquer compartimento habitado, não acessível ao público.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Faça neste momento uma análise lógica do que pretendeu o legislador constituinte ao
inserir as palavras “casa” e “dia” no texto constitucional.
Você pode compreender o que significa casa e dia, porém, não se pode, dentro das
garantias individuais previstas na Constituição Federal, limitar a interpretação de casa
apenas às referências que já então previstas no Código Penal e de Processo Penal. O
tema é muito mais amplo. Veja...
Como muito bem acentuou Magalhães Noronha, as dependências são lugares interligados
à casa, entretanto não franqueadas ao público.
EXEMPLO
O jardim de uma casa localizada em um condomínio fechado, em que não haja muros
ou grades que o separe da via pública, não pode ser considerado dependência da
mesma, pois não há intimidade ou vida privada a ser preservada. Da mesma forma, os
arredores de um imóvel localizado em uma propriedade rural, os estábulos, os
depósitos de suprimentos, também não são dependências da casa-sede ou da casa de
colonos.
Por este motivo você, policial, não pode deixar de correlacionar casa com intimidade.
Faça sempre este raciocínio e não terá dificuldade em definir o que é casa no aspecto
legal constitucional.
No início da vigência da atual Constituição Federal, muito se discutiu sobre o que deveria
ser entendido como dia. Trata-se de assunto controvertido.
Os juristas não chegaram ainda a um consenso, havendo duas correntes distintas quanto
ao conceito de dia.
Primeira corrente
A primeira delas entende que dia é o período compreendido entre as 06:00 e às 18:00
horas.
Segunda corrente
Já a segunda corrente defende a idéia de que dia é o período de tempo que medeia entre
o nascer e o pôr-do-sol.
REFLEXÃO
DICA
Importante frisar, que o limite temporal impõe-se apenas para o início da busca. Iniciada
a diligência durante o dia, poderá estender-se pelo tempo necessário à sua conclusão.
A profissão de policial exige, na maioria das vezes, decisões rápidas e imediatas, não
permitindo consultas preliminares capazes de definir seus limites de atuação.
O risco é algo permanente no exercício de seu cargo. Não se trata somente do risco de
vida, inerente à atividade. O risco aqui mencionado é aquele que deve ser colocado à
disposição da sociedade na interpretação da norma jurídica, ou seja, você não pode ter o
receio de agir em nome da sociedade ao executar ações de natureza policial.
Por este motivo vale aqui uma definição lógica e não-doutrinária do conceito de dia.
Basta verificar que se o legislador quisesse estabelecer horário fixo para a entrada na
casa com mandado judicial, assim teria explicitado. Dessa forma, dia e noite se
contrapõem.
Assim, podemos dizer que o dia, de forma geral, se inicia com a claridade natural e se
encerra com sua ausência.
REFLEXÃO
Mas, e naquelas situações de tempo fechado em que, por exemplo, ao meio-dia, a
claridade não persiste?
Bem, diante de tais situações, podemos dizer que quando o legislador autorizou a
realização de busca domiciliar, mediante ordem judicial, somente durante o dia, quis
também estabelecer que a noite é o período em que normalmente o cidadão reserva para
o seu descanso rotineiro e não merece ser incomodado.
Nesta linha, geralmente o trabalhador brasileiro, mesmo aqueles que labutam nas áreas
agrícolas, na pesca etc., exerce suas atividades entre as 06:00 e às 18:00 horas. Eis a
solução, BOM SENSO, como já dito anteriormente.
Bem, então, mesmo com ausência de claridade, às 16:00 horas você poderá iniciar a
busca.
Para concluirmos esta unidade, para que não pairem dúvidas a respeito do significado de
dia, às vezes você pode ter ouvido de algum outro colega “que o juiz expediu o mandado
e autorizou, inclusive, a entrada no domicílio, mesmo à noite”.
Atenção! Você, sendo policial, somente poderá atender ordens emanadas de autoridades
competentes e que atendam os preceitos legais.
Neste caso específico, lembre-se de que a ordem judicial, mesmo que documentada, fere
a Constituição Federal, violando princípio fundamental e, portanto, deve ser ignorada,
quanto ao aspecto noite.
Fechamos aqui a segunda unidade da aula 2. A seguir, propomos uma atividade para
sua auto-avaliação.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Analise a situação a seguir, em seguida responda:
Você tem um mandado que autoriza em domícilio, porém já são 17h. De acordo com a
Constituição Federal que atitude você tomaria em tal situação? Socialize sua resposta com
os demais alunos e com seu tutor.
UNIDADE 3
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou o que determina a Constituição Federal sobre busca e
apreensão. Foi destacada principalmente a compreensão dos termos “casa” e “dia”.
Nesta unidade você vai estudar o que orienta o código de processo penal em relação à
busca e apreensão.
O tema deste curso mereceu destaque especial no Código de Processo Penal, em um
capítulo próprio, que disciplina em que situações são permitidas a busca e apreensão e a
forma de suas execuções, objetivando a busca da verdade real.
Veja a seguir o que diz o texto da lei.
O capítulo XI do Código de Processo Penal trata exclusivamente sobre Busca e
Apreensão. A seguir você pode imprimir o que diz o texto de lei.
CAPÍTULO XI
DA BUSCA E DA APREENSÃO
a) prender criminosos;
III – ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os
moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência.
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas ou
circunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou transportada em determinada
direção, forem ao seu encalço.
Para facilitar seu estudo e não tornar cansativa a sua leitura em tela organiza os artigos e seus
comentários abaixo.
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
Embora já citado, você deve lembrar que a busca domiciliar é perfeitamente cabível para
o possível encontro de “qualquer elemento de convicção”, o que lhe garante
liberdade na diligência.
Cabe frisar que os policiais encarregados do caso terão que se certificar de que
efetivamente o procurado entrou, ou se encontra, na casa investigada e devem estar
munidos do Mandado de Busca e Apreensão de pessoa, além obviamente, do Mandado
de Prisão.
O tema é polêmico, “havendo quem sustente, com base na relatividade das liberdades
públicas, a aplicação do princípio da proporcionalidade de modo a ser possível, em casos
graves, a violação do sigilo das correspondências”. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo
Penal).
Artigo 240 § 2º
o
§ 2 Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém
oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do
parágrafo anterior.
c/c art. 244 – pessoal
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando
houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos
ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso
de busca domiciliar.
A medida pode ser realizada com ou sem mandado, a teor do art. 240, § 2º c/c o art.
244 do CPPB. Via de regra, na atividade policial, ela é efetuada sem mandado, pelo
seguinte permissivo legal, do próprio CPP:
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver
fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de
busca domiciliar.
A lei processual exige “fundada suspeita” para autorizar a busca pessoal. Assim, em não
havendo ao menos indícios a legitimar a atividade policial, a busca será considerada
arbitrária e, por conseqüência, ilegal.
O legislador, no tocante à busca pessoal realizada em mulher, determina: “será feita por
outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência” (art. 249 do CPP).
Assim, poderá um homem, havendo risco de prejuízo relevante e irreparável à diligência
policial, proceder à busca pessoal em mulher. Entretanto, tal medida deve ser adotada
em casos extremos, uma vez que constrangimentos podem surgir na realização da
referida medida.
Assim, como orientação prática, recomenda-se, sempre que for possível, à equipe que
realizará a diligência (busca domiciliar ou pessoal) deverá ser integrada por, pelo menos,
uma policial.
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente,
a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado.
O texto deste artigo não mais se aplica em razão da promulgação da Constituição Federal
de 1988, excluindo-se, portanto, a autoridade policial como detentora de poderes para a
expedição de mandado de busca e apreensão domiciliar.
identificar ao morador e cumprir todo o rito exigido por lei, e ainda respeitar o horário de
entrada. A sua presença no local dispensa apenas o documento “mandado de busca e
apreensão”.
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes.
Nada impede que o mandado de busca domiciliar seja expedido pela autoridade judiciária
sem a representação da autoridade policial ou do representante do ministério público, ou
seja, de ofício.
No que consiste a busca e apreensão, aqui estudadas, dois pontos fundamentais devem
ser lembrados e que são essenciais na atividade policial-criminal. Primeiro, a busca pode
ter caráter preventivo; segundo, a busca pode ter caráter investigativo.
Por outro lado, quando falamos da busca em seu caráter investigativo, em que se
procuram indícios ou provas da prática de um delito criminal e sua autoria, somente os
integrantes dos quadros das polícias judiciárias (civil ou federal) estão autorizadas
requerê-las, com exceção dos procedimentos de ordem militar, pois a investigação
criminal a elas pertence por força de mandamento constitucional. Obviamente que na
execução da busca investigativa, a autoridade policial poderá contar com o auxílio de
outras forças policiais, entretanto o comando será seu, até mesmo porque a presidência
da investigação está sob sua responsabilidade.
Embora o artigo 242 do CPPB diga que a expedição do mandado poderá ser solicitada a
requerimento de qualquer das partes, torna-se de rara aplicação. Alguns doutrinadores
entendem, por força deste dispositivo, que o investigado, no seu interesse, poderá
requerê-lo. Na prática, quando ainda em fase de investigação, este requerimento é
direcionado a autoridade policial, a qual, sempre em busca da verdade real, analisará a
sua conveniência e, assim entendendo, representará ao juiz competente.
Os mais cautelosos, desde que não haja prejuízo para a investigação, observando-se
sempre o princípio da oportunidade, normalmente retornam e solicitam a expedição de
novo mandado, já com os dados corrigidos. Não é a melhor saída, mas se você tiver de
fazer isso, adote as providências para que os indícios e provas não desapareçam. Por
outro lado o equívoco constatado quando da execução da busca demonstra que algo de
errado ocorreu na fase preliminar, a dos levantamentos iniciais, justificando-se apenas
em situações de extrema dificuldade de acesso ao local, até mesmo com risco aos
policiais.
O mandado expedido deve conter o que se busca, ou seja, o que se pretende apreender,
de forma que a autoridade policial deverá expor ao juiz o que pretende obter com a
diligência. Deverá dizer se irá buscar documentos e quais; entorpecentes; armas; etc.
Normalmente orienta-se as autoridades policiais a inserirem em suas representações “e
outros elementos de convicção” relacionados com o crime investigado. Desta forma,
o universo da busca torna-se mais amplo.
Não seria necessário mencionar, eis que notório entre os policiais, mas o sigilo “é a alma
do negócio”.
Ao recebê-lo da justiça, também deverá atuar com discrição. Não se pode admitir que
esta ordem judicial seja recebida por um funcionário não integrante da carreira policial,
sob pena de ter o seu conteúdo veiculado, ainda que inconscientemente. Lembre-se de
que você, policial, tem uma doutrina diferente dos demais servidores e está preparado
para manter o sigilo e a compartimentação necessárias para o deslinde satisfatório da
investigação.
Perceba que não é somente a condição profissional que lhe dá a garantia da não
apreensão do documento em seu poder. O advogado tem que estar na condição de
defensor do investigado/acusado para poder usufruí-la.
Os ambientes específicos que estão sujeitos à busca e apreensão serão estudados mais
adiante, entretanto neste momento, tenha certeza que sim.
Quando você percebe que alguém possa, de alguma forma, por suas atitudes e condutas
em um ambiente específico, estar na iminência de cometer algum ilícito, não pense duas
vezes, aja com seriedade e rapidez. Neste caso, a sua perspicácia poderá evitar o
cometimento de algum crime, estando presente, sem sombra de dúvidas, a “fundada
suspeita”.
O termo colocado em questão não encontra uma definição jurídica adequada e por
conseqüência, cabe a você defini-lo ao caso concreto, sempre se utilizando do atributo do
BOM SENSO. Não tenha receios, acredite na sua percepção e, em suspeitando, realize a
busca nos moldes legais.
Tema controvertido diz respeito às buscas em veículos. Mais adiante trataremos do tema,
mas neste momento já tenha ciência de que é possível a sua realização sem mandado
judicial, em casos específicos, sendo interpretada como busca pessoal. Por outro lado,
também há momentos em que o veículo está na condição de compartimento habitado,
em que deve ser respeitada a inviolabilidade do domicílio.
Art.245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se
realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao
morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
§ 1º Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da
diligência.
