Sei sulla pagina 1di 58

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

CAMPUS SALVADOR
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ANÁLISE DE PROCESSOS

CAROLINE MOREIRA SUZART


DAYANA RODRIGUES
JOÃO RICARDO DIAS DE SOUZA

IDENTIFICAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE MODELOS EM FUNÇÃO DE


TRANSFERÊNCIA OBTIDOS A PARTIR DA PERTURBAÇÃO DEGRAU EM UMA
PLANTA DE DESTILAÇÃO

Salvador
2017
CAROLINE MOREIRA SUZART
DAYANA RODRIGUES
JOÃO RICARDO DIAS DE SOUZA

IDENTIFICAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE MODELOS EM FUNÇÃO DE


TRANSFERÊNCIA OBTIDOS A PARTIR DA PERTURBAÇÃO DEGRAU EM UMA
PLANTA DE DESTILAÇÃO

Trabalho apresentado como avaliação


parcial da disciplina Análise de Processos
do curso de Graduação em Engenharia
Química do Instituto Federal da Bahia sob
orientação do professor Luis Filipe Freitas.

Salvador
2017
SUMÁRIO

1. OBJETIVO.............................................................................................03
2. INTRODUÇÃO.......................................................................................03
3. METODOLOGIA.....................................................................................05
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................06
5. REFERÊNCIAS......................................................................................57
3

1. OBJETIVO
Identificar os modelos de funções de transferência e seus parâmetros
que caracterizam o processo de destilação da planta LACOI e que determinam
como variáveis de saída respondem às variáveis de entrada.

2. INTRODUÇÃO
O conhecimento do modelo matemático é fundamental para
compreender as respostas dinâmicas dos processos e assim para o projeto e
implementação de um sistema de controle de alto desempenho. E através de
uma simulação computacional pode se obter uma análise mais precisa do
comportamento dinâmico de sistemas específicos.
A coluna de destilação da planta didática LACOI é responsável pela
separação dos componentes A, B e C, sendo o destilado rico no produto B e
isento do produto C que é o mais pesado e a corrente de fundo é rica no
componente A. Dentre as variáveis de entrada que interferem no processo de
destilação desta planta tem-se a vazão de alimentação, temperatura de
alimentação, fração molar dos componentes na alimentação, temperatura,
vazão e pressão de vapor no refervedor.
Dentre as variáveis de saída de interesse, ou seja, que são mantidas
sob controle numa unidade de destilação correspondem a temperatura na
coluna, nível de líquido da coluna, nível do tambor de refluxo e fração molar
dos componentes nas correntes de saída do topo e fundo. Existem equações
diferenciais referentes aos balanços de massa e energia que descrevem o
sistema de destilação e através de funções de transferência é possível
converter equações diferenciais em equações algébricas mais simples.
De um modo geral, as funções de transferência são usadas para
caracterizar as relações das variáveis de entrada e saída no domínio s
(Equação 1) de sistemas e assim descobrir como os sinais de saídas
respondem a funções forçadas de entradas. N o entanto, a aplicabilidade do
conceito da função de transferência é limitada aos sistemas de equações
diferenciais lineares invariantes no tempo.
𝑌(𝑠)
𝐺(𝑠) = 𝑋(𝑠) Equação 1
4

Sendo, G(s) a função de transferência, Y(s) e X(s) correspondentes à


saída e entrada do sistema respectivamente.
Muitos sistemas na prática podem ser descritos aproximadamente
através de um modelo simples de primeira ou segunda ordem e assim sendo
suficiente para realizar um projeto inicial de controle do processo. Um modelo
de primeira ordem estabelece o comportamento dinâmico descrito por uma
equação diferencial de primeira ordem e a função de transferência é de acordo
com a Equação 2 abaixo:
𝐾
𝐺(𝑠) = 𝜏𝑠+1 Equação 2

Segundo Corripio, 2008, muitos sistemas de ordem superior podem ser


tratados como combinações de sistemas de primeira ordem em série e
paralelos. K e τ são parâmetros da função de transferência sendo K o ganho e
τ a constante de tempo. O ganho no estado-estacionário é a razão entre a
variação da saída com a variação da entrada já a constante de tempo
corresponde ao tempo necessário para a variável de saída atingir
aproximadamente 63,2% da variação da resposta estabilizada e dá uma ideia
da velocidade de resposta do sistema.
É comum empregar-se uma perturbação em degrau como a função
forçada de entrada e em caso de um processo ser aproximado a um modelo
linear de primeira ordem, os parâmetros do modelo podem ser obtidos por
inspeção da curva de resposta. O tempo morto é uma característica presente
em muitos processos e caracteriza a propriedade do sistema de responder a
uma entrada após certo tempo, t0, e a função de transferência real atrasada no
tempo é descrita pela Equação 3 abaixo.
𝐺(𝑠) = 𝐺1 (𝑠). 𝑒 −𝑡𝑜 𝑠 Equação 3
Sendo, G1(s) a função de transferência real sem atraso.
De acordo com Corripio, 2008, existem processos que não estabilizam
com o tempo de forma que as respostas destes sistemas a uma variação em
degrau na entrada é tal que, teoricamente, não irão atingir um novo valor de
estado estacionário. Consequentemente, a constante de tempo não se constitui
como um parâmetro nesse tipo de resposta e a função de transferência para
este tipo de processo é de acordo com a Equação 4.
𝐾
𝐺(𝑠) = Equação 4
𝑠
5

3. METODOLOGIA
Através de uma simulação computacional, aplicaram-se perturbações
em degrau durante determinado tempo em determinadas variáveis de entradas
do processo, com a planta previamente inicializada e estabilizada. Foram
submetidas às perturbações as variáveis de entradas FI511, FI512, FI503,
FI502, FI501 E TI501 e as variáveis de saída avaliadas foram LI511, LI512,
AI511B E TI514. A Tabela 1 abaixo descreve à que cada umas dessas TAGS
se referem.
Tabela 1: Variáveis de entradas e de saída avaliadas.
Variáveis de Entrada Variáveis de Saída
FI501: vazão de alimentação LI511: nível do tambor de refluxo
FI502: vazão de vapor no refervedor LI512: nível da base da coluna
FI511: vazão de saída do destilado no AI511B: fração molar de B na saída
topo da coluna
FI512: vazão de saída na base coluna TI514: temperatura da coluna
FI503: vazão de refluxo
TI501: temperatura da alimentação

Foram aplicados perturbações de pequena magnitude na entrada visto


que se se utilizou um programa de computador em que não existem ruídos e
entre outras interferências que poderiam impactar na detecção da resposta,
como seria o caso de uma planta industrial real. Além disso, perturbações de
maiores magnitudes causam respostas com cenários mais drásticos que
tornariam mais complexa a avaliação no programa computacional disponível.
Atentou-se para que o tempo da perturbação fosse suficiente para
verificar o comportamento da resposta da variável de saída, incluindo a
visualização do estado estacionário final atingido se existisse. E a partir dos
gráficos referentes às respostas das variáveis de saída a cada perturbação
realizada, determinaram-se as funções de transferência e os respectivos
parâmetros de acordo com o tipo de resposta obtida.
Em caso de haver constante de tempo (τ), o método utilizado para sua
determinação consistiu na observação do valor da variável de saída no estado
estacionário e determinou-se o valor correspondente a 63,2% da variação final.
6

Posteriormente, definiu-se graficamente o tempo no qual a variável de saída


atingiu essa porcentagem de variação. E a partir da subtração entre o tempo da
aplicação do degrau do tempo referente a 63,2 % da variação final, obteve-se a
constante de tempo.
Por fim, as funções de transferências determinadas foram usadas como
estimativas iniciais para otimização usando um programa computacional.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. PERTURBAÇÃO DA ENTRADA FI501
Para todas as saídas foram realizados um degrau de 3% na variável
FI501 no instante de tempo t = 100 minutos e duração de 100 minutos. Esta
variável de entrada corresponde a vazão de alimentação da torre e possui valor
inicial 1,5 t/min, assumindo o valor de 1,545 t/min com a aplicação do degrau,
como visto na Figura 1 abaixo:

Figura 1. Gráfico da variação da variável FI501 ao longo do tempo.


