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Preparação de Soluções Aquosas e Análise Volumétrica

Objectivo
Preparar soluções aquosas a partir de sólidos e de líquidos. Determinar a concentração exacta
das soluções preparadas, utilizando soluções padrão.

Introdução
A preparação de soluções aquosas com concentrações rigorosas, seja a partir de produtos
sólidos ou por diluição de outra solução mais concentrada, é uma tarefa simples. No entanto,
e de forma a garantir uma boa preparação dessas soluções, é essencial ter alguns cuidados.
Na preparação de soluções a partir de sólidos deve ter-se em consideração os seguintes
passos:
• Pesagem do sólido num gobelet.
• Dissolução do sólido numa pequena quantidade de solvente, no mesmo recipiente.
• Transferência da solução para um balão volumétrico e adição de mais solvente, tendo o
cuidado de lavar por várias vezes o gobelet com pequenas porções de solvente.
• Homogeneização da solução.
• Aferição pelo traço de referência do balão volumétrico.
Para preparar soluções diluídas a partir de soluções já existentes, mede-se o volume
necessário de solução inicial (solução mãe) para um balão volumétrico, adiciona-se mais
solvente e, finalmente, faz-se a homogeneização e aferição.
Para diluir soluções aquosas de ácidos fortes, inicialmente deve colocar-se uma certa
quantidade de água no recipiente e, só então, ir adicionando, muito lentamente, o ácido. A
aferição final do balão volumétrico deve ser feita com a solução à temperatura ambiente.
Análise volumétrica ou volumetria é a designação dada aos métodos em que a quantidade de
substância que se pretende determinar é calculada a partir da medida do volume de uma
solução de um reagente, cuja concentração é rigorosamente conhecida. Esta solução reagente
é adicionada à solução da amostra, por forma a que toda a substância a analisar seja
“consumida”, isto é, para que se tenha atingido o ponto de equivalência. O processo é
designado por titulação e o ponto de equivalência corresponde à situação em que reagiram
quantidades equivalentes das duas substâncias.
As titulações podem ser baseadas em qualquer tipo de reacção química. Contudo, a reacção
escolhida tem de satisfazer determinados requisitos, sendo os mais importantes o ser completa
(ter uma constante de equilíbrio elevada, ou seja um rendimento de ~100%), rápida e
estequiometricamente bem definida.
A solução reagente de composição conhecida é designada por solução padrão, e o rigor do
método depende significativamente do rigor com que essa concentração é determinada. Uma
solução padrão pode ser preparada por dissolução de uma massa rigorosamente determinada
de uma substância estável, não higroscópica, de elevada pureza, de peso equivalente elevado,
facilmente acessível e não dispendiosa. Uma substância que satisfaça estas condições é
designada por padrão primário. No entanto, como o número de padrões primários é limitado,
recorre-se, muitas vezes, a padrões secundários. Neste caso, a concentração de uma solução
padrão secundário é determinada por titulação com um padrão primário, designando-se o
processo por padronização. Em geral, as soluções de padrões secundários não oferecem as
garantias de estabilidade dos padrões primários, devendo ser padronizadas periodicamente.
Neste trabalho será usado como padrão primário o hidrogenoftalato de potássio (C8H5KO4),
que em solução aquosa se dissocia segundo a reacção:

C8H5KO4 (s) + H2O (l) → C8H4KO4 (aq) + H3O+ (aq)

Para detectar o ponto de equivalência de uma titulação pode recorrer-se quer a métodos
instrumentais quer a métodos visuais, baseando-se estes últimos na utilização de indicadores.
Indicadores são substâncias que podem apresentar-se em duas formas, de cores distintas, que
se transformam uma na outra em consequência da alteração que sofrem durante uma titulação.
Os indicadores são escolhidos de modo a que a sua viragem de cor se dê o mais próximo
possível do ponto de equivalência. Assim, o ponto em que uma titulação é interrompida
designa-se por ponto final. Quanto mais afastado este estiver do ponto de equivalência, maior
será o erro associado ao método volumétrico.