§ 2º Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.
§ 3º Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no
interior da casa, para o descobrimento do que se procura.
§ 4º Observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, quando ausentes os moradores, devendo, neste
caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.
§ 5º Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a
mostrá-la.
Art.248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores
mais do que o indispensável para o êxito da diligência.
Art.249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.
Como deve ser realizada a busca domiciliar? Essa indagação compreende dois
significados, ou seja, quais as formalidades legais que devem ser observadas numa
busca e quais as atitudes operacionais a serem adotadas pelos policiais no curso de uma
diligência dessa natureza. Neste momento será abordado apenas o aspecto legal.
Para a validade da busca devem ser cumpridas as regras do art. 245 do CPP, obrigando a
leitura, a apresentação do mandado e a intimação do ocupante do imóvel para abrir a
porta antes do início da busca. Há, contudo, situações em que este procedimento poderá
importar em frustração da diligência ou excessivo risco aos executores. Nestas situações,
conforme será visto mais adiante, a leitura e a apresentação do mandado serão feitas tão
logo a situação esteja sob o controle dos policiais.
o
Artigo 245 § 2 – busca pessoal
Imagine, por exemplo, você chegar para efetuar uma busca domiciliar na cidade de São
Paulo/SP com uma viatura descaracterizada e os policiais não trajados ostensivamente?
É possível, em uma situação destas, que o morador ou o porteiro desconfie se tratar de
um roubo e desta forma recusar-se a abrir a porta. Pergunta-se. Haverá desobediência
no aspecto criminal?
Obviamente que não. Por isso, você deve avaliar cada caso e as suas circunstâncias
específicas.
Por outro lado, nesta mesma situação, você poderá arrombar a porta? Sem dúvida, pois
a não abertura espontânea irá trazer prejuízo à diligência. Uma vez dentro do imóvel e
com a situação sob controle, demonstre ao morador que você realmente é um policial e
prossiga lendo e apresentando a ordem judicial. Em seguida pergunte para que
apresente onde se encontra o objeto da busca descrito no mandado (caso especificado).
o o o
§ 4 Observar-se-á o disposto nos §§ 2 e 3 , quando ausentes os moradores,
devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e
estiver presente.
o
§ 5 Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado
a mostrá-la.
Perceba que a transparência da diligência é fator primordial para uma boa busca com
conseqüente apreensão. Você já deve ter ouvido falar que, infelizmente, alguns
advogados sempre questionam o trabalho realizado pelos policiais, fazendo inclusive
afirmações de que o que foi encontrado no local da busca é produto da ação tendenciosa
da polícia que quer a qualquer custo incriminar seu cliente. Por estas razões é
recomendável, sempre que possível, que as testemunhas convidadas a acompanhar a
diligência não sejam policiais.
Curso Busca e Apreensão
SENASP
AULA 02 – Legislação
28
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores
mais do que o indispensável para o êxito da diligência.
Neste particular, você já deve ter participado de alguma busca domiciliar em que o
morador e as testemunhas convidadas permanecem distantes dos policiais, às vezes até
mesmo fora dos limites da residência. Este é um procedimento incorreto, já que devem
acompanhar as buscas passo a passo, para se ter a certeza do local e forma como o
objeto foi encontrado.
Finda a diligência farão os executores um auto de tudo quanto tiver sucedido, no qual
também descreverão as coisas, pessoas e lugares onde foram achadas, e assinarão com
duas testemunhas presenciais, que os mesmos oficiais de justiça (agora também a
autoridade policial) devem chamar logo que quiserem principiar a diligência e execução,
dando de tudo cópia às partes, se o pedirem. Se a busca e apreensão forem feitas na
presença do acusado, poderá este rubricar os papéis apreendidos, e se reconhecer os
objetos apreendidos como seus, será declarada no auto essa circunstância. Também
neste auto mencionar-se-ão as respostas que o acusado der quando perguntado sobre a
procedência das coisas apreendidas, a razão da posse, o uso a que se destinava.
Lei nº 6.368/76
Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar,
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo
substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização
ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360
(trezentos e sessenta) dias-multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem, indevidamente:
I – importa ou exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda ou
oferece, fornece ainda que gratuitamente, tem em depósito, transporta, traz consigo ou
guarda matéria- prima destinada a preparação de substância entorpecente ou que
determine dependência física ou
psíquica;
II – semeia, cultiva ou faz a colheita de plantas destinadas à preparação de entorpecente
ou de
substância que determine dependência física ou psíquica.
§ 2º Nas mesmas penas incorre, ainda, quem:
I – induz, instiga ou auxilia alguém a usar entorpecente ou substância que determine
dependência física ou psíquica;
II – utiliza local de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou
consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, para uso indevido ou tráfico
ilícito de
entorpecente ou de substância que determine dependência física ou psíquica.
III – contribui de qualquer forma para incentivar ou difundir o uso indevido ou o tráfico
ilícito de
substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
Somente nas hipóteses de flagrante delito, desastre, para prestar socorro ou com
mandado judicial (durante o dia) se pode ingressar em casa sem o consentimento do
morador. Mesmo assim, e no caso de crime permanente, é imprescindível ter a certeza
de que o delito está sendo praticado naquele momento, não se justificando o ingresso no
domicílio para a realização de diligências complementares à prisão em flagrante ocorrida
noutro lugar, nem para averiguação de notitia criminis.
E se o mandado judicial tiver que ser cumprido em outra localidade? O que fazer?
Por dispositivo legal, a autoridade judiciária a quem a investigação está distribuída em
razão da competência, teria que expedir uma Carta Precatória a autoridade judiciária do
local da busca solicitando a expedição do mandado para cumprimento. Na prática, em
raras situações isto é realizado, até mesmo para que a diligência não seja frustrada em
razão da burocracia.
Nos dias atuais, o que se constata é o juiz do feito expedir o mandado a ser cumprido em
outro local fora de sua jurisdição. Quando isso ocorre é de boa cautela que os policiais
executores do mandado procurem a autoridade judiciária do local da busca antes de
efetivar a medida, caso isto não traga prejuízo a diligência ou logo após, dependendo da
urgência. De qualquer forma, o juiz do local da busca deve ser comunicado, antes ou
depois da diligência.
SAIBA MAIS
Se você quiser acessar o código completo acesse o site a seguir:
Código de Processo Penal
http://www.planalto.gov.br/ccivi
l/Decreto-Lei/Del3689.htm
ATIVIDADE DESCRITIVA
2) Você já se deparou com uma situação em que o número da residência constante no
mandado não é o mesmo do local em que se pretende realizar a busca? O que fazer
neste caso?
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou o que determina o Código de Processo Penal em
relação à busca e apreensão. Agora, nesta última unidade da aula 2, você conhecerá
mais algumas normas legais que tratam deste assunto.
A maioria das instituições de segurança pública do nosso país estabelece regras internas
para o desenvolvimento operacional de suas atividades legais, logicamente se
coadunando com os dispositivos existentes na legislação pátria.
http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/Min_Div/MJ_Port1287-05.html
Portaria 1.288
Salientamos que aliada às Portarias 1.287 e 1.288, a Polícia Federal dispõe de uma
Instrução Normativa interna (IN 11/2001-DG/DPF) em que em um dos tópicos, estão
disciplinadas as atividades de busca e apreensão.
.
.
FECHANDO AULA...
Nesta aula você pôde construir conhecimentos sobre as normas legais que regulamentam
as ações de Busca e Apreensão. Certamente agora você terá mais segurança em seus
procedimentos futuros. Conhecer os aspectos legais pertinentes sobre este tema é
fundamental para qualquer pessoa, mas principalmente aos profissionais que exercem tal
função.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
Imagine você chegar para efetuar uma busca domiciliar na cidade de São Paulo/SP com
uma viatura descaracterizada e com policiais não trajados ostensivamente. É possível,
em uma situação destas, que o morador ou o porteiro desconfie se tratar de um roubo e
desta forma recusar-se a abrir a porta.
O que você deve fazer como policial nesta situação? Socialize sua resposta com seus colegas.
UNIDADE 1 ...........................................................................................................................................4
UNIDADE 2............................................................................................................................................6
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Nesta unidade você vai conhecer os elementos básicos para a atividade de busca e
apreensão.
RELEMBRANDO
Você perceberá que esta unidade trata-se apenas de enfatizar outros detalhes que são
importantíssimos no conjunto geral da investigação.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Você sabe o que são esses passos da cadeia de custódia? Registre sua resposta .
Em seguida, observe a orientação dada.
Primeiro Passo
Segundo Passo
Terceiro Passo
Fechamos aqui a última unidade desta aula. A seguir, vamos ao fechamento da aula e a
atividade de conclusão.
FECHANDO AULA...
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
( ) b,c,d
( ) todas estão corretas
Unidade 1: Constatação.
Unidade 2: Exames comuns.
Unidade 3: Crimes de informática.
Unidade 4: Crimes financeiros (lavagem de dinheiro, casas de câmbio, etc.).
Unidade 5: Crimes contra a vida.
Unidade 6: Exercício ilegal da profissão.
Unidade 7: Jogos de azar.
Unidade 8: Constatação de drogas.
Unidade 9: Crimes contra a fé pública.
Unidade 10: Encaminhamento dos objetivos apreendidos.
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Vamos iniciar, a seguir, a primeira unidade desta aula falando sobre constatação.
Constatação
Você já está habituado a ver e sabe que a técnica criminalística determina que num exame pericial de
local, os peritos criminais só podem considerar, nos seus estudos e
laudo pericial, aqueles vestígios que
Os motivos técnicos para tal são vários e não cabe aqui
diretamente foram constatados discutir. Estamos levantando isso para mostrar a diferença
(encontrados) pelos próprios peritos. para as situações de busca e apreensão.
Nos locais que não tenha perito, essa tarefa deve ficar a cargo do coordenador da
operação, que tomará medidas semelhantes.
Outro aspecto de
caráter geral é que as
buscas/constatações
devem ocorrer somente
em um cômodo de cada
vez, a fim de evitar o
tumulto de vários
policiais procurando
desordenadamente por
todo o ambiente.
O coordenador da
operação deve deixar um policial em cada compartimento apenas para vigiar o local e
Curso Busca e Apreensão
SENASP
AULA 04 - Peculiaridades de Alguns Tipos de Locais de Busca e Apreensão, Sob o Ponto de Vista Pericial
6
Mas o que queremos lhe mostrar nos tópicos a seguir é que, para cada um desses locais,
existem certas sensibilidades e peculiaridades técnicas que você precisa estar atento
para que os peritos que vão compor essa equipe de busca tenham especialização que os
eventuais exames requeiram.
EXEMPLO
Exames Comuns
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você viu a constatação, ou seja, o ato de encontrar o que se está
buscando. Nesta unidade você estudará os exames mais comuns.
Bem, para qualquer um dos subitens específicos que vamos comentar adiante, existem
certos exames e observações que são comuns a todos. Em uns podem ter maior ou
menor relevância dentro do contexto geral dos exames, mas em todos os peritos devem
assim proceder.
Endereço
Pode parecer corriqueiro, mas você perito sabe que ter a certeza absoluta sobre o
endereço é de fundamental importância.
Descrição da área
A descrição da área aqui mencionada inicia nos limites físicos do local em si e deve se
expandir até onde os peritos criminais entenderem.
Descrição do local
E quando falamos do local, isso envolve desde seus meios de acesso e fachada
externa, até a descrição interna de cada cômodo do ambiente em questão.
Você vai estudar cada um deles mais detalhadamente nos tópicos a seguir.
Endereço
Em muitas situações pode parecer fácil conferir. Todavia, você vai encontrar casos que
somente por intermédio das coordenadas geográficas, marcadas através de um GPS,
serão capazes de estabelecer essa garantia.
As razões dos peritos criminais buscarem esta certeza sobre o endereço parece óbvia e
dispensa maiores comentários.
Descrição da Área
Dentro dessa área você poderá estar encontrando inúmeras coisas e, é de conhecimento
do perito criminal que o maior ou menor grau de aprofundamento da descrição
dependerá da relevância de cada uma dessas coisas para os objetivos que se busca.
