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18/12/2017 Transe generativo | PNL- Portugal

O Transe Generativo é o resultado de anos de experiência do Dr. Stephen Gilligan com hipnose ericksoniana. Ele
é um dos maiores conhecedores de Milton Erickson e foi primeira pessoa a modelá-lo empregando técnicas de
transe profundo de identificação (DTI) inspiradas de Vladimir Raikov nos tempos em que Bandler, Grinder e
Pucellik conduziam as experiencias e faziam a codificação que ia dar origem à PNL. Stephen foi um dos principais
praticantes e divulgadores da hipnose ericksoniana.
Stephen chegou ao Transe Generativo através de um processo de busca que incorpora não só a herança de
Erickson mas princípios e técnicas do aikido, do budismo e mindfulness. Este trabalho intermediário, antes de
chegar ao Transe Genertivo, está contido na obra “The Courage to Love, Principles and Practices of Self-
Relations Psychotherapy. Nos seus seminários à volta do tema “a coragem de amar”, eram estudados princípios e
vivenciadas práticas, como o subtítulo do seu livro indica, baseados em princípios da psicoterapia à volta das
relações do Self.
Central está a ideia de que o que Erickson fazia com os clientes (a chamada “função Erickson”) para aceder ao
inconsciente criativo pode ser feita pelo próprio cliente. O cliente pode localizar e aceder ele mesmo aos recursos
e ativar a criatividade infinita do seu inconsciente.
Stephen conta-nos que com “As Relações do Self” ele quer pôr fim à “auto violência, a violência contra o Self que
se produz quando etiquetamos os sintomas, consideramos um comportamento desconfortável como negativo,
irracional ou destrutivo e quando nos atacamos a nós mesmos diabolizando esses aspetos de nós e tentamos
desembaraçarmo-nos deles ou fazê-los desaparecer.” Estes aspetos de nós são chamados os “eus
negligenciados” que necessariamente solicitam ser acolhidos. Os obstáculos e os sintomas são uma expressão
do processo vital de cura, processo esse que deve consistir num ato de aceitação, uma “sponsorização”
(sponsoring) feita pelo Eu cognitivo. Este processo implica:
Comunicação profunda com o corpo e centragem a partir do eu somático (negligenciado pela maioria de
nós);
Restabelecer rapport com o “campo”, o que quer dizer, abertura a algo maior que o problema, a chamada
4ª posição percetiva em PNL. Trata-se de uma conexão ao inconsciente criativo, uma conexão ao campo
alargado da nossa consciência;
Finalmente temos a tal “sponsorização” (sponsoring) pelo Eu cognitivo estabelecendo uma ponte entre o
centro somático e o campo. Stephen aponta como responsabilidade principal do Eu cognitivo introduzir os
dons da bondade do Self no mundo levando os dons do mundo ao Self.
O trabalho atual de Stephen Gilligan concentra-se à volta do Coaching Generativo, Psicoterapia Generativa e
Transe Generativo. Penso que Self-Relations foi a ponte de passagem que o trouxe a uma nova contribuição para
a história da hipnose, termo este que entretanto deixou de usar…
Ele fala de três fases no desenvolvimento da hipnose:
A primeira geração é representada pela hipnose autoritária. Parte da necessidade de meter o
consciente K.O. e falar ao inconsciente como se nos tivéssemos a dirigir a uma criança sem grande
inteligência. A hipnose é aqui sinónima de sugestibilidade. Um bom cliente é aquele que se deita no divã,
manda passear a sua inteligência deixando adormecer todas as capacidade cognitivas e recebe
mensagens passivamente sem ripostar. O inconsciente é considerado como uma espécie de ardósia
virgem onde o hipnotizador programa as suas ideias. Felizmente que um grande número de pessoas
sempre se mostrou recalcitrante contra tal espécie de procedimentos.
A segunda geração é representada pela revolução trazida por Milton Erickson à hipnose clássica: o
inconsciente é um armazém extraordinário repleto de sabedoria e criatividade! Infelizmente este
inconsciente só se torna inteligente na presença do criativo e provocador Milton Erickson. O consciente é
aqui, como na hipnose clássica, um obstáculo que deve ser contornado. O cliente está completamente
dependente do princípio organizador da mente de Erickson. A questão é que a inteligência e uma boa
atividade criativa do inconsciente não poderão manifestar-se no mundo sem uma intenção precisa, sem
plano, sem um quadro, sem princípios organizadores e que são precisamente as competências da mente
consciente.
A terceira geração não emprega mais a palavra hipnose. Stephen usa então, como alternativa, “Transe
Generativo” (Generative Trance – The experience of Creative Flow). A premissa básica é que qualquer
pessoa é capaz de aprender as competências necessárias que lhe permitem conectar-se diretamente ao
seu inconsciente criativo, acedendo aos seus recursos profundos. Cada pessoa pode tornar-se, como diz
Stephen, no seu próprio Milton Erickson.
Tal como no Coaching Generativo, o processo consiste num trabalho de mãos dadas entre as três inteligências:
uma colaboração profunda e autêntica entre a inteligência cognitiva clássica, a inteligência somática e a
inteligência de campo. Pretende-se um consciente encarnado, somaticamente relaxado e centrado, conectado ao
campo relacional constituído por possibilidades infinitas (definido metaforicamente como um campo quântico),
tendo todo este processo como base a realização de uma intenção positiva com o fim de criar novas realidades
em si e no mundo. “O consciente e o inconsciente unem-se para formar um tipo de consciência superior capaz de
criatividade e transformação”. No fluxo criativo que tem lugar há um relaxamento dos laços que aprisionam a
inteligência cognitiva clássica ao mesmo tempo que, como diz Stephen, “a experiência quântica do inconsciente
criativo se amplifica”.
Podem ser experimentadas 6 dimensões num estado de Transe Generativo. São denominadas “consciência
COSMIC”. Estas dimensões são:
Centragem – provoca uma sensação de unidade entre espírito e corpo, uma integração das inteligências
somática e cognitiva através de um ponto único central no ventre, no plexo solar ou no coração. É um