Reagentes e material
• Hidróxido de sódio (sólido); ácido sulfúrico comercial (d = 1.84; 95-97 % p/p);
hidrogenoftalato de potássio (sólido); soluções de fenolftaleína e de azul de bromotimol.
• Seis gobelets de 50 mL e dois de 25 mL; dois balões volumétricos de 100 mL e dois de 50
mL; duas pipetas volumétricas de 10 mL, uma de 5 mL; uma pipeta graduada de 10 mL,
uma de 5 mL e uma de 2 mL; quatro erlenmeyers 150 mL; uma bureta de 25 mL.
Nota 1: O hidróxido de sódio é extremamente higroscópico e, além disso, reage facilmente
com o dióxido de carbono. O tempo de pesagem é pois muito importante, devendo ser o mais
curto possível.
Nota 2: Como atrás foi referido, para a diluição de ácidos fortes deve colocar-se inicialmente
uma certa quantidade de água destilada no balão volumétrico e, só então, adicionar muito
lentamente o ácido à água. A aferição final do balão volumétrico deve ser feita com a solução
à temperatura ambiente (nalguns casos, diluições ou dissoluções levam à alteração da
temperatura da solução).

Procedimento
A. Preparar soluções aquosas a partir de sólidos e por diluição
1. Prepare, em balão volumétrico, 50 mL de uma solução aquosa 1 mol L-1 de NaOH.
2. Por diluição da solução anterior, prepare 100 mL de uma solução aquosa 0.1 mol L-1.

B. Preparar soluções aquosas de ácidos e por diluição


1. Prepare 50 mL de uma solução aquosa aproximadamente 1.5 mol L-1 de H2SO4, a
partir do ácido comercial (d = 1.84; 95-97% p/p).
2. Por diluição da solução anterior, prepare 100 mL de uma solução aquosa 0.1 mol L-1.
Nota: Se não realizar a padronização na mesma aula da preparação das soluções, não se
esqueça de guardar as soluções diluídas para a aula seguinte.

2
C. Padronização das soluções
1. Calcule a quantidade de hidrogenoftalato de potássio que deverá pesar para padronizar
10 mL da solução de hidróxido de sódio preparada no ponto A2.
2. Pese rigorosamente, num erlenmeyer, o hidrogenoftalato de potássio calculado e
dissolva-o em água destilada.
3. Padronize a solução de hidróxido de sódio titulando a solução de hidrogenoftalato,
usando como indicador uma solução de fenolftaleína.
4. Repita os passos 2 e 3.
5. Titule 10 mL da solução de ácido sulfúrico preparada no ponto B2 com a solução de
hidróxido de sódio padronizada, usando como indicador uma solução de azul de
bromotimol.
6. Repita o passo 5.

Lave todo o material utilizado, tendo o cuidado de despejar as soluções em recipientes


apropriados.

Bibliografia
P. Atkins, L. Jones, Chemical Principles (5th ed.), Freeman, New York, 2010.
D. C. Harris, Exploring Chemical Analysis (3rd ed.), Freeman, New York, 2004.

3
Preparação de Soluções Aquosas e Análise Volumétrica

Questionário
Nomes dos elementos do grupo:

Turma:

1. Registe numa tabela os valores de massa ou volume necessários à preparação de cada


uma das soluções deste trabalho, bem como as massas de hidrogenoftalato e os volumes
usados em todas as titulações.

2. Escreva a reacção química correspondente a cada uma das titulações efectuadas (não se
esqueça de as acertar!).

3. Com base nos resultados das titulações calcule as concentrações das soluções preparadas
em A2 e B2 e compare os valores obtidos com os valores calculados com base nas
diluições.

4
Doseamento do Fe2+ por Espectroscopia de Absorção

Objectivo
Determinar a concentração do ferro (II) numa solução aquosa, com base na formação do
complexo deste ião com 1,10-fenantrolina.

Introdução
A energia da radiação electromagnética na gama do ultravioleta-visível (UV-Vis) é suficiente
para promover a excitação electrónica das moléculas. A quantidade de radiação absorvida por
uma dada substância designa-se por absorvância e é definida pela relação:

A = log I0 I

sendo I! a intensidade luminosa da radiação (monocromática) incidente na substância e I a


intensidade luminosa da radiação emergente.
O espectro de UV-Vis (Figura 1) mostra como a absorvância varia com o comprimento de
onda (λ) da radiação.

λmax λ/nm

Figura 1 – Exemplo de um espectro de UV-Vis.