EXEMPLO
ATIVIDADE DESCRITIVA
Qual a necessidade ou importância de mencionar e descrever tudo isso sobre a área? Registre sua
opinião.
EXEMPLO
Então...
Ainda na descrição dessa estrada, observam os peritos que havia uma certa quantidade
de marcas recentes de pneumáticos no percurso entre a casa e o rio. No ponto do rio
onde a estrada terminava também constataram várias alterações recentes na encosta,
característico de atracamento de barcos pequenos.
No caso que você estudou ainda poderíamos mencionar muitas outras possibilidades de
aproveitamento de informações porventura ali existentes.
Mas este é o seu desafio! Pronto?
Atividade
Desafio!
Volte ao caso e olhe-o de maneira mais ampla, relacione com as demais informações
do local em si e veja o quanto de esclarecimento poderia tirar daí. Esta é a maravilha
da investigação pericial, onde tudo deve ser considerado e, somente descartado quando
tivermos absoluta certeza do seu não relacionamento ao fato.
Bem, agora sim vamos começar a tratar do local da busca propriamente dito.
Situação 1: Situação 2:
Os chamados vestígios Aqueles de natureza inusitada ou
prováveis de serem improvável (tomando como
encontrados porque existe referência o próprio vestígio ou o
uma forte probabilidade da tipo de ocorrência), em que você
sua existência. nunca terá a mínima possibilidade
de prever a sua existência no
local.
Para isso, você deve estar plenamente consciente de que poderá, a qualquer
momento da procura, constatar um objeto (vestígio) que, mesmo parecendo nada ter
a ver com o fato investigado, após ser analisado, demonstrar que é peça fundamental
para o esclarecimento da investigação.
Crimes de Informática
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou os exames mais comuns, agora veremos como
proceder em investigações de crimes de informática.
IMPORTANTE
Quando não for possível o concurso de perito criminal diretamente na diligência de busca
e apreensão, a autoridade policial deverá – inclusive com peritos de outras localidades –
colher informações, por ocasião do planejamento, sobre esses riscos, visando coordenar
com eficiência a busca e apreensão e conseqüente preservação da cadeia de custódia das
máquinas apreendidas.
SAIBA MAIS
O infrator evita a transmissão direta dos dados para o destino que ele deseja, mas o
faz passando por vários outros locais (máquinas) em diversos locais diferentes, que
pode ser dentro do país ou fora dele.
Daí nasce uma outra característica desses crimes: são transnacionais e, portanto, a
investigação, para chegar até o ponto de fazer uma busca e apreensão é porque tem
informações de todo esse caminho e parcerias feitos pelo infrator.
E quando esta busca e apreensão tiver que ser feita com o suspeito no local? Veja a
seguir o que fazer.
série de informações que estavam presentes naquele momento e que seriam valiosas
para a investigação.
Crimes Financeiros
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou como proceder em investigações de crimes de
informática. Nesta unidade estudará sobre os procedimentos em crimes financeiros.
É um tipo de local que demandará muito tempo para procurar por todos os documentos
que venham a caracterizar tais ilícitos. Em princípio, qualquer crime dessa natureza vai
gerar as suas conseqüências (documentos = vestígios), onde a dificuldade maior
normalmente é encontrá-los, já que os infratores vão procurar ocultá-los ao máximo.
Lavagem de Dinheiro
O que se busca são os documentos dessas transações de fachada, até chegar na primeira
origem do dinheiro e provar a sua ilicitude. Essa procura e conseqüente seleção de
documentos, demanda conhecimento contábil, financeiro e da investigação propriamente
dita, pois é muito provável que você encontre outros documentos que não estão
relacionados aos fatos criminosos. Portanto, não há qualquer necessidade de serem
apreendidos.
Casas de Câmbio
Em casas de câmbio busca-se normalmente por dinheiro (em moeda nacional e/ou
estrangeira) e documentos de possíveis registros de transações financeiras, tais como
remessa ilegal de dinheiro para o exterior.
Também você vai encontrar dificuldades na busca, pois seus infratores procurarão
esconder esses dinheiros ou documentos.
DICA
O ser humano age instintivamente e não consegue jamais desfazer ou modificar todos
Os vestígios. Ao modificar ou eliminar algum estará – para fazer isso – criando,
automaticamente, outro.
Alguém mata uma pessoa com um tiro de pistola. A cápsula vai ejetar e o agressor,
para não deixar aquele vestígio no local, se desloca até onde está a referida cápsula
para apanhá-la. De fato ele eliminou um vestígio, todavia deixou um outro também
muito importante que é a marca do solado do seu tênis no solo, capaz de identificá-lo
diretamente como presente na cena do crime.
Então, observe que a principal peculiaridade nos locais de crimes contra a vida é a
multiplicidade de possibilidades que os peritos criminais poderão encontrar. Também
aqui o planejamento prévio é fundamental para se buscar com eficiência tudo que possa
ser encontrado naquele local de interesse da investigação.
A seguir temos mais uma importante unidade. Nela você estudará os procedimentos em
crimes de exercício ilegal da profissão.
Como você sabe, qualquer profissão de nível superior tem atribuições que lhe são de
competência exclusiva.
EXEMPLO
Assim, uma cirurgia só pode ser feita por um médico. O enfermeiro, por mais que
saiba fazê-la, em função do conhecimento prático, está proibido por força de lei. Uma
perícia contábil é atribuição exclusiva do bacharel em ciências contábeis, não
podendo fazê-la o economista. E assim sucessivamente.
Quando for efetuar uma busca num local dessa natureza, a principal característica é a
existência de materiais, equipamentos e outros bens que estão diretamente relacionados
ao exercício daquela profissão. Num escritório de contabilidade vão encontrar um livro de
registro de entrada de mercadoria de algum cliente e coisas do gênero; num consultório
dentário uma cadeira própria e diversos outros equipamentos peculiares a tal atividade.
Então estes são os objetos que deverão interessar aos peritos criminais e ao coordenador
da operação.
E em jogos de azar?
Veja na próxima unidade.
Jogos de Azar
RELEMBRANDO
Você sabe que jogos de azar, realizados mediante a aposta remunerada, é proibido no
Brasil e, portanto, local onde são realizados interessam à investigação.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Qual seria o objetivo central de uma busca e apreensão nesses locais? Registre sua resposta.
Então, a peculiaridade principal desses locais é a facilidade com que seus apostadores
podem modificar a situação e descaracterizar a existência de jogos.
Por isso que a tomada de um local desses é de fundamental relevância, onde deve atuar
uma equipe de policiais em número suficiente para o seu domínio.
Neste caso não tanto pela necessidade de segurança, mas para manter intacto o
ambiente e os meios de apostas sobre as mesas e balcões, visando o imediato exame
pelos peritos criminais.
Isso vai evitar que algum dos apostadores ou os responsáveis pelo local modifiquem ou
misturem as cartas de um jogo.
Uma vez que é preciso, logo na seqüência, que os peritos criminais analisem cada mesa
de aposta para caracterizar o tipo de jogo que ali se desenvolvia e, segundo, que tipo de
aposta, a partir de dinheiro porventura utilizado diretamente, ou por intermédio de fichas
previamente valoradas.
DICA
Quando for encontrada ficha como meio de pagamento das apostas, naturalmente a
equipe deverá saber que no local existe uma tesouraria e que também precisará ser
periciada, para levantamento de tudo que estiver em seu interior.
Constatação de Drogas
RELEMBRANDO
Na unidade passada você viu como proceder na busca e apreensão em locais de jogos de
azar. Agora, veja no caso de constatação de drogas como você deve agir.
Este é um local também muito conhecido de todos e você já sabe o que procurar, mas a
atenção maior está voltada para a localização das drogas no ambiente onde se
desenvolve a busca.
Este é um local onde todos os integrantes da equipe devem ficar muito atentos para
essas camuflagens, procurando nos locais prováveis e improváveis.
IMPORTANTE
DICA
Em muitas academias de polícia existe exposição de embalagens utilizadas para
acondicionar drogas. Se tiver oportunidade, faça uma visita a um desses locais. Será
muito didático para ilustrar o que falamos de locais e embalagens improváveis.
Outro aspecto importante nesses locais é que a perícia faça um rigoroso registro do
exato local onde a droga foi encontrada, a fim de evitar qualquer dúvida sobre a origem
da mesma e possíveis descaracterizações na fase do contraditório do processo criminal.
REFLEXÃO
Laboratório de Drogas
Atenção especial procure dar quando estiver diante de uma situação de busca e
apreensão em um local onde esteja funcionando algum laboratório de drogas clandestino.
Nesses locais, além de drogas já processadas e/ou embaladas para comércio, vários
outros objetos poderão estar presentes, como produtos químicos utilizados no refino. A
própria embalagem desses produtos é elemento de prova e você deve levar em
consideração.
IMPORTANTE
O exame em um local dessa natureza pode ser muito rico em objetos, instrumentos,
equipamentos e reagentes químicos.
Por isso, torna-se importante a apreensão daquilo que for possível e o que não for,
ficar rigorosamente caracterizado pelo respectivo exame pericial, visando agregar ao
processo o máximo de informações sobre o local.
RELEMBRANDO
Na unidade passada você estudou como proceder no caso de constatação de
drogas. Nesta unidade trataremos dos procedimentos em crimes contra a fé
pública.
Sobre este assunto existem vários tipos de falsificações e engodos que podem
caracterizar os crimes contra a fé publica como:
Documentos públicos.
- Contrafação de moeda.
Os policiais têm de conhecer com detalhes o tipo de fraude que costumam ocorrer para
saber o que procurar Claro que deverão estudar a forma e o conteúdo normal desses
documentos, a fim de dominarem com segurança os conhecimentos necessários para
essas avaliações preliminares no próprio local, visando a apreensão somente dos
documentos que interessam à investigação.
Outra peculiaridade comum nos crimes contra a fé pública é que essas fraudes podem
ocorrer no endereço dos infratores como também no órgão público que monopoliza o
controle desses bens.
EXEMPLO
DICA
Então você ao iniciar uma busca já deve saber o que procurar.
Saber também onde procurar, tendo em vista as várias compartimentações e
arquivos
Portanto, a busca deve identificar quem são os funcionários que trabalham em cada
setor. Para isso, faça entrevistas e peça informações na hora, verifique nos controles
administrativos e também nos documentos assinados ou rubricados em cada setor. Com
o mapa de funcionários ficará mais fácil depois se a investigação vier a descobrir que
existe um suspeito de dentro do cartório.
Este é um tipo de crime que ocorre com relativa incidência e, portanto, pode gerar
muitos mandados de busca e apreensão. Vários são os documentos produzidos para
determinar a posse de um veículo e seus controles junto ao sistema de trânsito.
Também aqui a possibilidade é muito grande de que tais fraudes ocorram por quadrilhas
organizadas com funcionários, a fim de fazer os registros fraudulentos dentro do sistema.
Então, a grande peculiaridade dessa busca é a de que possa também ser feita no
endereço do infrator e no órgão de trânsito.
Especialmente quando não se tem nada suspeito dentro do órgão de trânsito, procure
ficar muito atento na busca no endereço do infrator, pois ali poderá estar reunindo
Curso Busca e Apreensão
SENASP
AULA 04 - Peculiaridades de Alguns Tipos de Locais de Busca e Apreensão, Sob o Ponto de Vista Pericial
26
elementos para obter indícios de que novo mandado deve ser solicitado para
implementar dentro do órgão de trânsito.
DICA
Neste caso, analise o grau de sigilo e da oportunidade e procure conseguir o mandado
ainda enquanto se encontra no endereço do infrator.
Ao executar uma busca no órgão de trânsito tente ser o mais objetivo possível, no
sentido de procurar os documentos que realmente interessam a sua investigação,
tendo em vista que se trata de um local onde ficam armazenadas imensas quantidades de
papéis e documentos.
É importante obter a relação dos funcionários por setor, a fim de que possa
atribuir-lhes eventuais responsabilidades.
Busca e apreensão em local de produção de moeda falsa você pressupõe que vai
encontrar moeda falsa! É muito provável que sim, mas também muitos outros objetos
poderão ser encontrados.