Assim, a partir do degrau aplicado na variável FI501 é possível verificar
de que forma este degrau altera as variáveis de saída. Para todas as quatro
saídas têm-se as seguintes respostas:

4.1.1. Para a saída LI511:


7

Figura 2. Gráfico da variação da variável de saída LI511 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI501.
Como se trata de uma resposta em linha reta e a variação é percebida
de imediato, é possível afirmar que a resposta é do tipo integrativo, sem tempo
morto e com ganho de valor K = 0,115444. Assim, a função de transferência
pode ser escrita como:
𝐿𝐼511 (𝑠) 𝐾 0,115444
= =
𝐹𝐼501(𝑠) 𝑠 𝑠
Após realizar o algoritmo de otimização, tem-se:
8

Figura 3. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da variável


de saída LI511 ao longo do tempo, após a aplicação de um degrau na variável
de entrada FI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de
K, que vale 0,11542 e o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo
que foi de 99.93%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do ajuste de
dados de estimativa, é possível perceber que o valor de K calculado é muito
próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de
transferência está adequada.
A variável de saída LI511 é referente ao nível do tambor de refluxo da
torre de destilação. Dessa forma, o aumento da vazão de alimentação da torre
de destilação culmina no aumento proporcional da geração de vapor e de
líquido. Sabido que a razão de refluxo, que corresponde a razão entre a vazão
de líquido que retorna para a torre, após a condensação, pela vazão do produto
de topo, destilado, é um parâmetro de projeto, então também é sabido que o
aumento da quantidade de destilado produzido resultará no aumento da
quantidade de líquido que retorna para torre.
Com a presença de um tambor de refluxo a montante da entrada do
refluxo na torre, esta reação é notada pelo aumento do nível do tambor sob um
ganho proporcional de 0,11542, conforme função de transferência obtida.
Como a corrente de entrada entra no tambor livremente ao mesmo tempo que
a corrente de saída do tambor não se altera, devido à abertura da malha de
controle, este processo de aumento proporcional ocorrerá indefinidamente até
que haja o transbordamento do tambor. Ou seja, não se estabelecerá um
equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de entrada de modo a atingir um novo
estado estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída do tambor
uma função do nível do tambor, a natureza integrativa deste processo não mais
seria visível uma vez que o aumento do nível do tambor de refluxo (variável
controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula de entrada do
refluxo na torre (variável manipulada) para promover o aumento da vazão de
retorno de líquido à torre proporcionalmente ao ganho observado, conforme
esperado, garantindo o funcionamento da torre de acordo com os parâmetros
de projeto.
9

4.1.2. Para a saída LI512:

Figura 4. Gráfico da variação da variável de saída LI512 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI501.
Como se trata de uma resposta em linha reta e a variável leva um
tempo para ser alterada, é possível afirmar que a resposta é do tipo integrativo,
cujo ganho vale K = 0,879000, e com tempo morto de 0,9 minuto. Assim, a
função de transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼512 (𝑠) 𝐾 −𝑡 𝑠 0,879 −0,9𝑠
= 𝑒 0 = 𝑒
𝐹𝐼501(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:
10

Figura 5. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da variável


de saída LI512 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na variável
de entrada FI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de
K, que vale 0,88455, e um novo valor de tempo morto, equivalente a 1,1712
minutos, sendo que o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo foi
de 99,99%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do ajuste de dados de
estimativa, é possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do
estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência
está adequada.
A variável de saída LI512 se refere ao nível da base da coluna de
destilação. Dessa forma, o aumento da vazão de alimentação da coluna
culmina no aumento proporcional da geração de vapor e de líquido. Como a
quantidade de líquido produzida no interior da coluna aumenta livremente ao
mesmo tempo que a corrente de saída da coluna não se altera, devido à
abertura da malha de controle, é incipiente que haja o aumento do nível da
base da coluna de destilação sob um ganho proporcional de 0,88455, conforme
função de transferência obtida.
Mais uma vez, este processo de aumento proporcional ocorrerá
indefinidamente até que haja o transbordamento da coluna. Ou seja, não se
estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de acúmulo de modo
a atingir um novo estado estacionário, característico do processo integrativo.
11

É válido destacar o atraso na resposta apresentado por este processo,


apesar de notar-se a mesma natureza integrativa que no processo anterior,
modificando a aparência da função de transferência do processo integrativo
com a inclusão do termo exponencial referente ao tempo morto. Atraso este
justificado pelo cerne do processo de destilação, uma vez que, mediante o
recebimento da carga, primeiro saem os mais leves, produto de topo, e depois
os mais pesados, produtos de fundo, sendo os produtos de fundo que se
acumulam na base da coluna.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída da coluna de
destilação uma função do nível da base desta, a natureza integrativa deste
processo não mais seria visível uma vez que o aumento do nível da base da
coluna (variável controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula
de saída da coluna (variável manipulada) para promover o aumento da vazão
de produto de fundo proporcionalmente ao ganho observado, conforme o
esperado devido ao incremento positivo na carga.

4.1.3. Já para a saída AI511B:

Figura 6. Gráfico da variação da variável de saída AI511B ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI501.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem sem tempo morto. O ganho K foi calculado
12

e vale -0,009933 e a constante de tempo (τ) vale 4,7 minutos. Assim, a função
de transferência pode ser escrita como:
AI511B (𝑠) 𝐾 −0,009933 −0,9𝑠
= 𝑒 −𝑡0 𝑠 = 𝑒
𝐹𝐼501(𝑠) τ𝑠 + 1 4,7𝑠 + 1
Após o algoritmo de otimização:

Figura 7. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da variável


de saída AI511B ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na variável
de entrada FI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K equivalente a -0,00999, um novo valor de τ, que vale 4,64 minutos e um
tempo morto de 0,2182 minuto, sendo o ajuste de dados de estimativa
mostrado pelo algoritmo que foi de 98,33%. Analisando o gráfico, o valor de K e
o valor do ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K
calculado é muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e,
portanto, a função de transferência está adequada.
A variável de saída AI511B se refere à fração molar do produto (B) na
vazão de destilado. É sabido que o aumento da vazão de alimentação da
coluna culmina no aumento proporcional da geração de vapor e de líquido.
Assim como, é sabido que a razão de refluxo, que corresponde a razão entre a
vazão de líquido que retorna para a torre, após a condensação, pela vazão do
produto de topo, destilado, é um parâmetro de projeto. Logo, o aumento da
13

quantidade de destilado produzido também resultará no aumento da


quantidade de destilado que é retirado da coluna.
Como a quantidade de líquido produzida no interior da coluna aumenta
livremente ao mesmo tempo que a corrente de saída da coluna não se altera,
devido à abertura da malha de controle, é incipiente que haja o aumento do
nível da base da coluna de destilação sob um ganho proporcional de 0,88455,
conforme função de transferência obtida.
Como esperado, o processo em questão apresenta um pequeno atraso
na resposta representado pelo tempo morto de 0,2182 minuto, uma vez que a
perturbação ocorre numa variável da etapa inicial do processo de destilação,
enquanto a alteração está sendo notada numa variável da etapa final do
processo de destilação.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída da coluna de
destilação uma função do nível da base desta, a natureza integrativa deste
processo não mais seria visível uma vez que o aumento do nível da base da
coluna (variável controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula
de saída da coluna (variável manipulada) para promover o aumento da vazão
de produto de fundo proporcionalmente ao ganho observado, conforme o
esperado devido ao incremento positivo na carga.

