Sei sulla pagina 1di 213

Títulos de l a colección

Filosofía d e n u e s t r a A m é r i c a
Director
HORACIO CERUTTI GULDBERG

HORACIO CERUTTI

Hacia una metodología de la historia


de las ideas (filosóficas) en América Latina.

VÍCTOR FLORES GARCÍA

El lugar que da verdad.


La filosofía de la realidad histórica de Ignacio Ellacuría

CARLOS ROJAS OSORIO

Filosofía moderna en el Caribe hispano

JOAQUÍN SÁNCHEZ M A C G R E C O R

Tiempo de Bolívar.
Una filosofía de la historia latinoamericana
Filosofía d e n u e s t r a A m é r i c a

acia ima metoítalogía de


la Mstcjrk de las ideas
üficas) en América Latina
HORACIO CERUTTI GULDBERG

Centro Coordinador
y Difusor de Estudios
Latinoam«r¡canos

MÉXICO • MCMXCVII
P r i m e r a edición, 1986
Universidad de Guadalajara

Segunda edición, octubre de 1997

© 1997, Centro Coordinador y Difusor de


Estudios Latinoamericanos, U N A M
© 1997, por características tipográficas
M I G U E L Á N G E L PORRÚA, librero-editor
Amargura 4, San Ángel
01000 México, D.F.

ISBN 968-842-666-0

Derechos reservados conforme a la ley

Diseño gráfico: N. Gabriela Sánchez


I M P R E S O E N M É X I C O • PRINTED IN MEXICO
A todos los compañeros que integraron
e integran el Taller de Filosofía
Latinoamericana en México, D.F.,
con el objetivo común de profesionalizar
estudios de historia de las ideas filosóficas.
Introducción

Rafael Moreno Montes de Oca*

La metodología epistemológica
de la historia de las ideas

I ¡CESTASlíneas m e propongo mostrar los puntos desarro-


]ladQ| valiosamente p o r el doctor Cerutti, los cuales son
úomJksi significación para l a c u l t u r a filosófica de Lati-
noamérica: p o r qué interesa m u c h o l a H i s t o r i a de las Ideas;
bajo cuáles consideraciones debe ser reconstruida; cómo trans-
f o r m a n este m u n d o p o r el m u n d o deseado. Cuestiones de suyo
importantes y, también, de condición, señala el autor, "espino-
sa". E l lector podrá ver otro p u n t o , de m a y o r extensión e n pá-
ginas, sobre el modelo de H i s t o r i a de l a Filosofía más produc-
t i v o p a r a l a H i s t o r i a de las Ideas.
El doctor Cerutti es u n filósofo latinoamericano e n el doble
sentido del término: p o r estar concebido y haber nacido a l
i n t e r i o r de l a c u l t u r a l a t i n o a m e r i c a n a , p o r pensar l a filosofía
y hacerla exclusivamente c o n objetos l a t i n o a m e r i c a n o s . De-
fine su i m a g e n l a clasificación programática que recorre algu-
nas aulas mexicanas: unos filósofos son latinoamericanistas,

*D e c a n o y profesor de t i e m p o c o m p l e t o e n posgrado de l a asignatura H i s t o r i a de


la Filosofía M e x i c a n a , l a c u a l h a e n s e ñ a d o p o r m á s d e 5 0 años. A c t u a l m e n t e t r a b a j a e n
c u a t r o c a m p o s : filosofía d e l a h i s t o r i a e h i s t o r i a d e l a filosofía; filosofía d e l a educación;
h u m a n i s m o y filosofía d e l a c u l t u r a . F u e a l u m n o d e S a m u e l R a m o s y José G a o s . H a
e s t u d i a d o p a r t i c u l a r m e n t e l a filosofía e n l a N u e v a E s p a ñ a , l a Ilustración y . l a filosofía
contemporánea, de A n t o n i o Caso.

|7J
8 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

Otros marxólogos, aquellos cristianos, los de más allá analíti-


cos y el resto abundante modernos.
A n t e tales hechos estaría p o r demás p r o b a r l a existencia
de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . E n cambio, deben tratarse sus
problemas, u n o de los cuales viene a ser actualmente como su
talón de Aquiles: l a metodología c o n l a cual hacerla. Histó-
ricamente existe u n método conocido desde los años cuarenta
c o n el título de H i s t o r i a de las Ideas, y a filosóficas y literarias,
ya económicas y científicas, ya religiosas y sociológicas. E l doc-
tor Cerutti escribe c o n el propósito, deliberado, de plantear las
preguntas de u n programa común latinoamericano sobre las His-
t o r i a de las Ideas Filosóficas, también e n América L a t i n a . Lo
considera del todo necesario para conocernos, para transfor-
m a r n o s y p a r a i r a l f u t u r o utópicamente ideal.
Ciertamente a l objeto l a t i n o a m e r i c a n o , como objeto de l a
filosofía, llega el doctor Cerutti p o r el c o n o c i m i e n t o de Argen-
t i n a , Ecuador y México; pero rio aisla las historias restantes, a l
contrario, entendiendo tales casos concretos, pasa a reconstruir
u n a historia global, que r i n d a cuentas globales y, a l m i s m o t i e m -
po, de cada concreción histórica. Según alcanza a verse, atrás
existen, a m o d o de tipos y enseñanzas, las obras de Samuel
Ramos, José Gaos, Ricaurte Soler.

Reconstruir las ideas: problema latinoamericano


C e r u t t i es p l e n a m e n t e u n filósofo l a t i n o a m e r i c a n o : t i e n e su
p a t r i a grande e n Latinoamérica y Latinoamérica es el objeto
de l a filosofía. Por este tener y p o r este pensar específicos, h a
logrado y a u n puesto e n nuestra filosofía. Su constante p r o -
ducción se refiere, toda, a temas p e c u l i a r m e n t e l a t i n o a m e r i -
canos, o de países singulares, o de l a u n i d a d l a t i n o a m e r i c a n a .
E l t e m a n o es, para él, l a u n i d a d de l a filosofía, porque ésta se
encuentra dada; el tema l o constituye u n a verdadera cuestión:
l a H i s t o r i a de las Ideas Filosóficas, t a n necesaria e n nuestra
cultura, carece de u n a historiografía generalmente válida, por-
que n o existe u n método correspondiente a este objeto, y
porque, como co ro l a r i o , l a H i s t o r i a m i s m a n o c u m p l e las ra-
INTRODUCCIÓN 9

zones de su existencia. La obra presente, c o n su Hacia una


Metodología, apura l a reflexión para l l e n a r el vacío.
Buscar y p o n e r los fundamentos de u n a metodología de
la H i s t o r i a de las Ideas es el p r o g r a m a común, l a tarea básica
de los latinoamericanos, l o que i m p l i c a necesariamente l a reva-
loración de l a H i s t o r i a de las Ideas. Latinoamérica n o apare-
ce valiosa p o r tener u n a geografía c o n t i n u a d a , n i siquiera
p o r la "coterraneidad" telúrica, o p o r aquella de l a u n i d a d cul-
t u r a l . Así aparece, porque los "coterráneos", hombres de carne
y hueso, se p l a n t e a n u n a tarea c o n base e n su solidaridad de
visión, de proyecto común. E l p r o g r a m a común de crear, a
p a r t i r de l a c u l t u r a hecha, l a c u l t u r a p o r hacer, ésa que Lati-
noamérica necesita. Los l a t i n o a m e r i c a n o s , gracias a su soli-
daridad, si l a t i e n e n y l a f o m e n t a n , construirán u n a p a t r i a ,
que n o será u n a m a d r e y a hecha, sino " u n a h i j a p o r hacer" e n
l a t e m p o r a l i d a d d e l pasado, el presente y el futuro. T a l senti-
do novedoso da el doctor Cerutti a l a sentencia traída de A l -
fonso Reyes: n u n c a l a parte se entendió s i n el todo. Su obra
adquiere, ipso facto, el carácter de u n diálogo c o n los l a t i n o -
americanos c o m p r o m e t i d o s , solidariamente, en l a factura de
Latinoamérica. La obra, p o r l o demás, c o n t i e n e y a las bases
y los fundamentos del p r o g r a m a .
Corresponde, pues, a l filósofo l a t i n o a m e r i c a n o e n c o n t r a r
las soluciones de u n p r o b l e m a l a t i n o a m e r i c a n o . E l doctor Ce-
r u t t i c o m u n i c a i n t e n c i o n e s y logros. Recibe y busca c o n afán
l a herencia, l a historiografía de l a H i s t o r i a de l a Ideas que de-
j a r o n y a e n los cuarenta los mexicanos José Gaos y Leopoldo
Zea, el a r g e n t i n o Francisco Romero, e l panameño Ricaurte
Soler. Con ellos y los siguientes promueve el diálogo reflexivo,
m e d i a n t e el cual c u m p l e su propósito de colaborar a la f i n a l i -
dad común: i r , para n o usar l a existente, hacia u n a metodo-
logía. No procede como u n simple comentarista o u n intérpre-
te f i e l del pasado, más b i e n descubre los problemas y los
piensa a cada m o m e n t o : o para c a m i n a r otro t r a m o , o p a r a
enderezar l o r e c o r r i d o m a l , o para cuestionar l o poco, i n s u f i -
ciente y m a l fundado. Por consecuencia, su obra dista de ser
u n a monografía de lógica alargada: pues se c o m p o n e de estu-
dios que son u n a p l u r a l i d a d de acercamientos a l p r o b l e m a .
1o RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

cuando n o de i n i c i o s de soluciones. E l lector gana e n pers-


pectivas y el filósofo adquiere impulsos diversos. La obra, p o r
eso, enriquece el diálogo sobre l a cuestiones disputadas, hace
manifiestas las dificultades de l a reconstrucción histórica y ,
más que nada, aporta u n p r o g r a m a de meditaciones a los estu-
diosos.
Bajo este breve análisis debe entenderse l a modestia d e l
filósofo, el cual l l a m a a sus "reflexiones... u n a meditación n o
acabada, sino apenas esbozada y todavía en ciernes". Cuando
en r e a l i d a d su Hacia una metodología de la Historia de las
Ideas sienta bases racionales p a r a l a metodología planteada.
Seguramente e l edificio que levanta el doctor C e r u t t i se
m i r a c o n c l a r i d a d desde su correcta posición filosófica. A n t e
todo rehusa l a teoría y l a práctica de u n a filosofía académica,
para la cual l a filosofía latinoamericana carezca de rigor, de
método estricto, de racionalidad y se confunde con la literatura,
la h i s t o r i a y l a sociología. La pretensión l a t i n o a m e r i c a n a n o
alcanza p o s i b i l i d a d alguna, porque n o tiene l a " a l t u r a " debi-
da, la "seriedad" de l a verdadera filosofía, l a " p r o f u n d i d a d " de
l a reflexión. ¿Cómo ocultar que semejante argumentación
encuentra pábulo e n numerosos ejemplos? T a l filosofía aca-
démica, o mejor, academicista, está convertida en u n "paradig-
ma" que... descalifica la posibilidad de u n filosofar l a t i n o a m e r i -
cano. No niega el doctor Cerutti, n i puede i n t e n t a r l o , que l a
filosofía l a t i n o a m e r i c a n a h a sido marginada, y n o pocas
veces automarginada, p o r su "tendencia a l ensayismo dile-
tante". Pero señala l a falacia de juzgar a todos p o r las circuns-
tancias de algunos. La falta de éstos n o es l a falta de todos,
p o r l o cual deben pesar los verdaderamente filósofos l a t i -
noamericanistas, que n o son pocos, aunque su número sea
m e n o r comparado c o n los científicos.

Las ideas como filosofía rigurosa


Por u n c o n o c i m i e n t o así constituido el doctor Cerutti trabaja
su obra u t i l i z a n d o o t r a idea de l a filosofía: l a filosofía acadé-
m i c a y a l m i s m o t i e m p o social. Conjunta el orden científico y
INTRODUCCIÓN 11

r a c i o n a l c o n l a concepción del m u n d o y las cuestiones socia-


les. Por filosofía, pues, no entiende una actividad abstraída de los
asuntos reales, exclusivamente académica; más b i e n e n t i e n -
de u n saber de problemas ideológicos; el papel del filósofo es
preguntarse, pro ble m a t i z a r , historizar. A p o y a d o en los datos
y e n todas las h e r r a m i e n t a s de l a filosofía contemporánea,
busca las problemáticas latinoamericanas, las capta reflexiva-
mente, las conceptualiza, las pone bajo categorías. Eso trabaja
en l a obra, respondiendo a los reclamos actuales, los sustanti-
vos del día, aquellos en los que les va la existencia a los l a t i n o -
americanos.
Esta idea de l a filosofía recobra y se asienta sobre cuestio-
nes que h a n v e n i d o i d e n t i f i c a n d o el ser l a t i n o a m e r i c a n o : l a
especificidad histórico-cultural, l a asunción del genocidio
indígena, el deber de realizar u n a h i s t o r i a de nuestra c u l t u r a ,
l a relación c o n l a c u l t u r a europea e n p l a n o de igualdad, l a
construcción de las categorías peculiares y propias. La filoso-
fía, además, siendo autónoma e n sus p r i n c i p i o s y desarrollo i n -
t e r n o , n o existe apartada del saber social, pues f u n c i o n a como
u n c o m p l e m e n t o indispensable a otros campos históricos y
sociales. Lo cual significa que l a a c t i v i d a d filosófica se de-
sarrolla con una autonomía relativa. Para el doctor Cerutti la f i -
losofía n o es u n c o n o c i m i e n t o per se, p o r sí m i s m o . Su desarro-
l l o l o ejecuta, n o exclusivamente en el objeto p r o p i o , más b i e n
"en terreno abierto p o r las ciencias sociales". Su valor, p o r eso,
depende de l a c o n t i n u i d a d que ejecute c o n ellas y del grado
en que c o m p l e m e n t e el esfuerzo de l a investigación de esos
campos. N a t u r a l m e n t e tamaña concepción de l a filosofía es
una cuestión de m u c h a m o n t a . Aquí se pone de manifiesto,
porque viene a ser, nada menos, el f u n d a m e n t o m i s m o de l a
obra Hacia una Metodología de la Historia de la Ideas.
Otra operación lleva a cabo el doctor Cerutti para legiti-
m a r su propósito de r e c o n s t r u i r l a h i s t o r i a de l a ideas. Es l a
operación de q u i t a r l a máscara a u n doble u n i v e r s a l i s m o ina-
ceptable. Por u n a parte, l a filosofía de r a c i o n a l i d a d establece
que los enunciados filosóficos son universales y, p o r eso, vá-
lidos de necesidad para todos los pueblos y todos los tiempos.
De manera t a l que el pensar de Rorty, Rawls, Habermas, repre-
12 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

senta s i n más l a filosofía. Claro que este sentir n o concuerda


c o n l a h i s t o r i a que se h a venido desarrollando de D i l t h e y
a nuestros días. Pero resulta ser l a fuerza para negar de raíz l a
filosofía latinoamericana, pues se trata de u n saber particular.
Por otra parte, los propios filósofos latinoamericanos redu-
cen el valor de su filosofía, cuando a f i r m a n que elaboran u n
p e n s a m i e n t o p r o p i o y p e c u l i a r de u n país o u n a región l a t i -
n o a m e r i c a n a . U n pensamiento, p o r l o tanto, específico de esa
región y ese país, que sólo tendrá significado para otros países
al adoptarlo éstos, porque les soluciona problemas parecidos
o iguales a aquéllos e n donde se p r o d u j o .
Semejante posición da su sentido, y valor, a l a certeza
histórica de que l a u n i v e r s a l i d a d de la filosofía comienza p o r
ser l a solución concreta a l p r o b l e m a urgente de u n pueblo o
u n a región. E n cambio, n o advierte que t a l filosofía, s i n dejar
de ser t a l , es u n a creación del h o m b r e y, p o r l o m i s m o , será
u n a solución dondequiera haya u n h o m b r e , pues éste enten-
derá el p r o b l e m a y l a solución m i s m a . C o n palabras precisas
se puede a f i r m a r que se trata del u n i v e r s a l desde l o concreto.
Lo c u a l p e r m i t e a l a obra d e f i n i r a u n a filosofía l a t i n o a m e r i -
cana que n o es t e r c e r m u n d i s t a , sino, s i m p l e m e n t e , p a r a e l
h o m b r e . Los programas filosóficos, de fijo, son variables de
situación a situación. Pero u n a situación n o cancela, a l con-
t r a r i o , fortifica los modos de ser humanos, que, a su vez, sostie-
n e n l a situación. Las precisiones i m p o r t a n m u c h o ; gracias a
ellas se vuelve i n t e l i g i b l e el e n un c i a d o p o r a f i r m a r : que los
problemas del h o m b r e , sean i n s t i t u c i o n a l e s o, sobre todo, es-
tructurales, son formulados expresamente p a r a obtener solu-
ciones h u m a n a s . Los problemas son comprensibles y con-
mensurables para quienes los p l a n t e a n y para quienes los
conocen.
A estas alturas conviene señalar cómo l a disposición para
hacer filosofía está más allá d e l e ur o c e n t r i s m o, ese m a l t a n
r e c u r r e n t e m e n t e aceptado e n nuestra h i s t o r i a , y cuya carac-
terística es tenerse como l a medición de l a c u l t u r a m e x i c a n a
y l a t i n o a m e r i c a n a , según los modelos europeos. A c t i t u d n o
siempre i ng enu a , mas siempre levantada sobre u n a idea de l a
c u l t u r a u n i v e r s a l y de u n a p l u r a l i d a d de culturas subyugadas.
INTRODUCCIÓN 13

El e u r o c e n t r i s m o c o n f i g u r a u n a relación pesimista de l a filo-


sofía l a t i n o a m e r i c a n a c o n l a filosofía europea: juzgarla p o r l a
recepción de ella, p o r l a incorporación a ella, p o r su m o d i f i -
cación a l aplicarla, p o r l a v i r t u d de ella para resolver los pro-
blemas l a t i n o a m e r i c a n o s . Son estas actitudes de vieja acuña-
ción. De eso n o h a y duda, como tampoco de que están florecien-
do h o y , precisamente h o y . Responden a u n a categoría de l a
h i s t o r i a de l a filosofía e n Latinoamérica, que y a d e n u n c i a b a n
p o r los años treinta los mexicanos A n t o n i o Caso, Alfonso Reyes,
José Vasconcelos. E n semejante c a m i n o se llega t a n lejos, que
se niega l a existencia de u n a h i s t o r i a de l a filosofía l a t i n o -
americana.
La disposición d e l l a t i n o a m e r i c a n o , para hacer filosofía,
excluye cualquier propósito de salvar a los filósofos l a t i n o -
americanos. A s i m i s m o , excluye l a práctica de realizar e n La-
tinoamérica l a culminación de l a filosofía m u n d i a l . E l me-
nester específico del l a t i n o a m e r i c a n o es filosofar para resolver
sus problemas, n o filosofar p a r a ser reconocido. Este c a m b i o
t a n f u n d a m e n t a l l o e n u n c i a h u m i l d e m e n t e : "quizá n o c u l m i -
nemos nada, sino que estemos elaborando otros procesos i n -
sospechados e imprevisibles". La elaboración requiere tres pasos
b i e n definidos: e l p r i m e r o consiste e n ver los problemas pro-
pios, c o n el a u x i l i o de las ciencias sociales y las h e r r a m i e n t a s
de l a filosofía; el segundo, reflexionar hasta obtener los concep-
tos correspondientes, a l t i e m p o de apropiarse de l a filosofía
europea; el tercero, a f i r m a r l o encontrado como pensar propio,
como filosofía de objeto l a t i n o a m e r i c a n o .
U n sola palabra expresa los escollos evitados p o r l a obra
del doctor Cerutti: descolonización. Su obra es óptimamente
valiosa porque toda ella está pensada c o n u n a i n t e l i g e n c i a n o
colonial, independiente y nacionalista. T o m o en préstamo estos
conceptos encontrados p o r el maestro José Gaos, el año de 1942,
en el pensamiento hispanoamericano, porque, a l parecer, nada
hay m e j o r para d e f i n i r el espíritu que levanta, que f o r m a y
que dilata el Hacia del doctor Cerutti. Gracias a este espíritu,
t a n d i f u n d i d o e n l a obra, el Hacia v i e n e a ser, y a ahora, u n
ejemplo de cómo crear l a filosofía p r o p i a , s i n atar el pensa-
m i e n t o a u n a forzada relación c o n Europa. E n cuanto filoso-
14 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

fen los l a t i n o a m e r i c a n o s de m o d o n o c o l o n i a l , su relación


c o n Europa será de iguales que colaboran e n l a solución de
problemas concernientes a todos.
Quedan atrás las sentencias de los c i n c u e n t a ante las nue-
vas propuestas: elaborar l a salvación del h o m b r e l a t i n o a m e r i -
cano, e n vez de c l a m a r l a : existencia n a c i o n a l válida p o r sí y
n o c o m o reflejo de otro, r e a l i d a d c u l t u r a l p r o p i a y n o someti-
da a u n a c u l t u r a avasalladora, creación de variadas formas
peculiares y n o dependencia de otro, ser nosotros m i s m o s s i n
t e m o r a l a imitación y a l a i n f e r i o r i d a d , colaborar c o n l a
filosofía actual y n o ser partícipes de u n a agonía c u l t u r a l s i n
haber dado frutos, pasar de los derechos h u m a n o s a u n h u m a -
n i s m o de l a d i g n i d a d concreta del h o m b r e . I g u a l destino para
el proyecto m e n t a d o de los setenta: e l a n t i i m p e r i a l i s m o , e l
vocerío sobre el m u n d o de los o p r i m i d o s , u n a filosofía como
m e d i o de liberación, l a ansiedad de buscar el rostro p r o p i o .
Cayeron i g u a l m e n t e e n u n pasado, que se niega p o r n o c i v o y
ajeno, determinadas concreciones de los ochenta: el eurocen-
t r i s m o d i s i m u l a d o para explicar l a relación c o n los filósofos
del día, u n cierto m e s i a n i s m o c u l t u r a l , la orfandad p o r la lla-
mada caída de los paradigmas, elaborar u n a filosofía que fue-
ra reconocida p o r los centros culturales, aprender l a filosofía
creada p o r estos centros y a p l i c a r l a a los problemas l a t i n o -
americanos.
Pensando así e l doctor C e r u t t i tiene salud m e n t a l para
mostrar l a H i s t o r i a de las Ideas Filosóficas, no tanto exponien-
do qué son, cuanto reconociendo las perturbaciones causantes
de su n o intelección o, peor aún, de sus fallas. A u n q u e n o las
distingue, según l a tradición i m p l a n t a d a p o r el maestro José
Gaos, de l a h i s t o r i a de l a filosofía y de l a filosofía m i s m a , sí
las considera u n a parte de l a filosofía y u n a expresión pecu-
l i a r suya. Así dice el autor el objeto específico de ellas: histo-
r i a r c o n sus categorías filosóficas privativas, enseñar cómo l a
realidad h u m a n a se concibe a sí m i s m a , i n d i c a r los campos
n o tratados adecuadamente p o r otras disciplinas, dar a las
ideas u n o r i g e n y u n sustento e n l a r e a l i d a d histórica. Sobre-
sale l a necesidad de superar los l a t i n o a m e r i c a n o s su i n c l i -
nación a pensarse ellos como seres accidentales, y n o como
INTRODUCCIÓN 15

substancia p a r t i c u l a r que son. Corre paralela otra necesidad:


no alinearse, en calidad de suplente, con el equipo europeo, si es
posible y hasta u n a obligación f o r m a r el equipo exclusivo,
pero n o excluyente, y ponerse frente a ellos a l tií p o r tú. Se
da p o r supuesto el deber de solucionar c o n l a H i s t o r i a de las
Ideas, nada menos, esas cuestiones t a n vitales como l a exis-
tencia y estructura de u n pensar p r o p i o , l a solución a las u r -
gencias de l a región, l a creación de u n t i p o de h o m b r e l a t i n o -
americano, l a elaboración de u n a c u l t u r a i n d e p e n d i e n t e y n o
c o l o n i a l , l a mostración de que l a c u l t u r a es valiosa c o n f r o n -
tada c o n los europeos, el tránsito r a c i o n a l hacia u n p o r v e n i r
de esperanza.

La episteme de las ideas


Los temas hasta aquí tratados, j u s t a m e n t e c o n l a corrobora-
ción d e l objeto de l a H i s t o r i a de las Ideas, a n u n c i a ya l a gra-
vedad de que esa H i s t o r i a carezca de u n a metodología razo-
nable. Para el lector Cerutti la H i s t o r i a vale, aunque n o sea el
único, p o r u n m e d i o necesario para n o hacer pensamientos
o filosofía t e r c e r m u n d i s t a , sino l a necesaria y precisa filoso-
fía l a t i n o a m e r i c a n a . U n a cuestión de "vida o m u e r t e " históri-
ca, m a y o r que el a p r e m i o de ponerse a l día o garantizar el es-
t u d i o académico. E l c a m i n o se ajusta a la lógica. Como existe
u n a interdependencia de método y de objeto, l a reconstruc-
ción de l a metodología conlleva u n a reconstrucción de l a
H i s t o r i a de las Ideas. C u m p l i d a ya la exposición del objeto y
de las astucias de la razón latinoamericana, la obra proporciona
una verdadera revaloración de esa H i s t o r i a , c o n l a cual n o
busca u n a teoría diferente a l a del maestro José Gaos, pero sí
coloca debidamente las razones para p r o p o n e r que, tras u n
largo ejercicio comenzado e n el S e m i n a r i o del maestro José
Gaos, p o r los años cuarenta, se p r o fe s i o n a l i c e n "los estudios
de la H i s t o r i a de las Ideas Filosóficas".
El p l a n t e a m i e n t o n o se elabora así, porque se ignore el
papel p r o d u c t i v o (poiético decían los griegos) desempeñado
en l a H i s t o r i a de las Ideas l a t i n o a m e r i c a n a s desde los años
16 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

cuarenta. E l autor t e s t i m o n i a u n hecho: parte "considerable


y significativa" de l a reflexión filosófica se h a i d o recons-
t r u y e n d o gracias a l a energía de l a H i s t o r i a de las Ideas. H u b o
u n ejemplo, Leopoldo Zea, al que siguieron los trabajos, aunque
n o e n e l número debido. A l a n t e r i o r de cada periodo p u d o
percibirse e l ser l a t i n o a m e r i c a n o , el carácter de l a filosofía
practicada, l a dirección a transformarse. Otro g r u p o de cono-
c i m i e n t o s son: qué ideas m o d i f i c a n l a realidad y qué r e a l i d a d
las modifica, hasta dónde llega l a comprensión del pasado y l a
cobranza de l a conciencia histórica, cuál pasado c o m p r o m e t e
a revisarlo p o r estar vivo, qué filosofar es p r o d u c t i v o e n cada
presente.
Para que l a p o t e n c i a reconstructiva n o se pierda, o se dis-
m i n u y a , el doctor Cerutti casi a s i m i l a las recomendaciones
sobre l a H i s t o r i a de las Ideas, dadas p o r u n grupo de expertos,
que convocó l a UNESCO e n 1974. T i e n e n significación históri-
ca e n v i r t u d de haber sido tomadas de u n a práctica p r u d e n t e
y e n v i r t u d , p o r igual, de haberse aplicado p o r u n a década.
Bajo su o r d e n y su i m p u l s o puede formularse los enunciados
correspondientes del doctor Cerutti, del m o d o siguiente:

á) H a b l a r de l a H i s t o r i a de las Ideas e n América L a t i n a


c o n l a convicción, siempre, de que existe l a u n i d a d c u l t u -
r a l l a t i n o a m e r i c a n a , y de que las ideas n u t r e n significa-
t i v a m e n t e , p a r a m a n t e n e r l o o para o r i e n t a r l o , el proceso
histórico l a t i n o a m e r i c a n o .
b) Las ideas de l a H i s t o r i a n o son ideas de ideas, sino for-
madas c o n l a realidad, integradas a ella y modificadas p o r
ella. T a l carácter hace que las ideas tengan u n a génesis
social y u n a f i n a l i d a d de transformación social. No cabe
h a b l a r s i m p l e m e n t e de c o n d i c i o n a m i e n t o s sociales.
c) La H i s t o r i a de las Ideas es u n a c r i a t u r a del más activo
presente, cuyos problemas y cuyas preguntas f o r m u l a n e l
pasado y el f u t u r o l a t i n o a m e r i c a n o s . Las ideas n o sólo en-
caran e l presente p o r u n a conveniencia; e l presente es ac-
t i v o p r o d u c t o r de l a H i s t o r i a .
íí) P r i m a r i a m e n t e l a H i s t o r i a de las Ideas c u m p l e l a f u n -
ción de conciencia histórica; secundariamente es l a con-
INTRODUCCIÓN 17

ciencia social latinoamericana. Dentro de t a l consideración


l a H i s t o r i a de las Ideas h a de tratarse como u n a d i s c i p l i n a
académica, c o n arreglo a método y p r i n c i p i o s . D u r a n t e el
j desarrollo académico adquiere el v i g o r y l a r a c i o n a l i d a d
de que a veces h a carecido, s i n o m i t i r l a incorporación de
las ideologías y la apreciación de las situaciones sociales,
elementos capturados e n su génesis.
e) S i n o m i t i r el todo l a t i n o a m e r i c a n o , l a H i s t o r i a de las
Ideas trabaja p o r campos epistemológicos: ideas filosóficas,
ideas económicas, ideas sociales, ideas políticas. Cada campo
descubrirá sus categorías específicas y expondrá sus re-
sultados peculiares. Principalmente, cada campo mostrará
) el f i n f i n a l de l a h i s t o r i a : m o s t r a r el pensamiento l a t i n o -
a m e r i c a n o concebido a l resolver los problemas a l diseñar
la utopía l a t i n o a m e r i c a n a .
f) Establecido el pensamiento propio, señalar cuántas apro-
piaciones europeas se u t i l i z a r o n y cómo opera l a relación
de colaboración c o n Europa, más allá de toda importación
filosófica.

El tratamiento académico del autor a l a Historia de las Ideas


d e t e r m i n a l a exigencia de aplicarles u n c r i t e r i o epistemoló-
gico, c o n el cual, a l parecer él p r i m e r o que ningún otro, busca
a l t u r a y calidad filosófica. Expone dos líneas de d o c t r i n a . Por
u n a parte, el desarrollo i n m a n e n t e de la H i s t o r i a es autónomo,
per se, e n relación c o n su objetivo social, pues el desarrollo se
lleva a cabo de acuerdo c o n l o que es filosofía. Por otra parte,
esta tesis d e f i n i t i v a se completa, clarificándose, c o n a f i r m a -
ciones perentorias de 1982: r e c o n s t r u i r l a inserción social,
c o m o génesis y c o m o función, de las ideas, representa el ob-
j e t i v o historiográfico, que se irá i m p o n i e n d o de m o d o nece-
sario. "Las ideas n o valen per se, sino en inserción social", cuan-
do se trata de su génesis y de su función o finalidad, n o cuando
se trata de su desarrollo. Se cruzan las dos líneas y, a l hacerlo,
g a r a n t i z a n las dos cualidades, e n apariencia paradójicas de
las ideas: las ideas como episteme, o ciencia rigurosa y, además,
c o m o ideas que n o se generan unas de otras, es decir las ideas
autónomas; pero también las ideas heterónomas, llamadas así
18 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

p o r su dependencia de su o r i g e n y de su función. Las dos son,


de m a n e r a distinta, n u t r i e n t e s de l a H i s t o r i a .
Los empeños epistemológicos específicos de l a h i s t o r i a de
l a filosofía y de l a filosofía m i s m a afectan a l a H i s t o r i a de las
Ideas. De m o d o que e n l a presencia de u n autor h a de p r e g u n -
tarse p o r l a filosofía que usa. La regla es sencilla: l a verdadera
filosofía l a t i n o a m e r i c a n a debe confrontarse c o n las cuestiones
epistemológicas fundamentales. De aquí depende que l a filo-
sofía l a t i n o a m e r i c a n a , y e n seguimiento de ella l a H i s t o r i a de
las Ideas, abandone la falta de rigor y se apropie del ensayismo
diletante.
Para el autor es u n a necesidad que su obra sea recorrida p o r
u n enfoque epistémico, cuyo papel radique e n e l esclareci-
m i e n t o de las complejas relaciones de l a filosofía, p orq u e de
esta m a n e r a c u m p l e c o n l a misión del filósofo. Y así, ante l a
debatida cuestión de cuál es el lugar epistemológico de l a filo-
sofía, la coloca entre las ciencias y la política, n o sólo "acosada
p o r ellas", sino "condicionada, «desde atrás», p o r l a ideología".
E n 1984 vierte t a l sentencia, l a cual h a de entenderse a p a r t i r
de l a d o c t r i n a acabada de exponer.
Más que soluciones, el autor va generando problemas epis-
temológicos. U n o de ellos nace c o n l a H i s t o r i a de las Ideas y
sus efectos son probados p o r l a filosofía. A n t e los materiales,
que a l i m e n t a n a l a H i s t o r i a , el h i s t o r i a d o r de las ideas se pre-
gunta si únicamente debe describirlos, dejando a l a descrip-
ción sola, n o apoyada p o r u n a teoría o p o r el recurso esclarece-
dor de algunos pensamientos básicos; o si, e n el otro extremo,
su oficio es i n t e n t a r u n a explicación de ellos, l a cual, p o r su
p r o p i a índole, lleva consigo u n a interpretación, j u n t o c o n u n a
visión de l a h i s t o r i a y u n a filosofía de l a h i s t o r i a l a t i n o a m e r i -
cana. Aquí está u n p r o b l e m a y los términos de u n a polémica
n o remota. E l doctor Cerutti, autor l a t i n o y n o sajón, razona
su Hacia, l o f u n d a m e n t a , l o enriquece c o n e l ejercicio de l a
explicación.
E n e l propósito de p r o b l e m a t i z a r dudas e interrogantes
desde u n a perspectiva epistemológica, el autor se ocupa bre-
vemente de l a periodización c o n l a cual se trabaja l a H i s t o r i a
de las Ideas. Señala los extremos usados c o r r i e n t e m e n t e : o
INTRODUCCIÓN 19

b i e n se t o m a n y d e r i v a n de l a h i s t o r i a política, o b i e n "refle-
j a n u n a concepción i n m a n e n t e " de l a h i s t o r i a filosófica, u n a
h i s t o r i a desligada de l o exterior, i n d e p e n d i e n t e de las mayo-
rías ideológicas políticas y sociales. E l d i l e m a m i s m o pone
en el término medio, de t a l suerte que sólo se r e q u i e r e n dos
precisiones: el r e c l a m a r l a periodización cierto t i p o de fun-
damentación estructural, el "explicar la articulación entre base
y superestructura". E l t e m a así visto conduce epistemológica-
m e n t e a u n a doble p r e g u n t a y a respondida antes: ¿qué "deter-
m i n a a las ideas? ¿O, son ellas m i s m a s determinantes"?
La problematización, t a n p r o m e t i d a , da peso a las solucio-
nes. Recuérdese que el autor n o quiere n i busca respuestas, pero
sí m o v e r las inteligencias, liberadas del sistema cerrado, para
que expongan entre todos u n a p l u r a l i d a d de caminos, de aber-
turas a los problemas. Por eso el Hacia está compuesto a l ampa-
ro de u n a perspectiva epistemológica, n o de u n a epistemología
o y a tenida o sólo buscada. Esa perspectiva se plantea también
como interrogación, n o como u n conjunto de verdades. Interro-
ga el autor sobre la creación de los conocimientos racionalmente
rigurosos y sobre u n a explicación a posteriori del proceso. E n
sus palabras: p o r perspectiva epistemológica se entiende " l a
interrogación acerca del modo efectivo de producción de los co-
n o c i m i e n t o s científicos y, p o r ende, a posteriori d e l m i s m o
proceso". T a l m a t e r i a es asunto obligado de reflexión, porque
i n d i c a que l a filosofía y la H i s t o r i a de las Ideas son disciplinas
del máximo rigor, ordenadas a la creación científica.

La temporalidad de las ideas


E n el Hacia, además de las precisiones señaladas, l a vocación
epistemológica lleva a concebir a l h o m b r e que filosofa como
u n ser haciéndose y , a l a filosofía, como u n saber para hacer-
se humanamente. U n o y otro, el haciéndose y el hacerse, t i e n e n
lugar e n la historia y p o r ella se explican. Recoge el Hacia la he-
redad del siglo X X , esa v i r t u d b i e n conocida p o r conciencia
histórica, gracias a la cual el h o m b r e se sabe u n ser que está y
pertenece a la h i s t o r i a e, incluso, e n algún sentido, vive la his-
20 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

t o r i a y es, él m i s m o , h i s t o r i a . Esto viene a constituirse e n el


fondo de la obra, sobre el cual se levanta la t e m p o r a l i d a d del
h o m b r e , enseñada p o r el maestro José Gaos u n poco antes de
p u b l i c a r l a en 1942. La c o m p o n e n u n presente que d e t e r m i -
n a a l pasado y a l futuro, u n pasado que d e t e r m i n a a l presente
y al futuro, u n futuro que determina al presente y al pasado. Lo
cual indica, con sobrada claridad, cómo la estructura del Ha c ia
coloca a su autor entre los discípulos formales del maestro José
Gaos, no i m p o r t a n d o el caso que no haya oído directamente sus
palabras de docencia, n i haya investigado bajo su dirección.
La d o c t r i n a , aunque e n ocasiones falte la advertencia o el
r e c o n o c i m i e n t o , es usada n o r m a l m e n t e para j u s t i f i c a r las ac-
tividades filosóficas l a t i n o a m e r i c a n a s . Puede enunciarse, e n
breve, de este modo: u n t i e m p o será cual decidan los otros dos;
p o r eso m i s m o , n i n g u n o será ajeno o extraño a cualquiera de
ambos. La convicción nace c o n e l estudio del p e n s a m i e n t o
h i s p a n o a m e r i c a n o (1940-1943), y opera desde entonces, pero
es f o r m u l a d a conceptualmente e n el año de 1953: los m e x i -
canos h a n v i v i d o y h a n pensado desde u n presente para v i v i r
y pensar de acuerdo c o n su más p u r o pasado, desde su pasa-
do p a r a v i v i r y pensar el más p u r o presente, desde su futuro
para v i v i r y pensar de acuerdo con su más p u r o presente. Cada
t e m p o r a l i d a d v i v i d a p r o p i a m e n t e asegura la vida p r o p i a de
las demás. De t a l m a n e r a que las tres temporalidades le per-
tenecen a l m e x i c a n o y n i n g u n a l e es extraña y ajena. Que
valga la reiteración: n o h a y u n pasado n i u n futuro que le sean
extraños o ajenos, c o m o n o h a y u n presente extraño.
El maestro José Gaos n o h u b i e r a llegado a f o r m u l a r así
las tesis, si sólo h u b i e r a comentado l a d o c t r i n a sobre la t e m -
poralidad expuesta p o r Heidegger a l final de El ser y el tiempo;
llegó po rq u e la a p l i c a r o n él y sus discípulos, y porque su ex-
p e r i e n c i a redundó e n investigaciones ejemplares. P o r su
parte, el doctor Cerutti a f i r m a que "nuestra particular situación
sociohistórica exige u n a interpretación de nuestro pasado y
de nuestro presente para c o n s t r u i r nuestro f u t u r o " . La teoría,
n o cabe duda, i l u m i n a y el magisterio de José Gaos fortalece l a
posición, pero el Hacia va p r o b a n d o en sus páginas que exis-
te l a necesidad de c o n s t r u i r n o s u n f u t u r o p r o p i o , desde el pa-
INTRODUCCIÓN 21

sado y el presente más propios, porque l a marginación, el sub-


desarrollo, l a dependencia, p o r u n lado, y , p o r otro, l a bús-
queda de l a libertad, l a democracia, el desarrollo h u m a n o son
i m p u l s o s e ideales de los l a t i n o a m e r i c a n o s , para los que n o
existe n i n g u n a r e n u n c i a .
Sobre el objeto del filosofar el Hacia, íntegro, pertenece, de
m o d o i g u a l , a la descendencia del maestro José Gaos, q u i e n
estableció d e f i n i t i v a m e n t e cuál era el m a t e r i a l de reflexión,
de análisis y de interpretación que habría de realizar el filó-
sofo h i s p a n o a m e r i c a n o (para nosotros l a t i n o a m e r i c a n o ) . " E l
tema expreso del pensamiento hispanoamericano es él m i s m o
en su pasado, presente y futuro." E n otros términos, que recuer-
dan a Ortega y Gasset, el maestro dijo también que el objeto de
reflexión, específico y o b l i g a t o r i o para los filósofos, l o p r o -
porcionaba la p r o p i a circunstancia americana, habida cuenta
que ésta se extendía a todo el C o n t i n e n t e y, c o n i g u a l a t r i b u -
ción, a las otras porciones de l a t i e r r a . Los filósofos l a t i n o -
americanistas, s i n demérito de su posición personal y s i n o l -
v i d a r la enseñanza coincidente de Juan Bautista Alberdi u n siglo
antes (1848), i n v e s t i g a n y r e f l e x i o n a n c o n este f u n d a m e n t o ,
que e l Hacia del doctor C e r u t t i usa constantemente para dar
r a c i o n a l i d a d a su obra.
De f o r m a s i m i l a r a l maestro Gaos los l a t i n o a m e r i c a n i s t a s
n o deprecian n i o m i t e n l a teoría, o los estudios provenientes
de otros campos. Pero ejercitan e l filosofar sobre los proble-
mas específicamente propios. La ocupación filosófica l a t i n o -
a m e r i c a n a sigue los pasos de los griegos: se responsabiliza de
conocer y solucionar las necesidades de los m i s m o s l a t i n o -
americanos, e n su calidad de h o m b r e s y e n su condición l a t i -
n o a m e r i c a n a . Cada filósofo elige l a temática de su dilección.
Por ejemplo, es respetado Francisco Miró Quezada p o r su culti-
vo clásico de l a H i s t o r i a de las Ideas, s i n d i s m i n u i r nada sus
trabajos de filosofía científica. Y todo m u n d o , los varios segui-
dores desde luego, viene aceptando las cuestiones que Leopoldo
Zea identifica c o n la filosofía latinoamericana: la colaboración
e n p l a n de igualdad c o n l a filosofía europea, qué somos, el ca-
rácter n a c i o n a l , las bases y c r i t e r i o s de l a integración, l a mar-
g i n a l i d a d , la dependencia, la subordinación, el espíritu p r o p i o .
22 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

Resta considerar si cada t i e m p o de l a t e m p o r a l i d a d con-


creta su tema peculiar. De cierto el curso i n t e l e c t u a l del Hacia
parte d e l presente l a t i n o a m e r i c a n o . Esta t e m p o r a l i d a d n o es
más significativa que las otras dos. Tácitamente e l doctor Ce-
r u t t i la trata, empero, a l p r i n c i p i o , c o n el ánimo de responder
a l a tensión actual. E l filósofo es apremiado, ante todo, p o r las
urgencias inmediatas, las que h a n de ser resueltas para volver
posible y provechosa la v i d a del presente. Así le acontece,
porque su definición le da el oficio de renovar l a d o c t r i n a , de
rehacer el m o d o de existencia, de c o n s t r u i r ex toto a l presen-
te. Unos criterios constantes r e c o r r e n el Hacia: pensar el pre-
sente y elaborar el método que nos p e r m i t a c o n s t r u i r l o , t a l
c o m o l o deseamos y nos sentimos obligados a realizarlo. Esto
será posible cuando el filósofo c u m p l a su función de conocer
"la p l e n i t u d del presente", pues entonces se conocerán las ne-
cesidades y los ideales del aquí y ahora. T a l conocer se con-
creta e n tres actividades: u n a , f o r m a r e n el l a t i n o a m e r i c a n o
"la conciencia de l a necesidad de u n autoexamen riguroso",
generar y extender "una labor crítica" todavía i n c i p i e n t e , i r a l
pasado c o n el objeto de a d q u i r i r u n a m a y o r precisión sobre
el presente, según las palabras del maestro José Gaos, para el
cual " n i este presente puede cobrar y lograr l a debida concien-
cia p l e n a de sí m i s m o , sino en y p o r su H i s t o r i a de l a H i s t o r i a
anterior".
Ésta son las guías del Hacia y funcionan como su fundamen-
to. Conviene recapacitar: si e l presente n o se a f i r m a sobre
u n a conciencia de sí m i s m o , que sea plena, n o c u m p l e su
papel e n l a t e m p o r a l i d a d ; n o h a y elección ante l a conciencia,
pues su condición y valor l a hacen debida; el presente cobra
y logra t a l conciencia, n o p o r s i m p l e espontaneidad, sino p o r
encontrarla e n y p o r u n a singular precisión histórica, a l a His-
t o r i a de las Ideas y a l a filosofía de que f o r m a parte, les corres-
ponde aplicar las tesis y darles certidumbre, ya que esa historia
está obligada a revalorar e i n t e r p r e t a r el más p r o p i o pasado a
p a r t i r del más p r o p i o presente y del más p r o p i o futuro.
La h i s t o r i a así requerida dista de ser la h i s t o r i a de los
hechos. E l maestro José Gaos habla explícitamente de hacer
h i s t o r i a debida, obligada, de l a historiografía. Es e l c a m i n o
INTRODUCCIÓN 23

que emprende el Hacia, más aún, l o p r o p o n e como empeño y


p r o g r a m a común a los filósofos l a t i n o a m e r i c a n o s . Recoge las
lecciones de 1952 y 1953, cuando el maestro José Gaos señala
la i m p o r t a n c i a de realizar l a historia de la historiografía latino-
americana.
U n a tarea "decisiva para d e t e r m i n a r los modos e n que se
h a i d o a r t i c u l a n d o nuestra conciencia". C o n otras palabras:
h a y que elaborar l a h i s t o r i a que historea aquello que hemos
ido siendo. Pero l a indicación, a pesar de los años t r a n s c u r r i -
dos n o l a h a c u m p l i d o adecuadamente cada generación. E l
concepto y l a aplicación de l a historiografía como u n cono-
c i m i e n t o de l a H i s t o r i a de las Ideas, y de l a filosofía m i s m a ,
está puesta e n cuestión p o r e l lado del método y p o r el lado
de su contenido. De cierto, e n 50 años se ha practicado u n a his-
toriografía de varias cualidades: h i s t o r i a r l a h i s t o r i a y la filo-
sofía, m o s t r a n d o su existencia y su valor; exponer los hechos
y las razones sobre los cuales se funda l a r a c i o n a l i d a d del
filosofar l a t i n o a m e r i c a n o ; encontrar, bajo u n conocer cierto,
los pasos que h a n i d o construyendo el filosofar; descubrir l a
filosofía que sustentaba el proceso historiográfico; p o n e r de
.manifiesto las varias reconstrucciones que, además de con-
f i g u r a r nuestra h i s t o r i a , i n t e g r a n cada pasado a su respectivo
r presente y futuro. De t a l riqueza se n u t r e el Hacia. Está lejos
de revalorar, o de p e d i r l a revaloración, de pasos enteros. E l i -
ge el que contiene l a reflexión explicativa, t a n t o del proceso
l a t i n o a m e r i c a n o , como de los mecanismos empleados p o r los
intereses sociales p a r a beneficiarse del proceso.

La reconstrucción del pasado


Esta m i s m a labor d e l desarrollo historiográfico i m p u l s a a l
doctor Cerutti a p r o p o n e r h o y u n a reconstrucción de l a his-
toriografía. La l a b o r historiográfica c o n f i r m a que aún n o se
resuelve l a necesidad de alcanzar u n a autoconciencia históri-
ca, capaz de evaluar l o construido p o r l a filosofía, e n función
de l o que se hace a p a r t i r del pensar presente, y del pensar
sobre el hacer l o que se debe e n el futuro. E l autor espera con-
24 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

t r i b u i r a f o r m u l a r el trabajo de u n p r o g r a m a común. Para él


es u n p r o b l e m a decisivo la revisión de l a historiografía, bus-
cando estos fines: m e d i r l a conciencia y l a i n c o n c i e n c i a de l a
h i s t o r i a y d e l m i s m o presente. Descubrir más filosofemas, o
unos pasos más dados p o r l a filosofía, los que corresponden
y son los p r o p i o s de los l a t i n o a m e r i c a n o s , aunque algunos
los t e n g a n como provisionales o de escasa o r i g i n a l i d a d ; sacar
a l a l u z las filosofías, o los supuestos filosóficos, de más cons-
trucciones hechas, m e d i a n t e u n esfuerzo historiográfico más
p u l i d o y fundado; e n f i n , gracias a l esfuerzo historiográfico,
lograr u n a reconstrucción del pasado, t a l que amplíe y e n r i -
quezca los sentidos de ese pasado. La reconstrucción, y e n ge-
n e r a l l a revisión de l a historiografía, devolverán a los l a t i n o -
americanos su h i s t o r i a y les permitirá i n t e g r a r l a a l f u t u r o
que y a v i e n e n " p r e v i n i e n d o " .
Nada menos que de la reconstrucción y l a revisión penden
el tener conciencia histórica, el v a l o r a r l a filosofía practica-
da, el p r e p a r a r e l f u t u r o . Con razón el doctor Cerutti pone las
luces aclaratorias. I n d i c a p o r qué l a h i s t o r i a de l a h i s t o r i o -
grafía es, p o r u n lado, "la cruz de los historiadores" y, p o r otro,
u n a de las labores más decisivas para ajustar el m o d o de hacer
filosofía, esto es, para rescatar el m u n d o y c o n s t r u i r el f u t u r o
y el presente, s i n caer e n l a n o filosofía, sino, a l c o n t r a r i o ,
elaborar b i e n la validez de la dimensión epistemológica y me-
todológica. La filosofía l a t i n o a m e r i c a n a , de t a l modo, c a m b ia
el t r o p i c a l i s m o , de que se le acusa, p o r u n m o d o riguroso de
filosofar.
No el simple trasfondo de la reflexión historiográfica, sino
su f u n d a m e n t o , es u n a concepción operativa de l a h i s t o r i a .
Operativa, porque se concibe sólo respecto a su función e n l a
filosofía y e n l a H i s t o r i a de las Ideas. Desde luego, el Ha c ia
declara i n i c i a l m e n t e l a vinculación entre l a consideración
epistemológica de l a h i s t o r i a y l a dimensión histórica. No se
asume la tesis extremada de que h i s t o r i a r es filosofar, pero
se sostiene la i m p o s i b i l i d a d de la reflexión filosófica para los
latinoamericanos, si ignoran la historia de su filosofar. No ha-
brá avance n i aportación m i e n t r a s desconozcan dónde se en-
c u e n t r a n filosóficamente, y cuáles reflexiones están hechas
INTRODUCCIÓN 25

en el pasado. La filosofía trabaja sobre tradiciones y a p a r t i r de


ellas, "para negarlas, afirmarlas, retocarlas, sostenerlas, mejo-
rarlas, adaptarlas".
Estas líneas c o n t i e n e n u n real a x i o m a para el filosofar la-
t i n o a m e r i c a n o , a veces equivocado, a veces poco seguro de sí
m i s m o , l a m a y o r de las veces n o valorado adecuadamente. No
puede abandonar el c u l t i v o sistemático de l a h i s t o r i a , t a n t o
e n el área de la filosofía, como e n l a H i s t o r i a de las Ideas F i -
losóficas, pues n o acepta l a marginación, la minusvaloración,
el desconocimiento. Cuando ejercite l a h i s t o r i a conocerá el
papel c u m p l i d o p o r la reflexión, esto es, se conocerá a sí m i s m o
y sabrá cómo valorarse ante sí y los demás. La h i s t o r i a , pues,
p e r m i t e a l l a t i n o a m e r i c a n o rehacerse segiin el más p r o p i o
presente filosófico y el más p r o p i o pasado, también filosófi-
co. D e l a x i o m a nace el postulado: si h a y c o n o c i m i e n t o de l a
filosofía y de la His t o r i a de las Ideas, p o r eso se sabrá, a l menos,
qué hacer para tenerlas a ambas.
La i m p o r t a n c i a m a y o r concedida a l a conciencia históri-
ca n o se acompaña de u n a teoría. Más b i e n se procede p e n -
saiido que la conciencia "elabora el ser que c o n d i c i o n a " a l a
filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . Lo cual n o trae u n a abertura a l
idealismo i n g e n u o , sino la advertencia de que t a n t o la filoso-
fía, como l a H i s t o r i a de las Ideas Filosóficas, están insertas e n
el proceso de t e m p o r a l i d a d , que da i n i c i o c o n el presente
hacia el pasado y el futuro. Caben dos indicaciones: p r i m e r a ,
t a l advertencia l i b e r a de los extremos de u n a i m p o s i b l e n e u -
t r a l i d a d y de u n actuante h i s t o r i c i s m o clásico, dejando a salvo
el carácter dinámico y variable de l a h i s t o r i a . Lo segundo,
o r i g i n a d o p o r ese carácter, es la m e n c i o n a d a necesidad de re-
c o n s t r u i r l a h i s t o r i a . Si l a reconstrucción apareció como i n -
dispensable para revisar l a historiografía, ante l a h i s t o r i a l a
reconstrucción se i m p o n e c o n u n a necesidad total. Precisamen-
te l a nota, que se autoasigna el Hacia, consiste e n "la tarea de
l o g r a r l a visión del pasado que nos compete c o n s t r u i r " desde
el presente. Cada generación ve y entiende su p r o p i o pasado,
sus relaciones c o n el todo de la h i s t o r i a , su m a t e r i a l i d a d con-
creta, su p o t e n c i a l i d a d y sus matices cambiantes. Así l o ejecu-
ta para encontrarse y ser ella m i s m a .
26 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

H a y que r e i t e r a r u n poco el c i m i e n t o del Hacia, el cual es


nada menos que l a reconstrucción histórica. E l presente con-
sigue dar solución a sus inquietudes y su problemática urgen-
te, sólo cuando se conoce a sí m i s m o c o n p l e n i t u d . Pues b i e n ,
es creencia y d o c t r i n a que esto se logra c o n la l u z del pasado,
pero a l pasado lo vemos, le preguntamos, lo cuestionamos desde
el presente. Cada generación entiende a su p r o p i o pasado. Por
eso se habla c o n p r o p i e d a d de encontrarse y se p l a n t e a h o y ,
c o n la H i s t o r i a de las Ideas, l a reconstrucción. E l autor con-
sidera el c o n s t r u i r y el r e c o n s t r u i r como dos operaciones es-
peculativas; c o m i e n z a n n o siendo y t e r m i n a n siendo clara-
m e n t e prácticas. Sólo existen cuando h a y problematización,
tematización, historización. E n vista de todo l o cual el autor
r e i n t e r p r e t a , "retocar" dice, l a fórmula clásica del maestro
José Gaos. La reconstrucción n o significa negar nuestro pasado,
para, entonces, rehacernos según u n presente extraño. Signifi-
ca reconocer nuestro pasado más p r o p i o para comprendernos
en el presente con " u n pasado vivo", en la medida en que nos per-
tenece "y n o h a sido realizado" todavía.
A u n q u e el doctor Cerutti se vale del término r e c o n s t r u i r
para n o m b r a r l a obra del filósofo en las tres temporalidades,
de seguro p o r autorizarlo grandes historiadores, c o n todo, está
como respaldo el término rehacer, vuelto f a m i l i a r entre no-
sotros p o r el maestro José Gaos. Los dos parecen sinónimos
y alcanzan a serlo en los d i c c i o n a r i o s . E n p u n t o a las tempo-
ralidades sus significaciones d i f i e r e n . Reconstruir especifica
la idea de volver a e r i g i r , a edificar, a fabricar l a historia, a l a
m a n e r a de u n objeto m a t e r i a l ; rehacer el pasado da idea de
volver a p r o d u c i r y darle el p r i m e r ser a l a historia, dándole la
f o r m a y l a traza que le sea p r o p i a y debida. H a y razón para
complementar u n término c o n otro, sobre todo cuando el autor
asume l a afirmación que el maestro Gaos, allá e n los finales
de los cuarenta, escribe sobre su discípulo Leopoldo Zea, a l cual
valora a l t a m e n t e p o r n o negar e l pasado, l o que llevaría a
rehacerse según el pasado y presente extraños, y p o r recono-
cerlo y practicar c o n él u n a verdadera Aufhebung, e n el t r i p l e
sentido de l a supresión de l o n o reconocible, de "conservación"
de l o reconocido como subsistente, de "elevación" de lo recono-
cido p o r valioso. Así las ideas construcción-reconstrucción.
INTRODUCCIÓN 27

La racionalidad de la utopía
El presente y el pasado, las temporalidades sobre las que el
Hacia m e d i t a para dar r a c i o n a l i d a d a l a revisión historiográ-
fica, exigen l a otra t e m p o r a l i d a d : el futuro. Ese futuro que
sueñan despiertos los l a t i n o a m e r i c a n o s y que n o h a n p od id o
cancelar el e x i l i o , l a t o r t u r a , las amenazas, el genocidio, las
invasiones e intervenciones, l a propaganda s u b l i m i n a l . Juzga
b i e n el autor el sentido de l a h i s t o r i a l a t i n o a m e r i c a n a , pues
l o i m p u l s a la certeza de que los h o m b r e s concretos, "de carne
y hueso", e n busca de su más p r o p i o presente y futuro, " n o
q u i e r e n n i p u e d e n r e n u n c i a r a su pasado". Esta n o t a funda-
m e n t a l del l a t i n o a m e r i c a n o de ansiar l a construcción del f u -
t u r o , i m p e r a n d o l a a c t i t u d emotiva, t i e n e su p o s i b i l i d a d real
e n l a construcción del presente y el pasado. E l f u t u r o t o m a
así el rostro de u n a utopía r a c i o n a l . U n a utopía, s i n lugar aún
c o m o l o dice el n o m b r e , pero n o s i n concepción, pues el Ha-
cia, alimentándose de u n a h i s t o r i a utópica, contiene los ele-
mentos de u n a utopía l a t i n o a m e r i c a n a . La reconstrucción
del más p r o p i o pasado y del más p r o p i o presente a f i r m a la
construcción del futuro.
El u t o p i s m o , que el Hacia razona c o n u n a t e m p o r a l i d a d ,
pertenece a l u t o p i s m o h u m a n o , bajo cuyo signo nace y h a
existido l a América Latina. La h i s t o r i a de esta América es u n a
cadena de utopías y es, también, u n a l i m e n t o a l u t o p i s m o h u -
m a n o . A h o r a Latinoamérica es el lugar, el topos, dónde debe
realizarse l o que todavía n o t i e n e lugar. Se trata de u n a r e a l i -
zación necesaria: el filósofo ve y sabe que el h o m b r e , para su
conservación y desarrollo, necesita otro lugar.
La utopía así pensada es u n a construcción c o n materiales
históricos. E n el pasado v i v o y e n el déficit del presente so-
bresalen los sueños n o c u m p l i d o s , tantos y tantos anhelos:
dolores, quejidos y esperanzas reclaman satisfacción; exigen los
sueños soñados e n v i g i l i a u n m u n d o mejor. ¿Para qué con-
tar? ¿Para qué recordar a quienes p u s i e r o n acciones ejempla-
res e n el i n t e n t o de alcanzar los sueños? E l a u t o r los trae se-
lectivamente a l a m e m o r i a c o n el propósito de c o n t i n u a r sus
acciones. No i m p o r t a pensar e n programas, si t a l es u n m o d o
28 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

nuestro de expresarnos y si ellos se o r d e n a n a l a acción. I m -


porta de veras n o seguir a Platón c o n su utopía "del orden r i g u -
roso de l a planificación". La utopía, que h o y se i m p o n e , deben
c o n f i g u r a r l a hombres "solidarios", movidos p o r l a j u s t i c i a ,
esforzados p o r n o aceptar l a negación del h o m b r e y de l a vida
a todos los niveles. Otra característica le adviene a l a utopía
p o r nacer del pasado m i s m o , de l o que Mariátegui llamó en-
traña de l a realidad. Los sueños sueñan l a realidad, l a utopía
busca u n lugar, la utopía es "realista". Mariátegui puede f o r m u -
l a r l a c o n las ideas-palabras de Vasconcelos: "pesimismo de la
realidad y o p t i m i s m o del ideal".
El filósofo l a t i n o a m e r i c a n o merece el n o m b r e de utopis-
ta, cuando ve u n a realidad p o t e n c i a l , u n a r e a l i d a d superior
por realizar u n m u n d o otro, alternativo, diferente. La concien-
cia t e s t i m o n i a l a visión desde l a época p r e c o l o m b i n a . Aquí
está el deber del filósofo: deber, n o de i n t e r p r e t a r la realidad,
aunque se supone; deber de t r a n s f o r m a r l a . Esta expresión,
recordatoria de Marx, n o i n d i c a otra cosa sino que a l filósofo
compete f o r m a l m e n t e c o n s t r u i r el c a m i n o para l a realización
de los sueños, mientras l a realidad le i m p i d e d o r m i r y l o empu-
j a a soñar despierto. La utopía suya existe, porque trabaja sis-
temáticamente para realizar e l sueño; n o , de m a n e r a simple,
porque sueñe. E l filósofo trabaja p o r construir la realidad ideal.
Nace de i n m e d i a t o l a pregunta: ¿cómo colaborar e n l a
construcción de ese otro m u n d o e n Latinoamérica? Atrás se
habló del c o n o c i m i e n t o del más p r o p i o pasado, del más pro-
p i o presente y del más p r o p i o futuro. A h o r a se dicen varias
cosas n o soslayables: u n a , si la filosofía l a t i n o a m e r i c a n a me-
rece serlo, como l o ha merecido en tiempos anteriores, n o tiene
a l t e r n a t i v a de "articularse a la p r a x i s del pueblo"; "está o b l i -
gada a reflexionar, a p a r i r categorías", que, de acuerdo c o n l a
práctica del maestro José Gaos y sus discípulos, e x p l i q u e n los
hechos, c o m p r e n d a n e l proceso de l a realidad, r o t u r e n los ca-
m i n o s para t r a n s i t a r r u m b o a l a solución. Dos, n o c o n s t r u i r
en el aire; c o n s t r u i r l a construcción liberadora, "el parto his-
tórico", que estamos vien^P, "si l o queremos ver", "a l o Nica-
ragua, a l o E l Salvador". Esto n o significa aplicar l a H i s t o r i a
de las Ideas bajo l a perspectiva de la liberación. T a l i m p l i -
INTRODUCCIÓN 29

caria a n u l a r l a advertencia p r i m e r a ; implicaría, además, dijo


el autor en 1982, " u n a torsión" a l trabajo de pensar nuevas ca-
tegorías. Tres, n o plantearse, a l modo de Heráclito, "la posibi-
l i d a d de l o i m p o s i b l e o de l o inesperado"; más b i e n , tener u n a
fe estable e n las finalidades y valores de Latinoamérica,
como también p e r c i b i r l a esperanza a m p l i a d a de ella, y, a
p a r t i r de allí, emplear la H i s t o r i a de las Ideas Filosóficas, u n a
d i s c i p l i n a que n o descubre problemas indisolubles, sino
encuentra l a solución de los problemas, c o n l a condición de
que sean debidamente problematizados. Cuatro, echar m a n o
de nuestra heredad, l a tradición h u m a n a , filosófica, científi-
ca, técnica y política p a r a pensar el f u t u r o desde l a realidad,
p a r a c o n s t r u i r l o esforzadamente. E l doctor Cerutti confía: n o
habrá poder que i m p i d a l a obra del h o m b r e latinoamericano, a
q u i e n Mariátegui l l a m a " h o m b r e m a t i n a l " .