EXEMPLO
Moeda idônea, petrechos utilizados, tais como papel, tintas, produtos químicos para
lavagem de outras cédulas autênticas de menor valor ou de circulação inativa,
fotolitos, programas de computador no disco rígido e em CDs/DVDs, impressoras,
assim como documentos que possam indicar compras de materiais correlacionados.
RELEMBRANDO
.Na unidade anterior você estudou sobre os procedimentos em crimes contra a fé
pública. Nesta última unidade da aula 4 veja os encaminhamentos dos objetos
apreendidos
EXEMPLO
Esse caminho também será feito por algum funcionário a partir de rotinas que já devem
estar estabelecidas, visando garantir sempre o trânsito desse objeto sem qualquer
dúvida sobre o seu manuseio e/ou origem.
Curso Busca e Apreensão
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AULA 04 - Peculiaridades de Alguns Tipos de Locais de Busca e Apreensão, Sob o Ponto de Vista
Pericial
28
Você concluiu aqui a última unidade da aula 4. A seguir vamos ao fechamento da aula e
as atividades de conclusão.
Crimes de informática
Crimes financeiros (lavagem de dinheiro, casas de câmbio, etc.)
Crimes contra a vida
Crime de exercício ilegal da profissão
Crime de Jogos de azar
Crimes de constatação de drogas
Crimes contra a fé pública
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
1) Quanto aos exames mais comuns, quais das afirmativas a seguir são verdadeiras?
a) Quando citamos descrição do local, isso envolve desde seus meios de acesso e
fachada externa, até a descrição interna de cada cômodo do ambiente em questão.
b) A descrição da área que você estudou inicia somente nos limites físicos do local em
que irá ocorrer a busca.
d) A descrição interna para cada um dos cômodos deve ser independente, de maneira
sistêmica e ordenada, de acordo com as recomendações técnicas criminalísticas a esse
respeito.
Assinale a correta:
( ) a,b,c
( ) a,c,d
( ) b,c,d
2) A seguir lhe propomos um caça-palavras. Encontre as palavras que completam a frase abaixo:
AMBIENTES ESPECÍFICOS...............................................................................................................3
UNIDADE 1 .........................................................................................................................................4
Ambientes Específicos
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Características de Ambiente
Como falamos na apresentação desta aula, você vai estudar nesta unidade as
características de diferentes ambientes que poderá ter que estar fazendo busca e
apreensão. Vamos iniciar pela casa.
Casa
Você se recorda de que quando falamos sobre o princípio constitucional da inviolabilidade
do domicílio, foi analisando o conceito de casa para aplicação do direito penal e processual
penal. Restou alguma dúvida? Se a resposta for afirmativa, por favor, reveja a unidade 2
da aula 2.
Empresas Privadas
ATIVIDADE DESCRITIVA
Pelo até aqui exposto, o que você entende a respeito? Para se realizar uma busca em
uma empresa privada existe a necessidade de ordem judicial? Registre sua opinião.
Estabelecimento Comercial
Mirabete:
“É de se notar, porém, que a necessidade de mandado judicial só se aplica à busca
em casa alheia, que é inviolável, não se inserindo na proibição, as hipóteses de
diligências em estabelecimentos comerciais, industriais, etc.” (Código de Processo
Penal Interpretado).
Fernando Capez (citando Manoel Gonçalves Ferreira Filho):
Capez entende o estabelecimento comercial como domicílio, desde que este não esteja
aberto a qualquer um do povo, como um bar ou restaurante. (Curso de Processo Penal)
A tendência no estado de direito que tentamos sedimentar a cada dia, é de trazer mais
garantias e direitos aos cidadãos. Sob este prisma, não poderíamos querer dar a
interpretação de domicílio como sendo apenas a casa do indivíduo, pois a sua intimidade
e vida privada, resguardados pela Constituição Federal, também estão presentes em seu
ambiente de trabalho, desde que não exposto ao público.
DICA
Lembre-se disto: Você, policial, deve sempre correlacionar casa com intimidade. Muitas
das vezes a dúvida persiste e, nesses casos, não hesite, solicite o mandado judicial!
Propriedade Rural
Pelo estudo realizado até agora, sabemos que você já tem segurança para analisar cada
situação e deduzirá, logo, que apenas em relação aos compartimentos habitados por
seres humanos e dentro dos limites da propriedade rural, são aplicáveis a inviolabilidade
do domicílio como, por exemplo, a casa-sede e as casas de colonos.
Logicamente se a propriedade rural for completamente fechada com muros, a
privacidade ali buscada com esta medida tem de ser respeitada, diferentemente daquelas
em que existem apenas cercas para delimitar a área e impedir a saída de animais como
bois, cavalos, etc.
Veículos
Ocorre, porém, que tal interpretação deve ser restrita aos momentos em que o veículo
esteja sendo usado como meio de transporte.
EXEMPLO
A busca realizada, por exemplo, em trailer utilizado naquele momento como moradia,
deve obedecer a todas as restrições inerentes à busca domiciliar.
compartimento destinado ao seu descanso como sendo sua casa e assim deve ser
respeitado.
Em qualquer das hipóteses deverá haver, como já foi dito, “fundadas suspeitas” ou
“fundadas razões”.
A seguir, você conhecerá as orientações em relação ao ambiente de hotéis e motéis.
Hotéis e Motéis
ATIVIDADE DESCRITIVA
A eficácia deste dispositivo permaneceu suspenso em virtude de liminar concedida pelo Supremo
Tribunal Federal – STF apreciando a ADIN nº 1.127/8.
Por este ângulo você, policial, pode se dirigir até o local, anunciar a busca e
aguardar a presença do representante para dar início à diligência.
Para que sua diligência não seja prejudicada por possível quebra do sigilo
necessário, dirija-se até o local e mantenha a situação sob controle.
Simultaneamente, sugere-se que seja designado um policial encarregado de
estabelecer os contatos necessários com o representante da OAB para o
acompanhamento da diligência.
Este policial poderá utilizar vários métodos para efetuar a comunicação, não se
esquecendo de documentá-la. Não sendo possível fazê-lo pessoalmente,
recomenda-se utilizar o fac-símile para enviar um ofício ao Presidente da OAB
(subseção) comunicando-o da diligência, assim como solicitando a designação de
um representante para acompanhá-la.
Ainda, deverá procurar manter contato telefônico com gravação da conversa
estabelecida, ou recado deixado na caixa postal, com data e hora registradas.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Mas e se você não conseguir manter contato com o representante da OAB? O que
deve ser feito? Cancelar a execução da busca? Registre sua resposta:
ATIVIDADE DESCRITIVA
E se o advogado não renunciar ao seu direito? Você ainda assim entraria no seu
escritório para realizar a busca? Registre sua resposta:
Não chegando, inicie a busca e, lógico, não deixe de relacionar os fatos como se deram
no auto circunstanciado que será elaborado.
Como você estudou na aula 2, o art. 243, § 2º, do CPP, procurando resguardar
elementos de prova, estabeleceu que“não será permitida a apreensão de documentos
em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito”.
DICA
Lembre-se, ainda, que o advogado é essencial à administração da justiça e trabalha na
defesa das garantias e direitos individuais e coletivos.
Organismos Diplomáticos
Bem, você concluiu aqui o estudo da unidade que orientou sobre como proceder em
diferentes ambientes no caso de busca e apreensão. A seguir, vamos ao fechamento da
aula e a atividade de conclusão.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e fale com seu tutor. Não vá em frente
se algo não foi compreendido!
UNIDADE 1 ..........................................................................................................................................4
UNIDADE 2...........................................................................................................................................6
UNIDADE 3............................................................................................................................................8
TESTEMUNHAS ...................................................................................................................................8
UNIDADE 4...........................................................................................................................................10
UNIDADE 5...........................................................................................................................................11
Nesta sexta aula você vai conhecer os incidentes que podem acontecer em uma execução de
um Mandado Judicial e como lidar com diversas situações.
Por isso esta aula certamente vai ser muito importante para você.
Para facilitar seu estudo, o conteúdo desta aula foi dividido em 5 unidades:
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Nesta unidade você vai aprender a lidar com um flagrante em uma execução de busca e
apreensão.
Você já deve ter passado por uma situação de busca e deve saber que a própria
diligência em si já provoca um certo estresse tanto nos policiais que a executam como
nas pessoas a quem ela se dirige. E essas situações podem se transformar em
incidentes, sendo o mais comum deles a resistência ao trabalho policial e o desacato
aos seus agentes.
A fim de evitar que esses incidentes ocorram, o que certamente atrapalhará a sua ação
no local da busca e desviará o foco da diligência, você deverá avaliar cada caso e decidir
que atitude tomar levando-se em conta que essas eventuais crises não podem se tornar
mais importantes, pelo menos naquele momento, que a própria diligência de busca em
si.
Nem sempre o acesso aos locais que sofrerão a Essas resistências podem advir tanto de
criminosos, que por motivos óbvios não
busca será fácil. As pessoas costumam se opor a
querem se submeter à ação policial,
qualquer espécie de “invasão”, mesmo que quanto por pessoas inocentes que tenham
amparada por lei. a sua privacidade invadida.
Os obstáculos criados por tais indivíduos podem tipificar uma ou mais condutas previstas
no Código Penal, principalmente os crimes de resistência,
Artigos 329, 330 e 331
desobediência e desacato os mais comuns nas hipóteses de
respectivamente.
cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão.
Resistência
Art. 329 – Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos.
1º – Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena – reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.
2º – As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Desobediência
Desacato
EXEMPLO
Podemos citar as situações em que o indivíduo se nega a dar acesso ao local aos
policiais, impedindo a sua entrada ou mesmo partindo para agressões físicas,
xingamentos, etc.
Quando possível, as medidas pertinentes contra o infrator devem ser tomadas ao final da
execução da busca, a fim de que eventuais problemas na formalização dos
É importante observar que tais infrações, por se classificarem como crimes de mera
conduta, necessitam de testemunhas para a sua caracterização, podendo ser usadas as
mesmas que acompanharam as buscas.
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você viu como lidar com um flagrante em uma execução de busca e
apreensão. Nesta unidade vamos tratar de provas que você pode encontrar no local e
que não estava no seu mandado de busca.
Bem um outro incidente que pode ocorrer está relacionado à constatação de outros
elementos de provas ou indícios que não sejam objeto da sua busca.
EXEMPLO
ATIVIDADE DESCRITIVA
O que você faria numa situação como essa? Registre sua resposta.
.
A dúvida surge quando o agente se depara com outras provas ou indícios de crime(s)
que não estejam diretamente relacionados com o objeto da busca.
EXEMPLO
Um caso que ilustra bem tal situação é aquele em que você pode se deparar com
documentos relacionados a uma eventual fraude de natureza fiscal em uma execução
de busca relativa a entorpecentes, por exemplo.
Nessas circunstâncias, tais provas só terão validade após nova autorização judicial, o que
não impede sua arrecadação por meio de auto circunstanciado até decisão do
magistrado.
A permanência no local sem chamar a atenção para a outra prova encontrada seria a
atitude correta, até que o novo mandado possa ser expedido.
Testemunhas
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou como tratar de provas que você pode encontrar no
local e que não estava no seu mandado de busca. Nesta unidade veja como conseguir
testemunhas.
Como você já deve saber, conseguir testemunhas para acompanhar a busca é uma das
tarefas mais difíceis para os policiais. Veja...
Assim, a fim de evitar uma crise que serviria apenas para atrapalhar a sua diligência, o
mais aconselhável seria tentar a colaboração de outras pessoas. Mas cada caso é um
caso. Cabe a você ponderar a situação e agir conforme o seu bom senso e suas reais
necessidades.
DICA
Quando da elaboração do planejamento operacional, se possível, deve ser destacado um
policial para a execução desta tarefa preliminar, optando-se por aquele que tenha um
pouco mais de sensibilidade e paciência.
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você aprendeu como conseguir testemunhas. Nesta unidade você
estudará como proceder ao se deparar com locais de difícil acesso.
É provável que você venha a se deparar com obstáculos difíceis de serem transpostos
durante a execução de uma busca.
EXEMPLO
Casas com muros extremamente altos, portões sólidos, cercas elétricas, animais
ferozes, alarmes, etc.