4.1.4. Por fim, para a saída TI514, tem-se:


14

Figura 8. Gráfico da variação da variável de saída TI514 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI501.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem sem tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale -15,562222 e a constante de tempo (τ) vale 8,9 minutos. Assim, a função
de transferência pode ser escrita como:
𝑇𝐼514 (𝑠) 𝐾 −15,562222
= =
𝐹𝐼501(𝑠) τ𝑠 + 1 8,9𝑠 + 1
Após o algoritmo de otimização:

Figura 9. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da variável


de saída TI514 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na variável
de entrada FI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale -15,734, e um novo valor de τ, que vale 9,2001 minutos, sendo o
ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de 96,75%.
Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do ajuste de dados de estimativa é
possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do estipulado
pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência está
adequada.
A variável de saída TI514 se refere à temperatura da coluna de
destilação. Com o incremento positivo na carga de alimentação da coluna, uma
maior quantidade de carga entra a temperatura menor que a da coluna e
15

necessita ser aquecida. Devido à abertura da malha de controle, a temperatura


da coluna decresce, sob ganho proporcional de -15,734, por 46,0005 minutos
até atingir um novo estado estacionário onde o incremento da carga foi
aquecido e um novo perfil térmico da coluna foi estabelecido. O alto tempo de
resposta encontrado é característico de processos de temperatura, variável
conhecida na literatura como de resposta lenta.
Numa malha de controle fechada, o decaimento da temperatura da
coluna (variável controlada) devido ao aumento da vazão de alimentação
acionaria automaticamente o aumento da vazão de vapor do refervedor
(variável manipulada) para manutenção do perfil térmico adequado da coluna.

4.2. PERTURBAÇÃO DA ENTRADA FI502:


Para todas as três saídas abaixo (LI511, AI511B e TI514) foram
realizados um degrau de 3% na variável FI502 no instante de tempo t = 100
minutos e duração de 100 minutos. Esta variável de entrada se refere a vazão
de vapor no refervedor e possui valor inicial 7,733 t/h e valor no degrau de
7,965 t/h, como visto na figura 10 abaixo:

Figura 10. Gráfico da variação da variável FI502 ao longo do tempo.


Assim, para todas as três saídas, tem-se as seguintes respostas:

4.2.1. Para a saída LI511:


16

Figura 11. Gráfico da variação da variável de saída LI511 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI502.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo e com ganho K = 0,472262. Assim, a função de
transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼511 (𝑠) 𝐾 0,472262
= =
𝐹𝐼502(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:
17

Figura 12. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI511 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI502.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de K,
equivalente a 0,44055, sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo
algoritmo que foi de 100%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do
ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é
muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função
de transferência está adequada.
A variável de saída LI511 é referente ao nível do tambor de refluxo da
torre de destilação. Dessa forma, o aumento da vazão de vapor no refervedor
leva ao aumento da temperatura da torre de destilação, culminando no
aumento proporcional da geração de produto de topo. Sabido que a razão de
refluxo, que corresponde a razão entre a vazão de líquido que retorna para a
torre, após a condensação, pela vazão do produto de topo, destilado, é um
parâmetro de projeto, então também é sabido que o aumento da quantidade de
destilado produzido resultará no aumento da quantidade de líquido que retorna
para torre.
Com a presença de um tambor de refluxo a montante da entrada do
refluxo na torre, esta reação é notada pelo aumento do nível do tambor sob um
ganho proporcional de 0,44055, conforme função de transferência obtida. O
valor de ganho mais elevado que o obtido na função de transferência que
relaciona a saída LI511 com a entrada FI501 já discutida, mostra que o
aumento da temperatura promovido na coluna tem um efeito mais expressivo
no aumento do produto de topo que o aumento promovido na vazão de
alimentação.
Como a corrente de entrada entra no tambor livremente ao mesmo
tempo que a corrente de saída do tambor não se altera, devido à abertura da
malha de controle, este processo de aumento proporcional ocorrerá
indefinidamente até que haja o transbordamento do tambor. Ou seja, não se
estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de entrada de modo
a atingir um novo estado estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída do tambor
uma função do nível do tambor, a natureza integrativa deste processo não mais
18

seria visível uma vez que o aumento do nível do tambor de refluxo (variável
controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula de entrada do
refluxo na torre (variável manipulada) para promover o aumento da vazão de
retorno de líquido à torre proporcionalmente ao ganho observado, conforme
esperado, garantindo o funcionamento da torre de acordo com os parâmetros
de projeto.

4.2.2. Já para a saída AI511B:

Figura 13. Gráfico da variação da variável de saída AI511B ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI502.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem sem tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale -0,038364 e a constante de tempo (τ) vale 4,6 minutos. Assim, a função
de transferência pode ser escrita como:
AI511B (𝑠) 𝐾 −0,038364
= =
𝐹𝐼502(𝑠) τ𝑠 + 1 4,9𝑠 + 1
Após o algoritmo de otimização:
19

Figura 14. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída AI511B ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI502.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale -0,038357, e um novo valor de τ, que vale 4.9388 minutos, sendo o
ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de 94.67%.
Analisando o gráfico, o valor de K, o valor de τ e o valor do ajuste de dados de
estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do
estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência
está adequada.
A variável de saída AI511B se refere à fração molar do produto (B) na
vazão de destilado. É sabido que o aumento da vazão de vapor no refervedor
leva ao aumento da temperatura da coluna, culminando no aumento
proporcional da geração de produto de topo. Assim como, é sabido que a razão
de refluxo, que corresponde a razão entre a vazão de líquido que retorna para
a torre, após a condensação, pela vazão do produto de topo, destilado, é um
parâmetro de projeto. Logo, o aumento da quantidade de destilado produzido
também resultará no aumento da quantidade de destilado que é retirado da
coluna.
A questão é que com o aumento da temperatura da coluna, mais
componente B é agregado no produto de topo, por ser mais leve, até um limite
ao mesmo tempo que outros componentes, mais pesados, também são
20

agregados ao produto de topo, de modo o aumento da fração de outros


componentes na composição do destilado leve à diminuição da fração do
componente B em relação à quantidade total de destilado retirado da coluna.
O processo não apresenta aparente atraso na resposta, o que pode ser
justificado pela considerável influência da temperatura no aumento da
quantidade de produto de topo gerado, apesar da perturbação ocorrer numa
variável da etapa inicial do processo de destilação, enquanto a alteração estar
sendo notada numa variável da etapa final do processo de destilação.