El método necesario
Todo lo pensado hasta aquí se desvanecería como u n a sombra,
de carecer los filósofos l a t i n o a m e r i c a n o s de u n método, que
sea u n a especie de i n s t r u m e n t a l adecuado. E l b u e n método es
requisito esencial de todo b u e n filosofar. La h i s t o r i a de l a f i -
losofía entera, viéndola desde Platón hasta Descartes, K a n t y
l a analítica actual, vuelve irrecusable l a afirmación de que n o
existe filosofía s i n el método proporcionado a l filosofar corres-
p o n d i e n t e y, p o r eso, sea el i n s t r u m e n t o para llevar a cabo
dos acciones decisivas: m e d i t a r sobre el objeto y c u m p l i r l a
f i n a l i d a d d e l m i s m o . Objeto, f i n a l i d a d y método son las con-
diciones del todo necesarias para que haya filosofía.
Precisamente esta convicción explica p o r qué la h i s t o r i o -
grafía, esa explicada ya, esté e n problemas: n o tiene n i l a ca-
pacidad n i l a p o t e n c i a l i d a d de construirse y reconstruirse a
sí m i s m a , p o r carecer del método adecuado. E l Hacia entero
se d i r i g e a exponer el p r o b l e m a y a r e fl e x i o na r sobre e l sta-
tus historiográfico y sus razonables c a m i n o s de solución. No
hay lugar para las dudas. U n a de las dificultades mayores, que
afronta l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a , "es l a carencia de u n a
30 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

metodología que le p e r m i t a r e c o n s t r u i r su tradición y esta-


blecer dónde se encuentra". Las operaciones de c o n s t r u i r y
r e c o n s t r u i r n o pueden llevarse a término. Se entiende que los
filósofos, preocupados p o r l a h i s t o r i a de la filosofía y p o r la
H i s t o r i a de las Ideas Filosóficas, a p u n t e n siempre c o n t r a "la
espinosa cuestión de l a metodología". Por n o resolverla c o n
p r o p i e d a d l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a n o adquiere su carác-
ter de constructora e n n i n g u n a de las tres temporalidades: el
pasado, el presente y el futuro. No está capacitada para rehacer
el presente desde el más p r o p i o pasado, n i para rehacer el fu-
t u r o desde el más p r o p i o presente. La carencia, p o r lo tanto, de
u n a metodología historiográfica i m p i d e penetrar e n "Nuestra
América", e, igualmente, d e f i n i r l o que esta América debe ser.
La situación enunciada es grave, pues a n u l a l a existencia
de l a filosofía y, a l i n t e r i o r suyo, de la H i s t o r i a de las Ideas.
He aquí el talón de Aquiles del filosofar l a t i n o a m e r i c a n o . Hay,
ciertamente autores y obras significativas, p o r su número y
p o r sus cualidades, que d a n v i t a l i d a d a unas reflexiones b i e n
comprendidas p o r el vocablo pensamiento. Para referirse a
casos concretos, el Hacia revalora las c o n t r i b u c i o n e s de José
Gaos y sus discípulos, i n c l u i d o el que formó más maestro a l
maestro, Leopoldo Zea, cuyo Positivismo en México (1943)
prosigue su válida enseñanza sobre cómo investigar e n l a
H i s t o r i a de las Ideas. Pero el doctor Cerutti da u n paso más:
busca u n filosofar r a c i o n a l , a l que n o e x c l u y a n fácilmente de
la filosofía los cultivadores de u n a filosofía more scientifico.
El tema, p o r l o demás, pertenece a quienes se o c u p a n e n pen-
sar la filosofía l a t i n o a m e r i c a n a como filosofía estricta. Con
ellos el autor c o m p o n e u n esquema sobre l a metodología de
la historiografía l a t i n o a m e r i c a n a .
El esquema tiene más valor como t e s t i m o n i o de que n o
existe l a metodología adecuada y que, sobre todo, h a llegado
la h o r a de enfrentarse c o n t a l problemática. De allí que, te-
niéndolos como sustrato, no haga consideraciones reflejas sobre
el p e n s a m i e n t o y l a práctica del maestro José Gaos y de sus
discípulos, directos o indirectos de los años cincuenta a nues-
tros días. Por otra parte, el doctor C e r u t t i sigue l a enseñanza
del maestro escrita e n 1952: revisar la H i s t o r i a de las Ideas y
INTRODUCCIÓN 31

hacerla partícipe de la h i s t o r i a , revisada también, de la ñlo^


sofía. Puede, a l servicio de su propósito, r e i n t e r p r e t a r los aná-
lisis del panameño Ricaurte Soler, q u i e n en 1975 valora dos his-
toriografías de inspiración materialista. Una, válida en los años
cuarenta y cincuenta, emplea el m a r x i s m o , aunque c o n igno-
rancia de la realidad económica; piensa u n a h i s t o r i a específí-
ca de Latinoamérica y, p o r ello, escapa del "reflejismo" de
otras culturas, bajo el cual solía considerarse la historia lati-
noamericana. A estas virtudes añadía el defecto de singularizar
la o r i g i n a l i d a d l a t i n o a m e r i c a n a y , en consecuencia, cerrar las
puertas a la universalidad. La otra, vigente en los años sesenta
y setenta, adquiere su sentido de l a teoría sociológica del
desarrollo, según la cual l a h i s t o r i a ideológica pertenecía a l a
p e r i f e r i a de las naciones avanzadas y, a l a vez, expresaba el
subdesarrollo y la dependencia respecto del centro capitalista.
No tomaba e n cuenta el carácter dialéctico de l a realidad y
concebía u n a historiografía exclusiva de objeto u n i v e r s a l .
Semejante esfuerzo historiográfico logra d i s t i n g u i r y, más sig-
n i f i c a t i v o , m o s t r a r l a i d e n t i d a d específica de l a historiografía
l a t i n o a m e r i c a n a , su periodización, su valor. Sin embargo, el
radio y la p r o f u n d i d a d de su i n f l u e n c i a fueron limitados,
debido a l hecho de que en esos tiempos era poco aceptable
u n a lectura materialista de l a H i s t o r i a de l a Ideas.
El m i s m o Ricaurte Soler analiza u n a tercera corriente,
p o r la cual resulta escasamente i n t e l i g i b l e la historiografía de
l a H i s t o r i a de las Ideas. La o r i g i n a l a obra de Leopoldo Zea, El
positivismo en México, publicada en 1943. E n ella se v i o de i n -
mediato el m o d e l o de l a H i s t o r i a de las Ideas, u n modelo que
perdura hasta nuestros días, aunque según Ricaurte Soler, Leo-
poldo Zea conciba las ideas c o m o los medios que usa la b u r -
guesía para alcanzar u n poder hegemónico. A cambio de esta
l i m i t a n t e se reconoce a Zea, p o r su condición de p i o n e r o del
h i s t o r i c i s m o l a t i n o a m e r i c a n o , u n a presencia operativa hacia
el ser histórico, hacia la realidad latinoamericana. I r a la reali-
dad nuestra es todavía n o r m a , que i m p i d e hacer ideas a par-
t i r de las ideas. U n a n o r m a bastante útil. E l modelo, j u n t o c o n
los esforzados frutos producidos, debe ser retomado h o y como
32 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

^una especie de "consigna" que se enfatice, estudie a p r o f u n -


didad, se agudice, se le descubran sus problemas.
Las notas sobre la metodología historiográfica p o n e n de
m a n i f i e s t o que h a llegado l a h o r a de activar u n p r o g r a m a
de reconstrucción de l a historiografía l a t i n o a m e r i c a n a . Lógi-
camente el p u n t o número u n o será l a revisión de l a H i s t o r i a
de l a Historia, esto es, l a historia de la historiografía, de l a cual
n o existe u n estudio sistemático. Otro p u n t o se refiere a l a
p r o p i a historiografía y su método, l o que es el propósito del
autor y su obra.
El Hacia contiene unos r a z o n a m i e n t o s y u n a metodolo-
gía historiográfica, que r e s u l t a n d e l p e n s a m i e n t o y las prác-
ticas y a respaldadas p o r e l uso, pero también p e r f i l a unas
soluciones constructivas, fructíferas. No propone, n i anda en pos
de ella, l a solución teórica de l a metodología. Como e n otros
casos, huye de los extremos consistentes en u n a simple experien-
cia o en u n a teoría a la manera kantiana. Para u n a experiencia
s i m p l e bastaría c o n r e c o n s t r u i r l a h i s t o r i a económica, políti-
ca y social, y, luego, a r t i c u l a r l a c o n l a H i s t o r i a de las Ideas.
T e m e el autor que este paso, de suyo i m p r e s c i n d i b l e , sea p o r
ahora l a salida posible, porque el c o n o c i m i e n t o actual n o pro-
vea mejores elementos. Empero, n o satisface a quienes, desde
l a teoría, busquen "algo así como u n a explicación". Tener mé-
todo n o es, preferentemente, a s i m i l a r materiales de otros cam-
pos; tampoco aplicar u n a serie de reglas a l filosofar, sino d i r i g i r
las reflexiones c o n f o r m e a p r i n c i p i o s , a u n objeto, a u n a f i -
n a l i d a d , e n suma, a u n a filosofía de l a filosofía.
Esta concepción de l a metodología nos coloca, n i más n i
menos, a l frente las soluciones ejemplares de Descartes, de
Kant, de Heidegger. S i n embargo, l a preocupación metodoló-
gica n o sigue, acéptese p o r lección, las fundamentaciones de
l a Crítica de la razón pura. La problemática planteada está,
de cierto e n e l espíritu k a n t i a n o , mas n o e n l a letra. Explíci-
t a m e n t e el Hacia excluye u n p l a n t e a m i e n t o k a n t i a n o , porque
n o se ocupa de investigar las condiciones de p o s i b i l i d a d de l a
metodología historiográfica, si b i e n esta d o c t r i n a puede ser
aprovechada a l desarrollar l a teoría p e r t i n e n t e . Más b i e n e l
propósito es c o m p r e n d e r e i n t e r p r e t a r las experiencias l a t i -
INTRODUCCIÓN 33

noamericanas y , c o n ellas y desde ellas, conceptualizar u n a


metodología, "avanzar e n los niveles de c o n c i e n c i a y del p e n -
sar", señala el autor, de m a n e r a que se recojan las experiencias
concretas y se confecciones u n a explicación. Esto pide u n de-
sarrollo y u n a fundamentación que, p o r cierto están e n l a i n -
tención del autor.
Los.dos últimos párrafos m e r e c e n más atención, pues de
ellos se deducen pareceres contrarios. Por u n a parte, l a me-
todología requiere u n a teoría y debe acompañarse de u n a ex-
plicación: p o r otras, su m a t e r i a l de comprensión, de i n t e r p r e -
tación son las experiencias l a t i n o a m e r i c a n a s concretas; p o r
Una tercera, l a metodología a d q u i r i d a funcionará c o m o u n
concepto, que se predique de la experiencia y o r i g i n e l a expli-
cación necesitada. Las tres instancias son fundamentales p o r
constitutivas.

La metodología epistemológica
A raíz de tales consideraciones e l doctor Cerutti va soltando e n
cada monografía los elementos de u n a posición teórica b i e n
definida. La piedra angular n o es otra que l a incorporación del
pensar epistemológico a l a obra historiográfica de l a filoso-
fía. Precisamente l a cuestión metodológica se resuelve c o n l a
constitución y el c u l t i v o de u n a filosofía epistemológica. La
cual requiere varios deslindes: n o pensar el p r o b l e m a meto-
dológico como autónomo, sino determinado (¿acaso únicamen-
te condicionado?) p o r l a naturaleza epistemológica de l a filo-
sofía; si l a filosofía, de l a cual pende l a historiografía, es, y a
esto se i n c l i n a el doctor Cerutti, " u n m o m e n t o dentro del discur-
so y l a práctica de l a ciencia social", o si prevalece l a filoso-
fía idealista, caracterizada p o r su intervención política bur-
guesa. Difícil seguir esta " a l t e r n a t i v a epistemológica", n o obs-
tante que sea u n a obligación apropiarse de l a intención reite-
rada: asegurar l a calificación a l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a
de filosofía r a c i o n a l m e n t e metódica.
A l g o semejante ocurre c o n u n tercer deslinde, c o n f o r m e
a l cual l a p u r a especulación n o está e n condiciones de "apor-
34 RAFAEL MORENO MONTES DE OCA

tar algo a las urgencias actuales"; pero, e n cambio, l a filosofía


es aportativa cuando ella resulta de reflexionar sobre aquellas
prácticas filosóficas que sean experiencias valiosas. Que u n a
metodología t a l sea r a c i o n a l y n o i m a g i n a t i v a , n o cabe duda,
y ta mpo co cabe duda de que l o expuesto lleva consigo severas
cuestiones, para las cuales n o h a y espacio e n l a obra.
Se h a n expuesto las finalidades de l a metodología y se
h a n encontrado cuestiones claves p o r resolver. E l a u t o r las
e n u n c i a y sólo trata c o n alguna extensión el asunto de l a ex-
periencia, o, p o r así decir, d e l o r i g e n de l a metodología. Dos
tesis son d e f i n i t o r i a s : "la metodología n o puede proponerse a
priori o c o n carácter n o r m a t i v o " ; l a metodología "surge del
proceso de reflexión teórica sobre los materiales". Juntas
estas tesis v i e n e n a ser como u n a culminación de u n discur-
so suficientemente elaborado, si b i e n n o plantea u n a i n t e r r o -
gación k a n t i a n a . Empero, las dos tesis d a n l a a p a r i e n c i a de
n o poder existir j u n t a s , pues semejan u n a oposición. ¿La re-
flexión teórica sobre los materiales n o t i e n e como soporte
u n a a cti vida d a priori? ¿No acaso l a metodología debe ser, e n
última i nsta ncia , u n a explicación, vale decir, u n a teoría com-
puesta p o r u n a visión global y fundada teóricamente?
A estas preguntas embarazosas responde el Ha c ia de dos
modos, válidos cada u n o p o r su lado, si las respuestas se p i d e n
donde se debe, en la investigación historiográfica, p r o p i a de l a
H i s t o r i a de las Ideas. La vía abierta p o r e l maestro José Gaos,
de l a teoría a los textos, de los textos a l a teoría, l a reencuen-
t r a e n Fierre V i l a r , cuando i n d i c a atender a l doble m o v i m i e n -
to "que va de l a investigación a l a teoría y de l a teoría a los
casos". La d o c t r i n a se t o r n a concreción aclaradora precisa-
m e n t e a l aplicarse a l campo de l a investigación. Esa concre-
ción n o sólo d i r i g e l a organización de los materiales e n t o r n o
a u n a significación concreta; también le presta, a m a n e r a de
i n s t r u m e n t o s , conceptos que a l i n i c i o d i c e n l a significación
y el v a l o r de los materiales p o r investigar. Simultáneamente
los materiales m i s m o s d i c e n su sentido, el significado que les
da experiencia, l a f i n a l i d a d que los u n i f i c a , las categorías que
los e x p l i c a n . Como que los materiales cobran, p o r así decir,
el papel de u n a teoría m o d i f i c a d o r a de l a teoría i n i c i a l .
INTRODUCCIÓN 35

T a l integración de teoría y de textos-casos e n l a investi-


gación vuelve ociosas las cuestiones sobre l a d o c t r i n a como
antes y los textos como u n después. Pero vuelve i n t e l i g i b l e
que cuantas dificultades teórica y metodológicas surjan e n l a
investigación, n i pueden resolverse antes de ella, n i pueden
convertirse e n l a n o r m a t i v i d a d de l a práctica historiográfica.
La primacía, p o r l o t a n t o , n o pertenece a la teoría, sino a los
p r o b l e m a s percibidos e n l a investigación y su práctica. La
primacía empírica i m p i d e que e n l a investigación se p r a c t i -
que u n a metodología, que sea u n a mezcla, s i n orden, de lo
empírico y l o especulativo. No h a y u n a parte empírica deri-
vada de l a investigación y otra parte especulativa, s i m p l e m e n -
te j u n t o a ella. Los materiales t o m a n , e n l a investigación, el
papel de fundamentos empíricos d o m i n a n t e s . Lo cual se re-
vierte sobre l a conceptualización, pues más que ser u n análi-
sis c o n f o r m e a los materiales, es u n análisis t a l p o r e l t i p o de
materiales. Pero n o desaparece l a a c t i v i d a d de l a teoría, del a
priori; sólo que n o resuelve las dificultades de l a investiga-
ción, o n o las resuelve n i d e f i n i t i v a m e n t e n i t o t a l m e n t e . Las
dificultades de l a investigación " n o se pueden superar sólo
especulativamente"; adquieren clarificación p o r la conceptua-
lización que hacen posible los materiales. De los materiales
desordenados va l a investigación a la conceptuación de los mis-
mos y, luego, vuelve de los conceptos a los materiales. Lo cual
p e r m i t e a f i r m a r que l a fórmula de conciliación entre teoría
y textos, entre especulación y datos empíricos, n o echa p o r
t i e r r a l a idea c e n t r a l : los problemas medulares de la metodo-
logía n o son resueltos p r e v i a m e n t e a las investigaciones, sino
e n l a realización de ellas.
E l p l a n t e a m i e n t o de u n a metodología epistemológica está
ciado. A c u d e n a l a m e n t e temas p o r explicar, p u n t o s cuestio-
nables, tesis discutibles. E l H a c i a i n c i t a a l a reflexión sobre
ellos. Mientras t a l cosa acontezca, existe la certeza m o r a l de que
semejante metodología es valiosa, p o r cuanto gracias a su apli-
cación l a H i s t o r i a de las Ideas c u m p l e sus fines particulares;
p o r cuanto, también, p r o p o r c i o n a a l a H i s t o r i a de las Ideas u n
carácter de rigurosa filosofía, u n carácter de p l e n a r a c i o n a l i -
dad. Cuando se a n u n c i a atrás que la argumentación metódi-
36 RAFAEL M O R E N O MONTES DE O C A

ca n o era kantiana, se contrajo el c o m p r o m i s o de levantar u n a


metodología diferente de l a p u r a : n o referida a las formas, o
reglas generales, de l a razón m i s m a , sino creada e n función
del objeto, n o válida p o r su deber ser, sino p o r su función ante
los hechos históricos. La respuesta, como se advierte, existe y a
en el Hacia.
Bajo semejante delimitación el Hacia se ocupa l a r g a m e n -
te de los problemas fundamentales en l a H i s t o r i a de las Ideas.
U n o a u n o v a n saliendo a l a l u z los problemas metodológicos,
aquellos específicos del logos, n o de la técnica, de l a investiga-
ción. Son explicados, se n a r r a n sus expectativas y probables
desvíos, se m i d e n su valor y alcance. Allí están para que los
estudiosos los aprovechen a l relevar y r e c o n s t r u i r l a H i s t o r i a
de las Ideas.
De m o m e n t o es b u e n o presentar c o n el autor tres aspec-
tos de consideración general. Sea u n o : el objeto, o p u n t o de
p a r t i d a n o es s i m p l e m e n t e l a realidad, porque ella "jamás" es
accesible de m o d o i n m e d i a t o . La m e d i a t i z a siempre u n l e n -
guaje, que, p o r u n lado es u n a construcción histórica a través
de varios lenguajes y , p o r otro, es manejado p o r e l agente
histórico, e l investigador, e l cual t i e n e l a capacidad de leer
lenguajes y es autor de algunos. La metodología supone así l a
l l a m a d a teoría del texto. Sea dos: l a relación entre los objetos
o series l i t e r a r i a , artística, político-social. No basta r e m i t i r
presuntos hechos artísticos a los sociales. E l asunto es l a v i n -
culación de estas series c o n los objetos-ideas de l a H i s t o r i a de
las Ideas. Sea tres: las series deben tratarse y n o e n abstracto,
debido a l a naturaleza m i s m a de l a H i s t o r i a de las Ideas; esto
significa u n a necesaria regionalización para elaborar l a his-
t o r i a ideológica. Evitando l a a r b i t r a r i e d a d y l a división políti-
ca de los países, h a de trabajarse sobre áreas y asumirse l a pro-
blemática de cada u n a . Los tres aspectos d a n expresión a ver-
daderos problemas, radicales, de cuya consideración p os it iv a
depende, aunque n o sólo de ellos, el carácter metódico de la His-
t o r i a de las Ideas, Lo que equivale a "avanzar e n l a generación
de u n riguroso discurso p r o p i o , que exprese nuestra realidad".
Aquí t e r m i n a l a p r i m e r a parte de l o que podría llamarse
fundamentos y concepción de l a metodología de l a H i s t o r i a
INTRODUCCIÓN 37

de las Ideas. E l doctor Cerutti prosigue a l a segunda sobre los


métodos de l a H i s t o r i a de l a Filosofía, a los cuales analiza,
dentro del n i v e l l a t i n o a m e r i c a n o , para advertir l o que ofí-e-
cen o pueden ofí"ecer a l a metodología, y a l a enriquezcan, y a
l a a r t i c u l e n c o n otras racionalidades. E l tema c e n t r a l de l a
metodología es u n t e m a autónomo, pero n o desarticulado, n i
menos e n f o r m a i n d e p e n d i e n t e de u n a idea de l a filosofía y
de u n propósito filosófico. Los supuestos sobre los cuales des-
cansa l a metodología, de los cuales t o m a su p u n t o de p a r t i d a ,
a los cuales vuelve u n a y otra vez, son: el objeto de filosofar
es e n el sentido estricto l a t i n o a m e r i c a n o , o sea, los proble-
mas l a t i n o a m e r i c a n o s ; existe l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a , l a
cual es verdadera filosofía, bajo e l c r i t e r i o y el ejemplo de los
antiguos; n o basta, n i puede ser el ideal, el s i m p l e filosofar
sobre objeto l a t i n o a m e r i c a n o , pues se requiere de m o d o ne-
cesario filosofar c o n técnica, c o n método, de acuerdo c o n p r i n -
cipios y categorías, aunque h a l l a exponentes que n o sigan el
r i g o r filosófico; l a metodología p o r d e f i n i r es de índole epis-
temológica y p o r eso es u n a metodología r a c i o n a l , de r i g o r
filosófico, c o n f u n d a m e n t o real; l a metodología h a de colabo-
r a r a establecer, dentro del campo de l a H i s t o r i a de las Ideas,
la filosofía estricta, l a necesitada p o r Latinoamérica y su si-
tuación de subdesarrollo, l a u r g i d a p o r sus pensadores saté-
lites y su vida dependiente; l a metodología h a de p o n e r a los
l a t i n o a m e r i c a n o s e n el c a m i n o de u n discurso p r o p i o , e l que
exprese sus problemas y los resuelva; l a metodología será
apropiada para t r a n s f o r m a r a los l a t i n o a m e r i c a n o s y su rea-
lidad, e n el sentido de su deseada utopía. Puntos expresables
brevemente a l decir que l a filosofía auténtica es la búsqueda
del ser p r o p i o , si b i e n n o se trata del ser o r i g i n a l . De acuerdo
con l a tradición l a t i n o a m e r i c a n a y e n especial l a m e x i c a n a
de Caso y Samuel Ramos, n o se afana el autor p o r l a o r i g i n a -
l i d a d t a n buscada e n los últimos tiempos. La o r i g i n a l i d a d se
da p o r añadidura, a f i r m a el Hacia, sí el filosofar es auténtico.
Esta edición

• _ _ _ ^ M Í Í ^ A R es siempre difícil. Esta segunda edición se jus-

• ^ É f c a p o r dos motivos. P r i m e r o , l a edición realizada


« Í Í M J L . ha^^teás de 10 años está completamente agotada y si-

t e siendo requerida. Es l a motivación más importante. Pero,


y u n segundo e ineludible m o t i v o y es el valor simbólico que
puede conservar u n texto que se pensó para i n i c i a r u n a colec-
ción c o n las mismas características de l a que h o y i n i c i a m o s .
Ya e n 1984, cuando firmé l a justificación de l a p r i m e r a edi-
ción, hacía algunos años que veníamos i n t e n t a n d o contar
c o n u n a colección e n l a que se p u d i e r a n presentar los resul-
tados de l a reflexión filosófica l a t i n o a m e r i c a n i s t a de u n a
f o r m a digna; sacándolos de su relativa m a r g i n a l i d a d y colo-
cándolos e n e l centro del debate contemporáneo. Queríamos
c u m p l i r , salvadas las distancias, u n a función semejante a l a
que en sus inicios cumplió la colección Tierra F i r m e del Fondo
de Cultura Económica, donde se d i e r o n a conocer algunos de
los esfuerzos pioneros p o r c o n s t i t u i r u n a h i s t o r i a de las ideas
filosóficas en l a región l a t i n o a m e r i c a n a y caribeña. Por razo-
nes ajenas a l a v o l u n t a d de los involucrados l a colección pla-
neada para continuarse a p a r t i r de 1986 se quedó sólo e n este
v o l u m e n . S i n embargo, m a n t e n g o u n acendrado reconoci-
m i e n t o a Raúl Padilla López, entonces alto f u n c i o n a r i o de l a
U n i v e r s i d a d de Guadalajara de l a que después sería Rector, y
a M a n u e l Rodríguez Lapuente, e n ese entonces D i r e c t o r de l a
Facultad de Filosofía y Letras de l a m i s m a u n i v e r s i d a d jalis-
[39]
40 HORACIO CERUm GULDBERG

cíense, p o r su comprensión y apoyo decidido a este proyecto.


Siempre t u v i m o s conciencia de que l a creatividad filosófica y
la p r o d u c t i v i d a d i n t e l e c t u a l están íntimamente unidas a dos
condiciones indispensables, aunque seguramente n o suficien-
tes: grupos de interlocución adecuados y difusión o p o r t u n a a
través de publicaciones dignas y, e n estos tiempos, habría que
aspirar a l l i b r o electrónico y a l a b i b l i o t e c a v i r t u a l . Condicio-
nes sine qua non p a r a poder avanzar e n u n esfuerzo concep-
t u a l a c u m u l a t i v o y autocrítico. T u v i m o s que esperar más de
10 años para reconsiderar e l proyecto. Y encontramos e n e l
apoyo de H u m b e r t o Muñoz García, Coordinador de H u m a n i -
dades de l a U N A M , y de A l e j a n d r o Gutiérrez Robles, D i r e c t o r de
la Escuela de Filosofía de l a U n i v e r s i d a d I n t e r c o n t i n e n t a l , l a
posibilidad de interactuar c o n u n editor como M i g u e l Ángel
Porrúa. E l modelo del que p a r t i m o s siempre h a sido el m i s m o .
No h u b i e r a existido e l l l a m a d o boom de l a l i t e r a t u r a l a t i n o -
a m e r i c a n a si e n su m o m e n t o u n editor n o h u b i e r a apostado
p o r unos autores prácticamente desconocidos y los h u b i e r a
editado y d i f u n d i d o c o n calidad y eficacia, c onf ia nd o e n sus
obras. E n filosofía acontecerá seguramente l o m i s m o . La pre-
sente colección: "Filosofía de Nuestra América" de l a E d i t o r i a l
M i g u e l Ángel Porrúa dará cabida a esfuerzos rigurosos p o r re-
novar l a reflexión teórica sobre l a historiografía de l a filosofía
e n l a región y difundirá los logros d e l filosofar contemporá-
neo pensado desde u n a perspectiva nuestroamericanista.
La tentación de e n m e n d a r l o d i c h o es m u y grande a l a
h o r a de revisar l o escrito hace varios años. E l paso del t i e m p o
da l a ocasión de leerse c o n más distancia autocrítica. H e re-
sistido esa tentación en aras de los objetivos propuestos. N o
se trata de p u b l i c a r u n nuevo texto, sino de reeditar el antiguo,
lo cual exigirá de los/las lectores/as interesados/as u n esfuer-
zo para situar e n su t i e m p o los trabajos. T i e m p o que cada u n o
exhibe desde sus i n i c i o s . Y esto es i m p o r t a n t e , p orq u e son ex-
presión de u n filosofar surgido de l a c o y u n t u r a y n o pensado
con l a pretensión i n t e m p o r a l de u n clásico.
C o n todo, n o es posible evitar de p l a n o recordar a los
amigos e i n t e r l o c u t o r e s que y a n o están y que aparecen r e i -
teradamente mencionados e n el texto como, entre otros, Ri-
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 41

eaurte Soler, Agustín Cueva, Hernán Malo González. Tampoco


alegrarse, porque l o que se a n u n c i a p o r allí como proyectos
futuros se concretaron c o n frutos magníficos. T a l el caso de l a
revista Pucará, que llegó a su décimo año y sigue adelante has-
ta donde he sabido o u n a i n i c i a t i v a e d i t o r i a l de g r a n enver-
gadura como l a Biblioteca Básica del Pensamiento Ecuatoria-
n o editada p o r el Banco C e n t r a l del Ecuador y l a Corporación
Editora Nacional. También, p o r qué no, es u n a satisfacción se-
líalar que muchas de las líneas de investigación apuntadas
h a n tenido desarrollos propios o de otros/as investigadores/as
e n estos años. ¿Sería demasiado pensar entonces que n o fue-
r o n simples expresiones de deseos impracticables?
El t o n o c o y u n t u r a l entra, incluso, de l l e n o e n l a política de
aquellos años c o n referencias explícitas a l a guerra centro-
a m e r i c a n a o a Malvinas. E l p a n o r a m a h a cambiado t a n t o des-
pués de 1989 que seguramente todo e l texto tendría que ser
escrito de otro m o d o . Pero, así f u e r o n los t i e m p o s de su ges-
tación a los que h a quedado i n e x t r i c a b l e m e n t e ceñido. Cabe
entonces pensar e n éste como e n u n "filosofar coyuntural", s i n
que eso l e reste necesariamente fuerza teórica o fecundidad
epistémica. E l j u i c i o p e r t i n e n t e l o darán e n d e f i n i t i v a los/as
lectóres/as.
Es m u y interesante constatar, s i n embargo, que h o y e l
ámbito, campo o t e r r e n o d i s c i p l i n a r i o donde parecen darse
las discrepancias y las aportaciones filosóficas e n toda nues-
t r a América es e l de l o que, c o n m a y o r o m e n o r f o r t u n a , se
d e n o m i n a filosofía i b e r o a m e r i c a n a o l a t i n o a m e r i c a n a . Esto
es de p o r sí sintomático de u n a situación c o y u n t u r a l inédita,
e n l a m e d i d a e n que e n el t i e m p o en que se escribieron estos
trabajos ese campo estaba puesto e n cuestión o se dudaba i n -
cluso de su m i s m a existencia. La h i s t o r i a de las ideas filosó-
ficas aquí reclamadas -ideas encarnadas, institucionalizadas
o h i s t o r i a materialista, c o m o i n d i s t i n t a m e n t e se les d e n o m i -
n a e n el t e x t o - está todavía e n buena m e d i d a p o r hacer. Que-
da claro que l a temática vertebral de esta segunda m i t a d del
siglo X X puede datarse e n 1968 c o n la edición del l i b r o clásico
y m u l t i e d i t a d o del filósofo p e r ua n o Augusto Salazar Bondy.
Las preocupaciones de que b r i n d a cuenta este v o l u m e n n o
42 HORACIO CEROm GULDBERG

están afectadas de metodologismo, sino de u n a preocupación


expresa p o r e l m o d o de t r a t a m i e n t o que las fuentes a m e r i t a n
y p o r u n enfoque epistemológico que p r e g u n t a f i n a l m e n t e
p o r l o que estamos efectivamente haciendo c o n esas fuentes
y procesos que c o n s t i t u y e n el m a t e r i a l y el objeto de l a histo-
riografía. De paso, la concepción m i s m a del filosofar es puesta
en cuestión. Particularmente, l a idea de u n a filosofía p r i m e r a ,
y se l a desplaza i n i c i a l m e n t e hacia u n a filosofía entre, u n a
especie de nepantla o cruce de todos los c a m i n o s del peíisar y
el actuar. T a n graves cuestiones quedan aquí abiertas. Con-
viene anotar que los textos aquí i n c l u i d o s y otros que h a n apa-
recido recientemente e n v o l u m e n c o n e l título de Memoria
comprometida editado e n Heredia, Costa Rica p o r l a U n i v e r -
sidad Nacional, c o n s t i t u y e n los antecedentes que conducen, a
través de m u c h o s vericuetos, a u n texto e n proceso que he de-
n o m i n a d o Filosofar desde nuestra América y e n que m u c h o s
de los cabos aquí sueltos se a n u d a n para e x h i b i r su v i r t u a l i d a d
argumental.
No m e resta más que agradecer a l maestro Rafael M o r e n o
Montes de Oca su g e n t i l y lúcida Introducción, que coloca
bajo nueva l u z l a t o t a l i d a d d e l texto. A Ignacio Díaz Ruiz,
D i r e c t o r del Centro C o o r d i n a d o r y Difusor de Estudios Lati-
n o a m e r i c a n o s de l a U N A M p o r su apoyo y amistad. Y esperar,
de nueva cuenta, que c o n este l i b r o se i n i c i e ahora sí u n a
colección que signifique u n h i t o y u n avance c u a l i t a t i v o e n
nuestro filosofar.

[Tepepan, D.F., 20 de abril de 1997.]


Justificación de
la primera edición

H os TRABAJOS quc sc i n c l u y c n e n este v o l u m e n h a n sido


H redactados e n diferentes m o m e n t o s y c o n varios años
« « J l ^ ^ ^ ^ f t t a n c i a entre sí. He considerado o p o r t u n o editar-
los e n conjunto, porque permitirán seguir así l a marcha de u n a
preocupación obsesiva p o r l a historia de l a filosofía, de las ideas
filosóficas, e n nuestra América. Este seguimiento se hace m u y
difícil, si n o i m p o s i b l e , e n ediciones dispersas. E n todos se
a p u n t a l a espinosa cuestión de l a metodología requerida para
realizar l a reconstrucción de l a h i s t o r i a de las ideas filosófi-
cas entre nosotros. De n i n g u n a m a n e r a - e l l o quedará, espero,
explícito para los lectores- se considera que exista u n a meto-
dología o que aquí se esté p r o p o n i e n d o l a metodología que
esta difícil reconstrucción exige. Más b i e n , se hace hincapié
e n l a necesidad de n o i g n o r a r estas cuestiones metodológicas,
de i n c o r p o r a r también l a reflexión epistemológica a l a labor
historiográfica de l a filosofía entre nosotros. La metodología
n o puede proponerse a priori o c o n carácter n o r m a t i v o . Ella
surge d e l p r o p i o proceso de reflexión teórica sobre los mate-
riales.
Los trabajos aquí i n c l u i d o s hacen referencia a l a filosofía,
desarrollada especialmente e n tres regiones de nuestra Améri-
ca: Ecuador, A r g e n t i n a y México. E n los tres casos l a experien-
cia directa ha ido acompañada de u n a preocupación pedagógica
y didáctica c o n el ánimo de motivar, estimular y m o v i l i z a r l a
realización de t a n relevante tarea entre estudiantes y colegas.
[431
44 HORACIO CERUm GULDBERG

Dos enfoques se h a n m a n t e n i d o constantes a l o largo de


estos años. Por u n a parte, la idea de que l a filosofía, e n t e n d i -
da c o m o prima philosophia, c o m o filosofía fundante de las
prácticas científicas o políticas, h a sido c o m p l e t a m e n t e des-
bancada e n l a actualidad. No es posible y a pensar que l a p u r a
especulación esté e n condiciones de a p o r t a r algo a las urgen-
cias de nuestro t i e m p o . Más b i e n , concebimos a l a filosofía
como u n saber que surge de l a reflexión acerca de esas mismas
prácticas, que n o puede ignorarlas, que recién después de ha-
berlas experimentado fuertemente desde d e n t r o está e n con-
diciones de aportar algo más. Entendemos a la ñlosofía como
ocupando u n difícil lugar e n el seno de las ciencias, del conoci-
m i e n t o y d e l saber. C o n esto pasamos a l segundo enfoque que
hemos m a n t e n i d o . E l locus epistémico de l a filosofía está e n
discusión. La pensamos c o m o ubicada e n u n entre. E n t r e las
ciencias y l a política; acosada p o r ellas y , además, condicio-
nada, "desde atrás", p o r l a ideología. Resolver o, mejor todavía,
esclarecer estas complejas relaciones e n que se desarrolla e l
filosofar es u n a de las tareas de l a reflexión epistemológica
acerca de l a filosofía.
Esta doble consideración epistemológica sobre l a filosofía
se articula e n m i s trabajos c o n l a dimensión histórica. Conside-
r o que m u y poco puede aportar l a reflexión filosófica contem-
poránea si n o sabe dónde se encuentra. La filosofía trabaja
sobre tradiciones, a p a r t i r de ellas, para negarlas, afirmarlas,
retocarlas, sostenerlas, mejorarlas, adaptarlas, etcétera. M a l se
puede avanzar e n esta tarea si se i g n o r a l o y a hecho. Incluso
e n t i e m p o s e n que l a preocupación p o r l a o r i g i n a l i d a d se h a
vuelto casi obsesiva - y aunque m e cuento entre aquellos que
consideran que si ésta se da, será p o r añadidura-, ¿cómo m e d i r
esa o r i g i n a l i d a d si se desconoce l o que y a se h a aportado a los
diferentes temas y problemas que l a filosofía aborda? E n suma,
el filosofar n o es su h i s t o r i a , pero n o se puede filosofar c o n
ignorancia de la historia m i s m a de la reflexión filosófica entre
nosotros. Esclarecer el papel o función social que esa reflexión
h a c u m p l i d o entre nosotros, n o puede ser u n a labor p u r a m e n -
te especulativa. Lo es también, pero a partir de l a reconstrucción
de las funciones efectivamente cumplidas p o r la filosofía. Son
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE lAS IDEAS 45

problemas teóricos y, p o r eso m i s m o , inescindibles de aquello


sobre lo que se teoriza. Justamente p o r ser teóricos n o pueden
i g n o r a r l o empírico.
Porque n o podemos pretender comenzar cada vez desde
cero o estar permanentemente descubriendo Pacíficos, so pena
de condenar a l a completa esterilidad a nuestra filosofía; n o
podemos e l u d i r el trabajo arduo, i n g r a t o muchas veces, de l a
reconstrucción historiográfica. Nuestras ideas filosóficas, e n -
tendidas como p r o d u c t o de l a c o n c i e n c i a social y p o r t a n t o
insertas e n el proceso de devenir histórico, requieren u n a con-
sideración que respete l a c o m p l e j i d a d de sus relaciones c o n
todo e l proceso histórico, u n a consideración que respete l a
m a t e r i a l i d a d de esas ideas, su p o t e n c i a l i d a d y sus cambiantes
matices.
A la tarea de lograr l a visión del pasado que nos compete
c o n s t r u i r n o s q u i e r e n colaborar estas páginas.

[México, D.F., 17 de enero de 1984.]


Aproximación a la historiografía
del pensamiento ecuatoriano*

Introducción
I ^ ^ ^ B E l a m e n o r duda. U n a de las dificultades p r i n c i p a -
I i S ^ ^ a f r o n t a el pensar l a t i n o a m e r i c a n o es l a caren-
' • í üi i i i » cia OTÉina metodología que le p e r m i t a reconstruir su
tradición y establecer dónde se encuentra. Nuestra p a r t i c u l a r
situación socio-histórica exige u n a interpretación de nuestro
pasado y de nuestro presente para poder c o n s t r u i r nuestro fii-
t u r o . Esta exigencia requiere u n i n s t r u m e n t a l adecuado. Son
sabidos, p o r los latinoamericanos, los riesgos y consecuencias
prácticas de u n discurso teórico n o suficientemente elaborado.
_No se trata de plantearse u n a problemática k a n t i a n a a pesar
de que l a interrogación p o r l o metodológico pueda darle t a l sa-
bor. No se trata de preguntar p o r las condiciones de posibilidad
de u n t a l pensamiento. Se trata de avanzar e n los niveles de
conciencia y del pensar para ponerlos acordes c o n las expe-
riencias concretas de los latinoamericanos, s i n perjuicio de que
la interrogación p o r las condiciones de p o s i b i l i d a d tenga su
i m p o r t a n c i a y su lugar y m o m e n t o teórico p e r t i n e n t e .
Ésta es u n a p r i m e r a y p r o v i s i o n a l aproximación a l a pro-
blemática del pensamiento ecuatoriano inserto e n su relación

• E s t e t r a b a j o a p a r e c i ó p o r v e z p r i m e r a e n Pucará, n ú m . 1, C u e n c a , E c u a d o r , enero
de 1977, pp. 21-48, y u n a reedición c o r r e g i d a e n Latinoamérica, n ú m . 1, UNAM, M é x i c o ,
1978, pp. 215-244.

|47J
48 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

c o n l a problemática de l a p a t r i a grande, l i m i t a d a a señalar esa


inserción, algunas dificultades relativas a su estudio y a descri-
b i r analíticamente alguna bibliografía disponible. Esta p r i m e r a
encuesta historiográfica se mueve e n l a vía abierta p o r Fierre
V i l a r cuando señaló l a i m p o r t a n c i a de atender a u n doble
m o v i m i e n t o que va de l a investigación a l a teoría y de l a teoría
a los casos.^ No debe sobreestimarse el p r o b l e m a de l a perio-
dización pero n o puede dejar de abordárselo^ para quedar e n
condiciones de superar el t r a t a m i e n t o superficial que n o tema-
tiza l a inserción e n l a h i s t o r i a de los distintos casos estudia-
dos p o r diferentes campos de investigación.^ La relación mis-
m a entre los campos de investigación v i e n e exigida p o r l a
relación entre los objetos que le son propios a cada u n o de ellos.
Y esta relación debe ser tematizada para poder superar, efec-
t i v a m e n t e , l a m e r a i n t e r d i s c i p l i n a . Se debe estar dispuesto a
avanzar hacia l o desconocido. Sobre todo porque:

...demasiados pensamientos e n fuga ante l a h i s t o r i a hacen


h o y de l a h i s t o r i a del pensamiento " u n a serie d i s c o n t i n u a
de totalidades singulares". Pero aquéllos a quienes n o es-
panta el p o r v e n i r se atreven a gustar c o n p l e n i t u d de gozo
el denso brebaje de h i s t o r i a concreta que destila toda obra
maestra. Pues n o h a y estructura t a n extraña n i c o y u n t u r a
t a n remota que l a inteligencia del h o m b r e n o nos p e r m i t a
penetrar, cuando ésta se a r m a ( y si nosotros nos a r m a -
mos) de simpatía p o r e l hombre.^

1 Cfr. F i e r r e V i l a r , Historia marxista, historia en formación; ensayo de diálogo con


Althusser, A n a g r a m a , B a r c e l o n a , ed. f r a n c e s a 1973, c a s t e l l a n o 1974, p p . 9 3 y ss. C u a d e r -
nos, 69.
^ Idem, p. 51.
^ Idem, pp. 79 y ss.
* F i e r r e V i l a r , " E l t i e m p o d e l « Q u i j o t e » " ( e d . f r a n c e s a 1 9 5 6 ) e n Crecimiento y desarro-
llo; economía e historia; reflexiones sobre el caso español, A r i e l , B a r c e l o n a , 1976, p . 332,
3a. ed. Ariel-Historia, 2.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE lAS IDEAS

El problema metodológico
en la historiografía latinoamericana
En u n lenguaje t a n bello cuanto idealista, preñado de la influen-
cia de Scheler, Spengler y Spranger, Claudio Cordero Espino-
sa señalaba, hace casi veinte años desde Cuenca, l a incógnita
de nuestra p e c u l i a r situación c u l t u r a l :
...una suerte de incógnita vivencial, de incitación poblada de
preguntas, de ardientes reclamos, de solución y de salvación,
se cierne sobre nosotros, los h o m b r e s de América; se i n -
c l i n a anhelante, preguntándonos p o r e l valor de nuestro
Continente, p o r el secreto de nuestro futuro, p o r el poder
rescatador de nuestro espíritu. Y de nuestras raíces mis-
mas se eleva subterránea, inconsciente, pero desgarradora
la m i s m a ansiedad problemática, más trágica p o r v e n i r
de nosotros m i s m o s y p o r f o r m u l a r n o s y a n o solamente
qué somos y qué esperanzas significamos p a r a los otros,
para el destino totalizado de la vida humana, sino p o r i n q u i -
r i r si nuestra existencia es válida como p r o p i a esperanza,
si nuestra personalidad, nuestra a l m a colectiva existe, y si
existe, tiene algún poder creativo o sólo es reflejo i n e r m e
e i m p o t e n t e c o m o todo reflejo de alguna otra r e a l i d a d
c u l t u r a l avasalladora, cargada de más fecundantes v i r t u a -
lidades, que cualquiera otra que nosotros pretendiéramos
dar f o r m a y c o n t e n i d o [...] Nuestra más t e r r i b l e insatis-
facción como continente, como pueblo, como h o m b r e y
c u l t u r a nuevos, estará e n p a r t i c u l a r e n l a crisis u n i v e r s a l ,
y sobre todo n o poder crear, y a n o l o reclamado, sino si-
quiera algo peculiar. Ser l a agonía de u n a cultura, l a occi-
dental, s i n siquiera l a grandeza de haber r e n d i d o frutos;
padecer l a enfermedad m o r t a l e n l a adolescencia aún n o
fecundada [...] Nuestra o r i g i n a l creación estará e n asi-
m i l a r sólo aquello verdaderamente valedero de l a c u l t u r a
occidental, desechando todos sus errores y desequilibrios;
en d o m i n a r l a técnica para que vuelva a servir a l h o m b r e ,
ella a l f i n y a l cabo n o es n i buena n i mala, es u n resultado
también del espíritu creador, y ciertas conquistas suyas,
50 HORACIO CERUTTI GULDBERG

además de l a l i b e r t a d lograda frente a l fatalismo n a t u r a l ,


h a n servido para l a más alta cultura, allí están atestiguán-
dolo l a i m p r e n t a , los i n s t r u m e n t o s musicales, p o r n o citar
más ejemplos. Nuestra tarea consiste, pues, e n l a c u l m i n a -
ción de l a l i b e r t a d como anhelo u n i v e r s a l , realizándose y
cumpliéndose siempre hacia el Occidente e n l a grandio-
sa concepción hegeliana de l a historia [...] E n suma, todo
este nuevo h u m a n i s m o que reclama l a especie para su res-
cate, ¿quién l o hará posible? E n este instante e n Europa se
repliega y confía la defensa, hasta de las instituciones p u -
trefactas y caducas de su capitalismo m o r i b u n d o e n manos
de u n campeón fuerte pero bárbaro -según ellos m i s m o s - ,
Norteamérica, ante l a nueva marea creciente que renace
de la eterna madre asiática, ¿qué pueblo retomará l a antor-
cha del espíritu que Occidente n o supo m a n t e n e r e n alto?
África permanece y continuará indescifrable aún, Asia,
cuna de l a c u l t u r a , parece que renace. América L a t i n a , l a
incógnita que urge develarse, ¿es acaso l a que m a n t e n i e n -
do l o valedero de la tradición de Occidente, deberá recoger
el maravilloso ímpetu h u m a n o , la i n c o n t e n i b l e sed de jus-
t i c i a que h a brotado de l o asiático, concillándolo c o n l a
eterna sed de libertad? [...] ¿Acaso tenemos también algo
de mágico todavía e n nuestra h e r e n c i a de las culturas i n -
dígenas, destrozadas e n su floración p o r l a b r u t a l i d a d de
l a conquista y l a c r u e l imposición del coloniaje? Para el
anhelo de muchos, desde los utopistas del Occidente hasta
el nuevo h u m a n i s m o de la h o r a , c o n s t i t u i m o s e l C o n t i -
n e n t e de l a Esperanza; a América l e toca buscar e n sus
raíces, e n su historia, y atisbar en su futuro, para c o m p r e n -
der si esa esperanza puede ser cierta y valedera.
El balance del pasado y del presente se i m p o n e , pues, como
necesario, para calcular l a perspectiva de l o venidero.
¿Cuál h a sido nuestra p e c u l i a r contribución a l a c u l t u r a y
cuál sería nuestra posible colaboración a l proceso crecien-
te de l a humanidad? La respuesta nos daría la clave de nues-
tra fisonomía actual y futura; mas, también sería m e n u d o
empeño el tratar de desentrañar todo este problema, vasto
y complejo. Sólo u n a h i s t o r i a de l a c u l t u r a e n América, y
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE IM IDEAS 5J

más aún, u n a interpretación morfológica de esta h i s t o r i a ,


o sea toda u n a maraña de datos, hechos, nombres, pensa-
m i e n t o s , y su interpretación y o r d e n a m i e n t o , podrían
pretender el develamiento de esta incógnita.^

La cita ha sido m u y extensa pero es indispensable retomar,


tanto éste c o m o otros materiales bastante poco trabajados, e n
orden a aproximarse a la formulación de ciertos i n t e r r o g a n -
tes decisivos. Los fragmentos de Cordero que acabo de repro-
ducir y l a t o t a l i d a d de su estudio están redactados, n o sólo
desde u n esfuerzo visceral del h o m b r e americano, sino e n l a
encrucijada de u n a cierta oposición antropológico-cultural a l
eurocentrismo.^ El texto exhibe angustia p o r la expansión aluci-
nante de l a técnica (tema p r o p i o , p o r l o demás, del existen-
cialismo e n boga p o r l a época) y el peligro atómico; y confian-
za siempre renaciente en que América es e l c o n t i n e n t e del
futuro libre, tierra de utopía. Flotaba, en el "espíritu" de la "épo-
ca" e n que Cordero escribe, u n asco ético y estético p o r l a
podredumbre de Europa, l a cual, impotente, delegaba e n u n a
nueva potencia l a supremacía m u n d i a l ; y la m u y democrá-
tica creencia e n que nosotros, los latinoamericanos l i m p i o s de
"pecado o r i g i n a l " , podíamos ofrecer a l m u n d o u n a a l t e r n a t i -
va. Bastaba u n poco de b u e n a v o l u n t a d y p o n e r n o s a l a tarea.
Enfundadas e n ropaje idealista aparecen señaladas algunas
cuestiones m u y relevantes que es el caso retomar: ¿cuál es nues-
tra especificidad histórico-cultural?, ¿qué h i s t o r i a es la nuestra
que lleva como llaga abierta el genocidio b r u t a l de l a conquis-
ta t e s t i m o n i a d o e n los indígenas de hoy?, ¿es indispensable
abocarse a la tarea de realizar u n a historia de nuestra cultura?
Actualmente, en 1976, ya ha pasado esa arrogante actitud hacia
el Viejo C o n t i n e n t e . Los l a t i n o a m e r i c a n o s estamos c o m o e l

' C l a u d i o C o r d e r o E s p i n o s a , " A m é r i c a , u n a i n c ó g n i t a d e l a c u l t u r a " , e n Anales de


la Universidad de Cuenca, t. xiv, n ú m . 2-3, a b r i l - s e p t i e m b r e d e 1 9 5 8 , p p . 1 9 9 - 2 0 0 , 2 3 4 ,
235, 236 y 238-239.
" A c t i t u d c l a r a m e n t e e x p l i c i t a d a e n l a n o t a 17 c u a n d o c i t a n d o a S p r a n g e r e n c u a n -
to a q u e l a s l e y e s d e l a c u l t u r a " n o d e b e n s e r p e n s a d a s a t e n i é n d o s e i n g e n u a m e n t e a l
modelo de desenvolvimiento europeo-occidental" señala q u e "esta a d v e r t e n c i a n o s
parece decapital i m p o r t a n c i a , sobre todo p a r a aquellos europeos que pretenden j u z g a r
nuestra América" (p. 22).
52 HORACIO CERUTTI GULDBERG

adolescente a r r e p e n t i d o de su b r u t a l i d a d frente''a la p o s i b i l i -
dad de v a l o r a r a sus padres. ¿O acaso toda la sangre derrama-
da para r e p r i m i r el i n t e n t o de concretar, de realizar l a utopía
e n nuestra América, n o l a sentimos sobre nuestras cabezas?
U n último aspecto p e r m i t e avizorar el trabajo de Claudio Cor-
dero. T e s t i m o n i a l a carencia metodológica e n que se debatía
- y debate(?)...- e l i n t e n t o p o r pensar nuestra América, a l
echar m a n o del evolucionismo organicista spengleriano y su
propuesta de interpretación "morfológica", en u n a caricatura
de la filosofía hegeliana de l a historia. H o y se disponen de pro-
puestas metodológicas y técnicas mejores en calidad y mayo-
res e n cantidad. ¿No será y a el m o m e n t o de ponerse a reflexio-
n a r rigurosamente sobre esta cuestión? ¿No habrá llegado la
h o r a de " t o m a r e l t o r o p o r las astas" y enfrentarse c o n l a pro-
blemática metodológica c o m o aporte a nuestra necesaria u b i -
cación teórica y práxica?
E n u n trabajo reciente, breve pero sugerente, Ricaurte So-
ler aborda el problema.^ E n sus propios términos trata de reali-
zar u n a "breve reflexión e n t o r n o a la metodología, logros y
límites de l a historiografía filosófica l a t i n o a m e r i c a n a de ins-
piración materialista".*^ Ricaurte Soler realiza u n a confronta-
ción entre l a historiografía filosófica l a t i n o a m e r i c a n a de las
décadas d e l cuarenta y cincuenta, y l a historiografía socio-
lógica de l a década del sesenta, representada e j e m p l a r m e n t e
p o r l a d e n o m i n a d a sociología o "teoría de l a dependencia". Se
pregunta en definitiva, ¿qué se h a logrado y cuáles son las defi-
ciencias que atestigua l a historiografía e n el i n t e n t o p o r ela-
b o r a r u n a reflexión m a t e r i a l i s t a sobre l a h i s t o r i a filosófica y
social de nuestra América?
Ricaurte Soler organiza su análisis a p a r t i r de u n esquema
que aparece como conclusión de su exposición. E l esquema es
relativamente simple y podría sintetizarse como sigue. La his-
toriografía filosófica de los cuarenta-cincuenta, a p a r t i r de u n a

•' R i c a u r t e S o l e r , " C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e l a h i s t o r i a d e l a filosofía y de l a sociedad


l a t i n o a m e r i c a n a s " , e n Tareas, n ú m . 3.3, P a n a m á , s e p t i e m b r e - n o v i e m b r e de 1975, pp. 73-
8 1 . T a m b i é n a p a r e c e e n v a r i o s a u t o r e s La filosofia actual en América Latina, Grijalbo,
México, 1976, p p . 153-163. Teoría y p r a x i s , 2 5 . C i t o según l a edición d e Tareas...
8 Idem, p. 73.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE LAS IDEAS

"imputación sociológica", trata de superar el mero mecanicismo


y detectar l a especificidad "de los rasgos diferenciales que ofre-
cía el contenido ideológico a m e r i c a n o e n comparación con el
europeo".^ Esta metodología llevó a u n a cierta reducción del fe-
nómeno considerado porque "hipostasió la «particularidad», la
especificación, negando de hecho la realidad de toda u n i v e r -
salización, de toda totalización".'" Se quedó, permaneció e n l o
p a r t i c u l a r , e n e l " i n t e r i o r " de l o a m e r i c a n o . Por su parte, l a
historiografía sociológica de los sesenta, l a "teoría de l a de-
pendencia" partió ( y n u n c a avanzó m u c h o más alia...) de l a
"comprobación empírica" de la u n i v e r s a l expansión del capi-
t a l i s m o , expansión a la que nuestra América quedaba exter-
n a m e n t e subordinada desde la conquista hasta h o y . E l énfasis
era puesto e n esta "totalización" capitalista en marcha que úni-
pamente puede ser detenida p o r u n a r u p t u r a r a d i c a l que abra
u n a nueva totalización y a n o capitalista. Esta interpretación
ttltraizquierdista - a l decir de Ricaurte Soler- perdió de vista
l a dimensión dialéctica de la t o t a l i d a d a l suponerla " i n a l t e r a -
ble" e n tanto "autonomía cualitativa de determinaciones cuan-
titativas"." E l presente esquema de Ricaurte Soler que deja para
la historiografía filosófica l o p a r t i c u l a r y para l a sociología l o
universal, le p e r m i t e c o n c l u i r que estamos frente a:

...dos ciclos de investigación que se h a n ignorado mutua-


mente, y quizá p o r ello m i s m o , dejan para el f u t u r o l a lec-
ción perdurable de que n o basta l a p r e m i s a materialista.
No menos imperativo e indispensable es el esfuerzo de com-
prensión dialéctica,'^

Esta conclusión permitiría pensar que l a propuesta para


u n a metodología nueva e indispensable (¿la de l a segunda
m i t a d de l a década de los setenta...?) implicaría l a c o m b i n a -
ción más o menos trabajada y coherente de los resultados de
ambos ciclos de investigación. A esta p o s i b i l i d a d h a y que en-

^Idern, p p . 74-75.
'"/dew, p.79.
^^Idem, p.80.
Idem, p. 81.
HORACIO CERUTTI GULDBERG

frentarle u n r o t u n d o n o , porque implicaría i n c o r p o r a r , entre


otros peligros, todas las l i m i t a c i o n e s inherentes a cada u n a
de las metodologías aplicadas e n sus respectivos campos p o r
ambos ciclos historiográficos. Justificar esta reserva requiere
u n a elaboración más larga, pero n o vayamos t a n rápido. A
pesar de sus l i m i t a c i o n e s , la p o n e n c i a de Ricaurte Soler tiene
todavía elementos que se deben retomar.
Veamos p r i m e r o sus consideraciones sobre l a historiogra-
fía filosófica l a t i n o a m e r i c a n a . A l i n i c i o de l a década del cua-
renta este i n t e n t o historiográfico enfrenta tres dificultades. La
p r i m e r a es l a carencia casi absoluta de tradición y de prece-
dentes e n este t i p o de i n t e n t o p o r r e c o n s t r u i r c o n premisas
materialistas l a h i s t o r i a de las ideas latinoamericanas. Sin em-
bargo, merecen mención tres autores que pueden c o n s t i t u i r
algún antecedente: José Ingenieros ( L a evolución de las ideas
argentinas, 1918), Aníbal Ponce y José Carlos Mariátegui. E n
segundo lugar, h a y que tener e n cuenta que el pensamiento
académico d o m i n a n t e p o r aquellos años era la "reaqción a n t i -
positivista". E n m e d i o de aquella "atmósfera de antiintelectua-
lismo bergsoniano, vitalismo orteguiano e irracionalismo exis-
tencialista", era m u y difícil pretender u n a lectura materialista
de la historia de las ideas. E n tercer lugar, l a carencia de histo-
rias económicas y sociales a n i v e l l a t i n o a m e r i c a n o , colocó a
los historiadores de las ideas frente a la "paradójica tarea de
i n t e n t a r u n a explicación m a t e r i a l i s t a de las ideologías c o n
ausencia de u n a perspectiva científica en cuanto a l a produc-
ción de l a v i d a m a t e r i a l de l a sociedad l a t i n o a m e r i c a n a " .
Enfrentando estas tres dificultades aparece l a p r i m e r a obra
que i n i c i a este m o d o de i n t e r p r e t a r y que resume el m o d e l o
de l a metodología u t i l i z a d a para h i s t o r i a r las ideas de nuestra
América de ahí e n más. Leopoldo Zea publica, e n 1943, El po-
sitivismo en México. Los rasgos diferenciales d e l p o s i t i v i s m o
europeo (especialmente del francés) e n relación c o n e l posi-
t i v i s m o m e x i c a n o eran producto, para Zea, de l a trayectoria
histórica diferencial de l a burguesía l a t i n o a m e r i c a n a respec-
to de l a europea. Se estaría así frente a u n a burguesía hegemó-
n i c a social y políticamente. E n el caso m e x i c a n o l a burguesía
estaba a l a búsqueda de esa hegemonía y debía c o n c i l i a r sus
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE U S IDEAS

intereses c o n los de otras clases. Ricaurte Soler subraya que


"sobre estos supuestos metodológicos se interpretarán más tar-
4e (1949), a n i v e l h i s p a n o a m e r i c a n o , las etapas de d o m i n i o
ideológico del r o m a n t i c i s m o y del p o s i t i v i s m o " . Y, l o que es
:ffliucho peor, constata que:

...hasta el presente, l a historiografía de l a filosofía l a t i n o -


a m e r i c a n a poco h a variado las premisas de las i n i c i a l e s
investigaciones. Cuando la materia de estudio correspondía
, \l siglo X V I I I , l a genérica y abstracta "burguesía l a t i n o a m e -
r i c a n a " era reemplazada p o r u n n o menos genérico y abs-
tracto " c r i o l l o l a t i n o a m e r i c a n o " .

E n síntesis, estas interpretaciones realizan u n a "caracteri-


zación vaga, someramente abstracta, de l a estructura social
l a t i n o a m e r i c a n a , e n l a cual l a h i s t o r i a ideológica aparecía
m e r a m e n t e yuxtapuesta a l a v i v a y c o n t r a d i c t o r i a m a t e r i a de
1¿ vida social..." Sin embargo, y esto habla de l a equidad que el
análisis de Ricaurte Soler, señala que es necesario reconocer
y salvar las contribuciones de este t r e m e n d o esfuerzo h i s t o r i o -
gráfico, dentro de las cuales se pueden destacar las siguientes:

1. Se registró la especificidad de u n a historia ideológica que


" n u n c a podría definirse como caricaturesco reflejo de me-
trópolis ideológicas".
2. A l menos se señaló l a exigencia de causas "externas"
aunque inadecuadamente identificadas.
3. Se ofreció u n a periodización histórica y u n a evaluación
del fenómeno ideológico "lo suficientemente críticas como
para p e r m i t i r orientaciones seguras e n cuanto a l a discri-
minación de l o que h a sido, y es, regresivo o progresivo e n
l a sociedad l a t i n o a m e r i c a n a " .

Hasta aquí eí análisis de l a historiografía filosófica. De


aquí e n más, veamos cómo caracteriza Ricaurte Soler a l a his-
toriografía sociológica l a t i n o a m e r i c a n a . A p a r t i r de l a década
del setenta, alentado p o r la Revolución cubana y p o r la crisis del
desarroUismo, c o n las ventajas que suponía e l descrédito de
HORACIO CERUTTI GULDBERG

las "petrificaciones ideológicas stalinistas" y el disponer de u n


cierto número de estudios sobre h i s t o r i a económica y social,
el enfoque m a r x i s t a p u d o avanzar en l a consideración teórica
de la sociedad latinoamericana. Es detectable aquí u n a deficien-
cia que n o menoscaba l a crítica de Ricaurte Soler, pero sí l e
quita alcance. Él reduce la "teoría de l a dependencia" a la inter-
pretación de André Gunder F r a n k . Para matizar, habría que
señalar otros n o m b r e s que i n d i c a n posiciones diferenciadas
dentro de este complejo que se trata de homógeneizar con l a de-
nominación u n i t a r i a de "teoría de l a dependencia", p o r m e n -
c i o n a r algunos: T h e o t o n i o Dos Santos, Cardoso y Faletto, etcé-
tera.'^ Ricaurte Soler cree e n c o n t r a r las siguientes "premisas
comunes" en los más destacados teóricos de l a dependencia:

1. H a y u n a ligazón entre la expansión del capitalismo a n i -


vel m u n d i a l y el atraso y subdesarrollo de l a p e r i f e r i a . E l
desarrollo produce el subdesarrollo. E n el caso de América
L a t i n a se está frente a l a h i s t o r i a del "desarrollo d e l subde-
sarrollo".
2. E n l a p e r i f e r i a se produce u n a estructura social depen-
diente, c o n clases satelizadas respecto d e l centro.

¿Qué críticas a esta historiografía le parecen pertinentes?


E n p r i m e r lugar, ignoró el análisis de l a formación social de

13 M u y i m p o r t a n t e y n e c e s a r i a s e p r e s e n t a u n a r e f l e x i ó n c r í t i c a s o b r e l a " t e o r í a d e
la d e p e n d e n c i a " que, a l m e n o s c o m o estimulante y modelo teórico d e investigación,
p a r e c e h a b e r cerrado s uc i c l o o caído e n cierta esterilidad. U n aporte i m p o r t a n t e e n
este s e n t i d o e s e l t r a b a j o d e G u s t a v o O r t i z , " L a teoría d e l a d e p e n d e n c i a , l o s c r i s t i a n o s
r a d i c a l i z a d o s y e l p e r o n i s m o " , e n Pucará, n ú m . 1, C u e n c a , e n e r o d e 1 9 7 7 , p p . 5 6 - 7 1 .
E s p e r o p o d e r t e r m i n a r u n trabajo e n que intento u n enfoque epistemológico y arqueo-
lógico d e l a "teoría d e l a d e p e n d e n c i a " . A l e j a n d r o Moreano indica sugerencias m u y
importantes:

. . . e n efecto, ¿cuál e s e l o b j e t o d e l a teoría d e l a d e p e n d e n c i a y d e s u s i m p u g n a -


c i o n e s ? ¿Se t r a t a d e l m i s m o o b j e t o y d i f e r e n t e s r e s p u e s t a s o d i c h a s c r í t i c a s h a n
p r o d u c i d o u n d e s p l a z a m i e n t o d e t e r r e n o ? ¿La t e o r í a d e l a d e p e n d e n c i a h a i n t e n -
tado c o n s t r u i r u n objeto " n u e v o " : e l c a p i t a l i s m o d e p e n d i e n t e ; o, e s l a aplicación
d e l a t e o r í a d e l a a c u m u l a c i ó n a e s c a l a i n t e r n a c i o n a l a A m é r i c a L a t i n a ? L a s críti-
cas: ¿cuestionan e s t a teoría o s i m p l e m e n t e l o s análisis c o n c r e t o s a p a r t i r d e l
señalamiento de l a a u s e n c i a de c o n c e p t o s m a r x i s t a s o de datos empíricos q u e l o s
i n v a l i d a n ? " ("Latinoamérica: e l desarrollo del c a p i t a l i s m o y el p e n s a m i e n t o de l a
i z q u i e r d a " , p o n e n c i a a l P r i m e r C o n g r e s o d e Sociología, Q u i t o , agosto d e 1976, n o t a 1
(mimeo.)).
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 57

la España "moderna" y su relación c o n los modos indígenas. E n


segundo lugar, pierde la posibilidad de discriminación i n t e r n a
e n la estructura social l a t i n o a m e r i c a n a entre elementos pro-
gresivos y regresivos. E n tercer lugar, e íntimamente ligado
con lo anterior, i m p i d e la discriminación entre ideologías pro-
gresivas y regresivas. Pero estas críticas están enmarcadas e n
u n a observación m u y fuerte de Ricaurte Soler: "El mecánico re-
^ejismo que i n t e n t a r o n superar los historiadores de las ideas de
los años cuarenta y cincuenta es, s i n embargo, reeditado ahora
^ a n i v e l de l a interpretación sociológica, durante los años sesen-
^ y setenta." Es necesario preguntar si no tiene nada de positivo
o de rescatable el esfuerzo de la historiografía sociológica, por-
que Ricaurte Soler n o l o señala. Pero, responder a esta pregun-
ta exige el análisis que se indica en l a nota 13. De todos modos,
los frutos están todavía p o r verse, c o m o habrá que m o s t r a r e n
ireferencia a l caso ecuatoriano. La lectura dialéctica de Ricaur-
te Soler es todavía demasiado hegeliana. No se trata de a s u m i r
en u n a síntesis los dos m o m e n t o s representados p o r los dos
ciclos historiográficos analizados, sino que se trataría de m a t i -
zar rigurosamente cada u n a de esas metodologías para, cons-
cientes de sus limitaciones, avanzar algo en el análisis de l o que
t r a d i c i o n a l m e n t e ha sido objeto de l a "historia de las ideas".
Objeto bastante vago, p o r otra parte, pero que e n su m i s m a va-
guedad y v a r i a b i l i d a d ha p e r m i t i d o señalar y a que disciplinas
como l a "filosofía" o l a "sociología" r e s u l t a n u n "lecho de Pro-
custo" m u y incómodo e inadecuado para l a tarea que yace p o r
delante.