A lei de Lambert-Beer relaciona, por outro lado, a quantidade de radiação UV-Vis absorvida
com a concentração da espécie absorvente em solução:

A = εlc

ε é o coeficiente de absorção molar (L mol-1 cm-1), que depende do comprimento de onda da


radiação e é independente da concentração, l é o comprimento da célula (cm) e c é a
concentração da espécie absorvente (mol L-1).
A lei de Lambert-Beer permite portanto determinar a concentração de substância presente
numa dada amostra, conhecidos os valores do coeficiente de absorção molar e do
comprimento da célula e medindo a absorvância com um espectrofotómetro.
Neste trabalho, determinar-se-á a concentração de ferro (II) numa amostra. Como o ferro não
absorve na gama do visível, será primeiro transformado num complexo que, esse sim, absorve
na gama do visível. Esse complexo é obtido por reacção do Fe(II) com a 1,10-fenantrolina
(Figura 2).

N N

Figura 2 – Estrutura da 1,10-fenantrolina.

Reagentes e material
• Solução 6×10-5 mol L-1 de 1,10-fenantrolina ferrosa; solução de concentração
desconhecida.
• Espectrofotómetro e respectivas células; quatro balões volumétricos de 25 mL; pipetas
graduadas de 10, 5 e 1 mL ; dois gobelets de 50 mL.

Procedimento
1. A partir da solução 6×10-5 mol L-1 de 1,10-fenantrolina ferrosa prepare 25 mL de cada
uma das seguintes soluções:
Solução A 2×10-5 mol L-1
Solução B 3×10-5 mol L-1
Solução C 4×10-5 mol L-1
Solução D 5×10-5 mol L-1
2. Com as soluções 6×10-5 e 2×10-5 mol L-1, obtenha os espectros de absorção da 1,10-
fenantrolina ferrosa entre 400 e 550 nm.
3. Regule o espectrofotómetro para o valor do comprimento de onda correspondente ao
máximo de absorção da 1,10-fenantrolina ferrosa, determinado através da análise dos
resultados obtidos no ponto anterior.
4. Lave a célula três vezes com a solução A e encha-a com a mesma solução.
5. Registe a leitura da absorvância desta solução.
6. Repita os passos 4 e 5 para cada uma das outras soluções: B, C, D e desconhecida.
7. Lave todo o material utilizado, tendo o cuidado de despejar as soluções em recipientes
apropriados.

Bibliografia
P. Atkins, L. Jones, Chemical Principles (5th ed.), Freeman, New York, 2010.
H. Willard, L. Merritt, Jr., J. Dean, Análise Instrumental, Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, 1974.

2
Doseamento do Fe2+ por Espectroscopia de Absorção

Questionário
Nomes dos elementos do grupo:

Turma:

1. Preencha o quadro seguinte, indicando os volumes de solução 6×10-5 mol L-1 de 1,10-
fenantrolina ferrosa que usou para preparar os 25 mL das soluções A, B, C e D.
Exemplifique os cálculos para um dos casos.

Solução Volume (mL) da solução 6×10-5 mol L-1


A
B
C
D

2. Indique o comprimento de onda correspondente ao máximo de absorção da 1,10-


fenantrolina ferrosa (anexe os espectros de absorção das duas soluções usadas para o
obter):

3. Trace a recta de calibração correspondente à variação da absorvância da 1,10-fenantrolina


ferrosa com a concentração e determine:

a) Os parâmetros da recta que melhor se ajusta aos pontos experimentais.

b) A concentração do Fe (II) na solução aquosa de concentração desconhecida.

c) O coeficiente de absorção molar para o comprimento de onda seleccionado.

4. Esse trabalho ilustra um método para determinar indirectamente a quantidade de Fe(II)


presente numa solução. Qual o objectivo de se complexar o Fe(II) com a fenantrolina?

3
Doseamento da Vitamina C por Titulação Redox

Objectivo
Determinar os teores de vitamina C num comprimido e em sumos de fruta (frescos ou
embalados), recorrendo às suas propriedades redutoras.

Introdução
As reacções de oxidação-redução (reacções redox), são um dos mais importantes tipos de
reacções químicas, englobando processos tão diversos como a combustão da gasolina, a
produção de electricidade nas pilhas vulgares e o metabolismo alimentar.
As reacções redox envolvem transferência de electrões entre duas espécies químicas. A
espécie que perde electrões é oxidada (agente redutor, Red1) e a que ganha electrões é
reduzida (agente oxidante, Ox2). Os electrões são portanto transferidos do agente redutor para
o agente oxidante.