4.2.3. Já para a saída TI514, tem-se:

Figura 15. Gráfico da variação da variável de saída TI514 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI502.

É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função


de transferência de primeira ordem sem tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale -19,137931 e a constante de tempo (τ) vale 13,8 minutos. Assim, a
função de transferência pode ser escrita como:
𝑇𝐼514 (𝑠) 𝐾 19,137931
= =
𝐹𝐼502(𝑠) τ𝑠 + 1 13,8s + 1
Após o algoritmo de otimização:
21

Figura 16. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída AI511B ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI502.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale 19,058, e um novo valor de τ, que vale 13,798 minutos, sendo o
ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de 97,93%.
Analisando o gráfico, o valor de K, o valor de τ e o valor do ajuste de dados de
estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do
estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência
está adequada.
A variável de saída TI514 se refere à temperatura da coluna de
destilação. Com o incremento positivo na vazão de vapor do refervedor, a
temperatura da coluna aumenta. Devido à abertura da malha de controle, a
temperatura da coluna cresce, sob ganho proporcional de 19,058, por 68,99
minutos até atingir um novo estado estacionário quando um novo perfil térmico
da coluna é estabelecido. O alto tempo de resposta encontrado é característico
de processos de temperatura, variável conhecida na literatura como de
resposta lenta.
Numa malha de controle fechada, o aumento da temperatura da coluna
(variável controlada) acionaria automaticamente a redução da vazão de vapor
do refervedor (variável manipulada) para manutenção do perfil térmico
adequado da coluna.
22

4.2.4. Já para a saída LI512:


Para verificar a influência da variável de entrada FI502 na variável de
saída LI512 foi aplicado um degrau negativo de 3% a partir do minuto 100 e
com duração de 100 minutos, como mostrado na figura 17 abaixo. O valor de
FI502 variou de 7,733 t/h a 7,501 t/h.

Figura 17. Gráfico da variação da variável FI502 ao longo do tempo (degrau


negativo).
Já a variável de saída LI512 se comportou da seguinte forma:
23

Figura 18. Gráfico da variação da variável de saída LI512 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI502.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo e com ganho K = -0,458296. Assim, a função de
transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼512 (𝑠) 𝐾 −0,458640
= =
𝐹𝐼502(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:

Figura 19. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI512 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI502.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de
K, que vale -0,4592, sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo
algoritmo que foi de 99,99%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do
ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é
muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função
de transferência está adequada.
A variável de saída LI512 se refere ao nível da base da coluna de
destilação. Dessa forma, a redução da vazão de vapor no refervedor leva à
redução da temperatura da torre de destilação, culminando no aumento
proporcional de produto de fundo gerado. Como a quantidade de líquido
produzida no interior da coluna aumenta livremente ao mesmo tempo que a
24

corrente de saída da coluna não se altera, devido à abertura da malha de


controle, é incipiente que haja o aumento do nível da base da coluna de
destilação sob um ganho proporcional de 0,4592, conforme função de
transferência obtida.
Mais uma vez, este processo de aumento proporcional ocorrerá
indefinidamente até que haja o transbordamento da coluna. Ou seja, não se
estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de acúmulo de modo
a atingir um novo estado estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída da coluna de
destilação uma função do nível da base desta, a natureza integrativa deste
processo não mais seria visível uma vez que o aumento do nível da base da
coluna (variável controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula
de saída da coluna (variável manipulada) para promover o aumento da vazão
de produto de fundo proporcionalmente ao ganho observado, conforme o
esperado devido à redução da temperatura da coluna.

4.3. PERTURBAÇÃO DA ENTRADA FI503:


Para todas as três saídas abaixo (LI511, AI511B e TI514) foram
realizados degraus de -3% na variável FI503 no instante de tempo t = 100 min.
e duração de 100 minutos. Esta variável de entrada se refere à vazão de
refluxo possui valor inicial 0,5 t/min e valor no degrau de 0,485 t/min, como
visto na figura 20 abaixo:
25

Figura 20. Gráfico da variação da variável FI503 ao longo do tempo.


Assim, a partir do degrau aplicado na variável FI503 é possível verificar
de que forma este degrau altera as variáveis de saída. Para todas as três
saídas têm-se as seguintes respostas:
4.3.1. Para a saída LI511:

Figura 21. Gráfico da variação da variável de saída LI511 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI503.
Como se trata de uma resposta em linha reta é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo e com ganho K = -1,999333. Assim, a função de
transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼511(𝑠) 𝐾 −1,999333
= =
𝐹𝐼503(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:
26

Figura 22. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI511 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI503.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de
K, que vale -2,0000, sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo
algoritmo que foi de 99,95%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do
ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é
muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função
de transferência está adequada.
A variável de saída LI511 é referente ao nível do tambor de refluxo da
torre de destilação. Dessa forma, a redução da vazão de refluxo resulta
diretamente no aumento do nível do tambor de refluxo sob um ganho
proporcional equivalente a 2,0000, conforme função de transferência obtida.
Como a corrente de entrada entra no tambor livremente ao mesmo
tempo que a corrente de saída do tambor é reduzida, este processo de
aumento proporcional ocorrerá indefinidamente até que haja o
transbordamento do tambor. Ou seja, não se estabelecerá um equilíbrio entre o
fluxo de saída e o fluxo de entrada de modo a atingir um novo estado
estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída do tambor
uma função do nível do tambor, a natureza integrativa deste processo não mais
seria visível uma vez que o aumento do nível do tambor de refluxo (variável
27

controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula de saída do


tambor (variável manipulada) para evitar a condição de nível alto e, posterior,
transbordamento.

4.3.2. Já para a saída AI511B:

Figura 23. Gráfico da variação da variável de saída AI511B ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI503.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem sem tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale 0,366667 e a constante de tempo (τ) vale 5,5 minutos. Assim, a função
de transferência pode ser escrita como:
AI511B (𝑠) 𝐾 0,34287
= =
𝐹𝐼503(𝑠) τ𝑠 + 1 4,8𝑠 + 1
Após o algoritmo de otimização:
28

Figura 24. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída AI511B ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI503.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale 0,34222, e um novo valor de τ, que vale 4,9016 minutos, sendo o
ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de 97,29%.
Analisando o gráfico, o valor de K, o valor de τ e o valor do ajuste de dados de
estimativa é possível perceber que os valores de K e τ calculados são muito
próximos dos estipulados pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de
transferência está adequada.
A variável de saída AI511B se refere à fração molar do produto B na
vazão de destilado. A redução na vazão de refluxo corresponde à redução da
razão de refluxo, que é a razão entre a vazão de líquido que retorna para a
torre, após a condensação, e a vazão do produto de topo, destilado. Se menor
quantidade de líquido retorna para a coluna de destilação, maior a quantidade
de destilado produzido, então mais diluída estará a fração de componentes
leves em estado líquido diante da maior quantidade de destilado retirado, ou
seja, menor a fração molar do produto B.
Além disso, se menor quantidade de líquido retorna para a coluna de
destilação, mais componentes pesados conseguem vencer a barreira
promovida pelo refluxo devido à perda de energia quando no contato fluídico.
Então, mais componentes pesados são agregados ao produto de topo, de
29

modo o aumento da fração de outros componentes na composição do destilado


leve à diminuição da fração do componente B em relação à quantidade total de
destilado retirado da coluna, ou seja, menor a fração molar do produto B.
Numa malha de controle fechada, sendo a vazão de refluxo uma
função da composição do fluxo de destilado, a redução da quantidade de
produto leve (variável controlada) acionaria automaticamente o aumento da
vazão de refluxo (variável manipulada) para que menos componentes pesados
conseguissem vencer a barreira promovida pelo refluxo devido à perda de
energia quando no contato fluídico e se acumulassem no tambor de refluxo.

