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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NA


SALA DE AULA
UNIDADE 5 – ANO 2 E 3

SLIDES ELABORADOS PELA FORM ADORA MAGDA R.


D ’ P E R E I R A E P E L A S U P E R V I S O R A A N D R É I A D E VA L L E R E C H
Aspectos destacados...
 a importância da leitura e da produção de textos no 2º
ano do ensino fundamental;
 trabalho com textos de diferentes gêneros;
gêneros
 situações em que as crianças tenham que ler er e produzir
textos para atender a diferentes propósitos, além de refletir
sobre as finalidades, formas composicionais e recursos
estilísticos característicos dos gêneros trabalhados;
 ensino de leitura e produção de textos de variados
gêneros nas salas de aula.
aula.
Para compreendermos as relações entre tipos textuais
e gêneros...

“Em uma perspectiva sociointeracionista, os eixos


centrais do ensino da língua materna são a compreensão e
a produção de textos.
textos Nessas atividades, convergem de
forma indissociável fatores linguísticos, sociais e culturais.
culturais
Nelas, os interlocutores são participantes de um processo
de interação,
interação e, para isso, precisam ter domínio da mesma
língua e compartilharem as situações e as formas como os
discursos se organizam, considerando seus propósitos de
usos e os diversos contextos sociais e culturais em que estão
inseridos.” (SANTOS, MENDONÇA E CAVALCANTE, 2006).
A língua se configura como uma forma de ação
social, situada num contexto histórico, representando
algo do mundo real.

O texto,
texto portanto, não é uma construção fixa e
abstrata,
abstrata mas, sim, palco de negociações e produções
de múltiplos sentidos. Os textos são produzidos em
situações marcadas pela cultura e assumem formas e
estilos próprios, também historicamente marcados.
Diferentes textos assemelhamD
assemelhamDse,
se como diz Bakhtin
(1997), porque se configuram segundo características
dos gêneros textuais que estão disponíveis nas
interações sociais. Desse modo, podeDse dizer que a
comunicação verbal só é possível por meio de algum
gênero que se materializa em textos que assumem
formas variadas para atender a propósitos diversos.
Conceituando gêneros textuais e tipos textuais...

Os TIPOS TEXTUAIS são sequências teoricamente


definidas pela natureza linguística da sua composição:
composição
narração, exposição, argumentação, descrição, injunção.
injunção.
Não são textos com funções sociais definidas. São categorias
teóricas determinadas pela organização dos elementos
lexicais,
lexicais sintáticos e relações lógicas presentes nos conteúdos
a serem falados ou escritos,
escritos distinguindoDse capacidades de
linguagem requeridas para a produção de diferentes
gêneros textuais. (MARCUSCHI, 2005; MENDONÇA 2005; SANTOS,
MENDONÇA E CAVALCANTE, 2006).
Os GÊNEROS TEXTUAIS,
TEXTUAIS segundo Schneuwly e Dolz
(2004), são instrumentos culturais disponíveis nas
interações sociais.
sociais. São historicamente mutáveis e,
consequentemente, relativamente estáveis. Emergem
em diferentes domínios discursivos e se concretizam
em textos, que são singulares para que a interação
entre falantes aconteça.
Cada sociedade traz consigo um legado de gêneros,
gêneros por
meio dos quais são partilhados conhecimentos comuns.
comuns
Em consequência das mudanças sociais, os gêneros se
alteram,
alteram desaparecem, se transformam em outros
gêneros. Desse modo, novos gêneros textuais vão se
constituindo, em um processo permanente, em função de
novas atividades sociais.
No trabalho em sala de aula com os gêneros duas
dimensões se articulam.
articulam.
A primeira se refere aos aspectos socioculturais
relacionados a sua condição de funcionamento na
sociedade e a segunda se relaciona aos aspectos linguísticos
que se voltam para a compreensão do que o texto informa
ou comunica.

Para Schneuwly e Dolz (2004), o ensino


da leitura e da escrita na escola pode ser
sistematizado de forma que o aluno possa
refletir, apropriarD
apropriarDse e usar diversos
gêneros textuais.
As experiências prévias de interações permitem aos
participantes da situação de comunicação específica chegar a
um grupo de gêneros que possivelmente podem ser utilizados
nas situações de interação.