Em tais situações, caso você não se sinta seguro, ou não disponha dos equipamentos
necessários para superar tais obstáculos, é aconselhável que:
Em suma, é difícil elencar todos os problemas que podem surgir durante o cumprimento
de um mandado de busca e apreensão.
O que se deve evitar, como já foi dito, é que qualquer nova crise se revele mais grave
que aquela que você já estava pronto a enfrentar.
Os policiais que executam a busca devem estar bem preparados, saber o que estão
procurando e ter o bom senso necessário para lidar com as mais inusitadas situações.
A seguir, veja como lidar com a imprensa e outros indivíduos estranhos à busca.
RELEMBRANDO
Na unidade anterior você estudou como proceder ao se deparar com locais de difícil
acesso. Nesta unidade veja como lidar com a imprensa e outros indivíduos estranhos à
busca.
Para lidar com tais profissionais, deve ser designado um policial ou outro servidor
da sua instituição que saiba quais informações podem ou não ser repassadas,
levando-se sempre em conta que a imprensa tem o direito de exercer o seu papel
de informar, mas que eventuais sigilos da investigação devem ser preservados a
fim de não prejudicar o desenvolvimento dos trabalhos.
Estabeleça perímetros imaginários caso não possua “cordões/fitas de isolamento” e
deixe claro àqueles profissionais até onde podem chegar.
DICA
Lembre-se, então, de que a ordem judicial não lhe dá poderes para autorizar o acesso da
imprensa no imóvel em que a busca está sendo realizada. Uma conduta inadequada
nesse sentido poderá lhe trazer conseqüências nos aspectos jurídicos.
Outros indivíduos estranhos à busca podem surgir no local de sua execução. Às vezes
passam despercebidos e podem se confundir com aqueles que lá já se encontravam.
FECHANDO AULA
Fechamos aqui o conteúdo da aula 6. A seguir, realize a atividade de auto-avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
Você estudou nesta aula alguns dos principais tipos de incidentes que podem ocorrer no
momento do mandado de busca.
Agora, busque uma situação vivenciada por você ou por algum de seus amigos policiais
que represente um ou mais desses incidentes. Descreva como foi a ação da diligência e
proceda sua análise do fato de acordo com o que você aprendeu nesta aula, discorrendo
se a diligência agiu corretamente, se agiu corretamente em parte e em que aspectos a
ação de busca poderia ser melhorada.
UNIDADE 1 ..................................................................................................................................... 4
Qualificação Profissional
Esta sétima aula vai tratar da qualificação dos profissionais da área da segurança pública.
Como já falamos, todo policial que for utilizado em uma equipe de busca deve estar muito
Bem preparado para os problemas que poderá enfrentar. Além disso, deverá conhecer o
motivo pelo qual a diligência em questão está sendo executada, ou seja, quais provas e
indícios serão importantes para o seu caso. Então precisa, para isso, se qualificar, certo?
Para facilitar seu estudo, o conteúdo foi organizado nas seguintes unidades:
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
A aula 7 é composta por apenas uma unidade, que se divide em 5 tópicos. Cada tópico
apresenta a qualificação de uma categoria de profissionais da área de segurança pública
para ações de busca e apreensão.
Você sabia que é muito comum o emprego de policiais que nada sabem da investigação
no momento da busca?
É isso mesmo! E essa deficiência pode afetar o bom resultado da diligência, já que
algumas provas importantes podem ser negligenciadas em virtude da falta de
conhecimento sobre o quê se procura efetivamente.
No caso do Delegado de Polícia, sua atuação requer uma qualificação a mais, pois além
de liderar a equipe e zelar pelo cumprimento dos preceitos legais, deverá atuar a
posteriori na formalização dos procedimentos, exercendo o seu papel de autoridade
policial, conforme prescreve o Código de Processo Penal.
O delegado precisa:
EXEMPLO
Por exemplo, se poderá apreender determinado documento que, à primeira vista, não
parece diretamente relacionado com o objeto da busca, mas que em uma análise
posterior poderá interessar; ou se um computador deverá ser levado ou apenas ter o
seu disco copiado, etc.
Muitas situações nesse sentido costumam ocorrer, sendo a mais relevante de todas saber
diferenciar a conduta de cada um dos indivíduos presentes no local a fim de atribuir-lhes
a responsabilidade na medida de sua culpabilidade.
Primeira
Formação e especialização profissional dos peritos criminais que vão ser
escalados para um determinado local de busca e apreensão.
Segunda
Diz respeito à preparação que eles devem receber para a execução da missão
específica.
Isso vai facilitar, em muito, para os próprios peritos escalados e para a equipe que vai
atuar na busca.
IMPORTANTE
Assim, a outra parte requerida para a qualificação dos peritos criminais diz respeito
diretamente às instruções e informações que deve receber do caso específico.
Primeira
Quando do encaminhamento da requisição ao Instituto de Criminalística, em que a
autoridade policial deverá fornecer o máximo de dados sobre a referida busca e
apreensão.
Segunda
Será no momento que a autoridade policial promover a reunião de toda a equipe que
irá atuar no caso. Em não sendo necessária ou possível tal reunião, recomendamos,
pelo menos, que o delegado de polícia faça contato pessoal ou por telefone com os
peritos criminais designados para acertarem os detalhes da missão.
Agentes com boa aptidão física são essenciais em determinados casos, já que não
raro o emprego da força para superar os obstáculos. Costumam ser exigidos em
determinadas situações que o agente pule muros, arrombe portas, contenha
eventuais agressores, identifique substâncias entorpecentes, etc.
O papel dos Escrivães numa busca normalmente não se restringe às tarefas cartorárias.
Em alguns casos, este profissional de polícia é chamado a atuar como todos os demais
policiais, já que nem sempre o número de Agentes na equipe é o satisfatório.
Além disso, cabe a ele a responsabilidade pela guarda dos objetos apreendidos até
que outro destino lhes seja dado.
Para finalizar esta aula, veja, a seguir, a qualificação de outros agentes públicos.
Esse tipo de trabalho em conjunto é uma prática que vem se consolidando nos últimos
anos. Não chega a ser uma força-tarefa propriamente dita, mas sim a união de esforços
Tais servidores podem ser utilizados tanto na fase investigatória quanto na execução da
busca, já que detêm conhecimentos técnicos específicos que lhes permitem entender
melhor a dinâmica dos fatos e mostrar aos policiais qual o melhor caminho a tomar.
EXEMPLO
Contudo, em que pese os aspectos positivos que advêm desse tipo de cooperação entre a
Polícia e outras instituições públicas, é necessário que você tenha em mente que nem
sempre esse esforço se mostra viável, já que a compartimentação inerente a certos tipos
de trabalho pode impedir a interferência de colaboradores externos, pelo menos em
determinadas fases da investigação.
FECHANDO AULA...
Fechamos aqui o conteúdo da aula 7. A seguir, realize a atividade de auto-avaliação desta
aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e fale com seu tutor. Não vá em frente
se algo não foi compreendido!
UNIDADE 1 ......................................................................................................................................4
LOGÍSTICA NECESSÁRIA..............................................................................................................3
UNIDADE 2........................................................................................................................................6
UNIDADE 3........................................................................................................................................7
UNIDADE 4.........................................................................................................................................8
INVESTIGAÇÃO PRÉVIA.................................................................................................................8
Logística Necessária
Nesta oitava aula trataremos da logística necessária nas ações de busca e apreensão.
Para facilitar seu estudo, o conteúdo foi organizado nas seguintes unidades:
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Para obter a resposta, basta checar se para sua realização estão presentes todos os itens
de pessoal, material e de segurança necessários. Estando tudo pronto, execute-a, pois o
planejamento é um importante aliado para qualquer diligência policial.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Bem, você deve ter observado que para cada busca existe uma necessidade. Avalie o
caso específico. Discuta com seus companheiros de equipe o planejamento, antes de
colocá-lo em prática. Muitos dos policiais envolvidos podem ter experiências anteriores e
poderão auxiliar na solução de problemas, ou até mesmo antevê-los.
Nestas situações, muitas das vezes dizem que o colega é detalhista, o que pode até ser
verdade, entretanto, situações adversas vão ser encontradas e merecem ser previstas.
Toda organização policial está balizada em dois princípios fundamentais que garantem
seu bom desempenho: disciplina e hierarquia.
O chefe da equipe deverá definir com detalhes o que cada policial irá fazer no momento
da execução da busca e após seu término. Isto é fundamental. O chefe/coordenador
deve estar atento à tomada de decisões que podem ser exigidas no decorrer da busca,
não sendo aconselhável que esteja vasculhando o imóvel em busca do que se procura.
Esta pessoa tem que estar acompanhando a diligência e orientando o cumprimento do
convencionado com cada componente da equipe, dentro daquilo que foi anteriormente
planejado.
DICA
Investigação Prévia
Uma investigação prévia sobre o local da busca proporciona maior segurança para a
operação. É necessário determinar a exata localização do imóvel (ou veículos) onde a
ação será desenvolvida, devendo englobar os seguintes aspectos:
Um croqui bem elaborado permite uma ação eficaz e rápida, possibilitando inclusive o
posicionamento seguro de viaturas antes do momento de entrada no local.
No caso de reação de indivíduos que nada tem a ver com a diligência, algumas
precauções devem ser adotadas a fim de preservar a segurança dos integrantes da
equipe como:
Utilização de um número maior de policiais.
Armamento adequado.
Utilização de grupo de ação tática.
Enfim, para a determinar a logística a ser utilizada na ação, bem como para tornar a
diligência mais eficaz do ponto de vista da coleta de provas e indícios, é
imprescindível um levantamento prévio bem detalhado.
Você concluiu mais uma aula do curso “Busca e Apreensão”. A seguir, vamos ao
fechamento e a atividade de conclusão.
FECHANDO AULA...
Fechamos aqui o conteúdo da aula 8. A seguir, realize a atividade de auto-avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos
Nesta aula você estudou, na unidade 1, a análise das necessidades, a partir da solicitação
de busca e apreensão. Na unidade 2, você viu a importância da definição da equipe que
vai atuar. Continuando seus estudos na unidade 3, estudou o acompanhamento de peritos
e outros agentes públicos e, na 4, pôde conhecer como se estabelece a investigação
prévia.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e fale com seu tutor. Não vá em frente
se algo não foi compreendido!
PLANEJAMENTO DA EXECUÇÃO......................................................................................................3
UNIDADE 1 .............................................................................................................................................4
UNIDADE 2..............................................................................................................................................5
UNIDADE 3..............................................................................................................................................6
UNIDADE 4..............................................................................................................................................8
UNIDADE 5............................................................................................................................................10
UNIDADE 6............................................................................................................................................11
Planejamento da Execução
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Quando for necessário preservar o sigilo da operação, é aconselhável que esse encontro
ocorra momentos antes da saída da(s) equipe(s), oportunidade em que todas as dúvidas
devem ser esclarecidas, dentre elas deve ser discutido:
Como já foi dito anteriormente, uma das informações mais relevantes para o sucesso da
busca diz respeito às pessoas que podem ser encontradas no local.
IMPORTANTE
Cada diligência apresenta suas peculiaridades. Umas são tranqüilas e com pouca ou
quase nenhuma possibilidade de reação por parte de quem eventualmente esteja no
local, a exemplo das buscas em escritórios de profissionais liberais e empresas em
geral. Outras, principalmente às relacionadas a crimes de maior potencial ofensivo
(tráfico de drogas, seqüestros, contrabando de armas etc.) requerem uma ação mais
cuidadosa, já que os indivíduos que desenvolvem esses tipos de ilícitos apresentam
um grau de periculosidade imediata bem maior que aqueles de “colarinho branco”,
por exemplo.
EXEMPLO
Dessa forma, é imprescindível que se discuta previamente o que deve ou não ser
apreendido.
De preferência, o policial encarregado deve preparar uma lista sucinta com a descrição
daquilo que interessa à investigação, principalmente quando
Documentos, contratos,
a busca visa arrecadar provas documentais. títulos, etc.
DICA
Procura-se, com essa medida, garantir a idoneidade da prova que eventualmente vier
instruir a investigação.
Outra questão importante a ser discutida está relacionada ao impulso natural que
todo policial tem de apreender tudo o que encontra pela frente.