4.3.3. Já para a saída TI514, tem-se:

Figura 25. Gráfico da variação da variável de saída TI514 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI503.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem com tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale -36,00000, a constante de tempo (τ) vale 8,3 minutos e o tempo morto é
de 1,5 minuto. Assim, a função de transferência pode ser escrita como:
𝑇𝐼514 (𝑠) 𝐾 −4,367 −1,5𝑠
= 𝑒 −𝑡0 𝑠 = 𝑒
𝐹𝐼503(𝑠) τ𝑠 + 1 10,4𝑠 + 1
Após otimização:
30

Figura 26. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída AI511B ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI503.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale -4,3729, um novo valor de τ, que vale 9,6902 minutos, e um novo
valor de tempo morto, 2,1489 minutos, sendo o ajuste de dados de estimativa
mostrado pelo algoritmo que foi de 99,36%. Analisando o gráfico e todos os
valores encontrados é possível perceber que estão muito próximos do
estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência
está adequada.
A variável de saída TI514 se refere à temperatura da coluna de
destilação. Com a redução da vazão de refluxo, menos energia térmica é
consumida para o aquecimento da fração líquida que retorna à coluna. Diante
disso, a temperatura da coluna cresce, sob ganho proporcional de 4,3729, por
48,451 minutos até atingir um novo estado estacionário quando um novo perfil
térmico da coluna é estabelecido. O alto tempo de resposta encontrado é
característico de processos de temperatura, variável conhecida na literatura
como de resposta lenta.
É válido destacar o tempo morto apresentado por este processo,
justificado pela essência da finalidade do refluxo no processo de destilação,
que é de controlar a pressão da coluna de destilação e promover a maior
recuperação dos leves com um menor números de estágios. Diante disso,
31

nota-se que a relação entre as variáveis vazão de refluxo e temperatura possui


caráter secundário, ou seja, outras relações se dão a princípio levando ao
atraso na resposta do processo.
Numa malha de controle fechada, o aumento da temperatura da coluna
(variável controlada) devido à redução da vazão de refluxo acionaria
automaticamente a redução da vazão de vapor do refervedor (variável
manipulada) para manutenção do perfil térmico adequado da coluna.

4.3.4. Por fim, para a saída LI512:


Para verificar a influência da variável de entrada FI503 na variável de
saída LI512 foi aplicado um degrau positivo de 3% a partir do minuto 100 e com
duração de 100 minutos, como mostrado na figura 27 abaixo. O valor de FI503
variou de 0,5 a 0,515 t/min.

Figura 27. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI512 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI501.
Já a variável de saída LI512 se comportou da seguinte forma:
32

Figura 28. Gráfico da variação da variável de saída LI512 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI503.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo de ganho K = 1,9898 e com 2 minutos de tempo
morto. Assim, a função de transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼512 (𝑠) 𝐾 −𝑡 𝑠 1,9898 −2𝑠
= 𝑒 0 = .𝑒
𝐹𝐼503(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:
33

Figura 29. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI512 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI503.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale 1,9998, e um novo valor de tempo morto, que é de 1,9998 minutos,
sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de
99,98%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do ajuste de dados de
estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do
estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência
está adequada.
O aumento da vazão de refluxo da coluna faz com que menos
componentes mais pesados consigam vencer a barreira promovida pelo refluxo
devido à perda de energia quando no contato fluídico. Dessa forma, a variável
de saída LI512, que se refere ao nível da base da coluna de destilação, tem
seu valor aumentado.
Como a quantidade de líquido no interior da coluna aumenta
livremente, devido à permanência de maior quantidade de componentes mais
pesados, ao mesmo tempo que a corrente de saída da coluna não se altera,
devido à abertura da malha de controle, ocorre o aumento do nível da base da
coluna de destilação sob um ganho proporcional de 1,9998, conforme função
de transferência obtida.
Mais uma vez, este processo de aumento proporcional ocorrerá
indefinidamente até que haja o transbordamento da coluna. Ou seja, não se
estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de acúmulo de modo
a atingir um novo estado estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída da coluna de
destilação uma função do nível da base desta, a natureza integrativa deste
processo não mais seria visível uma vez que o aumento do nível da base da
coluna (variável controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula
de saída da coluna (variável manipulada) para promover o aumento da vazão
de produto de fundo proporcionalmente ao ganho observado, conforme o
esperado.
Similarmente ao discutido anteriormente, o tempo morto apresentado
por este processo é justificado pela essência da finalidade do refluxo no
34

processo de destilação, que é de controlar a pressão da coluna de destilação e


promover a maior recuperação dos leves com um menor número de estágios.
Como a recuperação dos leves está associada à geração de produto de fundo,
nota-se que o atraso na resposta do processo é menor, mas, ainda assim,
outras relações se dão prioritariamente.

4.4. PERTURBAÇÃO DA ENTRADA FI511:


Para todas as saídas abaixo foram realizados um degrau de -3% na
variável FI511 no instante de tempo t = 100 min. e duração de 100 minutos.
Esta variável de entrada se refere à vazão de saída do destilado no topo e
possui valor inicial 0,97566 t/min e valor no degrau de 0,946390 t/min, como
visto na figura 30 abaixo:

Figura 30. Gráfico da variação da variável FI511 ao longo do tempo.


Assim, para todas as quatro saídas, tem-se as seguintes respostas:
4.4.1. Para a saída LI511:
35

Figura 31. Gráfico da variação da variável de saída LI511 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI511.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo e com ganho K = -0,9497779. Assim, a função de
transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼511(𝑠) 𝐾 −0,9497779
= =
𝐹𝐼511(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:

Figura 32. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI511 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI511.
36

Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de


K, que vale -0,99455, sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo
algoritmo que foi de 99,99%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do
ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é
muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função
de transferência está adequada.
A variável de saída LI511 é referente ao nível do tambor de refluxo da
torre de destilação. Sabido que a razão de refluxo, que corresponde a razão
entre a vazão de líquido que retorna para a torre, após a condensação, pela
vazão do produto de topo, destilado, é um parâmetro de projeto, então também
é sabido que a diminuição da vazão de saída de destilado como produto irá
implicar em uma maior quantidade de material que será destinado para refluxo
(tambor). No entanto a razão de refluxo se mantem e consequente o nível do
tambor de refluxo irá aumentar.
Com a presença de um tambor de refluxo a montante da entrada do
refluxo na torre, esta reação é notada pelo aumento do nível do tambor sob um
ganho proporcional de -0,9497779, conforme função de transferência obtida.
Como a corrente de entrada entra no tambor livremente ao mesmo
tempo que a corrente de saída do tambor não se altera, devido à abertura da
malha de controle, este processo de aumento proporcional ocorrerá
indefinidamente até que haja o transbordamento do tambor. Ou seja, não se
estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de entrada de modo
a atingir um novo estado estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída do tambor
uma função do nível do tambor, a natureza integrativa deste processo não mais
seria visível uma vez que o aumento do nível do tambor de refluxo (variável
controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula de entrada do
refluxo na torre (variável manipulada) para promover o aumento da vazão de
retorno de líquido à torre proporcionalmente ao ganho observado, conforme
esperado, garantindo o funcionamento da torre de acordo com os parâmetros
de projeto.