Koch e Elias (2009) destacam que os gêneros


textuais são diversos e sofrem variações na
sua constituição em função dos seus usos.
Explicando essa dinâmica de ampliação dos
gêneros, as autoras apresentam como
exemplos o eDmail e o blog, blog que como
recursos recentes decorrentes do progresso
tecnológico, são respectivamente
transmutações das cartas e dos diários.
diários
Conforme sintetizam Mendonça e
Leal (2005), com uma proposta de
aprendizagem em espiral, um
mesmo gênero pode ser trabalhado
em anos escolares diversos ou até
na mesma série, com variações e
aprofundamento diversos.
diversos.

Para as autoras, a organização do trabalho com os gêneros


textuais em cada ano escolar depende dos objetivos
pedagógicos propostos e das habilidades e competências
que se pretende explorar.
Assim, para um trabalho com o mesmo tema no primeiro ou
terceiro ano do Ensino Fundamental,
Fundamental poderíamos ter a leitura e
produção dos mesmos gêneros textuais,
textuais mas a atuação do
educador deve levar em conta os níveis de aprofundamento
requeridos em cada ano do ciclo da alfabetização.
Portanto, o grande desafio para o
ensino relativo ao componente
curricular Língua Portuguesa é
trabalhar com essa diversidade
textual na sala de aula,
explorando de forma
aprofundada o que é peculiar a
um gênero textual específico,
tendo em vista situações de uso
também diversas.
Cuidados ao organizar o trabalho com textos:

1. Escolher os textos a serem lidos,


lidos considerandoDse não apenas
os gêneros a que pertencem,
pertencem mas, sobretudo, o seu conteúdo
(o que é dito), em relação aos temas trabalhados.
trabalhados O objetivo é
que as crianças aprendam a ler e escrever, mas também
aprendam por meio da leitura e da escrita.
escrita

2. Propor situações de leitura e


produção de textos com
finalidades claras e diversificadas,
diversificadas
enfocando os processos de
interação e não apenas as
reflexões sobre aspectos formais.
3. Escolher os gêneros a serem trabalhos com base em
critérios claros, considerandoDse, sobretudo, os
conhecimentos e habilidades a serem ensinados; relações
entre os gêneros escolhidos e os temas/conteúdos a serem
tratados.

4. Abordar os gêneros considerando não apenas aspectos


composicionais e estilísticos, mas, sobretudo, os aspectos
sociodiscursivos (processos de interação, como as
finalidades, tipos de destinatários, suportes textuais,
espaços de circulação...)
Dessa maneira, Brandão (2006, p. 60 – 61) atribui ao
docente “a tarefa de propor a leitura de textos
interessantes, que tenham significado para seu grupo
de alunos, assim como proporcionar um bom trabalho
de exploração e compreensão desses textos”.
Lerner (2007), destaca dois aspectos inerentes à leitura na
escola. Ao mesmo tempo em que ela é objeto de ensino, ensino
também se transforma em objeto de aprendizagem,
aprendizagem sendo
necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno, ou
seja, que cumpra uma função voltada para a realização de
um propósito por ele conhecido e valorizado.
Como destaca Goulart (2007), “todos somos
responsáveis pelo trabalho com linguagem, seja na
primeira série/ano escolar ou nas últimas séries/anos
do Ensino Fundamental.” (p. 92).
Assim, como as atividades relativas
ao componente curricular Língua
Portuguesa,
Portuguesa envolvendo momentos
de conversa,
conversa exposições orais,
leitura e escrita de textos, análise
de imagens, quadros, gráficos,
problemas e outras atividades
possibilitam o estudo de conteúdos
das diversas áreas de
conhecimentos, a gradação
também pode ser garantida no
trabalho com textos mais
complexos, como a elaboração de
resumos, esquemas e resenhas.
OS GÊNEROS TEXTUAIS EM FOCO:
PENSANDO NA SELEÇÃO E NA
PROGRESSÃO DOS ALUNOS
Para realizar esse trabalho progressivo com os gêneros,
o professor precisa conhecer bem quais habilidades os
seus alunos já possuem e estabelecer quais são aquelas
almejadas (perfil de entrada e perfil de saída esperado
para aquele ano). Então, diagnosticar sempre deve ser
sua primeira ação.
Um segundo aspecto deve ser levado em consideração: a
escola precisa garantir,
garantir sim, a exploração da diversidade
de gêneros textuais,
textuais pois cada gênero pode proporcionar
diferentes formas de mobilização das capacidades de
linguagem e, logo, diferentes aprendizagens.
Dolz e Schneuwly (2004) propõem que, ao longo de um
ano letivo, o professor escolha como objeto de ensino
gêneros com características composicionais,
sociodiscursivas e linguísticas relativamente diferentes
entre si, pois, assim, estará contribuindo para que seus
alunos realizem diferentes operações de linguagem e se
apropriem de diversas práticas de letramento.
Pensando nesta progressão e nas semelhanças e diferenças
entre os gêneros,
gêneros conseguimos agrupáDlos em onze grupos.
Defendemos aqui, que, em todas as etapas
de escolaridade, sejam realizados estudos sistemáticos, por
meio de diferentes formas de organização do trabalho
pedagógico (projetos didáticos, sequências didáticas, entre
outras) de gêneros pertencentes a estes onze agrupamentos.
São eles:
1) Textos literários ficcionais
São textos voltados para a narrativa de
fatos e episódios do mundo imaginário
(não real). Entre estes, podemos
destacar: contos, lendas, fábulas,
crônicas, obras teatrais, novelas e
causos.
causos
2) Textos do patrimônio oral, poemas e letras de músicas
Os textos do patrimônio oral, logo que são produzidos têm
autoria, mas, depois, sem um registro escrito, tornamDse
anônimos, passando a ser patrimônio das comunidades.
São exemplos: as travalínguas, parlendas, quadrinhas,
adivinhas, provérbios. Também fazem parte do segundo
agrupamento os poemas e as letras de músicas.