Para muitos, é bem mais fácil agir assim do que ficar analisando o que de fato interessa
ou não.
Todavia, é preciso ter em mente que tudo aquilo que não interessar deverá ser restituído
aos seus detentores. Apreensões indiscriminadas geram uma grande perda de tempo na
confecção do auto de apreensão e, posteriormente, na devolução através do auto de
restituição. Contudo, é sempre recomendável que o auto de apreensão seja
confeccionado no próprio local da busca.
Quanto mais complexa a busca, mais bem definida deve ser a tarefa de cada membro da
equipe. E essa designação de tarefas não se confunde com aquela inerente ao cargo dos
policiais que compõem o grupo, a exemplo das atividades cartorárias que devem sempre
ser desempenhadas pelo Escrivão.
EXEMPLO
Contudo, a cada dia que passa as operações policiais têm se revelado cada vez mais
complexas, e essa complexidade se estende à execução de mandado(s) de busca e
apreensão.
Assim, é imprescindível que cada membro da equipe saiba exatamente o que deverá
fazer antes, durante e depois da busca. Essa designação de tarefas deve ser feita por
ocasião da reunião com a equipe que vai atuar e será instruída com as informações
obtidas através do levantamento prévio e daquelas já conhecidas ao longo da
investigação.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Mas...você sabe quais são as principais funções dos membros da equipe? Registre sua resposta.
Enfim, são muitas as situações que podem ocorrer, mas pelo menos aquelas mais
comuns devem ser previamente discutidas e atribuídas aos policiais conforme o perfil de
cada um.
A seguir, você vai saber por que é importante o sigilo sobre a busca e apreensão.
EXEMPLO
Documentos e pequenos objetos de crime, alguns tipos de drogas, etc.
Em alguns casos, a necessidade de sigilo é tão crucial que os policiais que participam da
diligência só tomam conhecimento da mesma minutos antes do seu início.
O grau do sigilo deve ser decidido pelo encarregado do caso, após discussão com
todos os membros que compõem sua equipe de investigação.
Às vezes, devido à distância em que se encontram dos seus respectivos locais de busca e
a alguns imprevistos durante o deslocamento, as equipes podem chegar em horários
distintos. Só a comunicação entre eles poderá corrigir a diferença de tempo e
restabelecer a sincronização necessária para o início da ação.
Estabelecimentos Comerciais:
É aconselhável que ocorra durante os dias úteis, quando se tem certeza que haverá
pessoas no local, evitando-se, assim, entrada através do arrombamento deportas.
Residências:
O horário é mais importante do que o dia, já que o melhor é realizar a busca antes
que os seus ocupantes saiam para trabalhar ou para outros compromissos durante
determinado período de tempo.
EXEMPLO
Em algumas áreas residenciais, por exemplo, durante os fins de semana pode ser
muito mais fácil encontrar essas pessoas do que nos dias úteis. Já em relação aos
estabelecimentos comerciais, costuma ocorrer exatamente ao contrário.
Como você já sabe, a lei não aponta o horário para a execução da busca, estabelecendo
apenas que seja feita durante o dia. A praxe policial entende que a expressão se traduz
no horário que vai das seis da manhã às seis da noite, nada impedindo que se realize
antes ou depois desse horário desde que haja luz do dia.
Bem, concluímos aqui mais uma aula. A seguir, temos o fechamento e a atividade de
conclusão.
FECHANDO AULA...
Fechamos aqui o conteúdo da aula 9. A seguir, realize a atividade de auto-avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
Nesta aula, para compreender como se faz o planejamento da execução de uma busca e
apreensão, você estudou sobre a reunião com toda a equipe que vai atuar nesta ação; a
possibilidade de suspeitos no local (grau de periculosidade); a discussão sobre o que será
buscado; a tarefa de cada membro da equipe; a análise da necessidade de sigilo e a
importância da execução sincronizada em mais de um local.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
Situação-problema
Você precisa planejar a execução de uma busca e apreensão em uma situação de
bastante risco. O que você deve fazer para que tudo ocorra adequadamente e a operação
seja um sucesso?
Elabore um planejamento e, depois de pronto, socialize com os demais alunos da turma
e com seu tutor.
UNIDADE 1 .........................................................................................................................................4
UNIDADE 2...........................................................................................................................................5
UNIDADE 3...........................................................................................................................................6
UNIDADE 4...........................................................................................................................................7
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Todo trabalho policial deve ser desenvolvido em perfeita consonância com os ditames das
leis.
IMPORTANTE
A formalização da apreensão através de ato próprio.
O importante é que você tenha em mente que a inobservância de qualquer dessas
exigências legais pode levar à nulidade de todo um trabalho, além, é claro, de fazer com
o que o seu infrator responda tanto no aspecto administrativo-disciplinar como judicial.
Coordenação de Equipe
Mesmo que o sigilo imponha certas restrições no decorrer das investigações, ele deve
deixar de existir no momento em que a equipe seja designada para executar a busca. E
isso é fundamental para a consecução dos objetivos da diligência e para a segurança dos
policiais que dela participam, dentre outros.
Viaturas, comunicações,
As necessidades estão relacionadas tanto à logística a ser
armamento, etc.
empregada como ao tipo de prova que se busca , de
forma que todas as providências sejam adotadas a fim de evitar o . Natureza
da
maior número de problemas possíveis. investigaçã
DICA
A ética, a educação e o bom senso são atributos indispensáveis à atividade policial,
principalmente nas diligências de busca, onde há contato direto com inúmeras pessoas.
Sem negligenciar o seu trabalho e a sua autoridade, você deve respeitar a todos,
tratando-as adequadamente.
EXEMPLO
EXEMPLO
Providenciar transporte para sua casa ou trabalho ao final das formalidades legais,
quando for o caso, ou de fornecer eventual declaração de que esteve na repartição
policial prestando depoimento, dentre outras situações que costumam ocorrer.
Você concluiui aqui, a última unidade da aula 10. A seguir, vamos ao fechamento da aula e
as atividades de conclusão.
FECHANDO AULA...
Fechamos aqui o conteúdo da aula 10. A seguir, realize a atividade de auto-avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
DICA
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
( ) a,c,d,e
( ) a,b,c,d
( ) b,c,d,e
( ) a,b,c,e
2) A seguir lhe propomos um caça-palavras. Neste jogo você encontrará 5 palavras que
resumem o tema da ética e comportamento do policial. Vamos lá!
O B L O M F R K T N U E B
R R E S P E I T O X Y P Q
G A T I M A I L Z V S G S
A B F B B Y N S S R K A M
N O P O N P Y Y A M M S J
I V R M U L J G P J O B R
Z T Y - P J E P E T I C A
A R F S E D U C A Ç A O M
C W G E H Y C V H N Y T F
A V L N K Y V H G T V P R
O H Z S G W D G W Z B E V
U Z I O R X W Y Y X Y Z W
W X Z X X E R W T H H D R
UNIDADE 01........................................................................................................................................................5
UNIDADE 02 .......................................................................................................................................................6
UNIDADE 03 .......................................................................................................................................................8
UNIDADE 04 .......................................................................................................................................................9
UNIDADE 05 ......................................................................................................................................................11
APRESENTAÇÃO AULA 11
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Objetivos da aula
Introdução
A participação dos peritos criminais nestas situações segue (quando a infração deixar
o mandamento do Código de Processo Penal, dentro do seu vestígio, será indispensável o
princípio geral do art. 158 , onde a autoridade policial exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo
responsável pelas investigações irá requisitar ao Instituto
supri-lo a confissão do
de Criminalística, se tiver elementos de convicção de que no acusado)
local irá necessitar de conhecimentos especializados em
alguma área pericial.
A diferença está em que nos locais de busca e apreensão o trabalho dos peritos
criminais não é o de fazer um exame pericial nos moldes que já conhecemos,
mas, na sua grande maioria, o de garantir as condições do objeto apreendido
para futuros exames periciais, além de executar e orientar os demais membros
da equipe sobre as técnicas da cadeia de custódia.
UNIDADE 01
Caso simples
Em muitos casos, basta uma conversa direta entre o delegado e os peritos para
esclarecer o que se busca.
Caso complexo
Em casos mais complexos, a reunião deve ser com todos os que vão atuar na
busca, inclusive aqueles encarregados da segurança do local.
Portanto, a forma e com que grau de complexidade vai ocorrer essa transmissão de
informação aos peritos criminais, é fato de somenos importância, pois o que você já deve
ter percebido é que essas informações devem chegar ao conhecimento aos peritos.
Dica
A base para tudo é o princípio: sabendo o que procurar, vai encontrar com menos
dificuldade.
UNIDADE 02
~ Atividade
Resposta:
Num local de busca e apreensão esta máxima não é suficiente. Você, que está compondo
a equipe poderá ter como função a busca no local. E essa busca deve ser executada de
forma coordenada e técnica para que possamos atingir os objetivos.
Quando procuramos alguma coisa num lugar, já o fazemos a partir de informações
prévias, como é o caso em questão. Dificilmente ocorrerá o que chamamos de uma
“busca cega”, ou seja, sem saber o que procurar.
Dica
Saiba que a principal ferramenta para o sucesso da missão é sempre quem a executa.
Por isso que a sua perspicácia, aliada à perseverança, é que lhe dará as principais
condições de alcançar os seus objetivos.
Mas... O que é perspicácia e perseverança, para você, ao efetuar uma missão? Confira a
seguir!
Perspicácia
A perspicácia nós a temos em maior ou menor grau. Basta que coloquemos em ação
esta nossa qualidade, que trata de ser astuto, desenvolver associações de idéias
dentro da investigação para auxiliar no seu objetivo, enfim, no linguajar folclórico-
popular é “estar antenado”!
Perseverança
A perseverança tem seu significado quase que explicado na própria palavra. É termos
a capacidade de continuar a busca de determinada coisa até que esgotemos todas,
absolutamente todas, as chances da sua existência naquele local. Jamais deixar
qualquer interferente prejudicar ou fazer interromper nosso trabalho de busca.
Eliminar todas as hipóteses. Isso é perseverar na busca!
UNIDADE 03
Num local de crime comum, tudo que estiver na área dos exames, em princípio, é do
interesse da perícia e, portanto, um vestígio. Já que antes de um exame preliminar –
no próprio local - não podemos saber se algo que encontramos está ou não
relacionado ao crime.
Exemplo
Nos locais de busca e apreensão essa análise preliminar é feita antes e já vamos sabendo
– mais ou menos – o que nos interessa, descartando de pronto o que não estiver
determinado no mandado judicial.
Pense que uma busca pode ter um grau de dificuldade tão elevado como o de uma
perícia e, portanto, todos os membros da equipe devem observar regras básicas para
efetivá-la, sob pena de se perder elementos durante a execução.
Nesse sentido, os peritos criminais poderão melhor orientar os demais colegas para esse
trabalho conjunto.
UNIDADE 04
O perito criminal deve, durante a sua busca e constatação dos vestígios, ficar atento
para outros elementos que podem estar relacionados àquele fato investigado ou que
denunciem a existência de um outro crime.
Acontecendo uma situação dessas nos casos de busca e apreensão, os peritos criminais
devem imediatamente dar conhecimento à autoridade policial para que ela providencie
garantias legais para o seu recolhimento e competente apreensão, podendo ser o caso
até de um novo mandado judicial, conforme já explicado em outro tópico.
~ Atividade
Resposta:
Simples, o material encontrado – neste caso – é fácil saber que é de uso proibido,
portanto é um vestígio (a própria materialidade) de crime. Certamente você não pode
simplesmente recolher os documentos que lhe interessam (e estavam determinados pelo
mandado judicial) e ir embora, deixando ali aquela droga.
Curso Busca e Apreensão
SENASP
AULA 05 – Atitudes dos Peritos Criminais.
10
Bem, então neste caso, a discussão está aberta, a resposta fica por sua conta!
UNIDADE 05
Se eu, você, ou qualquer outro indivíduo vivemos no meio de outras pessoas, fica muito
claro que estamos interagindo com tudo que nos diz respeito, tanto nas ações de
natureza eminentemente individuais quanto coletivas.
seguir estas regras é contribuir negativamente para a harmonia mesmo sem nos apercebermos
disso.
social.