4.4.2. Já para a saída LI512:


37

Figura 33. Gráfico da variação da variável de saída LI512 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI511.
Como não é possível perceber nenhum tipo de variação na variável de
saída depois da perturbação na variável de entrada, é possível afirmar que a
variável de entrada não interfere no valor da variável de saída e não há função
de transferência relacionando as duas. Isso se justifica pelo fato da vazão de
saída do destilado está relacionado com o topo da coluna e mais
especificamente com o nível do tambor de refluxo como foi visto anteriormente.
De forma que a maior vazão de material que será refluxado irá retornar à
coluna pelo topo onde ocorrerá transferência de calor e massa nesta região da
coluna, não impactando de forma significativa no nível de líquido na base da
coluna.
4.4.3. Já para a saída AI511B:
38

Figura 34. Gráfico da variação da variável de saída AI511B ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI511.
Como não é possível perceber nenhum tipo de variação na variável de
saída depois da perturbação na variável de entrada, é possível afirmar que a
variável de entrada não interfere no valor da variável de saída e não há função
de transferência relacionando as duas. Isso se deve pelo fato de que apesar da
diminuição da vazão de destilado como produto, não houve nada para que se
alterasse a composição dessa corrente e consequentemente a composição de
B na saída se manteve.

4.4.4. Por fim, para a saída TI514, tem-se:


39

Figura 35. Gráfico da variação da variável de saída TI514 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI511.
Como não é possível perceber nenhum tipo de variação na variável de
saída depois da perturbação na variável de entrada, é possível afirmar que a
variável de entrada não interfere no valor da variável de saída e não há função
de transferência relacionando as duas. Da mesma forma, apenas a diminuição
da vazão de destilado como produto não é capaz de alterar o perfil térmico da
coluna e consequentemente a temperatura da coluna se manteve.

4.5. PERTURBAÇÃO DA ENTRADA FI512


Para todas as saídas abaixo foram realizados um degrau de 3% na
variável FI512 no instante de tempo t = 100 min. e duração de 50 minutos. Esta
variável de entrada se refere à vazão de saída na base da coluna possui valor
inicial 0.5243 t/min e valor no degrau de 0,5400 t/min, como visto na figura 36
abaixo:
40

Figura 36. Gráfico da variação da variável FI512 ao longo do tempo.


Assim, a partir do degrau aplicado na variável FI512 é possível verificar
de que forma este degrau altera as variáveis de saída. Para todas as quatro
saídas têm-se as seguintes respostas:

4.5.1. Para a saída LI511:

Figura 37. Gráfico da variação da variável de saída LI511 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI512.
41

Como não é possível perceber nenhum tipo de variação na variável de


saída depois da perturbação na variável de entrada, é possível afirmar que a
variável de entrada não interfere no valor da variável de saída e não há função
de transferência relacionando as duas. Isso estar relacionado ao fato da vazão
de saída na base da coluna não interferir na quantidade de material no topo e
consequentemente, no nível do tambor de refluxo.

4.5.2. Já para a saída LI512:

Figura 38. Gráfico da variação da variável de saída LI512 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI512.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo e com ganho K = -0,900820231. Assim, a função
de transferência pode ser escrita como:
𝐿𝐼512 (𝑠) 𝐾 −0,900820231
= =
𝐹𝐼512(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização, tem-se:
42

Figura 39. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI512 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada FI512.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de
K, que vale -1,006, sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo
algoritmo que foi de 99.92%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do
ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é
muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função
de transferência está adequada.
É notório que para uma mesma quantidade de líquido que entra na
base da coluna, uma maior vazão de saída irá consequentemente diminuir a
quantidade de líquido acumulada e consequentemente menor será o nível da
base da coluna. Este processo de diminuição proporcional ocorrerá
indefinidamente até que haja a secagem da coluna. Ou seja, não se
estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de acúmulo de modo
a atingir um novo estado estacionário, característico do processo integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída da coluna de
destilação uma função do nível da base desta, a natureza integrativa deste
processo não mais seria visível uma vez que a diminuição do nível da base da
coluna (variável controlada) acionaria automaticamente o fechamento da
válvula de saída da coluna (variável manipulada) para promover o aumento da
43

vazão de produto de fundo proporcionalmente ao ganho observado, conforme o


esperado.

4.5.3. Já para a saída AI511B:

Figura 40. Gráfico da variação da variável de saída AI511B ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI512.

Como não é possível perceber nenhum tipo de variação na variável de


saída depois da perturbação na variável de entrada, é possível afirmar que a
variável de entrada não interfere no valor da variável de saída e não há função
de transferência relacionando as duas. É notório que a vazão de saída na base
da coluna não altera significativamente a composição do produto de topo e
consequente a fração molar de B na saída.

4.5.4. Por fim, para a saída TI514, tem-se:


44

Figura 41. Gráfico da variação da variável de saída TI514 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada FI512.
Como também não é possível perceber nenhum tipo de variação na
variável de saída depois da perturbação na variável de entrada, é possível
afirmar que a variável de entrada não interfere no valor da variável de saída e
não há função de transferência relacionando as duas. Isso porque a diminuição
na vazão de saída na base da coluna não foi capaz de alterar o perfil térmico
da coluna de destilação e por isso a temperatura da coluna se manteve.

4.6. PERTURBAÇÃO DA ENTRADA TI501:


Para todas as saídas abaixo foram realizados um degrau de 3% na
variável TI501 no instante de tempo t = 100 min. e duração de 100 minutos.
Esta variável de entrada se refere à temperatura da carga alimentada na torre e
possui valor inicial 42,41ºC e valor no degrau de 43,6823 ºC, como visto na
figura 42 abaixo:
45

Figura 42. Gráfico da variação da variável TI501 ao longo do tempo.