Red1 → Ox1 + ne− semi-reacção de oxidação


Ox2 + ne− → Red2 semi-reacção de redução
__________________________________________________
Red1 + Ox2 → Ox1 + Red2 reacção global

Na reacção global, o número de electrões cedidos pelo agente redutor é igual ao número de
electrões ganhos pelo agente oxidante. A transferência pode ser feita por colisão directa entre
as duas espécies (os reagentes são misturados no mesmo recipiente) ou por transferência de
carga a longa distância, através de um fio condutor, numa célula electroquímica.
A vitamina C, nome vulgarmente utilizado para designar o ácido ascórbico (C6H8O6), é um
nutriente essencial que não pode ser sintetizado pelo nosso organismo, tendo que ser
fornecido por ingestão de alimentos ou medicação. Linus Pauling, galardoado com o prémio
Nobel da Química em 1954, considerava a vitamina C uma substância que participa em quase
todas as reacções químicas que acontecem no nosso organismo, sendo imprescindível em
muitas delas.
A vitamina C é uma substância que tem como propriedade característica o seu poder redutor.
Pode ser determinada nos alimentos através de uma reacção de oxidação-redução, que
envolve a titulação do ácido ascórbico com o ião iodato (IO3−), em solução aquosa. Antes de
se iniciar a titulação dever-se-á adicionar uma quantidade de ião iodeto (I−) e de ácido
clorídrico à solução de vitamina C. Adiciona-se também uma solução de amido, que actua
como indicador. Ao realizar a titulação, adicionando iões iodato, vão ocorrer as seguintes
semi-reacções:

IO3− + 6H+ + 5e− → 0.5I2 + 3H2O

2I− → I2 + 2e−

sendo o processo global traduzido por:

IO3− + 5I− + 6H+ → 3I2 + 3H2O


O iodo produzido nesta reacção é utilizado na reacção de oxidação do ácido ascórbico,
originando o ácido dihidroascórbico (C6H6O6):

HO
HO
H O
O
HO HO
+ I2 O + 2H + 2I
O
H
HO OH
O O

Quando, no final da titulação, já não existir ácido ascórbico para consumir o iodo, este, ao
reagir com o ião iodeto, vai dar origem à formação do ião triiodeto (I3−), que forma um
complexo com o amido, de cor escura:

I− (aq) + I2 (aq) + amido (aq) → {amido-I3−}(aq)

Assim, a observação da coloração azul marca o ponto final da titulação. A partir do volume
da solução de iodato utilizada quantifica-se o ácido ascórbico presente na amostra.

Reagentes e material
• Iodeto de potássio (sólido); soluções 0.01 mol L-1 de iodato de potássio, 1.0 mol L-1 de
ácido clorídrico, 0.5% de amido; comprimido de vitamina C, sumos de frutas naturais ou
comerciais, sem polpa nem depósito.
• Um balão volumétrico de 500 mL; quatro erlenmeyers de 250 mL; duas pipetas de 50 mL;
uma proveta de 10 mL e uma de 5 mL; uma bureta de 50 mL; um gobelet de 50 mL;
balança.

Procedimento
Antes de iniciar o trabalho terá que preparar a bureta. Para tal, lave a bureta com água e, em
seguida, com uma pequena quantidade da solução de iodato de potássio 0.01 mol L-1, que vai
usar como titulante. Descarte esse primeiro volume, tendo o cuidado de retirar eventuais
bolhas de ar que estejam junto à torneira (inclinando a bureta). Repita o processo, tendo o
cuidado de deixar o volume de líquido ligeiramente acima da abertura da torneira. Encha a
bureta e certifique-se que não existem bolhas de ar, fazendo sair um pouco de solução.
Registe o valor do volume inicial de titulante na bureta.
1. Num balão volumétrico de 500 mL, prepare uma solução de vitamina C usando um
comprimido (verifique se já existe uma solução preparada).
2. Meça rigorosamente 50 mL da solução de vitamina C para um erlenmeyer de 250 mL.
Pese 1 g de iodeto de potássio e adicione-o à solução do erlenmeyer. Junte 5 mL de ácido
clorídrico 1.0 mol L-1 (medidos com a proveta) e ainda 2 mL de uma solução de amido a
0.5% (igualmente medidos com a proveta). Agite bem.
3. Titule, lentamente e sob agitação, a solução de vitamina C com a solução de iodato de
potássio 0.01 mol L-1 até ao aparecimento de uma cor persistente, mas ténue. Registe o
volume de titulante gasto. Junte mais uma gota para confirmar a intensificação da cor.
4. Repita os pontos 2 e 3.
5. Meça rigorosamente 50 mL de um sumo de fruta natural ou comercial para um erlenmeyer
de 250 mL. Pese 1 g de iodeto de potássio e adicione-o à solução do erlenmeyer. Junte 5
mL de ácido clorídrico 1.0 mol L-1 (medidos com a proveta) e ainda 2 mL de uma solução
de amido a 0.5% (igualmente medidos com a proveta). Agite bem.
6. Titule, lentamente e sob agitação, a solução anterior com a solução de iodato de potássio
0.01 mol L-1 até ao aparecimento de uma cor persistente, mas ténue. Registe o volume de
titulante gasto. Junte mais uma gota para confirmar a intensificação da cor.
7. Repita os pontos 5 e 6.
8. Lave todo o material utilizado, tendo o cuidado de despejar as soluções nos recipientes
apropriados.