Ubicación de la historiografía
del pensamiento ecuatoriano
Interesa avanzar e n el análisis d e l caso ecuatoriano para ex-
traer algunas consecuencias teóricas que reaviven e i n c e n t i v e n
la investigación. La reflexión filosófica se ve estimulada actual-
mente e n Ecuador, e n parte, p o r u n r e n a c i m i e n t o del estudio
filosófico de l a tradición europea en la línea de l o que Miró
Quesada h a caracterizado c o m o a c t i t u d asuntiva de los l a t i -
H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

n o a m e r i c a n o s . ' ' ' E n este sentido, son suficientes exponentes,


entre otros, las tesis doctorales realizadas e n Europa p o r Her-
nán Malo González, Cornelio Malo Donoso y D a n i e l Granda,
l a m e n t a b l e m e n t e las dos últimas todavía inéditas.'^ También
revela esta intención l a temática y los desarrollos considera-
dos e n el P r i m e r E n c u e n t r o N a c i o n a l de Filosofía.'*^ U n a preo-
cupación todavía asuntiva p o r l a tradición del pensamiento
l a t i n o a m e r i c a n o -digo asuntiva forzando u n t a n t o el alcance
dado a l término p o r Miró Quesada, puesto que estos p r i m e r o s
esfuerzos son todavía p o r a s u m i r u n a cierta problemática s i n
hacer aportes de relevancia a la m i s m a - puede detectarse en
el artículo de Francisco Olmedo Llórente, que resume parte de
la polémica Salazar Bondy-Zea con u n a relativa i n c o m p r e n -
sión de la misma, en l a medida que considera su resolución e n
las categorías de Ortega.'^ También se encuentra esta a c t i t u d
en dos monografías breves inéditas realizadas p o r D a n i e l Gran-
da e n Europa, que i n c l u y e n cierto contenido de algunos traba-
jos de l a historiografía l a t i n o a m e r i c a n a contemporánea, espe-
cialmente de los trabajos más difundidos del p e r u a n o Salazar
B o n d y y del m e x i c a n o Leopoldo Zea.'^ Por el c o n t r a r i o , u n a
a c t i t u d afirmativa, para seguir u t i l i z a n d o l a terminología pro-
puesta p o r Miró Quesada, e n el sentido de incorporarse activa
y críticamente a l a elaboración de u n pensamiento latinoame-
ricano, se advierte e n el excelente estudio crítico de Joaquín
Hernández en t o r n o a l a filosofía de l a liberación l a t i n o a m e r i -

1^ F r a n c i s c o M i r ó Q u e s a d a , Despertar y proyecto del filosofar latinoamericano, Fon-


do d eC u l t u r a Económica, México, 1974,238 p p .
i ' ' H e r n á n M a l o G o n z á l e z , S . I . , E l hábito en la filosofia de Félix Ravaisson, Centro de
P u b l i c a c i o n e s d e l a P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d Católica d e l E c u a d o r , Q u i t o , 1976, 2 8 2 pp.,
C o r n e l i o M a l o D o n o s o , La structure de la vie humaine chez Ortega y Gasset, Université d e
Strasbourg, 1970, m e c a n o g r a f i a d o , 3 8 2 p p . , D a n i e l G r a n d a , Símbolo y hermenéutica en el
pensamiento de Paúl Ricoeur, P o n t i f i c i a S t u d i o r u m U n i v e r s i t a s , R o m a , 1975, m e c a n o g r a -
fiado, 436 p p .
18 L a s p o n e n c i a s p r e s e n t a d a s h a n s i d o p u b l i c a d a s e n l a Revista de la Universidad
Católica, a ñ o iv, n ú m . 13, Q u i t o , m a y o d e 1976. E s p e c i a l m e n c i ó n m e r e c e n l o s t r a b a j o s
de J u l i o T e r á n D u t a r i , E n z o Mella, D a n i e l G r a n d a y H e r n á n M a l o González.
1' F r a n c i s c o O l m e d o Llórente, " E l p r o b l e m a d e l a filosofía latinoamericana", en E l
Guacamayo y la Serpiente, n ú m . 5, C u e n c a , a g o s t o d e 1 9 7 2 , p p . 1 0 5 - 1 1 5 .
1^ D a n i e l G r a n d a , " E x i s t e n c i a d e u n a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a " , R o m a , 1 9 7 4 a , m e c a -
nografiado, 3 5 p p . , y " B a s e s d e l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a " , R o m a , 1974b, mecanogra-
fiado, 48 p p . H e p o d i d o c o n s u l t a r estos m a t e r i a l e s gracias a u n a atención d e l autor.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 59

ijana, s i n p e r j u i c i o de señalar que este trabajo h a y que leerlo


tomando en consideración l a escasa bibliografía que e l autor
pudo consultar.''' La a c t i v i d a d más fuerte e n t o r n o a l pensa-
Ijiiento ecuatoriano se viene desarrollando e n l a Pontificia
Universidad Católica, sede Quito, p o r u n equipo de investigado-
tes que fueran asesorados p o r u n especialista como A r t u r o A n -
drés Roig. Actualmente realizan tareas de relevamiento b i b l i o -
gráfico y fichaje y p r e p a r a n u n a publicación m u y completa
jj^bre Francisco Eugenio de Santa Cruz y Espejo.^" A r t u r o Roig
tiene e n prensa, e n l a m i s m a universidad, u n estudio sobre
cuestiones metodológicas a propósito del p o s i t i v i s m o ecuato-
r i a n o que significa u n i n t e n t o p i o n e r o e n ese campo.^' Toda
ésta labor, que t e s t i m o n i a u n a clara t o m a de conciencia del
necesario estudio del pasado del pensamiento ecuatoriano, exi-
ge revisar c o n cuidado l o hecho y l o p o r hacer e n orden a u n a
reflexión que p e r m i t a sentar ciertas normatividades que debe-
rán ser rectificadas en l a práctica m i s m a de l a investigación. M i
interés es d e t e r m i n a r ciertos parámetros teóricos que p e r m i -
t a n avanzar e n l a investigación de l a producción de u n cuen-
cano a l que todavía n o se le h a hecho j u s t i c i a : José Peralta. Es-
t i m o que l a investigación sobre e l pensamiento de Peralta
puede arrojar m u c h a luz sobre el problema metodológico e n l a
historiografía del pensamiento l a t i n o a m e r i c a n o , ayudando a
detectar nuevas y renovadas carencias, y colaborando e n l a
comprensión más completa de u n periodo m u y i m p o r t a n t e
en l a h i s t o r i a del Ecuador, que se conecta claramente c o n l a
h i s t o r i a del resto de l a Patria Grande.^^
Parece posible d e t e r m i n a r los grandes rasgos que d e f i n e n
algunas etapas e n l a historiografía ecuatoriana. "Preludia nues-
t r a historiografía u n ámbito mitológico, en él nada como pez e n

1^ Joaquín H e r n á n d e z , " F i l o s o f í a d e l a l i b e r a c i ó n o l i b e r a c i ó n d e l a ñ l o s o f í a " , e n


Cuadernos Salmantinos de Filosofía iii. U n i v e r s i d a d Pontificia de Salamanca, Salaman-
ca, 1 9 7 6 , pp. 3 7 9 - 4 0 0 .
^ " V a r i o s : E u g e n i o E s p e j o , Conciencia exitosa de mi época, PUCE, Q u i t o , 1 9 7 8 , 3 6 9 p p .
^1 A r t u r o A n d r é s R o i g , Esquemas para una historia de la filosofía ecuatoriana, PUCE,
Quito, 1 9 7 7 a , 1 4 5 p p .
^2 Cfr., m i s estudios, " L a utopía d e «Nuestra A m é r i c a » e n el pensamiento cuen-
cano", e n Revista del Banco Central del Ecuador, n ú m . 1; " S e r i e s y u t ó p i c o s e n e l pen-
s a m i e n t o c u e n c a n o " , p o n e n c i a a l T e r c e r E n c u e n t r o E c u a t o r i a n o d e Filosofía.
H O R A C I O CERUTTI GULDBERG

S U redoma J u a n de Velasco. Más tarde esa interpretación será


metafísica c o n González Suárez, o racionalista o dialéctica c o n
otros."^^
Según el texto citado, habría que d i s t i n g u i r e n esta histo-
riografía u n a etapa mítica, otra metafísica, u n a tercera racio-
nalista y, p o r último u n a dialéctica. Indudablemente, esta pe-
riodización es francamente insuficiente. Sólo puede tener u n
valor indicativo provisional. E n todo caso, l o que interesa n o es
t a n t o u n a periodización de l a historiografía e n general, sino
las periodizaciones propuestas p o r l a historiografía contem-
poránea más o menos disponible, caracterizando específica-
m e n t e l a historiografía del pensamiento ecuatoriano a u n e n
su escasa i m p o r t a n c i a c u a n t i t a t i v a y cualitativa.
Retomando l a p o n e n c i a de Ricaurte Soler se puede cons-
tatar que e n Ecuador n o h a habido producción enrolada e n l a
línea de l a historiografía m a t e r i a l i s t a de l a filosofía l a t i n o -
americana, p r o p i a de las décadas de los cuarenta-cincuenta,
c o m o e n el resto de América Latina. Algunos trabajos hay, pe-
ro no dentro de esta corriente, que se analizan más adelante. Sin
embargo, es interesante anotar que l a historiografía filosófi-
ca o del p e n s a m i e n t o se i n i c i a prácticaAiente j u n t o c o n l a
historiografía sociológica enmarcada e n la "teoría de l a depen-
dencia".^'* Esta preocupación múltiple de la intelectualidad ecua-
toriana contemporánea quizá esté i n d i c a n d o u n a situación
p r i v i l e g i a d a para c o m b i n a r l o positivo de ambos ciclos histo-
riográficos y avanzar e n l a superación de sus l i m i t a c i o n e s .
H a y u n a p r i m e r a serie de estudios que, evidenciando u n a
g r a n preocupación p o r l a u n i d a d l a t i n o a m e r i c a n a , n o avan-
zan más allá de resúmenes más o menos manualísticos o de
segunda m a n o a l i n t e n t a r u n a presentación de l a tradición
filosófica de nuestra América. E n t i e n d e n p o r filosofía u n a ac-
t i v i d a d estrictamente académica que se rige p o r los modelos
de filosofar europeo y n o evidencian estos textos n i n g u n a con-
ciencia d e l p r o b l e m a ideológico.

23 C l a u d i o C o r d e r o , " N o t a s e n t o m o a l a l e c t u r a d e J u a n d e V e l a s c o , Historial natu-


ral, historia antigua e historia moderna del Reino de Quito", ponencia al Primer Semi-
n a r i o d e Historiografía Económica y S o c i a l d e l E c u a d o r , C u e n c a , agosto d e 1976 (poli-
c o p i a d o ) , p . 1.
^* E l t r a b a j o d e F e m a n d o V e l a s c o e s u n a m u e s t r a d e e s t a a f i r m a c i ó n .
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE l A HISTORIA DE LAS IDEAS 61

E l p r i m e r trabajo que i n i c i a l a serie es el de Ramón Insúa


Rodríguez: Historia de la filosofía en Hispanoamérica?^ Desde el
p u n t o de vista f o r m a l el trabajo es sumamente deficiente, y a
que n o incorpora n i n g u n a clase de aparato crítico. Esto parece
u n a deficiencia común a todos los textos de l a serie, porque
las referencias, cuando las hay, son siempre vagas y a p r o x i -
madas. Alguna conciencia parece tener de esto el autor cuando
señala que:

.,.en el m o m e n t o actual, l a H i s t o r i a de l a Filosofía hispa-


n o a m e r i c a n a más que de vastas y aparatosas síntesis, de
elocuentes disertaciones, forzosamente superficiales y va-
gas, precisa se le consagren monografías críticas, b i e n en-
caminadas investigaciones biográficas, minuciosas b i b l i o -
grafías, estudios largos, silenciosos y solitarios.^''

Sin embargo, opta por:

.¿.vivificar l a m a t e r i a i n e r t e con el soplo inspirado del


poeta, viendo y juzgando el curso majestuoso de los acon-
t e c i m i e n t o s h u m a n o s desde aquella austera y l u m i n o s a
región, reservada a los genios, donde se u n e en estrecho
y consustancial abrazo. Verdad y Belleza.^^

De cómo se llegue a esta región, n o obtenemos respuesta


p o r parte del autor... La tarea crítica debe, j u s t a m e n t e , inda-
gar si es que realmente, más allá de l a belleza o el estilo de l a
exposición, l a verdad campea p o r el texto.
El discurso de Insúa se abre c o n u n a afirmación que renue-
va l a convicción sobre l a u n i d a d de América L a t i na expresada
a través de las ideas filosóficas. "Lo m i s m o antes que después
de l a Independencia, l a evolución de las ideas filosóficas se
realiza siguiendo u n curso u n i f o r m e desde México hasta l a Re-

^ R a m ó n I n s ú a R o d r í g u e z , Historia de la filosofia en Hispanoamérica, 2a. ed.. I m -


p r e n t a d el a U n i v e r s i d a d , G u a y a q u i l , 1949, 339 pp.
^Idem,p.9.
^^Idem, p.lO.
H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

pública Argentina."^^ Si b i e n es loable l a confianza manifies-


ta e n l a u n i d a d l a t i n o a m e r i c a n a , l a afirmación es m u y apre-
surada y n o cuenta c o n apoyo empírico. Indudablemente h a y
analogías en el curso del pensamiento entre los distintos países
de l a balcanización l a t i n o a m e r i c a n a , pero estas analogías, e
incluso identidades, están condicionadas a cronologías regio-
nales y a procesos i n t e r n o s que n o a d m i t e n u n a homogenei-
zación t a n s i m p l i s t a como l a propuesta.
Las dos terceras partes del trabajo de Insúa están dedicadas
al pensamiento de l a Colonia y, el texto e n general, organizado
a p a r t i r de l a siguiente periodización: Colonia, e n l a cual do-
m i n a la filosofía escolástica, c o n algunas variantes erasmistas,
suaristas y escotistas. E l utopismo, que ocupa u n lugar j u n t o a l
n e o p l a t o n i s m o . También, se dedica algún espacio a l a I n q u i -
sición, a l protestantismo, al judaismo, a las doctrinas regalistas,
a l a expulsión de los jesuítas, a los polígrafos. El siglo xviii que
presenta l a i n f l u e n c i a del enciclopedismo francés, el eclecti-
cismo y l a d o c t r i n a fisiocrática. Después de la Independencia
cuando se manifiesta la pugna política entre liberales y conser-
vadores que n o es decisiva filosóficamente, aunque condiciona
l a p o s i b i l i d a d m i s m a de pensar c o n serenidad.

Hispanoamérica -dice Insúa- vive durante su p r i m e r siglo


de Independencia e n constante estado constituyente, e n
perfecta i n t e r i n i d a d [...] T o d o g i r a a l derredor de l a po-
lítica: la filosofía, las ciencias, el arte, las industrias, el co-
mercio, l a v i d a entera. Los más ilustres pensadores pare-
cen delirantes.^^

E n esta perspectiva, a u n sin decirlo explícitamente se adhie-


re Insúa a la tesis europeísta para l a cual el p e n s a m i e n t o l a t i -
n o a m e r i c a n o n o sería t a l e n l a m e d i d a e n que l a preocupa-
ción política (filosofía práctica) l o aparta de l a especulación
p u r a (filosofía p r i m e r a o f u n d a m e n t a l , filosofía p u r a , meta-
física, etcétera). Y, cae, a continuación, e n la típica concepción

2» í d e m , p . 9 .

29 Idem, p. 2 4 2 .
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E W H I S T O R I A D E LAS I D E A S 63

de las oleadaSf negando toda posible evolución i n t e r n a en el de-


sarrollo del p e n s a m i e n t o l a t i n o a m e r i c a n o .
El p e n s a m i e n t o a m e r i c a n o continuó, después de l a Inde-
pendencia, como antes durante la Colonia, sujeto a l a i n f l u e n -
ciádéi europeo. Todas las escuelas filosóficas del Viejo M u n d o
t u v i e r o n e n el Nuevo expositores y adherentes de lucida talla.^°
Adviértase que habla de "expositores" y "adherentes" y n o
señala ningún rasgo p r o p i o n i característico, señalamiento p o r
crtra parte i m p o s i b l e e n l a m e d i d a e n que n o reconoce cierta
autonomía a l p r o p i o proceso de pensamiento y que n o concibe
al pensamiento como u n proceso en el cual son relevantes tan-
to SU m o m e n t o productivo cuanto sus efectos sobre el conjunto
social. Desde esta óptica, detecta l a d o m i n a n c i a del enciclope-
dismo francés, el pensamiento católico y el empirismo inglés.
También hace alguna referencia a l eclecticismo y a l krausis-
mOf pasando p o r último, a delinear las etapas positivista y de
crítica al positivismo.
¿Qué decir de esta periodización propuesta de hecho p o r
Insúa Rodríguez? E n p r i m e r lugar, sería de aplicación a ella
la aguda crítica de Gabriel Cevallos García, cuando a propósi-
to de l a historiografía d e l p e r i o d o c o l o n i a l señaló:

...encontramos, casi s i n excepción, englobados en el a m b i -


guo término colonia, tres siglos de existencia n o u n i f o r m e ,
u n cúmulo de sucesos de diverso signo, años de c r e c i m i e n -
to, de p l e n i t u d y menoscabo, es decir, hallamos bajo dicho
término situaciones históricas opuestas. Y tanto hemos sim-
plificado que p o r l o general se consideran sinónimos
términos como éstos: colonia, obraje, m i t a y encomienda.
Para muchas mentes, hasta pocos años hace, colonia, no sig-
nificaba sino u n a serie monótona, insípida, i n j u s t i f i c a b l e
de años de opresión, donde n o había sucedido otra cosa fue-
ra del desenfreno infame de los españoles que extorsionaban
a los infelices i n d i o s sojuzgados, c o n ayuda de tres i n s t i t u -
ciones i g u a l m e n t e monstruosas y c r i m i n a l e s : l a m i t a , e l
obraje y la encomienda. Esto era lo que, poco más o menos.

Idem, p. 244.
64 HORACIO CERUni GULDBERG

sabía cualquier flamante b a c h i l l e r o todo ecuatoriano me-


dio, sobre u n largo t i e m p o decurrido desde el siglo xvi has-
ta comienzos del siglo xix: cosa de trescientos años, los más
i m p o r t a n t e s para l a formación y v i d a del Ecuador y su
conformación espiritual, años más i m p o r t a n t e s quizás
que los cientos y tantos del periodo republicano.^'

Sin analizar, p o r ahora, l a limitación ideológica evidente


e n este texto de Cevallos, y a d v i r t i e n d o que ojalá l a a c t i t u d de
Insúa h u b i e r a sido l a de preocuparse p o r instituciones como la
m i t a , el obraje, etcétera, para t r a t a r de relacionarlas c o n el
proceso de p e n s a m i e n t o " c o l o n i a l " , l o interesante es destacar
el efecto ocultante del proceso histórico que u n a actitud apolo-
gética como l a de Insúa produce, u n efecto homogeneizador de
u n a r e a l i d a d compleja, efecto que, a l ser advertido p o r otro
apologista de l a mediedad latinoamericana, como Cevallos, e n
boca de sus adversarios ideológicos, le lleva a d e n u n c i a r l a ca-
r e n c i a de estudios pormenorizados y matizados respecto de
l a "colonia". Esta observación es l a que se debe recuperar.^^

31 G a b r i e l C e v a l l o s G a r c í a , Visión teórica del Ecuador, C a j i c a , Puebla, México, 1960,


p. 3 6 0 . B i b l i o t e c a E c u a t o r i a n a M í n i m a . C r e o p l e n a m e n t e j u s t i f i c a d o c i t a r a Cevallos
c o m o más adelante a l padre Vargas t o m a n d o e n consideración l a siguiente afirmación
de Cueva:

A ú n h o y , en cuanto a la forma y al método, l o s m e j o r e s e s t u d i o s d e carácter históri-


c o , l i t e r a r i o o artístico s i g u e n s i e n d o r e a l i z a d o s p o r g e n t e d e d e r e c h a (Cevallos
García es e l único pensador de nuestra historia, m a l q u e n o s pese), c u a n d o no
v i e n e n d i r e c t a m e n t e del c o n v e n t o o de l a m a n s i ó n señorial (chato, a b u r r i d o y
todo l o q u e se quiera, e l p a d r e V a r g a s es prácticamente e l único investigador de
n u e s t r a c u l t u r a q u e i n v e s t i g a s e r i a m e n t e ) . Entre la ira y la esperanza, C a s a de l a
C u l t u r a E c u a t o r i a n a , Q u i t o , 1 9 6 7 , p. 2 3 9 .

32 U n a v a n c e m u y s i g n i f i c a t i v o e n l a i n v e s t i g a c i ó n d e l p e r i o d o c o l o n i a l e s e l t r a -
b a j o d e S a m u e l G u e r r a , La filosofía en Quito colonial (1534-1767): sus condicionamientos
históricos y sus implicaciones sociopolíticas, Quito, 1976, tesis de doctorado, 505 pp.
mecanografiadas. E l lector queda decepcionado del nivel interpretativo e n u n trabajo
que i m p l i c a t a l recolección de d o c u m e n t o s y datos. L a interpretación se r e d u c e a l a
dialéctica dominadores/dominados, opresores/oprimidos, señor/siervo en lenguaje
" h e g e l i a n o " , m a t i z a d a c o n a l g u n a s i n c u r s i o n e s teológicas ( e n c i e r t o s e c t o r d e l a teología
d e l a l i b e r a c i ó n ) , p e r o r e a l m e n t e n o r e s p o n d e a l a e x p e c t a t i v a c r e a d a p o r e l subtítulo.
G u e r r a i n c l u y e u n "catálogo d e o b r a s c o l o n i a l e s de filosofía" C O U 2 5 6 t í t u l o s {cfr. pp.
4 1 3 - 4 7 6 ) . D e g r a n interés sería r e a l i z a r u n a e d i c i ó n crítica y u n análisis pormenoriza-
d o d e l o s d o c u m e n t o s e x i s t e n t e s s o b r e e s t e p e r i o d o y q u i z á n i n g u n a i n s t i t u c i ó n esté e n
m e j o r e s c o n d i c i o n e s d e r e a l i z a r l o q u e l a m i s m a U n i v e r s i d a d Católica.
HACIA UNA METODOLOGIA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 65

Otra limitación t r e m e n d a de l a periodización de Insúa está


dada por l a mezcla de criterios. Por m o m e n t o s , u n fenómeno
sociopolítico c o m o l a C o l o n i a p e r m i t e d i s c r i m i n a r u n p e r i o -
do como l a Escolástica. La Independencia es otro fenómeno
político que sirve para m a r c a r u n a división m u y poco consis-
tente a n i v e l del pensamiento. A p a r t i r de allí, se periodiza c o n
base en e l c r i t e r i o de " m o v i m i e n t o s " filosóficos c o m o el posi-
tivismo o su reacción, s i n conexión c o n el todo social. U n a
últiina observación: e n el texto de Insúa se encuentran refe-
rencias m u y dispersas a pensadores ecuatorianos inmersos e n
el m o v i m i e n t o global de l a filosofía e n Hispanoamérica, pero
en ningún m o m e n t o se a p o r t a n elementos que d e n cuenta de
la evolución p r o p i a del pensamiento ecuatoriano. Es interesan-
te anotar que e l cuencano José Peralta n o es siquiera m e n c i o -
nado por Insúa.
E n 1953 se realiza el P r i m e r Congreso de Filosofía y Filoso-
fía de la Educación e n Q u i t o . E l t e m a B estuvo dedicado a "La
América L a t i n a y l a filosofía". E l p r i n c i p a l expositor, e n esta
parte, ftie Santiago C a r r i l l o c o n u n a ponencia sobre "La trayec-
toria del p e n s a m i e n t o filosófico e n Latinoamérica".^^ Antes
de pasar a l a exposición y análisis de l a propuesta de C a r r i l l o ,
hay que señalar que el a m b i e n t e generalizado del congreso
fue el de u n a clara preocupación p o r a f i r m a r l a presencia,
validan y vigencia de u n pensar a m e r i c a n o s i n que estuviera
ausenta l a n a t u r a l carga polémica que el t e m a conlleva. E l
"saludo de b i e n v e n i d a a los delegados a l congreso", p r o n u n -
ciado por el doctor E m i l i o Uzcátegui, decano de l a Facultad de
Filosofía de l a U n i v e r s i d a d C e n t r a l y p r i n c i p a l p r o m o t o r d e l
mismo, m a r c a y a toda u n a línea de reflexión d e n t r o del con-
greso y trata de dar su sentido a l m i s m o . Vale l a pena, p o r
eso, recordarlo c o n cierta extensión.

No tenemos filósofos se nos h a dicho. ¿Pero qué de extraño


tiene esta afirmación c o n respecto a nuestro país [Ecuador],

A l f r e d o C a n i l l o , " L a t r a y e c t o r i a d e l p e n s a m i e n t o filosófico e n Latinoamérica",


e n Actas d e l P r i m e r C o n g r e s o de Filosofía y Filosofía de l a Educación, C a s a d e l a C u l t u -
r a E c u a t o r i a n a , Q u i t o , 10-15 de a b r i l de 1953, p p . 183-195. L a s c i t a s p o s t e r i o r e s referidas
a l C o n g r e s o r e m i t e n s i e m p r e a esta edición.
66 HORACIO CERUTTI GULDBERG

si l o m i s m o se h a a f i r m a d o de Latinoamérica, de España,
de los Estados Unidos? [...] No tenemos filósofos, se nos
repite c o n insistencia y contestamos: pues los formare-
mos...^''

E n este texto n o sólo se refleja el interés p o r valorar l a pro-


p i a reflexión sino u n a clara intención pedagógica como modo
de c o r r e g i r ciertas falencias. Y sigue el doctor Uzcátegui cues-
t i o n a n d o l a estrechez de u n cierto modelo de filosofar, u t i l i -
zado como c r i t e r i o cuando se trata de descalificar las preocu-
paciones teoréticas de los l a t i n o a m e r i c a n o s :

...es que se ha concebido a la filosofía c o n visión estrecha y


estrábica, c o n e n f o c a m i e n t o equivocado y opaco. No sólo
filosofa el tratadista de lógica, ética o estética, o q u i e n ex-
pone, sistematiza y d i l u c i d a la problemática axiológica,
ontológica o epistemológica. La filosofía es esto y m u c h o
más.
M a y o r m e n t e filósofo es el h o m b r e que m e d i t a c o n h o n -
dura y ocupa su m e n t e e n reflexiones sobre u n o cualquie-
ra de los arduos problemas de las ciencias filosóficas que
el m e r o didacta recopilador de esquemas y fórmulas me-
tafísicas o de o t r o o r d e n que p o r enésima vez relata l o que
o p i n a r o n sobre e l h o m b r e y e l m u n d o , sobre Dios y el a l -
ma...

Interesa destacar el señalamiento del p r o b l e m a del mode-


l o estrecho de filosofar, más que l a solución adoptada p o r
Uzcátegui. E n todo caso, i m p o r t a advertir el repudio explícito
de l a a c t i t u d m e r a m e n t e r e p e t i t i v a y manualística e n la ense-
ñanza de l a filosofía, r e p u d i o que será u n a constante d u r a n t e
el congreso y que se transformará e n resoluciones verdadera-
m e n t e renovadoras p a r a l a época.

¿Que n o somos originales? Verdad. ¿Pero p o r qué sólo se


nos h a de r e c l a m a r a nosotros o r i g i n a l i d a d , si siempre e l

^ Idem, p. 67.
35 Idem, p p . 67-68.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 67

m u n d o es i n d u l g e n t e c o n quienes son de su simpatía p o r


más repetidores que sean? N o existe n i puede e xis t ir l a
o r i g i n a l i d a d absoluta.^^

Queda señalado e l p r o b l e m a t a n discutido de l a o r i g i n a l i -


dad del pensar l a t i n o a m e r i c a n o . Y... viene l a afirmación, q u i -
35á poco fundada empíricamente, cosa i m p o s i b l e de hacer e n
u n discurso como el que glosamos, de l a existencia de actividad
filosófica entre nosotros. Afirmación que parece más u n a ex-
presión de buenos deseos que u n a constatación científica.

América, pese a sus detractores propios o extraños, h a teni-


do sus filósofos. Y e n Ecuador, como e n América toda, l a
filosofia se h a puesto de manifiesto y h a orientado muchos
de sus grandes acontecimientos, a veces c o n p r i o r i d a d a
los europeos.
Atahualpa, el inca fundador de nuestra nacionalidad, ¿qué
h i z o sino filosofar h o n d a m e n t e a l renegar de los oráculos
que l e habían engañado acerca de l a llegada de los espa-
ñoles y exclamar: "Dioses que m i e n t e n n o son dioses"?^^

Por último, Uzcátegui señala e n su discurso u n esfuerzo


p o r superar e l estrecho m a r c o académico para llevar la filo-
sofía a quienes n o podían acceder a l a institución u n i v e r s i -
taria:

J u n t o a esto vale m e n c i o n a r que actualmente ensaya [la


Facultad] u n e x p e r i m e n t o de trascendencia cual es e l de
l a democratización de l a filosofía, m e d i a n t e seminarios y
cursos a cargo de estudiantes de l a especialización que
i n i c i a n a obreros e n las exquisiteces de los campos filosó-
ficos.^^

^ Idem, p.68.
37 Idem, p p . 68-69.
^Idem, p. 70. E n t r e l a s m e d i d a s c i e r U m e n t e a v a n z a d a s p a r a l a época; desde e l
punto d e vista pedagógico, e l C o n g r e s o acuerda recomendar: 1. Q u e s e r e f o r m e l a
e n s e ñ a n z a d e l a filosofía, e n t o d o s l o s g r a d o s , s i m p l i f i c a n d o e n l o p o s i b l e l a e x p o s i c i ó n
de l a h i s t o r i a d e l a filosofía, y e n s e ñ a n d o a l o s a l u m n o s n o sólo a m e m o r i z a r nombres.
68 HORACIO CERUTTI GULDBERG

Y l a polémica también estuvo presente. E l doctor Oliver


Brachfeld, autor de u n a intervención que fuera calificada de
" o r i g i n a l l s i m a " sobre e l " p l u r a l i s m o " , filosofía de su i n v e n -
ción,^^ i n i c i a su p o n e n c i a c o n estas palabras:

¿A qué viene toda esa algarada y algarabía sobre l a Filoso-


fía americana, si la hay o n o la hay, o si algún día l a habrá?
¿Y si n o l a h a y todavía, p o r qué n o la h a y : y si efectiva-
mente l a hubiese, sería idéntica, semejante o diversa de l a
n o r t e a m e r i c a n a , o de l a española?^"

E n seguida surgió l a polémica cargada de agresividad bajo


el acápite " i m p a c i e n c i a s i n verdadera urgencia":

...no nacerá - y sobre todo n o nacerá a m e r i c a n a - sólo c o n


t a l que u n a docena de jóvenes, intoxicadas sus mentes
c o n l a a d m i r a b l e p r o f u n d i d a d de traducciones de obras
filosóficas extranjeras ( c o m o n o l a conoce actualmente
n i n g u n a otra cultura, t a n sólo l a hispánica y a que n i e n
francés, n i e n alemán podríais leer obras de Royce, de
Sciacca, de Santayana, n i e n inglés de Scheler o a N i c o l a i
H a r t m a n n , etcétera) deciden que n o sólo se "meterán a
filósofos", sino que i n m e d i a t a m e n t e 'crearán' u n a genui-
n a "filosofía c r i o l l a " (especialmente mexicana, y a que esta
"enfermedad de i n f a n c i a " parece hacer mayores estragos
e n e l g r a n país azteca). ¡Paciencia, señores, paciencia!'*^

fechas y filosofemas, s i n o t a m b i é n a p e n s a r , a f i l o s o f a r [...] 3 . L a p r o g r e s i v a dramatiza-


ción y visualización d e los métodos d eenseñanza d el a filosofía, siguiendo c o n ello l a
t e n d e n c i a general h o y i m p e r a n t e e n l a educación ( f o r m a dialogada de l a enseñanza de
t i p o mayéutico; c a r t e l e s , gráficos y otros m e d i o s d e visualización, s i n d e s c a r t a r s i q u i e r a
l a cinematografía y l a televisión) ( p . 6 1 ) . E s t e señalamiento n o debe h a c e r p e r d e r d e
v i s t a l a a c t i t u d elitista d e l "europeísta" B r a c h f e l d q u e h a c e p r o p u e s t a s "técnicamente"
a v a n z a d a s c o m o l a s precedentes, pero olvidando e l alto grado de analfabetismo e inco-
municación d el aregión c o n c r e t a e n q u e se p r e t e n d e a p l i c a r l a s . Así también, c o n t e m -
poráneamente, se v e n i n t e n t o s de educación a d i s t a n c i a o p o r c o r r e s p o n d e n c i a que, n o
sólo o l v i d a n estas l i m i t a c i o n e s d e l m e d i o , s i n o q u e s e c o n v i e r t e n e n c l a r a s a l t e r n a t i v a s
reaccionarias que atentan contra l a vida d el a s universidades quienes s o n las que,e n
todo caso, d e b e n estudiar l a s posibilidades de realización de estas i n n o v a c i o n e s .
39 A s í s e c a l i f i c a e s t a p o n e n c i a e n l a p . 1 3 d e l a s Actas.

^ O l i v e r B r a c h f e l d , " U n a discusión o c i o s a : «la filosofía a m e r i c a n a » " , op. cit., p . 1 9 6 .


*^Idem, p. 197.
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 69

E n f i n , l a interpretación psicologista de Brachfeld deja


lanchas dudas. E n t r e otras, ¿por qué los mexicanos e x p o n e n
^jfta problemática? ¿Es s i n más p o r i m p a c i e n c i a adolescente?
f0iS allá de esta p o n e n c i a : ¿cómo es posible que luego de u n
ffWStto, al i n i c i o de l a década de los cincuenta, e n el que se dis-
^^oütíiÉf, a veces apasionadamente, toda l a problemática comple-
jat^^ difícil de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a , aunque expuesta
muchas veces e n u n lenguaje simplista, l a discusión m u r i e r a
nHi-y n o fuera n u n c a retomada, a l menos a estar p o r l o que
jitiestiguan los textos?
•*m' Para t e r m i n a r esta breve consideración del congreso e n
iiq^ello que interesa a nuestro estudio, veamos cuál fue e l
ftporte de C a r r i l l o e n l a p o n e n c i a antes mencionada. Propone
« n a periodización m u y s i m i l a r a l a de Insúa, mezclando c r i -
terios i n t e r n o s a l a evolución del p e n s a m i e n t o filosóficos c o n
eóterios más b i e n "externos", provenientes de u n a h i s t o r i a
" m e r a m e n t e " política. Los periodos son, a su j u i c i o : Colonia;
ideas renovadoras en el siglo xviii donde destaca el u t i l i t a r i s m o
de B e n t h a m y su i n f l u j o e n Simón Bolívar; l a filosofía des-
piiéé de la Independencia c o n l a presencia del enciclopedismo
fírancés, el e m p i r i s m o inglés, del sensualismo de Condillac y
dbl eclecticismo francés de Cousin; el positivismo respecto del
cual adhiere a la propuesta de Ferrater M o r a que sigue ingenua-
mente la tesis de Alejandro K o m de u n "positivismo autóctono"
americano, y , p o r último, el núcleo de los fundadores del actual
m o v i m i e n t o filosófico: Deustúa, Vaz Ferreira, K o r n y Caso. Sin
dejar de señalar que después de 1930 l a i n f l u e n c i a p r e d o m i -
nante será l a del p e n s a m i e n t o e n lengua alemana (¿por qué
¿era...?), C a r r i l l o a f i r m a c o m o p r i n c i p i o j u s t a m e n t e l o que
parece u n a deficiencia de su m i s m a interpretación cuando
dice: "La filosofía contemporánea n o puede considerarse a
m a n e r a de u n c o n j u n t o , e n cierto m o d o «cerrado», c o m o h a n
sido entendidas las filosofías antigua, m e d i e v a l y moderna."^^
Plenamente de acuerdo e n que l a filosofía contemporánea es
u n a filosofía abierta, e n p e r m a n e n t e revisión, pero esto n o
autoriza a considerar "cerrados" los problemas de otros perio-

"2 C a r r i l l o , op. cit., p . 1 9 1 .


72 HORACIO CERUTTI GULDBERG

greso de Filosofía que: "...una h i s t o r i a de l a filosofía de Lati-


noamérica n o puede p r e s c i n d i r de su l i t e r a t u r a . Precisamen-
te e n nuestros pueblos es característica l a disolución de la fi-
losofía e n l a l i t e r a t u r a y e n l a política".^^
Esta observación, que b i e n podría haber m o v i l i z a d o u n a
serie de trabajos de investigación e n esa línea, n o fue atendida
n i discutida. Recién e n 1972 Galo Rene Pérez adopta u n esque-
m a de exposición donde se t o m a e n consideración, a l m i s m o
t i e m p o , e l p e n s a m i e n t o y l a l i t e r a t u r a ecuatorianos.^^ Para el
pensamiento ecuatoriano propone el siguiente esquema de pe-
riodización: Ja Colonia; la época prerevolucionaria (siglo xvin) de
la Ilustración; l a Independencia c o n l a oposición conservado-
res y liberales; l a Restauración liberal c o n J u a n M o n t a l v o y
E l o y Alfaro; e l siglb x x c o n l a i n f l u e n c i a d e l a r i e l i s m o y , p o r
líltimo, l a literatura de d e n u n c i a que hasta h o y encuentra
tema. D i c h a l i t e r a t u r a se renueva dado e l r i t m o l e n t o y preca-
r i o d e l desarrollo m a t e r i a l cuya consecuencia:

...ha saltado e n l a f o r m a de u n a pobreza i r r e m e d i a b l e . Se


muestra e n los m i l l a r e s de muchachos s i n escuela. E n l a
descalcez, t a n común. E n l a cólera pasmada de los traba-
jadores de la tierra. E n la cuchara vehemente del hambrien-
to. E n el rostro vergonzante del t u g u r i o . Y eso es, y todavía
seguirá siéndolo p o r largo t i e m p o , l o que i m a n t a l a p l u m a
de sociólogos, escritores políticos, periodistas y creadores
de l a l i t e r a t u r a ecuatoriana.^^

Galo Rene Pérez periodiza l a l i t e r a t u r a a p r o x i m a d a m e n -


te e n l a m i s m a f o r m a . A l a Colonia y su gongorismo sucede l a
Independencia y el siglo xix c o n su i l u m i n i s m o neoclásico y

••s C a r r i l l o , op. c i t . , p . 1 8 5 .
''•'Galo Rene P é r e z , Pensamiento y literatura del Ecuador (crítica y antología). Casa
de l a C u l t u r a E c u a t o r i a n a , C J u i t o , 1 9 7 2 , 5 2 3 p p . A p a r t e d e l a m e n c i ó n o n o d e nombres
significativos, s eh a criticado c o n razón a esta obra e l q u e "no e sposible, e n nuestro
tiempo, trabajar t a n importante y trascendente asunto, pensamiento y literatura ecua-
torianos, s i n bibliografía, s i n revisión bibliográfica y s i n innovación d e l a s fuentes"
( J u a n V i t e n D u r a n d , " U n l i b r o m á s . Pensamiento y literatura del Ecuador de Galo Rene
P é r e z " , e n A n a l e s de la Universidad de Cuenca, t. xxix, n ú m . 1-2, e n e r o - j u n i o d e 1 9 7 2 , p . 2 3 0 ) .
••^G.R. P é r e z , op. cit., p . 4 0 .
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 73

SUS temas: l a l i b e r t a d y e l progreso. Luego, e l r o m a n t i c i s m o


c o n S U - i n d i v i d u a l i s m o s o l i t a r i o que r e c l a m a la naturaleza. E l
siglo XX donde se c o n f i i n d e n los c r i t e r i o s p o r m o v i m i e n t o s y
p o r géneros cultivados, m o d e r n i s m o , costumbrismo, realismo
y 1930 c o n la n a r r a t i v a que manifiesta la respuesta al "reclamo
tiáürico" de sierra, selva y l i t o r a l . La costa con el grupo de Gua-
y a q u i l y l a sierra c o n e l i n d i g e n i s m o de Jorge Icaza. La poe-
afe y e l teatro también merecen u n a breve mención,
í Para l a c u l t u r a ecuatoriana en general se h a propuesto u n a
ollgattización epocal p o r siglos.^^
E n el caso del arte se ha p r o p o r c i o n a d o u n a periodización
m u y s i m i l a r a l a de l a c u l t u r a , pero r e s t r i n g i d a a l p e r i o d o
coloniaL^^
Gon diferente terminología y m a y o r densidad i n t e r p r e t a -
tiva se h a n propuesto para l a h i s t o r i a ecuatoriana, en general,
cuatro niveles o etapas que deben ser matizados cuidadosamen-
te dada la ambigüedad posible p o r la m i s m a denominación: e l
preincásico, el incásico, e l español-cristiano y el independien-
te-nacional.5"
Los criterios son semejantes en eclecticismo para la litera-
tura.^^ Agustín Cueva n o sobrepasa ese n i v e l de periodización y
p r o p o n e , de hecho, las siguientes etapas: e l p r e c o l o m b i n o ,
descubrimiento y conquista, c o l o n i a l p r i m i t i v o , c o l o n i a l cul-
terano, los proceres, el modernismo, la edad de oro de la litera-
tura ecuatoriana d u r a n t e l a p r i m e r a m i t a d del siglo x x c o n su
etapa más alta e n la década del t r e i n t a y la crisis a p a r t i r de los
cincuenta."

* F r á ; ^ J o s é M a r í a V a r g a s , O . P . , Historia de la cultura ecuatoriana, Casa de l a Cul-


t u r a E c u a t o r i a n a , Q u i t o , 1 9 6 5 , 5 9 7 p p . J e s ú s V a q u e r o D á v i l a , Síntesis histórica de la cultu-
ra intelectual y artística del Ecuador, E d i t o r i a l J o d o c o R i c k e , Q u i t o , 1946, 372 p p . S i n
m a y o r e s i n n o v a c i o n e s a p a r e c e h i s t o r i a d a l a e d u c a c i ó n : E m i l i o U z c á t e g u i , Historia de la
educación e n Hispanoamérica, E d i t o r i a l U n i v e r s i t a r i a , Q u i t o , 1 9 7 5 , 5 2 9 p p . cfr. c a p . x v i -
» esp.

- « F r a y J o s é M a r í a V a r g a s , O . P . , E l arte ecuatoriano, C a j i c a , Puebla, 1960, 581 p p .


Biblioteca ecuatoriana mínima.
^ G a b r i e l C e v a l l o s García, o p . cit., p. 289.
E r n e s t o P r o a f i o , Literatura ecuatoriana; galería de lírica, ensayo y relato, Cuenca,
1969, 4 a . ed., 316 pp, s/e.
" A g u s t í n C u e v a , La literatura ecuatoriana. Centro Editor de América Latina, Bue-
n o s A i r e s , 1968, 64 pp. E n c i c l o p e d i a L i t e r a r i a , 29.
74 HORACIO CERUTTI GULDBERG

Hay que señalar que el problema de la periodización de la l i -


teratura t a m p o c o se resuelve p o r u n recurso de i n t e r i o r i d a d
l i t e r a r i a , dado que j u s t a m e n t e l o que se busca y reclama es u n
m a r c o teórico que p e r m i t a explicar y analizar l a relación de
"lo l i t e r a r i o " c o n l o extraliterario, cuestión frente a la que fue-
r o n p a r t i c u l a r m e n t e sensibles los formalistas rusos, p o r hacer
u n a mención. Así, cuando se p r o p o n e "sacarle a l a h i s t o r i a de
la literatura ecuatoriana de esa visión tradicional y antiliteraria
para i n t e n t a r comprenderla, desde u n p u n t o de vista i n t e r i o r ,
como l a evolución de unos valores estéticos (distinguiendo
en ella) tres fases: la colonial, la colonialista y la nacional",^^ si
b i e n se logra u n a m a y o r apariencia de coherencia lógica, se
siguen escamoteando las dificultades decisivas del p r o b l e m a
de l a periodización. Por supuesto, el problema metodológico se
ve agravado si se i n t e n t a resolverlo p o r medio del método gene-
r a c i o n a l , que e n sí m i s m o supone u n a limitación ideológica
a l considerar l a producción, e n este caso l i t e r a r i a , c o m o pro-
ducto de u n a cierta élite cultural.^^
U n avance significativo e n esta problemática l i t e r a r i a ,
restringido a l campo de l a novela ecuatoriana, fíie el estudio de
Ángel F. Rojas.^^ Rojas tiene clara conciencia de l a relación
entre l o l i t e r a r i o y l o extraliterario. Esta conciencia se refleja
claramente e n el párrafo i n i c i a l de su estudio:

...los escritores de esta parte de América, como de n i n g u n a


otra quizá, rara vez h a n escatimado la intervención activa
en l a política n a c i o n a l y, p o r l o m i s m o , las obras de ficción
del Ecuador son u n a f o r m a de esta actitud. E l conocido
apotegma de que l a l i t e r a t u r a es l a traducción de u n esta-
do político y social, sentido p o r ellos más que deliberado.

*3 J u a n V a l d a n o , " L a s t r e s f a s e s d e l a l i t e r a t u r a e c u a t o r i a n a " , e n E l Guacamayo y la


Serpiente, n ú m . 4, C u e n c a , e n e r o d e 1 9 7 2 , p. 2 0 .
J u a n Valdano, " P a n o r a m a de las generaciones ecuatorianas", e n E l Guacamayo
y la Serpiente, n ú m . 11, C u e n c a , d i c i e m b r e d e 1975, p p . 67-121. E s u n esfuerzo merito-
rio el de V a l d a n o e n c u a n t o a recolección de m a t e r i a l e s se refiere, p e r o e l método elegi-
do puede l i m i t a r s e r i a m e n t e s u n i v e l interpretativo.
^5 Á n g e l F . R o j a s , La novela ecuatoriana. F o n d o de C u l t u r a Económica, México-Bue-
n o s A i r e s , 1 9 4 8 , 2 3 4 p p . T a m b i é n A r i e l , G u a y a q u i l - Q u i t o , s/f, 2 3 8 p p . c o n i n t r o d u c c i ó n
de H e r n á n Rodríguez Gástelo. C i t o e n e s t a ú l t i m a edición.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

está presente e n l o más representativo de sus produccio-


nes novelescas. De ahí que e n u n a obra destinada a seguir
el curso de l a novelística ecuatoriana n o puede prescindirse
n i de l a h i s t o r i a política del país, s i n g u l a r m e n t e acciden-
tada, n i de su sociología, r i c a e n contenido dramático. Por
estas razones se hará u n breve esquema de la historia del
Ecuador a l p r i n c i p i o de cada u n a de las tres partes e n que
hemos d i v i d i d o l a novelística ecuatoriana, esquema que
revelará l a estrecha relación de nuestra política c o n nues-
t r a literatura.^**

U n p r o b l e m a a señalar es presentable como i n t e r r o g a n t e :


¿es l o e x t r a l i t e r a r i o reductible sólo a "política"? O, ¿cuál es,
en todo caso, e l alcance que debe dársele a l término "políti-
ca"? Lo l a m e n t a b l e es que e n l a introducción a esta obra de
Rojas, e n l a edición A r i e l , se reduzca e l p r o b l e m a a m e r o
"contexto" socioeconómico y político y se a f i r m e que l a "apli-
cación de nuevos métodos, c o m o el t a n fecundo generacional,
podrán p e r m i t i r nuevas precisiones".^^
Agustín Cueva intentó u n a interpretación de la literatura y
la cultura ecuatorianas, retomando en parte el i n t e n t o de Rojas,
basándose e n categorías propuestas p o r Lukacs.^^ Entre la ira
y la esperanza es, a l decir de muchos críticos, l o más logrado de
su producción. Esta obra, además de testimoniar el estado aní-
niico de cierta intelectualidad ecuatoriana en la segunda m i t a d
de los sesenta, aporta u n a serie de sugerencias, pistas y m o t i -
vaciones que podrían haber i n f l u i d o e n el desarrollo de inves-
tigaciones posteriores. L a m e n t a b l e m e n t e n o h a o c u r r i d o así.
Con todo, esta obra es de indispensable lectura para aquellos
que q u i e r a n avanzar algo e n l a consideración del pensamien-
to ecuatoriano. A l m i s m o tiempo, atestigua la limitación meto-
dológica de u n enfoque todavía demasiado humanista, que tra-
baja c o n categorías u n poco vagas c o m o las de alienación o

^Idem, p. 11.
" Idem, p p . 9-10, c u r s i v a s d e l autor.
A g u s t í n C u e v a , Entre la ira y la esperanza (ensayos sobre la cultura nacional),
Gasa de l a Cultura Ecuatoriana, Quito, 1967, 2 6 6 p p . C i t a s explícitas d e L u k a c s s e
p u e d e n e n c o n t r a r e n p p . 54-55, 65 y 76.
76 HORACIO CERUm GULDBERG

cosmovisión. Es decir, la obra de Cueva muestra l a carencia


de u n i n s t r u m e n t a l que p e r m i t a el t r a t a m i e n t o adecuado del
p r o b l e m a ideológico. Por otra parte, n o soluciona l a cuestión
del enfoque feudal de l a sociedad ecuatoriana, hasta dónde
llega l o feudal, si h a sido t a l , c o n qué características, etcétera.
Cueva constata la supervivencia de l o colonial. No logra carac-
terizar este elemento suficientemente ya que, en caso de aceptar
su constatación, n o hay cómo explicarlo en su supervivencia.
T e n i e n d o e n cuenta la fecha en que Cueva escribe, estas l i m i -
taciones n o m e n g u a n e n nada el objetivo explícito e n el título
de la obra: conmover a l lector, i n d i g n a r l o frente a u n a realidad
i n i c u a y tratar de a b r i r las puertas a u n a esperanza activa en la
labor c u l t u r a l c o n el aporte de intelectuales c o m p r o m e t i d o s .
Prácticamente c o n la década de los setenta se i n i c i a e n
Ecuador u n a a c t i v i d a d historiográfica c o n i n s t r u m e n t a l críti-
co más afinado. La tesis de Fernando Velasco m a r c a u n h i t o
en cuanto a la utilización de las nociones proporcionadas p o r
l a d e n o m i n a d a "teoría de l a dependencia" a l caso ecuatori-
a n o . D e ahí e n más de u n a serie de estudios se h a n sucedi-
do i n t e n t a n d o aportar mayores precisiones conceptuales a
p a r t i r de u n riguroso trabajo de documentación empírica. El
I n s t i t u t o de Investigaciones Regionales de l a U n i v e r s i d a d de
Cuenca ( I I R D U C ) ha realizado en este sentido significativos apor-
tes.^" A l P r i m e r Congreso N a c i o n a l de Escuelas de Sociología
y Ciencias Políticas del Ecuador, llevado a cabo en Quito del 8
al 14 de agosto del año en curso, y al P r i m e r Seminario de His-
toriografía Económica y Social d e l Ecuador realizado e n
Cuenca del 19 a l 21 del m i s m o mes, se presentaron ponencias
realmente representativas.^^ E n c o n j u n t o , estos trabajos reve-

F e m a n d o Velasco, "Ecuador, subdesarrollo y dependencia", tesis p a r a obtener el


g r a d o d e e c o n o m i s t a . U n i v e r s i d a d Católica d e Q u i t o , 1974.
Se p u e d e n c o n s u l t a r las p u b l i c a c i o n e s del IIRDUC, e s p e c i a l m e n t e l a Revista.
E n t r e otros, los trabajos d e A l e j a n d r o M o r e a n o y a citado, Bolívar Echeverría,
" D i s c u r s o d e l a r e v o l u c i ó n , d i s c u r s o crítico"; A n d r é s G u e r r e r o y R a f a e l Q u i n t e r o , " L a
formación y e l r o l del Estado C o l o n i a l e n l a R e a l A u d i e n c i a de Quito: algunos e l e m e n t o s
p a r a s u análisis"; J o r g e F e r n á n d e z y D a v i d L o y o l a , " L a t r a n s f o r m a c i ó n d e l a e s t r u c t u r a e c o -
nómica de l a formación económico-social e c u a t o r i a n a e n el p e r i o d o cacaotero"; L e o n a r -
do E s p i n o z a , notas e n t o m o a l alectura d e l atesis d e F e m a n d o Velasco, "Ecuador, sub-
d e s a r r o l l o y d e p e n d e n c i a " . A l g u n o s d e e s t o s t r a b a j o s s e p u e d e n c o n s u l t a r e n Política y
Sociedad, n ú m . 1, S o l i t i e r r a , Q u i t o , 1 9 7 6 . H a y q u e a g r e g a r l o s t r a b a j o s p r e s e n t a d o s a l S e -
g u n d o E n c u e n t r o de H i s t o r i a y R e a l i d a d Económica y S o c i a l del E c u a d o r , C u e n c a , 1978.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE lAS IDEAS 77

l a n u n a clara conciencia sobre el p r o b l e m a de la periodización


pasado ecuatoriano y sobre los problemas metodológicos
que supone su estudio. U n a propuesta bastante adecuada y que
recoge los esfuerzos anteriores c o n actitud crítica es l a de J u a n
i(Sapancibia q u i e n presenta el siguiente esquema de periodiza-
CJén: u n a formación social servil dominada que va de 1532 has-
ta e l siglo XIX, u n periodo de transición de 1859 hasta 1950 y u n a
foínnación social capitalista d o m i n a d a que se i n i c i a a fines de
líi década del c i n c u e n t a y se p r o l o n g a hasta nuestros días. No
es e?l caso desarrollar todas las precauciones necesarias para
poder a s u m i r esta propuesta, n i los matices que i n t r o d u c e , n i
sus subperiodos. Tampoco interesa, p o r ahora, señalar sus po-
sibles l i m i t a c i o n e s . E l caso es que p e r m i t e u n a aproximación
crítica coherente a l a historia económica ecuatoriana.
Es i m p o r t a n t e destacar que, si b i e n e n estos trabajos se
explícita l a clara conciencia de l a necesidad de u n enfoque
totalizador que i n c l u y a el análisis n o sólo de l a infraestructura
s i p o t e l a supraestructura, el segundo aspecto es analizado e n
f o r m a m u y deficiente e n los pocos casos e n que se l o i n t e n t a .
E n general, los estudios son todavía demasiado economicistas,
probablemente p o r contar c o n u n a metodología más afinada y
c o n u i i a madurez m a y o r e n el campo de l a economía c o n res-
pecto a otras disciplinas. La tarea que cabe en este m o m e n t o ,
retomando y a m p l i a n d o l a propuesta de Ricaurte Soler, es com-
plementar estos análisis de t i p o socioeconómico c o n análisis
más completos de las instancias política e ideológica. Estos
permitirían, aparte de l a reconstrucción de ciertos periodos,
l a reformulación de l a metodología, superando e n g r a n m e d i -
da e l riesgo todavía presente de u n a reducción mecanicista-
^conomicista y aportando consecuencias decisivas a n i v e l
teórico y práxico.
U n esfuerzo i m p o r t a n t e e n este sentido l o representa l a
obra de A r t u r o Roig y a mencionada.®^ Roig adopta u n a posición
respecto d e l p r o b l e m a de l a periodización que es l a única
posible e n las actuales condiciones respecto del p e n s a m i e n t o

^^Me r e f i e r o a l a o b r a c i t a d a e n l a n o t a 2 1 , e s p e c i a l m e n t e a l c a p . i i , " P r o y e c t o d e
p e r i o d i z a c i ó n d e l a filosofía e n e l E c u a d o r " .
78 HORACIO CERUTTI GULDBERG

ecuatoriano. Se trata de c o m p a r a r distintos niveles del todo


social e n busca de establecer el "sistema de conexiones" entre
los mismos. E l p r o b l e m a queda así, pospuesto p r o v i s o r i a m e n -
te hasta t a n t o l a investigación aporte nuevos elementos que
p e r m i t a n avanzar e n la reformulación de u n a metodología más
adecuada. Esta solución n o puede ser aceptada más que como
u n m o m e n t o i n i c i a l de l a m i s m a investigación, puesto que pre-
senta l a seria limitación de c o m p a r a r elementos que apare-
cen como exteriores unos a otros, e n l a m e d i d a e n que n o se
cuente c o n los i n s t r u m e n t o s que p e r m i t a n analizar las relacio-
nes intrínsecas que entre ellos existen. Quiero decir, ¿cómo
analizar l a relación que se da entre t a l proceso político y t a l
proceso de pensamiento? Evidentemente la relación n o es n u n -
ca p u n t u a l , término a término, entre t a l hecho y t a l obra. No
estamos frente a u n a relación biunívoca donde el pensamiento
sea función de l o político o algo así, para usar l a analogía m a -
temática. Pero ¿cómo establecer las i n f l u e n c i a s m u t u a s entre
base y superestructura? Provisionalmente, n o queda más que
aceptar, como p u n t o de p a r t i d a , esta comparación entre dis-
t i n t a s "historias" a f i n de avanzar e n l a comprensión de l a
historia como tal. A l m o m e n t o de l a i n t e r d i s c i p l i n a debe suce-
der l a constitución de u n a ciencia histórico-social.

Indicaciones que pueden extraerse


del análisis del caso precedente
Como conclusiones del análisis d e l caso de l a historiografía
del pensamiento ecuatoriano se pueden establecer, entre otras,
las siguientes:

- S i b i e n se h a avanzado algo e n l a recopilación de mate-


riales, es necesario i n c e n t i v a r esta tarea p a r t i e n d o de u n
cierto m a r c o teórico que p e r m i t a su interpretación.
-Es indispensable realizar u n estudio del pensamiento, e n
sentido a m p l i o , que i n c o r p o r e u n a referencia explícita a
l a l i t e r a t u r a y a l arte.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 79

-Es menester m a n t e n e r el estado de p e r m a n e n t e proble-


m a t i c i d a d e n l o que se refiere a l a periodización, e n t a n -
to conlleva decisiones metodológicas de p r i m e r a i m p o r -
tancia.
- N o debe abandonarse, y p o r el contrario debe motivarse y
apoyarse, la investigación concreta, dado que la resolución
del p r o b l e m a metodológico, el i r afinando e l i n s t r u m e n -
t a l disponible, n o es tarea "especulativa" o apriorística sino
que surge de los resultados y del avance progresivamente
rectificado e n l a investigación m i s m a .

¿Alternativa epistemológica?
E l p r o b l e m a metodológico n o es u n p r o b l e m a autónomo sino
que está condicionado p o r l a decisión que se t o m e e n el cam-
po epistemológico en cuanto a l lugar de la filosofía dentro de la
ciencia social. Este problema de filosofía de l a filosofía es de
p r i m e r a i m p o r t a n c i a . A veces, suele aceptarse que l a filosofía
es u n m o m e n t o dentro del discurso y l a práctica de l a ciencia
social, pero p o r razones tácticas o posibilidades y condiciona-
mientos institucionales concretos, n o se va más allá de la mera
declamación de l a i n t e r d i s c i p l i n a r i e d a d s i n acceder jamás a
u n a meditación u n i t a r i a que p o s i b i l i t e superar l a escisión
a r b i t r a r i a y a r t i f i c i a l , ideológica en suma, i n t r o d u c i d a e n l a
práctica científica p o r l a supervivencia de l a intervención
política de l a filosofía idealista burguesa en sus distintos m a t i -
ces. Esta filosofía idealista, la más de las veces, está implícita,
tácita, n o tematizada. Esto n o es raro porque su tematización
implicaría de hecho y de derecho la m u e r t e de esta filosofía,
su anulación y superación. E n todo caso, nos encontramos e n
el t i e m p o difícil de l a maduración de l a ciencia social, cuando
quizá, está avanzando hacia su formalización. Lo que habría
que revisar es si l a metafórica "madurez" de u n a ciencia es si-
nónimo de formalización o si este m o d e l o f o r m a l n o es u n
avance, u n a intromisión " i m p e r i a l i s t a " de las matemáticas.
Pero, éste es t e m a que j u s t i f i c a otro artículo.
situación de los estudios
filosóficos y sociales
en el Ecuador en la actualidad*

• I J J D B J E T I V O de esta comunicación, elaborada como res-


H ^ ^ i e s t e a l a cortés invitación de los organizadores del
. J L ^ f i A l d l L i i o , es i n f o r m a r m u y brevemente sobre el de-
sarrollo de la labor filosófica e n el Ecuador y, subsidiariamente
en función de requerimientos de l a elaboración filosófica, acer-
ca de otras áreas de las ciencias sociales. Quede así r e s t r i n g i -
do a sus modestos límites el título bajo el cual se presenta esta
exposición que n o puede ser exhaustiva y que dejará de lado
i m p o r t a n t e s áreas de l a investigación (lingüística, antropoló-
gica, arqueológica, etcétera). La p a r c i a l i d a d de esta visión n o
obedece sólo a factores subjetivos sino también a las d i f i c u l -
tades c o n que tropieza l a difusión de las i n f o r m a c i o n e s y las
actividades culturales y científicas a l a n t e r i o r de nuestros mis-
mos países.
D u r a n t e horas se h a v e n i d o t r a t a n d o de Ecuador c o m o u n
objeto y es m i intención mostrar el problema desde l a perspec-
t i v a d e l sujeto. ¿Qué p i e n s a n los ecuatorianos sobre su p r o p i o
desarrollo filosófico e histórico? ¿Qué hacen o cómo rehacen
su historia? No soy quizá el más apto para desarrollar cabal-

capítulo c o r r e s p o n d e a l a redacción posterior de u n a participación e n el


Coloquio sobre Venezuela, Colombia y E c u a d o r , o r g a n i z a d o p o r l a Sección l a t i n o a m e r i -
c a n a d e l Instituto C e n t r a l 06 de l a U n i v e r s i d a d de E r l a n g e n Nürenberg de l a República
Federal Alemana. Se publicó o r i g i n a l m e n t e e n Latinamerika Studien: Venezuela, Kolum-
bien-Ekuador; Wirtschaft, Gesselschaft und Geschichte. München, Wilhelm Kinkt Verlag,
1 9 8 0 , B a n d 7, p p . 5 0 3 - 5 1 1 .

[81]
82 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

m e n t e esta temática. A s u m i e n d o m i s deficiencias m e presen-


t o aquí p o r u n entrañable sentido de coterraneidad, c o m o u n
c o m p a t r i o t a más u n i d o p o r lazos m u y sólidos, que n o caben
explicitar aquí, a ese trozo de geohistoria como p u n t o de inser-
ción m u y p r o f u n d a e n nuestra América. No v o y a presentar
resultados de investigaciones personales, sino aspectos de u n
m o v i m i e n t o s investigativo que, venciendo múltiples obstácu-
los y dificultades, se desarrolla c o n resultados sorprendentes
e n el Ecuador.
Se i m p o n e comenzar c o n u n a anécdota p r i v i l e g i a d a tanto
p o r sus protagonistas cuanto p o r sus consecuencias i m p r e s c i n -
dibles. Hace t r e i n t a años, c o m o parte de l a g i r a que Leopoldo
Zea realizara p o r la m a y o r parte del subcontinente estimu-
l a n d o l a realización de las historias de las ideas e n cada país
c o n u n a perspectiva l a t i n o a m e r i c a n a , tuvo u n encuentro en
Q u i t o c o n Benjamín Carrión. Éste recordaría p o s t e r i o r m e n t e
la entrevista c o n el m e x i c a n o y l a opinión que le m e r e c i e r o n
los intelectuales ecuatorianos c o n quienes c o m p a r t i e r a n gra-
tos m o m e n t o s . Parece que Zea confió a Benjamín Carrión que
eran "todos m u y simpáticos pero n i n g u n o filósofo". Lamen-
tablemente, estas palabras expresadas y recibidas c o n insospe-
chable simpatía f u n g i e r o n d u r a n t e años como consigna para
consolidar los obstáculos a todo desarrollo filosófico autónomo.
El Ecuador n o tenía filósofos, n o los había t e n i d o y n o tenía
h i s t o r i a filosófica. Era sólo t i e r r a de literatos. S i n embargo,
t r e i n t a años después, el m i s m o Leopoldo Zea t u v o ocasión de
c o m p a r t i r en Q u i t o u n a semana intensa de trabajo d u r a n t e el
I I I E n c u e n t r o Ecuatoriano de Filosofía realizado e n 1978. Allí
se mostró suficientemente que, n o solamente había m u c h o
trabajo filosófico p o r hacer e n Ecuador, sino que también era
posible recuperar críticamente toda u n a h i s t o r i a ideológica;
que h a y quienes están dispuestos a hacerlo y laboran e n eso. No
se trata c o n esto de zanjar el meneado p r o b l e m a de l a existen-
cia o n o de u n a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . Más b i e n , se trata
de n o evadir u n a i n m e n s a tarea obstaculizada d u r a n t e años
p o r u n a discusión esterilizante. Entonces, a l a desventaja de
carecer de antecedentes e n l a elaboración de l a h i s t o r i a de las
ideas e n el p r o p i o país, se le puede anteponer l a i n m e n s a ven-
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 83

taja de poder superar las deficiencias francamente idealistas


con qne esa tarea se realizó d u r a n t e las décadas del cuarenta
y cincuenta en el resto de nuestra América. También puede ser
vista como u n a ventaja la m u l t i p l i c i d a d de tareas que se requie-
ren: recolección de datos, organización de archivos, i n t e r p r e -
tación y crítica.
E n m i opinión, n o se trata de u n desarrollo autónomo y
per se de l a a c t i v i d a d filosófica, sino que l a m i s m a se mueve
y se desarrolla e n el terreno abierto p o r las ciencias sociales y
como c o n t i n u i d a d y c o m p l e m e n t o del esfuerzo investigativo
realizado e n esos campos. Conviene destacar aquí la presen-
cia, j u n t o a grupos de pensadores ecuatorianos, de otros l a t i n o -
americanos; más que «transterrados» - c o m o gustaba autodeno-
minarse José Gaos- se sienten coterráneos y saben que desde
u n a h i s t o r i a comiín p r e p a r a n u n proyecto solidario.