Assim, para todas as quatro saídas, tem-se as seguintes respostas:
4.6.1. Para a saída LI511:

Figura 43. Gráfico da variação da variável de saída LI511 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada TI501.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo e com ganho K = 0,0304. Assim, a função de
transferência pode ser escrita como:
46

𝐿𝐼511 (𝑠) 𝐾 0,030370


= =
𝑇𝐼501(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:

Figura 44. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI511 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada TI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtém-se um novo valor de
K, que vale 0,030376, sendo o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo
algoritmo que foi de 99,98%. Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do
ajuste de dados de estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é
muito próximo do estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função
de transferência está adequada.
Assim como aconteceu na perturbação da vazão de vapor que foi
aumentada, esta variável de saída obteve comportamento semelhante. Isso
porque o aumento da temperatura de alimentação leva também ao aumento da
temperatura da torre de destilação já que uma mesma quantidade de energia
está sendo fornecida através do refervedor para uma carga mais aquecida,
culminando no aumento proporcional da geração de produto de topo. Sabido
que a razão de refluxo, que corresponde a razão entre a vazão de líquido que
retorna para a torre, após a condensação, pela vazão do produto de topo,
destilado, é um parâmetro de projeto, então também é sabido que o aumento
47

da quantidade de destilado produzido resultará no aumento da quantidade de


líquido que retorna para torre.
Com a presença de um tambor de refluxo a montante da entrada do
refluxo na torre, esta reação também é notada pelo aumento do nível do
tambor sob um ganho proporcional de 0,030376, conforme função de
transferência obtida. O valor de ganho menor que o obtido na função de
transferência que relaciona a saída LI511 com a entrada FI502 discutida
anteriormente, mostra que o aumento da temperatura promovido na coluna tem
um efeito mais expressivo no aumento do produto de topo que o aumento da
temperatura da carga.
Do mesmo modo, a corrente de entrada entra no tambor livremente ao
mesmo tempo que a corrente de saída do tambor não se altera, devido à
abertura da malha de controle, este processo de aumento proporcional
ocorrerá indefinidamente até que haja o transbordamento do tambor. Ou seja,
não se estabelecerá um equilíbrio entre o fluxo de saída e o fluxo de entrada de
modo a atingir um novo estado estacionário, característico do processo
integrativo.
Numa malha de controle fechada, sendo o fluxo de saída do tambor
uma função do nível do tambor, a natureza integrativa deste processo não mais
seria visível uma vez que o aumento do nível do tambor de refluxo (variável
controlada) acionaria automaticamente a abertura da válvula de entrada do
refluxo na torre (variável manipulada) para promover o aumento da vazão de
retorno de líquido à torre proporcionalmente ao ganho observado, conforme
esperado, garantindo o funcionamento da torre de acordo com os parâmetros
de projeto.

4.6.2. Já para a saída AI511B:


48

Figura 45. Gráfico da variação da variável de saída AI511B ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada TI501.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem sem tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale -0,0038607 e a constante de tempo (τ) vale 11,4 minutos. Assim, a
função de transferência pode ser escrita como:
AI511B (𝑠) 𝐾 −0,0038607
= =
𝑇𝐼501(𝑠) τ𝑠 + 1 11,4𝑠 + 1
Após o algoritmo de otimização:
49

Figura 46. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída AI511B ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada TI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale -0,0038768 e um novo valor de τ, que vale 11,712 minutos, sendo o
ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de 92,82%.
Analisando o gráfico, o valor de K, o valor de τ e o valor do ajuste de dados de
estimativa é possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do
estipulado pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência
está adequada.
Essa variável de saída apresentou o mesmo comportamento visto no
aumento da vazão de vapor no refervedor de modo que com o aumento da
temperatura da carga , e com a mesma energia fornecida pelo refervedor irá
haver um aumento da temperatura da coluna. Com isso, ocorrerá também que
mais componente B é agregado no produto de topo, por ser mais leve, até um
limite ao mesmo tempo que outros componentes, mais pesados, também são
agregados ao produto de topo, de modo o aumento da fração de outros
componentes na composição do destilado provoque à diminuição da fração do
componente B em relação à quantidade total de destilado retirado da coluna.

4.6.3. Já para a saída TI514, tem-se:


50

Figura 47. Gráfico da variação da variável de saída TI514 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada TI501.
É possível perceber pelo formato da curva que se trata de uma função
de transferência de primeira ordem com tempo morto. O ganho K foi calculado
e vale 0,845870, a constante de tempo (τ) vale 13,2 minutos e o tempo morto é
de 0,8 minuto. Assim, a função de transferência pode ser escrita como:
𝑇𝐼514 (𝑠) 𝐾 0,845870 −0,8𝑠
= 𝑒 −𝑡0 𝑠 = 𝑒
𝑇𝐼501(𝑠) τ𝑠 + 1 13,2𝑠 + 1
Após o algoritmo de otimização:

Figura 48. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída TI514 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada TI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale 0,84077, um novo valor de τ, que vale 10,926 minutos, e um novo
valor de tempo morto, 1,27 minutos, sendo o ajuste de dados de estimativa
mostrado pelo algoritmo que foi de 97,78%. Analisando o gráfico, o valor de K,
o valor de τ e o valor do ajuste de dados de estimativa é possível perceber que
o valor de K calculado é muito próximo do estipulado pelo algoritmo de
otimização e, portanto, a função de transferência está adequada.
Como foi citado anteriormente, o aumento da temperatura da carga e
mantendo o refervedor com mesma quantidade de energia fornecida, a
51

temperatura da coluna irá aumentar justificando o comportamento visto. E


como foi visto também processos que envolvem temperatura caracteriza-se por
respostas lentas e isso pode relaciona-se ao fato do atraso obtido na resposta.
4.6.4. Por fim, para a saída LI512:
Para verificar a influência da variável de entrada TI501 na variável de
saída LI512 foi aplicado um degrau de -3% a partir do minuto 100 e com
duração de 100 minutos, como mostrado na figura 49 abaixo. O valor de TI501
variou de 42,41ºC a 41,1377ºC.

Figura 49. Gráfico da variação da variável TI501 ao longo do tempo (degrau


negativo).
52

Figura 50. Gráfico da variação da variável de saída LI512 ao longo do tempo


após a aplicação de um degrau na variável de entrada TI501.
Como se trata de uma resposta em linha reta, é possível afirmar que a
resposta é do tipo integrativo com tempo morto, cujo ganho vale K = -0,03185 e
0,9 minuto de tempo morto. Assim, a função de transferência pode ser escrita
como:
𝐿𝐼512 (𝑠) 𝐾 −𝑡 𝑠 −0,03185 −0,9𝑠
= 𝑒 0 = 𝑒
𝑇𝐼501(𝑠) 𝑠 𝑠
Após o algoritmo de otimização:
53

Figura 51. Gráfico dos dados experimentais e simulados da variação da


variável de saída LI512 ao longo do tempo após a aplicação de um degrau na
variável de entrada TI501.
Com o gráfico do algoritmo de otimização, obtêm-se um novo valor de
K, que vale -0,032253, e um novo valor de tempo morto, 1,1712 minutos, sendo
o ajuste de dados de estimativa mostrado pelo algoritmo que foi de 99,9%.
Analisando o gráfico, o valor de K e o valor do ajuste de dados de estimativa é
possível perceber que o valor de K calculado é muito próximo do estipulado
pelo algoritmo de otimização e, portanto, a função de transferência está
adequada.
A redução da temperatura da carga provoca a redução da temperatura
da torre de destilação, culminando no aumento proporcional de produto de
fundo gerado. Como a quantidade de líquido produzida no interior da coluna
aumenta livremente ao mesmo tempo que a corrente de saída da coluna não
se altera, devido à abertura da malha de controle, tem-se como consequência o
aumento do nível da base da coluna de destilação sob um ganho proporcional
de 0,032253, conforme função de transferência obtida.
E assim como foi visto na redução da vazão de vapor do refervedor,
este processo de aumento proporcional ocorrerá indefinidamente até que haja
o transbordamento da coluna.
A partir dos dados obtidos, foi possível construir a tabela 2 a seguir:
54

Tabela 2. Parâmetros das funções de transferência que relacionam as variáveis


de entrada e saída avaliadas e seus respectivos erros associados quando
comparados os dados experimentais e os dados simulados.