Aquarela
Toquinho
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
3) Textos com a finalidade de registrar e analisar as
ações humanas individuais e coletivas e contribuir
para que as experiências sejam guardadas na memória
das pessoas: as biografias, testemunhos orais e escritos,
obras historiográficas e noticiários.
4) Textos com a finalidade de construir e fazer circular
entre as pessoas o conhecimento escolar/científico.
escolar/científico São
textos mais expositivos, que socializam informações, por
exemplo, as notas de enciclopédia, os verbetes de dicionário,
os seminários orais, os textos didáticos, os relatos de
experiências científicas e os textos de divulgação científica.
5) Textos com a finalidade de debater temas que suscitam
pontos de vista diferentes, buscando o convencimento do
outro. Com base nos textos do agrupamento 5 os sujeitos
exercitam suas capacidades argumentativas. Cartas de
reclamação, cartas de leitores, artigos de opinião, editoriais,
debates regrados e reportagens são exemplos de textos com
tais finalidades.
6) Textos com a finalidade de divulgar
produtos e/ou serviços D e promover campanhas educativas
no setor da publicidade.
Também aqui a persuasão está presente, mas com a
finalidade de fazer o outro adquirir produtos e/ou serviços
ou mudar determinados comportamentos. São exemplos:
cartazes educativos, anúncios publicitários, placas e faixas.
7) Textos com a finalidade de orientar e prescrever formas
de realizar atividades diversas ou formas de agir em
determinados eventos.

Fazem parte do grupo sete os chamados textos instrucionais,


tais como, as receitas, os manuais de uso de eletrodomésticos,
as instruções de jogos, as instruções de montagem e os
regulamentos.
8) Textos com a finalidade de orientar a organização do
tempo e do espaço nas atividades individuais e coletivas
necessárias à vida em sociedade. São eles: as agendas, os
cronogramas, os calendários, os quadros de horários, as
folhinhas e os mapas.
9) Textos com a finalidade de
mediar as ações institucionais. São
textos que fazem parte,
principalmente, dos espaços de
trabalho: os requerimentos, os
formulários, os ofícios, os
currículos e os avisos.
10) Textos epistolares utilizados para as mais diversas
finalidades. As cartas pessoais, os bilhetes, os eDmails,
os telegramas medeiam as relações entre as pessoas,
em diferentes tipos de situações de interação.
11) Textos não verbais
Os textos que não veiculam a linguagem verbal, escrita,
tendo, portanto, foco na linguagem nãoDverbal tais
como, as histórias em quadrinhos só com imagens, as
charges, pinturas, esculturas e algumas placas de
trânsito compõem tal agrupamento.

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