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O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos
Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa
festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas
simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e
sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o
levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o
"mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da
Europa.
Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos
envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.
A Quadrilha
A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro
pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira
Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da
"contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A
"contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina,
surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa
na primeira metade do século XVIII.
A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites
portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos
discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor
Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos
cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).
No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude
lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico,
nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha
deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso
popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média
e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino
primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém
quase sempre desprezada pela cultura citadina.
Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a
quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:
No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião, o xote,
o reizado, o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.