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“As crianças são uma tábula em branco onde deverá ser preenchidas” - Tião Rocha
“Como se constata que a Educação é um fracasso não apenas no Brasil, mas, em muitos
lugares no mundo?” E como sabemos que ela é um fracasso? Pela taxa de evasão. Se
formos pegar a taxa do acesso no Brasil ela é muito boa, mas a evasão é um terço da
entrada, ou seja, em algum momento a escola deixa de ter sentido. Alexandre Sayad
(Jornalista, Educador e Fundador do Laboratório de Mídia e Educação MEL)
A escola do século 21 é a escola do século 19. E por uma série de características que
passam por pilares teóricos, epistemológicos, metodológicos. Estamos dizendo que a
escola é tradicional, ou seja, o paradigma ainda vigente na maioria das escolas públicas
brasileiras e em grande parte também das particulares é o paradigma da escola
Tradicional de ensino. Os professores do século 19 não teria a mínima dificuldade em
lecionar em uma escola deste século. Por que nada mudou, exceto a cabeça dos alunos,
e é aí que mora um grande conflito, pois a sala de aula não é mais este ambiente
fechado. Ele é o planeta.
Quanto tempo na vida nós gastamos lidando com as nossas emoções? O que é que você
faz quando está com raiva? Por que você bate nas pessoas? Por que você agride o
colega, o professor, os funcionários da escola? Parece que a escola ainda não sabe
colocar no devido lugar o espaço das emoções. Em muita vezes pegamos discursos tão
incoerentes quando profissionais na educação falam que a neurociência é uma discussão
necessária na escola, mas são incapazes de perceber que ela se fundamenta na emoção.
Triste não?!
Por que tem que sofrer na escola para aprender? De onde vem esse pensamento? Em
que ele se fundamenta. Parece também outra grande incoerência verbalizada por
profissionais na escola.
A educação é uma relação para transmitir o humano para as pessoas através das
gerações. A sala de aula é um dispositivo para que isso aconteça, mas nem sempre isso
acontece. O professor é um provocador. Ele provoca ação no sentido de provocar
processos mais efetivos de educação e se estuda tudo o que for de interesse daquele
grupo gerando ideias cada um no seu tempo, menino pequenos depois crianças grandes.
Renata Martielo
“A criança pega tudo muito rápido. É impressionante a capacidade que eles tem de s
adaptaram a novidades. Os professores tem uma dificuldade um pouquinho maior. O
projeto é um outro paradigma. É uma forma de olhar a relação ensino aprendizagem. A
gente precisa ajudar esse aluno a se transformar em um novo estudante que tem
interesse, que quer aprender, que quer buscar o conhecimento, que quer ir alá. Eu acho
que a rede municipal de ensino, como toda rede de educação é muito professor, sala de
aula, faz a tarefa, copia, decora e faz a prova. Esse não é o perfil do novo estudante. O
novo estudante recebe o conhecimento como um desafio e ele precisa buscar soluções
para esse desafio.”
E escola pública tem mais de mil estudantes e está localizada em Heliópolis, maior
comunidade de São Paulo, com mais de 40 mil habitantes. A escola possui república de
estudantes, salões de estudo multiseriado e marchas pela paz.
Na medida que as pessoas se unem para criar solução elas também criam conflitos e
contradições. Quando se fala em conflito e em contradições no princípio da democracia
eles são muito bem vindos. Qual que é o ponto forte do projeto? Trabalho em equipe. E
qual que é o ponto frágil? Trabalho em equipe. O trabalho em equipe é uma
competência que deve ser construída pois se não for construída as pessoas não poderão
viver neste século. Por outro lado vivemos numa sociedade capitalista que prima pelo
individualismo e as pessoas tem uma dificuldade muito grande de compor a equipe. A
ideia que estamos chamando de república de alunos constituindo um grupo de
professores e alunos que criaram um regimento feita por uma comissão. Quando se fala
em conflito e em contradições estamos falando sobre o exercício da democracia. Campo
Sales não vai ajudar a nascer uma nova pessoa ou um novo ser seja ele aluno ou
professor se agente não está fazendo nascer esse novo aluno e professor. A escola
sozinha não muda. O que escola fez todo esse tempo foi não reproduzir essa violência
que está na sociedade, muito pelo contrário, ela combateu.
Por que a educação não se faz pela cidadania. Se faz na cidadania. No exercício da
liberdade responsável. Perceber o que somos, onde estamos, para onde vamos com o
outro. Aí está a grande questão: substituir o “para” que está tudo preparado, e assim
para aula de filosofia, para aula de geografia. Nós não queremos aulas, nos queremos
que a todo o momento todos se deparem com a sua incompletudo, que afinal é disto de
que se trata que ele aprenda mediado pelo mundo e pelo educador a ser e a conviver.
O projeto já existe desde 1984 nas cidades de Curvelo e Araçuaí. Integração com a
comunidade, Pedagogia do “Pé de Manga” e criação de comunidades de aprendizagem.