Historia económica y social


Este sector de estudios se ha desarrollado m u c h o en los últimos
años. Los trabajos pioneros de Agustín Cueva e n la década de
los sesenta. Entre la ira y la esperanza y El poder político en el
Ecuador, m a r c a n dos hitos decisivos en l a reelaboración, c o n
criterios científicos y críticos, del proceso histórico ecuatoria-
no. Ya e n l a década de los setenta cabe mencionar, también, el
intento de interpretación c o n criterios "dependentistas" e n l a
tesis del p r e m a t u r a m e n t e desaparecido Fernando Velasco.
Especialmente significativos son los trabajos que se v a n
desarrollando e n calidad y abundancia e n los siguientes sec-
tores: estudios de coyuntura como Ecuador, grietas en la domina-
ción, de Patricio Moncayo, análisis de m o v i m i e n t o s campesi-
nos, relaciones internacionales, estudios regionales, n a c i m i e n t o
y formación del m o v i m i e n t o obrero, etcétera.
Los p r i n c i p a l e s núcleos donde se desarrollan estas inves-
tigaciones son l a Facultad de Ciencias Económicas de l a U n i -
versidad de Guayaquil, e l D e p a r t a m e n t o de Sociología de l a
U n i v e r s i d a d C e n t r a l de Q ui t o , que p u b l i c a u n a revista espe-
cializada d i r i g i d a p o r Rafael Q u i n t e r o , y el I n s t i t u t o de Inves-
84 HORACIO CERUm GULDBERG

tigaciones Sociales (IDIS) de l a U n i v e r s i d a d de Cuenca que


también p u b l i c a u n a revista donde se d i f u n d e n los resultados
de las principales investigaciones. E n este último centro se des-
taca el énfasis y e l r i g o r c o n que se desarrollan los estudios
regionales bajo l a coordinación del director del I n s t i t u t o , Leo-
nardo Espinosa, y de Silvia Palomeque. D e l relevamiento sis-
temático del A r c h i v o Colonial de Cuenca h a n podido extraer y
organizar datos decisivos respecto de m i g r a c i o n e s i n t e r n a s
para el periodo c o l o n i a l y h a n p o d i d o analizar los mecanis-
mos de interrelaciones comerciales c o n el p o l o m i n e r o alto-
peruano, f o r m u l a n d o hipótesis fecundas para l a reelaboración
científica de u n a h i s t o r i a silenciada.
De toda esta labor h a n sido foros los Encuentros de His-
t o r i a Económica y Social I y I I llevados a cabo e n Cuenca
(1977 y 1978).

Filosofía, historia de las ideas,


historia de las ideologías
Esta elaboración filosófica, si b i e n tiene caracteres específicos,
se desarrolla como u n complemento indispensable a los estu-
dios históricos e n otros campos. Se trata de avanzar hacia l a
reconstrucción de u n a h i s t o r i a global que pueda dar cuenta
del concreto proceso histórico ecuatoriano, en relación c o n l a
historia latinoamericana y mundial.
D i c h a tarea h a debido vencer numerosos obstáculos, espe-
c i a l m e n t e el constituido p o r u n a conciencia reacia a aceptar la
p o s i b i l i d a d m i s m a de u n desarrollo filosófico-ideológico ecua-
t o r i a n o digno de ser constituido e n objeto de reflexión, recons-
trucción y estudio. Toda l a filosofía academicista h a negado
y niega l a p o s i b i l i d a d m i s m a de esta tarea p o r "carecer" de
"rigor", "altura", "serenidad" y "profundidad filosóficas". E l
Congreso I n t e r a m e r i c a n o de 1953 también mostró esa acti-
t u d , c o m o y a he señalado e n o t r o lugar. ^

' Cfr. " A p r o x i m a c i ó n a l a h i s t o r i o g r a f í a d e l p e n s a m i e n t o e c u a t o r i a n o " , e n Pucará,


n ú m . 1, C u e n c a , e n e r o d e 1 9 7 7 , p p . 2 1 - 4 8 , p r i m e r c a p í t u l o d e e s t e l i b r o .
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A HISTORUV D E LAS I D E A S

La labor historiográfica se desarrolla, a pesar de todo, e n


dos centros. E n e l D e p a r t a m e n t o de Filosofía de l a P o n t i f i c i a
Universidad Católica de Quito, donde opera u n equipo de estu-
dios latinoamericanos c o n la eficiente coordinación del direc-
t o r d e l Departamento, doctor Carlos Paladines. La E d i t o r i a l
de l a P U C E y l a Revista son órganos de expresión habituales de
este equipo. C o m o muestras de su producción pueden m e n -
cionarse los libros de A r t u r o Roig, Esquemas para una historia
de ta filosofía ecuatoriana, y la obra c o n j u n t a sobre l a persona-
lidad filosófica de Eugenio Espejo. E l otro centro ha sido la
Facultad de Filosofía de l a U n i v e r s i d a d de Cuenca. Allí se rea-
lizó u n a r e f o r m a completa del pensum o curricula de estudios
filosóficos, orientándolos decisivamente e n perspectiva lati-
noamericana.^ E n intensa colaboración c o n el Departamento
de Difusión de l a m i s m a U n i v e r s i d a d se h a v e n i d o p u b l i c a n -
do regularmente l a revista Pucará que ha merecido elogiosos
comentarios e n el país y e n el extranjero.^ También funcionó
u n Taller de Estudios Latinoamericanos donde se d i s c u t i e r o n

^Cfr. " F i l o s o f í a c o n o r i e n t a c i ó n l a t i n o a m e r i c a n a " , e n Pucará, n ú m . 2, C u e n c a ,


j u n i o de 1977, p p . 171-194.
^ C o n v i e n e r e p r o d u c i r aquí a l g u n a s líneas d e l reportaje q u e m e r e a l i z a r a Bolívar
Moyano y que apareciera publicado e n e l suplemento c u l t u r a l d e E l Telégrafo de
G u a y a q u i l e l 20 de agosto de 1978.

¿Qué es Pucará y q u é f i n a l i d a d e s p r e t e n d e ? Pucará es l a revista de l aF a c u l t a d de


Filosofía, L e t r a s y C i e n c i a s d e l a E d u c a c i ó n d e l a U n i v e r s i d a d E s t a t a l d e C u e n c a .
E s u n a publicación destinada a p r o m o v e r y difundir estudios de c i e n c i a s h u m a n a s
y s o c i a l e s c o n u n e s p e c i a l énfasis e n l a d i m e n s i ó n l a t i n o a m e r i c a n a d e l o s m i s -
mos. L a elevación d e l n i v e l académico d e n u e s t r a F a c u l t a d y l a promoción d e
investigaciones de nuestra p r o p i a realidad c o m o ingredientes especiales de toda
docencia universitaria son finalidades que c o n d i c i o n a n l a existencia m i s m a de l a
p u b l i c a c i ó n [...] S i Pucará es l a afirmación de l a fuerza, de l a voluntad, de l a pre-
sencia o u n a revista para e l combate, e npalabras d e I v á n C a r v a j a l , ¿hasta q u é
punto cree que dicha presencia o dicho combate se h a n dado entre nosotros,
frente a l a publicación que usted orienta desde la U n i v e r s i d a d Estatal d e C u e n c a
y s u F a c u l t a d d e Filosofía y L e t r a s ? E s m e n e s t e r a c l a r a r a q u é c o m b a t e se h a c e refe-
r e n c i a aquí. E s e l c o m b a t e d e l a crítica a t o d o s s u s n i v e l e s . C o n t o d o e l r e s p e t o p e r -
tinente, es n e c e s a r i o r e c o n o c e r que, e n n u e s t r o m e d i o n o se h a desarrollado toda-
vía e n l a m e d i d a s u f i c i e n t e u n a crítica r i g u r o s a , ú n i c o a m b i e n t e a p t o p a r a q u e l a
t a r e a i n t e l e c t u a l y artística a v a n c e c o n s t a n t e m e n t e . M u c h a s v e c e s s e g u i m o s con-
fundiendo l a crítica c o n u n a v a c u a retórica apologética o c o n a t a q u e s personales
d e n i g r a n t e s . D e m a s i a d o p o c o s e d e s a r r o l l a l a crítica b i e n f u n d a d a q u e a y u d a a c r e -
c e r y r e c r e a r l a s p r o p i a s p o s i c i o n e s . E s t a p r e s e n c i a d e u n foro crítico e s l a q u e
quiere cubrir Pucará.
86 HORACIO CERUTTI GULDBERG

cuestiones metodológicas e n relación c o n problemas filosófi-


cos e ideológicos.
Los encuentros de filosofía realizados en Q u i t o y Cuenca
h a n servido de estímulo y foro para toda esa tarea. Especial
i m p o r t a n c i a tuvo el I I I Encuentro de 1978, cuya temática cen-
tral, "Problemas actuales de la filosofía en el ámbito latinoame-
ricano", permitió evaluar cabalmente l o que se venía haciendo.
No debe descuidarse el apoyo decidido que viene b r i n d a n d o
el Centro de Investigación y Cultura del Banco Central del Ecua-
dor. La colección de antologías del p e n s a m i e n t o ecuatoriano
que se está preparando y la Revista, son clara expresión de este
apoyo que se traduce también e n subsidios para reuniones
científicas y otras publicaciones.

Literatura
Este aspecto puede ser m e n c i o n a d o aquí de m o d o m u y m a r g i -
n a l . Sin embargo, m i e n t r a s nadie duda de la existencia de u n a
literatura l a t i n o a m e r i c a n a c o n u n estilo y u n a fisonomía m u y
propios, p e r m a n e n t e m e n t e se duda de u n a filosofía, quizá por-
que ésta n o h a encontrado todavía su m o d o de expresión.
No soy especialista en literatura pero, frente a expresiones
m u y autorizadas vertidas e n este coloquio, debo hacer algunos
señalamientos m u y apresurados. Parece u n a verdad de todo
peso que n o h a y l i t e r a t u r a ecuatoriana después del i n d i g e n i s -
mo, carencia sobre todo sentida e n novelística, y que n o ha
habido n u n c a crítica, salvo m u y honrosas y aisladas excepcio-
nes. S i n embargo, los esfuerzos de La Bufanda del Sol, l a can-
t i d a d de talleres l i t e r a r i o s que la suceden e n todo el país, los
p r e m i o s Espinosa P o l i t que a n u a l m e n t e ha discernido la P U C E ,
Entre Marx y una mujer desnuda de Jorge E n r i q u e A d o u m ,
quizá n o sean meros episodios e n u n a búsqueda incesante y
dolorosa. La obra densa y c o n t i n u a de Efraín Jara Idrovo que
c u l m i n a en Sollozo por Pedro Jara y l a c o n t i n u i d a d y calidad
de El Guacamayo y la Serpiente, quizá l a m e j o r revista litera-
r i a d e l país, a p o r t a n m u c h o e n todo este proceso. La concien-
cia de l a necesidad de u n autoexamen riguroso y del f o m e n t o
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

de u n a labor crítica i n c i p i e n t e ha cuajado en el I Encuentro de


Escritores realizado en Cuenca a fines de 1978 c o n l a f i n a l i -
dad de evaluar l a problemática t o t a l de l a l i t e r a t u r a ecuatoria-
na después del treinta, especialmente de los años cincuenta a
nuestros días.^
Ya para t e r m i n a r , y dado que este texto se h a r e c o n s t r u i -
do t o m a n d o como base los apuntes de l a improvisación o r a l
realizada e n el coloquio, conviene aclarar algunas inquietudes
que se f o r m u l a r o n a m o d o de preguntas y que l a escasez de
t i e m p o impidió desarrollar de m o d o coherente.
E n l o que se refiere a l a revaloración del pasado, entiendo
p o r tal, la aceptación crítica de la existencia y el desarrollo de
u n a cierta reflexión ideológico-filosófica, que se desarrolla
como parte del proceso histórico que vive el país y el subcon-
tinente, a l servicio de intereses y sectores sociales que pueden
ser determinados, así como los mecanismos p o r los cuales
operan y cómo o p e r a n estos discursos. Obviamente, este estu-
dio n o trata de r e m i t i r directamente discursos filosóficos a
interpretaciones de procesos económicos o políticos, sino más
b i e n , de estudiar l a especificidad, e l desarrollo, l a evolución
y el f u n c i o n a m i e n t o de estos discursos en los aparatos ideo-
lógicos de que f o r m a n parte y, ahora sí, enmarcados en los
procesos históricos que i n t e g r a n . Por otra parte, esta revalo-
ración del pasado t i e n e como objetivo l o que tantas veces h a
señalado Leopoldo Zea: n o se trata de renegar de nuestro pasa-
do para rehacemos según u n pasado y u n presente extraños,
sino de reconocerlo y practicar c o n él u n a verdadera Aufkebung
en el t r i p l e sentido de supresión, conservación y elevación.
Si se quiere, todavía más, de poder romper eficazmente c o n él y
de que n o se repi ta l o del dicho p o p u l a r de la "independencia":
"último día del despotismo, p r i m e r o de l o m i s m o " . . .
E n l o que hace e l aporte i n d ud a b l e de Ángel Felicísimo
Rojas e n La novela ecuatoriana, he analizado la cuestión e n
otro lugar.5 Cabe señalar que de n i n g u n a m a n e r a puede con-

^ L a s p o n e n c i a s d e este e n c u e n t r o aparecerán e n u n n ú m e r o monográfico d e l a


Revista del Banco Central correspondiente a abril de 1979.
Cfr., a r t í c u l o m e n c i o n a d o e n n o t a 1.
88 HORACIO CERUTTI GULDBERG

siderarse ya realizada e n esa obra la penosa y fructífera tarea


historiográfico-filosófica e ideológica que se está realizando
h o y en el Ecuador. U n a afirmación así sólo podría sostenerse
desde el desconocimiento de l a obra de Rojas, de l a tarea que
actualmente se realiza, o de ambas. E n todo caso, sí es correc-
to afirmar que se pretendió, en su momento, que la obra de Rojas
cubriera este p a p e l y esta función. No p o r nada la p r i m e r a
edición de l a obra se h i z o e n l a Colección T i e r r a F i r m e del
F C E donde se d i e r o n a conocer l a m a y o r parte de los esfuerzos
historiográficos realizados durante las décadas de los cuarenta
y c i n c u e n t a dando a l u z la h i s t o r i a de las ideas en l a m a y o r
parte de nuestros países. La obra de Rojas daba allí l a presen-
cia ecuatoriana pero e n l i t e r a t u r a , c o n aportes más a m p l i o s
para u b i c a r l a novelística, pero nada más.
F i n a l m e n t e , conviene señalar que es m u y cierto que se
desarrollaba u n a labor filosófica en San Gregorio (Quito) y con
u n r i g o r académico encomiable. Esto l o a f i r m o y también que
se estudiaba y hacía filosofia e n muchos otros centros c o n más
o menos rigor. Pero, lo que también a f i r m o , es que esa filosofía
que se desarrollaba de u n m o d o academicista, cumplía fun-
ciones ideológico-sociales que deben ser estudiadas y fijadas
en relación c o n otras ideologías obreras y campesinas que n o
se d e s a r r o l l a r o n e n centros académicos e, incluso, e l m i s m o
p e n s a m i e n t o político que n o h a sido todavía cabalmente eva-
luado n i caracterizado. Lo "nuevo", si es que de eso se trata, es
la preocupación p o r hacer de todo esto u n objeto de estudio
c o m p l e m e n t a r i o a otros avances e n otros terrenos, capacitan-
do investigadores e n el específico " r i g o r " y metodologías que
esta labor exige.
El pensamiento y la cultura
en nuestra América;
tareas filosóficas pendientes
para coterráneos*
Ni este presente puede cobrar y lograr
la debida conciencia plena de si mismo
sino en y por su Historia de la Historia anterior
( J O S É G A O S , En torno a la filosofía mexicana).

H , , N | M A Ñ O S de m u y pocos, con seguridad demasiado pocos,


H se e n c u e n t r a h o y l a posible destrucción t o t a l de u n a
.J^mJmmákniádiá que ha c a m i n a d o hasta h o y n o s i n t r o p i e -
zos y t i n t a e n sangre, pero n o todavía s i n esperanzas. ¡Allá esos
pocos c o n su conciencia! ¡Acá toda l a i n m e n s a mayoría de l a
h u m a n i d a d que n o debe cejar e n su empeño p o r e l i m i n a r ese
peligro i n t o l e r a b l e !
Frente a esta amenaza esgrimida p o r los pocos y podero-
sos, los muchos y débiles de este m u n d o t i e n e n todavía algunas
alternativas. La p r i m e r a de ellas es u n a a l t e r n a t i v a de con-
ciencia y n o p o r ello menos valiosa. Es l a que expresara m u y
b i e n u n cubano, teólogo cristiano, c o n ocasión de la famosa cri-
sis de los cohetes. La isla estaba entre dos fuegos, l a h u m a n i -
dad también. Su r a z o n a m i e n t o puede resumirse como sigue.
Algún día cada i n d i v i d u o h a de m o r i r . No h a y g r a n diferencia
en e l p l a n o i n d i v i d u a l entre m o r i r cada u n o o m o r i r todos
juntos, aparte del absurdo que ello i m p l i c a . La lucha p o r la jus^
ticia debida n o puede verse menoscabada p o r esa amenaza y
la revolución va, sigue yendo. Cabría agregarle a este argumen-
to de vida o muerte, p o r de p r o n t o , aquello de l a canción cuan-
do dice "nuestra t i e r r a que está l l e n a de m u e r t o s c o n d i g n i -
dad... " U n a d i g n i d a d que n o es m e r a bravuconada o flirteo

*Este ensayo apareció a n t e r i o r m e n t e e n Latinoamérica, n ú m . 14, U N A M , México,


1981, p p . 565-567.

[89]
90 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

machista c o n l a muerte, sino c a m i n o de búsqueda de u n a jus-


t i c i a que supone l a única solución a l peligro de l a destrucción
total y a la i n h u m a n i d a d de l a muerte lenta, día a día, de m i l l o -
nes de seres en el m u n d o entero. Muerte lenta p o r hambre, p o r
inanición o p o r i m p o s i b i l i d a d de desarrollarse en p l e n i t u d de
sus capacidades. No se trata de m o r i r , aceptando o a d h i r i e n d o
a aquella mística "verdad" que reza "sangre de mártires semi-
l l a de..." otros mártires, que tanto daño ha hecho a l a concep-
tualización y a l a práctica de las fuerzas progresistas latino-
americanas. Se trata, más bien, de racionalizar la amenaza y el
riesgo para quitarle su fuerza paralizante y poderlo enfrentar.
¡Se trata de v i v i r en p l e n i t u d n o aceptando migajas de medias
vidas! ¡Se trata de i r construyendo los i n s t r u m e n t o s organiza-
tivos que hagan posible esa vida plena para nosotros y nuestros
hijos!
Esta alternativa de conciencia enlaza necesariamente c o n
l a búsqueda de l a concreción política de u n m u n d o otro, más
solidario y c o n l a lucha cultural que le es complementaria. Son
las tareas del presente muchas y variadas, y, también h a y que
decirlo, n o excluyentes. E n t r e ellas está l a de recuperar críti-
camente nuestro pasado y nuestras tradiciones. No para resu-
citar muertos arqueológicos, deleite de especialistas, sino para
e x a m i n a r u n pasado que n o a d m i t e ser borrado s i n grave me-
noscabo del diagnóstico y de l a p l e n i t u d del presente.
Este p r o b l e m a fue de algún m o d o planteado e n décadas
anteriores c o m o búsqueda de l a i d e n t i d a d c u l t u r a l . U n p r o -
b l e m a que h o y se plantea e n términos de solidaridad entre
hombres concretos, de carne y hueso, que n o quieren n i pueden
r e n u n c i a r a u n pasado, a su pasado, para n o verse obligados a
seguir sobreviviendo e n u n presente y hacia u n f u t u r o ajeno
y extraño. La reedición de l a obra del maestro Gaos (£n torno
a la filosofía mexicana, Alianza, México, 1980, 190 pp.) realiza-
da p o r el maestro Leopoldo Zea se inscribe dentro de este es-
fuerzo. Hace y a tres décadas, e n l a p r i m e r a edición de esta
obra (Porrúa y Obregón, 1952, 90 pp. y 2o. vol. 1953, 83 pp.), se-
ñalaba el maestro José Gaos la i m p o r t a n c i a de realizar l a his-
t o r i a de l a historiografía l a t i n o a m e r i c a n a . U n a tarea nada i n -
genua sino decisiva para d e t e r m i n a r los modos e n que se h a
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 91

ido a r t i c u l a n d o nuestra conciencia. U n a tarea que h o y , des-


pués de 30 años de fecunda labor historiográfica e n nuestra
América y contando con los aportes de la teoría del discurso y
de l a teoría de l a ideología, podemos y debemos desarrollar. La
historia de l a historiografía es l a cruz de los historiadores y
u n a de las labores más decisivas para i l u m i n a r l a dimensión
epistemológica y metodológica del rescate del m u n d o y de l a
construcción del futuro s i n desdeñar el presente.
¿Tareas de exiliados? Quizá... E n todo caso, tareas que abar-
cando a esta América - q u e llega en ciertos sentidos a los P i r i -
neos- y a se l a p l a n t e a r o n aquellos españoles que dejaron p r o -
funda h u e l l a entre nosotros c o n su magisterio. E r a n aquellos
que gustaban deno m i n a r s e a sí m i s m o s transterrados. Para
nosotros, n o ciudadanos del m u n d o , pero sí l a t i n o a m e r i c a n o s
obligados como decía Brecht a c a m b i a r más de país que de za-
patos, n o se trata de destierro, n i siquiera de t r a n s t i e r r o . Más
b i e n somos y n o podemos ser más n i menos que coterráneos.
Una coterraneidad n i telúrica n i espiritual surgida de u n a u n i -
dad m u y concreta: l a u n i d a d c u l t u r a l . No de l a c u l t u r a hecha,
sino de l a p o r hacer rehaciendo l o hecho, confeccionando u n a
p a t r i a que, c o m o d i j e r a n Gaos y Marechal, n o es u n a m a d r e
sino u n a h i j a p o r hacer en su pasado, presente y, sobre todo,
desde éste, e n su futuro. U n a u n i d a d n o del r e i n o de l a m u e r -
te, l a dependencia y la dominación sino de l a solidaridad en el
i proyecto común.
¿Utopía? Seguro. Lo m a l o n o es tener buenos sueños. Lo
. m a l o es n o trabajar sistemática, metódica y rigurosamente
1 para realizarlos y evitar que se c o n v i e r t a n e n pesadillas.
L ¡No es u n a q u i m e r a , es u n a utopía...!
»
Historiografía, utopía
y filosofía latinoamericana*
E l ser que condiciona la conciencia, como la
conciencia que elabora el ser, se enriende en último
término, sólo en aquello desde lo que procede y hacia
lo que tiende. La esencia no es la preteridad; por el
contrario, la esencia del mundo está en el frente.
( E R N S T B L O C H , E l principio esperanza.
Aguilar, Madrid, 1 9 7 7 , i, p. x x v i i i ) .

I AS R E F L E X I O N E S que SC desarrollan e n seguida son m o -


menáos de u n a meditación n o acabada sino apenas
mbJmaáa y todavía e n ciernes. U n a meditación i n c o n -
clusa, probablemente n o p o r pereza m e n t a l de q u i e n l a presen-
ta sino p o r l a ambición que encierra, c o n virtiéndola más e n
p r o g r a m a para u n equipo de investigadores que e n afán para
u n solo aventurero...
No p o r azar u n a porción considerable y significativa de la
feflexión filosófica l a t i n o a m e r i c a n a contemporánea h a sur-
gido de l a m a n o o c o m o resultado de u n a p r o l i j a y m i n u c i o s a
labor historiográfica que desde la década de los cuarenta, apro-
ximadamente, h a i d o reconstruyendo, bajo e l rótulo académi-
co de "historia de las ideas" o "del pensamiento", los avatares del
devenir de l a conciencia e n l a m a y o r parte de nuestros países
latinoamericanos. Esa labor historiográfica suponía, y en l a
mayoría de los casos ha i d o e x p l i c i t a n d o , u n a filosofía cuyos
caracteres h a n p r o m o v i d o múltiples y fecundas discusiones.
La obra p r o d u c i d a e n estos cuarenta años p o r aquellos pen-
sadores que c o n f o r m a n l o que A r t u r o A r d a o - u n o de sus a n i -
madores- h a l l a m a d o l a etapa "historicista" d e l pensamiento
l a t i n o a m e r i c a n o , es de u n a riqueza todavía p o r descubrir e
integrar a l a reflexión contemporánea l a t i n o a m e r i c a n a . Pero,

•Texto de l a p o n e n c i a presentada e n el P r i m e r Congreso N a c i o n a l d e Filosofía,


Guanajuato, 1 9 8 1 .

(93)
HORACIO CERUTTI GULDBERG

a l a vez que se subraya esta recuperación, es necesario desta-


car que l a h i s t o r i a - c o n t r a r i a m e n t e a l o que c o t i d i a n a m e n t e
parece- es l o más variable. No p o r sida queda como está. La
h i s t o r i a puede y debe ser reiterada y pacientemente recons-
t r u i d a desde nuevas situaciones, casi m e atrevería a decir co-
y u n t u r a s , que p e r m i t e n i l u m i n a r nuevas facetas y u b i c a r me-
j o r l a labor actual y las tareas futuras. Ya va llegando l a h o r a
de lanzarse decididamente a l a tarea de reconstrucción de
nuestra h i s t o r i a ideológica; reconstrucción que debe estar a l a
altura de l a labor que nos h a precedido.
H a sido e l panameño Ricaurte Soler q u i e n significativa-
m e n t e señalara, quizá p o r p r i m e r a vez, l a i m p o r t a n c i a de
revisar - v a l o r a n d o y c o m p l e m e n t a n d o - l a metodología u t i l i -
zada para elaborar l a reconstrucción historiográfica de nues-
t r o pasado ideológico.^ He retomado sus valiosas observacio-
nes e n otro lugar^ y m e agradaría i n t e n t a r aquí e l agregado
de algunos elementos que colaboren a l a constitución de u n
p r o g r a m a común. Ésta n o es, como podría parecerlo, u n a
m e r a preocupación e r u d i t a . Y cabe hacer l a aclaración n o
porque l o erudito tenga nada de despreciable, m u y p o r el con-
t r a r i o , sino porque aquí se cree a p u n t a r a u n p r o b l e m a deci-
sivo. De u n a revisión de nuestra historiografía y , a través de
ella, de nuestra m i s m a conciencia e i n c o n s c i e n c i a de l a his-
t o r i a y d e l presente, puede que surjan filosofares diversos o
unos pasos más, los que nos corresponden, e n esta y a larga
serie de pasos que v a n c o n s t i t u y e n d o l a reflexión filosófica
l a t i n o a m e r i c a n a , todo l o p r o v i s i o n a l y falta de o r i g i n a l i d a d
(es l o de menos, e n todo caso) que se quiera. Vale decir, si a
p a r t i r de u n a labor historiográfica fue posible e x p l i c i t a r l a
filosofía que l a sustentaba, es probable que otro esfuerzo histo-
riográfico, p u l i e n d o su metodología a p a r t i r de l o ya desarrolla-
do, saque a la l u z otros supuestos filosóficos que c o n s t i t u y a n
otras construcciones de diversos sentidos. Es que u n a recons-

1 Cfr. R i c a u r t e S o l e r : " C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e l a h i s t o r i a d e l a filosofía y d e l a s o c i e -


dad latinoamericanas", e n v a r i o s a u t o r e s La filosofía actual en América Latina, Grijalbo,
México, 1976, p p . 153-163. Teoría y p r a x i s , 25.
^ Cfr. H o r a c i o C e r u t t i G u l d b e r g , " A p r o x i m a c i ó n a l a h i s t o r i o g r a f í a d e l p e n s a m i e n t o
e c u a t o r i a n o " e n Latinoamérica, U N A M , México, 1978, p p . 215-244, p r i m e r capítulo de este l i b r o .
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E lA H I S T O R I A D E I A S I D E A S 95

trucción que a u m e n t a r a y enriqueciera los sentidos n o sólo


nos devolvería nuestra historia sino que la integraría a l proce-
so futuro que v e n i m o s y a p r e v i v i e n d o .
Ricaurte Soler, e n el trabajo mencionado, señalaba que, e n
alguna medida, la reflexión del "historicismo l a t inoa m e ric a no"
n o rebasó u n cierto n i v e l de remisión de las ideas a clases o
grupos sociales s i n m a y o r especificación. El positivismo en
México de Leopoldo Zea era citado p o r Ricaurte Soler como
valioso ejemplo paradigmático a l que se ajustaron e n m a y o r
o m e n o r - g e n e r a l m e n t e e n m e n o r - m e d i d a investigaciones
ulteriores. Y era esto explicable, dado que n o se contaba p o r
aquellos años c o n historiografía suficiente de economía o so-
ciedad e n América L a t i n a a l a cual el h i s t o r i a d o r de las ideas
pudiera r e m i t i r s e . Posteriormente, sigue explicando Ricaurte
Soler, surge l a "teoría de l a dependencia" e n u n esfuerzo p o r
estudiar económica y sociológicamente nuestra realidad pero,
dejando de lado el análisis de las ideologías como u n m o d o de
evitar u n a consideración "superestructural".
H o y l a situación ha cambiado. Reina u n a relativa concien-
cia de l a i m p o s i b i l i d a d de hacer h i s t o r i a de las ideas a p a r t i r
de las ideas para ver cómo éstas se generan p r e s u m i b l e m e n t e
unas a otras. H a y que reconocer que e n g r a n parte, esta con-
ciencia se debe a l a prédica del "historicismo", que procuró evi-
tar esa h i s t o r i a idealista situando circunstanciadamente las
ideas more Ortega y Gasset o remitiéndolas a intereses de gru-
pos sociales more sociología del c o n o c i m i e n t o de K a r l M a n n -
h e i m . La solución práctica, p o r así decir, es r e l a t i v a m e n t e
simple. Basta c o n retomar la reconstrucción de la h i s t o r i a eco-
nómica, política y social y a r t i c u l a r l a c o n l a h i s t o r i a de las
ideas. Probablemente n o quede otra salida desde el p u n t o de
vista de la descripción de los conocimientos c o n que contamos
y este constituye, quizá, u n paso i m p r e s c i n d i b l e . Pero, desde
el p u n t o de vista teórico, para q u i e n desee i n t e n t a r algo así co-
m o u n a explicación, el problema es inmensamente más com-
plejo. A p u n t o t a l que e n muchas de estas reconstrucciones las
ideas siguen aparentemente engendrando ideas, el m u n d o de
la conciencia pretende sobrevolar a l m u n d o del ser histórico,
a la realidad latinoamericana. E n cierto m o d o puede conside-
HORACIO CERUTTI GULDBERG

rarse el esfuerzo del historicismo como u n esfuerzo hacia nues-


tra realidad, hacia l a h i s t o r i a nuestra. Este esfuerzo debe ser
retomado a m o d o de consigna, enfatizado, profundizado, agu-
dizado, problematizado. ¡Cada vez más hacia nuestra realidad
en su inserción m u n d i a l , cada vez más consideración crítica
de nuestra h i s t o r i a pasada, presente y futura!
H a y tres aspectos que conviene m e n c i o n a r aquí, porque
afectan de m o d o directo a l a metodología historiográfica, a u n
cuando sea i m p o s i b l e desarrollarlos e n f o r m a mínimamente
adecuada. E n p r i m e r lugar, el del p u n t o de partida. No puede ser
la realidad sin más, porque jamás es posible accedería de modo
i n m e d i a t o . Siempre está mediada; como mínimo p o r u n len-
guaje. Tampoco es posible p a r t i r de cero porque ese lenguaje
n o es n e u t r o n i general sino constructos históricos. Por tanto,
la mediación n o es lenguaje sino lenguajes. E n este sentido, el
agente histórico es también lector de lenguajes y como t a l au-
t o r de otros. "Los grandes innovadores son grandes lectores de
los sistemas que superan o n i e g a n c o n su obra y n o se les pue-
de c o m p r e n d e r s i n u n a referencia a éstos".^ Se parte de otros
sistemas, lenguajes, discursos, pero ¿cómo? Y, si esto es así, es
necesario plantearse el segundo p r o b l e m a de l a relación entre
las series. Con otros términos toda l a sociología de l a literatura
y d e l arte l o reitera. ¿Cómo se a r t i c u l a l a serie l i t e r a r i a o ar-
tística c o n l a serie político-social? Problema delicado si n o se
quiere apresurar u n a "solución" r e m i t i e n d o externamente, y
casi e n f o r m a biunívoca, presuntos "hechos" artísticos a socia-
les. Pero estas series n o pueden ser trabajadas e n general sino
espacialmente situadas. He aquí el tercer aspecto que quere-
mos m e n c i o n a r . U n a regionalización es necesaria para elabo-
rar l a historia de nuestras ideologías pero, ¿cuál? Siempre esta
decisión tiene algún grado de arbitrariedad. Sin embargo, nos
atrevemos a pensar que u n r e l a t i v o respeto a configuraciones
detectables podría ser fructífero. Habría que trabajar e nt on-
ces n o t a n t o sobre países sino sobre áreas, asumiendo toda l a
problemática que l a determinación de las mismas i m p l i c a . Por

3 R e n a t o P r a d a O r o p e z a , La autonomía literaria; formalismo ruso y círculo de Praga,


U n i v e r s i d a d V e r a c r u z a n a , 1977,p. 58.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE LAS IDEAS 97

gjgjjiplificar, n o es l o m i s m o trabajar sobre Perú que sobre e l


área a n d i n a , U r u g u a y o e l área del Plata, etcétera. Cada u n o
de estos tres problemas y sus matices debería ser cuidadosa-
mente examinado para avanzar e n l a generación de u n riguro-
so discurso p r o p i o que exprese nuestra realidad, nuestros anhe-
los y nuestros sueños, t a n t o como l a interpretación del p r o p i o
pasado.
¿Sueños? Sí, pero de u n t i p o especial que conviene d e l i m i -
tar para aclarar l a clase de hombres que queremos ser, evitando
el peligro de c o n v e r t i r n o s o de seguir siendo otros hom b re s
que también somos o podemos ser.
Escribe sugestivamente Roger Bartra:

Los aparatos mediadores son servidos y alimentados p r i n -


cipalmente p o r u n a clase de h o m b r e s que e n su búsqueda
de trascendencia c o n s t r u y e n u n m u n d o i n m a n e n t e y se
dedican a l l e n a r mares y ríos s i n fondo c o n las piedras de
la demonología freudiana: son aquellos que sueñan dor-
midos; h a y otros que sueñan despiertos, sus sueños n o
Obedecen a las leyes freudianas y p o r ello r e n u n c i a n a lle-
nar c o n ilusiones los vacíos que separan a las contradiccio-
nes antagónicas.'*

Es de este soñar despiertos d e l que aquí se trata. Es u n


sueño que n o constituye u n ideal o utopía c o m o aquella de
los socialistas utópicos; "aspiración a realizar condenada a su
irrealización".5 Sino, más b i e n , entendido a l m o d o preciso de
Mariátegui. Se trata, según él, de m o d i f i c a r l o que se ve y se
siente, n o l o que se i g n o r a . Por ello, le aparecen sólo "válidas
aquellas utopías que se podrían l l a m a r realistas. Aquellas uto-
pias que nacen de l a entraña m i s m a de l a realidad".^ Esas
utopías, esos sueños a l e n t a r o n como ideal los libertadores.

^ R o g e r B a r t r a , Las redes imaginarias del poder político, E r a , México, 1981, p. 56.


lis ™ " y b i e n l o h a d e f i n i d o A d o l f o Sánchez Vázquez, "Ideal socialista y socia-
™°55^^"> Nexos, a ñ o iv, v o l . 4, n ú m . 44, M é x i c o , a g o s t o d e 1981, p . 3.
en V • ' 'íel m i s m o a u t o r , " D e l s o c i a l i s m o científico a l s o c i a l i s m o utópico",
a n o s a u t o r e s . Crítica de la utopía, U N A M , México, 1971,pp. 93-142.
dic' Carlos Mariátegui, " L a imaginación y e l p r o g r e s o " (Mundial, Lima, 12 d e
T ^® 1 9 2 4 ) e n El alma matinal v otras estaciones del hombre de hoy. A m a n t a ,
L i m a , 1970, p. 38, 4 a . ed.
98 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

T r a b a j a r o n p o r crear u n a r e a l i d a d nueva -sigue diciendo


Mariátegui. Bolívar tuvo sueños futuristas. Pensó e n una
confederación de estados indoespañoles. Sin este ideal es
probable que Bolívar n o hubiese venido a c o m b a t i r por
nuestra independencia [...] La benemerencia de los liber-
tadores consiste e n haber visto u n a r e a l i d a d potencial,
u n a realidad superior, u n a r e a l i d a d imaginaria.^

Y este esfuerzo de imaginación surge del c o n o c i m i e n t o


cada vez más riguroso de la realidad, surge como "utopía realis-
ta" de l a "entraña m i s m a de la realidad". Es en este sentido que
puede Mariátegui abrazar entusiastamente l a fórmula de José
Vasconcelos. Pesimismo ante u n a realidad i n t o l e r a b l e por
conocida y o p t i m i s m o ante u n ideal realizable.^
La filosofía l a t i n o a m e r i c a n a - l a conciencia que elabora el
ser que la c o n d i c i o n a - está enfrentada desde hace y a m u c h o
- t a n t o c o m o t i e n e n los sueños nuestros soñados despiertos
de u n m u n d o m e j o r - c o n u n a tarea i n e l u d i b l e que n o es de
interpretación - a u n q u e l a s u p o n e - sino de transformación.
¿Cómo c o n s t r u i r ese m u n d o soñado? ¿Cómo colaborar e n la
construcción de u n m u n d o mejor, otro, alternativo, diferente,
cuyo anhelo l a conciencia filosófica puede t e s t i m o n i a r desde
el precolombino? ¿Es que acaso las amenazas, la persecución, ei
exilio, l a t o r t u r a , el e x t e r m i n i o , el genocidio, las invasiones e
intervenciones, l a propaganda s u b l i m i n a l y tantos y tantos
etcéteras h a n acallado el soñar despiertos o nos h a n adorme-
cido? No, y habría que a f i r m a r este n o r o t u n d o más de u n a vez
y c o n su afirmación habría que retocar, n o digo quizá rectifi-
car, l a fórmula y a clásica de José Gaos. Es que n o se trata de
negar nuestro pasado para rehacernos según u n presente ex-
traño^ sino de reconocer nuestro pasado para comprometer-
nos c o n u n pasado vivo e n la medida en que todavía n o ha sido

Udem, p. 37.
^ Cfr., s u artículo, " P e s i m i s m o d e l a r e a l i d a d y o p t i m i s m o d e l i d e a l " (Mundial
L i m a , 2 1 d e a g o s t o d e 1 9 2 5 ) , e n E l alma matinal..., p p . 27 y ss.
^ c f r . J o s é G a o s , " E t a p a s d e l p e n s a m i e n t o e n H i s p a n o a m é r i c a " , A p é n d i c e a , Eu
torno a la filosofia mexicana. A l i a n z a , México, 1980, p. 140.
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E lA H I S T O R I A D E LAS I D E A S

lizado. Es ese pasado vivo, son esos sueños n o cumplidos,


son tantos y tantos anhelos, dolores, quejidos y esperanzas
f todavía r e c l a m a n satisfacción entre nosotros. Y de ese
las que ^ , . ' 1 1

sado, de esos sueños, de esas utopias, si somos esclavos has-


ta que logremos l i b e r a r n o s de su acoso que nos i m p i d e dor-
m i r y nos obliga a seguir soñando despiertos, m i e n t r a s avan-
zamos haciendo caminos para su realización. Cuando ese
mundo de utopía sea realidad, podremos descansar. N i Bolívar,
n i Martí, n i Mariátegui, n i Guevara n i tantos otros que son
nombrados, en el lugar de miles y miles de i n n o m i n a d o s y s i n
voz que c o n su sangre pagaron el a t r e v i m i e n t o de creer e n su
sueño y trabajar para l o g r a r l o , habrán entonces arado e n e l
mar. H i c i e r o n imposibles y toca c o n t i n u a r l o s . Porque la jus-
ticia está p o r c o n s t r u i r y n u n c a como ahora ha estado más
cerca su p o s i b i l i d a d m a t e r i a l . Y si la utopía platónica era el
orden riguroso de la planificación, h o y la utopía que se i m p o -
ne es la de los ho m b r e s solidarios, en u n m e d i o de j u s t i c i a y
de negación de l a negación del h o m b r e y de la v i d a a todos
los niveles como nos toca padecer.
y este m u n d o idílico, ¿se construirá en el aire como l o ha-
cen Í5Ón Cucuclecia los personajes plumíferos de Aristófanes?
NOf |JOrque esa construcción, lo estamos viendo, si lo queremos
ven;U', es u n p a r t o histórico a l o Nicaragua, a l o E l Salvador.
Por allí va l a palabra y l a acción liberadora. La filosofía l a t i -
noamericana h o y , para estar a la altura de las circunstancias
como l o ha estado en otros tiempos, n o tiene como alternativa
articularse a la praxis del pueblo sino que está obligada a re-
flexionar, a p a r i r categorías que p e r m i t a n explicarse lo que pa-
sa ante nuestros ojos, de dónde p r o v i e n e este proceso y hacia
dónde se abren i n n u m e r a b l e s caminos p o r transitar, n o como
sendas perdidas sino como rutas maravillosas que deben y
pueden ser consolidadas. No tenemos p o r qué n o echar m a n o
de toda l a tradición h u m a n a , filosófica, científica, técnica y
política para pensar esta realidad y nuestro futuro y para cons-
t r t u r l o . ¡No habrá poder que logre i m p e d i r l a obra del h o m -
bre m a t i n a l !
Quizá suene esto programático y l o sea. U n o más de tantos
y tantos programas que h a n i d o t e s t i m o n i a n d o nuestro paso
100 HORACIO CERUTTI GULDBERG

p o r la h i s t o r i a h u m a n a . Quizá ésa sea la f o r m a de nuestra


reflexión, su estilo. Si se acepta el estilo aforístico a lo Nietzsche
o a lo W i t t g e n s t e i n ¿por qué e x c l u i r nuestra f o r m a de m a n i -
festarnos? Ya n o se puede siquiera a r g u m e n t a r que esas ma-
nifestaciones no vengan avaladas con algo más que palabras...
Problemas metodológicos principales
que afronta la investigación actual
sobre historia de las ideas
(y de la filosofía) en nuestra América*
De mi debo decir que el leer historia literaria e historia de
las ideas, en todas formas, tratados, monografías, biografías
de escritores y pensadores, explicaciones, comentarios,
críticas de textos, viene siendo, desde aquellos años en que
me encontré con la filosofía hasta ahora mismo, una de mis
inclinaciones más constantes, una de mis prácticas más
reiteradas, uno de mis gustos más extraños, porque
supersistencia e intensidad han llegado a extrañarme, a
hacer que me haya preguntado por la causa del atractivo de
tal lectura. E l gusto puede llegar a lo que parece una
aberración: a gustar más que de leer las obras originales,
de leer obras sobre otras obras... No parece que todas
las personas tengan o hayan tenido este mismo gusto;
que lo hayan tenido por igual todas las épocas.

¿A qué puede responder?


( J O S É G A O S , Confesiones profesionales, FCE, México,
, l a . ed. 1958, l a . r e i m p . 1979, p. 3 0 ) .

MBLE constatar el renovado entusiasmo c o n que se


isarroUando entre nosotros la labor historiográ-
^areciera que se va a f i r m a n d o l a conciencia de l a
necesidad de u n a autoconciencia histórica que nos p e r m i t a
evaluar l o hecho t a l c o m o fue pensado e n función de l o que
se hace t a l como se l o va pensando y de l o que se piensa que se
debe hacer.
Quisiera colaborar a l e n r i q u e c i m i e n t o de l a discusión pre-
sentando, e n breves líneas, algunos de los problemas medula-
res que considero deben ser puestos sobre l a mesa para per-
m i t i r el avance fecundo de l a labor historiográfica que nos
atañe. Problemas éstos que n o pretendo sean resueltos previa-
mente a l a realización de las investigaciones sino que, m u y
p o r e l c o n t r a r i o , considero p r o f u n d a m e n t e arraigados a l a

•Ponencia presentada e n l a P r i m e r a Reunión L a t i n o a m e r i c a n a de Historiadores


de l a s C i e n c i a s , P u e b l a , 1 9 8 2 .

1101]
102 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

m i s m a práctica de l a investigación. Son dificultades teóricas y


metodológicas surgidas e n el m i s m o proceso de investigación
y, p o r tanto, n o a s p i r a n a convertirse e n consideraciones
n o r m a t i v a s de l a práctica historiográfica. E n otros términos,
se trata de l l a m a r l a atención sobre las dificultades para pre-
cisarlas m e j o r y tenerlas presentes a l m o m e n t o de proseguir
nuestras labores de relevamiento y reconstrucción históricas.
Son dificultades que n o se pueden superar sólo especulativa-
m e n t e . O p o r t u n a m e n t e e n contacto c o n los materiales se
podrán i r cla r i fi c a n d o muchos otros aspectos. E n todo caso,
no cabe negar que consciente o inconscientemente todo inves-
tigador está obligado a t o m a r posición más o menos explícita
sobre algunos o todos estos problemas. La intención expresa
de esta p o n e n c i a n o es aportar respuestas más o menos inge-
niosas a estos interrogantes, sino ayudar a problematizarlos
con más y m e j o r i n t e n s i d a d desde u n a perspectiva epistemo-
lógica, entendida ésta como l a interrogación acerca del modo
efectivo de producción de los conocimientos científicos y, por
ende, a posteriori d e l m i s m o proceso.*

¿Descripción o explicación?
Puestos ante los materiales, ¿se trata de describirlos o de i n -
tentar u n a explicación l a que, a su vez, presupone u n a cierta
interpretación e, incluso, u n a cierta visión (especulativa) de la
h i s t o r i a y, e n ese sentido, u n a filosofía de l a h i s t o r i a a m e r i -
cana? E l p r o b l e m a es i r p p o r t a n t e y entre nosotros h a dado
lugar a u n a polémica, i m p o s i b l e siquiera de diseñar aquí en
cuatro trazos, entre Leopoldo Zea e historiadores n o r t e a m e r i -

* H e tratado de sistematizar parte de estas dificultades y del sentido del alabor his-
toriográfica e n otros trabajos a l o s q u e m e p e r m i t o r e m i t i r : " A p r o x i m a c i ó n a l a histo-
r i o g r a f í a d e l p e n s a m i e n t o e c u a t o r i a n o " , e n Latinoamérica, n ú m . 11, U N A M , México, 1978,
pp. 215-244; " E l p e n s a m i e n t o y l a c u l t u r a e n nuestra América; tareas fílosófícas pen-
dientes p a r a c o t e r r á n e o s " , e n Latinoamérica, n ú m . 14, UNAM,' M é x i c o , 1981, p p . 565-567;
"Historiografía, utopía y filosofía latinoamericana", ponencia presentada e nel Primer
C o n g r e s o N a c i o n a l d e F i l o s o f í a , G u a n a j u a t o , M é x i c o , 7 a l 11 d e d i c i e m b r e d e 1 9 8 1 . Cfr.
supra, "Estudio introductorio" a Pensamiento idealista ecuatoriano, Banco Central del
E c u a d o r y C o r p o r a c i ó n E d i t o r a N a c i o n a l , Q u i t o , 1981, p p . 11-57.
HACIA UNA METODOLOGIA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

jios y soviéticos. Sea cual sea la respuesta que se adopte, debe


•íí tacarse l a i m p o r t a n c i a de hacer lo más explícito posible la
interpretación o explicación que el investigador intente. La na-
turaleza m i s m a de esta explicación y/o interpretación está
Cimbién e n cuestión. E n todo caso, trabajar nuestra historia de
tas ideas desde l a perspectiva de la liberación ya aporta u n a
torsión a esta labor que debe ser cuidadosamente explicitada
e incorporada a l a m i s m a reflexión.

¿Qué modelo de historia de la filosofía?


¿Hay que encontrar o construir u n sistema que dé respuesta a
Jodos los problemas? ¿Es la historia de l a filosofía u n a serie de
problemas permanentes que deben ser retomados o replantea-
dos desde diferentes situaciones históricas? ¿Hay, de algún m o -
ij^o, a disposición u n a filosofía perenne? ¿Los sistemas filosó-
ficos se o p o n e n entre sí s i n poder decidir en d e f i n i t i v a acerca
de u n t r i u n f a d o r ? ¿Todo es válido, p o r l o tanto? ¿Los proble-
,inas (su enunciación) y los sistemas en que se i n s c r i b e n se su-
í)eran unos a otros según cierto progreso? ¿No h a y sistemas y
ida pensador h i l a u n a problemática cerrada? ¿Los t r a t a m i e n -
i son análogos y sólo mediante el recurso a l a analogía se pue-
comprender diferentes situaciones? etcétera. Ya Ricoeur
liabia l l a m a d o l a atención sobre estas cuestiones e n f o r m a
*;inuy estimulante en Histoire et Vérité. Algo parece seguro: sea
c u a l sea el modelo a l que se pliegue el investigador, ése regirá
todo el sentido y alcance de la reconstrucción.

¿Trabajo sobre fuentes o refrito de comentarios?


Es u n a lástima pero e n general se presentan como nuevas i n -
terpretaciones o enfoques, versiones cada vez más distorsiona-
dlas, simplificadas y deformadas de bibliografía secundaria. No
ereo que se pueda optar entre las fuentes y los comentarios s i n
menoscabo de l a riqueza de l a investigación. Todo está para
releído a nuestra luz, p o r m o r t e c i n a que sea... Según núes-
»04 H O R A C I O CERUm G U L D B E R G

tras preocupaciones y urgencias y c o n nuestros métodos. Los


comentarios o bibliografía secundaria son importantes n o parí;
resumirlos sino para cuestionarlos y establecer p o r qué se rea-
l i z a r o n de ese y n o de otro modo. Las fuentes son u n a reserva
p e r m a n e n t e de sentido y, p o r ello, de renovadas posibilidades
para ftituros exámenes. Lo que d e f i n i t i v a m e n t e habría que
erradicar es el escolar resumen, deformante p o r poco crítico.

Influencias: ¿remisión al infinito?


La i n s u f i c i e n c i a de u n a presunta explicación p o r las i n f l u e n -
cias ha sido ya suficientemente criticada. Sin embargo, h a y u n
cierto contexto de antecedentes teóricos que debe ser recons-
truido. ¿Cuál? ¿Cómo delimitarlo? ¿Cómo realizar esa reconstruc-
ción? Parece claro, cuando menos, que debe considerarse tan-
to la situación o r i g i n a r i a cuanto la de recepción para decidir al
respecto. Lo inaceptable es que se pretenda trabajar sobre nues-
tra filosofia c o n desconocimiento absoluto de l a tradición de
la filosofía e n el resto del m u n d o y, m u y especialmente, en
Estados Unidos.

¿Qué periodización adoptar?


E n general, las periodizaciones c o n que se trabaja o b i e n deri-
van de la historia política, o b i e n reflejan u n a concepción i n m a -
nente del desarrollo filosófico c o n independencia, incluso, de
las grandes ideologías político-sociales. Con toda su arbitrarie-
dad, la periodización reclama de algún modo cierto t i p o de
fundamentación estructural, lo cual presupone afrontar l a d i f i -
c u l t a d - p a r a u n a concepción m a t e r i a l i s t a - de explicar la ar-
ticulación entre base y superestructura s i n caer e n el m e c a ni-
cismo.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 105

¿Determinación?
En íntima relación c o n e l p u n t o a n t e r i o r surge l a p r e g u n t a
¿qué es l o que d e t e r m i n a a las ideas? ¿O, son ellas m i s m a s
determinantes? Los modos de l a determinación y l a función
social que c u m p l e n las ideas n o pueden ser tratados c o n lige-
reza. A l o más que se h a avanzado es a desechar l a d e t e r m i n a -
ción infraestructural u n i l i n e a l de u n cierto mecanicismo. Pero,
con eso y l a propuesta de c i r c u l a r i d a d e n l a determinación
no se resuelve el p r o b l e m a .

¿Regionalización?
Esta sería más fecunda si respondiera a l a organización estruc-
tural de los espacios y los t i e m p o s e n los diferentes m o m e n -
tos de nuestro desarrollo histórico. ¿Por qué limitarse a trabajar
partiendo de unas fronteras nacionales artificiales y que debe-
rían ser explicadas? Es necesario r e c o n s t r u i r espacios y regio-
nes históricamente relevantes para poder entender procesos
de p e n s a m i e n t o comunes.

¿Qué concepto de filosofía?


Es la noción m i s m a de filosofía l a que se h a l l a puesta e n cues-
tión. El maestro Gaos sostuvo la necesidad de proceder c o n la
noción de "pensamiento" pero parece que l a m i s m a concep-
ción de l a "filosofía" requiere ser revisada. U n a filosofía en-
tendida como saber f u n d a n t e y p r i m e r o puede s i g n i f i c a r u n
fuerte obstáculo para trabajar sobre nuestra tradición cultural.
En el fondo, es sobre la base de ese modelo erigido e n paradig-
ma que se descalifica i n c l u s o l a posibilidáid4e u n filosofar la-
tinoamericano. Obviamente las nociones de " h i s t o r i a " y de
" c u l t u r a " y sus relaciones c o n l a filosofía están también pues-
tas e n cuestión, pero n o cabe aquí señalar el detalle de esos
cuestionamientos.
106 HORACIO CERUTTI GULDBERG

¿Es la filosofía latinoamericana una cuestión


de nombres, títulos y fechas?
La filosofía h a sido y sigue siendo u n a labor preponderante-
m e n t e artesanal. E n esa m e d i d a los nombres y la biografía de
los autores están íntimamente ligados a l a producción teórica
pero n o a l p u n t o de que ésta n o sea desolidarizable de ellos.
¿Hay o n o problemáticas precisas del pensamiento latinoame-
ricano? ¿Cuáles son? ¿Cómo abordarlas? Creo que las h a y y
trato de trabajar sobre ellas. No es que desprecie los datos y la
precisión cronológica. Por el c o n t r a r i o . Pero, pienso que ese
andamiaje está e n función de l a problematización, de la tema-
tización e historización teorética.

¿Se pretende una evaluación localista o mundial?


Depende... De l o que n o se trata es de salvar a nuestros pensa-
dores y sus productos como u n a especie de piezas de museo
del folclor. Deberíamos evitar el recurso t a n m a n i d o de ha-
cer de l a necesidad u n a v i r t u d y c o n v e r t i r todas nuestras de-
ficiencias en características del pensar latinoamericano...Muy
insuficiente y discutible se presenta l a perspectiva que pre-
tende considerar a l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a como c u l m i -
nación de la evolución filosófica m u n d i a l en la medida en que
va adaptando y adoptando sus productos más significativos o
adecuados a l a r e a l i d a d p e c u l i a r de nuestro subcontinente.
Quizá n o c u l m i n e m o s nada, sino que estemos elaborando otros
procesos insospechados e imprevisibles...

¿Inconsciente de clase?
H a y u n aspecto n o sólo ignorado, sino hasta escamoteado p o r
el énfasis excesivo puesto e n cierta consideración inconsis-
tente de l a "ideología" y es el c o n d i c i o n a m i e n t o inconsciente
de las ideas. Probablemente u n enfoque sociopsicoanalítico
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE IAS IDEAS

colaboraría e n esto, t o m a n d o en cuenta que de p o r sí esta pro-


puesta altera completamente l a metodología, incluso l a mate-
rialista o así considerada t a l . Es sugerente y e s t i m u l a n t e e n
este sentido l a aportación de E r i c h F r o m m e n El dogma de
Cristo ( l a . ed. e n alemán e n Imago, 1930), aunque sea m u y
discutible el uso que hace de ciertas categorías ("proletariado",
"oligarquía feudal", "clase media", " l u m p e n - p r o l e t a r i a t " , etcé-
tera).
Sean estas algunas de las interrogantes que deseo someter
a consideración e n esta discusión. Aparentemente estos proble-
mas son producto de u n a deformación teoricista o de u n culto
p o r l a erudición. Considero, s i n embargo, que e n l a práctica
- i n c l u s o política- adquieren u n a vigencia insospechada como
piezas del rompecabezas de u n o o de varios modelos de i n t e r -
pretación de nuestra realidad, operantes c o t i d i a n a m e n t e , pe-
ro m u y difíciles de deconstruir. Nuestra respuesta, entonces, a
la p r e g u n t a que se plantea e l maestro José Gaos e n e l texto
colocado como epígrafe es necesariamente diferente. Para
Gaos se trataba de explicar l a deformación profesional - s i se
me p e r m i t e expresarme en estos términos- p o r el recurso a
u n a tarea c u l t u r a l que se imponía para España: "estar a l día".
¡Ésa era la consigna para vencer e l retraso i n t e l e c t u a l ! Para
nosotros se trata de u n a tarea que es de vida o m u e r t e porque
i n v o l u c r a e l diagnóstico de nuestra r e a l i d a d y l a p o s i b i l i d a d
rnisma de su cambio, c o n el sentido del m i s m o i n c l u i d o . La his-
toria de l a historiografía se presenta así como u n a tarea car-
gada de urgencia política en el esfuerzo p o r descorrer velos y
avistar motivaciones que hagan factible e l acceso a nuestra
realidad y a nuestro futuro, desandando la tradición para andar
nuevos caminos efectivamente tales.
Filosofía latinoamericana
e historia de la filosofía*

ONSiDERo las cuatro áreas temáticas (objeto, problemas


metodológicos, i n t e r n a l i s m o / e x t e r n a l i s m o y relevan-
^^^mm£iu^íi0^3í la investigación actual) que i n c l u y e este sim-
posio sobre l a h i s t o r i a de la filosofía c o m o íntimamente rela-
cionadas. Deseo aprovechar la o p o r t u n i d a d que se m e b r i n d a
de p a r t i c i p a r e n el m i s m o , para confrontar algunas posiciones
generadas e n l a tradición de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a c o n
estas cuatro áreas temáticas. E n m i opinión, l a filosofía l a t i n o -
americana debe ser confrontada c o n todos los problemas de
nuestro t i e m p o . Mucho más c o n aquellas cuestiones epistemo-
lógicas, como las que nos ocuparán en este simposio, que afectan
al m o d o m i s m o de producirse los discursos filosóficos. Gene-
r a l m e n t e , esta filosofía h a sido m a r g i n a d a - y n o pocas veces
se h a automarginado- de la discusión, p o r su tendencia a l ensa-
y i s m o diletante, p o r su falta de r i g o r y precisión e n el uso de
los términos, p o r l o vago y confuso de sus argumentos. S i n
embargo, parece que l a problemática que aborda - a veces sim-
plemente l a a l u d e - es t a n urgente y acuciante que siguen apa-
reciendo atisbos de este pensar p o r todas partes. I n c o r p o r a r l o
decisivamente a l a discusión, permitirá enriquecerlo y conso-
lidarlo. Y, si puestos ante algunos de los problemas que nos ocu-
parán, n o resiste la confrontación, peor p a r a él. La reflexión
filosófica "seria" y "académica" n o perderá nada c o n ello.

•Texto de la ponencia presentada en el Segundo S i m p o s i o de Profesores de


Filosofía, F a c u l t a d de Filosofía y L e t r a s , U N A M , M é x i c o , 1 9 8 3 .

[109]
11 o HORACIO CERUTTI GULDBERG

Por l o dicho, pretendo abordar de m o d o u n i t a r i o las cues-


tiones propuestas y presentar c o n toda modestia algunos de
los enfoques que desde el filosofar l a t i n o a m e r i c a n o se pueden
proponer. Es obvio que toda esta consideración epistemológica
de la historia de la filosofía afecta tanto a la investigación en his-
toria de las ideas cuanto a l a enseñanza de l a m i s m a e n nues-
tra facultad. M i pretensión es, sobre todo, i n f o r m a r sobre algu-
nos modos cómo h a n sido y son encaradas estas cuestiones
p o r nuestra reflexión, a l m i s m o t i e m p o que cuestiono aquello
que m e parece poco, insuficiente o m a l fundado teóricamente.
U n a última aclaración p r e l i m i n a r antes de entrar en tema.
No desarrollo c o n l a m i s m a extensión cada u n a de las cuatro
áreas que se p r o p o n e n . La extensión n o prejuzga sobre l a i m -
p o r t a n c i a . Se le dedica a cada u n a el espacio que dicta l o que
considero o p o r t u n o decir sobre ellas e n este m o m e n t o .

El objeto de estudio
de la historia de la filosofía
...las causas, en historia más que en cualquier
otra disciplina, no se postulan jamás. Se buscan...
( M A R C B L O C H , Introducción a la historia,
FCE, M é x i c o , d e l a l a . e d . e n francés, d e 1 9 4 9 ,
9a. r e i m p . , 1979,p. 151.