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18/12/2017 Transe generativo | PNL- Portugal
descer ao interior, estado de consciência calmo e não reativo, condição indispensável para que o Transe
Generativo possa ter lugar;
Abertura – significa uma plena consciência alargada e não dualista sentindo-se fazer parte de um todo
maior para além dos limites do ego. É um campo de consciência subtil não reativo e livre de conteúdo; é
fazer parte e estar fora ao mesmo tempo – é estar presente nalguma coisa sem se tornar nela;
Subtileza – é um tipo de consciência subtil como ler um livro apaixonante, escutar ou tocar musica, passeio
pela natureza, dança, relações profundas… estar em harmonia e ressonância límbica, ressonância que
pode ser partilhada com pessoas, animais, árvores, flores…
Musicalidade – são esquemas não-verbais como rituais, canto, tambor, dança, que tocam profundamente o
corpo; as palavras e os comportamentos estão conectados à respiração, ao ritmo e à ressonância, no
silêncio e no som; sem musicalidade o que emerge é muitas vezes negativo;
Intencionalidade – refere-se à intenção positiva, objetivos positivos orientados para o futuro; as intenções
são os motores e organizadores da consciência;
Criatividade – é relatada a esquemas de engajamento criativo baseados em 3 princípios:
O primeiro princípio é a aceitação criativa: estando centrado e curioso, acolher as novas
possibilidades que emergem;
O segundo princípio é o princípio da complementaridade, a ligação e integração dos contrários;
O terceiro princípio é o princípio das infinitas possibilidades. Há um número virtualmente ilimitado de
maneiras de compreender, viver e exprimir um esquema experiencial.
Como poderemos facilmente concluir, o Transe Generativo ultrapassa de longe o gabinete do terapeuta. É um
processo de desenvolvimento de formas superiores de consciência. É uma espécie de amigável conversa entre
um consciente encarnado e o inconsciente, um conjunto de práticas diárias que consistem, tal como no Coaching
Generativo (tratado no último número desta revista) em: centragem somática, intenção positiva e conexão ao
campo das possibilidades infinitas do inconsciente.
José Figueira

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