Num segundo estágio nós vamos ter os grupos de indivíduos com ações conjuntas ou
semelhantes que vão influenciar e interagir também nesta grande “teia” social.
Grupo 1
Um grupo, igual a dois ou mais indivíduos praticando ações semelhantes.
Grupo 2
Um time de futebol, onde as ações são dos jogadores, mas a mensagem da ação é
“carimbada” em nome do time.
Grupo 3
Um grupo pode ser uma grande instituição chamada “segurança pública”, onde seus
funcionários é que praticam as ações – individuais ou em grupo, mas é a instituição
“policia civil” ou “polícia militar” que vai ser vista se agiu dentro de um
comportamento social pré-definido.
Os peritos criminais têm plena consciência disso e sabem que, nem mesmo suas próprias
entidades de classe, irão lhe dar apoio se provado o dolo em erros periciais.
Assim, somente atuando dentro de um perfil ético, científico e legalista é que vamos
conseguir dar uma resposta satisfatória e dentro da expectativa da sociedade.
~ Atividade
Resposta:
A primeira coisa é ter consciência de que está naquele local não como um indivíduo, mas
sim como perito criminal, que representa uma função importante de Estado e ao mesmo
tempo representando a sua instituição. Portanto, com uma responsabilidade muito maior.
Importante
Ao perito criminal não cabe reagir emocionalmente a qualquer provocação num
ambiente que é de domínio particular de outra(s) pessoa(s), pois ele está ali
profissionalmente executando o seu trabalho.
O cuidado durante as diligências no local deve pautar o comportamento do perito
criminal, mediante atitudes e ações calmas, estudadas e sistemáticas no exercício
das suas funções.
O perito criminal deve garantir a discrição sobre o que está sendo investigado,
evitando comentários desnecessários ou falar em voz alta.
Havendo a necessidade de trocar informações, deve se aproximar dos
interlocutores e estabelecer o diálogo discretamente.
Lembrar que nestes casos de busca e apreensão os peritos criminais estarão trabalhando
em parceria com os demais membros da equipe. Isso deve merecer observações por
ocasião da reunião preliminar de trabalho, visando planejar inclusive a forma desse
comportamento durante a busca e respectivas interações entre seus membros.
Especialmente no caso com a autoridade policial, com quem deve haver uma maior
interação, haja vista a sua responsabilidade pela coordenação dos trabalhos e por ter
maiores informações sobre o caso.
Terminando nossa última unidade da aula 11, conheça o Aprovado pela Associação
Brasileira de Criminalística -
artigo 2º do Código de Ética do Perito Criminal, que trata
ABC em São Paulo, durante o
com propriedade sobre o comportamento do perito
IX Congresso Nacional de
criminal, Criminalística, de 1987.
Artigo 2º
São fundamentais, no desempenho do exercício da profissão de perito criminal, os
princípios deontológicos e ideológicos, segundo os quais o perito deverá se conduzir
em relação aos seguintes aspectos:
I - a formação de uma consciência profissional no ambiente de trabalho e fora dele;
II - a responsabilidade pelos atos praticados na esfera administrativa, assim como na
judicial;
III - o resguardo do sigilo profissional;
IV - a colaboração com as autoridades constituídas, dentro dos limites de suas
atribuições e competência do órgão onde trabalha;
V - o zelo pela dignidade da função, pela defesa dos postulados da criminalística e
pelos objetivos das associações de classe a que pertença ou não;
VI - a liberdade de convicção para formalizar suas conclusões técnico-científicas em
torno da análise do(s) fato(s), objeto das perícias, sem contudo infringir os preceitos
de ordem moral e legal, de modo a ser obrigado a desprezar tais conclusões. (ABC,
1987.)
FECHAMENTO DA AULA
Fechamos aqui o conteúdo da aula 11. A seguir, realize a atividade de auto avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
Nesta aula você pode construir conhecimentos sobre o conhecimento prévio do que se
busca; sobre a importância da perspicácia e perseverança no exame; também sobre a
aplicação das técnicas criminalísticas no local de busca e apreensão e a busca de coisas
não previstas. No final da aula aprendeu importantes orientações sobre ética e
comportamento pericial.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
~ Atividade
1. Crie um caso ou conte um caso que você conheça que descreva as principais atitudes
que devem ser tomadas por um perito criminal em uma diligência de busca e apreensão.
Se você já tem um caso, analise-o e faça suas considerações a partir do que aprendeu
nesta aula. Se for criar um caso fictício, descreva-o de acordo com os procedimentos
corretos a serem realizados pela perícia criminal.
Envie seu caso para o tutor.
UNIDADE 1 .......................................................................................................................................................... 3
UNIDADE 2.......................................................................................................................................................... 5
UNIDADE 3.......................................................................................................................................................... 6
APRESENTAÇÃO AULA 14
Objetivos da aula
Aproveite bem esta aula. Realize as atividades, interaja com os demais participantes do
curso. Discuta os conceitos com o tutor.
UNIDADE 1
Visa, ainda, tal medida evitar a aglomeração de curiosos que podem correr riscos
desnecessários.
A Polícia Militar em razão de ter um efetivo muito maior do que as demais instituições,
em algumas oportunidades pode ser acionada para prover a segurança do local.
UNIDADE 2
Peritos criminais extras também podem ser utilizados se a natureza das provas e indícios
coletados assim o exigir.
Esse pessoal de apoio deve estar previamente escalado e pronto para atuar assim que
for convocado.
UNIDADE 3
Cada policial, por ocasião da reunião preparatória, deverá receber sua missão, esclarecer
eventuais dúvidas e estar preparado para realizá-la da melhor maneira possível.
Além das missões básicas já descritas neste curso, outras, mais específicas, exigem o
emprego de policiais com essa única finalidade.
Veja a seguir!
Veja algumas das missões específicas, para lidar com diversas situações em uma busca:
Como se vê, muitas são as situações que podem surgir durante a execução de uma
busca, algumas até imprevisíveis.
Por essa razão, recomenda-se a utilização de um número suficiente de policiais para lidar
pelo menos com aquelas situações que você, pela sua experiência, já sabe que
normalmente ocorrem.
FECHAMENTO DA AULA
Fechamos aqui o conteúdo da aula 12. A seguir, realize a atividade de auto avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
Nesta aula você estudou sobre o policiamento e segurança do local; os policiais de apoio
à investigação e o cumprimento das missões específicas.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
~ Atividade
Para fechar esta aula, propomos que você responda as perguntas a seguir e disponibilize
suas respostas para seu tutor.
3. Além das missões básicas já descritas neste curso, outras, mais específicas, exigem o
emprego de policiais com essa única finalidade. Que missões são essas?
UNIDADE 1 .......................................................................................................................................................... 4
UNIDADE 2.......................................................................................................................................................... 5
AÇÃO DE ESTADO............................................................................................................................................. 5
UNIDADE 3.......................................................................................................................................................... 6
UNIDADE 4.......................................................................................................................................................... 8
PROFISSIONALISMO...................................................................................................................................... 8
UNIDADE 05 ....................................................................................................................................................... 9
UNIDADE 6........................................................................................................................................................ 10
REGISTRO EM MÍDIA.................................................................................................................................... 10
AULA 13 – Trabalhar Proativamente
APRESENTAÇÃO UNIDADE 13
TRABALHAR PROATIVAMENTE
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Objetivos da aula
Aproveite bem esta aula. Realize as atividades, interaja com os demais participantes do
curso. Discuta os conceitos com o tutor.
UNIDADE 1
De uma certa forma, todo trabalho policial envolve alguns aspectos sensíveis que exigem
um pouco mais de cuidado e atenção no seu trato. Com as diligências de busca e
apreensão não é diferente.
Dica
Tendo isso em mente, antes de dar início ao cumprimento do mandado, você deve
avaliar quais são esses pontos sensíveis e, na medida do possível, adotar as providências
necessárias a fim que os mesmos não venham a ocorrer.
Contudo, como são situações inesperadas, inusitadas, nem sempre é possível evitá-las,
daí a importância de que os policiais escalados para a missão tenham condições de lidar
com esses acontecimentos e agir de maneira que não os potencializem, mas, ao
contrário, minimizem os seus efeitos.
UNIDADE 2
AÇÃO DE ESTADO
Nessas situações, é preciso que fique bem claro que se trata de uma ação de Estado, e
que você, policial que a executa, está revestido temporariamente desse poder de
coerção, cumprindo com sua obrigação legal em nome do Estado.
Importante
Uma postura adequada, educação e bom senso são atributos de todo bom
profissional, principalmente do policial que desenvolve ações dessa natureza.
Portanto, se imponha com a firmeza necessária, mas sem arrogância, e dentro dos
limites legais.
UNIDADE 3
Os atos dos servidores públicos estão sempre vinculados a dispositivos legais que os
disciplinam, sem margem discricionária para decidir o que pode ou não ser feito. Ele está
adstrito ao que determina a lei, tanto na obrigatoriedade de fazer ou deixar de fazer
alguma coisa, conforme o caso.
Tal poder não pode extrapolar os limites que a lei impõe, cabendo a você agir dentro
dessa margem permitida.
~ Atividade
Mas, atenção, não permitirá que você deixe de apresentar, por exemplo:
- O mandado ao ocupante do imóvel;
- Que não dê ciência a eventuais presos dos seus direitos e garantias
constitucionais;
- Que deixe de formalizar o que for apreendido.
3
Enfim, vale repetir:
Tudo tem que ser feito dentro dos limites legais, em estrita obediência aos direitos e
garantias individuais da pessoa. Assim, não confunda discricionariedade com
ilegalidade, mas também não prevarique ou abuse em nome de um suposto poder
discricionário.
Faça o que precisa ser feito, só pesando o seu dever como policial com os direitos da
pessoa, na condição de investigada.
UNIDADE 4
PROFISSIONALISMO
Muitos dos pontos até aqui abordados tratam de assuntos que, em última análise,
descrevem o perfil do bom profissional de Polícia.
O que é Profissionalismo?
Em determinadas profissões, dentre elas a de policia, essa maneira de ver ou de agir não
se restringe simplesmente ao desempenho das tarefas a cargo de cada um. É necessária
uma alta dose de responsabilidade e de capacidade para lidar com os inúmeros aspectos
de ordem legal e processual que disciplinam a atividade policial.
O bom policial é aquele que se destaca pela sua iniciativa, competência e obediência aos
ditames da lei; que tenha zelo pelo seu trabalho, procurando sempre dar o melhor de si.
Dica
Agir apenas por obrigação não é o suficiente para forjar um bom profissional.
Se você vai intimar um indivíduo e não o encontra no endereço indicado, não deve
simplesmente descrever tal fato no relatório e encerrar a missão, mas sim procurar
saber, por outros meios (vizinhos, bancos de dados etc.) o seu atual paradeiro.
Da mesma forma, quando estiver executando uma busca você não deve se
restringir a apenas procurar pelas provas do crime sob investigação, mas ter o
cuidado de manter a sua validade, vinculando-as aos suspeitos, determinando a sua
origem etc.
Exemplo
É esse o diferencial entre um policial regular e outro com um senso profissional mais
aguçado.
UNIDADE 05
Além dos policiais que compõem as equipes de buscas, outros indivíduos podem
acompanhá-las, desde que seu interesse assim permita.
No que tange às testemunhas, como você já sabe, sua presença é indispensável para a
validade da diligência. Não se trata de uma liberalidade, mas sim de uma obrigação
determinada por lei.
UNIDADE 6
REGISTRO EM MÍDIA
Tal providência se justifica pelo fato de que muitos suspeitos costumam alegar depois em
juízo que sofreram maus tratos por parte dos policiais, ou de que determinada prova fora
“plantada” na sua casa, dentre outras alegações de abuso com vistas a invalidar a ação
policial.
Além disso, o registro em mídia serve como elemento didático para a avaliação dos
aspectos positivos e negativos da diligência em si, visando sempre ao aperfeiçoamento
do desempenho dos policiais e dos métodos empregados.
Bem, você conclui a última unidade da aula 13. A seguir, veja a o fechamento da aula e
realize as atividades propostas.