Bibliografia
P. W. Atkins, L. Jones, Chemical Principles (5th ed.), Freeman, New York, 2010.
S. Kaufman, H. Devoe, J. Chem. Educ. 1988, 65, 183.
A. I. Vogel, Vogel’s Qualitative Inorganic Analysis (7th ed.), Longman, Essex, 1996.
Doseamento da Vitamina C por Titulação Redox

Questionário
Nomes dos elementos do grupo:

Turma:

1. Escreva as semi-reacções de oxidação-redução do sistema (C6H8O6/I2).

2. Porque utilizamos um excesso de iodeto de potássio e de ácido clorídrico neste


procedimento?

3. Complete a tabela seguinte, apresentando em anexo todos os cálculos efectuados.


Compare os valores obtidos com os indicados pelo fabricante, na embalagem. Analise as
diferenças observadas, tendo por base o método utilizado na determinação.

Volume médio de KIO3


Amostra Vitamina C (mg L-1)
gasto (mL)

Comprimido

Sumo de _________ natural

Sumo de _______ comercial


(Marca: ___________)
Extracção do Colesterol da Gema do Ovo

Objectivo
Realizar a extracção do colesterol contido na gema do ovo, utilizando um extractor de
Soxhlet. Identificar a presença do colesterol através da reacção de Liebermann-Burchard.

Introdução
O colesterol (Figura 1) é uma substância presente nas células eucariotas mas ausente na maior
parte das procariotas. Modula a fluidez das membranas e é um precursor de hormonas como
a progesterona, a testosterona, o estradiol e o cortisol, estando possivelmente na origem de
doenças cardiovasculares que têm por base o espessamento das artérias. O colesterol existe
na linfa e no plasma sanguíneo, podendo ocorrer também esterificado por ácidos gordos ou
fosfolípidos. Existe ainda em elevadas concentrações na vesícula biliar, precipitando sob a
forma de cristais em condições anormais (como, por exemplo, infecções da vesícula), dando
origem a cálculos biliares. É também matéria-prima para a síntese da vitamina D3.

Figura 1 – Estrutura do colesterol.

O isolamento de colesterol a partir de um tecido natural baseia-se no facto de ser um


composto menos polar do que a maioria dos componentes da célula, podendo assim ser
extraído selectivamente com solventes orgânicos. O colesterol extraído deste modo pode ser
posteriormente separado e quantificado, recorrendo a vários métodos cromatográficos. No
entanto, existem testes específicos que permitem a sua análise qualitativa. Um exemplo
destes testes é o método de Liebermann-Burchard pelo qual se faz a identificação do
"colesterol total" (colesterol + ésteres do colesterol). Este método tem como fundamento a
reacção do colesterol e seus ésteres com anidrido acético, em presença de ácido sulfúrico
concentrado, da qual resulta a formação de um complexo corado azul esverdeado. Esta
reacção é também frequentemente usada para o doseamento colorimétrico de colesterol no
plasma e em diversos tecidos.
A extracção de substâncias contidas numa mistura sólida, por um solvente aquecido, pode
fazer-se com uma montagem (Figura 2) constituída por um balão, um adaptador de extracção
(neste caso um adaptador de Soxhlet) e um refrigerante de refluxo.
D

B F Figura 2 – Montagem para extracção sólido-líquido.