Es m u y difícil, si n o i m p o s i b l e de p r i n c i p i o , exponer el obje-


to de l a h i s t o r i a de l a filosofía de m o d o i n t e m p o r a l , fijo, está-
tico, como si se tratara de u n a esencia p u r a , m i s m a de l a que
m e atrevo a dudar. S i n pretender resolver esta cuestión, elijo
para m i exposición l a vía histórica. Parece, quizá paradójica-
mente, que el objeto de la h i s t o r i a de la filosofía n o es sino
u n objeto histórico, quizá como todos los objetos teóricos. A
p a r t i r de los sucesivos esclarecimientos y rectificaciones p r o -
puestos para este objeto, se ha podido decidir qué e nt ra y qué
no entra e n el tratamiento de la historiografía filosófica, dónde
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 111

comienza l a historia de la filosofía, cuál es su rango epistémico


en relación c o n otras disciplinas, cuál es su metodología, etcé-
tera.
Puede ser ilustrativo r e c u r r i r a Hegel, el p r i m e r o quizá que
sistematizó l o que, de m o d o más o menos vago, conocemos
hasta h o y p o r h i s t o r i a de la filosofía. E n su "Discurso I n a u g u -
r a l " a sus Lecciones sobre la historia de la filosofia, p r o n u n c i a -
do e n l a U n i v e r s i d a d de Heidelberg el 28 de octubre de 1816,
además de a t r i b u i r a la nación alemana "...la alta misión de ser
los guardianes de este fuego sagrado..." de la reflexión filosó-
fica, adelanta que e l objeto de l a h i s t o r i a de l a filosofía es e l
concepto verdadero de la filosofía.^
Comprender histórica-filosóficamente será, para él, i r más
allá de las representaciones, dejando fuera de l a h i s t o r i a de la
filosofía los filosofemas, o sea, todas aquellas formas de pensa-
m i e n t o que n o alcanzan el n i v e l del concepto, que m a n t i e n e n
contaminación de representación, de imagen; sean metáforas,
sean opiniones, sean s e n t i m i e n t o s religiosos, sean m i t e m a s .
Exponer el objeto de l a h i s t o r i a de l a filosofía, exponer el con-
cepto verdadero de la (su) filosofía, le llevará toda su famosa
"Introducción".^ Allí dejará sentada l a i m p o r t a n c i a de deter-
m i n a r el p u n t o de p a r t i d a de l a filosofía, l a periodización d e l
curso histórico y , sobre todo, e l grave p r o b l e m a de cómo es
posible u n a h i s t o r i a de l a verdad. Esta última d i f i c u l t a d será
retomada u n a y otra vez p o r aquellos que, después de Hegel,
se h a n ocupado de l a h i s t o r i a de la filosofía. E l objeto de l a
h i s t o r i a de l a filosofía n o t i e n e nada de e x t e r i o r para Hegel.
Es el proceso i n t e r i o r de d e s e n v o l v i m i e n t o de l a idea, verdad,
concepto. Son los modos de manifestación del Espíritu Abso-
l u t o . Por el m o m e n t o , esta solución de Hegel es lo que menos
nos i m p o r t a . Interesan, más b i e n , las cuestiones planteadas y

' H e g e l , Lecciones sobre la historia de la filosofía. Wenceslao Roces (trad.], l a . ed.


alemán, 1833,l a . ed. castellano, 1955, F o n d o d e C u l t u r a Económica, México, 2a. r e i m -
presión, 1979,p. 4
2 " A p e s a r de l a s e x a g e r a c i o n e s y e r r o r e s q u e p u e d a n reprochársele, l a s r e f l e x i o n e s
s o b r e l a h i s t o r i a d e l a f i l o s o f í a c o n q u e s e a b r e n s u s Lecciones siguen siendo probable-
m e n t e l a s páginas más h e r m o s a s y v e r d a d e r a s que sea dado leer sobre el asunto. Y a H e -
gel, a l a c a p a c i d a d a n i m a d o r a d e s u i m p u l s o , d e b e e n p a r t e l a p o s t e r i o r historiografía
f i l o s ó f i c a s u s a c i e r t o s m á s v a l i o s o s " ( F r a n c i s c o R o m e r o , Sobre la historia de la filosofía,
U n i v e r s i d a d d e T u c u m á n , 1943, p . 2 5 . C u a d e r n o d e Filosofía, 3.).
112 HORACIO CERUni GULDBERG

el m o d o de impostarlas. Por ejemplo, el p u n t o de p a r t i d a de la


filosofía l o ubicará c o n todo r i g o r y coherencia e n el m o m e n -
to histórico e n que se pueden reconocer formas conceptuales
y n o y a filosofemas.^ M o m e n t o en que la libertad de pensamien-
to coincidirá c o n la organización política del Estado griego. N i
antes, n i a l m a r g e n de esa Grecia podrá hablarse de filosofía.
Lo demás es b i e n sabido. La h i s t o r i a de l a filosofía culminaría
en l a filosofía del m i s m o Hegel y él podría cerrar sus cursos
c o n t r a n q u i l a conciencia conservadora, sentenciando: " V i v i -
mos e n el m e j o r de los m u n d o s posibles..." E n l a m e d i d a en
que su h i s t o r i a de l a filosofía i n c l u y e como c o l u m n a verte-
b r a l el detectar (¿o postular?) u n a teleología, es también, de
hecho, u n a filosofía de l a historia. La historia tiene u n sentido,
es real, es r a c i o n a l e n ese sentido.
Estas cuestiones h a n sido posteriormente retomadas u n a y
otra vez. U n o de los aspectos que más parece haber preocupa-
do - y y a en tiempos de Hegel (pienso p a r t i c u l a r m e n t e e n Kier-
kegaard)- es el papel reservado a l sujeto, a l i n d i v i d u o , a l a per-
sona h u m a n a e n esta h i s t o r i a de espíritus absolutos, e n esta
filosofía de l a h i s t o r i a de l a filosofía, como b i e n l a h a d e n o m i -
nado Jacques Colette.
E n Francia, e n los años c i n c u e n t a , Paul Ricoeur retomará
estos planteos e n u n a serie de artículos recogidos e n u n l i b r o
del título sugestivo: Histoire et Vérite^ Para Ricoeur, la filosofía
es f r u t o de l a reflexión i n d i v i d u a l . E l e n f r e n t a m i e n t o histo-
ria/verdad se traduce e n el e n f r e n t a m i e n t o entre l a h i s t o r i a y
m i búsqueda. E l y o e n t r a decisivamente e n l a h i s t o r i a de l a
filosofía como autor de obras geniales, que n o pueden ser redu-

3 A q u í e n t r a e l d e c i s i v o t e m a de l a religión, d i v i s o r i a de a g u a s e n t r e jóvenes y
v i e j o s h e g e l i a n o s . Cfr., p o r e j e m p l o , Y v o n B e l a v a l , " L a d e r e c h a h e g e l i a n a " , e n v a r i o s a u -
t o r e s . La filosofía alemana de Leihniz a Hegel, Siglo X X I , M a d r i d , 1978, pp. 297-298, 3a. ed..
H i s t o r i a d e l a f i l o s o f í a S i g l o X X I , 7.
^ París, E d i t i o n s d u S e u i l , 1955, 2 9 6 p p . I n t e r e s a n p a r a n u e s t r o t e m a e s p e c i a l m e n t e
l o s artículos: "Objectivité et subjectivité e n H i s t o i r e " ( t o m a d o d e S e v r e s , C e n t r e I n t e r n a -
t i o n a l d ' E t u d e s Pédagogiques, d i c i e m b r e de 1952), pp. 25-52, " L ' h i s t o i r e de l a p h i l o s o p h i e
et F u n i t é d u v r a i " ( a p a r e c i d o p r i m e r o e n a l e m á n e n h o m e n a j e a K a r l J a s p e r s . P i p e r ,
M ü n c h e n , f e b r e r o d e 1 9 5 3 y e n e l n ú m . 2 9 d e l a Revue Internationale de Philosophie,
1954) p p . 53-73, "Notes s u r l ' h i s t o i r e de l a p h i l o s o p h i e et l a sociologie de l a c o n n a i s s a n c e "
( a p a r e c i d o a n t e s e n L'Homme et l'Histoire. A c t e s d u V l e C o n g r e s d e s Societés d e p h i l o s o -
p h i e de l a n g u e f r a n c a i s e , E s t r a s b u r g o , s e p t i e m b r e de 1952), p p . 73-79, a d e m á s de l a " I n -
troduction".
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE LAS IDEAS 113

cidas a series n i a tipologías (todas las m u l t i f o r m e s varieda-


des de -ismos...) A l entrar el y o entra también el otro, el diálo-
go, e l sentido. La a l t e r i d a d es l a f o r m a que adopta l o social
para manifestarse. La u n i d a d de l a h i s t o r i a de l a filosofía sólo
tiene justificación p o r l a presencia de sentidos diferentes y ,
p o r t a n t o , alterativos de las filosofías. Queda así abierta u n a
puerta p a r a enfrentar l a h i s t o r i a i n m a n e n t e de las ideas. Por
eso, Ricoeur piensa a l a h i s t o r i a de l a filosofía c o m o ubicada
teorética, epistemológicamente, entre l a sociología del cono-
c i m i e n t o y l a filosofía de la historia. Pero, evitando cuidadosa-
mente el c o n f u n d i r l a c o n u n a u otra. O m i t o aquí todo el con-
texto existencialista, teológico, personalista (Es^ní/Mounier)
y ético de Ricoeur y m e r e m i t o a subrayar su esfuerzo de cons-
t i t u i r u n a h i s t o r i a de l a filosofía que n o caiga en e l v i c i o de
"hegelianismo" al privilegiar, p o r la vía del teleologismo y de la
filosofía de l a h i s t o r i a , l a filosofía personal del h i s t o r i a d o r .
Esta actitud metodológica le viene dictada a Ricoeur p o r l o que
considera el respeto ético a l a posición del otro e n su t i e m p o
histórico. Porque, además, para Ricoeur el objeto de la filosofía
es el sujeto h u m a n o filosofante.
Todavía e n e l ámbito francés quiero m e n c i o n a r u n a obra
de reciente difusión entre nosotros, c o m p i l a d a p o r q u i e n , s i n
actitudes medrosas de lesa universalidad, habla s i n empacho
de "'La' filosofía francesa contemporánea".^ Me quiero detener
en el artículo de Frangois Chátelet t i t u l a d o " E l p r o b l e m a de l a
h i s t o r i a de l a filosofía h o y día".'' Interesan estas reflexiones
pensando sobre todo e n que su autor dirigió u n grupo que pro-
dujo u n a i m p o r t a n t e h i s t o r i a de las ideologías. Se trata, para
Chátelet, de desplazar el campo de aplicación de l a h i s t o r i a de
la filosofía para revertir el discurso del a m o en el pasado, como
desacralizador de los discursos actuales del poder. Es necesario
reestablecer l a relación sistemática entre discursos filosóficos
y discursos políticos. "La historia de la filosofía n o es, pues, u n a
esfera autónoma de l a historia: es indisocialbe de u n a h i s t o r i a

^ D o m i n i q u e G r i s o n i , " O b e r t u r a " , e n v a r i o s a u t o r e s . Políticas de la filosofía, l a . ed.


francés 1976, F o n d o d e C u l t u r a E c o n ó m i c a , M é x i c o , 1 9 8 2 , p p . 7-8.
6 E n e l l i b r o c o m p i l a d o p o r G r i s o n i y c i t a d o e n n o t a 5, p p . 28-56.
114 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

de las ideologías, a l m i s m o t i e m p o que de u n a h i s t o r i a de las


sociedades y de sus transformaciones."^
Para ello se requiere i n c o r p o r a r u n a metodología de aná-
lisis lingüístico que p e r m i t a decodificar los discursos y, ade-
más, r o m p e r c o n e l ídolo de l a filosofía de l a h i s t o r i a . Nos
encontramos ante l a necesidad de d e f i n i r u n nuevo m o d o de
i n t e l i g i b i l i d a d m a t e r i a l i s t a de la h i s t o r i a , para poder c u m p l i r
c o n el objetivo de cuestionar el uso actual de los conceptos f i -
losófico-políticos. No es e l caso de detenerme a exponer los
puntos de c o i n c i d e n c i a y de divergencia entre esta posición
de Chátelet y desarrollos latinoamericanos contemporáneos
que m e n c i o n o más adelante. Sí quiero destacar la s i m i l i t u d
en el m o v i m i e n t o de preocupación p o r la dimensión política en
relación c o n l a filosofía y e l énfasis e n la i m p o s i b i l i d a d de
hacer h i s t o r i a de la filosofía c o n exclusión del sistema social
en su c o n j u n t o .
Sin ánimo de destacar etnocentrismos p o r demás eviden-
tes, cabría todavía c i t a r t e x t u a l m e n t e , y eximiéndonos de co-
mentarios, l a definición del objeto de la h i s toria de l a filosofía
que sustentaba en la A l e m a n i a finisecular el neokantiano W i n -
delband: "La h i s t o r i a de l a filosofía es el proceso a través del
cual l a h u m a n i d a d europea h a fijado e n conceptos científicos
su concepción del m u n d o y su valoración de l a vida."^
Aunque más n o sea para desandar estas "fijaciones" en que
hemos sido encasillados, y a vale l a pena trabajar l a h i s t o r i a de
la filosofía. Pero, c o n esta afirmación m e adelanto a l cuarto
p u n t o de esta comunicación. Francisco Romero, señalando l a
gravedad de este t i p o de p l a n t e a m i e n t o s a l o W i n d e l b a n d , aco-
ta: " E n l a definición de W i n d e l b a n d , para que responda a l a
situación habría que precisar más: «...de la h u m a n i d a d euro-
pea masculina»."^ A u n q u e c o n esta acotación entraríamos de
l l e n o e n u n t e r r e n o que permitiría dar m a y o r concreción a
la m a n i d a alteridad ricoeuriana, n o es este el lugar de hacerlo.
E n t r e nosotros, e n e l ámbito filosófico hispanoamerica-
no, mientras tanto, también Ortega, Gaos y Romero, entre otros,

7 ídem, pp. 33-34


^ C i t a d o p o r F r a n c i s c o R o m e r o , op. cit., p . 5 8 .
•"Idem, p. 6 8 .
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E \A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 115

habían reflexionado sobre estas cuestiones. Quiero i n d i c a r que


estoy haciendo referencia a pensadores que, además de traba-
j a r como historiadores de l a filosofía, h a n reflexionado metodo-
lógicamente sobre estas cuestiones. E n los años cuarenta. Gaos
publica Filosofía de la filosofía e historia de la filosofía, obra
i m p o r t a n t e , que c o m b i n a l a preocupación p o r desentrañar
qué es filosofía c o n l a preocupación p o r su h i s t o r i a . H a p l a n -
teado Gaos c o n todo r i g o r el p r o b l e m a de las relaciones entre
historia y verdad c o n que tropieza todo filósofo h i s t o r i a d o r de
la filosofía. Formula Gaos las tres posibles alternativas que están
en juego y ante las cuales n o queda sino t o m a r posición.

1. O todas las filosofías se refieren a u n a , la m i s m a r e a l i -


dad, y u n a sola de ellas es verdadera y todas las demás son
falsas;
2. o todas se r e f i e r e n a u n a , l a m i s m a r e a l i d a d y todas son
falsas;
3. o cada u n a se refiere a u n a r e a l i d a d d i s t i n t a y todas son
verdaderas.'"

Según Gaos, sólo u n a reflexión filosófica sobre l a filosofía


podrá resolver estas dificultades que se le p a t e n t i z a n a l histo-
r i a d o r de la filosofía.
Preocupado en el m i s m o sentido, aunque es p o r todos sabi-
do que c o n u n a posición filosófica diferente a l a de Gaos, es-
cribe Francisco Romero Sobre la historia de la filosofía. Para
él también, l a h i s t o r i a de la filosofía depende de las decisio-
nes que se adopten e n cuanto a ella. Parafraseando a Fichte
dirá: "De m a n e r a parecida puede sentarse que lo que se es e n
cuanto h i s t o r i a d o r de l a filosofía depende de l o que se sea
como filósofo."" Y pasará a d e f i n i r el objeto de la historia de la
filosofía. "La h i s t o r i a de la filosofía p r o c u r a dar u n a i m a g e n
de l a filosofía t a l como se ha i d o desarrollando a l o largo del
tiempo."'^

10 José G a o s , Filosofía de la filosofía e historia de la filosofía, S t y l o , México, 1947, p. 37.


11 í d e m , p . 2 1 .
^^Ibidem.
116 HORACIO CERUTTI GULDBERG

Por supuesto, a continuación, n o deja de referirse a l papel


que c u m p l e l a intervención del filósofo e n l a selección del en-
foque según el cual se reconstruye esa i m a g e n .
D e n t r o del espectro historiográfico l a t i n o a m e r i c a n o creo
que tiene i m p o r t a n c i a u n breve artículo de A r t u r o Ardao de los
años cincuenta. E n "Sobre el concepto de historia de las ideas",
Ardao resume los modos como f u e r o n recibidas las propues-
tas de Ortega, Gaos y Romero y sintetiza u n a posición que será
p o s t e r i o r m e n t e m u y fecunda desde el p u n t o de vista metodo-
lógico. Notemos que n o habla y a de h i s t o r i a de l a filosofía,
sino de h i s t o r i a de las ideas. Éste será u n paso en el progresivo
ensanchamiento metodológico que atestigua nuestra his t orio-
grafía e n los últimos c i n c u e n t a años.^^
Para Ortega -según A r d a o - n o h a y h i s t o r i a de las ideas
puras o pseudoideas. Para Gaos l a h i s t o r i a de las ideas i n c l u -
ye l a h i s t o r i a de l a filosofía y l a h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o . Ya
sabemos cuan eficaz fue esta noción de "pensamiento" propues-
ta p o r Gaos. Permitió l a eclosión de u n a serie de trabajos y a
clásicos sobre nuestro pasado ideológico, los cuales s i n esa jus-
tificación teórico-metodológica quizá difícilmente se habrían
elaborado y , m u c h o menos, d i f u n d i d o . Para Romero l a histo-
r i a de l a filosofía se opone a l a h i s t o r i a de las ideas, e n tanto es-
ta última estudia las ideas e n relación con l a vida histórica, su
eficacia e n el proceso histórico.
Resume Ardao:

Lo que Romero l l a m a h i s t o r i a de l a filosofía, d i s t i n g u i d a


de l a h i s t o r i a de las ideas, es prácticamente l o que Ortega
l l a m a b a - p a r a i m p u g n a r l a - h i s t o r i a de las ideas. Y a l a
inversa. Lo que debía ser para Ortega l a h i s t o r i a de l a filó-
la R e t o m o e s t e a r t í c u l o d e A r d a o e n u n s e n t i d o m u y d i f e r e n t e a l q u e p e r m i t e h a -

cer a f i r m a c i o n e s c o m o l a siguiente: " A m i m o d o de ver, n o h a habido esenciales m o d i -

f i c a c i o n e s e n c u a n t o a l a teorización sobre l ah i s t o r i a d el a s i d e a s d u r a n t e l o s últimos

v e i n t e años" ( J a i m e Rubio Angulo, " H i s t o r i a e i d e a s e n A m é r i c a " , e n Cuadernos de

Filosofía Latinoamericana, n ú m . 1, U n i v e r s i d a d S a n t o T o m á s , B o g o t á , o c t u b r e - d i c i e m -

b r e d e 1979, p . 5, n o t a 1). J u i c i o s c o m o e l a n t e r i o r quizás p u e d e n j u s t i f i c a r s e p a r c i a l -

m e n t e e n relación c o n l a obra valiosa y c o h e r e n t e r e a l i z a d a p o r A r t u r o A r d a o c o m o his-

t o r i a d o r d e l a filosofía, p e r o n o r e s p o n d e n a l m o v i m i e n t o g e n e r a l d e l a historiografía

latinoamericana.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE IAS IDEAS

sofía, equivale prácticamente a l o que Romeo l l a m a historia


de las ideas.

Ardao cree encontrar, a pesar de las divergencias, u n acuer-


do entre los tres autores que comenta. A fín de hacerle más
patente, realiza las siguientes precisiones. No se hace h i s t o r i a
de las ideas e n general sino siempre "particularizada" a algún
t i p o de ideas. E l deslinde es siempre convencional. La historia
de las ideas fílosófícas es igual, equivalente a l a h i s t o r i a de l a
filosofía. M u y s i g n i f i c a t i v o es que m e n c i o n e a Rodolfo M o n -
dolfo y a l a propuesta de este último de que l a h i s t o r i a de la
filosofía n o puede ser sólo i n t e r i o r , sino que debe necesaria-
mente atender a "factores extraños". La i m p o r t a n c i a de l o extra-
filosófico para l o filosófico estaba así t o m a n d o cuerpo e n esta
p r i m e r a torsión hacia l a h i s t o r i a de las ideas. E l i m p a c t o de l a
sociología del c o n o c i m i e n t o y también de ciertas formas del
p e n s a m i e n t o m a r x i s t a hacían i m p o s i b l e i g n o r a r l a función
social del c o n o c i m i e n t o . Las ideas n o valen per se, sino e n i n -
serción social. Reconstruir esta inserción ( c o m o génesis y
como función) se irá i m p o n i e n d o como el objetivo más desta-
cado y , p o r qué n o decirlo, complejo y difícil de los esfuerzos
historiográficos l a t i n o a m e r i c a n o s .
E n los años sesenta destacan, sobre todo, las propuestas re-
novadas de José Luis Romero. Reiterando observaciones me-
todológicas efectuadas m u c h o s años antes, Romero afirmará,
desde su práctica de l a h i s t o r i a social, l a i m p o r t a n c i a de las
más difusas ideologías e n tanto t i e n e n cierta eficacia en la his-
toria general. E n la introducción a u n l i b r o publicado en 1967,
decía Romero:

Estos ensayos p a r t e n del p u n t o de vista p r o p i o de l a histo-


r i a social, pero n o para detenerse e n el análisis de sus pro-
blemas específicos, puesto que son casi meros enunciados,
sino para señalar l a estrecha relación que esos problemas

1'' A r t u r o A r d a o , " S o b r e e l c o n c e p t o d e h i s t o r i a d e l a s i d e a s " ( p o n e n c i a e n e l P r i -


m e r S e m i n a r i o sobre H i s t o r i a d e l a s Ideas, S a n J u a n , P u e r t o Rico, 1956 y p u b l i c a d a e n
Revista de Historia de las Ideas, Casa del aCultura E c u a t o r i a n a , Quito, 1959) e n Filosofía
de Lengua Española, Alfa, Montevideo, 1963, p.87.
H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

t i e n e n c o n los de l a h i s t o r i a de las ideas. Más de u n a vez


he expresado m i p u n t o de vista acerca de cuál es el cam-
po p r o p i o de l a h i s t o r i a de las ideas y m e r e m i t o a l prólo-
go y a l texto - n a t u r a l m e n t e - de u n l i b r o escrito c o n u n a
marcada intención metodológica y que he t i t u l a d o adre-
de El desarrollo de las ideas en la sociedad argentina del
siglo xx, para dar a entender, a través de ese largo e n u n -
ciado, cuál es l a relación que m e parece i m p o r t a n t e per-
seguir para acercarse a los mecanismos profundos que
operan luego e n e l p l a n o de l a h i s t o r i a política. No l l a m o
ideas, solamente, a las expresiones sistemáticas de u n
p e n s a m i e n t o metódicamente ordenado sino también a
aquellas que aún n o h a n alcanzado u n a formulación r i g u -
rosa; y n o sólo a las que emergen de u n a reflexión teóri-
ca sino también a las que se v a n constituyendo lentamente
como u n a interpretación de l a r e a l i d a d y de sus posibles
cambios. Estas otras ideas, las n o rigurosas, suelen tener
más i n f l u e n c i a e n l a vida colectiva. E n verdad, son expre-
siones de ciertas formas de m e n t a l i d a d , y suponen u n a
a c t i t u d frente a l a r e a l i d a d y u n esquema de las formas
que se quisiera que l a realidad adoptara. Todo esto n o sue-
le ser engendrado e n las mentes de las élites. Suele ser el
f r u t o de u n m o v i m i e n t o espontáneo de vastos grupos so-
ciales que se e n f r e n t a n c o n u n a situación dada y p i e n s a n
en ella como e n su constructiva circunstancia, s i n p e r j u i -
cio de que de las élites salga q u i e n provea l a f o r m a r i g u -
rosa, l a expresión conceptual y, acaso l a divisa r o t u n d a
capaz de p o l a r i z a r a las m u l t i t u d e s y enfrentar a amigos
y enemigos.
La vida histórica supone i n n u m e r a b l e s y entrecruzadas
relaciones. H a y u n juego entre la realidad y las ideas; pero
también h a y u n juego entre las ideas teóricas preexisten-
tes y las ideas que nacen espontáneamente de cierta i m p r e -
cisa interpretación de l a realidad, vigorosas, empero, estas
últimas a pesar de su endeblez conceptual, a causa de l a
v i t a l experiencia que las nutre.^"^

15 J o s é L u i s R o m e r o , Latinoamérica: situaciones e ideologías, 1967,r e p r o d u c i d o e n


Situaciones e ideologías en Latinoamérica, U N A M , México, 1981, p p . 10-11. N u e s t r a A m é r i -
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE IAS IDEAS I

Me h e p e r m i t i d o c i t a r in extenso a José Luis Romero, por-


que creo que este f r a g m e n t o resume e n g r a n m e d i d a esta i m -
portante posición, n o ajena a muchas de las sugerencias meto-
dológicas de l a escuela histórica annalista francesa.
E n los años setenta, A r t u r o Roig p u b l i c a u n a serie de tra-
bajos breves sobre estos problemas metodológicos.'^ Podrían re-
sumirse sus propuestas e n los siguientes puntos. La historia de
la filosofía debe ser trabajada a l i n t e r i o r de l a h i s t o r i a de las
ideas. Por historia de las ideas, Roig entiende u n estudio de l a
función social de las ideas e n e l contexto de u n sistema de co-
nexiones dado para cada m o m e n t o histórico. No se trata de
rastrear las influencias dentro de u n desarrollo i n m a n e n t e de
las ideas filosóficas, n o se trata tampoco de ubicar originalida-
des o de detectar retrasos de las oleadas de influencias. Se tra-
ta de p r o d u c i r u n a ampliación de l a h i s t o r i a de las ideas para
dar cabida e n ella t a n t o a l p e n s a m i e n t o académico, cuanto a l
pensamiento popular, tanto a las ideologías dominantes, cuan-
to a las ideologías de liberación de los o p r i m i d o s . E l discurso
filosófico n o puede ser leído con independencia de sus relacio-
nes con el discurso político. Y este último tiene formas de d o m i -
nación y formas de liberación que pueden caracterizarse f o r m a l
y semióticamente. Estas relaciones son múltiples y complejas.
Gran parte de las propuestas de Roig f u e r o n recogidas como
recomendaciones p o r u n a reunión de u n comité de expertos e n
h i s t o r i a de las ideas, reunidos p o r la U N E S C O en México e n 1974
para p r o g r a m a r u n v o l u m e n a ser publicado c o n j u n t a m e n t e
p o r U N E S C O y Siglo X X I .
Conviene c i t a r estas recomendaciones porque n o r m a r o n
algunos trabajos de historia de las ideas durante los años se-
tenta.

1. P a r t i r de u n a concepción de l a idea entendida como u n


elemento significativo que integra u n a estructura más a m -

ca, 2. D e g r a n i m p o r t a n c i a estambién s u o b r a Latinoamérica: las ciudades y las ideas,


Siglo X X I ,B u e n o s Aires, 1976,396 pp.
16 R e c o g i d o s e n l o s s i g u i e n t e s l i b r o s , El espiritualismo argentino entre 1850 y 1900,
C a j i c a , P u e b l a , 1972; "Sobre e l t r a t a m i e n t o d e filosofías e ideologías" e n v a r i o s autores.
Hacia una filosofía de la liberación latinoamericana, Bonum, P a d u a , 1 9 7 4 ; Filosofía, uni-
versidad y filósofos en América Latina, U N A M , M é x i c o , 1 9 8 1 ; Esquemas para una historia de
la filosofía ecuatoriana. Universidad Católica, Q u i t o , 1977,2a. ed. a u m e n t a d a y corregi-
da, 1982. ( N u e s t r a A m é r i c a )
HORACIO CERUTTI GULDBERG

p l i a , c o n todas las connotaciones de este l i l t i m o término


(económicas, políticas, etcétera) dando cabida, además, a
las ideas e n sus diversas manifestaciones: filosofemas, v i -
vencias, ideología, concepciones del m u n d o , etcétera.
2. A p l i c a r u n t r a t a m i e n t o dialéctico a l a h i s t o r i a de las
ideas, subrayando p r i n c i p a l m e n t e dos aspectos: la conve-
n i e n c i a de encararla desde nuestro presente y l a necesi-
dad de señalar a l a vez los c o n d i c i o n a m i e n t o s sociales y
el poder t r a n s f o r m a d o r de l a idea.
3. No abordar la h i s t o r i a de las ideas c o m o h i s t o r i a acadé-
m i c a , abriéndose a l a incorporación de las ideologías y,
en particular, de los grandes m o v i m i e n t o s de liberación e
integración l a t i n o a m e r i c a n o s , frente a las ideologías de
dominación.
4. Encarar la h i s t o r i a de las ideas n o a p a r t i r de campos
epistemológicos (filosofía, pedagogía, etcétera) sino de pro-
blemas concretos l a t i n o a m e r i c a n o s y las respuestas dadas
a cada u n o de ellos desde aquellos campos.
5. Tratar todo desarrollo de historia de las ideas latinoame-
ricanas a p a r t i r del supuesto de l a u n i d a d del proceso
histórico de Latinoamérica.
6. I r más allá de u n a h i s t o r i a de las ideas de t i p o n a c i o n a l
y avanzar hacia u n o más a m p l i o de regiones continentales,
s i n o l v i d a r el supuesto señalado antes.
7. Señalar, en l o posible, l a función de las i n f l u e n c i a s e n
relación c o n los procesos históricos propios.
8. Dar preferencia a la historia de las ideas entendida como
h i s t o r i a de l a conciencia social latinoamericana.^^

Ricaurte Soler, también preocupado p o r estas cuestiones,


propuso c o m b i n a r los aportes de l a historiografía idealista e
historicista l a t i n o a m e r i c a n a de los años cuarenta a cincuenta
c o n los estudios de h i s t o r i a económica y social que promovió
la "teoría" de la dependencia.'^ He polemizado c o n Roig y Soler

Arturo Roig, " I m p o r t a n c i a del a historia de las ideas para América Latina",e n
Pucará, n ú m . I , C u e n c a , E c u a d o r , e n e r o de 1977, p. 55.
R i c a u r t e S o l e r , " C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e l a h i s t o r i a d e l a filosofía y d e l a s o c i e d a d
l a t i n o a m e r i c a n a s " , e n v a r i o s a u t o r e s . La filosofía actual en América Latina, Grijalbo,
México, 1976,pp. 153-163. Teoría y praxis, 25.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LK IDEAS

a propósito del i n i c i o de l a h i s t o r i a de las ideas e n e l Ecuador


y m e he p e r m i t i d o p r o p o n e r l a necesidad de p a r t i r de u n es-
t u d i o de los modos de producción para poder d e t e r m i n a r e l
m o d o de articulación de las distintas series ( l i t e r a r i a , políti-
ca, económica, filosófica, etcétera), apoyándome para esto e n
sugerencias metodológicas y a realizadas a propósito de l a lite-
ratura y el arte p o r los formalistas rusos.'*'También m e he per-
m i t i d o subrayar la i m p o r t a n c i a que tiene el estudio de l a temá-
tica utópica e n relación c o n l a articulación entre discurso
filosófico y político.^"^ F i n a l m e n t e , para redondear estas obser-
vaciones, cabe consignar que Ricaurte Soler ha p r o d u c i d o u n o
de los trabajos más i m p o r t a n t e s e n l o que hace a l estudio de las
ideologías e n nuestro siglo xix.^' H a dado c o n él i n i c i o sólido
a l o que b i e n podría denominarse u n a h i s t o r i a materialista de
las ideas e n nuestra América.
E n síntesis, desde u n a h i s t o r i a de las ideas preocupada p o r
rehacer e l proceso i n m a n e n t e seguido p o r l a filosofía ( u n a
filosofía que era vista muchas veces como ajena) hernos lle-
gado entre nosotros, a l m o m e n t o actual, donde e l esfuerzo se
orienta a trabajar u n a historia de la filosofía (nuestra, porque en
m a y o r o m e n o r medida tiene u n a cierta operatividad social
entre nosotros y sigue u n cierto proceso endógeno de repro-
ducción) como parte de l a necesaria h i s t o r i a de las ideas l a t i -
noamericanas. H i s t o r i a de las ideas que n o puede ser sino his-
t o r i a de las ideologías, h i s t o r i a de l a conciencia social como
parte de u n a h i s t o r i a social de nuestro subcontinente.
U n c a m i n o difícil e n e l cual se h a i d o r e a r t i c u l a n d o suce-
sivamente el objeto de esta historia, ante el i m p e r a t i v o de reba-
sar e l n i v e l de l a descripción i n m a n e n t e idealista, para avan-
zar a l a búsqueda de explicaciones. Y e n h i s t o r i a las causas se
buscan c o n apego a l a evidencia d o c u m e n t a l . N i p u r a especu-
lación sin evidencia, n i pura descripción cronológica sin teoría.

19 H o r a c i o C e r u t t i Guldberg, "Aproximación a l a historiografía del pensamiento


e c u a t o r i a n o " , e n Latinoamérica, núm. 1 1 , U N A M , M é x i c o , 1 9 7 8 , p p . 2 1 5 - 2 4 4 , cfr. supra.
20 E n t r e o t r o s t r a b a j o s cfr., "La u t o p í a d e « n u e s t r a A m é r i c a » , e n el pensamiento
cuencano", e n Cultura, n ú m . 1, B a n c o C e n t r a l d e l E c u a d o r , Q u i t o , m a y o - a g o s t o d e 1 9 7 8 ,
pp. 183-210 y "Series y utópicas e n e lp e n s a m i e n t o c u e n c a n o " , e n Khipu, n ú m . 5, M ü n -
c h e n , 3 J a h r g a n g , ed. bilingüe castellano-alemán, 1980,pp. 52-63.
21 Idea J4 cuestión nacional latinoamericanas; de la independencia a la emergencia del
imperialismo. Siglo X X I , México, 1980,294 pp. N u e s t r a América, 27.
H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

Problemas metodológicos en el estudio


de la historia de la filosofía
La mejor prueba de la profundidad filosófica
es la problematicidad
(FRANCISCO ROMERO:"A1 m a r g e n de
«La rebelión de las masas»" (1931) e n Filosofía
de ayer y de hoy, A r g o s , B u e n o s A i r e s ,
1974, p p . 119-120).

Los problemas metodológicos que se le plantean a u n a his-


toria de la filosofía así entendida, n o como historia de la ver-
dad, sino como historia de las funciones sociales desempeñadas
p o r l a filosofía j u n t o a otras manifestaciones ideológicas más
difusas, reclaman u n esfuerzo especial de teorización que n o
puede ser meramente especulativo, porque debe estar en ínti-
m a conexión c o n la investigación m i s m a . La f i d e l i d a d i n e l u -
dible a los textos y l a i m p o s i b i l i d a d de olvidar economía y polí-
tica hacen de la semiótica y de la teoría marxista de las ideologías
i n s t r u m e n t o s de trabajo indispensables.
Q u i e r o a p r o v e c h a r esta ocasión p a r a d e t e n e r m e e n u n
e j e m p l o , t r i v i a l e n apariencia, que dice relación c o n el difí-
c i l y decisivo p r o b l e m a de l a periodización. H a cuajado entre
nosotros, e n nuestra historiografía, u n a denominación acuña-
da hace ya varios años p o r Francisco Romero (1891-1962) y que
se h a vuelto clásica. Romero habla de "fundadores" de l a filoso-
fía latinoamericana, aludiendo c o n ello a u n a cierta periodiza-
ción. Me gustaría detenerme a examinar cuáles son los criterios
explícitos e implícitos que u t i l i z a Romero y qué presupone el
uso generalizado hasta h o y de esa concepción. Como diría Ro-
m e r o detrás del h i s t o r i a d o r de l a filosofía h a y u n filósofo.
Cabe, p o r ello, preguntarse acerca de qué filosofía h a y detrás
de esta caracterización. Como todos sabemos, l a noción de
"fundadores" alude a u n grupo de pensadores, los cuales, como
Alejandro K o r n e n Argentina, Carlos Vaz Ferreira e n Uruguay,
Enrique M o l i n a e n Chile, Alejandro Deústua en Perú, A n t o n i o
Caso y José Vasconcelos e n México, etcétera, echan las bases
para que se produzca la esperada y ansiada "normalización"
filosófica. Es curioso que hasta trabajos m u y recientes siguen
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 123

orientados p o r esta noción de "normalización" propuesta p o r


Romero como ideal n o r m a t i v o p a r a l a filosofía entre noso-
tros.^^ Recientemente, A r t u r o Ardao h a señalado c o n r i g o r l a
íntima conexión existente en e l pensamiento de Romero entre
estas dos nociones.^^ La noción de "normalización" está, a la vez,
íntimamente ligada a l o que Romero entendía p o r filosofía.
Aclarar esta noción i m p l i c a aproximarse, a l menos, a la noción
de filosofía del filósofo a r g e n t i n o .
Para Romero l a historia de la filosofía n o era u n entreteni-
m i e n t o erudito. E l interés histórico l o consideraba determina-
do p o r e l interés actual.^'* E n 1929 pensaba que e l p r o b l e m a
filosófico a r g e n t i n o era l a falta de información filosófica. Se
podía h a b l a r de filosofía a r g e n t i n a como u n m o d o de n o m -
brar nuestro aporte a "la filosofía única: l a universal". Fomen-

22 C o m o u n e j e m p l o c e r c a n o cfr. L u i s V i l l o r o , " P e r s p e c t i v a s d e l a filosofía e n M é x i -


co p a r a 1 9 8 0 " e n v a r i o s a u t o r e s . El perfil de México en 1980, S i g l o X X I , M é x i c o , l a . e d . ,
1972, 6 a . e d . , 1 9 7 9 , v o l . 3 , p p . 6 0 7 - 6 1 7 .
2^ " B e l l o y e l c o n c e p t o d e « f í m d a d o r e s » d e l a filosofía latinoamericana", e n Revista
de Historia de las Ideas, segunda é p o c a , n t i m . 3 , C a s a d e l a C u l t u r a E c u a t o r i a n a y CELA
de l a PUCE, Q u i t o , 1 9 8 2 , p p . 2 1 - 2 8 .

Consabidas s o n las dosnociones -escribe A r d a o - referentes a lgrado de desarrollo


alcanzado p o r l a filosofía e n nuestra América - c o ntoda l a relatividad de ese
d e s a r r o l l o - q u e i m p u s o a m e d i a d o s d e este siglo, a e s c a l a c o n t i n e n t a l , l a a u t o r i -
dad de Francisco Romero: l a d e normalidad filosófica y l a de fiindadores del a
filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . S e t r a t a b a d e d o s n o c i o n e s h i s t ó r i c a m e n t e correlacio-
nadas. E r a ante todo p o r e l legado de u n escogido grupo de pensadores d el a gene-
ración d e l 900, q u e l a siguiente - l a s u y a - había accedido, d e México a l Río d e l a
Plata, a l a expresada "normalidad"; correspondía, e n consecuencia, llamar a
aquéllos l o s "fundadores" (p. 2 1 ) . Adviértase l a periodización: Positivismo-Fun-
dadores-Normalización- etcétera.

A r d a o d e s t a c a , c o n t o d a r a z ó n , l a s m a t i z a c i o n e s d e R o m e r o e n e l u s o d e e s t o s tér-
minos y c o n e s p e c i a l r e f e r e n c i a a Andrés Bello, e l h e c h o d e q u e n o s e l e e s c a p a r a n
p a t r i a r c a s " ( f u n d a d o r e s ) d e s d e l a I n d e p e n d e n c i a . N o e s éste e l c a m i n o q u e a h o r a m e
interesa s e g u i r , s i n p r e t e n d e r c o n e l l o i n v a l i d a r l a a r g u m e n t a c i ó n d e A r d a o . P o r e l c o n -
trario, m e i n t e r e s a n l o s t é r m i n o s c o n g e l a d o s , e l u s o p o s t e r i o r a R o m e r o q u e b i e n c a r a c -
teriza A r d a o : " . . . l a r e c e p c i ó n del mismo ["fundadores"] c o n u n sentido fuerte, q u e
mucho ha gravitado e n l o s estudios e i n t e r p r e t a c i o n e s q u e s i g u i e r o n . D e ahí q u e s i n o
Siempre, s e h a t e n d i d o m u c h a s v e c e s a s u b e s t i m a r e n e x c e s o , y a q u e n o a n e g a r , e l a n t e -
•"'or pasado f i l o s ó f i c o l a t i n o a m e r i c a n o " ( p p . 2 1 - 2 2 ) ; y , t a m b i é n , l o s s u s t e n t o s q u e p u e d e
haber h a l l a d o e s t e u s o p o s t e r i o r e n l a m i s m a p o s i c i ó n t e ó r i c a d e F r a n c i s c o R o m e r o .
Algo h e a d e l a n t a d o a l respecto e n m i " E s t u d i o i n t r o d u c t o r i o " a l a antología Pensamien-
'o idealista ecuatoriano. B a n c o C e n t r a l d e l E c u a d o r y Corporación Editorial Nacional,
Quito, 1 9 8 1 , e s p . p p . 13-15. B i b l i o t e c a Básica d e l P e n s a m i e n t o E c u a t o r i a n o , 8.
F r a n c i s c o R o m e r o , " D o s p a l a b r a s d e i n t r o d u c c i ó n " , e n Filosofia de ayer y de hoy.
-^rgos, B u e n o s A i r e s , 1 9 4 7 , p p . 7 y 8 .
124 HORACIO CERUTTI GULDBERG

tando u n a c u l t u r a filosófica se podría llegar a otorgar a "estos


estudios l a n o r m a l i d a d y facilidad de los demás..." La filosofía
n o es cosa de genios, e n su concepción, sino de profesionales
que a p r e n d e n su oficio y que s u m a n su esfuerzo a l común es-
fuerzo internacional p o r esclarecer estas cuestiones que plantea
la filosofía. Se trata de "cooperar e n esa problemática u n i v e r -
sal y n o empeñarse e n u n l o c a l i s m o s i n sentido e n l o filosó-
fico".25
E n 1936 se ocupa Romero de destacar algunos problemas de
la filosofía de l a cultura. A propósito, es u n o de los autores que
más recalcará l a i m p o r t a n c i a de trabajar c o n l a noción de Wel-
tanschauung. Reitera que la distancia histórica es indispensable
para u n a correcta perspectiva. Con esto deja, tácitamente, nega-
da toda p o s i b i l i d a d de u n a h i s t o r i a del presente. E l suelo que
está debajo de nuestros pies nos es siempre i n v i s i b l e y todo es-
fuerzo p o r avistarlo parece absurdo. Esto explicaría el retraso
en l a consideración de los problemas h u m a n o s respecto de los
naturales. La filosofía le aparece como u n haz de cuestiones
particulares ( c u l t u r a , naturaleza, el h o m b r e como "espíritu",
los objetos como "espíritu objetivo", el "sentido", los "valores")
que r e m i t e n a u n t r o n c o común universal. La h i s t o r i a n o pue-
de ser o t r a cosa que h i s t o r i a de l a c u l t u r a . La c u l t u r a es l a que
como proceso acontece e n l a h i s t o r i a , es su h i s t o r i a . Esta his-
t o r i a ( l a de l a c u l t u r a ) se c o m b i n a c o n u n a filosofía de l a
h i s t o r i a que es e l estudio de su sentido (de l a c u l t u r a que
t i e n e h i s t o r i a o, m e j o r , que acontece). Filosofía de l a c u l -
t u r a , filosofía de l a historia, filosofía de los valores y gnoseolo-
gía (o cómo conocer cultura, historia, sentido y valores). E n
estos parámetros se c o n c e n t r a l a reflexión filosófica p a r a
Romero.
E n 1938, e n u n opúsculo e n m e m o r i a de su maestro Ale-
j a n d r o K o r n (1860-1936), defiende u n a tesis singular, estrecha-
m e n t e ligadas a las dos nociones que nos interesan: "fundado-

25 F r a n c i s c o R o m e r o , " L o s p r o b l e m a s d e l a filosofía d e l a c u l t u r a " ( e n n o t a a c l a r a


que apareció e n 1936, e nfolleto d e l Instituto S o c i a l d e l a U n i v e r s i d a d d e l L i t o r a l ) e n
Filosofía contemporánea; Estudios y notas; Primera serie, Lo sada, B u e n o s A i r e s , 1941, pp.
1 3 4 y 1 4 2 . T a m b i é n e n R o m e r o y C . J e s i n g h a u s . La cultura moderna, Universidad Nacio-
n a l d e l a P l a t a , 1 9 4 3 , p p . 2 5 - 4 3 . C u a d e r n o n ú m . 1.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 125

res" y "normalización". Según Romero, Alejandro K o r n habría


repetido entre nosotros, e n f o r m a t o t a l m e n t e i n de p e nd ie nt e ,
el m o v i m i e n t o de renovación y restauración filosófica que e n
Europa c u m p l i e r o n los Husserl, los Bergson, etcétera. Esta "ex-
traña s i m i l i t u d " o "singular coincidencia" es capital, porque de-
muestra que l a filosofía puede surgir entre nosotros s i n i m i -
tar, s i n actitud discipular, s i n repetir. ¿Cómo? Según Romero
hay tres tipos de intelectuales dedicados a l a filosofía. Los que
siguen la moda. Los que c o n esfuerzo r e t o m a n la crítica y a ela-
borada y con todo rigor y, p o r último, los que v i v e n espontánea-
mente el pensamiento de l a época, los que l o v a n forjando.

Son unas pocas cabezas, t a n escasas a veces que se pueden


contar c o n los dedos de la m a n o . No r e c i b e n e l i m p u l s o
ajeno, y si l o reciben, n o l o necesitan. La corriente c e n t r a l
del t i e m p o pasa p o r ellos, su voz es l a voz del instante. Son
los protagonistas del drama. E n el m o m e n t o e n que actúan
n o es siempre fácil identificarlos, porque coexisten e n los
continuadores del m o m e n t o anterior, que t i e n e n a su favor
representar ideas y a a d m i t i d a s y habituales, y c o n los que
encaman nociones nuevas pero que luego se advertirá que no
e r a n la expresión de l a conciencia filosófica del t i e m p o .
Cierto alejamiento, cierta p o s i b i l i d a d de perspectiva serán
necesarios para poner las cosas e n su p u n t o y reconocer a
cada u n o su significación. E n este último grupo estaba, s i n
duda, el pensador argentino.^^

¿Son estas afirmaciones, exageraciones p r o d u c t o de l a pe-


dantería argentina? N o creo. H a y aquí aspectos más serios
que señalar. Quizá exageremos si a t r i b u i m o s estas caracterís-
ticas a todos los que Romero consideraba "fundadores". Es b i e n
sabida la devoción que sentía p o r K o r n . Pero, a l menos u n o de
los "fundadores" estaba adornado c o n estas cualidades y las
^similitudes que Romero señala c o n los demás son grandes,
como veremos. Por ahora, conviene asentar que l a presunta
espontaneidad" de este s ur g i m i e n t o de filosofía genuina hace

26 F r a n c i s c o R o m e r o , Alejandro Korn (1860-1936), Universidad Nacional deL a Pla-


ta, L a P l a t a , 1 9 3 8 , p p . x i i - x i i i .
H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

que, según esta concepción, sólo se p u e d a n organizar c o n d i -


ciones de trabajo académico que b r i n d e n el apoyo para que en
el futuro se reitere, pero n o se puede garantizar nada a l respec-
to. Para Romero, esta vuelta a la filosofía que representa K o r n
y que es, como se h a dicho, idéntica a l a renovación ("restau-
ración" dirá también R o m e r o ) filosófica europea ( a n t i p o s i t i -
vista, p o r supuesto) se caracteriza p o r u n mínimo de r e t o r n o
a l a filosofía 'l3ajo l a f o r m a de h i s t o r i a de l a filosofía y de
teoría del conocimiento".^^ Pero, poco después eclosibnarán las
temáticas, los "motivos" como gusta decir Romero, y aparece-
rán c o n toda fuerza preocupaciones p o r l a cultura, los valo-
res y l a h i s t o r i a .
E n 1940, e n su "Programa de u n a filosofía", Romero de-
sarrolla - c o m o es b i e n sabido- e l m o t i v o de l a trascendencia.
M o t i v o que, según él, se m a n i f i e s t a i n c l u s o e n l a relación
causa/efecto y que le p e r m i t e esbozar u n a visión de l a histo-
r i a de l a filosofía desde los griegos hasta h o y e n oposición a l
i n m a n e n t i s m o . Lo interesante, p o r ahora para nuestro tema,
son dos afirmaciones que a y u d a n a esclarecer las relaciones
entre historia general e historia de las ideas, p o r u n a parte, y en-
tre filosofía e h i s t o r i a de las ideas, p o r l a otra. Respecto de l o
p r i m e r o , a f i r m a Romero, la coincidencia general entre la mar-
cha de las ideas y los grandes "nudos" de l a m a r c h a histórica.
E n cu a nto a l a h i s t o r i a de las ideas es vista p o r él c o m o u n
c a m i n o de acceso a l filosofar, a l a m a r c h a dinámica del espí-
r i t u h u m a n o , n o lejos, evidentemente, de l a Fenomenología
de Hegel.2^
E n 1942 y a se ocupa Romero de l a filosofía h i s p a n o a m e r i -
cana y n o sólo de l a a r g e n t i n a . Según él, j u n t o a los estudios
históricos y literarios se consolida la vocación filosófica entre
nosotros. Éstos son los textos b i e n conocidos de Romero don-
de explícitamente habla de los "fundadores" y de l a " n o r m a l i -
zación" filosófica. De l a preocupación docente se va pasando a
la autonomía de la reflexión personal. Los "fundadores" filoso-

^''Idem, p. XVI.
^ T r a n c i s c o R o m e r o , " P r o g r a m a d e u n a filosofía", e n Separata de Sur, n ú m . 7 3 , B u e -
n o s A i r e s , 1 9 4 0 , p p . 2 1 y 2 3 . T a m b i é n e n Papeles para una filosofía, Losada, Buenos A i -
res, 1945, p p . 9-30.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 127

fan p o r su cuenta, p a r t i e n d o del p o s i t i v i s m o y realizando su


superación. E n esta reacción contra el positivismo se amplía el
interés filosófico, ganando nuevas capas de la población. La
filosofía se convierte e n u n a a c t i v i d a d c u l t u r a l " n o r m a l " de l a
sociedad y se acorta l a distancia que nos separa de los países
que h o y llamaríamos centrales. Estos hombres, m u y pocos, u n
puñado de solitarios i n c l u s o aislados entre sí, t i e n e n l a "auto-
r i d a d m o r a l (esto último t a n i m p o r t a n t e - a c l a r a R o m e r o - e n
cualquier tentativa de ensanchamiento e s p i r i t u a l ) " como para
poner las bases, f u n d a r l a filosofía e n Iberoamérica. La nor-
malización de los estudios filosóficos se caracteriza p o r u n
doble m o v i m i e n t o . Por u n lado, de acercamiento metódico y
en sus lenguas a l o que ocurre e n los "países de producción ori-
ginal". Por otro, de esfuerzo p o r establecer la p r o p i a posición
respecto a esos m i s m o s temas. Se busca l a autonomía, pero
"sin u n abandono p r e m a t u r o de los guías insignes". Se p r a c t i -
ca la parquedad y el r i g o r e n c o n t r a del " r o l l o " , como diríamos
en México. "Parquedad" y " r i g o r " son las virtudes del filósofo,
según el pensador argentino.^"
Francisco Romero n o fue u n pensador cualquiera. Supo
matizar su p e n s a m i e n t o y señaló c o n honestidad muchas de
las dificultades que encontraba a su paso. E n 1943 escribe acer-
ca de la necesidad de ensanchar la historia de la filosofía hasta
acercarla a l a h i s t o r i a total del h o m b r e . Es más, en esa línea de
ensanchamiento, l a h i s t o r i a de las ideas vendría a a m p l i a r el
radio de l a h i s t o r i a de l a filosofía hacia l a h i s t o r i a total.^° E n
ese sentido, m a t i z a u n t a n t o las afirmaciones de Ardao que
veíamos en el p r i m e r p u n t o y c o n f i r m a a este último e n cuan-
to que l a h i s t o r i a de las ideas se constituiría e n u n a "zona de
entrecruzámientos sistemáticos e historiográficos" entre l a
filosofía, la h i s t o r i a , l a h i s t o r i a de l a filosofía, l a h i s t o r i a de
la c u l t u r a y la sociología del conocimiento.^' Creo, p o r t a nt o,

2'Francisco Romero, "Tendencias contemporáneas e n el pensamiento his-


p a n o a m e r i c a n o " , e n Filosofía de ayer y de hoy..., 1942, pp. 227 y 233. T a m b i é n e n Sohre
filosofía en América, R a i g a l , B u e n o s A i r e s , 1952, p p . 11-18. P r o b l e m a s de l a c u l t u r a e n
A m é r i c a , 1.
^ " F r a n c i s c o R o m e r o , Sobre la historia de la filosofía..., 1943, p.32.
" A r t u r o Ardao, "Sobre e l concepto...", 1959, p. 83.
128 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

que n o se puede desolidarizar l a noción de "fundadores" y l a de


"normalización" de la noción de c u l t u r a entendida como espí-
r i t u , de l a filosofía como culminación autoconsciente de l a
cultura, de l a noción i n s t r u m e n t a l de concepción del m u n d o ,
del retraso de influencias, de l a caracterización de épocas, de
la obra como resultado de la creación i n d i v i d u a l , etcétera. Éste
era el i n s t r u m e n t a l categorial de Romero. Fuera de este con-
texto filosófico, ideológico, epistémico y metodológico carecen
de sentido esas nociones o b i e n r e m i t e n a estos contextos con-
ceptuales c o n t o t a l i g n o r a n c i a de q u i e n las usa.
Generalmente, Romero es citado a p a r t i r de u n a obra que
se convirtió e n u n clásico. Sobre la filosofía en América, de
1952, sintetiza la posición de Romero respecto de l a filosofía
que se va p r o d u c i e n d o entre nosotros, a f i r m a n d o el carácter
universal de la filosofía, repudiando el localismo y aquilatando
lo ya hecho. A estas alturas, ya puede ser caracterizado Romero
en las solapas de su l i b r o como "...la figura de m a y o r relieve e n
la filosofía de Hispanoamérica". E l contenido del l i b r o apare-
ce m i n i m i z a d o por Romero en la m i s m a "Advertencia" Aclara
que entrega esos ensayos "...en espera de poderle preparar algo
de más sustancia ..." y, más adelante agrega: " N a t u r a l m e n t e ,
n o a t r i b u y o n i n g u n a significación f u n d a m e n t a l a estos tra-
bajos, redactados casi todos ellos c o n u n designio i n f o r m a t i -
vo."^2 Estas afirmaciones están, contra l o que pudiera parecer,
en t o t a l coherencia c o n sus preocupaciones de 1929, cuando
afirmaba que nuestro problema filosófico era de información.
A p o r t a r información de modo riguroso, y más cuando es casi
inalcanzable, es y a u n paso en nuestra labor filosófica. Para-
dójicamente, las dos nociones que rastreamos, y que sobre todo
están cristalizadas e n ese l i b r o , m a r c a r o n toda l a línea de evo-
lución posterior de los discípulos de Romero. H a n sido de las
nociones que más f o r t u n a h a n alcanzado e n nuestra h i s t o r i o -
grafía de las ideas filosóficas.
Este l i b r o de Romero recoge, como casi todos los suyos, u n
c o n j u n t o de artículos anteriores. I n c l u y e u n ensayo bastante
extenso de 1948 dedicado a l a filosofía e n A r g e n t i n a y elabo-

^ ^ F r a n c i s c o R o m e r o , Sobre la filosofía..., 1952, p . 7.


HACIA UNA METODOLOGÍA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 129

rado c o m o respuesta a los trabajos sobre e l p o s i t i v i s m o e n


México de Leopoldo Zea. Esboza cuál había sido e l desarrollo
del p o s i t i v i s m o e n A r g e n t i n a y trata de e s t i m u l a r l a realiza-
ción de trabajos más completos sobre e l tema. Claro que e n
u n a perspectiva diferente a l a de Zea, q u i e n pone e n obra l a
metodología propuesta p o r l a sociología d e l c o n o c i m i e n t o de
Scheler/Mannheim, teoría que Romero seguramente conoció,
pero que n o utilizó. Es ésta, entonces, u n a respuesta provisio-
nal ante l a investigación del positivismo mexicano. Para nues-
tro t e m a interesa sobre todo e l apartado I I : " A g o t a m i e n t o del
p o sitivis mo y corrientes reemplazantes". H a y u n párrafo que
no m e puedo resistir a transcribir, porque caracteriza, a propó-
sito de A l e j a n d r o K o r n , l o que Romero considera que debe ser
el filósofo a m e r i c a n o .

Alejandro K o m fue u n filósofo de l a libertad. Filósofo ame-


ricano, era l o que debe ser, l o que tiene que ser u n filósofo
a m e r i c a n o : n o u n rebuscador de curiosidades indígenas,.
n o e l fabricante de taraceas arqueológicas, sino u n h o m -
bre i m b u i d o de todas las esencias occidentales y capaz de
repensarlas, reelaborarlas y llevarlas adelante e n e l esce-
n a r i o de América."

A pesar de l a a tina d a crítica que hacía a l e t n o c e n t r i s m o


en sus acotaciones a W i n d e l b a n d , Romero piensa e n el filóso-
fo a m e r i c a n o c o m o u n europeo e n América y a l a filosofía
americana c o m o filosofía europea e n América. U n a América
que es sólo "escenario", p o r tanto, naturaleza frente a las "esen-
cias occidentales" de Europa que, seguro, es h i s t o r i a . La "nor-
m a l i d a d filosófica" es, p a r a Romero "la incorporación de esta
actividad a las demás que ejerce l a c o m u n i d a d , c o m o función
seguida y normal".^'* N o r m a l a c t i v i d a d europeizante e nt re no-

^^Francisco R o m e r o , " I n d i c a c i o n e s sobre l a m a r c h a del p e n s a m i e n t o fílosófíco en


A r g e n t i n a " , e n Sohre la filosofía..., 1948, p. 49. P o r s u s c o n n o t a c i o n e s metafórico-iróni-
cas c o n v i e n e a c l a r a r e ltérmitio " t a r a c e a " . E s u n s u s t a n t i v o f e m e n i n o u s a d o c o m o sinó-
n i m o d e marqueiteria. M e n t a l a incrustación r e a l i z a d a e n tablas l a b r a d a s c o n trocitos
de m a d e r a d e o t r o c o l o r , n á c a r , e s m a l t e , etcétera.
^Idem, p. 52.
130 HORACIO CERUTTI GULDBERG

sotros. Ya desde 1929, c o n l a fundación de l a Sociedad Kantia-


n a de Buenos Aires "...nuestro reloj corregiría el retraso c o n
que había marchado respecto a l a h o r a europea".^^ Publicacio-
nes de todo t i p o irán atestiguando el esfuerzo sistemático y
metódico p o r apropiarse el p e n s a m i e n t o ajeno y p o r i r bus-
cando fórmulas propias. La noción de filosofía como haz de cues-
tiones universales se completa c o n u n a personalización de su
ejercicio. La filosofía se l e aparecerá e n este periodo de i n i -
ciación como u n c o n j un t o de hombres filosofando. Estos h o m -
bres se vuelven hacia l a universalidad, apartándose de intencio-
nes políticas. Ejercicio auténtico de l a filosofía y m i l i t a n c i a
política quedan así asentadas c o m o prácticas i n c o m p a t i b l e s .
E n u n trabajo de 1951 vuelve sobre l a necesidad de revalo-
r a r el p o s i t i v i s m o c o m o i n i c i o del filosofar entre nosotros y
c o m o m o v i m i e n t o "que permitió sacar a estos estudios de los
cerrados círculos académicos, para c o n v e r t i r l o s e n u n a h a b i -
t u a l preocupación de todo h o m b r e c u l t i v a d o , entroncándolo
con muchos intereses de la teoría y de l a vida".^^ Es curioso. Aquí
le interesa la vida y el ámbito exterior a l o académico, cuando
en el artículo anterior, de 1948, l a política era expresamente
repudiada... Los "fundadores" v i v e n esa contradicción, ese
"reparto entre l a teoría y l a vida", hasta que se va creando el
a m b i e n t e académico y los filósofos p u e d e n profesionalizarse.
Estos fundadores, i n c l u i d o el cubano E n r i q u e José Varona
(1849-1933), v a n a ser calificados de muchas maneras: "patriarca
de l a cultura", "varón docente", "director de conciencias"; pero
K o r n y A n t o n i o Caso v a n a merecer e l apelativo de "filósofo
absoluto". Absoluto p o r estar separado de toda otra preocupa-
ción que n o sea l a v i d a del espíritu filosofante. Todos estos
"varones eminentes" deberían ser acogidos c o m o p r o p i o s p o r
los países americanos.
A propósito de los m o v i m i e n t o s personalistas norteame-
ricanos y de l a f i g u r a de Borden Parker Bowne (1847-1910)
escribirá:

^^Tdem, p. 53.
^ ^ F r a n c i s c o R o m e r o , " F i l ó s o f o s l a t i n o a m e r i c a n o s d e l s i g l o x x " , e n Sobre la filoso-
fía..., 1951, p. 63.
HACIA UNA METODOLOGIA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

.. .hay también l a relación filial c o n el ftmdador, c o n q u i e n


n o sólo proporcionó u n sistema de ideas, sino que, p o r l a
energía y l a h o n d u r a de su personalidad, p o r la potente
vibración de su experiencia filosófica, fiie capaz de p r o -
d u c i r u n a conmoción que se transmitió como u n círculo
creciente de ondas a p a r t i r de u n foco.^^

Nueva metáfora: u n foco y sus ondas. E l fundador y los nor-


malizados... Quepa señalar aquí que Romero piensa e n toda
América y n o e n Latinoamérica. Su visión es, más b i e n , pana-
mericanista.
Es todo este contexto el que s u p o n e n o c o n n o t a n las n o -
ciones que nos ocupan. Pero, h a y más. Además de este contex-
to teórico-metodológico, p o r calificarlo de algún modo, h a y u n
contexto más p r o p i a m e n t e ideológico-político que también
aparece entrelazado e n estos textos y que p e r m i t e n u b i c a r
m e j o r estas nociones.
H a y dos fragmentos de los comentarios de Romero a La
rebelión de las masas de Ortega, donde define el l i b e r a l i s m o
de minorías selectas a l que se adhiere, l i b e r a l i s m o de aquellos
que se exigen más que los demás. Los hombres de la d i s c i p l i n a
y el r i g o r , los que gozan c o n el m a n d o frente a l a m u c h e d u m -
bre, a l a aglomeración, a l l l e n o . No es u n dato despreciable en
este contexto, el que Romero haya sido capitán del ejército antes
de dedicarse a l a filosofía. Nos dice Romero:

El hombre-masa a l pasar a establecerse en el p r i m e r p l a n o


histórico, i m p o n e su torpeza, su m e d i o c r i d a d , y l a c i v i l i -
zación de Occidente corre peligro de fracasar asfixiada p o r
esta invasión v e r t i c a l de bárbaros que se regodean c o n los
productos y bienes de l a cultura, pero que i g n o r a n o des-
p r e c i a n l a íntima esencia de esa cultura, sus p r i n c i p i o s
supremos, las virtudes cardinales sobre las cuales reposa.^^

Y agrega más adelante:

^ ^ F r a n c i s c o R o m e r o , " L o s m o v i m i e n t o s p e r s o n a l i s t a s " , e n Sobre la filosofía..., 1951,


P106.
' " F r a n c i s c o R o m e r o , " A l m a r g e n d e « L a R e b e l i ó n d e l a s m a s a s » " e n Filosofia de
",'/er..., p . 1 0 9 .
HORACIO CERirni GULDBERG

E n política, las dos grandes experiencias del t i e m p o , el fas-


cismo y el bolchevismo, v a n c o n t r a el l i b e r a l i s m o , que n o
es u n a m e r a d o c t r i n a , sino u n destino del europeo actual,
algo, consustancial c o n él, u n a cosa que él es, quiéralo o no,
c o n t a l ineluctabilidad.^^

Romero estaba así, obviamente, preparado para ser a n t i -


peronista. Los descamisados manifestándose c o n b o m b o e n
las calles n o serían más que bárbaros incapaces de captar las
espirituales esencias de l a c u l t u r a . Por otra parte, el liberalis-
m o n o es u n a m e r a d o c t r i n a , es aparentemente desideologi-
zado m i e n t r a s , quizá i n c o n s c i e n t e m e n t e , se l o ideologiza y
m i s t i f i c a c o n u n p r o c e d i m i e n t o de e n c u b r i m i e n t o típico: l a
naturalización. Ya n o es u n p r o d u c t o histórico, sino parte de
la sustancia, de l a naturaleza h u m a n a . Es destino, es fatalidad
ineluctable... ¿Será este l i b e r a l i s m o l a esencia occidental que
el filósofo "americano" deberá repensar y llevar adelante e n el
escenario de América?
E n 1940, e n su "Programa", enfocando e l p r o b l e m a de l a
trascendencia e n oposición a l a i n m a n e n c i a , encuentra u n
p a r a l e l i s m o que l e parace discutible e n l a supuesta trascen-
dencia y superación del i n d i v i d u a l i s m o e n las masas. Y t o m a
n u e v a m e n t e posición frente a los m o v i m i e n t o s de masas.

Pero u n pesado lastre de inclinación i n m a n e n t i s t a y l a


teorización -lastrada de i n m a n e n t i s m o también- empo-
brecen y falsean estos m o v i m i e n t o s , y los c o n v i e r t e n e n
todo l o c o n t r a r i o de l o que deberían ser. Enderezar l a
trascendencia - c o m o hacia su n a t u r a l d e s t i n o - hacia las
metas de e l pueblo - u n pueblo d e t e r m i n a d o - , l a clase, el
Estado, la raza, etcétera, es constituir u n a nueva i n m a n e n -
cia y quedarse e n ella quebrando las alas a l trascender,
c o n l a agravante de que el egoísmo i n d i v i d u a l , fácilmente
denunciable, se reemplaza c o n u n egoísmo colectivo teñi-
do de t u r b i a mística y aureolado de u n prestigio impresio-
n a n t e aunque falaz. Lo peor es que c o n e l i n d i v i d u o suele

39ídem, p . 1 1 2 .
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A OE LA HISTORIA DE IAS IDEAS

sacrificarse l a persona, i n s t a n c i a superior a cualquier


otra porque desde ella ocurre l a proyección hacia el valor.*'

No es e l caso de detenerse a señalar esta última a f i r m a -


ción, según l a cual la persona n o valdría p o r sí, sino c o m o
soporte del valor, vale el valor e n ella. Nuevamente, bolchevis-
mo, y creo que especialmente, nazismo son el objeto de su ata-
que. Para nada extrañará e l que unos años más adelante las
masas peronistas, emigrantes campesinos e n l a g r a n ciudad,
"chuncanos" l a mayoría de ellos, fue r a n vistos como u n "alu-
vión zoológico" e n el b r u t a l decir de Ezequiel Martínez Estra-
da. Es sabido que Romero renunció a su cátedra d u r a n t e el
p r i m e r peronismo (1943-1955). Vivió su alejamiento de l a cáte-
dra como u n "exilio interior". Combatió al peronismo desde allí
con todos los medios a su alcance.
E n 1958 se publica u n l i b r o donde se da cuenta de la funda-
ción de l a Asociación A r g e n t i n a p o r la L i b e r t a d de la Cultura,
constituida e n 1955 como f i l i a l del Congreso p o r l a L i b e r t a d
de la Cultura celebrado en Berlín en 1950. El Congreso de Berlín
fue f r u t o de l a guerra fría. Nazismo es i g u a l a c o m u n i s m o . La
noción de "totalitarismo" surge para englobarlos. E n A r g e n t i n a
había que e n f r e n t a r a l t o t a l i t a r i s m o de este "nazismo" c r i o l l o .
Esta insuficiente caracterización del peronismo ha sido m u -
chas veces criticada. Rodolfo Puiggrós señalaba, e n 1968, que
muchos jóvenes "se avergonzaban del peronismo" en el treinta
p o r n o pensar l a r e a l i d a d y buscar "modelos extranjeros".'*'
Volviendo a l l i b r o de l a Asociación p o r l a Libertad de l a Cultu-
ra, Carlos P. Carranza hace u n a presentación de t i p o d o c t r i n a l
donde a f i r m a que se trata de defender la c u l t u r a verdadera,
para que se desarrolle s i n coerciones n i c o n d i c i o n a m i e n t o s .
A l u d i e n d o expresamente a l a concepción de Romero, señala
que l a c u l t u r a se define según l a siguiente fórmula:

'•"Francisco Romero, "Programa...", 1940, p. 22.


