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Fontes internas
A. Constituição
B. Leis ordinárias
C. Costume
D. Usos
E. JP uniformizada
F. JP e doutrina
G. Fontes coletivas
São os instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, fontes típicas do direito
do trabalho, que podem regulamentar aspetos vários (= salário, carreiras
profissionais, férias ou, em geral, condições de trabalho) e destinam-se a vigorar para
uma determinada categoria profissional ou setor empresarial.
Têm previsão constitucional (arts. 56.º/3 e 4 da CRP).
São incluídas entre as fontes de DT (art. 1.º do CT)
Vêm reguladas nos arts. 476.º e ss. do CT.
Entre os IRCT importa distinguir os negociais dos não negociais (art. 2.º/1).
Negociais: Produto da autorregulamentação de interesses (art. 2.º/2).
Não negociais: São impostos por fim estadual (art. 2.º/4).
Negociais
Convenção coletiva
Fenómeno de autorregulamentação de interesses.
É negociada pelos representantes de trabalhadores e empregadores.
Destinam-se unicamente a vigorar em relação aos filiados (art. 496.º) – princípio da
filiação.
O princípio da filiação tem exceções, nomeadamente no caso de acordo de
adesão e na eventualidade de portaria de extensão (= aplica-se a quem não
seja filiado nas associações signatárias).
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Só pode dispor de forma diversa se daí advier uma situação mais favorável,
mas é necessário que das disposições do instrumento não resulte o contrário
(= não haja oposição por parte da regulamentação convencional).
Por via de regra, na convenção coletiva estabelece-se um mínimo (= aquilo que não
pode ser afastado pela vontade das partes); no CT pode-se ir além do disposto na
convenção coletiva, mas não se pode ficar aquém.
Concurso:
Entre diferentes IRCT: Dá-se preferência aos negociais em detrimento dos
não negociais.
Entre várias convenções aplicáveis a alguns trabalhadores:
- Negociais: Art. 482.º
- Não negociais: Art. 483.º
Acordo de adesão
Art. 504.º
Ajuste celebrado por uma entidade que não foi parte na convenção coletiva, mas que
pretende que esta se lhe aplique.
Constitui uma forma de alongamento do âmbito inicial de aplicação de uma
convenção coletiva de trabalho, cujas regras passarão a vincular igualmente
trabalhadores ou empregadores não abrangidos pela convenção.
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Não negociais
Portaria de extensão
Art. 514.º
Forma de estender a convenção coletiva a quem não seja filiado nas associações
signatárias da mesma.
Tem proveniência governamental.
Determina a ampliação do âmbito de destinatários de uma dada convenção coletiva
(= aplica-se a empregadores do mesmo setor de atividade e a trabalhadores da mesma
profissão ou de profissões análogas).
Admite-se que a extensão, excecionalmente, poderá abranger empresas e
trabalhadores de área diversas; mas apenas quando não existam associações
de empregadores e sindicais naquele setor ou naquela profissão – exige-se, no
entanto, que haja identidade económica e social.
Fontes externas
A. Convenções internacionais
B. Convenções e recomendações da OIT
C. Direito comunitário
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O favor laboratoris deve ser hoje entendido numa perspetiva histórica, sem
uma aplicação prática; o DT não foi estabelecido para defender os
trabalhadores contra os empregadores, existe para defesa de um interesse
geral.
As normas de DT, quanto à interpretação, regem-se pelas regras gerais do art. 9.º do
CC e não há que recorrer, nem em situações de dúvida, a uma interpretação mais
favorável ao trabalhador, pois nada na lei permite tal conclusão.
Especificidades na interpretação
Interpretação dos preceitos de convenções coletivas
Art. 492.º/3
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Art. 493.º
B. Integração
C. Aplicação
Aplicação no tempo
Sucessão de leis no tempo
Princípio geral: A lei nova revoga a antiga e rege as relações jurídicas após a sua
entrada em vigor (= para o futuro, não valendo para situações passadas).
Este princípio pode ser afastado sempre que a lei pretenda ser retroativa.
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Se o contrato foi celebrado nas vésperas da revogação de uma lei: Não teria
sentido o facto do seu conteúdo ser diferente de um outro ajustado meses
depois (= dois contratos com conteúdo diverso).
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Aplicação no espaço
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Esta teoria pode ser criticada atendendo ao facto de as regras não poderem
ser vistas em separado, na medida em que, dentro de cada diploma, elas
constituem um conjunto homogéneo (que se perde se forem vistas
isoladamente). Não parece admissível destacar uma norma de um diploma,
para a aplicar conjuntamente com a de outro.
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Art. 482.º
Art. 483.º
Art. 484.º
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Contrato de Trabalho
Noção
Art. 11.º (transcreve com ligeiras adaptações o art. 1152.º do CC)
Como definição não vincula o interprete, mas deve ser tida em conta para dela se
retirarem os elementos identificadores do CT.
Elementos
Negócio jurídico bilateral
Produto da autonomia privada e resulta do encontro entre uma proposta e uma
aceitação; pressupõe 2 declarações de vontade contrapostas que estão na origem do
CT.
A não obtenção do fim é irrelevante, pois não afeta nem a validade, nem a
execução do CT (= se o trabalhador desenvolver a sua atividade
diligentemente, mas, por causa que não lhe é imputável, o fim pretendido
pelo empregador não se verificar, a remuneração continua a ser devida).
- O empregador terá de providenciar no sentido de a atividade
desenvolvida atingir o fim pretendido.
Retribuição
Carácter oneroso; a atividade tem de ser prestada mediante retribuição.
Não há contrato de trabalho sem retribuição.
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Atividade subordinada
= Subordinação jurídica do trabalhador ao empregador (apresenta-se como imprescindível).
2 facetas
1ª Poder de direção
2ª Dever de obediência
Características
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Trabalho prestado por pessoas coletivas (ex: empresa contratada para fazer
limpeza do escritório; se for uma pessoa singular – art. 11.º - há um CT):
Partindo da ideia de que o CT só existe na medida em que se verifique uma relação
com um trabalhador (= pessoa singular), estas situações enquadram-se no CPS.
O CT existirá depois entre a empresa que foi encarregue da limpeza e os seus
trabalhadores que vão materialmente executar a tarefa.
É lícito o recurso a pessoas coletivas para o exercício de tarefas que, por via
de regra, são exercidas pelo trabalhador. Ex: porteiro por uma empresa de
segurança.
Para preencher o critério base, há outros aspetos a ter em conta (que não
sendo determinantes, devem ser atendidos) – métodos tipológicos e
indiciários.
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Contrato de mandato
Contrato de depósito
Contrato de empreitada
Contrato de sociedade
Contrato de agência
Contrato de franquia
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