ENTRADA FI501

Ajuste
de
Ordem da τ- t0 -
K- Erro - τ Erro - t0 Erro - dados
Saída função de K Otimização Otimização
Otimização K (%) (min) τ (min) t0 (%) de
transferência (min) (min)
estimati
va (%)
Primeira
Ordem sem -0,0099 -0,0100 -1,00 4,70 4,64 1,29 0,90 0,22 312,5 98,33
AI511B TM
Primeira
Ordem sem -15,5600 -15,7300 -1,08 8,90 9,20 -3,26 NA NA NA 100,00
TI514 TM
Integrativo
0,1154 0,1154 0,00 NA NA NA NA NA NA 99,33
LI511 sem TM
Integrativo
0,8790 0,8846 -0,63 NA NA NA 0,90 1,17 -23,08 99,99
LI512 com TM

ENTRADA FI502

Ajuste
de
Ordem da K- τ- t0 -
Erro - τ Erro - t0 Erro - dados
Saída função de K Otimizaçã Otimização Otimização
K (%) (min) τ (%) (min) t0 (%) de
transferência o (min) (min)
estimati
va (%)
Primeira
Ordem sem -0,0384 -0,0384 0,00 4,90 4,94 -0,81 NA NA NA 94,67
AI511B TM
Primeira
Ordem sem 19,1400 19,0580 0,43 13,80 13,80 0,00 NA NA NA 97,93
TI514 TM
Integrativo
0,4723 0,4406 7,19 NA NA NA NA NA NA 100,00
LI511 sem TM
Integrativo
-0,4586 -0,4592 -0,13 NA NA NA NA NA NA 99,99
LI512 com TM

ENTRADA FI503
Ajuste
de
Ordem da K- τ- t0 -
Erro - τ Erro - t0 Erro - dados
Saída função de K Otimizaçã Otimização Otimização
K (%) (min) τ (%) (min) t0 (%) de
transferência o (min) (min)
estimati
va (%)
Primeira
Ordem sem 0,3429 0,3422 0,20 4,80 4,90 -2,04 NA NA NA 94,67
AI511B TM
Primeira
-4,3670 -4,3729 -0,13 10,40 9,69 7,33 1,50 2,15 -30,23 99,36
TI514 Ordem com
55

TM

Integrativo
-1,9993 -2,0000 -0,03 NA NA NA NA NA NA 99,95
LI511 sem TM
Integrativo
1,9898 1,9998 -0,50 NA NA NA 2,00 1,99 0,50 99,98
LI512 com TM

ENTRADA FI511

Ajuste
de
Ordem da K- τ- t0 -
Erro - τ Erro - t0 Erro - dados
Saída função de K Otimizaçã Otimização Otimização
K (%) (min) τ (%) (min) t0 (%) de
transferência o (min) (min)
estimati
va (%)
Primeira
Ordem sem NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
AI511B TM
Primeira
Ordem com NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
TI514 TM
Integrativo
-0,9498 -0,9946 -4,50 NA NA NA NA NA NA 99,99
LI511 sem TM
Integrativo
NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
LI512 com TM

ENTRADA FI512

Ajuste
de
Ordem da K- Erro τ- t0 -
τ Erro - t0 Erro - dados
Saída função de K Otimizaçã –K Otimização Otimização
(min) τ (%) (min) t0 (%) de
transferência o (%) (min) (min)
estimati
va (%)
Primeira
Ordem sem NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
AI511B TM
Primeira
Ordem com NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
TI514 TM
Integrativo
NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
LI511 sem TM
Integrativo
-0,9008 -1,0060 -10,46 NA NA NA NA NA NA 99,92
LI512 com TM

ENTRADA TI501

Ajuste
de
Ordem da K- Erro τ- t0 -
τ Erro - t0 Erro - dados
Saída função de K Otimizaçã –K Otimização Otimização
(min) τ (%) (min) t0 (%) de
transferência o (%) (min) (min)
estimati
va (%)
Primeira
Ordem sem -0,0039 -0,0039 0,00 11,40 11,71 -2,65 NA NA NA 92,82
AI511B TM
56

Primeira
Ordem sem 0,8459 0,8408 0,61 13,20 10,93 20,77 0,80 1,27 -37,01 97,78
TI514 TM
Integrativo
0,0304 0,0304 0,00 NA NA NA NA NA NA 99,98
LI511 sem TM
Integrativo
-0,0319 -0,0323 -1,24 NA NA NA 0,90 1,17 -23,08 99,90
LI512 com TM

É possível perceber que os ajustes de dados de estimativa estão todos


com valores maiores que 90% e apenas dois abaixo de 95% e, portanto, os
métodos de cálculo das funções de transferência foram adequados para servir
de estimativa para encontrar as funções de transferências reais após o
algoritmo de otimização.
Outro fato observado é o fato de os maiores erros associados serem os
obtidos no cálculo dos “τ” das funções de transferência de primeira ordem, visto
que neste caso existem muito mais imprecisões na determinação da estimativa
e nas estimativas de tempo morto, visto que a depender da quantidade de
casas decimais consideradas para avaliar a variação de uma determinada
saída, poderiam ser obtidos diferentes valores de tempo morto.
Além disso, com os dados expostos na tabela acima foi possível
escrever as funções de transferência de todas as saídas:
1. LI511
0,1154 0,4406 2 0,9946
𝐿𝐼511(𝑠) = 𝐹𝐼501(𝑠) + 𝐹𝐼502(𝑠) − 𝐹𝐼503(𝑠) − 𝐹𝐼511 (𝑠)
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠
0,0304
+ 𝑇𝐼501(𝑠)
𝑠
2. LI512
0,8846 −1,17𝑠 0,4592 2
𝐿𝐼512(𝑠) = 𝑒 𝐹𝐼501(𝑠) − 𝐹𝐼502(𝑠) + 𝑒 −1,99𝑠 𝐹𝐼503(𝑠)
𝑠 𝑠 𝑠
1,0060 0,0323 −1,17𝑠
− 𝐹𝐼512 (𝑠) − 𝑒 𝑇𝐼501(𝑠)
𝑠 𝑠

3. AI511B
0,01 0,0384
𝐴𝐼511𝐵(𝑠) = − 𝑒 −0,22𝑠 𝐹𝐼501(𝑠) − 𝐹𝐼502(𝑠)
4,64𝑠 + 1 4,94𝑠 + 1
0,3429 0,0039
+ 𝐹𝐼503(𝑠) − 𝑇𝐼501(𝑠)
4,80𝑠 + 1 11,71𝑠 + 1
57

4. TI514
15,56 19,06
𝑇𝐼514(𝑠) = − 𝐹𝐼501(𝑠) + 𝐹𝐼502(𝑠)
8,9𝑠 + 1 13,8𝑠 + 1
4,37 0,8408
− 𝑒 −2,15𝑠 𝐹𝐼503(𝑠) + 𝑒 −1,27𝑠 𝑇𝐼501(𝑠)
9,69𝑠 + 1 10,93𝑠 + 1

5. REREFÊNCIAS
SMITH, C. A.; Corripio A. B. Princípios e Prática do Controle Automático de
Processo. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

Potrebbero piacerti anche