••iRodolfo P u i g g r ó s , " L a s c o r r i e n t e s filosóficas y e l p e n s a m i e n t o p o l í t i c o a r g e n t i -
no". C u r s o e n e l Instituto P o p u l a r d e E s t u d i o s A r g e n t i n o s y L a t i n o a m e r i c a n o s , 1968,
B u e n o s Aires, p. 2 ( m i m e o . ) . Este señalamiento debe hacerse s i n perjuicio d e indicar,
también, q u e e l trabajo d e Puiggrós adolece d e graves d e f i c i e n c i a s metodológicas que
lo h a c e n i n s o s t e n i b l e . N o e s e l c a s o d e d e s a r r o l l a r a q u í e s a s críticas.
134 HORACIO CERUm GULDBERG

"Naturaleza + a c t i v i d a d h u m a n a e s p i r i t u a l = cultura".^^
Es interesante esta fórmula, porque muestra cómo era i n -
terpretado Romero p o r sus p r o p i o s seguidores. E n Los proble-
mas de la filosofía de la cultura Romero consideraba otra ecua-
ción: naturaleza-cultura = h o m b r e . Toda a c t i v i d a d h u m a n a
era cultura."*^ Sin embargo, aquí Carranza habla de "actividad
espiritual". Subrayo la espiritualización. Y, en otro párrafo que
n o tiene desperdicio, "define" Carranza l a noción de l i b e r t a d
que defiende l a Asociación: "No es fácil fijar c o n precisión el
concepto de libertad. Es de aquellos que se c o m p r e n d e n m e j o r
que se expresan."^'* Huelga todo c o m e n t a r i o . . .
E n este l i b r o se i n c l u y e también el discurso leído p o r Ro-
m e r o en el acto de inauguración del l o c a l de la Asociación el
3 de octubre de 1956. E n este discurso afina Romero sus con-
cepciones acerca de las relaciones entre c u l t u r a y l i b e r t a d .
A f i r m a que n o h a y l i b e r t a d política allí donde se coacciona l a
libertad artística o filosófica. Podría leerse, s i n m u c h a suspica-
cia, que l o que reclamaba era u n a t r i n c h e r a para seguir hacien-
do su política. Pero esta l e c t u r a quizá n o fuera respetuosa c o n
l a terminología m i s m a de Romero. Concibe a la c u l t u r a como
u n o r g a n i s m o que puede estar e n f e r m o o sano. I n d i c i o de sa-
l u d del organismo será l a posibilidad de que se manifiesten sus
más altas expresiones. Y, en u n párrafo que aparece en cierta

' ' 2 A s o c i a c i ó n A r g e n t i n a p o r l a L i b e r t a d d e l a C u l t u r a , B u e n o s A i r e s , 1 9 4 8 , p . 8. B i b -
l i o t e c a d e l a L i b e r t a d , 1.
"•^'Tara e m p e z a r , d e f i n a m o s s u m a r i a m e n t e l o q u e e s l a c u l t u r a . L a c u l t u r a , e n u n
s e n t i d o m u y a m p l i o , está c o n s t i t u i d a p o r l o s p r o d u c t o s d e l a a c t i v i d a d d e l h o m b r e , y p o r
e s t a a c t i v i d a d m i s m a e n c u a n t o n o e s p u r a m e n t e a n i m a l ; e s t o e s , e n c u a n t o e s específi-
c a m e n t e h u m a n a . E n t r a n , pues, e n el d o m i n i o de l a cultura, e l arte, l a c i e n c i a , l a filosofía,
l a religión, e l m i t o , e l l e n g u a j e , l a c o s t u m b r e , l a m o r a l e n c u a n t o práctica, e l E s t a d o y
todo otro g é n e r o d e o r g a n i s m o político o s o c i a l , l a técnica e n todas s u s f o r m a s . E n r e s u -
men, cuanto el hombre, conscientemente o inconscientemente, crea, produce o modi-
fica, y l a m i s m a a c t i v i d a d c r e a d o r a o modificadora."
"El concepto de cultura se opone a l de naturaleza [...] e l c a m p o cultivado
p e r t e n e c e e n c a m b i o a lm u n d o de l a c u l t u r a . . . " (ídem, p. 136). L a r e a l i d a d es, e n t o n c e s
para Romero, l as u m a denaturaleza, cultura y hombre. Ninguno d elos tres elementos
se c o n f u n d e c o n los otros. R e c a l c a , e l h o m b r e "...no es c u l t u r a , s i n o e lh a c e d o r , e l p r o -
t a g o n i s t a d e l a c u l t u r a " (p. 137). A d e m á s , y esto es m u y i m p o r t a n t e , agrega: " L o q u e e n
e l h o m b r e es h u m a n o d e s d e u n p u n t o d e v i s t a e x c l u s i v o , p e c u l i a r , específico, l o d e n o -
m i n a r e m o s espíritu" (p. 137). Y de ahí q u e a l s e r l a c u l t u r a o b r a d e l h o m b r e , p u e d a s e r
c a l i f i c a d a c o m o "espíritu objetivo". T o d a s e s t a s m a t i z a c i o n e s i m p o r t a n t e s d e R o m e r o ,
son c a n c e l a d a s e n e le s q u e m a t i s m o desu comentador.
' ' ^ C a r r a n z a , op. cit., p . 9 .
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE IAS IDEAS

m e d i d a como c o n t r a d i c t o r i o de sus afirmaciones anteriores


en cuanto a l a metáfora del "organismo", a l a " u n i d a d " y "soli-
daridad" de l a " c u l t u r a entera", a f i r m a l a necesidad de que se
acepte y garantice para l a filosofía su: " . . . n o r m a l ejercicio. Ca-
da a c t i v i d a d c u l t u r a l a p u n t a a u n a f i n a l i d a d que le es p r o p i a ,
y esa f i n a l i d a d debe ser realizada s i n otros c o n d i c i o n a m i e n -
tos que los que d e r i v a n de su índole".'*^
T^firmación importante, porque aclara en más de u n sentido
el concepto de "normalización" filosófica. La filosofía es au-
tónoma, n o t i e n e relación c o n l a política. Sigue sus fines es-
pecíficos que d e r i v a n de su p r o p i a índole. No deja de ser para-
dójica esta concepción e n q u i e n fue también, como creo que
deberá ser y a evidente, u n ideólogo y m i l i t a n t e político. Se
siente Romero llevado e n este discurso a hacer u n a d e l i m i t a -
ción más clara de l o que entiende p o r filosofía. "Acaso sea l a f i -
losofía l a r a m a de l a c u l t u r a que padece más c o n l a opresión.
Filosofía y l i b e r t a d son inseparables."*"^ I n c o r p o r a l a f i g u r a
del filósofo a su reflexión, para m o s t r a r l o e n toda l a fuerza de
su indefensión. E l filósofo aparece obligado a l a l i b e r t a d .

U n filósofo es, h a sido siempre, u n h o m b r e que expresa l a


verdad t a l como él l a entiende [...] De todos los creadores
intelectuales, es el más indefenso, el más v u l n e r a b l e , por-
que es el más comprometido c o n su p r o p i o ser, y si reniega
de ese c o m p r o m i s o se autodestruye.*^

Es claro que e l filósofo del que está h a b l a nd o se l l a m a


Francisco Romero; si n o , sería m u y extraño que u n pensador
riguroso como él propusiera semejante concepción de ver-
dad. "Según u n a de sus definiciones más certeras, l a filosofía
es la autoconciencia de la cultura."'*^ De ahí, que se vea llamada
a teorizar l a l i b e r t a d y si esta l i b e r t a d de p e n s a m i e n t o se le
coarta, l a filosofía y el filósofo se frustran. Es curiosa también,

'•^Francisco R o m e r o , "Filosofía y l i b e r t a d " , Asociación A r g e n t i n a p o r l a L i b e r t a d


d e l a C u l t u r a , B u e n o s A i r e s , 1 9 5 8 , p . 3 4 . B i b l i o t e c a d e l a L i b e r t a d , 1.
"s/dgm, p . 3 5 .
*''Ibidem.
•'«Idem. p. 42.
136 HORACIO CERUm GULDBERG

en e l contexto de su obra, l a defensa que hace de la l i b e r t a d


c o m o derecho n a t u r a l . E n artículos anteriores había cuestio-
nado l a apelación a l derecho n a t u r a l p o r ser u n a manifesta-
ción i n a c e p t a b l e de i n m a n e n t i s m o ( p r o b a b l e m e n t e e n o t r o
contexto polémico, contra el n e o t o m i s m o de los participantes
en los Cursos de Cultura Católica).'*^ E n f i n , a pesar de ser u n
filósofo "normalizado", profesional, académico. Romero hace
política. Pero, c o m o e n su concepción filosofía y política se
excluyen, él, filósofo, se presenta a sí m i s m o e n esta l u c h a de
o t r a manera.
"Y recordemos, para t e r m i n a r , que los filósofos, p o r l o me-
nos los dignos de este n o m b r e , también se h a n afiliado a l a
l i b e r t a d c o m o hombres y h a n sabido defenderla c o n su pala-
b r a y c o n sus actos."^"
Con estas palabras t e r m i n a su discurso. Él representa a l
h o m b r e , a l derecho n a t u r a l a l a l i b e r t a d , a l a filosofía, a l a ver-
dad y n o tiene asomo de política o ideología e n su posición.
Es u n afiliado a l p a r t i d o de l a l i b e r t a d . Indudablemente, estas
contradicciones entre filosofía explícita y política implícita,
entre salida de los claustros y academización de l a filosofía,
están e n el seno m i s m o de las nociones de "fundadores" y de
"normalización". L a "normalización" filosófica ansiada p o r
Romero significó el desarrollo de u n a filosofía academicista e n
l a A r g e n t i n a , l a cual d u r a n t e unos t r e i n t a años n o supo qué
decir acerca de l a r e a l i d a d e n l a que estaba i n m e r s a . La "nor-
malización" fue l a m u e r t e de u n filosofar v i v o y fecundo e n
l a tradición filosófico-política de l a filosofia l a t i n o a m e r i c a n a .
Cuando intentó decir algo y renacer, el precio a pagar fue alto.
Pero, ésa es otra h i s t o r i a .

''^"...el Derecho n a t u r a l e s l a inmanentización del poder" ("Programa..., p. 15).


P a r a e l p a p e l j u g a d o p o r e l i u s n a t u r a l i s m o e n A r g e n t i n a cfr. M a n u e l A t i e n z a , Actual
filosofia del derecho en Argentina, Universidad Autónoma, Departamento d e Filosofía
del D e r e c h a . Madrid, 541 pp. ( m i m e o . ) , s/f. P a r a u n d e s a r r o l l o histórico-jurídico-penal
a r g e n t i n o cfr. e l e r u d i t o e s t u d i o d e R o b e r t o B e r g a l l i , La recaída en el delito; modos de
reaccionar contra ella, Sertesa, Barcelona, editado bajo e l patrocinio d e l a "Alexander
v o n Humboldt-StifFung", 1980, e s p . p p . 9-46. S o n , además, m u y i n t e r e s a n t e s l o s d e s a r r o -
llos teóricos de u n a "criminología para l a liberación". Cfr. R o b e r t o Bergalli, " L a
c u e s t i ó n c r i m i n a l en A m é r i c a L a t i n a " , e n Sistema, n ú m . 49, Madrid, j u l i o d e 1982, p p .
49-66.
^ F r a n c i s c o R o m e r o , "Filosofía y l i b e r t a d . . . " , p p . 45-46.
HACIA UNA METODOLOGÍA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 137

Después de este apretado e insuficiente excurso p o r l a obra


de Francisco Romero, cabe t e r m i n a r l o r e t o m a n d o sus mismas
palabras e n las que evalúa l a filosofía de A l e j a n d r o K o r n . Él
h u b i e r a aceptado que se le a p l i c a r a n a su p r o p i a filosofía. "Su
pensamiento será s i n duda superado, y él m i s m o contribuirá
a que l o sea ya que cada realización intelectual proporciona los
materiales para i r más lejos."^^
A l finalizar este examen de u n ejemplo de singular i m p o r -
tancia, m e interesa señalar que mientras la historiografia filo-
sófica l a t i n o a m e r i c a n a siga lastrada aceptando y usando acrí-
t i c a m e n t e las periodizaciones que se d e r i v a n de nociones
como la de "fundadores" o las connotaciones de toda índole que
i n c l u y e n nociones c o m o l a de "normalización", será difícil
u n avance signifícativo de l a investigación, cabalmente críti-
co y sufícientemente riguroso.

Concepciones "externalistas" e "internalistas" en


la historia de la filosofía
A s í , s i permanecemos en las garras del capitalismo,
corremos el riesgo de perder la racionalidad
social de la ciencia que el capitalismo
poseía anteriormente y podemos encontramos
con la irracionalidad de nuestra práctica social
combinada con la no menos grave irracionalidad
de nuestra teoría. Si no estamos equivocados,
el hombre ha llegado a un punto crítico
en el que debe decidir si tiene que lomar el camino
del socialismo y tal vez alcanzar una racionalidad
en la práctica y en la teoría social, o bien seguir
en el mismo camino capitalista y
perder ambas formas de racionalidad.
( A L F R E D O S O H N - R E T H E L , "Trabajo intelectual
y trabajo manual", E l Viejo Topo, Bogotá
l a . ed. a l e m á n 1970, 1980, p . 1 3 1 ) .

En l a "Introducción, sobre e l i r r a c i o n a l i s m o como fenómeno


i n t e r n a c i o n a l del p e r i o d o i m p e r i a l i s t a " , a su conocida obra

^ ' F r a n c i s c o R o m e r o , Alejandro Kom..., 1 9 3 8 , p. xxix.


H O R A C I O CERUTTI GULDBERG

La demolición de la razón,^^ a p u n t a Lukács l a necesidad de u n


estudio que n o se atenga sólo a ideas o personalidades que las
sustentan, sino que atienda a las verdaderas fuerzas m ot ric e s
estructurales de l a sociedad.

Que i n t e n t e descubrir l a trabazón entre los problemas


filosóficos desde el p u n t o de vista de l o que se l l a m a el de-
sarrollo i n m a n e n t e de la filosofía, caerá necesariamente
e n u n a deformación idealista de las conexiones más i m -
portantes, a u n cuando e l h i s t o r i a d o r que así proceda
disponga de los c o n o c i m i e n t o s necesarios y ponga, subje-
t i v a m e n t e , l a m a y o r v o l u n t a d e n e l empeño p o r ser ob-
jetivo."

He aquí planteado el p r o b l e m a metodológico y epistemo-


lógico f u n d a m e n t a l para nuestra tarea. ¿Cómo hacer esa his-
t o r i a m a t e r i a l i s t a de l a filosofia? Está de más, para aquellos
que h a n realizado el largo y apasionante viaje de seguir más
allá de l a "Introducción" a l a lectura de todo el l i b r o de Lukács,
el señalar que el p r o p i o Luckács n o l o logra. Quizá p o r l a me-
táfora metodológica del "reflejo", l a cual obstaculiza, más que
f a c i l i t a el análisis. Y h a y que señalar esto, s i n o l v i d a r las i m -
portantes sugerencias, b r i l l a n t e s análisis e i n f o r m a c i o n e s d i -
fíciles de a d q u i r i r p o r otras vías, que b r i n d a este discutido
l i b r o del pensador húngaro. De m o d o también expreso p l a n -
tea Lukács la distancia existente entre la subjetividad conscien-
te del filósofo y el contenido objetivo y l a función social de su
filosofía. Y de esto último se trata cuando se pretende u n a his-
t o r i a m a r x i s t a de l a filosofía.

...es cuestión p u r a m e n t e secundaria e l que los distintos


pensadores sean o n o conscientes de esta su posición, de

^ ^ C o n o c i d a e n t r e n o s o t r o s c o m o E l asalto a la razón. "Demolición" m e parece que


traduce mejor e l sentido de l a obra y u n o d e los sentidos d e ltérmino Zerstórung.
"Asalto" da, másbien, l a idea de u n ataque armado protagonizado p o r grupos de
choque, a l m o d o de los c a m i s a s p a r d a s o negras. Aquí se trata de d e r r u i r l a razón según
u n metódico p l a n , n o p o r eso m e n o s posible d e s e r calificado d e i r r a c i o n a l i s m o . E l
" a s a l t o " e s a l a s cátedras m á s q u e a l a razón...
^ ^ G e o r g L u k á c s , E l asalto a la razón, La trayectoria del irracionalismo desde Schelling
hasta Hitler, G r i j a l b o , B a r c e l o n a , 1 9 7 6 , p . 3. I n s t r u m e n t o s , 8.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

esta su función histórico-social, y hasta qué p u n t o l o sean.


T a m p o c o e n l a filosofía se juzga de las intenciones, sino
de los hechos, de l a expresión objetivada de los pensamien-
tos y de su acción histórica necesaria. Y cada pensador es,
en este sentido, responsable ante l a h i s t o r i a del contenido
objetivo de su filosofía, i n d e p e n d i e n t e m e n t e de los desig-
n i o s subjetivos que l a animen.^*

Si para Lukács e n 1952 era posible a f i r m a r que "aún n o


existe u n a h i s t o r i a m a r x i s t a de l a f i l o s o f í a . . . m u c h o más
podemos nosotros constatar que aún n o contamos c o n u n a his-
t o r i a m a r x i s t a de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . Vale decir, c o n
una h i s t o r i a de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a que asuma los
problemas epistemológico-metodológicos que e l m a r x i s m o
plantea, que i n c o r p o r e l a decisión de atenerse a los testimo-
nios y que realice e l esfuerzo de esta reconstrucción c o n l a
convicción - c o m o diría Ingenieros- de que n o todo pasado fue
m e j o r y c o n l a creencia e n que todo t i e m p o f u t u r o será me-
j o r , siempre que medie l a l u c h a p o r l a transformación de u n
presente intolerable.^*^ Es b i e n sabido que l a sociología d e l co-

^*Idem, p . 4. E n este c o n t e x t o h a b r í a q u e r e c u p e r a r d e m o d o crítico u n t e m a a p e -


n a s e s b o z a d o p o r José I n g e n i e r o s : e l d e l a " h i p o c r e s í a d e l o s filósofos". S e p u e d e c o n -
sultar l a antología p r e p a r a d a p o r Ó s c a r T e r á n Antimperialismo y nación, Siglo X X I ,
México, 1979. N u e s t r a América 22. H a y que r e c o m e n d a r l a excelente introducción d e
T e r á n : "José I n g e n i e r o s o l a v o l u n t a d d e s a b e r " . P a r e c e n p o c o f u n d a d a s afirmaciones
como l a siguiente:

U n a d e l a s c a r a c t e r í s t i c a s d e l I n g e n i e r o s filósofo e s s u m e n o s p r e c i o d e l a h i s t o r i a d e
l a f i l o s o f í a [...] d e s p r e c i a l a h i s t o r i a d e l a filosofía. L o s a p o r t e s a n t e r i o r e s s e h a l l a n
i n v a l i d a d o s p o r l a s d e f i c i e n c i a s d e l a m i s m a situación histórica, p o r l a d e b i l i d a d
de u n a e x p e r i e n c i a científica i n c o n s i s t e n t e . P e r o , además, s u r g e e n él r e p e t i d a -
m e n t e e l t e m a d e l a h i p o c r e s í a y m a l a fe d e l o s filósofos, q u e a c o m o d a n s u s d o c -
t r i n a s a i n t e r e s e s p e r s o n a l e s o d e g r u p o . T o d a esta sección d e s u o b r a aparece
c o m o l a más deficiente, l a más superficial e i n c o m p r e n s i v a ( F r a n c i s c o Romero,
"Indicaciones sobre l a marcha...", p. 36).

P o r e l c o n t r a r i o , h a b r í a q u e m e d i t a r s i n o e s ésta u n a d e l a s p a r t e s m á s b r i l l a n t e s
de l a o b r a de I n g e n i e r o s , c u a n d o e n f o c a p r o b l e m a s a b o r d a d o s p o r l a metodología m a r x i s -
ta y , p o s t e r i o r m e n t e , p o r l a sociología d e l c o n o c i m i e n t o .
' ' ' G e o r g L u k á c s , op. cit., p . 1 2 .
^'^Cfr. José I n g e n i e r o s , "Proposiciones relativas a l porvenir d e l a filosofía", e n
Antimperialismo y nación...., p. 431.
140 HORACIO CERUTTI GULDBERG

n o c i m i e n t o surge c o m o u n i n t e n t o alternativo a l m a r x i s m o y,
específicamente, a l a reflexión marxista sobre las ideologías. Es
preciso recalcar esto, porque e n nuestros medios suele con-
fundirse sociología del c o n o c i m i e n t o c o n m a r x i s m o . Así l o
denunciaba y explicaba y a M a x H o r k h e i m e r coetáneamente
al s u r g i m i e n t o de las propuestas de S c h e l e r / M a n n h e i m e n l a
década del treinta.^^ E n Estados U n i d o s esta temática evolu-
cionó sobre todo a p a r t i r de las reestructuraciones realizadas p o r
Merton/Sorokin.5^ Esta problemática incidió e n los desarrollos
posteriores de l a h i s t o r i a de l a ciencia dando lugar a l a polé-
m i c a entre posiciones "internalistas" y "externalistas".^^ Lo i n -
teresante de esta polémica es que n i n g u n a de las posiciones
en pugna logra rebasar el ámbito m i s m o del debate. No es el
caso de ponerse a rastrear ahora p o r qué eso n o ocurre, cómo
están entrampados e n la discusión o cuáles son los meandros
p o r los cuales ésta se desarrolla. Quiero i n d i c a r que, e n este
contexto, habría que desarrollar también u n a discusión de l a
propuesta de M i c h e l Foucault, s i n duda u n o de los autores que
ha renovado l a labor "arqueológica" del "saber". Locura, medi-
cina, cárcel, sexo, economía, literatura, pocas napas h a n esca-

^''Hay y a a l g u n a bibliografía disponible e n castellano para aproximarse a una


reconstrucción d e l a s t r a d i c i o n e s teóricas e n q u e s e i n s c r i b e l a sociología d e l c o n o c i -
m i e n t o . M a x H o r k h e i m e r , La función de las ideologías, Taurus, Madrid, 1966, 67 pp.;
K u r t L e n k , E l concepto de ideología, Amorrortu, B u e n o s Aires, 1974, 421 pp.; trae 541
t í t u l o s e n s u b i b l i o g r a f í a , A r n h e l m N e u s s ü s , Utopia, B a r r a l , B a r c e l o n a , 1971, 245 pp.;
t r a e 6 9 5 t í t u l o s e n s u b i b l i o g r a f í a : M a r t í n J a y , La imaginación dialéctica. Historia de la
Escuela de Frankfurt y el Instituto de Investigación Social (1923-1950), Taurus, Madrid,
1 9 7 4 , 5 1 1 p p . ; M i c h a e l L ó w y , Para una sociología de los intelectuales revolucionarios. La
evolución política de Lukács (1909-1929), Siglo X X I , México, 1978, 309 pp.; P e r r y Ander-
s o n , Consideraciones sobre el marxismo occidental. Siglo X X I , México, 1981, 153 pp. 2a.
e d . ; S u s a n B u c k - M o r s s , Origen de la dialéctica negativa. Theodor W. Adorno, Walter Ben-
jamín y el Instituto de Frankfurt, Siglo X X I , México, 1981, 3 8 3 pp.; Gíinter W . R e m m l i n g ;
La sociología de Karl Mannheim, México, 1982, 405 pp.; J . M . M a r d o n e s y N . Ursúa,
Filosofía de las ciencias humanas y sociales, F o n t a m a r a , B a r c e l o n a , 1982, 260 pp.
^^Cfr., l a S e l e c c i ó n d e I r v i n g L o u i s H o r o w i t z , Historia y eleme itos de la sociología del
conocimiento, E u d e b a , B u e n o s A i r e s , 1 9 7 4 , 2 t., 3 5 3 y 3 3 9 p p . , 3 a . e d . T a m b i é n l a s m á s d e
1,400 r e f e r e n c i a s b i b l i o g r á f i c a s q u e b r i n d a R e m m l i n g e n s u o b r a c i t a d a e n l a n o t a a n t e r i o r .
'^Un r e s u m e n aceptable puede verse e n Esteban Medina, " L a polémica i n t e m a l i s -
m o / e x t e r n a l i s m o e n l a sociología y l a h i s t o r i a d e l a s c i e n c i a s " , p o n e n c i a a l a P r i m e r a
Reunión Latinoamericana de Historiadores de las Ciencias, Puebla, agosto d e 1982
( m i m e o . ) . P r e c i s i o n e s epistemológico-metodológicas alrededor de esta problemática e n
X a v i e r P o l a n c o , "Teoría e h i s t o r i a d e l a s c i e n c i a s : análisis d e a l g u n o s m o d e l o s episte-
mológicos" ( p o n e n c i a a l a m i s m a Reunión, mimeo.).
HACIA UNA METODOLOGIA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 141

pado a l ojo avizor de Foucault. Incluso habría que discutir


sobre sus críticas a l a h i s t o r i a de las ideas.^°
Quizá u n m o d o de salir d e l callejón s i n salida a que con-
duce l a polémica " e x t e r n a l i s m o " / " i n t e m a l i s m o " sea retrotraer
la discusión a su m o m e n t o de gestación para examinar, a par-
t i r de los clásicos, aunque s i n i g n o r a r los desarrollos u l t e r i o -
res, cómo es posible r e f o r m u l a r estos problemas. Parece válida,
en este sentido, l a sugerencia de i r más atrás y replantear las
cosas a p a r t i r de M a r x y , quizá antes aún, a p a r t i r de K a n t . E n
este esfuerzo es ejemplar l a obra de A l f r e d Sohn-Rethel. Es i m -
posible hacer j u s t i c i a e n estas breves líneas a l que p o r 50 años
estuvo excluido de l a estructura académica alemana calificado
de "loco". S i n embargo, n o creo exagerado a f i r m a r que l a
epistemología t i e n e e n su obra Geistíge und Kórperliche Arbeit
(gestada entre 1920-1970) u n a divisoria de aguas. Es antes y
después de Sohn-Rethel y -creo que también h a y que d e c i r l o -
la discusión entre i n t e m a l i s m o y extemalismo ya era vieja, ob-
soleta y falta de r i g o r y p r o f u n d i d a d antes de nacer. Antes de
desarrollarse y a estaba superada p o r l a reflexión epistemoló-
gica e n que dolorosa pero infatigablemente se empeñaba Sohn-
Rethel. A l tratar de c o m p l e m e n t a r l a crítica a l a economía po-
lítica de M a r x c o n u n a crítica f o r m a l a l a epistemología f i -
losófica, Sohn-Rethel pretendía " a m p l i a r nuestra comprensión
de l a historia"-^^ Su propuesta d e l concepto de "síntesis social"
n o es ajeno a l esfuerzo p o r establecer l a conexión íntima
entre las dos partes del proceso histórico a que alude l a metá-
fora " e s t r u c t u r a / s u p e r e s t r u c t u r a " . Para ello, m u e s t r a e l
surgimiento de l a "abstracción-intercambio" como u n m o d o de
explicarse l a presencia de u n c o n o c i m i e n t o que aparente-
mente procede de u n a fuente distinta a l a del trabajo m a n u a l -
No pretendo r e s u m i r aquí l a compleja s i m p l i c i d a d del e m d i t o
análisis de Sohn-Rethel, sólo señalo que para él es l a síntesis

" " U n prifflef esbozo de esta discusión e n A r t u r o A r d a o , " H i s t o r i a y evolución de l a s


i d e a s filosóficas e n A m é r i c a L a t i n a " ( P o n e n c i a a l I X C o n g r e s o I n t e r a m e r i c a n o de Filo-
sofía, Caracas, 1976 m i m e o . ) . Cfr. e n t r e los importantes trabajos sobre Foucault de
Mónica Cerutti, " L a filosofía e n Latinoamérica c o m o intervención e n l a política y e n
l a s c i e n c i a s " , e n Latinoamérica, n ú m . 14, U N A M , M é x i c o , 1 9 8 1 , p p . 177-189,
«1Alfred Sohn-Rethel, Trabajo intelectual y trabajo manual, E l Viejo Topo, Bogotá,
1980, p. 18.
HORACIO CERUni GULDBERG

social l a que determina l a conciencia,®^ Por tanto, sólo u n aná-


lisis de las características de específicas síntesis sociales podrá
aportar l u z e n cuanto a las distintas ciencias y conciencias
que sobre ellas se asientan. Esta noción de Sohn-Rethel parece
bastante adecuada para reforzar l a distinción entre socieda-
des de producción (modos de producción c o m u n i t a r i o s ) y so-
ciedades de apropiación, e n las cuales surgen relaciones de
d o m i n i o y servidumbre. La constitución de las matemáticas es
presentada así p o r Sohn-Rethel c o m o íntimamente u n i d a a l a
abstracción real del intercambio en sociedades de apropiación.
Su c r i t e r i o sirve, entonces, también para periodizar. E n
este sentido es invalorable para nuestro trabajo sobre la filoso-
fía del p r e c o l o m b i n o . La lectura de l a filosofía náhuatl o de l a
cosmología i n c a i c a e n ese contexto es de g r a n interés."*^ Pero,
cuando se trata de trabajar sobre periodos posteriores hasta
nuestros días, el p r o b l e m a se c o m p l i c a si u n o i n c o r p o r a las
reflexiones de Sohn-Rethel, porque y a e n las sociedades de
apropiación n o parece v a r i a r t a n t o l a síntesis social y , sobre
todo, l a abstracción real o ecuación intercambio en que aquella
se basa. Habría que pensar aquí e n las combinaciones que v a n
mostrando los modos de producción entre nosotros. Así y todo,
quedan todavía muchas dificultades metodológicas que supe-
r a r para poder r e c o n s t r u i r las relaciones entre el análisis del
m o d o de producción y sus correspondientes manifestaciones
ideológicas (ideas filosóficas incluidas). La propuesta de Sohn-
Rethel parece u n desafío que habría que a s u m i r para poder
ponerse e n c a m i n o de superarlas. Sus análisis r e c l a m a n u n re-
novado r i g o r e n el examen de las relaciones entre filosofía y
política, asentadas sobre el estudio de los modos de producción.
Conviene advertir, para cerrar este apartado, que estas me-
ditaciones sobre el trabajo m a n u a l , este i n t e n t o de hacer u n a
historia de las ideas y de l a filosofía desde l a perspectiva del tra-
bajo, provoca el asco de los filósofos. M u c h o más entre noso-

627dem, p . 8 4 .
^^A e s a e x p l o r a c i ó n a p u n t a m i p r o y e c t o "Die Bedeutung einer kultursoziologis-
c h e n Betrachtung der gegenwartigen l a t e i n a m e r i k a n i s c h e n Kultur; A m Beispiel des
a n d i n e n R a u m e s " ( K a s s e l , BRO, j u n i o de 1 9 8 0 ) c o n e l q u e o b t u v e l a b e c a p a r a investi-
gación de posdoctorado de l a Fundación A l e x a n d e r v o n Humboldt. ,
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

tros latinoamericanos que tenemos u n a larga tradición colonial


hispana de desprecio p o r l a actividad m a n u a l y, p o r supuesto,
p o r el cuerpo. La v i d a del espíritu n o se puede contaminar...®'*

Relevancia de la historia de
la filosofía para la investigación actual
Ya he escrito alguna vez que el grabado 43,
que iba a ser portada de la serie:
" E l sueño de l a razón p r o d u c e monstruos",
puede interpretarse tanto en el sentido
de que Goya cree que cuando duerme la razón
vienen los monstruos a ocupar su plaza en la mente,
como en el opuesto de que la razón
entregada a sí misma y fabricando
utopías racionalistas puede también dar paso al disparate.
( E N R I Q U E L A F U E N T E FERRARI, "Introducción"
e n Los caprichos de Goya.
Gustavo Gili, B a r c e l o n a , 1978,p. 24).

En u n a perspectiva hegeliana n o se j u s t i f i c a este cuarto apar-


tado que se nos propone para nuestro coloquio. Según Hegel n o
habría aquí n i n g u n a dificultad n i nada que discutir. Expresa-
m e n t e a f i r m a que: "...la u t i l i d a d [de l a h i s t o r i a de l a filosofía]
se desprende p o r sí m i s m a ; n o es necesario detenerse a
demostrarla".®^
Para nosotros n o es t a n sencillo. P e r m a n e n t e m e nt e l a f i -
losofía burguesa es puesta c o n t r a las cuerdas, y toda otra filo-
sofía, así se pretenda de liberación, n o se salva de los embates
críticos que v i e n e n de l a ciencia y de la política. Cabe pregun-
tar ¿para qué podría servir u n a h i s t o r i a de l a filosofía c o m o
la que v e n i m o s planteando? U n a h i s t o r i a de la filosofía que
forme parte de u n a h i s t o r i a más a m p l i a de la ideas, de las ideo-
logías, de l a h i s t o r i a social total. U n a h i s t o r i a n o ajena a l a
h i s t o r i a de las mentalidades sociales.®®

" P o r c i t a r sólo u n e j e m p l o r e a l i z a d o d e s d e o t r a s p r e m i s a s teóricas J a i m e J a r a m i l l o


U r i b e , E l pensamiento colombiano en el siglo xix, T e m i s , Bogotá, 1974, 2a. ed.
^ ^ H e g e l , " I n t r o d u c c i ó n " , e n Lecciones..., p . 14.
e s c o m o l a p r o m o v i d a p o r L a b r o u s s e . Cfr. M a n u e l T u ñ ó n d e L a r a , Metodología de
la historia social de España, Siglo X X I , M a d r i d , 1977, esp. p p . 199-210, 3a. ed. c o r r e g i d a y
144 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

Sería quizá de u t i l i d a d c o m o u n esfuerzo p o r c o m p l e t a r


nuestra visión de l a historia. También, p o r plantearse el papel
que c u m p l e n , que efectivamente h a n c u m p l i d o las ideas e n
nuestra h i s t o r i a social. Sería u n a h i s t o r i a que nos p e r m i t a n o
seguir descubriendo Pacíficos y saber de nuestra m e m o r i a . U n
conocimiento riguroso, basado en los testimonios de los textos,
de cómo se h a i d o operando social y políticamente nuestra
reflexión. U n a h i s t o r i a que p e r m i t a atisbar las l i m i t a c i o n e s
de l a v i d a académica y l a riqueza de l o que ocurre fflás allá de
las aulas y de los t r a t a m i e n t o s sistemáticos. U n a h i s t o r i a que
n o desdeñe los irracionalismos. A l contrario, que busque desen-
trañar, denunciar y explicar las lógicas y las razones de la demo-
lición de l a razón. U n a h i s t o r i a , e n f i n , que p e r m i t a diagnos-
t i c a r m e j o r el presente para p r o n o s t i c a r m e j o r el f u t u r o .
Así c o m o M a r x a f i r m a b a que l a crítica de l a religión es l a
p r i m e r a de las críticas, el estudio de l a h i s t o r i a de l a filosofía,
l a historización de l a razón, es l a p r i m e r a de las formas críti-
cas de acceso a l filosofar. Y, personalmente, n o creo que deba-
mos r e n u n c i a r a l filosofar y a l a teoría.
Necesitamos de l a m e j o r teoría para seguir alentando las
transformaciones i m p r e s c i n d i b l e s que r e c l am a l a r e a l i d a d de
nuestra América. E n el renovado y difícil c a m i n o de enfrentar
a l a sinrazón, los ilustrados c u m p l i e r o n u n papel n o i n g e n u o
- n o de confianza i l i m i t a d a e n la razón, c o m o se los h a carica-
turizado. A l filosofar l a t i n o a m e r i c a n o l e corresponde h o y
seguir acompañando este esfuerzo de crítica y autocrítica. De
la visión que tengamos de nuestra h i s t o r i a de l a filosofía, de l a
visión que sepamos c o n s t r u i r n o s , dependerá e n g r a n m e d i d a
la filosofía que desarrollemos. Lo hecho, o mejor, l a interpreta-
ción que se t i e n e de l o hecho, c o n d i c i o n a decisivamente l o
p o r hacer. La p r i m e r a tarea parece ser entonces l a de estable-
cer, m e d i a n t e la reconstrucción - u n a , l a n u e s t r a - d e l pasado,
dónde estamos y qué nos queda p o r hacer.

aumentada. También tienen importancia los desarrollos ulteriores de la sociología del


conocimiento que atienden a la vida cotidiana y a la distribución social del conocimien-
to: Peter Berger y Thomas Lucltmann, La construcción social de ta realidad, Amorrortu,
Buenos Aires, 4a. reimp., 1978 y Peter Berger, Para una teoría sociológica de la religióri,
Kaifós, Barcelona, 1981, 2a, ed., y, obviamente, todos los antecedentes que se encuen-
tran en los trabajos de Alfred Schutz,
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 145

Revolviendo papeles viejos f u i m o s llevados a i n i c i a r esta


comunicación ha bl a n d o de l a verdad filosófica. Nos intere-
san, m u c h o más, las sucesivas "verdades" que se h a n ido m a n i -
festando en nuestra historia. Lo que se consideró como "verdad"
y e l m o d o cómo se pretendía hacer valer e n l a h i s t o r i a . La
operatividad efectiva de estas "verdades" y el proceso histórico
en que intervenían. Paradójicamente, nos interesa esto m u -
cho más que los avatares de u n a presunta o m n i s a p i e n t e filo-
sofía. L o demás puede quedar para e l dogmatismo perenne,
sea d e l signo que sea.
Deseo t e r m i n a r e n u m e r a n d o , a m o d o de conclusiones
provisionales, las sugerencias que h e i d o p e r f i l a n d o e n m i
reflexión:

1. Objeto, métodos, utilidad, necesidades y condicionamien-


tos del sujeto son cuestiones ligadas entre sí, las cuales
exigen u n a reflexión capaz de relacionarlas metódica-
mente.
2. U n a p r i m e r a e i n s u f i c i e n t e aproximación a l a h i s t o r i a
de l a historiografía l a t i n o a m e r i c a n a documenta el progre-
sivo ensa ncha mie n t o o ampliación del objeto de l a histo-
r i a de l a filosofía, para dar cabida e n esta d i s c i p l i n a a pro-
blemas ideológicos y de h i s t o r i a social que se reconocen
como teóricamente relevantes e n relación c o n l a filosofía.
3. N o se puede seguir periodizando c o n c r i t e r i o s teórica-
mente poco fundados. E l examen de las nociones: "fundado-
res" y "normalización" filosófica, propuestas p o r Francisco
Romero y de generalizado uso, así l o recomienda.
4. La "normalización" filosófica queda cuestionada como
noción descriptiva y/o n o r m a t i v a . N i describe p e r t i n e n -
t e m e n t e el dasarrollo de l a labor filosófica entre nosotros,
n i constituye e l ideal de nuestros esfuerzos a f u t u r o .
5. La decisión de superar las dificultades epistemológico-
metodológicas que supone el i n t e n t o p o r realizar u n a his-
t o r i a materialista de la filosofía latinoamericana, exige u n
esfuerzo para i r más allá de los estrechos marcos e n que
se desarrolla la polémica entre e x t e m a l i s m o / i n t e m a l i s m o .
Los análisis de A l f r e d Sohn-Rethel sugieren u n a vía insu-
146 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

f i c i e n t e m e n t e explorada para i n t e n t a r r e n o v a r l a investi-


gación rigurosa e n este sentido, c o n consecuencias, entre
otras, respecto del p r o b l e m a de l a periodización y de l a
determinación.
6. La u t i l i d a d de l a h i s t o r i a de la filosofía para l a investi-
gación actual sólo puede advertirse si se asume u n a doble
articulación:
- La del filosofar presente c o n l o filosofado; y
- l a de l a demanda de u n a transformación política u r -
gente de l a realidad, en relación c o n su pasado i n t e g r a l
y e n vistas a u n f u t u r o nuestro.
No es fácil esclarecer las características estrictas de
estas articulaciones. Lo absurdo sería pretender hacerlo
s i n empezar p o r reconocer frontal y explícitamente l a perti-
nencia de estas relaciones y su relevancia teórico-filosófica.
7. La tarea p e n d i e n t e - c o n s t r u i r u n a h i s t o r i a m a t e r i a l i s t a
de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a - requiere operarios.
Problemas de método en el estudio
de la función de la filosofía
en la realidad latinoamericana*
...la historia de las ideas en nuestro país;
historia que s i n e s t a r e s t u d i a d a n i e s c r i t a ,
es un resplandor que ilustró a hombres
menospreciados bajo el peso de las
ambiciones de mano y gobierno.
(JOSÉ C . VALADÉS, C a r t i l l a socialista de Ploti-
n o R h o d a k a n a t y , U N A M , 1968, subrayado mío).

LO de nuestra sección "Método y función de l a


fía en l a r e a l i d a d l a t i n o a m e r i c a n a " puede ser
desde dos perspectivas. O b i e n anotando u n a
aparente evidencia y , e n ese caso, se trataría de lanzarse a
hablar de ese método y esa función e n esa realidad, o b i e n
pretendiendo resaltar dificultades teóricas, metodológicas y
epistemológicas. Son estas dificultades las que queremos abor-
dar e n nuestra ponencia. Por eso el título de "problemas de
método", entendiendo p o r este l i l t i m o ese complejo teórico,
epistemológico, metodológico e incluso de técnicas y procedi-
mientos específicos que se necesita p o n e r e n obra para avan-
zar e n t e r r e n o t a n difícil.
Parto de l a convicción de que aclarar estos problemas n o
es u n m e r o juego m e n t a l para eruditos, sino que tiene m u c h o
que ver c o n l a l u c h a actual p o r el poder (política) que se l i b r a
en nuestro c o n t i n e n t e . Quizá porque l a fílosofía, de u n a u
otra f o r m a , integra parte de los elementos a considerar e n u n
necesario diagnóstico de l a situación.
U n o de los problemas teóricamente menos elaborados - s i
se acepta ah initio y c o n toda su provisoriedad la metáfora del
e d i f i c i o - h a sido el referente a averiguar qué ocultaba ese
cajón de sastre d e n o m i n a d o "superestructura" y cómo f u n -
cionaban a su i n t e r i o r sus distintos ingredientes. M u c h o más

' P o n e n c i a p r e s e n t a d a e n e l S e g u n d o C o n g r e s o N a c i o n a l d e Filosofía, M é x i c o , 1 9 8 3 .

[147]
148 HORACIO CERUni GULDBERG

todavía se h a menospreciado a l enfrentar l a cuestión c r u c i a l :


cuáles son y cómo se desenvuelven las relaciones entre "base"
y "superestructura". Es en esa aparente "tierra de nadie", aludida
p o r los dos elementos de l a metáfora, donde debe ubicarse l o
m e d u l a r de este esfuerzo de reflexión y examen. Quizá traba-
j a n d o en este "filo de l a navaja" u n a h i s t o r i a de las ideas filosó-
ficas podría aportar algo a l a reflexión de las ciencias sociales
actuales y c o n s t i t u i r aquel estudio deseado, que Valadés cons-
tataba como n o escrito n i efectuado, n i e n México n i e n el
resto de América L a t i n a . Trabajar sobre este "abismo" supone
anudar de alguna m a n e r a teoría y e m p i r i a , representada esta
última e n este caso p o r los t e s t i m o n i o s documentales. E n
este sentido, el h i s t o r i a d o r de las ideas filosóficas, el h i s t o r i a -
dor de l a filosofía, deberá atender a los requisitos del t a l l e r del
historiador e n sentido fuerte. Sólo u n serio y p r o l i j o trabajo his-
tórico podrá i l u m i n a r u n a reflexión filosófica de algún m o d o
posterior. Con esto n o se pretende negar todo lo que de filosofía
conlleva y presupone el ejercicio m i s m o de taller. Quiero de-
cir, para l a perspectiva del h i s t o r i a d o r es urgente incorporar-
le filosofía: pero para la perspectiva del filósofo es m u c h o más
urgente i n y e c t a r labor historiográfica.
E l propósito de esta p o n e n c i a es e x p l i c i t a r t a n c l a r a m e n -
te como m e sea posible las dificultades de método que se en-
c u e n t r a n e n l a labor de reconstrucción historiográfica a l pre-
tender esclarecer l a función - o b v i a m e n t e también y s i n duda
cognitiva (¿qué t i p o de c o n o c i m i e n t o o de saber aporta l a filo-
sofía?)- social c u m p l i d a p o r la filosofía entre nosotros.
Se considera e n especial el caso m e x i c a no, porque i m p o r -
ta p a r t i r de l a discusión actual, revisando e l estado de l a cues-
tión. E n esta discusión México es e n los últimos años - y l o h a
sido desde hace varias décadas en este siglo- u n lugar m u y espe-
cial p o r l a producción, e n c u e n t r o y difusión de l a filosofía e n
que se labora y que se tematiza e n toda nuestra América. Es
u n caso especialmente i l u s t r a t i v o de l a situación filosófica
que, c o n los naturales matices, se vive e n general e n L a t i n o -
américa. La calidad p r o m e d i o de l a producción filosófica m e x i -
cana está fuera de dudas desde hace m u c h o t i e m p o y marca e n
b u e n a medi da las pautas de r i g o r y calidad e n l a mayoría de
H A C Í A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 149

nuestros países, además de orientar y p r i v i l e g i a r muchos de los


temas y problemas sometidos a discusión.
La h i s t o r i a de l a historiografía filosófica, o sea l a recons-
trucción de los modos c o m o se h a elaborado l a h i s t o r i a de l a
filosofía documentada p o r los textos de l a historia de l a filoso-
fía, es u n a labor ardua. Casi e n su t o t a l i d a d está pendiente,
quizá p o r l o m i s m o de l o i n c i p i e n t e que es nuestra h i s t o r i a de
la filosofía. Sin embargo, l o poco que h a y n o puede ser ignora-
do, n i e n sus aproximaciones, n i e n sus deficiencias, n i e n sus
aportes. No podemos e x i m i r n o s de p r e g u n t a r qué se h a hecho,
p o r qué es insuficiente, qué falta hacer y , sobre todo, hacerlo,
De t a l m o d o que e l p r i m e r dispositivo metódico a adoptar n o
es i g n o r a r las propuestas metodológicas anteriores. A p a r t i r de
allí es dable p r o p o n e r ciertas hipótesis epistemológicas que
sirvan como i n s t r u m e n t o s para a b r i r espacios e n e l análisis
de casos concretos, evitando generalizaciones apresuradas.

Dificultades para rehacer


el procesofilosóficopasado
Por ser el mío, una primera piedra en el edificio
cultural de Hispanoamérica, tendrán que leerlo
las personas cultas del continente. Hállenle todos
los defectos, señálenle todas las equivocaciones,
enmiéndenlo según merezca, y en fin, consume
el que pueda y lo más pronto posible, la tarea
de superarlo. Y esté seguro, quien lo haga,
de que seré el primero en regocijarme. Pues no
es triste no ser el primero, sino vivir en desierto
en el que no hay ni siquiera unos cuantos
tallos erguidos que permitan apreciar las alturas
(JOSÉ VASCONCELOS, H i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o
f i l o s ó f i c o , U N A M , México, 1937, p. 31).

Me he atrevido, pues, a publicar este libro,


para ofrecer un armazón provisional de historia
de la filosofía en México, con la esperanza
de suscitar en los jóvenes estudiantes de filosofia el
interés por las investigaciones sobre estos temas casi
ignorados hasta hoy
( S A M U E L R A M O S , Historia de
la filosofia en México, U N A M , México, 1943,p. v i ) .

Está p o r hacerse u n estudio exhaustivo que nos explique cómo


se h a enfrentado l a h i s t o r i a filosófica a l a reconstrucción
150 HORACIO CERUm GULDBERG

de l a h i s t o r i a de la filosofía e n México. Para el resto de Lati-


noamérica l a situación es semejante. Es ésta u n a de las tareas
imperiosas, que permitirán revisar l o hecho, para avanzar u n
paso más e n l a revaloración y rescate de nuestro pasado. Los
momentos significativos de l a historia de nuestra América que
nos t o c a n v i v i r r e q u i e r e n de u n a m e m o r i a histórica más ela-
borada que nos p e r m i t a m a y o r c l a r i d a d acerca de los modos
cómo l a conciencia, l a ideología, l a filosofía y otras expresio-
nes "superestmcturales" h a n operado e n los diferentes m o m e n -
tos históricos. Sin pretender realizar, e n esta breve c o m u n i c a -
ción, l a tarea para el caso de México, permítaseme aportar u n
i n i c i o del examen de dos ejemplos de la m a y o r significación.^
E n su Histoña del pensamiento filosófico p r o p o n e José Vas-
concelos observaciones valiosas para el desarrollo u l t e r i o r de
l a historiografía filosófica l a t i n o a m e r i c a n a . Partiendo de la
consideración de que el "pensamiento filosófico" se expresa e n
f o r m a de "poesía", "razón" y/o "religión", esto y a supone u n a
"ampliación" del objeto "filosófico", generalmente abordado
p o r l a h i s t o r i a de l a filosofía. E n e l capítulo I I Vasconcelos
anota u n doble método de hacer h i s t o r i a de l a filosofía que se
propone combinar.

Desde l a antigüedad quedó fijado el doble método que h a n


seguido los historiadores de l a filosofía, simbolizando u n o
de sus aspectos e n Aristóteles que e n l a Metafísica recoge
las ideas de los filósofos y el otro e n Diógenes Laercio que
da a su relato carácter anecdótico y biográfico. E l ideal se-
ría c o m b i n a r los dos métodos, pues si b i e n es cierto que
es el sistema de ideas, el concepto coherente del m u n d o , l o
que interesa e n cada filósofo, n u n c a podremos apreciar
debidamente el cuerpo de u n a d o c t r i n a , opinable, a l f i n y
a l cabo, si n o t o m a m o s e n cuenta las circunstancias de
t i e m p o y de t e m p e r a m e n t o e n que se engrendrara [...] e l

1 P o r supuesto, d a d o e l carácter de " e j e r c i c i o " q u e a d j u d i c o a e s t a exposición, n o m e


detengo - t a r e a q u e sí d e b e r á e f e c t u a r u n e s t u d i o e x h a u s t i v o - a c o n s i d e r a r e l m o d o
c o m o l a historiografía p o s t e r i o r h a j u z g a d o l a metodología historiográfica propuesta
p o r l o s a u t o r e s e n e x a m e n . C a b e c o n s i g n a r , a este r e p e c t o , q u e quizá, esta sucesión d e
n i v e l e s de análisis s e a u n o d e l o s factores q u e i n c i d e n e n la t r e m e n d a c o m p l e j i d a d q u e
p r e s e n t a e f e c t u a r u n a h i s t o r i a d e l a historiografía crítica y n o m e r a m e n t e d e s c r i p t i v a ,
a u n q u e l a descripción s e a u n paso indispensable.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 1

p e n s a m i e n t o filosófico es u n a epopeya de l a conciencia,


u n a cadena de i n t e n t o s heroicos. Y los antecedentes del
héroe son i m p r e s c i n d i b l e s e n toda epopeya. La verdad n o
se da a l p r i m e r o que pretende forzarla, es u n a conquista
que exige v i r t u d , n o sólo talento. No h a y g r a n creador filo-
sófico que n o se h a y a visto obligado a p r a c t i c a r l a r e n u n -
cia, e n l a f o r m a r a d i c a l de los ascetas o p o r l o menos e n
la forma moderna de la disciplina e n el trabajo, la pureza, la
abnegación de l a conducta.^

E n este párrafo está, e n cierto m o d o , condensada toda l a


propuesta de Vasconcelos en relación con la historia de l a filoso-
fía, propuesta que e n f o r m a n o explícita sigue operando m u -
chas veces e n las cátedras de h i s t o r i a de l a filosofía y e n n u -
merosos manuales y que, además suele constituir l a i m a g e n
que se t i e n e e n l a " h i s t o r i a de l a filosofía". Conviene conside-
r a r l a c o n algún detalle. Doble método: p o r u n lado recolec-
ción de ideas - s i e m p r e opinables, aclara Vasconcelos- p o r e l
otro anécdotas biográficas. E n otros términos, u n a dopcografía
que cabría l l a m a r de "segundo n i v e l " , porque l a mayoría de los
autores que avanzan esta propuesta d i s t i n g u e n perfectamen-
te entre doxa y episteme, pero como los productos de l a epis-
teme (ideas) son también m a t e r i a opinable, l a doxa reaparece
aquí c o n nuevos afeites. Esta propuesta h a sido fuertemente
i m p u g n a d a como m o d o viable de hacer h i s t o r i a de l a filosofía
y de l a ciencia, a u n cuando sea el m o d o más frecuente e n que
son elaboradas las obras que se nos presentan c o n ese carác-
ter. ¡Aristóteles y Diógenes Laercio siguen imperando...!^
También e n este párrafo está l a concepción de l a filosofía
que asume Vasconcelos. Se tratará para él siempre de captar
"el concepto coherente del m u n d o " m i e n t r a s más a m p l i o me-
j o r . Más adelante dirá:

A m a y o r cosmovisión, m a y o r filosofía podría definirse m i


c r i t e r i o , pues l o que veo decisivo e n el p e n s a m i e n t o , n o

2 José V a s c o n c e l o s , Historia del pensamiento filosófico, U N A M , México, 1937, p p . 27-28.


3 Cfr., p o r e j e m p l o , M i c h e l F o u c a u l t , Las palabras y las cosas; una arqueología de las
ciencias humanas. Siglo X X l , México, 1968, p p . 81, 124, 128, 198, 206, 256, 269, 3a. e d .
152 HORACIO CERUm GULDBERG

está e n la solución de problemas especiales que siempre se


pueden referir a alguna técnica, sino e n la capacidad para
darnos cuenta de l a t o t a l i d a d de l a existencia e n relación
c o n nuestro destino.*

A continuación constatamos u n deslizamiento e n e l texto


de l a m a y o r i m p o r t a n c i a : de l a filosofía a l filósofo. Este héroe
ascético e i n d i v i d u a l i s t a será el objeto m a y o r de l a considera-
ción de Vasconcelos, a l r e v i v i r la h i s t o r i a filosófica como epo-
peya. Sin embargo, esta h i s t o r i a de l a filosofía a l o Carlyle n o
niega u n a "función social" a l filósofo: éste es el encargado de
"encabezar el rebaño". E l filósofo comparte l a responsabilidad
m o r a l de l a élite política conductora de l a sociedad. Vale decir,
l a biografía n o se resuelve e n psicología i n d i v i d u a l , sino e n
l u c h a política.

E l dato biográfico es p o r l o m i s m o indispensable para l a


m e j o r estimación de cada sistema de ideas. U n a rápida
ojeada sobre l a h i s t o r i a de la filosofía nos c o n f i r m a que
el filósofo e n grande h a sido siempre u n i n c o n f o r m e , u n
combatiente social y u n político. ¡Al revés de l o que supo-
ne cierta mezquina concepción contemporánea que quisie-
ra hacer del filósofo, u n burócrata sumiso a la idiotez de las
razones de Estado y a los caprichos de los gobiernos de
fuerza! M e d i t a el filósofo e n l a serenidad, pero así que h a
conocido l a lucha, así que ha bajado a las profundidades del
m a l y las h a desafiado. A q u e l que, como doncella p u d i b u n -
da, siente mareos ante el c o n f l i c t o t u r b i o y se abstiene, se
encierra e n su m u n d o f i c t i c i o , n o es filósofo, es a l o sumo,
ideólogo. Y h a y razón para e x i g i r que las almas m e j o r
dotadas sean las que más de l l e n o se d e n a l a pelea con-
tra los malvados, a la conquista i n m e d i a t a de l a luz. Enca-
bezar e l rebaño es la función social del filósofo e n todo
sitio donde vale algo l a sociedad.^

^ V a s c o n c e l o s , , op. cit., p . 3 4 .
^Idem, p. 28 ( c u r s i v a s d e l a u t o r ) .
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 153

Para Vasconcelos el c u l t i v o de l a h i s t o r i a de las ideas es u n


índice de la cultura de los pueblos. E n ella se manifiestan políti-
cas y j u i c i o s de valor. Por eso le parece grave e l que esta labor
de estimación también nos venga acabada de afiiera. Nuestro
"servilismo m e n t a l " nos deja "condenados a que se nos d e n he-
chos, t a n t o las manufacturas c o m o los conceptos".® Vasconce-
los aspira a u n a h i s t o r i a c o n sentido ecuménico, que preste
atención a nuestro "antecedente obligado": el pensamiento es-
pañol, y n o sólo a u n a que sirva de marco al pragmatismo nor-
teamericano.'' E l "método a seguir" es l a "presentación de cada
d o c t r i n a , acompañada de l a silueta personal del filósofo que
la creara", siempre p r e f i r i e n d o l a idea que dan los "pensadores
sistemáticos".Hay que atender a u n a cuestión c e n t r a l : las re-
laciones i n d i v i d u o y Estado.^
U n a gran periodización recorre toda l a obra de Vasconcelos.
"Por razones de contenido queda ordenado el texto en dos gran-
des ramas: Filosofía A n t i g u a , desde l a I n d i a p r i m i t i v a hasta l a
Grecia Clásica, y Filosofía Cristiana, desde Alejandría a l a fe-
cha."i°

Según esta periodización l a filosofía de México queda i n -


tegrada e n l a segunda g r a n r a m a : l a filosofía cristiana. Para
Vasconcelos, a pesar de l a pugna entre sistemas, l a h i s t o r i a de
la filosofía presenta e l "hecho consolador" de l a "constancia
de los temas" y l a "coincidencia f u n d a m e n t a l de las solucio-
nes"." Es curiosa esta observación. E n nuestro t i e m p o , pare-
ciera existir u n cierto consenso acerca de que n i siquiera los
problemas son los mismos... E l m a t e r i a l se ordena e n l a his-
toria del pensamiento de Vasconcelos según pensadores y/o
según escuelas.
E n el "Apéndice, l a Filosofía e n México"^^ Vasconcelos pre-
senta su conocido p a r a l e l i s m o entre a r q u i t e c t u r a y filosofía y
envía a los lectores a recorrer los caminos de América, v i e n -

6 Idem, p p . 29-30.
ndem, p.31.
8 Idem, p.32.
^ Idem, p p . 36 y ss.
" ' í d e m , p. 37.
^'Idem, p.38.
'^Idem, pp. 533-559.
HORACIO CERUni GULDBERG

do fachadas de templos y otras construcciones, para i r buscan-


do l a h i s t o r i a de l a filosofía entre nosotros. La periodización
atiende a dos etapas: C o l o n i a e Independencia. E n l a p r i m e -
ra, l a filosofía se ordena p o r l a sucesión de órdenes religiosas:
franciscanos, dominicos, carmelitas, agustinos, jesuítas. Su opi-
nión sobre el periodo independiente cabe e n tres frases: "Entre
nosotros, e n el siglo i n d e p e n d i e n t e , y a n o se construyó. T a m -
poco h u b o filosofía. E l p e n s a m i e n t o se h a vuelto u n a feria de
opiniones..."*^
E n verdad, l a parte dedicada a l a filosofía e n l a c o l o n i a es
u n a visión resumida del l i b r o de Valverde. E n varios lugares lo
reconoce Vasconcelos. "El único l i b r o completo que sobre filo-
sofía mexicana se h a escrito, es el del presbítero d o n Emeterio
Valverde y Téllez ( H e r r e r o Hnos., 1986, México..."i*
La parte dedicada a l a filosofía e n l a i n d e p e n d e n c i a está
organizada a p a r t i r de i n d i v i d u o s .
Seis años después, e n 1943, se p u b l i c a Historia de la filo-
sofía en México de Samuel Ramos. Es u n l i b r o descrito p a r a
servir como texto en l a cátedra que sobre esta temática se había
fundado a i n i c i a t i v a de Ramos e n l a Facultad de Filosofía y
Letras de l a U N A M . Ramos había pensado e n l a p r i o r i d a d de los
estudios monográficos, antes de i n t e n t a r u n a visión de con-
j u n t o . S i n embargo, advirtió l a necesidad de u n cuadro gene-
ral, de u n armazón p r o v i s i o n a l que pudiera servir de estímulo
a las monografías específicas. Quizá nos enc ont ra m os ahora
e n u n m o m e n t o s i m i l a r . Se h a n realizado múltiples estudios
monográficos, pero nos falta u n a visión de c o n j u n t o que los
integre, evalúe sus logros y carencias y p r o m u e v a nuevas y
renovadas investigaciones específicas.*^ Quizá convenga repro-
ducir los últimos párrafos de este l i b r o , para a d v e r t i r l a situa-
ción e n que Ramos escribe.

E n México e l desarrollo de l a filosofía h a llegado a l m o -


m e n t o que n o se i g n o r a nada de l o que se h a pensado e n
Europa. Pero u n a vez que nos hemos f a m i l i a r i z a d o c o n l a

"Jíiem, p p . 537-538.
"Idem, p. 539 y e n l o s siguientes lugares, 542, 433, 550, 551.
Cfr. S a m u e l R a m o s , Historia de la filosofía en México, U N A M , México, 1943, "Prólogo",
p p . v-ix. B i b l i o t e c a d e Filosofía M e x i c a n a , 10.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 155

t o t a l i d a d de la producción filosófica europea surge el p r o -


b l e m a de i n c o r p o r a r y a s i m i l a r la filosofía a nuestro espí-
r i t u nacional. Puede decirse que u n a de las preocupaciones
que más d o m i n a n e n nuestro m u n d o filosófico es ésta: l a
de i n i c i a r l a formación de u n a filosofía propia. La presen-
te guerra europea h a hecho el p r o b l e m a más agudo y más
p e r e n t o r i o . Si l a catástrofe actual n o destruye l a civiliza-
ción europea es m u y probable que sus actividades creado-
ras, e n e l o r d e n del pensamiento, sufran u n colapso p o r
largo t i e m p o . Sólo América puede e n estos m o m e n t o s sal-
var la c o n t i n u i d a d de aquella obra de c u l t u r a . Es la res-
ponsabilidad que los acontecimientos recientes h a n arroja-
do sobre nuestros hombros.^®

Esta concepción coincide c o n el m o d o como Ramos con-


cibe l a filosofía entre nosotros. Ya se h a dado la " n o r m a l i z a -
ción" filosófica, de que hablaba Francisco Romero, y la historia
que se debe hacer es u n a " h i s t o r i a especial".

Lo que ha y que investigar en esas ideas filosóficas, n o es la


o r i g i n a l i d a d del pensamiento innovador, puesto que nues-
t r a h i s t o r i a es t r i b u t a r i a del m o v i m i e n t o de las ideas euro-
peas, sino la f o r m a peculiar en que este m o v i m i e n t o se ha
reflejado en nuestra v i d a intelectual.*''

Ramos tiene clara conciencia de que las ideas filosóficas n o


pueden considerarse aisladas de los contextos culturales y so-
ciales en que se m u e v e n . E l r e c o n o c i m i e n t o a las orientacio-
nes de Guillermo Dilthey es expreso. Pero, además, sugiere la ne-
cesidad de u n enfoque sociológico, m i s m o que será efectuado
a cabalidad p o r u n o de sus discípulos: Leopoldo Zea e n sus
estudios sobre el p o s i t i v i s m o en México.

T a l vez e l ideal de u n a h i s t o r i a m e x i c a n a de la filosofía


-sigue diciendo Ramos-, n o consista en la m e ra exposición
de doctrinas, como ocurre en la h i s t o r i a europea, sino más

p. 161.
Idem, p. vil.
156 HORACIO CERUm GULOBERC

b i e n e n realizar, a l m i s m o t i e m p o , u n a especie de sociolo-


gía del c o n o c i m i e n t o filosófico.**'

E n l a visión de Ramos, l a filosofía de alguna m a n e r a


refleja l a estructura social y esto desde las representaciones
de las sociedades que d e n o m i n a " p r i m i t i v a s " siguiendo a Lévy-
Bruhl.*^ Su l i b r o se organiza en dos grandes momentos: "La ñlo-
sofía e n l a época colonial"^" y "La filosofía e n l a época indepen-
diente".^* N o elude l a i n t e r r o g a n t e acerca de si h u b o o n o
filosofía entre los antiguos mexicanos. Pero, toda su exposición
se centrará e n l a filosofía u n i v e r s i t a r i a . "La filosofía e n Méxi-
co h a sido siempre, desde los comienzos de l a Colonia, filoso-
fía u n i v e r s i t a r i a , de m o d o que su h i s t o r i a se encuentra ligada
a l a de l a Universidad."^^
T a m p o c o i g n o r a l a i m p o r t a n c i a de r e c o n s t r u i r l a h i s t o r i a
de l a filosofía e n relación c o n l a h i s t o r i a de l a ciencia e n l a
Nueva E s p a ñ a . S i n embargo, esta preocupación n o aparece
para nada e n el p e r i o d o i n d e p e n d i e n t e . A l i n t e r i o r de cada
u n a de estas grandes etapas el o r d e n a m i e n t o es p o r siglos. E n
el siglo x i x h a y u n a organización i n t e r n a p o r corrientes filosó-
ficas. E n el siglo x x l a organización es p o r autores s i g n i f i c a t i -
vos. Como la "situación presente de l a filosofía e n México" es
la de " n o r m a l i d a d " filosófica, se h i s t o r i a n sus antecedentes,
que v i e n e n a c o n f l u i r e n esta n o r m a l i d a d .
Mención especial requiere l a referencia a Emeterio Valver-
de Téllez. Este apartado del l i b r o de Ramos i n i c i a , de alguna
m a n e r a , l a h i s t o r i a de l a historiografía filosófica e n México
j u n t o c o n l a referencia del l i b r o de Agustín Rivera, La filosofía
en la Nueva España, de 1885.^" Como parte de las reacciones
c o n t r a el p o s i t i v i s m o , E m e t e r i o Valverde Téllez i n i c i a l a his-
t o r i a de l a filosofía e n México.

'8 í d e m , p . V I H .

í s / d e m , p . 4.

20 í d e m , p p . 1 - 1 0 0 .
2 1 / d e m , pp.101-161.
22 Idem, p. 30. •
^^Idem, pp. 89 y ss.
24 Idem, p . 67, " E l l i b r o e s d e todos m o d o s v a l i o s o e i n t e r e s a n t e p o r q u e contiene
una m a t e r i a e n bruto, s i n digerir, que d au n a idea u n poco exagerada del estado d e l a
filosofía e n e l s i g l o xviii".
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE IAS IDEAS 157

Las Apuntaciones históricas sobre la filosofía en México y la


Bibliografía filosófica mexicana, de Emeterio Valverde Téllez,
son las únicas obras sobre l a m a t e r i a que existen e n nues-
t r o país, y cualquier investigación tiene que p a r t i r de esta
base. Es justo reconocer que estos libros están b i e n docu-
mentados e n l a h i s t o r i a de l a Filosofía c o l o n i a l , pero e l
m i s m o a u t o r reconoce que es aún deficiente l a b i b l i o -
grafía del siglo xix. Todas las fuentes emditas h a n sido con-
sultadas y se h a investigado e n bibliotecas y archivos.^^

El escolasticismo de Valverde i m p i d e u n a visión más sere-


na sobre los materiales que trabaja. Sin embargo, sobre sus con-
vicciones filosóficas se h a i m p u e s t o su c u r i o s i d a d y su deber
de investigador que tiene que ocuparse de todas aquellas doc-
t r i n a s que se h a n conocido e n México, a u n cuando se aparten
y r e p u g n e n a su m a n e r a de pensar.^®
Valverde i g n o r a , según Ramos, l a h i s t o r i a de l a filosofía
europea y eso le hace perder perspectiva en su obra. Además es
lamentable, también e n opinión de Samuel Ramos, que n o se
sitúe a los autores e n su a m b i e n t e histórico, p r o p i o de l a pre-
tensión de p e r e n n i d a d de l a filosofía que sustenta.

De todos modos l a obra de Valverde es de g r a n valor, por-


que, con todas sus deficiencias, es y a u n esquema, u n bosque-
j o de l a h i s t o r i a de l a filosofía e n México. E n p r i m e r l u g a r
es u n a reunión de los datos fundamentales sobre esta ma-
teria, que completan con gran abundancia, dos gruesos vo-
lúmenes de bibliografía filosófica mexicana.^''

Después de esta rápida e i n s u f i c i e n t e revisión de nuestros


dos autores, conviene señalar p o r qué los hemos elegido. Están
en el m o m e n t o e n que nace l a preocupación p o r l a h i s t o r i a de
la filosofía e n f o r m a más sistemática e n México. Es el m o m e n -
to d e l r e c o n o c i m i e n t o de l a r a d i c a l h i s t o r i c i d a d de l a filoso-

^^Idem, p. 125.
26 Ibidem.
^ndem, p. 126.
158 HORACIO CERUTTI GULDBERG

fía. Por tanto, de l a necesidad de reconstruir l o andado. Ambos


autores t i e n e n clara conciencia de la necesidad de conectar o,
mejor, de mostrar las conexiones entre l o filosófico y lo extrafi-
losófico de raíz social. Sin embargo, salvo alusiones, les resulta
m u y difícil si n o imposible hacerlo, a estar p o r lo que atestiguan
sus textos. E n estos textos n o se presenta u n a explicación acer-
ca de esta relación, más i n t u i d a y postulada que tematizada.