A
E

C
!
A substância sólida da qual se pretendem extrair um ou mais componentes é colocada num
dedo de extracção (A), constituído por um tubo cilíndrico poroso de papel de filtro prensado e
bastante resistente. Este é por sua vez colocado no corpo do adaptador de Soxhlet (B), que é
ajustado ao balão (C), que contém o solvente, e ao condensador de refluxo (D). Levando o
solvente à ebulição, o seu vapor sobe pelo tubo E, condensa-se em D e cai sobre o cilindro A,
enchendo lentamente o corpo B do extractor de Soxhlet e dissolvendo o(s) composto(s) que
se pretende(m) extrair do sólido contido em A. Quando esta mistura alcança o topo do tubo
F, escoa-se para o balão C por meio do sifão.
Na maioria dos casos é necessário realizar vários ciclos do processo descrito, por forma a
maximizar a quantidade de substância(s) extraída(s). Para tal, basta não interromper a
operação porque o processo de extracção repete-se automaticamente: o solvente da mistura
que se escoou para o balão C é novamente vaporizado e condensado, entrando uma vez
mais em contacto com o sólido. A concentração do(s) soluto(s) no balão C vai assim
aumentando. Esta é, aliás, uma das grandes vantagens do método: o extractor de Soxhlet
permite minimizar a quantidade de solvente, reduzindo os custos ambientais.
Terminado o processo, os compostos extraídos podem ser purificados pelos métodos usuais,
nomeadamente por métodos cromatográficos. Note-se, finalmente, que o sólido ou sólidos
sujeitos à extracção devem ter peso específico mais elevado do que o do solvente.
No caso da extracção do colesterol da gema do ovo, o processo pode considerar-se
terminado ao fim de quatro ciclos.

2
Reagentes e material
• Gema de ovo cozido; diclorometano; anidrido acético; ácido sulfúrico concentrado.
• Montagem de extractor de Soxhlet; almofariz; reguladores de ebulição; manta de
aquecimento; proveta de 100 mL; pipeta graduada de 2 mL, duas pipetas graduadas de 1
mL e tubo de ensaio.

Procedimento
1. Num almofariz esmague metade da gema do ovo cozido.
2. Transfira a gema para o tubo de papel de filtro (dedo de extracção), dobrando a sua
extremidade de modo a fechá-lo completamente, e coloque o conjunto no interior do
corpo do extractor de Soxhlet.
3. Introduza 80 mL de diclorometano no balão, adapte o extractor e, em seguida, o
refrigerante de refluxo (ver Figura 2).
4. Estabeleça a circulação de água no sentido correcto (a água fria deve entrar na parte
inferior do condensador) e aqueça o balão com uma manta eléctrica.
5. Cesse o aquecimento após quatro extracções, levante um pouco o balão e deixe-o
arrefecer ligeiramente.
6. Retire a manta e separe o balão do tubo extractor, colocando-o num suporte adequado,
tendo o cuidado de não deixar cair solvente sobre a manta de aquecimento, para evitar
risco de incêndio. No balão encontra-se agora uma solução amarelada, que contém o
colesterol. O sólido que permaneceu no dedo de extracção é constituído por proteínas.
7. Identifique a presença do colesterol realizando a reacção de Liebermann-Burchard. Para
tal, com uma pipeta bem seca, transfira 2 mL da solução contida no balão para um tubo
de ensaio igualmente seco e adicione 1 mL de anidrido acético. Misture bem e,
seguidamente, junte 0.1 mL de ácido sulfúrico concentrado. Agite, aguarde uns minutos
e registe a cor observada.
8. Lave todo o material utilizado, tendo o cuidado de despejar as soluções em recipientes
apropriados.

Bibliografia
P. Atkins, L. Jones, Chemical Principles (5th ed.), Freeman, New York, 2010.
Organikum – Química Orgânica Experimental (2ª ed), trad. de A. P. Rauter, B. J. Herold,
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1997.
R. Q. Brewster, C. A. VanderWerf, W. E. McEwen, Unitized Experiments in Organic
Chemistry (4th ed.), Van Nostrand, New York, 1977.

3
Extracção do Colesterol da Gema do Ovo

Questionário
Nomes dos elementos do grupo:

Turma:

1. Justifique a necessidade de esmagar previamente a gema de ovo.

2. Porque é que os sólidos sujeitos à extracção devem ter peso específico mais elevado que
o do solvente?

3. Poderia usar esta metodologia para extrair um componente mais volátil do que o
diclorometano? Justifique.

4
4. Sabendo que o máximo de absorção do complexo reagente-colesterol se situa a 550 nm,
sugira um método para o quantificar. Como procederia experimentalmente?

5. Explique o teste realizado para verificar a presença de colesterol nos extractos (reacção
de Liebermann-Burchard).
'

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