FECHAMENTO DA AULA
Fechamos aqui o conteúdo da aula 13. A seguir, realize a atividade de auto avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
Nesta aula você estudou os aspectos sensíveis dos locais de busca e apreensão, a ação
do Estado; a necessidade da discrição e respeito aos direitos individuais, o
profissionalismo do agente de segurança. Também viu como acontece o
acompanhamento da busca por terceiros (interessado ou testemunha) e a importância de
registrar a ação de busca e apreensão por meio de fotos ou filmagem.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
1. Como você estudou, muitos são os problemas que costumam ocorrer durante a
execução de um mandado de busca e apreensão. Cite alguns que podem ser provocados
por quem se encontre no local e alguns pela própria equipe policial.
2. Entre no ambiente que temos um jogo da memória. Quando você virar as cartas que
se relacionam clique em “sim”. Quando você virar as cartas e elas não se relacionarem
clique em “não”. Vamos lá!
UNIDADE 01 ........................................................................................................................................................ 4
UNIDADE 2.......................................................................................................................................................... 7
UNIDADE 3.......................................................................................................................................................... 9
UNIDADE 4........................................................................................................................................................ 15
UNIDADE 5........................................................................................................................................................ 19
APRESENTAÇÃO AULA 14
Objetivos da aula
Aproveite bem esta aula. Realize as atividades, interaja com os demais participantes do
curso. Discuta os conceitos com o tutor.
UNIDADE 01
~ Atividade
Um veículo da marca Volkswagen, modelo Cross Fox 1.6, tendo o preto como cor
predominante, chassi n° 9BW_________________, com placa de identificação
alfanumérica CBJ-_____ - São Paulo/SP, ano de fabricação 2005, ano modelo 2006.
Somente estes dados seriam suficientes para individualizá-lo. Mas em que condições este
veículo foi encontrado? Ao relacionar os itens a seguir, você terá maior segurança em seu
trabalho, evitando alguns questionamentos inoportunos.
O odômetro digital do veículo está marcando 23.456 KM; está equipado com um toca
CDs da marca Sharp, modelo FGD3245; os pneus da marca Firestone, FPS4512,
aparentam estar gastos de acordo com a quilometragem constante no odômetro; o
pneu estepe da mesma marca e modelo mostra-se sem uso; os equipamentos
obrigatórios de segurança se encontram no porta-malas do veículo, sendo eles: um
macaco hidráulico, uma chave de rodas e um triângulo de sinalização; o pára-brisas
está trincado do lado do passageiro; na lateral esquerda traseira existe um
amassamento com riscos; a lanterna traseira direita está quebrada; a bateria do
veículo de 45 ampéres é da marca Bosch; no porta luvas do veículo foi encontrado um
cartão de visitas de uma pessoa de nome Francenildo Minuano e uma nota fiscal do
auto posto Brasil Ltda.; etc. E mais. Se sua unidade tiver os equipamentos
necessários, fotografe e filme o material arrecadado/apreendido.
Você pode estar se questionando: Mas por que tantos detalhes? Veja a resposta a seguir.
Tantos detalhes devem ser descritos primeiro porque alguns destes itens detalhados
podem interessar à investigação.
Exemplo
Segundo porque infelizmente algumas pessoas têm o hábito de insinuar que policiais
desviam/trocam/subtraem equipamentos de veículos apreendidos.
Você já deve ter ouvido sobre isso.
UNIDADE 2
Auto Apreensão
Neste documento será relacionado o material, o local em que foi encontrado e na posse
de quem, se for o caso.
UNIDADE 3
É muito importante, já neste final de curso, enfatizar a você, mais uma vez, os cuidados
e o rigor que devem ser dispensados à cadeia de custódia. Disso dependerá o sucesso da
investigação e seu respectivo aproveitamento para fins de prova no processo criminal.
Talvez você esteja achando que já falamos demais sobre este assunto, mas também já
deve ter percebido que é peça chave para o sucesso da investigação.
Também notou em nossas manifestações que a cadeia de custódia não está circunscrita
às tarefas e preocupações somente dos peritos criminais e sim de todos os policiais.
Bem, desde o momento que encontramos determinado objeto alguns procedimentos devem
ser adotados para que ele percorra toda uma trajetória processual sem qualquer mácula em
relação à sua origem e ao seu manuseio.
Primeiro passo
O primeiro passo é o registro desse bem no exato local onde foi encontrado. O registro
consistirá na descrição detalhada desse objeto, de maneira a individualizá-lo
totalmente.
Segundo passo
Na seqüência, descrever o local e em que condições se encontra ali, isso tudo seguido
de fotografias.
Terceiro passo
Depois dessas duas primeiras providências é que o objeto poderá ser retirado do local.
Agora, o que você deve fazer é acondicionar este objeto em embalagem própria e
lacrar a sua abertura. Esse procedimento também deverá ser minuciosamente
descrito, para constar no laudo pericial ou no auto de apreensão.
Veja agora mais algumas importantes orientações após o objeto ser adequadamente
guardado.
2. Para romper o lacre e abrir, tudo deve ser rigorosamente registrado nos documentos
da investigação.
3. Além das autoridades competentes, pode haver necessidade de outros terem acesso
ao objeto guardado. Você sabe que nesta longa caminhada muitos outros quadros
funcionais poderão manusear este objeto. Mas a recomendação central é que, pelo
menos, o lacre somente seja rompido diante de uma dessas autoridades e sempre
acompanhado do competente registro, a fim de constar nos autos do Inquérito.
Bem, essas orientações que você viu deverá se repetir toda vez que ocorrer a
necessidade de abrir a embalagem do objeto, inclusive no âmbito da Justiça.
Guarda
~ Atividade
Bem, agora vamos ver quais os procedimentos da guarda desse objeto e em que
condições.
Primeiro: o local onde será guardado um objeto desses deve ser de acesso restrito e
controlado. Restrito para somente determinadas pessoas terem acesso e para que estas
tenham acesso e devem fazê-lo sob controle formal.
Segundo: este local deve ser fechado com sistema de trancamento e somente poderá
ser aberto quando uma dessas pessoas autorizadas for entrar. Dependendo do grau de
risco e outros fatores, este sistema de trancamento poderá ser acompanhado de um
sistema de lacre para toda vez que a porta tiver de ser aberta. Tudo isso ficando
registrado no controle próprio.
E, evidentemente você já percebeu que o
Terceiro: Importante também verificar as
local da guarda, com todos esses cuidados,
próprias condições do local quanto a sua destina-se ao armazenamento do material já
Embalagem
Você sabe qual seria a embalagem recomendável para acondicionar um objeto produto
de uma busca e apreensão?
Óbvio que não tem tipo e nem forma previamente definida, por uma série de
condicionantes.
Exemplo
Dica
Quando você estiver planejando a execução de uma busca e apreensão não esqueça que
este deve ser um dos pontos de preocupação: Levar embalagens compatíveis com o tipo
de objetos que espera encontrar no local.
Atualmente algumas
polícias têm usado
sacos de lona no
formato de malote,
por facilitar o
acondicionamento
de vários tipos de
objeto e já ter em
sua estrutura os
engates para fazer o respectivo lacre.
Grandes sacos plásticos resistentes, também podem ser uma boa opção. Assim, o
importante é que leve para o local já algum tipo de embalagem que possa ser usado com
eficiência e, com isso, garantir o início do processo da cadeia de custódia do objeto
apreendido.
Lacre
Há muita mística sobre o lacre, como se tal coisa fosse algo complexo e difícil de
operacionalizar, quando é o contrário.
Então, podemos definir lacre como sendo o meio utilizado para fechar alguma
embalagem que contenha algo sob controle, cuja abertura posterior somente poderá
ocorrer pelo rompimento (destruição) deste fechamento.
Bem, mas queremos discutir com você a parte prática da execução dessa simples, mas
importante medida de lacrar uma embalagem que contenha um objeto sob controle.
Dependendo da situação você talvez tenha que criar um lacre, usando da sua imaginação
e criatividade. Nada difícil se você lembrar do conceito que lançamos a pouco. Ou seja,
você terá de fechar adequadamente tal embalagem.
Exemplo
Saiba que o importante é que qualquer que seja o lacre utilizado é sempre aconselhável
que nele – ou preso a ele – conste a assinatura do responsável pela medida.
Enfim, o lacre deve ser aposto para externar a certeza de que o objeto não foi aberto por
pessoas desautorizadas, garantindo, assim, a cadeia de custódia.
UNIDADE 4
EXAMES PERICIAIS
Como você já percebeu a presença dos peritos criminais na execução de uma busca e
apreensão nem sempre é necessária. Caberá à autoridade policial, de acordo com o seu
julgamento na análise da investigação, requisitar ao Instituto de Criminalística.
Além dessas limitações referidas, sempre que possível e oportuno os exames periciais
devem ser feitos já no próprio local, pois isto vai auxiliar com mais celeridade o processo
de investigação, trazendo as informações mais rápidas para o Inquérito, agregando-as ao
laudo pericial, conforme já discutimos em tópicos anteriores e que também podem ser
importantes dentro da investigação.
Exemplo
Importante
Bem, enquanto o objeto estiver em poder do perito criminal para o respectivo exame, é
dele a responsabilidade pela sua guarda e inviolabilidade. Portanto, deve se preocupar
com a sua guarda até mesmo nos momentos em que não esteja sob seu olhar direto na
feitura da perícia, devendo guardar em local próprio que assegure a garantia da cadeia
de custódia.
Por último, terminado o exame e o respectivo laudo, o material deve junto retornar ao
requisitante da perícia, sempre com os cuidados já mencionados ao longo deste curso.
UNIDADE 5
INVESTIGAÇÕES POLICIAIS
No encerramento da busca, muitos policiais pensam que a investigação que lhe deu
causa também alcançou o seu termo, já que essa é uma diligência que normalmente se
executa por último, quando todas as etapas anteriores já foram superadas, como os
trabalhos de inteligência, vigilância, etc.
De fato, é isso normalmente o que acontece. A busca costuma ser mesmo a etapa final
das maiorias das investigações em razão do sigilo que deve ser preservado até o último
momento possível.
Hoje em dia, toda operação policial de grande porte visa não só à comprovação da
autoria e materialidade do(s) ilícito(s) que lhe deu causa, mas também de outros crimes
a ele ligados.
Exemplo
Os esquemas financeiros que lhe dão suporte, dentre os quais a lavagem de dinheiro,
a evasão de divisas, etc.
Portanto, quando você estiver atuando no local da busca procure por todos os tipos de
provas ou indícios que possam, mesmo que indiretamente, ter relação com o objeto da
sua investigação. Na fase de análise do material apreendido, não dispense nada até que
tenha plena certeza de que não há qualquer vínculo com a operação que ensejou a
expedição do respectivo mandado.
As investigações posteriores à busca podem ser da mesma natureza das anteriores, tais
como intimações para novos depoimentos, levantamentos em bancos de dados,
vigilância, análises (inteligência), até mesmo pedido de novos mandados para outros
locais.
Não retorne à delegacia com a certeza de que caso esteja terminado, pois fatos novos
podem se revelar até mais importantes do que aqueles que você já conhecia.
Você conclui a última unidade da aula 14. A seguir, vamos ao fechamento da aula e as
atividades de conclusão.
FECHAMENTO DA AULA
Fechamos aqui o conteúdo da última aula do curso “Busca e Apreensão”. A seguir, realize
a atividade de auto avaliação desta aula, para que você possa sedimentar seus
conhecimentos aqui construídos.
Nesta aula você estudou como se dão a relação e tratamento dos bens e materiais
apreendidos. Aprendeu sobre o registro no auto de apreensão e de apresentação. Viu
todos os passos da manutenção da cadeia de custódia. Pode entender como se
estabelecem os exames periciais e a “finalização” das investigações policiais.
Certamente está última aula trouxe para você importantes conhecimentos de aplicação
direta no seu dia a dia.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
conclua seu curso se algo não foi compreendido!
~ Atividade
4. A busca costuma ser mesmo a etapa final das maiorias das investigações em
razão do sigilo que deve ser preservado até o último momento possível. Mas nem
sempre é assim. Por quê? Disponibilize sua explicação aos demais alunos da
turma e ao seu tutor.