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incorreto�? Pergunta s�ria, � qual devemos propor aqui uma resposta, sob pena de
sermos acusados de publicidade enganosa. E, depois de ter lido o que segue, talvez
se considere nosso caso ainda mais grave, j� que, n�o contentes em insistir e
assinar, � com a maior serenidade que assumimos esse t�tulo, cujo aspecto
provocador ser� �til se incitar o ouvinte, o leitor, a nos acompanhar nesta
compara��o de duas express�es musicais muito diferentes, sem d�vida, mas que t�m
pelo menos o m�rito de situar-se na mesma �poca e de emanarem, ambas, das
sociedades negras mais representativas surgidas no Novo Mundo: uma no Brasil, a
outra na Nova Inglaterra, que logo se tornaria os Estados Unidos da Am�rica.
Desde ent�o, podemos legitimamente considerar que nada mais aproximaria esses dois
universos. De um lado, o da salmodia reformada, cuja apropria��o pelas comunidades
religiosas negras daria origem, mais tarde, ao negro spiritual como o conhecemos (a
primeira compila��o de cantos populares sacros para as congrega��es negras foi
editada somente em 1867, com o t�tulo de �Slave Songs of the United States�
[Can��es dos Escravos dos Estados Unidos]). Do outro, uma linguagem decididamente
p�s-barroca e rococ�, que exclu�a todos os temas da B�blia e se limitava a servir a
liturgia cat�lica romana.
Ainda mais fundamental � a diferen�a de tratamento dado aos textos sagrados em
ambos os lugares. E talvez esse ponto preciso, por si s�, permitisse a rigor
condenar esta explica��o.
Com efeito, no Brasil, assim como em toda a �rea de influ�ncia vaticana, o texto
lit�rgico n�o pode sofrer a menor altera��o ou o menor acr�scimo. Apenas nas obras
paralit�rgicas (o villancico � a forma mais difundida) esse processo � admitido e
praticado, sob o risco de o texto lit�rgico stricto sensu tornar