Dificultades para aprender


la situaciónfilosóficapresente

CONTRAPRUEBA

Un Pero
método un
que método
en con
esta el
sociedad cual
pueda se
probar naufrague
éxitos no
nos debe
obliga por
a ende
dudar ser
de el
él adecuado.

( E R I C H F R I E D ; Cien poemas apatridas,


A n a g r a m a , B a r c e l o n a , 1978, p. 126.)

Recientemente se h a n publicado dos trabajos que i n t e n t a n


evaluar la situación filosófica de México en el contexto de Lati-
noamérica. E n Proyectos y perspectivas de la filosofía en Méxi-
co, Juan M o r a Rubio consigna algunas "tesis provisionales" que
podrían servir e n futuras investigaciones. Más que de tesis,
convendría h a b l a r de hipótesis de trabajo. C o n este último
carácter las v o y a r e p r o d u c i r aquí, para hacer luego algunas
acotaciones a estas hipótesis y a l trabajo de M o r a Rubio.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 159

á) La filosofía e n México se ha alimentado constantemente


del pesamiento que le llega de Europa. A r r i b a n las escue-
las y v a n dejando seguidores permanentes o representan-
tes de u n a u otra tendencia.
Z?) Las corrientes filosóficas europeas se generan e n u n a
compleja interacción de causales socioeconómicas, histó-
ricas, culturales, políticas y de muchos otros órdenes. Su
trasplante e n México se h a hecho e n muchas ocasiones de
m a n e r a mecánica s i n tener e n cuenta las ftaentes que las
generaron. No obstante, algunos m o v i m i e n t o s como el po-
sitivismo, el h i s t o r i c i s m o o e l m a r x i s m o h a n encontrado
t e r r e n o apropiado p a r a su d e s e n v o l v i m i e n t o, c u m p l i e n -
do además, c o n u n a función social.
c) Desde el comienzo del siglo se escuchan planteamientos
e i n t e n t o s p o r desentrañar e l elemento específicamente
mexicano, que pueda o r i e n t a r u n a investigación fecunda.
d} A p a r t i r de Caso, Ramos y otras tendencias, la filosofía
h a p ro cu ra do vincularse c o n l a r e a l i d a d social s i n conse-
guirlo plenamente.
e) La Revolución m e x i c a n a de 1910, i n d e p e n d i e n t e m e n t e
de sus consecuencias económicas y políticas, tuvo enormes
repercusiones e n l a c u l t u r a y e n l a filosofía, p orq u e mos-
tró a l m e x i c a n o l a i m p o r t a n c i a de sus valores vernáculos
y de su pasado prehispánico. Con ella México se descubrió
a sí m i s m o .
f) Por l a concentración del mercado m u n d i a l , e l perfeccio-
n a m i e n t o de los medios de comunicación y l a manifesta-
ción de l a cultura, los problemas filosóficos t i e n d e n a ser
comunes e n todos los países. Por ello n o i m p o r t a n las i n -
fluencias extranjeras sino su correcta asimilación y su
f u n c i o n a l i d a d d e n t r o de las condiciones de México.
g) La filosofía en México ha adquirido r i g o r y profundidad.
Busca, cada día, t e r m i n a r c o n l o retórico y s i m p l e m e n t e
l i t e r a r i o para c u m p l i r su cometido, pero s i n l o g r a r l o ple-
namente.
h) Dos grandes corrientes absorben el p e n s a m i e n t o filo-
sófico e n México: l a filosofía de las ciencias y l a filosofía
de las ciencias sociales. La p r i m e r a pretende a u x i l i a r l a
actividad científica, que aunque n o se ha desarrollado co-
160 HORACIO CERUni GULDBERG

mienza a surgir en f o r m a i n c i p i e n t e . La segunda pretende


ser u n a ayuda eficaz para el desarrollo de los m o v i m i e n -
tos políticos y las grandes soluciones nacionales.^*'

E n otra edición de este trabajo se m e n c i o n a n en lugar de


ocho, diez conclusiones. Agregaré aquí las que i n c o r p o r a n
elementos t o t a l o p a r c i a l m e n t e nuevos:

7. La filosofía y a n o es u n a concepción totalizadora d e l


m u n d o ; tiende, más b i e n , a c u m p l i r funciones auxiliares
c o n l a ciencia y l a política.
9. La filosofía en México n o h a llegado a u n a p l e n a m a d u -
rez porque n o h a c u m p l i d o del todo c o n las funciones seña-
ladas de servir de a u x i l i a r de l a ciencia y l a política.
10. La filosofía e n México generalmente n o h a desenvuel-
to sus fines específicos y más b i e n h a asumido funciones
cada vez más ideológicas.^^

Consideramos u n a p o r u n a estas "hipótesis" e n su rele-


vancia para futuras investigaciones.
La p r i m e r a hipótesis d) es insostenible, porque i g n o r a l a
elaboración i n t e r n a , e n Latinoamérica, de l o que de diversas
tradiciones se puede recoger. E n otros términos reduce toda l a
interpretación a l a discutida noción de "influencias", b) l a p r i -
m e r a parte de l a hipótesis, l a compleja generación e n Europa
y e l trasplante mecánico a México, i m p i d e explicar l a segun-
da parte: p o r qué se desarrollaron algunas corrientes aquí como
m o v i m i e n t o s . ¿Cuál es l a función social?, es l a interrogante a
responder e n los casos específicos. La hipótesis c) podría conce-
derse, pero ¿qué investigaciones futuras podría guiar? Salvo
que se l a entienda c o m o a f i r m a n d o el i n t e n t o de construcción
de u n enfoque específico, d) ¿Esa vinculación alude a u n a cier-
ta "eficacia" de la filosofía o del quehacer de los filósofos? Porque,

^ * J u a n M o r a R u b i o , " P r o y e c t o s y p e r s p e c t i v a s d e l a filosofía e n M é x i c o " , e n Dialéc-


tica, a ñ o V, n ú m . 9 , P u e b l a , d i c i e m b r e d e 1 9 8 0 , p . 7 9 .
29Juan M o r a R u b i o , " P r o y e c t o y p e r s p e c t i v a s de l a filosofía e n M é x i c o " , e n Ponen-
cias I Congreso Internacional de Filosofía Latinoamericana {junio 15-21 de 1980), Uni-
v e r s i d a d d e S a n t o T o m á s , Bogotá, 1981, p. 127.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE LAS IDEAS 161

desde otra perspectiva de análisis, l a filosofía n o puede n o


estar vinculada c o n la realidad social. De l o que se trataría es de
r e c o n s t r u i r ese vínculo, e) Efectivamente, México se descu-
brió a sí m i s m o , pero e n relación c o n las hipótesis c) y d) pa-
rece u n descubrimiento frustrado, a l menos en filosofía. A estar
por l a hipótesis, el descubrimiento n o habría supuesto u n a afir-
mación de sí m i s m o . Pero, además, esta hipótesis habla de "Mé-
xico" c o m o u n todo, i g n o r a n d o el p r o b l e m a social a l i n t e r i o r
m i s m o de México. ¿Quién o quiénes se descubrieron a sí mis-
mos? f) Se atribuye a l a difusión del capitalismo la unificación
de la problemática filosófica a n i v e l m u n d i a l . ¿Quién d e t e r m i -
na, o c o n base e n qué criterios, l o que significa u n a "correcta
asimilación"? De m o d o análogo a l c o m e n t a r i o a l a hipótesis
d), ¿cómo puede n o ser funcional u n fragmento de ideología? O,
en otros términos, ¿funcional respecto de qué? ¿Qué paráme-
tros se consideran para m e d i r l a f u n c i o n a l i d a d o l a disfuncio-
nalidad? g) E l r i g o r p o r el rigor... ¿cuál es el cometido que se
debe c u m p l i r y que n o se logra plenamente? h) Que éstas sean
las únicas dos líneas de producción filosóficas, parece discutible.
Incluso la bibliografía registrada para la década, en la m i s m a p u -
blicación, i m p i d e hacer esta afirmación.^" Pero, h a y más, l a pre-
tensión de a u x i l i a r o ajnidar de l a filosofía, mejor, de los filóso-
fos es sumamente discutida p o r las mismas ciencias. Es ésta u n a
discusión epistemológica abierta y que, c o m o t a l , n o agota el
ámbito de las discusiones filosóficas.
Los tres agregados de l a edición m o d i f i c a d a ( n o tengo ele-
mentos p a r a d e t e r m i n a r cuál, es l a p r i m e r a , m e atengo sólo
a las fechas de edición, aunque además t i e n d o a pensar que
estas tres hipótesis son de redacción u l t e r i o r ) de algún m o d o
p r e t e n d e n u b i c a r m e j o r el sentido y alcance e n especial de l a
hipótesis ?i), a l tratar de precisar el locus epistémico que ocu-
paría l a filosofía. Desbancada l a filosofía c o m o concepción
totalizadora, según l a hipótesis 7), tiene tareas auxiliares, an-
cüla, de l a ciencia (¿en l a tesis /i) e r a n ciencias?) y de l a
política (¿ciencias sociales en l a tesis ?i)?).

^Cfr. " R e g i s t r o d e l a p r o d u c c i ó n filosófica e n M é x i c o ( 1 9 6 9 - 1 9 8 0 ) " , e n e l m i s m o


n ú m e r o d e Dialéctica, p p . 103-108. S i n r e f e r e n c i a s d e autor, p e r o quizá e l a b o r a d a por
Vargas Lozano.
162 HORACIO CERUTTI GULDBERG

Según l a hipótesis 9., l a filosofía e n México n o habría


alcanzado su "madurez" p o r n o c u m p l i r su función de ancilla.
¿Con qué modelo de filosofía se opera, que p e r m i t e h a b l a r de
madurez aludiéndola? E n l a tesis 10., todavía más a p a r t i r del
m i s m o p u n t o . ¿Cuáles son los "fines específicos" de l a filosofía?
¿Puede la filosofía n o c u m p l i r funciones ideológicas? Quizá
todo depende de l a concepción de ideología que se maneja.
Pero, l a razón de fondo que i n v a l i d a l a eficacia posible de
estas hipótesis es l a concepción de l a que todas dependen y
que supone, más que u n p r o b l e m a de precisión y r i g o r e n el
uso de los términos, u n a decisión teórico-ideológica. No se
flexibiliza el m a r x i s m o agregando u n complejo de causas (so-
ciológicas, políticas, culturales, etcétera) a l supuesto mecanicis-
m o de l a determinación. No se supera u n a supuesta incausa-
l i d a d c o n l a propuesta de u n a p l u r i c a u s a l i d a d a l o Weber
(ambos hermanos, c o m p l e m e n t a r i a m e n t e ) . La cuestión de l a
determinación sigue allí como cuestión a explicar e n los fenó-
menos concretos que se e x a m i n a n . Pero, además, esta m u l t i -
plicación de supuestas causas -todas i n c i d e n , n o cabe duda,
el p r o b l e m a es c ó m o - hace recaer este supuesto e x a m e n
m a r x i s t a de l a h i s t o r i a de l a filosofía e n México e n u n ámbito
de discusión que n o supera el c u l t u r a l i s m o . E l recurso a l mer-
cado m u n d i a l n o i m p i d e que se siga hablando de que "las
i n f l u e n c i a s h a n sido de c a p i t a l i m p o r t a n c i a e n el desarrollo
de l a c u l t u r a universal"^^ o refiriéndose a l a "nación feudal" y
a l a "sociedad burguesa" a f i r m a n d o que "la c u l t u r a c i r c u l a de
u n m e d i o a otro consiguiendo su a c o m o d a m i e n t o y renova-
ción".^^ Con estas afirmaciones, típicas del culturalismo, se dan
p o r respondidas j u s t a m e n t e las cuestiones que c o n s t i t u y e n
p r o b l e m a s a explicar.
El o t r o i n t e n t o semejante a l que m e q u i e r o r e f e r i r es de
Gabriel Vargas Lozano: "Notas sobre l a función actual de l a f i -
losofía e n México (la década de los sesenta)."^^ Después de orga-
nizar u n cuadro que pretende describir la situación distinguien-

3 ' J u a n M o r a R u b i o , op. cit., e n e d i c i ó n d e Dialéctica, p. 73.


^Hdem, p.74.
3 3 G a b r i e l V a r g a s L o z a n o , " N o t a s s o b r e l a ftmción a c t u a l d e l a filosofía e n México
( l a d é c a d a d e l o s s e t e n t a ) " , e n Dialéctica, año v, n ú m . 9, Puebla, diciembre d e 1980,
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 163

do tres corrientes fundamentales: "filosofía analítica", "filosofia


g e n u i n a l a t i n o a m e r i c a n a " y "filosofía m a r x i s t a " , cuadro que
comparte c o n M o r a Rubio e n l o f u n d a m e n t a l y que considero
también habría que discutir, para establecer e n qué m e d i d a
n o confunde más que aclara l o que estamos v i v i e n d o e n l a f i -
losofía, pasa a l o que considero l o f u n d a m e n t a l de su aporte y
que m e p e r m i t o r e p r o d u c i r e n sus líneas de fuerza:

...hagamos u n a p r e g u n t a r a d i c a l : e n las condiciones de


u n a sociedad dependiente como l a mexicana, c o n u n capi-
talismo tardío, periférico y dependiente: ¿Cuál puede ser
la función de l a filosofía?
T a n t o el p l a n t e a m i e n t o de l a p r e g u n t a como l a respues-
ta, p u e d e n ser distintos e n cada c o r r i e n t e filosófica, pero
si l a consideramos desde l a perspectiva de u n m a r x i s m o
abierto y crítico, podríamos responder l o siguiente:
a) E n p r i m e r término, l a filosofía t i e n e que ocuparse de
todos los problemas que se debaten en l a actualidad e n todas
sus ramas [...].
Í7) E n segundo lugar, si l a filosofía quiere e x a m i n a r el pro-
b l e m a de cuál es su función e n u n a sociedad dada, forzo-
samente tiene que r e c u r r i r a l a u x i l i o de otras d i s c i p l i n a s
científicas para determinar el m o m e n t o específico de dicha
sociedad. Esto n o quiere decir - y n o está p o r demás desta-
c a r l o - que n o se trata de establecer u n a relación causa-efec-
to, entre l a estructura económica y l a producción filosó-
fica, e r r o r frecuente c o m e t i d o p o r u n sociologismo
mecanicista. Lo que i m p o r t a es saber en qué relación se
encuentra l a filosofía, respecto de las necesidades cultura-
les de u n a sociedad.^"*

El autor se asume expresamente como marxista, plantean-


do sus propuestas desde u n enfoque m a r x i s t a . Hasta aquí n o
habría contradiciones e n su propuesta. Su prevención crítica

p p . 8 1 - 1 0 2 . C o n e l t í t u l o , " L a f u n c i ó n a c t u a l d e l a filosofía e n M é x i c o ( l a d é c a d a d e l o s
s e t e n t a ) " , e n Ponencias..., p p . 83-107 ( i n c l u y e n d o e l registro de bibliografía entre l o s
años 1969 y 1980).
^ ^ C i t o s i e m p r e d e l a e d i c i ó n d e Dialéctica, p. 99.
166 HORACIO CERUTTI GULDBERG

esas relaciones, para esclarecer su naturaleza específica y sus


modos de operación, podrá c o n s t i t u i r u n a respuesta adecua-
da a este desafío, planteado y puesto e n la vía de su resolución
p o r el pensamiento marxista, claro está. Será asumiendo los
desafíos que l a tradición m a r x i s t a nos plantea y trabajando
p r o d u c t i v a m e n t e e n su prolongación c o m o se podrá avanzar
en éste como e n tantos otros p u n t o s .
Concluyendo, el texto de Vargas se ocupa p o r establecer el
lugar epistemológico que le corresponde a la filosofía. Lo resu-
m e así e n su párrafo f i n a l :
F i n a l m e n t e desde m i p u n t o de vista, l a filosofía c u m p l e ,
entre otras, dos grandes funciones:
1. Frente a las ciencias (naturales o sociales), aclarando su
problemática o c o n t r i b u y e n d o a su desarrollo.
2. Frente a l a ideología o c o m o ideología preparando las
condiciones del cambio histórico.
Hasta ahora, l a filosofía e n México n o h a c u m p l i d o c o n
estas funciones cabalmente y muchas veces pareciera que
actúa c o n cierto retraso".^**

Esta última cita es de g r a n i m p o r t a n c i a . Permite aclarar el


alcance de l a crítica a n t e r i o r de Vargas a l a falta de madurez
de l a reflexión filosófica e n México. La filosofía m a d u r a sería
aquella que c u m p l i e r a a cabalidad c o n estas dos funciones que
le a t r i b u y e . A esto debo anotar que n o p o r n o c u m p l i r estas
funciones "progresistas" - p o r adjetivarlas de algún m o d o - l a
filosofía n o h a c u m p l i d o funciones sociales -quizá e n la mayo-
ría de los casos "reaccionarias", nuevamente la adjetivación... y
la valoración... Pero, además, considero más fructífero pensar
el lugar epistémico de l a filosofía como u n entre las ciencias y
l a política ( l a d e l poder, l a de las decisiones políticas, l a prác-
tica o l a "arena" política) y amenazada, p o r así decirlo, desde
atrás p o r l a ideología, que enreda su discurso desde el incons-
ciente. Claro que esto i m p l i c a impostar todo el t r a t a m i e n t o de
la cuestión e n u n a problemática distinta, imposible siquiera
de sugerir aquí.

38/dem, p . 102.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA OE IAS IDEAS 167

E n síntesis, los dos trabajos considerados e n este aparta-


do deben ser reconocidos e n su esfuerzo p o r abrirse desde
u n a reflexión enraizada e n l a tradición m a r x i s t a a l a conside-
ración histórico-filosófica de Latinoamérica. Sin embargo, jus-
tamente donde a b a n d o n a n o se a p a r t a n de las ricas sugeren-
cias metodológicas y apistemológicas - n o p o r ello m e n o s
políticas o c o n consecuencias políticas, p o r c i e r t o - de esta ma-
t r i z teórica, es donde se pierde l a fuerza teórica de su aporta-
ción. C o n esto n o estoy pretendiendo a f i r m a r n i n g u n a pre-
sunta ortodoxia o dogma de ningún t i p o . Más b i e n , a f i r m o l a
necesidad de n o r e n u n c i a r a los desafíos que e l pensamiento
m a r x i s t a propone, exigiendo su prolongación crítica entre
nosotros.

Dificultades para anticipar


desarrollos filosóficos futuros
Concebido así, el discurso f...] aparece como
un bien [...] que plantea, por consiguiente,
desde su existencia (y no simplemente en
sus "aplicaciones prácticas")
la cuestión del poder; un bien que es,
por naturaleza, el objeto de una lucha,
y de una lucha política.
Más de uno, como yo sin duda,
escriben para perder el rostro.
No me pregunten quién soy,
ni me pidan que permanezca invariable:
es una moral de estado civil la que rige
nuestra documentación. Que nos dejen en paz
cuando se trata de escribir.
( M I C H E L F O U C A U L T , La arqueología del saber.
Siglo X X I , 1982, p p . 204 y 29, 8a. ed.)

La dificultad, si n o i m p o s i b i l i d a d completa, para predecir e n


ciencias sociales, es p o r demás conocida. Para e l caso de l a
filosofía, creo que l a d i f i c u l t a d se acentúa, cuando n o se cuen-
ta con una explicación suficiente de la función social de la mis-
ma. Explicación a l a que pretende encaminar, aunque todavía
m u y insuficiente, el presente trabajo.
E n el caso de l a filosofía reciente e n México, se cuenta c o n
dos intentos que merecen ser considerados, n o sólo p o r l a indis-
HORACIO CERUm GULDBERG

cutible i m p o r t a n c i a académica de sus autores, sino, sobre todo,


porque p e r m i t e n expresar c o n crudeza algunas de las d i f i c u l -
tades típicas a que conduce l a carencia de l a explicación que
buscamos.
E n 1972, Luis V i l l o r o intentó, n o s i n e x p l i c i t a r las pre-
venciones del caso, establecer l a situación filosófica de México
e n 1980. Leído después, desde l a década de los ochenta, su tra-
bajo de apenas ocho años antes n o deja de p r o d u c i r e n el lec-
tor cierta ansiedad. ¿Cómo es posible que en u n lapso t a n breve,
casi n i n g u n a de las situaciones que V i l l o r o augura como
desarrollos tendenciales de l o que según él existe v i r t u a l m e n -
te e n el 72, explícitamente se niega a profetizar, se h a y a n v e r i -
ficado? ¿Dónde se asienta l a razón de l a deficiencia?
Me p e r m i t o recordar, u n t a n t o extensamente, u n párrafo
decisivo e n la argumentación de V i l l o r o :
Las sugerencias que a continuación hacemos serán, p o r
ende, falsas si el sistema social se t r a n s f o r m a . No son u n a
profecía. Más que l a visión de u n mañana i n c i e r t o son e l
e x a m e n de u n a situación actual. Si algún valor se les con-
cede, sería el de destacar el significado histórico de tenden-
cias actuales. Que el m o m e n t o presente puede esclarecer-
se si se le considera i n m e r s o e n u n proceso t e m p o r a l más
a m p l i o . Para ello l a imaginación histórica t i e n e que efec-
t u a r u n a faena aleatoria: dar p o r actualizado e n el f u t u r o
l o que ahora es p o s i b i l i d a d real. Y ese paso n o s u m i n i s t r a
u n c o n o c i m i e n t o d e l p o r v e n i r sino del presente.^^

A n t e estas afirmaciones h a y que constatar:


a) E l sistema social n o se modificó e s t r u c t u r a l m e n t e y las
sugerencias h a n resultado, s i n embargo, falsas.
b) Las "sugerencias" acerca del desarrollo t e n d e n c i a l de
posibilidades reales sólo se revelan c o m o expresiones desea-
bles e i n c u m p l i d a s .
c) Esto muestra, si aceptamos l a lógica del texto, que l a
carencia central n o está e n el i n t e n t o de predicción, sino en u n
deficiente " c o n o c i m i e n t o " d e l "presente".

*^Luis Villoro, "Perspectivas de l a filosofía e n México p a r a 1980", e n v a r i o s autores,


E l perfil de México en 1980, S i g l o X X l , M é x i c o , 1 9 7 9 , v o l . 3 , p . 6 0 7 , 6 a . e d .
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LfiS IDEAS 169

¿A qué a t r i b u i r la deficiencia o la distorsión de este conoci-


m i e n t o del presente, d e l que parece pender toda l a estructura
de l a argumentación? Creo que a tres p u n t o s nodales:
a) A l a visión "desarroUista" que adopta V i l l o r o .
fo) A que asume l a noción de "normalización filosófica",
propuesta p o r Francisco Romero.
c) A su discusión c o n t r a l a "filosofía de l o mexicano", e n
verdad u n fantasma, c o m o si fuera u n a tendencia filosófica
vigente y, además, a la confusión de esta vieja propuesta c o n l a
preocupación p o r u n a filosofía que V i l l o r o d e n o m i n a "gen n i -
ñamente l a t i n o a m e r i c a n a " .
Permítaseme r e t o m a r u n o p o r u n o estos tres p u n t o s .
á) V i l l o r o es consciente de que la c u l t u r a n o está aislada
de l a estructura económica y social, sino que depende de ella.
Por consiguiente, l a filosofía, manifestación cultural, también
sufre esta determinación. Es precisamente la lectura de la es-
tructura económica y social la que lleva a V i l l o r o a extraer con-
clusiones respecto de l a filosofía. Según esa lectura, l a estruc-
t u r a se desarrolla siguiendo u n patrón que i n c o r p o r a avances
tecnológicos e n u n p o l o m o d e r n i z a n t e e i m p o n e u n a cierta
" r a c i o n a l i d a d " a m e d i d a que restringe o a n u l a el peso social
y c u l t u r a l del polo t r a d i c i o n a l . Con l o cual, funciones cultura-
les p rop i a s del p o l o t r a d i c i o n a l se v a n e x t i n g u i e n d o o, c o m o
pervivencias anacrónicas de u n pasado, agonizan en el presen-
te. No h a y que admirarse de que V i l l o r i o adopte en los setenta
esta lectura típica del desarroUismo de l a década de los cincuen-
ta, t a n fuertemente i m p u g n a d a p o r l a "teoría" de l a depen-
dencia -cualquiera sea el valor de esta "teoría"- e n l a década de
los sesenta. No es i m p u t a b l e esta l e c t u r a a u n a falta de i n f o r -
mación del autor, sino que es coherente c o n u n a cierta con-
cepción d e l filosofar que prescinde de las ciencias sociales o
que piensa e n u n desarrollo de l a filosofía m a r g i n a l o parale-
lo a l de estas disciplinas. Por t a n t o , el filósofo de l a filosofía
"por sí misma""" adopta u n a lectura n o científica de l a estructu-
ra -o p o r l o menos, n o del grado de " c i e n t i f i c i d a d " (así, entre
comillas...) alcanzando e n su m o m e n t o . Esta lectura n o l e

•^Idem, p. 610.
H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

p e r m i t e siquiera sospechar que el m e n t a d o "desarrollo" lejos


de e l i m i n a r tensiones y de a n u l a r el p o l o atrasado, las a u m e n -
ta y l o reproduce en proporciones geométricas. No es u n proce-
so funcionalizante sino generador, a cada paso, de disfunciona-
lidades cada vez más explosivas. Esto es l o menos que e n los
setenta tenía ya m u y p o r evidente l a ciencia social l a t i n o a m e -
ricana: economía, sociología, politología, antropología e, incluso,
m u c h o de l a m i s m a filosofía. E n los mismos volúmenes e n que
aparece e l trabajo de V i l l o r o se i n c l u y e n argumentos que q u i -
zás invalidarían parte de esta lectura desarroUista. Y si l a con-
tribución filosófica aparece apropiadamente - e n m i c r i t e r i o -
colocada a l final, lamentablemente ésta n o es u n a alusión a l
locus epistemológico de l a reflexión, sino quizá a u n a especie
de apéndice e n gran medida ajeno a las reflexiones previas.
b} Este modelo del d i s c u r r i r filosófico que pretende u n
alto grado de producción i n t e r n a c i o n a l y , p o r ende, exclusión
de toda intromisión extrafilosófica en el corpus de la filosofía res-
ponde, como c o n toda honestidad intelectual l o consigna V i l l o -
ro, a l a propuesta de normalización filosófica impulsada desde
A r g e n t i n a a p a r t i r de los años cuarenta p o r Francisco Romero.
He avanzado e n el examen de l a propuesta de Romero e n otros
lugares a los que m e p e r m i t o r e m i t i r a l lector.^^ No puedo de-
j a r de consignar aquí, s i n embargo, que l a propuesta está v i -
ciada de raíz p o r l a r e l a t i v a incomprensión de l a cuestión
ideológica. Para Romero l a ideología se resuelve e n el n i v e l
representacional de l a Weltanschauung. Por tanto, es posible y
deseable d i s t i n g u i r filosofía de visión del m u n d o , construyen-
do u n filosofar sistemático alejado de toda contaminación ex-
trafilosófica. E n l o que J u a n Carlos T o r c h i a Estrada considera
su "testamento filosófico" a f i r m a Romero:

La suplantación de l a filosofía, de toda l a fiosofía, p o r l a


concepción del m u n d o es indebida y nociva, y llega a matar
a l a filosofía p u r a [...] E n esta p u r a filosofía, las creencias,

'"Horacio Cerutti Guldberg, "Estudio introductorio" e n Pensamiento idealista ecua-


toriano, Banco C e n t r a l del E c u a d o r y Corporación Editora Nacional, Quito, 1981,esp.
p p . 13 y ss. y "Filosofía l a t i n o a m e r i c a n a e historia del a filosofía", ponencia e n e l Segun-
do S i m p o s i o d e P r o f e s o r e s d e Filosofía, U N A M . F a c u l t a d d e Filosofía y L e t r a s , f e b r e r o d e
1 9 8 3 . Cfr. supra.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE LAS IDEAS 171

los anhelos, las esperanzas, los temores, todo aquello que n o


toca a l a estricta persecución de l a verdad, queda excluido."^

E n u n esfuerzo p o r c o n t i n u a r esta línea de reflexión, afir-


m a T o r c h i a Estrada, e n u n a frase de a p a r i e n c i a monolítica:
"La filosofía puede surgir del s e n t i m i e n t o y c u l m i n a r e n l a
acción; pero m i e n t r a s trabaja, es teoría o n o es nada.""^
Con esto l o que ocurre es que e l p r o b l e m a de l a ideología,
n o y a s i m p l e m e n t e como c o n j u n t o de representaciones, sino
como l a p r e g u n t a m i s m a p o r el m o d o cómo se generan las re-
presentaciones, queda eludida o s i m p l e m e n t e ignorada, l a f i -
losofía aparece como autónoma de l a ideología-visión del m u n -
do, cuando es dable constatar, e n los m i s m o s textos que esto
a f i r m a n , que i n c l u y e e n su discurso e n t a n t o "teoría" todas
las " c o n t a m i n a c i o n e s " del s e n t i m i e n t o y de l a nación. Pero,
quizá cabe salvar esta propuesta como ideal, a l que aspire u n a
auténtica reflexión filosófica l a t i n o a m e r i c a n a . La " c o n t a m i -
nación" de las expresiones c o n que contamos n o invalidaría e l
ideal a lograr. S i n embargo, m e p e r m i t o i n v a l i d a r l o , p o r q u e
es u n ideal "idealista" e n el sentido de que ignora el desarrollo
histórico y l a función social efectivamente c u m p l i d o s p o r l a
filosofía e n l a historia, n o sólo l a t i n o a m e r i c a n a sino m u n d i a l .
Inclusive, si u n o adopta l a definición de ieología-visión d e l
m u n d o , el filosofar concreto n o se salva de l a "contaminación",
además de e n t r a r e n contradicción c o n propuestas que en-
t i e n d e n a l a filosofía como desarrollándose e n e l " m e d i o " cul-
t u r a l y , además, c o n cualquier propuesta de considerar a l a
filosofía como de algún m o d o d e t e r m i n a d a p o r l a estructura
económico-social, sea cual fuere l a lectura que de ella se reali-
ce. C o n l o cual, este segundo p i l a r de l a argumentación que
v e n i m o s considerando e n t r a e n franca contradicción c o n l a
visión desarroUista de l a sociedad y l a c u l t u r a que c o n s t i t u y e n

^^Francisco Romero, " L a decadencia d e l espíritu teórico e n l a filosofía", e n J u a n


Carlos Torchia Estrada, " U n texto inédito de Francisco R o m e r o " , e n Cuadernos de
Filosofia, a ñ o xv, n ú m s . 22-23, UNBA. F a c u l t a d d e Filosofía y L e t r a s , B u e n o s A i r e s , e n e r o -
d i c i e m b r e de 1975, p. 155.
<3Juan Carlos Torchia Estrada, " L a decadencia d e l espíritu teórico; u n texto inédi-
to d e F r a n c i s c o R o m e r o s o b r e l a fílosofía c o n t e m p o r á n e a " , e n Revista Nacional de Cul-
tura, a ñ o xxxiv, n ú m . 2 1 9 , C a r a c a s , m a r z o - a b r i l d e 1975, p. 44.
172 HORACIO CERUTTI GULDBERG

el p r i m e r o . A u n q u e , j u s t o es decirlo, esta contradicción está


y a implícita e n el l i b e r a l i s m o m o d e r n i z a n t e de Romero.
c) E n e l apartado a n t e r i o r b), nos hemos referido a l a vía
elegida p o r V i l l o r o para l a realización de u n filosofar l a t i n o -
a m e r i c a n o o r i g i n a l : la de l a profesionalización del filósofo.
Otra vía, expresamente rechazada p o r V i l l o r o , es la de reflexio-
n a r sobre los "temas de p r o p i a circunstancia", sobre los "temas
que l a realidad e n t o m o ofreciera". Este programa es el que dio
origen a l a "filosofía d e l m e x i c a n o " . Lo asocia a l agotamiento
de l a "etapa de autoconocimiento" de u n nacionalismo cultural
cuyas ambigüedades n o e x c l u y e n u n a función ideológica con-
servadora. Y de m o d o tajante a f i r m a :

E n el campo de l a filosofía, e n 1980 se verá c o n c l u i d o e l


periodo de preocupación p o r l a realización de u n a f i l o -
sofía g e n u i n a m e n t e l a t i n o a m e r i c a n a . E l desinterés que
actualmente se n o t a p o r esos temas e n las generaciones
jóvenes es señal segura de ello. E l h i s t o r i c i s m o y el exis-
t e n c i a l i s m o , corrientes ligadas e n nuestro m e d i o c o n e l
i n t e n t o de estudiar nuestra f o r m a de ser n a c i o n a l habrán
sido abandonados [...] E l nuevo sesgo de l a filosofía e n
México se ligará, así, s i n proponérselo, c o n u n a vieja tradi-
ción de p e n s a m i e n t o crítico de tendencia l i b e r a l que, des-
de la Independencia, opuso a las concepciones del m u n d o
heredadas su prevención p o r los sistemas. Su función fue
l i b e r a r n o s de las ilusiones enajenantes que p r o p i c i a n las
grandes concepciones especulativas. E n México, esa tradi-
ción filosófica sólo se v i o i n t e r r u m p i d a p o r l a vuelta a la
metafísica, a l i n t u i c i o n i s m o y a l esteticismo filosóficos, de
sentido claramente conservador, si n o reaccionario, de Vas-
concelos y Caso.''^

Comencemos p o r esta última afirmación. Si b i e n t i e n d o a


c o i n c i d i r e n m u c h o c o n l a afirmación de V i l l o r o , sobre todo
en l o que se refiere a l p a p e l c u m p l i d o a n i v e l l a t i n o a m e r i c a -
n o p o r aquellos que Romero llamó los "fundadores", aquí n o

" " L u i s V i l l o r o , op. cit., p p . 6 1 3 y 6 1 6 .


HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 173

pasa de ser u n a m e r a imputación ideológica hacia Vasconce-


los y Caso, imputación que, obvio es decirlo, n o explica nada.
H a y que anotar que todavía carecemos de estudios que nos
p e r m i t a n u b i c a r c o n c l a r i d a d l a función social c u m p l i d a p o r
las filosofías de estos pensadores mexicanos''^ y de los l a t i n o -
americanos que, c o m o Vaz Ferreira e n el Uruguay, A l e j a n d r o
K o r n e n A r g e n t i n a , Deústua e n Perú, etcétera, c u b r e n en esa
etapa, g r a n parte de l o que b i e n podríamos d e n o m i n a r l a f i -
losofía académica e n América Latina. V i l l o r o habla, además, de
l a tradición a n t e r i o r , de p e n s a m i e n t o crítico de cuño l i b e r a l ,
justo es decirlo, c o n g r a n c o n o c i m i e n t o de causa. No e n vano
h a p r o d u c i d o de los mejores trabajos e n esa línea historiográ-
fica, l a m e n t a b l e m e n t e m u y poco leídos e n l a actualidad.^® Re-
t o m a n d o todavía más hacia l a p r i m e r a parte del fragmento
recién citado, h a y que observar que e l abandono de l a proble-
mática existencialista es bastante marcado desde l a década de
los sesenta e n México, para n o hablar de l a ontológica ( l a
cuestión del ser n a c i o n a l , del ser d e l m e x i c a n o ) cuyas p r i m e -
ras y quizá últimas manifestaciones son los trabajos de E m i l i o
Uranga e n los cincuenta. E n cuanto a l a fenomenología, salvo
la excepción de Jorge P o r t i l l a mencionada p o r el m i s m o V i l l o -
r o e n los sesenta,"*^ los trabajos orientados hacia l o m e x i c a n o
r e m o n t a n a l a década anterior, c o m o p o r ejemplo e l intere-
sante trabajo de Fernando Salmerón de i n i c i o s de los cincuen-
ta."*^ E n realidad u n verdadero r e n a c i m i e n t o del ontologicismo
del existencialismo y del fenomenologismo se constata en la dé^
cada de los setenta, pero fuera de México, e n A r g e n t i n a espe-
c i a l m e n t e y mediado p o r toda l a c o m p l e j i d a d del fenómeno
populista, l o cual nuevamente pone e n cuestión l a preten-
sión de derivar casi mecánicamente de determinado n i v e l del
desarrollo socioeconómico u n m o d o de filosofar p r e d o m i -

*^Cfr., e l sugerente ensayo d e J o s é J o a q u í n B l a n c o , Se llamaba Vasconcelos. Una


evocación crítica, F o n d o d e C u l t u r a E c o n ó m i c a , M é x i c o , 1 9 7 7 , 2 1 5 p p .
" ^ M e r e f i e r o a o b r a s c o m o L o s grandes momentos del indigenismo en México y El pro-
ceso ideológico de la revolución de independencia.
" 7 A l g u n o s artículos periodísticos r e c i e n t e s r e l a n z a n l a consideración de l a o b r a d e
P o r t i l l a , m i s m a q u e e s p e r a todavía d e u n a evaluación m á s completa.
"«Femando Salmerón, "Una imagen del mexicano", reproducido en Cuestiones
educativas y páginas sobre México, U n i v e r s i d a d V e r a c r u z a n a , X a l a p a , 1962, p p . 185-200.
174 HORACIO CERUTTI GULDBERG

nante."^ E l "desinterés de los jóvenes", estudiantes u n i v e r s i t a -


rios, p o r supuesto, debiera ser calificado más b i e n de igno-
rancia, probablemente atribuible al escaso espacio institucional
c o n que se cuenta, n o para resucitar cadáveres ideológicos,
sino p o r explicar qué función social c u m p l i e r o n e n el p r o p i o
pasado histórico. Si se lee el p r o g r a m a c o m o u n i n t e n t o para
reflexionar sobre los "temas que la realidad en t o m o ofreciera",
ese p r o g r a m a n o se agota c o n el agotamiento del c i r c u n s t a n -
cialismo, n i c o n el fracaso de l a filosofía de l o mexicano. Es
factible seguir trabajando sobre esos temas y esas urgencias de
nuestra realidad, i n c o r p o r a n d o renovados i n s t m m e n t o s me-
todológicos. Por su parte, e l h i s t o r i c i s m o n o necesariamente
se agota en sus variantes culturalistas idealistas, como entre
otras l a obra de Gramsci atestigua.
Si estos augurios de V i l l o r o n o se h a n c u m p l i d o ¿qué es l o
que tenemos ante nosotros e n l a década de los ochenta? U n a
producción filosófica latinoamericana cada vez más desarrolla-
da y exigida a n i v e l i n t e r n a c i o n a l , que i n c o r p o r a i n s t m m e n -
tos teóricos y metodológicos de diversas tradiciones, pero que
n o abandona l a reflexión sobre las urgencias políticas, ideo-
lógicas, culturales y filosóficas l a t i n o a m e r i c a n a s . Desde múl-
tiples enfoques esta corriente crece. E n esta orientación conflu-
y e n posiciones historicistas, posiciones cristianas y posiciones
marxistas. Porque a p a r t i r de l a Revolución cubana, el marxis-
m o v i o cerradas sus posibilidades de profesionalizarse e n u n
seguro coto académico en América Latina. O es pensamiento
revolucionario vivo o n o es. La revolución centroamericana
atestigua y m o v i l i z a fuertemente este hecho. Incluso l a repre-
sión sufrida p o r filósofos analíticos e n el Cono Sur, los ha lleva-
do a preocuparse p o r devolver a l a filosofía analítica l a carga
cuestionadora y crítica que fue su p a t r i m o n i o o r i g i n a l . H a y
hasta analíticos norteamericanos atentos a l a producción filo-
sófica l a t i n o a m e r i c a n i s t a . E n f i n , esta nueva situación y algu-
nos de sus riesgos aparecen claramente reconocidos p o r Adol-
fo Sánchez Vázquez en su discurso p r o n u n c i a d o e n e l acto de

" " E s t u d i o e s t a c u e s t i ó n e n Filosofia de la liberación latinoamericana, F o n d o de C u l -


tura Económica, México, 1983.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 175

clausura del I X Congreso I n t e r a m e r i c a n o de Filosofía r e a l i -


zado e n Caracas e n 1977 y que m e p e r m i t o r e p r o d u c i r larga-
mente:

E l cuadro de nuestro congreso, ya desde su organización


temática y comisiones acusa u n a composición distinta que
responde en g r a n parte a las filosofías vigentes e n Améri-
ca l a t i n a .
Creo que conviene destacar, con este motivo, dos hechos: la
g r a n atracción de las llamadas filosofía l a t i n o a m e r i c a n a
y filosofía de la liberación, y el v i g o r del m a r x i s m o repre-
sentado p o r u n grupo i m p o r t a n t e de pensadores latinoame-
ricanos. Ya estos dos hechos p e r m i t e n ver este congreso
c o n u n a fisonomía que n o t u v i e r o n los anteriores. Nos
hemos encontrado c o n dos respuestas nuevas, e n este
t i p o de congresos l a t i n o a m e r i c a n o s , que h a n c o n t r i b u i d o
a que la presente reunión no sea u n foro más, sino u n foro
que en g r a n parte ha puesto sus pies e n l a t i e r r a y, p a r t i -
c u l a r m e n t e , en esta t i e r r a l a t i n o a m e r i c a n a [...] Cierto es
que Hegel ya había sentenciado que la filosofía llega siem-
pre demasiado tarde, cuando la r e a l i d a d ya h a r e c o r r i d o
su ciclo. Pero Hegel es u n filósofo de la conciliación del
p e n s a m i e n t o c o n l a r e a l i d a d y aquí l o que necesitamos es
justamente lo contrario: u n pensamiento que, lejos de con-
cillarse, critique, denuncie, desmistifique la realidad, contri-
buyendo así a t r a n s f o r m a r l a [...] No es posible hoy, n i l o
h a sido n u n c a , filosofar a espaldas de la realidad de nues-
t r o c o n t i n e n t e , y la atención que en nuestro congreso ha
despertado la filosofía l a t i n o a m e r i c a n a es índice de que la
conciencia de esta necesidad se h a elevado. Pero hay que
p r o c u r a r n o caer de u n a abstracción en otra: de la biis-
queda del h o m b r e abstracto que tanto interesó al h u m a n i s -
m o burgués europeo en l a búsqueda de la esencia de u n
h o m b r e n o menos abstracto, como sería el h o m b r e ameri-
cano. ¿De qué sirve el i n t e n t o de liberación si se basa en
u n a abstracción del h o m b r e , del h o m b r e abstracto y n o
de l a v i d a real? E n este sentido, el m a r x i s m o vivo, no dog-
mático, que h a estado presente en el congreso puede con-
176 HORACIO CERUTTI GULDBERG

t r i b u i r a que l a filosofía e n Latinoamérica sirva a l cono-


c i m i e n t o y a l a transformación de l a realidad, pero a con-
dición de que n o se sustituyan p o r abstracciones los h o m -
bres reales c o n sus divisiones de clase.^"

Es e n México donde se produce y donde se edita u n a par-


te m u y considerable de esta filosofía para l a transformación
en sus diferentes variantes.
E l segundo i n t e n t o p o r p r o n o s t i c a r el f u t u r o filosófico de
México, l o realiza Ramón X i r a u e n los ochenta. Para X i r a u
este pronóstico t i e n e u n doble aspecto. La predicción a p a r t i r
del desarrollo de las formas filosóficas existentes y u n a espe-
ranza-tarea, de que se desarrolle, n o u n a cuarta f o r m a , sino l a
única definición posible de u n a filosofía entendida como sabi-
duría. H a y que consignar que el contexto en que se ubica el pro-
nóstico de X i r a u es más universalista, s i n embargo, conviene
leerlo desde l a óptica latinoamericana. También h a y que con-
siderar que para este autor n o se planea el problema de la deter-
minación de l a filosofía p o r parte de l a estructura económica
social. Son más b i e n formas filosóficas que e v o l u c i o n a n e n el
tiempo, referidas n o a lo social sino a l hombre. Conviene repro-
ducir algunos párrafos de l a argumentación de X i r a u , para
i n t r o d u c i r algunas observaciones desde nuestra lectura.

Si p a r a predecir e l f u t u r o tenemos que apoyarnos e n e l


presente, serían pensables tres formas de l a filosofía futura
y a h o y existentes: el m a r x i s m o , seguramente convertido
e n u n a nueva religión y u n aparato de d o m i n i o mágico-
técnico del m u n d o ; l a lógica aliada y asociada a l a ciberné-
tica para que tengan que pensar menos nuestros perezosos
cerebros; el análisis del lenguaje que t r a t a de desentrañar

^^Adolfo Sánchez Vázquez, "Filosofía y realidad e n América Latina", e n Sobre


filosofía y marxismo, UAP. Puebla, 1983, pp. 96, 9 7 y 99. J u s t o es r e c o n o c e r v a r i a n t e s e n
las posiciones d e L u i s Villoro, aunque y a n o e s de directa i n c u m b e n c i a del presente
e n s a y o e l c o n s i g n a r l a s . Cfr. " ¿ Q u é o p c i o n e s t i e n e l a filosofía mexicana?", entrevistade
J u a n J o s é R e y e s e n La letra y la imagen, s e m a n a r i o c u l t u r a l d e E l Universal, a ñ o 2, n ú m .
56, M é x i c o , d o m i n g o 19 d e o c t u b r e d e 1 9 8 0 , p p . 2-3 y " P a l a b r a s " e n l a sesión i n a u g u r a l
d e l P r i m e r C o n g r e s o N a c i o n a l d e F i l o s o f í a e n Boletín d e l a A F M , n ú m . 3, e n e r o d e 1 9 8 3 ,
pp. 9-11.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE IM IDEAS 177

qué significan las palabras y, a veces, conduce a u n laberin-


to ( t a n t o e n e l e s t r u c t u r a l i s m o francés c o m o e n l a filoso-
fía analítica de Occidente): e l l a b e r i n t o e n que se trata de
ver cuál es el signifícado de l a palabra para después i n t e n -
t a r ver qué es el significado del significado, y después con-
t e m p l a r e l significado d e l significado d e l significado, ad
infinitum.^^

E n cuanto a l m a r x i s m o , cabe observar que j u s t a m e n t e l o


que p r e d o m i n a es u n esftierzo cada vez más crítico y autocrí-
tico e n e l seno d e l m a r x i s m o , además de u n esftierzo p o r
r e c o n s t r u i r l a h i s t o r i a del m a r x i s m o e n América L a t i n a . La
lógica, p o r su parte, se desarrolla n o ajena a l a preocupación
epistemológica p o r las ciencias, especialmente las sociales.
Además se constatan y a i n d i c i o s claros de u n a historización
de l a m i s m a ciencia. Reconstruir la h i s t o r i a de las ciencias y
la tecnología e n América L a t i n a es u n i m p e r a t i v o i r r e n u n -
ciable, para n o elaborar u n a epistemología e n e l aire. La preo-
cupación p o r e l lenguaje, n o sólo adopta esas modalidades
despistadas que c o n toda razón i r o n i z a Xirau, sino que se orien-
ta sobre todo a l análisis d e l discurso político y del discurso
filosófico. Aquí se va p r o d u c i e n d o u n a c o n f l u e n c i a e s t i m u -
l a n t e entre los aportes de l a sociolingüística, el psicoanálisis
y esbozos de teoría de las ideologías e n constitución.
E n cua nto a su esperanza, vista c o m o u n a tarea a l a que
nos convoca, a f i r m a X i r a u :

Si logramos que se vea a l a persona h u m a n a c o m o u n ser


religioso -es decir, religado a los demás y, para muchos a l
O t r o - , si logramos entender que el h o m b r e es d i g n o e n
a l m a y cuerpo, si logramos p r o l o n g a r hacia e l ftituro e l
h o m b r e de carne y hueso que decía U n a m u n o , h a y posi-
bilidades de salvación.
Existe l a esperanza y t i e n e p o r n o m b r e , p o r gastadas que
parezcan las palabras, el Ordo Amoris.^^

5 ' R a m ó n X i r a u , "¿Futuro d e l a filosofía?", e n v a r i o s Los 80: el futuro nos visita, Con-


sejo N a c i o n a l d e C i e n c i a y Tecnología, México, 1981, p . 2 2 9 .
^^Idem, pp. 232-233.
178 HORACIO CERUTTI GULDBERG

E n realidad este ejercicio de a m o r a l prójimo n o es sólo


una esperanza - s i por tal entendemos, en este contexto limitado,
lo que se dará e n el f u t u r o - sino u n a realidad vigente, canden-
te y c o n f l i c t i v a e n nuestra América, especialmente e n e l difí-
cil avance de la revolución centroamericana.^^ Por otra parte, e n
América Latina, justamente p o r considerar que a l otro a q u i e n
n o se ve, sólo se accede por el compromiso con el otro a quien se
ve, grupos cada vez más numerosos y significativos de cristia-
nos se i n c o r p o r a n a l a lucha revolucionaria. Gran parte de l a
l l a m a d a teología de l a liberación representa el esfuerzo teóri-
co por recoger y tematizar estas experiencias e n e l contexto de
la tradición bíblica y de l a experiencia histórica del cristia-
n i s m o entre nosotros.^^
E n suma, e n estos dos intentos, i n d u d a b l e m e n t e valiosos
c o m o para ser discutidos, se patentiza u n a vez más a n i v e l del
esfuerzo - n a d a desdeñable desde nuestro p u n t o de v i s t a - de
predecir las tendencias futuras del filosofar l a t i n o a m e r i c a n o ,
la carencia de u n a teoría suficiente que explique l a función
social de l a filosofia.

Algunas hipótesis, dispositivos


instrumentales en la faena propuesta
LABOR DE ILUSTRACIÓN

Quiso demostrar
que podía hacer
lo que era preciso
hacer
Lo consiguió
Pero
ya era tarde
para hacerlo

( E R I C H F R I E D , op. cit.,p. 15.)

Después de estos desarrollos, ¿cuáles son las sugerencias que


podrían establecerse c o m o aportes para l a tarea pendiente de

53Remito a m i e s t u d i o , " E l d i s c u r s o p o l í t i c o c e n t r o a m e r i c a n o " , p o n e n c i a a l C o n -


greso de ADHILAC. Puebla, 1983.
^Cfr., para una primera aproximación a l asunto, Samuel Silva G o t a y , £1 pen-
samiento cristiano revolucionario en América Latina y el Caribe. Implicaciones de la teo-
HACIA UNA METODOLOGIA DE l A HISTORIA DE IM IDEAS 179

elaborar u n a teoría de la función social de l a filosofía e n Méxi-


co y e n Latinoamérica?

- N o será, seguramente, éste el trabajo de u n solo inves-


tigador. Es u n trabajo que deberá ser llevado adelante e n
f o r m a socializada. Quizá así el c o n o c i m i e n t o filosófico pue-
da e n t r a r e n u n a nueva etapa de acumulación de las tra-
diciones y de las discusiones l a t i n o a m e r i c a n a s , evitando
l a absurda pretensión de comenzar siempre de cero ("ce-
r o " que muchas veces n o es más que t r e m e n d a i g n o r a n -
cia d e l c a m i n o t r a n s i t a d o ) .
- A c l a r a r qué es ese m i s m o c o n o c i m i e n t o filosófico, con-
c i b i e n d o a l a filosofía acosada entre las ciencias y l a
política atravesada p o r esas curiosas formaciones discur-
sivas denominadas "ciencias humanas", i m b r i c a d a p o r l a
ideología, que f u n d a m e n t a l m e n t e desde e l inconsciente
c o n d i c i o n a su d i s c u r r i r , nuestro d i s c u r r i r . Para l o cual,
también se i m p o n e l a reconstrucción histórica de esas
ciencias, tecnología, política, etcétera.
- A c e p t a n d o l a íntima h i s t o r i c i d a d de los discursos filosó-
ficos, cabe i n t e n t a r su reconstrucción s i n i g n o r a r los i n -
tentos de reconstrucción historiográfica y a realizados. Por
tanto, u n a h i s t o r i a crítica de l a historiografía filosófica se
nos i m p o n e como labor p r e l i m i n a r . H i s t o r i a de l a historio-
grafía que recoja las tareas pendientes pero también las
valiosas sugerencias y pistas muchas veces dispersas que
se e n c u e n t r a n e n l a historiografía realizada.
- E n ese sentido n o es aconsejable r e d u c i r el objeto d e l es-
t u d i o histórico-filosófico a las producciones académicas
universitarias exclusivamente, como l o consideraba, n o sin
razones importantes, Samuel Ramos, sino atender también
y m u y especialmente a ese "resplandor que ilustró a h o m -
bres menospreciados bajo e l peso de las ambiciones de
m a n d o y gobierno", c o n l o cual Valadés estaba reclamando

logia de la liberación para la sociología de la religión, CEHILA, R Í O Piedras, 1983, 393 pp. 2a.
e d . y J o r g e V . P i x l e y , Éxodo, una lectura evangélica y popular, Casa Unida de Publica-
ciones, México, 1983, núm. 307.
? 60 HORACIO CERUTTI GULDBERG

u n a h i s t o r i a de las ideas operantes e n el decurso históri-


co-político de nuestros países.
-Las dificultades que presenta todo i n t e n t o de periodiza-
ción, n o pueden ser menospreciadas. Los ordenamientos,
sean p o r escuelas, tendencias, autores o cuales sean del
material, n o son inocentes. Conllevan u n a visión, u n a ideo-
logía si se quiere.
-Para el caso p a r t i c u l a r de México, t i e n e u n a g r a n i m p o r -
t a n c i a l a tarea p e n d i e n t e de estudiar los aportes a l a his-
t o r i a de l a filosofía e n México de Emeterio Valverde Téllez.
Revaloración que exige c a m i n a r p o r los archivos como los
caminó Valverde, rehaciendo su c a m i n o .
- N o se puede proceder a l a reconstrucción de l a h i s t o r i a
de l a historiografía filosófica e n nuestro país s i n realizar
u n a labor - p r e v i a o concomitante depende de los casos- de
crítica rigurosa a los conceptos y categorías historiográficas
e n boga, algunas de uso más allá de América L a t i n a ; tales
"época", "influencia", "etapas", "retardos", "imitación", " o r i -
ginalidad", etcétera; otras limitadas a nuestras tradiciones,
como "fundadores", "patriarcas", "normalización filosófi-
ca", "profesionalización", l o "nuestro", el uso específico de
l a noción de "autenticidad", etcétera.
- N o olvidar que p o r más nacionalismos del signo que sean
de p o r m e d i o , las fronteras nacionales n o son necesaria-
m e n t e las d e l p e n s a m i e n t o y que ellas m i s m a s a su inte-
r i o r están atravesadas p o r fronteras de clases, m u c h o más
decisivas e n algunos casos.
- L a reconstrucción de nuestro pensamiento debe t o m a r e n
cuenta e l p e n s a m i e n t o español y n o debe i g n o r a r u n a v i -
sión ecuménica como l a reclamada p o r Vasconcelos. Visión
que b i e n puede ser l a del " e c u m e n i s m o " de los pobres de
l a t i e r r a e n p r o de j u s t i c i a .
- L a producción filosófica es también trabajo social y "en-
camada" en textos y discursos. La biografía de los "filósofos"
puede ayudar, pero m u c h o más ayuda a l desenmarañar
las constmcciones discursivas que o r g a n i z a n y desorga-
n i z a n los discursos. "Filósofo", "obra", "libro", son unidades
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS

discutidas y discutibles que n o p u e d e n (encasillar) el tra-


bajo de reconstrucción.
- E n nuestros países el Estado h a c u m p l i d o y c u m p l e f u n -
ciones m u y especiales y decisivas e n cuanto afectan a toda
la sociedad. La labor filosófica de u n a u otra f o r m a se ha
desarrollado a pelo o contrapelo de l a función estatal,
pero co ndi cio na da siempre p o r ésta. U n a reconstrucción
de las relaciones entre filosofar y el Estado e n América La-
t i n a podría ayudar a evitar el riesgo de mecanicismos insu-
ficientes y banales, para avanzar e n el esclarecimiento de
las funciones c u m p l i d a s p o r las filosofías a l aclarar sus
ámbitos de desarrollo, sus posibilidades de juego, sus avan-
ces y retrocesos. No se puede s i m p l i f i c a r d i c i e nd o que l a
fílosofía ha sido puramente u n instrumento del poder. Hay
que reconstruir casos y casos antes de pasar a las genera-
lizaciones apresuradas. ¿Imposibilidad total de generaliziar?
Por l o menos, ejercicio de h i g i e n e m e n t a l y , ¿por qué n o
decirlo?, política.
- E n l a comprensión de l a situación filosófica presente
habría que r o m p e r c o n cuadros facilistas que a g r u p a n e n
- i s m o s las tendencias filosóficas actuantes e i m p i d e n ver
toda l a riqueza que los textos y discursos atestiguan.
- N o tenemos p o r qué r e n u n c i a r a priori a u n a cierta pre-
dicción e n relación c o n l a filosofía. M i apuesta, es que,
aclarando cómo f u n c i o n a socialmente e l filosofar, quizá
l a predicción tenga u n ámbito u n p o q u i t o m a y o r de posi-
bilidades.
- U n a h i s t o r i a materialista de las ideas filosóficas e n Amé-
rica Latina está p o r hacer. No l a haremos repitiendo frases
de los clásicos del m a r x i s m o , sino asumiendo e l desafío
que suponen sus propuestas teóricas, epistemológicas,
metodológicas, ideológicas y políticas y prolongándolas
creativamente e n relación c o n l a l u c h a de liberación que
l i b r a n los sectores progresistas de nuestro subcontinente
y s i n p r i v a r n o s , tampoco, de recoger elementos de cuales-
quiera otras tradiciones teóricas o políticas que nos pue-
d a n servir.
182 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

- N o vamos a r e n u n c i a r a l a reflexión filosófica, porque


puede ser también u n a r m a poderosa e n esta lucha integral
por l a liberación. C o n lo cual queda establecida una jerar-
quía decisiva; lo primero es el avance del proceso liberador
efectivamente t a l , l a filosofía se s u b o r d i n a a ese proceso
c o m o todos los otros ingredientes que l o c o m p o n e n , e n
toda su c o m p l e j i d a d .
^'Readecuación^'
del discurso filosófico
en el contexto latinoamericano*

S I G N I F I C A T I V O quc l a participación sobre "filosofía"


H lfaya|sido dejada e n este coloquio para el final. La filo-
. - J L ^ e a f í ^ ^ u e d e p r o n u n c i a r su palabra después de escuchar
los aportes de las ciencias sociales. Esta paciente escucha pre-
via, ayuda a evitar l a especulación y a p r o d u c i r u n discurso que
pueda aportar modestamente algo a la reñexión de las ciencias
sociales.
Se tratará, e n los párrafos que siguen, de a b r i r u n a peque-
ña ventana para m o s t r a r l a riqueza y fecundidad de u n a línea
de trabajo. De ningún m o d o m e p r o p o n g o desarrollar a caba-
l i d a d algún t e m a e n p a r t i c u l a r . Enfoco las cuestiones desde l a
perspectiva -quizá especializada e n demasía- del h i s t o r i a d o r
de l a filosofía y del epistemólogo e n Latinoamérica.
Es constatable toda u n a tradición historiográfica que h a
negado l a existencia de u n a reflexión filosófica específica o
característica de Latinoamérica, partiendo de postular l a m e r a
repetición, copia o deformación p o r parte de los l a t i n o a m e r i -
canos de conceptos producidos e n Europa o Estados U n i d o s .
Esta tradición h a enfatizado siempre e l "retraso" e n l a recep-
ción de las "influencias" p o r parte de los latinoamericanos y ha
trabajado c o n l a noción (metáfora) historiográfica de las "olea-

* R e c o n s t r u y o aquí, e n f o r m a p o r demás b r e v e , m i participación e n el c o l o q u i o sobre


" L a redefinición d e c o n c e p t o s e n c o n t e x t o s históricos y c u l t u r a l e s d i s t i n t o s " r e a l i z a d o e n
E l C o l e g i o d e IMéxico e l 2 1 d e s e p t i e m b r e d e 1 9 8 3 .

(183)
184 HORACIO CERUTTI GULDBERG

das". Otra tradición desarrollada sobre todo a p a r t i r de las dé-


cadas de los cuarenta y cincuenta, se reclama como continuado-
ra de l a tradición d e l h i s t o r i c i s m o romántico i n i c i a d a entre
nosotros p o r l a d e n o m i n a d a "generación del 37" e n e l siglo
pasado y que t u v o c o m o u n o de sus representantes más desta-
cados a l a r g e n t i n o J u a n Bautista A l b e r d i . E n ella se h a seña-
lado l a i m p o r t a n c i a de atender a l desarrollo de las ideas a
p a r t i r de los t e s t i m o n i o s documentales, textuales, para con-
firmar o n o el j u i c i o que niega la existencia de reflexión filosófi-
ca e n Latinoamérica. Esta segunda c o r r i e n t e historiográfica
adquiere relevancia paralelamente a l desarrollo de l a Segunda
Guerra M u n d i a l . A p r i m e r a vista y de m o d o quizá superficial,
pareciera constituirse e n el correlato del proceso de sustitución
de importaciones a nivel de la expresión máxima de la cultura,
el momento de la autoconciencia: la fílosofía.
Recién después de l a década de los sesenta se vuelve a pro-
d u c i r u n a nueva inflexión de l a reflexión filosófica, n o ajena
del todo a l a y a m e n c i o n a d a de los cuarenta y c i n c u e n t a . La
Revolución cubana, que marcó decisivamente l a vida y l a pro-
ducción cultural latinoamericana, abre u n nuevo ciclo e n el que
quizá todavía nos encontramos. Se desarrollan variantes de
las ciencias sociales y de las artes latinoamericanas. E n litera-
t u r a e l m e n t a d o boom, e n ciencias de l a educación l a pedago-
gía del o p r i m i d o , e n arte dramático el teatro popular, e n socio-
logía, economía y politología l a teoría de l a dependencia, e n el
pensamiento cri s t i a n o l a teología de l a liberación y e n l a filo-
sofía las distintas variantes de l a filosofía de la liberación. Todos
estos productos culturales f o r m a n u n a compleja constelación
que se hace indispensable estudiar, para q u i e n desee c o m p r e n -
der l o que h o y discuten y t e o r i z a n los l a t i n o a m e r i c a n o s e n
estas diferentes áreas, n o del todo desligadas entre sí.
Es en este contexto, apenas aludido e n los párrafos anterio-
res, que quiero señalar u n a cuestión epistemológica relacio-
nada c o n e l tema c e n t r a l de este evento. Como es u n a cuestión
en discusión, abierta, l a indicaré p o r m e d i o de interrogantes.
¿Se realiza u n a adopción de conceptos extraídos de otras tra-
diciones? ¿Se adaptan los conceptos a nuestros contextos?
¿Presupone o exige esta labor u n a redefinición de l o que cabe
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 185

entender p o r racionalidad? ¿Cabe h a b l a r de o t r a lógica? ¿Es


dable a f i r m a r l a existencia de u n a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a
otra que l a europea o norteamericana? E l caso de l a filosofía e n
relación c o n l a política puede ser s u m a m e n t e i l u s t r a t i v o . La
filosofia práctica adquiere para nosotros u n lugar central. Dis-
c i p l i n a s como l a ética o l a filosofía política son p e r m a n e n t e -
m e n t e reelaboradas p a r a p l a n t e a r problemas medulares. La
fílosofía queda cuestionada de hecho como saber fundante.
Quizá ocupe u n l u g a r más adecuado e n el contexto de las cien-
cias sociales, pasando p o r ellas. No es de extrañar, p o r t a n t o ,
la frecuente recurrencia a l a sociología d e l c o n o c i m i e n t o , a l a
sociología de l a cultura y a otras disciplinas sociales, p o r parte
de los estudiosos l a t i n o a m e r i c a n o s dedicados a l a filosofía.
Esta preocupación epistemológica de larga tradición e n sus
diferentes variantes, me h a llevado a enfatizar l a i m p o r t a n c i a
de los aportes de Alfred Sohn-Rethel, su noción de *síntesis
social" y las consecuencias del uso de esta noción e n l a perio-
dización.
Podemos decir, e n relación c o n esta consideración episte-
mológica de l a filosofía, que e n t e n d i d a c o m o filosofar t i e n e a l
menos dos grandes referentes: l a p r o p i a tradición fílosófica
- s i es que cabe h a b l a r de t a l serie- y l a p r o p i a r e a l i d a d - c i e n -
tífica, política, c u l t u r a l , etcétera. Nosotros, los l a t i n o a m e r i c a -
nos, n o podemos desentendernos de esos dos referentes con-
siderados a n i v e l m u n d i a l , pero t a m p o c o podemos hacerlo a
n i v e l l a t i n o a m e r i c a n o , e n l a medida e n que pretendamos filo-
sofar auténticamente. Esta labor de recuperación de l a t r a d i -
ción m u n d i a l , "asuntiva", se ve a veces dificultada p o r las p r i o -
ridades de becas, c o m o parte de los programas de ayudas para
el desarrollo. A juzgar p o r esas prioridades, la reflexión filosó-
fica n o es para nuestros pueblos u n cometido urgente y nece-
sario. Basta c o n que capacitemos técnicos e n l a reproducción
de u n a tecnología que n o podemos p r o d u c i r aquí, aunque y a
h a y a entrado e n avanzado grado de obsolescencia e n los paí-
ses centrales que b r i n d a n esas becas...
Todas estas consideraciones metodológicas y epistemo-
lógicas r e c l a m a n u n a reformulación del campo de l a h i s t o r i a
de las ideas ( y de l a filosofía) e n América L a t i n a y, m u y espe-
> S6 HORACIO CERUTTI GULDBERG

c i a l m e n t e , de los modos de su realización. Todas estas consi-


deraciones t i e n e n relación c o n las ciencias sociales, porque
trabajan sobre el reconocimiento de la historicidad de los
conceptos en el contexto de su ubicación espacio-temporal.
Historicidad que debe ser reconstruida e n relación c o n l a fun-
ción social y cognitiva c u m p l i d a p o r esos conceptos.
N u n c a c o m o ahora, c o n l a guerra de las Malvinas, l a revo-
lución centroamericana, los cambios e n el Cono Sur, se h a vis-
to t a n urgida la reflexión latinoamericanista para replantearse
creativamente los viejos problemas c o m o el de l a i d e n t i d a d .
García Márquez ha subrayado que su producción literaria, más
que dentro de u n realismo mágico o fantástico, debe ser i n c l u i -
da dentro de u n realismo social, donde l a r e a l i d a d y l a subje-
t i v i d a d se entretejen, dejando a l desnudo los límites de l a
r a c i o n a l i d a d . E n m i concepto, l a tarea impostergable a l a que
debe colaborar h o y el filosofar e n América L a t i n a es l a elabo-
ración de u n a hiperracionalidad, capaz de superar esos lími-
tes de l a r a c i o n a l i d a d y de dar cuenta de nuestra compleja y
apasionante realidad.
Quiero cerrar estas reflexiones c o n l a reproducción de u n
sugerente p o e m a que ataca el m e o l l o de nuestra discusión e n
este día. De José E m i l i o Pacheco e n su l i b r o Islas a la deriva
(Siglo X X I , México, 1976, p . 27):

T R A D U T T O R I , TRADÍTORI

Jerónimo de A g u i l a r y Gonzalo Guerrero


los náufragos
a p r e n d i e r o n l a lengua m a y a
hicieron vida con la t r i b u
Gonzalo
t u v o m u j e r y engendró hijos
Jerónimo
exorcisó todo contacto rezó el rosario
para a h u y e n t a r las tentaciones
asceta
roído p o r l a fiebre del m i s t i c i s m o
HACIA UNA METODOLOGIA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 187

Llegó Cortés y supo de los náufragos


Gonzalo
renunció a España
y peleó como m a y a entre los mayas
Jerónimo
se incorporó a los invasores
Sabía l a lengua
p u d o entenderse c o n M a l i n c h e
que hablaba
m a y a también y m e x i c a n o

A estos traductores
debemos e n g r a n parte e l mestizaje
l a conquista y c o l o n i a
y este enredo
l l a m a d o México
y la pugna
de i n d i g e n i s m o e h i s p a n i s m o .
Problemas epistemológicos
y metodológicos en el estudio
de la filosofía latinoamericana*

• . j i r o N O de esta conferencia viene dictado p o r u n a i n t e n -


H CTÓnjpedagógica que a p u n t a a e s t i m u l a r l a i n c o r p o r a -
_ J i L « u Á i H l e más y mejores laborantes a l a tarea de estudiar
nuestras t r a d i c i o n e s filosóficas.
Entiendo p o r epistemología el estudio de los modos de p r o -
ducción del c o n o c i m i e n t o científico y, e n este caso, del conoci-
m i e n t o filosófico. Aquí el supuesto es que l a filosofía proporcio-
ne algún t i p o de c o n o c i m i e n t o . N o entraré ahora a d e f i n i r qué
t i p o de c o n o c i m i e n t o es éste, pero se trata de algún t i p o . Po-
dríamos p r e g u n t a m o s ¿conocimiento acerca de qué? Suponga-
mos aceptado que l a filosofia p r o p o r c i o n a c o n o c i m i e n t o , pero
¿acerca de qué? La respuesta p r o v i s i o n a l que propondría es que
la filosofía p r o p o r c i o n a c o n o c i m i e n t o s acerca de sí m i s m a y
de l a r e a l i d a d e n que esta filosofía surge. Especialmente de l a
realidad sociohistórica e n l a que surge. E n este sentido podría-
mos decir que este enfoque epistemológico - n o demasiado e n
sentido k a n t i a n o , aunque quizá j u g a n d o c o n las palabras a l
m o d o de K a n t - se preocupa p o r e n c o n t r a r las condiciones de
posibilidad a posteriori del saber o del c o n o c i m i e n t o filosófico.
O sea, aquí nos estamos preguntando, si se quiere a l m o d o k a n -
tiano, cómo es posible l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . Ésta n o es
u n a i n t e r r o g a n t e que requiere de u n a respuesta apriorística y
nomológica. Es u n a i n t e r r o g a n t e cuya respuesta l a encontra-

*Transcripción revisada y corregida de l a conferencia dictada e n el Sistema de


U n i v e r s i d a d A b i e r t a , d e l a F a c u l t a d d e Filosofía y L e t r a s d e l a U N A M , 8 d e m a r z o d e 1984.

[189]
190 HORACIO CERUTTI GULDBERG

remos a posteriori; luego de e x a m i n a r la experiencia históri-


ca de esta m i s m a filosofía. Entonces sí se podrá a f i r m a r efec-
t i v a m e n t e que éstas, y n o otras, h a n sido, y quizá i n c l u s o son
hasta ahora, las condiciones de p o s i b i l i d a d , los marcos orga-
nizativos y categoriales de esta filosofía.
Por otra parte, p r o p o n g o entender metodología n o como
u n a noción i n s t r u m e n t a l , n o como u n método entendido en el
sentido de l o que se t i e n e o de l o que se debe hacer e n t a l o
cual caso. No c o m o u n método que es y a poseído, u n i n s t r u -
m e n t o que ya tenemos y que s i m p l e m e n t e se trataría de apli-
car a u n o o varios fenómenos según los casos. U n a especie de
i n s t r u m e n t o que se tendría y a acabado, t e r m i n a d o , p u l i d o en
las manos y que s i m p l e m e n t e se trataría de c o n f r o n t a r c o n los
fenómenos. Y, m u c h o menos, tendríamos que entender l a me-
todología e n u n sentido n o r m a t i v o , estrictamente como lo que
se debe hacer e n la investigación e n estudios latinoamericanos
o de filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . Menos todavía e n e l sentido en
que se ha tendido a hablar y se h a vulgarizado u n poco este tér-
m i n o como "marco teórico". Se tendría e l m a r c o teórico y
s i m p l e m e n t e se l o aplicaría a l a realidad o a l fenómeno que
se estudia. Más b i e n , propongo hablar de metodología como u n a
reconstrucción r a c i o n a l sistematizada también a posteriori de
los pasos o del c a m i n o que efectivamente se ha recorrido e n l a
producción de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . S i n aspirar, p o r
supuesto, de n i n g u n a manera, a tener e n la m a n o , a poder pre-
sentar acabado el c a m i n o o la vía perfecta; la vía, el c a m i n o
hacia puertos seguros e n cada caso...
Si se m e aceptaran, aunque sólo fuera p r o v i s i o n a l m e n t e ,
estas precisiones iniciales, desde ellas ¿qué problemas teóricos
presenta e l estudio y e l desarrollo del filosofar e n América
Latina?
Fíjense que y a n o digo solamente filosofía. Q u i e r o hacer
aquí u n a distinción entre filosofía y filosofar. Propongo enten-
der filosofía como el p r o d u c t o de u n ejercicio de producción
teórica que l l a m o filosofar. ¿Cuál de los dos aspectos vamos a
abordar? H a y que abordar ambos, porque ambos presentan
problemas. Probablemente u n o de los puntos que más debemos
enfatizar es este aspecto activo del proceso de producción de
l a filosofía que es e l filosofar; más que e n el análisis del p r o -
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS I D E A S 191

ducto acabado, t e r m i n a d o : l a filosofía. Son problemas que


atañen a l t e m a que nos hemos propuesto. Problemas metodo-
lógicos, epistemológicos. Estos problemas n o son simples difi-
cultades que p u d i e r a n s u r g i r p o r q ue n o se e n c u e n t r a n los
materiales de lectura suficiente o ciertas fuentes que se requie-
r e n para acabar l a consulta de u n tema. Me estoy r e f i r i e n d o
aquí a cuestiones teóricas que obstaculizan o f o m e n t a n e l
avance de l a investigación. ¿Qué entiendo p o r investigación?
E l proceso de producción de nuevos c o n o c i m i e n t o s . E n este
caso investigación filosófica es producción de nuevos conoci-
m i e n t o s sobre filosofía y realidad. Subrayo l a fuerza de esta
"y". Nos preocupa l a filosofía y también nos preocupa l a reali-
dad. Mejor, debería decir, nos preocupa l a filosofía porque l o
que nos preocupa f u n d a m e n t a l m e n t e es l a realidad. Esa reali-
dad sociohistórica a la que m e referí anteriormente. ¿Cuáles son
estos problemas? N o pretendo ser exhaustivo aquí, sino lla-
m a r l a atención de ustedes sobre algunos de estos problemas.
Lo p r i m e r o que podría preguntarse es ¿cuál es el objeto de
esta filosofía latinoamericana? Esta cuestión presenta muchas
dificultades. Desde el p u n t o de vista teórico quisiera m e n c i o -
n a r u n segundo p r o b l e m a que está íntimamente relacionado
c o n e l a n t e r i o r , antes de e n t r a r a e x a m i n a r algunas de esas
dificultades. ¿Cuál es el lenguaje, l a terminología, los concep-
tos, las categorías propias que u t i l i z a esta filosofía l a t i n o a m e r i -
cana o que debería utilizar (claro que este "debería" a posteriori
ha sido analizado e n los fenómenos históricos concretos e n que
se h a expresado u n a filosofía que pretenda adjetivarse c o m o
"latinoa merica na ") ? Pienso que aquí l o más conveniente es
hacer u n breve excurso, i n t e n t a n d o avanzar u n poco e n esta
temática, aprovechándonos de u n a cierta vía negativa. ¿Cuáles
son las falsas opciones? N o "falsas" p o r q ue y o l o diga, sino
que son falsas porque son u n a especie de vías muertas, que se
h a n mostrado infecundas a l a investigación, vías que n o con-
ducen a n i n g u n a parte. Por ejemplo, pensar que u n gru p o de
autores c o n s t i t u y e n u n a filosofía y , a p a r t i r de ahí, trabajar
en l a reconstrucción de l a biografía de esos autores. De éstos se
piensa que, porque h a n sido profesores o maestros de filosofía,
ya constituyen u n a expresión filosófica relevante y caracterizan
u n a orientación filosófica. E n suma, digo que u n gru p o de au-
192 HORACIO CERUTTI GULDBERG

tores n o constituye u n a filosofía. Probablemente u n gru p o de


autores puede ser u n t e s t i m o n i o del esfuerzo p o r pretender
filosofar. O sea, p o r hacer u n ejercicio que apunte a l a produc-
ción de u n a reflexión filosófica. Pero, esto n o autoriza necesa-
r i a m e n t e a ha bl a r de l a existencia de filosofía. U n gru p o de
autores que pretende filosofar o que p u b l i q u e obras c o n e l
pomposo rótulo de "filosóficas" n o son suficientes para p r e d i -
car l a presencia de filosofía. Otra falsa opción es la que plantea
el p r o b l e m a e n términos geográficos. O sea, que esta filosofía es
l a t i n o a m e r i c a n a , porque t i e n e que ver c o n estas tierras deno-
min a da s -¿mal denominadas?- l a t i n o a m e r i c a n a s . Desde esta
posición se tiende a forzar u n a opción excluyente entre l a fi-
losofía que se hace en Europa o e n Estados Unidos y l a filosofia
que se hace e n América Latina. E l parámetro es finalmente
geográfico. Así los l a t i n o a m e r i c a n o s tendríamos necesaria-
m e n t e que oponernos a l o que se d i j o e n Europa o e n otra par-
te, porque se d i j o e n esa otra parte y/o p a r a otras c i r c u n s t a n -
cias e, i ncl u so e n las posiciones más extremas, tenemos que
llegar a desconocerlo. Ésta m e parece indudablemente u n a vía
errónea y peligrosa, porque equivoca a q u i e n lee los produc-
tos d e l filosofar l a t i n o a m e r i c a n o c o n esta óptica. Lamentable-
mente, h a habido pretensiones de este t i p o y justamente porque
las h a habido - y quizá todavía las hay, aunque menos rústi-
cas e n sus f o r m u l a c i o n e s - es p o r l o que estoy señalando que
este c a m i n o n o conduce a n i n g u n a parte, sino a u n extravío de
l a reflexión. Otro i n t e n t o m u y frecuente h a sido e l de abor-
dar directamente l a interrogante de si existe o n o u n a filosofía
que merezca e l calificativo de " l a t i n o a m e r i c a n a " . Se h a trata-
do de resolver esta cuestión de varios modos. U n o de ellos,
quizá el más insuficiente de todos, h a consistido e n f o r m u l a r l a
cuestión de m o d o semejante a c o m o se f o r m u l a b a e n l a discu-
sión a fines del siglo pasado e i n i c i o s del actual acerca de l a
existencia o n o de u n a filosofía cristiana e incluso católica. E n
muchos casos, como se constataba que había católicos que ha-
cían filosofía, p o r l o t a n t o había filosofía católica... E n t r e
nosotros se adoptaba, e n último análisis, l a m i s m a presunta
respuesta: h a y l a t i n o a m e r i c a n o s que hacen filosofía, p o r l o
t a n t o ésta es y a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . La i n s u f i c i e n c i a de
estas posiciones parece clara. Otra vía, d i f u n d i d a especial-
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE lA HISTORW DE LAS IDEAS 193

m e n t e e n los años recientes, sostiene que u n a filosofía l a t i n o -


americana que sea auténticamente t a l sólo podrá ser u n a filo-
sofía popular, u n a filosofía del pueblo latinoamericano. Por l o
tanto, l a filosofía latinoamericana n o es u n a filosofía de élites,
n o es u n a filosofía de los académicos, n i de los intelectuales,
n i de las vanguardias, sino u n a fílosofía que expresa la raciona-
l i d a d del pueblo. Aquí el "es" y el "no es" se confunde muchas
veces c o n u n a expresión de deseos o c o n u n a formulación
programática ("debe ser" o " n o debe ser"). U n elemento com-
p l e m e n t a r i o m u y i m p o r t a n t e de estas propuestas es que e n
esta r a c i o n a l i d a d o concepción de l a r e a l i d a d que tiene, ten-
dría o que se adjudica a l así llamado "pueblo", habría u n a alter-
nativa para pensar fuera del sistema, incluso, en algunas formu-
laciones, p a r a pensar fuera del sistema capitalista. Esta vía se
h a mostrado como impracticable. Por u n a parte porque los
que d i c e n expresar l a filosofía, los conceptos, l a r a c i o n a l i d a d
o l a concepción de l a realidad del pueblo y, n o pocas veces, e n
lenguaje p o p u l a r , a poco de analizar u n o l o que dicen, se en-
cuentra c o n que están expresando los intereses de las clases o
fracciones de clases a que estos intelectuales o pretendidas van-
guardias pertenecen o se adscriben. Lo que se muestra es u n a
tergiversación que se i n t e n t a , n o pocas veces de m o d o incons-
ciente, hacer pasar como el aporte popular. Por otra parte, l a
otra razón de l a i m p r a c t i c a b i l i d a d de esta vía, es que n o h a y
algo así c o m o u n "pueblo" i n c o n t a m i n a d o que exista y se re-
produzca fuera del sistema. Es observable que a m p l i o s secto-
res están "fuera" para los beneficios, pero m u y dentro para ser
explotados... Además, n o creo que fuese u n a cuestión n o r m a -
tiva, sino s i m p l e m e n t e u n a constatación fáctica, cuando los
clásicos del m a r x i s m o decían que l a ideología d o m i n a n t e es l a
ideología de las clases dominantes. Justamente es "dominante"
porque también los sectores de clase subalterna asumen ese
t i p o de visión de l a realidad.

Si estas vías son impracticables, aquí parece imponerse u n


r e t o r n o a l a preocupación c o n que i n i c i a m o s esta revisión, l a
preocupación p o r cómo i r enfrentando o p o r l o menos e n u n -
ciando estos problemas que necesariamente tiene que abor-
dar l a reflexión filosófica l a t i n o a m e r i c a n a para poder avan-
194 HORACIO CERUm GULDBERG

zar. Porque, subrayo, la formulación de los problemas es ina-


decuada o i n s u f i c i e n t e y las vías son impracticables, pero las
dificultades u obstáculos a que se alude son m u y relevantes.
H a y que r e t o m a r aquí como p r o b l e m a l o que se h a ter-
m i n a d o p o r c o n v e r t i r e n u n a "evidencia": pensar la realidad.
Esto se h a propuesto generalizadamente como el objetivo y, a l
m i s m o t i e m p o , como el objeto de l a filosofía latinoamericana.
Su objeto es l a realidad, claro, sociohistórica que mencionába-
mos antes. Aquí surgen nuevamente u n a serie de problemas
y de dificultades. Pensar l a realidad... ¿pero acaso l a relación
del p e n s a m i e n t o c o n l a r e a l i d a d es u n a relación inm e d ia t a ?
T i e n d o a pensar que esta relación está mediada p o r el lengua-
j e , p o r l a ideología, p o r el inconsciente, p o r los intereses de
clase. Fundamentalmente está mediada p o r el lenguaje. No h a y
nadie que pueda decir: "yo tengo l a r e a l i d a d aquí" o " m i dis-
curso es l a expresión t a l cual, l a fotografía de l a realidad". Es
u n p r o b l e m a sumamente complejo este de pensar l a r e a l i d a d
y se h a t e n d i d o a t r i v i a l i z a r l o . ¿A qué apunta?, ¿a qué alude
esto de "pensar l a realidad"? Quiero l l a m a r l a atención sobre
esto, aunque n o pueda desarrollarlo aquí ahora.
U n aspecto también m u y controvertido es el que se refiere
a las relaciones entre l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a y su p r o p i a
historia. Parecería que n o es l o m i s m o filosofar que hacer his-
t o r i a de l a filosofía. Parecen estos dos momentos distinguibles.
Sin embargo, parecería también que n o es posible filosofar
h o y , e n el presente (que n o es equivalente a coetaneidad),
desconociendo sus tradiciones múltiples, complejas y varia-
das. Nos vemos enfrentados a l a necesidad y a l a urgencia de
filosofar h o y e n e l presente pero, a l m i s m o t i e m p o , parece
indispensable r e c o n s t r u i r l a p r o p i a h i s t o r i a de l a filosofía
para saber e n dónde nos encontramos. Porque si desconozco
esta h i s t o r i a , ¿qué m e garantiza que n o filosofe y o como, para
decirlo de modo simpático, e l r e y poeta, como los náhuatl o
como Gamarra? ¿Qué me garantiza? ¿Simplemente p o r el hecho
de que soy h o m b r e de h o y , tengo l a garantía de que n o estoy
re itera ndo u n p e n s a m i e n t o que y a se h a desarrollado? U n a
salida es a f i r m a r que los problemas filosóficos son eternos y
entonces l a h i s t o r i a de l a filosofía se reduce a ver cómo h a n
sido reiterados e n cada caso. Pero, si a s um i m os que efectiva-
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 195

m e n t e el pensar se m o d i f i c a y que l a relación "filosofía/reali-


dad" es fuerte y n o accidental, n o se puede resolver t a n fácil-
m e n t e l a cuestión. V o l v i e n d o a l a preocupación que Venía
exponiendo y t o m a n d o nuestro siglo, ¿qué garantiza que n o se
esté r e p i t i e n d o l o que decía Vasconcelos o Caso o Samuel Ra-
mos? Quizá l a única "garantía" es e l c o n o c i m i e n t o de estas
mismas tradiciones. Pero aquí vamos nuevamente a enredamos
¿no? D i s c u l p e n . Ustedes a l o m e j o r esperaban u n a plática que
i l u m i n a r a el p a n o r a m a yendo p o r l a vía regia. Yo n o l a tengo.
Si alguno l a tiene, c o n todo gusto vamos a escucharlo. Creo que
aquí l o que h a y que resaltar es l a c o m p l e j i d a d de unos proble-
mas que n o se pueden resolver cómodamente de u n p lu m a z o,
porque entonces l o único que hacemos es glosar y r e p e t i r l o
que otro dijo. Entonces, si se nos plantea el p r o b l e m a del filo-
sofar y de su h i s t o r i a y de las relaciones complejas entre el f i -
losofar y su historia, viene i n m e d i a t a m e n t e l a p r e g u n t a de
¿cuál es el objeto de esta historia?, ¿cuál es el objeto de l a his-
t o r i a de l a filosofía? Y l o p r i m e r o que podríamos decir es que
la respuesta de esta pregunta tiene u n supuesto: u n a cierta
concepción de l a m i s m a filosofía. Pues b i e n , e l objeto de l a
h i s t o r i a de l a filosofía es l a filosofía, donde exista filosofía.
Pero, aquí se vuelve a bloquear l a salida cuando se piensa en l a
"filosofía" como u n producto t e r m i n a d o , que ahí está y que sim-
plemente h a y que i r a buscarlo, r e c o n s t m i r l o y presentarlo
aquí c o n más o menos habilidades, c o n más o menos artes,
delante de unos espectadores que asombrados l o v a n a a d m i -
rar. Quizá sea posible pensar también que l a filosofía n o es u n
producto acabado, que e n realidad es u n proceso. Pero, se pue-
de pensar este proceso como u n proceso i n m a n e n t e , como u n
proceso donde los elementos integrantes se siguen unos de
otros. Así, p o r ejemplo, Samuel Ramos va a pensar de m o d o
t a l , porque está pensando en relación c o n l o que José Vascon-
celos pensó, etcétera. E n cierto modo, sean cuales fueren los
soportes teóricos o metodológicos, l o que se hace es reconstruir
u n proceso donde ideas se siguen de ideas. U n proceso que se
explica p o r sí m i s m o p o r m e d i o de su m i s m a descripción, s i n
referencias a nada externo a ese proceso. N a t u r a l m e n t e , n o
puedo entrar aquí en detalle e n esta cuestión de la exterioridad
al proceso. Otros podrán p l a n t e a r que, e n realidad, l a única
196 HORACIO CERUTTI GULDBERG

f o r m a de reconstruir la h i s t o r i a de l a filosofía es relacionando


la filosofía (este proceso de las ideas filosóficas) c o n algo extra-
filosófico, que generalmente l l a m a m o s el contexto histórico.
O, también, la necesidad de hacer u n a ambientación de las
ideas. Las ideas n o se d a n e n el aire, n o se d a n solamente e n l a
cabeza de los pensadores, sino que se generan e n u n cierto
ambi ente histórico. Quizás estas nociones mismas de "contex-
to", de "ambiente" tendrían que ser cuestionadas. Texto y con-
texto, filosofía como proceso i n m a n e n t e y filosofía c o m o u n a
cierta ex terio ri da d a l a filosofía, de t i p o social, de t i p o históri-
co, político, etcétera. S i n embargo, aquí estamos, p a r t i e n d o de
u n a distancia entre el texto y el contexto. Lo i m p o r t a n t e e n
definitiva es el texto y hasta qué p u n t o el contexto ayuda para
e x p l i c a r l o . Hasta qué p u n t o el contexto es u n elemento coad-
jruvante para explicar el contexto m i s m o . Estos problemas creo
que también h a y que cuestionarlos, h a y que problematizar-
los en el caso de l a h i s t o r i a de l a filosofía y esto nos lleva de l a
m a n o a u n a cuestión que está íntimamente relacionada c o n
la a n t e r i o r . Así como h a y que cuestionar las categorías, el len-
guaje, las nociones filosóficas, h a y que cuestionar también las
categorías, el lenguaje, las n o c i o n e s historiográficas, ¿cuáles
son algunas de estas categorías historiográficas que se u t i l i z a n
para r e c o n s t r u i r o para "exponer" la h i s t o r i a de l a filosofía e n
Latinoamérica? Son nociones como p o r ejemplo l a noción de
fundadores. Se nos habla de "fundadores" de l a filosofía l a t i -
n o a m e r i c a n a , de "patriarcas" de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a ,
se nos habla de "generaciones", de la "normalización" de l a filo-
sofia l a t i n o a m e r i c a n a , etcétera. Todas estas nociones a p u n t a n
a u n a cierta periodización. O sea, a unos ciertos cortes que
podemos i r m a r c a n d o e n este h i l o alrededor d e l cual se va
desarrollando l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a . Estos cortes, ¿con
base e n qué criterios se hacen? ¿Desde dónde u n o puede decir:
b u e n o aquí v o y a hacer, v o y a nuclear a este p e n s a m i e n t o p o r
acá, agrupar a estos pensadores p o r allá, a los otros p o r el otro
lado? Esto también habría que ponerlo e n cuestión, n o simple-
mente d e g l u t i r l o . Estoy h a b l a n d o para gente que n o está dis-
puesta pasivamente a recoger u n a i m a g e n s i m p l i s t a que se le
presenta de l a h i s t o r i a de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a o de l o
que es el filosofar l a t i n o a m e r i c a n o hoy. Sino que se los convo-
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE W HISTORIA DE lj«\ IDEAS 197

ca a ser críticos, a cuestionarse, a preguntarse sobre e l verda-


dero alcance, c r i t i c i d a d , p r o f u n d i d a d , valor hermenéutico, ex-
p l i c a t i v o , etcétera de estas nociones. Si es cierto que debajo de
la idea que intenta aclarar el objeto de la historia de l a filosofía
subyace u n a cierta concepción de l a filosofía, esta concepción
de l a filosofía puede ser planteada también desde múltiples
puntos de vista. Puede ser entendida como u n a filosofía p r i m e -
ra, p o r ejemplo. O sea, como u n a especie de saber fundante, que
es capaz de m a r c a r l e límites a las ciencias, que es capaz de
m a r c a r l e límites a l a política, etcétera. Así h a sido concebida
clásicamente l a filosofía e n Aristóteles, y f u n d a m e n t a l m e n t e ,
en l a filosofía escolástica. Sin embargo, pareciera que a p a r t i r
de l a época m o d e r n a esta noción de filosofía p r i m e r a entra e n
u n a p r o f u n d a crisis hasta e l día de h o y . ¿Hasta qué p u n t o l a
filosofía puede decirle algo a l a ciencia? ¿Qué l e puede decir
l a filosofía contemporánea a l a física, p o r ejemplo, atómica,
a l a física, entendida como estudio del átomo, de l a estructura
i n t e r n a del átomo, a u n a biología que desarrolla estudios de
genética? E n f i n , esto es m u y discutible. ¿Qué l e aporta p o r
ejemplo l a filosofía a la ciencia política, qué le aporta l a filoso-
fía a l a economía, a l a psicología? Digo p o r s a l i m o s de las
ciencias más desarrolladas como h a n sido reconocidas siempre
hasta ahora las ciencias físicas, naturales, físico-matemáticas.
Éste es u n p r o b l e m a complejo también. A veces l a filosofía se
c o n s t m y e u n a i m a g e n de sí m i s m a e n la cual sigue siendo u n a
especie de r e i n a de las ciencias o de m a d r e de las ciencias; l a
m a d r e de l a cual se desprendieron ciencias particulares. S i n
embargo, esto también tiene que ser puesto e n discusión. Otra
f o r m a de abordar e l p r o b l e m a es t o m a n d o modelos filosófi-
cos ajenos. E l famoso modelo de los sistemas. H a y que cons-
t m i r u n sistema a l m o d o como Tomás de A q u i n o constmyó
u n sistema, u n a g r a n síntesis entre la filosofía aristotélica y l a
tradición j u d e o c r i s t i a n a , a l m o d o p o r ejemplo como K a n t o
Hegel c o n s t m y e r o n grandes sistemas. Si se t o m a esto como
c r i t e r i o para j u z g a r acerca de l a existencia de filosofía entre
nosotros, entonces claro, obviamente, l a respuesta es m u y rá-
pida. No hemos tenido Kant, n o hemos tenido Hegel, n o hemos
t e n i d o ese t i p o de pensadores sistemáticos. Quizás los esta-
mos t e n i e n d o e n estos días. Pero, e n todo caso, l o que vengo
198 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

a p la ntea r es hasta qué p u n t o es válido enfocar e l p r o b l e m a


en estos términos, a p a r t i r de estos modelos de filosofar. Si u no,
p o r ejemplo, parte de este modelo de l a filosofía p r i m e r a ,
donde inclu so el i n t e r i o r es como u n a especie de c a m i n o de
búsqueda de la fundamentación p e r m a n e n t e , la filosofía es
capaz de dar el fundamento incuestionable a las ciencias, sean
cuales sean. A l i n t e r i o r de la filosofía, además h a y u n a jerar-
quía, las disciplinas que t i e n e n que ver c o n la práctica son
disciplinas fundadas a l i n t e r i o r de l a filosofía, como l a ética, la
estética, l a filosofía política y ¿en qué están fundadas? Están
fundadas en la metafísica, en l a ontología. La ciencia del ser e n
t a n t o que b u e n o o del ser e n t a n t o que bello están fundadas
en la ciencia del ser e n t a n t o que ser. Como la filosofía l a t i n o -
a m e r i c a n a se h a manifestado, sobre todo, como filosofía polí-
tica, filosofía u r g i d a p o r r e q u e r i m i e n t o s políticos, desde las
posiciones que vengo exponiendo nos quedamos s i n objeto de
la h i s t o r i a de l a filosofía y s i n vías para filosofar. Nosotros
n u n c a habríamos hecho u n ejercicio i n d e p e n d i e n t e del lo-
gos, c o m o decían los náhuatls, del " T l a t o a n i " , de u n a palabra
y de u n a razón que de alguna m a n e r a diera cuenta de nuestra
r e a l i d a d y expresara nuestras necesidades.
¿Cómo hacer p a r a d i s t i n g u i r qué es y qué n o es filosofía,
qué es y qué n o es filosofía l a t i n o a m e r i c a n a e n este caso? H a
habido muchas propuestas. U n a propuesta claramente idea-
lista es l a de buscar en las ideas mismas estas caracterizaciones.
Otras h a n sido salidas que reducen e l p r o b l e m a a las rela-
ciones de l a filosofía y de l a sociedad. Podríamos e n u m e r a r
aquí u n a serie de -ismos: sociologismo, psicologismo, l a idea
de r e d u c i r l a explicación de l a producción filosófica a l a b i o -
grafía de los autores p o r ejemplo, u n cierto historicismo donde
l a filosofía se resuelve o se a n i q u i l a o se reduce a l a h i s t o r i a
como t a l , u n cierto ideologismo donde la filosofía es reducida
a l a ideología, u n cierto ensayismo p o r ejemplo donde l a filo-
sofía es u n p e r m a n e n t e ensayar, balbucear programático que
n u n c a se resuelve, que n u n c a t e r m i n a de decir algo, u n cier-
t o e s p i r i t u a l i s m o donde l a filosofía se reduce a l a v i d a del es-
píritu y a u n saber i n c l u s o i m p o s i b l e de captar p l e n a m e n t e
en el concepto, porque va más allá de la conceptualidad y cae e n
el i r r a c i o n a l i s m o , u n cierto e c o n o m i s m o donde s i m p l e m e n -
HACIA UNA V E T O D O L O G Í A DE lA HISTORIA DE LAS IDEAS 199

te l a producción económica nos p e r m i t e explicar... E n f i n ,


todos éstos son variantes del m e c a n i c i s m o , o sea, de u n p r o -
c e d i m i e n t o que rápidamente e n c ue n t r a u n a explicación e n
algo que está e n l a filosofía o que está fuera de l a filosofía,
pero que n o respeta l a especificidad del fenómeno e n análi-
sis, que es j u s t a m e n t e l a filosofía y el filosofar c o m o produc-
to y como ejercicio, como proceso.
Frente a esto ¿qué alternativas se podrían ofrecer?, y c o n
eso v o y a t e r m i n a r . Quisiera ofrecer u n a alternativa para l a his-
t o r i a de l a filosofía entre nosotros, p o r u n a parte, y p o r l a otra,
u n a a l t e r n a t i v a para nuestro filosofar presente. Permítanme
caracterizar rápidamente esta alternativa c o n este doble aspec-
to histórico y de ejercicio de filosofar. Desde l a perspectiva
histórica habría que aclarar de qué t i p o de ideas filosóficas
estamos hablando y creo que las ideas filosóficas de las que es-
tamos hablando son ideas, que y o llamaría, entre c o m i l l a s y
metafóricamente, "encarnadas", o sea, n o son ideas que a n d a n
p o r allí, sino que son ideas producidas p o r ciertos sujetos, e n
ciertas condiciones históricas precisas, como i n t e n t o s de res-
puesta a problemas sociohistóricos y teóricos e n situaciones
específicas y materializados e n textos y e n i n s t i t u c i o n e s . Se
podría p r o p o n e r también u n a cierta tópica, u n a especie de
m a p a de ubicación de l a filosofía, que nos permitiría quizás
reconstruir de formas más acabadas su historia. Claro que esta
tópica es e n sí m i s m a u n a hipótesis de trabajo, de n i n g u n a
m a n e r a puede ser u n a respuesta. Creo que la filosofía se u b i -
ca e n u n lugar teórico m u y complejo, e n m e d i o de u n nu d o,
diría para expresarlo de alguna fo r m a , e n m e d i o de tensiones,
jalada de muchos lados. Por u n a parte, j a l a d a desde el incons-
ciente m i s m o de sus productores, de los sujetos que elaboran l a
filosofía, p o r l a ideología. Condicionada, p o r otra parte, p o r
la ciencia y, p o r l o tanto, p o r la historia de esa ciencia. Por otra
parte, p o r las posibilidades que e l Estado presenta a l ejercicio
m i s m o d e l filosofar. H a y filósofos a l servicio del Estado. H a y
filósofos e n l a crítica a l Estado. Pero, e n todo caso, siempre l a
a c t i v i d a d filosófica se define e n este espacio que p e r m i t e n las
variantes, las metamorfosis y las modalidades diferentes que va
adoptando e l Estado entre nosotros. Todo este complejo de
tensiones se asienta sobre u n m o d o de producción específico.
200 HORACIO CERUTTI GULDBERG

También quisiera m e n c i o n a r que esta a l t e r n a t i v a materialis-


ta para r e c o n s t r u i r l a historia de las ideas filosóficas entre no-
sotros, tendría que t o m a r e n serio el desafío teórico y de otros
tipos también, pero fundamentalmente teórico, que plantea la
p r e m i s a m a t e r i a l i s t a de que el ser d e t e r m i n a la conciencia.
Esto n o es cualquier tontería que se resuelva de u n p l u m a z o
sino que es u n p r o b l e m a que, desde el p u n t o de vista de l a re-
construcción historiográfica de l a filosofía entre nosotros,
p l a n t e a serias dificultades. Tenemos u n a tendencia a v e r que
la filosofía plantea proyectos que luego se realizan e n l a rea-
l i d a d . Pero aquí l a p r e g u n t a está llevada p a r a atrás, ¿qué es l o
que d e t e r m i n a el p l a n t e a m i e n t o de estos proyectos filosófi-
cos, de estos conceptos, de estos lenguajes, de estos textos, de
esta filosofía encamada en expresiones? Esto es l o que tenemos
que averiguar y ahí parecería nuevamente que el ser social es
el que d e t e r m i n a las manifestaciones de l a conciencia social.
Incluso las formas mismas que adoptan estas manifestaciones.
Esto l o propondría como p r o g r a m a mínimo, para poder avan-
zar e n esta a l t e r n a t i v a de reconstmcción de l a h i s t o r i a de la
filosofía. ¿Y como a l t e r n a t i v a para nuestro filosofar? Para tra-
t a r de e n f r e n t a r estos p r o b l e m a s teóricos, metodológicos y
epistemológicos que he estado m e n c i o n a n d o antes, ¿es u n a al-
t e r n a t i v a l a propuesta de filosofar s i n más? ¿Existe u n a sali-
da? Diría sí; sí, e n l a m e d i d a e n que seamos conscientes de l a
concepción del filosofar que esta "solución" supone. Esta so-
lución de filosofar "sin más" como producto y productor de u n a
filosofia l a t i n o a m e r i c a n a , tiene ciertas características. Quiero
m e n c i o n a r algunas. Por ejemplo, es u n filosofar que parte de
l a doxa, o sea que parte de l a opinión c o t i d i a n a y que vuelve
a l a doxa, que vuelve a l a opinión c o t i d i a n a para aportarle al-
go. No acepta s i m p l e m e n t e esta división entre doxa y episte-
mo, según l a cual l a filosofía parte de l a doxa pero se separa
d e f i n i t i v a m e n t e de ella para c o n s t m i r luego otro n i v e l de co-
n o c i m i e n t o . No, se trata de u n a filosofía que necesariamente
tiene que volver a dar respuestas a las preocupaciones que re-
vela l a opinión cotidiana. Si n o vuelve, pues entonces n o sé de
qué estaremos hablando, pero n o estamos hablando de esta f i -
losofía, n i de u n filosofar s i n más. Es u n filosofar n o ajeno a
l a ideología, se i d e n t i f i c a e n g r a n medida c o n l a ideología,
HACIA UNA METODOLOGIA DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 201

siempre y cuando entendamos ideología e n el sentido de pen-


samiento para l a acción, o sea, de u n pensamiento, u n a re-
flexión racional, conceptual, etcétera que vuelve sobre l a v i d a
cotidiana, pero para p r o p o n e r algo. Este p r o p o n e r algo n o es
s i m p l e m e n t e - b l a , - b l a . Son propuestas que se t i e n e n que tra-
ducir en u n a cierta práctica, en definitiva política, de t a l o cua-
les características. Es u n filosofar que supone u n a valoración
positiva de ciertos aspectos del ejercicio de los sofistas e n el
m u n d o griego, que revalora el p a p e l del sofista. Este papel ha
sido menospreciado e n relación c o n el papel del filósofo en el
m u n d o griego y después de él. Sin embargo, el filósofo expresa-
ba, generalmente, u n pensamiento aristocrático. Los filósofos
pertenecían a u n a élite de elegidos que e r a n los que podían
verdaderamente filosofar y se reservaban este ejercicio para
sí. Sin embargo, los sofistas también filosofaban, mostrando
que el ejercicio de la razón, el ejercicio del logos, de la palabra,
del discurso articulado, coherente, crítico, era u n ejercicio al
alcance de cualquiera. Claro, n o de los esclavos n i de las m u -
jeres, p o r supuesto, en el m u n d o griego, pero sí de cualquiera
de los habitantes de l a polis. Estamos hablando considerando
las l i m i t a c i o n e s de ese m o m e n t o . Pero, era u n ejercicio a l
alcance de todo aquel que quisiera someterse a l a d i s c i p l i n a
que este ejercicio supone. Jugar b i e n al fútbol n o es p r i v i l e g i o
de jugadores de fútbol. Claro que es u n g r a n p r i v i l e g i o para los
profesionales, cuando se considera l o que les pagan... Sus q u i n -
cenas n o son parecidas a las de los profesores de t i e m p o com-
pleto... Pero, de todas maneras e n p r i n c i p i o cualquiera puede
j u g a r b i e n al fútbol, cualquiera que se someta a l e n t r e n a m i e n -
to. E n este sentido, l a propuesta de los sofistas era u n a p r o -
puesta democratizante. O sea, el demos tenía a su alcance el
ejercicio del discurso, de la crítica, del razonamiento, del cues-
t i o n a m i e n t o . S i m p l e m e n t e c o n conocer las leyes de la lógica
y d o m i n a r su ejercicio se podía demostrar que A es A o que A
n o es A. Claro, este juego desesperaba a los filósofos. Pero, era
u n juego m u y sano, e n el sentido en que rescataba el ejerci-
cio del filosofar p a r a todos y n o solamente para los elegidos.
Claro, n o solamente para los estudiantes de la Academia pla-
tónica y, m u c h o menos, para los estudiantes del Sistema de
U n i v e r s i d a d A b i e r t a de la Facultad de Filosofía y Letras. L o
202 HORACIO CERUTTI GULDBERG

que vengo exponiendo conlleva también otra serie de proble-


mas e n los que n o m e v o y a detener ahora.
Se i m p o n e , c o n todo, el cargar c o n los problemas teóricos
y de otros tipos que supone u n filosofar asumido como i n s t r u -
m e n t o , que enfoca i n s t m m e n t a l m e n t e l a tradición filosófica,
no solamente la latinoamericana sino también la m u n d i a l , pero
cuyos límites (entre otros, de esta concepción " i n s t r u m e n t a l "
respecto de l a tradición) los plantea l a necesidad de tener que
pensar u n proceso otro, inédito. No es el m i s m o que pensó Kant
el que vamos a pensar nosotros, n o es el m i s m o que pensó Sa-
m u e l Ramos. E l proceso histórico, político y social es comple-
j o , es l a realidad l a t i n o a m e r i c a n a que nos toca pensar a noso-
tros. Para ello, nada nos i m p i d e que echemos m a n o de todo l o
que l a tradición filosófica m u n d i a l h a aportado hasta ahora.
Nada, a l c o n t r a r i o , pareciera que ésa es l a exigencia: p o n e r
e n obra toda l a tradición filosófica m u n d i a l .
T e r m i n o esta propuesta que lanzo aquí e n f o r m a m u y apre-
tada, m u y condensada, diciendo que es imposible pensar o plan-
tear que l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a sea u n a . H a y múltiples
variantes e n ella. H a y muchos modos de a s u m i r estos proble-
mas y éstos también crean diferencias y "opciones" para el filo-
sofar latinoamericanista contemporáneo. E n otras palabras, si
ustedes q u i e r e n , y parafraseando a Aristóteles, se dice "filoso-
fía" y "filosofar" latinoamericano, de muchas maneras. Se pue-
de entender éste de muchas maneras. No se le puede enten-
der unívocamente, aunque n o todos los modos de entenderlo
sean i g u a l m e n t e válidos. Muchas gracias.
Bibliografía

A N D E R S O N , Perry, Consideraciones sohre el marxismo occidental,


Siglo X X I , México, 1981.
A R D A O , A r t u r o , "Sobre el concepto de h i s t o r i a de las ideas", e n

Revista de Historia de las Ideas, Casa de l a C u l t u r a Ecuato-


r i a n a , Quito, 1959.
, " H i s t o r i a y evolución de las ideas filosóficas e n Amé-
r i c a Latina", p o n e n c i a en el I X Congreso I n t e r a m e r i c a n o
de Filosofía, Caracas, 1976.
A T I E N Z A , M a n u e l , Actual filosofía del derecho en Argentina,
U n i v e r s i d a d Autónoma, Departamento de Filosofía del
Derecho, M a d r i d , s/f.
B A R T R A , Roger, Las redes imaginarias del poder político, Era,
México, 1981.
B E L A V A L , I v o n , "La derecha hegeliana", e n varios autores. La fi-

losofía alemana de Leihniz a Hegel, Siglo X X I , M a d r i d , 1978.


B E R G A L L I , Roberto, La recaída en el delito: modos de reaccionar
contra ella, Sertesa, Barcelona, 1980.
, "La cuestión c r i m i n a l en América Latina", en Sistema,
núm. 49, M a d r i d , j u l i o de 1982.
B E R G E R , Peter, Para una teoría sociológica de la religión, Kairós,

Barcelona, 1981, 2a. ed.


, y Thomas L u c k m a n n , La construcción social de la rea-
lidad, A m o r r o r t u , Buenos Aires, 1978, 4a. r e i m p .

[203]
204 HORACIO CERUTTI GULDBERG

B L A N C O , José Joaquín, Se llamaba Vasconcelos. Una evocación


crítica, Fondo de C u l t u r a Económica, México, 1977.
B L O C H , Ernst, El principio esperanza, A g u i l a r , M a d r i d , 1977.
B L O C H , Marc, Introducción a la historia. Fondo de C u l t u r a Eco-
nómica, México, 1979.
B R A C H F E L D , Oliver, " U n a discusión ociosa: «La filosofía ame-
ricana»", e n Actas, P r i m e r Congreso de Filosofía de l a Edu-
cación, Casa de l a Cultura Ecuatoriana, Quito, 10-15 de
a b r i l de 1953.
BUCK-MORSS, Susan, Origen de la dialéctica negativa. Theodor
W. Adorno, Walter Benjamín y el Instituto de Frankfurt,
Siglo X X I , México, 1981.
C A R R I L L O , Alfredo, "La t r a y e c t o r i a del p e n s a m i e n t o filosófico
en Latinoamérica", e n Actas, P r i m e r Congreso de Filosofía
de l a Educación, Casa de l a C u l t u r a Ecuatoriana, Quito,
10-15 de a b r i l de 1953.
, La trayectoria del pensamiento filosófico latinoame-
ricano. Casa de l a C u l t u r a Ecuatoriana, Quito, 1959.
C E L I O C A S T R O , Ángel, "Proceso de l a filosofía e n Hispanoamé-

rica", e n Revista de la Universidad de Guayaquil, año viii,


núm. 10, octubre de 1968.
C E R U T T I , Mónica, "La filosofía e n Latinoamérica c o m o i n t e r -

vención e n l a política y e n las ciencias", e n Latinoamérica,


núm. 14, U N A M , México, 1981.
C E R U T T I G U L D B E R G , Horacio, "Aproximación a l a historiografía

del pensamiento ecuatoriano", e n Latinoamérica, núm.


27, U N A M , México, 1978.
, "La utopía de «nuestra América» e n el p e n s a m i e n t o
cuencano", e n Cultura, núm. 1, Banco Central del Ecuador,
Quito, mayo-agosto de 1978.
, "Series y utópicas e n el pensamiento cuencano", e n
Kiphu, núm. 5, 3 Jahrgang, ed. bilingüe castellano-alemán,
M u n i c h , 1980.
, " E l pensamiento y l a c u l t u r a e n nuestra América;
tareas filosóficas pendientes para coterráneos, e n L a t i n o -
américa", núm. 14, U N A M , México, 1981.
,"Historiografía, utopía y filosofía l a t i n o a m e r i c a n a " ,
p o n e n c i a presentada e n el P r i m e r Congreso N a c i o n a l de
Filosofía, Guanajuato, México, 7 a l 11 de diciembre de 1981.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 205

f "Estudio introductorio", e n Pensamiento idealista ecua-


toñano, Banco Central del Ecuador y Corporación Editora
Nacional, Q u i t o , 1981.
, "Filosofía l a t i n o a m e r i c a n a e h i s t o r i a de la filosofía",
p o n e n c i a e n e l Segundo Simposio de Profesores de Filoso-
fía y Letras, U N A M . Facultad de Filosofía y Letras, febrero
de 1983.
C E V A L L O S GARCÍA, Gabriel, Visión teórica del Ecuador, Cajica,
Puebla, México, 1960.
C O R D E R O E S P I N O S A , Claudio, "América, u n a incógnita de l a cul-

t u r a " , e n Anales de la Universidad de Cuenca, t. xiv, núm.


2-3, abril-septiembre de 1958.
, "Notas e n t o r n o a l a lectura de J u a n de Velasco, His-
toria natural, historia antigua e historia moderna del Reino
de Quito", ponencia presentada e n el P r i m e r Seminario de
Historiografía Económica y Social del Ecuador, Cuenca,
agosto de 1976 ( p o l i c o p i a d o ) .
C U E V A , Agustín, Entre la ira y la esperanza [ensayos sobre la
cultura nacional). Casa de l a C u l t u r a Ecuatoriana, Quito,
1967.
_, La literatura ecuatoriana, Centro E d i t o r de América
Latina, Buenos Aires, 1968. Enciclopedia L i t e r a r i a , 29.
ESPEJO, Eugenio, e n varios Conciencia exitosa de mi época,
P U C E , Quito, 1978.

F O U C A U L T , M i c h e l , Las palabras y las cosas; una arqueología de


las ciencias humanas, Siglo X X I , México, 1968, 3a. ed.
, La arqueología del saber, Siglo X X I , México, 1982, 8a.
ed.
G A O S , José, Filosofía de la filosofía e historia de la filosofía, Stylo,
México, 1947.
, Confesiones profesionales. Fondo de C u l t u r a Econó-
m i c a , México, 1958, l a . ed., l a . r e i m p . , 1979.
, "Etapas del pensamiento e n Hispanoamérica", apén-
dice a En torno a la filosofía mexicana, Alianza, México,
1980.
G R A N D A , D a n i e l , "Existencia de u n a filosofía latinoamericana",

Roma, 1974a ( m i m e o . ) .
, "Bases de l a filosofía l a t i n o a m e r i c a n a " , Roma, 1974b
(mimeo.).
206 H O R A C I O CERUTTI G U L D B E R G

, Símbolo y hermenéutica en el pensamiento de Paul


Ricoeur, P o n t i f i c i a S t u d i o r u m Universitas, Roma, 1975
(mimeo.).
G R I S O N I , D o m i n i q u e , "Obertura", e n varios autores Políticas de

la filosofía, l a . ed. francés, 1976; l a . ed. castellano. Fondo


de Cultura Económica, México, 1982.
G U E R R A , Samuel, La filosofía en Quito Colonial (1534-1767): sus
condicionamientos históricos y sus implicaciones sociopolíti-
cas, Q u i t o , 1976, tesis de doctorado.
H E G E L , F., Lecciones sobre historia de la filosofía, Wenceslao
Roces (trad.), l a . ed. alemán, 1833, l a . ed. castellano, 1955,
Fondo de Cultura Económica, México, 2a. r e i m p . , 1979.
H E R N Á N D E Z , Joaquín, "Filosofía de l a liberación o liberación

de l a filosofía", e n Cuadernos Salmantinos de Filosofía,


Universidad Pontificia de Salamanca, Salamanca, iii, 1976.
H O R K H E I M E R , Max, La función de las ideologías, Taurus, M a d r i d ,

1966.
H O R O W I T Z , I r v i n g H . , Historia y elementos de la sociología del
conocimiento, Eudeba, Buenos Aires, 1974.
I N G E N I E R O S , José, "Proposiciones relativas a l p o r v e n i r de l a f i -

losofía", e n Antimperialismo y nación...


I N S Ú A R O D R Í G U E Z , Ramón, Historia de la filosofía en Hispano-
américa, I m p r e n t a de l a Universidad, Guayaquil, 1949,
2a. ed.
J A R A M I L L O U R I B E , Jaime, El pensamiento colombiano en el siglo
X I X , Temis, Bogotá, 1974.
J A Y , M a r t i n , La imaginación dialéctica. Historia de la Escuela
de Frankfurt y el Instituto de Investigación Social (1923-
1950), Taurus, M a d r i d , 1974.
L A F U E N T E F E R R A R I , E n r i q u e , "Introducción", e n Los caprichos
de Goya, Gustavo G i l i , Barcelona, 1978.
L E N K , K u r t , El concepto de ideología, A m o r r o r t u , Buenos Aires,
1974.
LÓWY, M i c h a e l , Para una sociología de los intelectuales revo-
lucionarios. La evolución política de Lukács (1909-1929),
Siglo X X I , México, 1978.
L U K Á C S , Georg, El asalto a la razón. La trayectoria del irra-
cionalismo desde Schelling hasta Hitler, Grijalbo, Barcelona,
1976. I n s t r u m e n t o s , 8.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 207

M A L O D O N O S O , Cornelio, La structure de la vie humaine chez


Ortega y Gasset, Université de Strasbourg, 1970 ( m i m e o . ) .
M A L O G O N Z Á L E Z , Hernán S.I., El hábito en la filosofía de Félix

Ravaisson, Centro de Publicaciones de l a P o n t i f i c i a U n i -


versidad Católica del Ecuador, Quito, 1976.
M A R D O N E S , J . M . y N . Ursúa, Filosofía de las ciencias humanas y
sociales, Fontamara, Barcelona, 1982.
M A R I Á T E G U I , José Carlos, "La imaginación y el progreso" ( M u n -

dial, L i m a , 12 de d i c i e m b r e de 1924), e n El alma matinal


y otras estaciones del hombre de hoy. A m a n t a , L i m a , 1970,
4a. ed.
, "Pesimismo de l a realidad y o p t i m i s m o del ideal"
(Mundial, L i m a , 21 de agosto de 1925), e n el Alma matinal
y otras estaciones del hombre de hoy. A m a n t a , L i m a , 1970.
M E D I N A , Esteban, "La polémica i n t e r n a l i s m o / e x t e r n a l i s m o e n

l a sociología y l a h i s t o r i a de las ciencias", p o n e n c i a a l a


P r i m e r a Reunión L a t i n o a m e r i c a n a de Historiadores de
las Ciencias, Puebla, agosto de 1982 ( m i m e o . ) .
M I R Ó Q U E S A D A , Francisco, Despertar y proyecto del filosofar la-
tinoamericano. Fondo de Cultura Económica, México, 1974.
M O R A R U B I O , Juan, "Proyectos y perspectivas de l a filosofía e n

México", en Dialéctica, año v, núm. 9, Puebla, diciembre de


1980.
, "Proyectos y perspectivas de la filosofía e n México",
e n Ponencias I Congreso Internacional de Filosofía Latino-
americana (junio 15-21 de 1980), U n i v e r s i d a d de Santo To-
más, Bogotá, 1981.
N E U S S Ü S , A r n h e l m , Utopía, Barral, Barcelona, 1971.

O L M E D O L L Ó R E N T E , Francisco, " E l p r o b l e m a de l a filosofía l a t i -

noamericana", e n El Guacamayo y la Serpiente, núm. 5,


Cuenca, agosto de 1972.
O R T I Z , Gustavo, "La teoría de la dependencia, los cristianos
radicalizados y el peronismo", en Pucará, núm. 1, Cuenca,
enero de 1977.
P E R D O M O GARCÍA, José, " E n t o r n o a l a filosofía h i s p a n o a m e r i -
cana", e n Anales de la Universidad de Cuenca, t. x x i x , núm.
1-2, enero-julio de 1973.
208 HORACIO CERUTTI GULDBERG

PIXLEY, Jorge V., Éxodo, una lectura evangélica y popular, Casa


U n i d a de Publicaciones, México, 1983.
P O L A N C O , Xavier, "Teoría e h i s t o r i a de las ciencias: análisis de

algunas modelos epistemológicos", ponencia a la P r i m e r a


Reunión Latinoamericana de Historiadores de las Cien-
cias, Puebla, agosto de 1982 ( m i m e o . ) .
P R A D A O R O P E Z A , Renato, La autonomía literaria: formalismo ruso
y círculo de Praga, U n i v e r s i d a d Veracruzana, 1977.
P R O A Ñ O , Ernesto, Literatura ecuatoriana; galería de lírica, ensa-
yo y relato, Cuenca, 1969, 4a. ed., s/e.
P U I G G R Ó S , Rodolfo, "Las corrientes filosóficas y el pensamien-

to político argentino". Instituto Popular de Estudios Argen-


tinos y Latinoamericanos, Buenos Aires, 1968 ( m i m e o . ) .
R A M O S , Samuel, Historia de la filosofía en México, U N A M , Méxi-
co, 1943. Biblioteca de Filosofía Mexicana, 10.
R E M M L I N G , Günter W., La sociología de Karl Mannheim, F C E ,
México, 1982.
R E N E P É R E Z , Galo, Pensamiento y literatura del Ecuador (crítica
y antología), Casa de l a C u l t u r a Ecuatoriana, Q u i t o , 1972.
R O I G , A r t u r o Andrés, El espiritualismo argentino entre 1850 y
1900, Cajica, Puebla, 1972.
, "Sobre e l t r a t a m i e n t o de filosofías e ideologías", e n
varios Hacia una filosofía de la liberación latinoamericana,
B o n u m , Padua, 1974.
, Esquemas para una historia de la filosofia ecuatoriana,
P U C E , Q u i t o , 1977.

, " I m p o r t a n c i a de l a h i s t o r i a de las ideas para América


Latina", en Pucará, núm. 1, Cuenca, Ecuador, enero de 1977b.
, Filosofía, universidad y filósofos en América Latina,
U N A M , México, 1981.

R O J A S , Ángel F., La novela ecuatoriana. Fondo de Cultura Eco-


nómica, México-Buenos Aires, 1948.
R O M E R O , Francisco, Alejandro Korn (1860-1936), U n i v e r s i d a d
N a c i o n a l de l a Plata, La Plata, 1938.
, "Programa de u n a filosofía", e n Separata de Sur,
núm. 73, Buenos Aires, 1940.
, "Los problemas de l a filosofía de l a cultura", e n
Filosofía contemporánea; Estudios y notas; Primera serie.
Losada, Buenos Aires, 1941.
HACIA UNA M E T O D O L O G Í A DE LA HISTORIA DE LAS IDEAS 209

, "Tendencias contemporáneas e n el pensamiento his-


panoamericano", e n Filosofia de ayer y de hoy, Argos, Bue-
nos Aires, 1942.
y C. Jesinghaus, La cultura moderna, U n i v e r s i d a d Na-
c i o n a l de l a Plata, 1943. Cuaderno núm. 1.
, Papeles para una filosofía. Losada, Buenos Aires, 1945.
, "Indicaciones sobre l a m a r c h a d e l p e n s a m i e n t o
filosófico e n A r g e n t i n a " , e n Sohre la filosofía..., 1948.
, "Filósofos l a t i n o a m e r i c a n o s del siglo xx", e n Sohre la
filosofía..., 1951.
, "Los m o v i m i e n t o s personalistas", e n Sohre la filoso-
fía..., 1951.
, Sohre la historia de la filosofía. U n i v e r s i d a d de T u -
cumán, 1943. Cuadernos de Filosofía, 3.
, "Dos palabras de introducción", e n Filosofía de ayer
y de hoy. Argos, Buenos Aires, 1947.
, " A l m a r g e n de «La rebelión de las masas»", e n Filoso-
fía de ayer y de hoy. Argos, Buenos Aires, 1974.
, "La decadencia del espíritu teórico e n l a filosofía",
en Juan Carlos T o r c h i a Estrada, " U n texto inédito de Fran-
cisco Romero", e n Cuadernos de Filosofía, U N B A . Facultad
de Filosofía y Letras, año xv, núm. 22-23, Buenos Aires,
1975.
R O M E R O , José Luis, Latinoamérica: situaciones e ideologías,
U N A M , México, 1967. Nuestra América, 2.

, Situaciones e ideologías e n Latinoamérica, U N A M ,


México, 1981.
, Latinoamérica: las ciudades y las ideas, Siglo X X l ,
Buenos Aires, 1976.
R U B I O A N G U L O , Jaime, " H i s t o r i a e ideas e n América", en Cuader-

nos de Filosofía Latinoamericana, núm. 1, U n i v e r s i d a d de


Santo Tomás, Bogotá, octubre-diciembre 1979.
S A L M E R Ó N , Fernando, " U n a i m a g e n del mexicano", en Cuestio-

nes educativas y páginas sohre México, U n i v e r s i d a d Vera-


cruzana, Xalapa, 1962.
S Á N C H E Z V Á Z Q U E Z , Adolfo, "Filosofía y r e a l i d a d e n América

Latina", en Sobre filosofía y marxismo, U A P , Puebla, 1983.


210 HORACIO CERUTTI GULDBERG

, "Ideal socialista y socialismo real", e n Nexos, año iv,


vol. 4, núm. 44, agosto de 1981.
, " D e l socialismo científico a l socialismo utópico", e n
varios Crítica de la utopía, U N A M , México, 1971.
SILVA GOTAY, Samuel, El pensamiento cristiano revolucionario
en América Latina y el Caribe. Implicaciones de la teología
de la liberación para la sociología de la liberación, C E H I L A ,
Río Piedras, 1983, 2a. ed.
S O H N - R E T H E L , A l f r e d , Trabajo intelectual y trabajo manual, E l
Viejo Topo, Bogotá, 1980.
SOLER, Ricaurte, "Consideraciones sobre l a h i s t o r i a de l a
filosofía y de l a sociedad latinoamericanas", e n Tareas,
núm. 33, Panamá, septiembre-noviembre de 1975.
et al., La filosofía actual en América Latina, Grijalbo,
México, 1976. Teoría y praxis, 25.
, Ideas y cuestión nacional latinoamericanas; de la inde-
pendencia a la emergencia del imperialismo. Siglo xxi, Mé-
xico, 1980. Nuestra América, 27.
T E R Á N , Óscar, Antimperialismo y nación, Siglo X X I , México,
1979. América Nuestra, 22.
T O R C H I A E S T R A D A , J u a n C , "La decadencia del espíritu teórico,

u n texto inédito de Francisco Romero sobre l a filosofía


contemporánea", e n Revista Nacional de Cultura, núm. 219,
xxxiv, Caracas, 1975.
TuÑóN D E L A R A , M a n u e l , Metodología de la historia social de Es-
paña, Siglo X X I , M a d r i d , 1977, 3a. ed.
U Z C Á T E G U I , E m i l i o , Historia de la educación en Hispanoaméri-
ca, E d i t o r i a l U n i v e r s i t a r i a , Q u i t o , 1975.
V A L A D É S , José C , Cartilla socialista de Plotino Rhodakanaty,
U N A M , México, 1968.

V A L D A N O , Juan, "Las tres fases de l a l i t e r a t u r a ecuatoriana", e n

El Guacamayo y la Serpiente, núm. 4, Cuenca, enero de 1972.


, "Panorama de las generaciones ecuatorianas", e n El
Guacamayo y la Serpiente, núm. 11, Cuenca, d i c i e m b r e de
1975.
V A Q U E R O D Á V I L A , Jesús, Síntesis histórica de la cultura intelec-
tual y artística del Ecuador, E d i t o r i a l Jadoco Ricke, Q u i t o ,
1946.
H A C I A U N A M E T O D O L O G Í A D E L A H I S T O R I A D E LAS IDEAS 211

V A R G A S L O Z A N O , Gabriel, "Notas sobre l a función actual de l a

filosofía en México (la década de los setenta)", en Dialécñca,


año V , núm. 9, Puebla, d i c i e m b r e de 1980.
V A R G A S , Fray José María, El arte ecuatoriano (Biblioteca ecua-
t o r i a n a m í n i m a ) , Cajica, Puebla, 1960.
, Historia de la cultura ecuatoriana, Casa de l a Cultura
Ecuatoriana, Quito, 1965.
V A S C O N C E L O S , José, Historia del pensamiento filosófico, U N A M ,
México, 1937.
V E L A S C O , Femando, Ecuador: subdesarrollo y dependencia, tesis
l i c e n c i a t u r a , U n i v e r s i d a d Católica de Quito, 1974.
V I L A R , Fierre, Historia marxista, historia en formación; ensayo
de diálogo con Althusser, A n a g r a m a , Barcelona, ed.
francesa 1973, castellano 1974. Cuadernos, 69.
, "El t i e m p o del «Quijote»", e n Crecimiento y desarrollo;
economia e historia; reflexiones sobre el caso español, A r i e l ,
Barcelona, 1976.
V I L L O R O , Luis, "Perspectivas de l a filosofía e n México para 1980",

en varios El perfil de México en 1980, Siglo X X I , México,


1972, v o l . 3, 6a. ed.
V I T E R I D U R A N D , Juan, " U n l i b r o más. Pensamiento y literatura
del Ecuador de Galo Rene Pérez", e n Anales de la Univer-
sidad de Cuenca, t. xxix, núm. 1-2, enero-junio de 1972.
X I R A U , Ramón, "¿Futuro de l a filosofía?", e n varios Los 80: el

futuro nos visita. Consejo N a c i o n a l de Ciencia y Tecnolo-


gía, 1981.
índice

Introducción

R A F A E L M O R E N O M O N T E S D E O C A • 7

Esta edición • 39

Justificación de la primera edición • 43

Aproximación a la historiografía
del pensamiento ecuatoriano • 47
Situación de los estudios filosóficos y sociales
en el Ecuador en la actualidad • 81

El pensamiento y la cultura en nuestra América;


tareas filosóficas pendientes para coterráneos • 89

Historiografía, utopía y filosofía

latinoamericana • 93

Problemas metodológicos principales


que afronta la investigación actual sobre ^^--^
historia de las ideas (y de la filosofía)

en nuestra América *101

Filosofía latinoamericana e
historia de la filosofía • 109
[213]
214 ÍNDICE

Problemas del método en el estudio


de la función de la filosofía
en la realidad latinoamericana

"Readecuación" del discurso filosofii


en el contexto latinoamericano

Problemas epistemológicos y
metodológicos en el estudio de la
filosofía latinoamericana

Bibliografía
Hacia una metodología de la historia
de las ideas (filosóficas) en América Latina,
se terminó de i m p r i m i r en l a ciudad de México
durante el mes de octubre de 1997.
L a edición, consta de 1,000 ejemplares
más sobrantes para reposición
y estuvo al cuidado de la oficina
litotipográfica de l a casa editora.
I S B N 968-842-666-0
MAP: 320015-01
El lector interesado encontrará en los volúmenes de esta nueva colección Filosofía de
nuestra América expresiones muy cuidadas y rigurosas del filosofar y de la historia de
la filosofía en la región. La colección nace con el objetivo expreso de promover la
difusión y discusión de la perspectiva nuestroamericanista en filosofía y con la seguri-
dad de que una iniciativa editorial de esta envergadura contribuirá al mejoramiento
cualitativo de nuestra producción filosófica. La novísima producción filosófica nues-
troamericanista está plena de sorpresas para los interesados que sepan leer con cuida-
do y atención los esfuerzos intelectuales de nuestros filósofos.
El presente volumen recoge una serie de trabajos elaborados con diversas oca-
siones académicas, pero todos con el anhelo de bocetar una historia de la filosofía
alternativa para esta región. Con un enfoque decididamente epistemológico -que pre-
gunta por el modo de producir conocimiento filosófico entre nosotros- se abordan
diferentes momentos de la producción ecuatoriana, argentina y mexicana.
La colección Filosofía de nuestra América está dirigida por quien es autor de este
primer volumen, Horacio Cerutti Guldberg (Mendoza, Argentina, 1950. Mexicano por
naturalización). Licenciado y Profesor (Maestro) en Filosofía (1973) por la Facultad de
Filosofía y Letras de la Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza. Doctor en Filosofía
(1978) por la Universidad de Cuenca, Azuay, Ecuador. Actualmente es catedrático de
la UNAM. Investigador Titular "C" de tiempo completo definitivo en el Centro Coordina-
dor y Difusor de Estudios Latinoamericanos y Profesor de Historia de las Ideas, Fi-
losofía Política y Filosofía Latinoamericana en la Facultad de Filosofía y Letras. Inves-
tigador Nacional nivel II y Presidente de la Asociación Filosófica de México, A.C. En
1990 le fue otorgada por la UNAM la "Distinción Universidad Nacional para Jóvenes
Académicos" en el área de Docencia en Humanidades.
Entre sus libros cabe mencionar: Filosofía de la liberación latinoamericana, Fondo
de Cultura Económica, México, segunda edición, 1993. De Varia Utópica (Ensayos de
utopía III), Universidad Central, Bogotá, 1989. Presagio y tópica del descubrimiento,
UNAM, México, 1991. Lecturas críticas, IMCED, Morelia, 1996. Memoria comprometida.
Universidad Nacional, Heredia, Costa Rica, 1 9 9 6 .

Potrebbero piacerti anche