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Epidemiologia
Esse grupo de doenças representa cerca de 10% de todas as doenças genéticas.
E ainda hoje, são tidos por muitos profissionais como casos extremamente raros de se
deparar durante a prática clínica sendo, muitas vezes, a última hipótese diagnóstica. Em
grande parte, são doenças que afetam todo o organismo e podem se manifestar em qualquer
faixa etária, fazendo com que médicos de diferentes especialidades devam atentar aos sinais
e sintomas de um erro metabólico em qualquer paciente que, porventura, possa ser
encaminhado aos seus cuidados.
A incidência isolada de cada uma das doenças metabólicas é pequena, até
porque tratam-se de doenças que, em geral, têm herança autossômica recessiva. No entanto,
se forem contabilizados os dados dos cerca de 500 distúrbios conhecidos, a frequência se
torna mais expressiva, de aproximadamente 1/5000 nascidos vivos. Deve ser considerado
que os números baixos podem representar, não só a raridade dos distúrbios, como, também,
a subestimação de seu diagnóstico. No Brasil, estima-se a prevalência isolada de algumas
doenças, como da fenilcetonúria, variando entre 1:12000 e 1:15000, da Doença da Urina de
Xarope de Bordo com prevalência de 1:43000 e da Deficiência de Biotinidase com 1:125000
recém-nascidos vivos.
Diagnóstico
As crianças portadoras de muitos EIM, como aqueles de manifestação aguda,
parecem perfeitamente normais ao nascimento. Em geral, os sintomas aparecem quando há
alteração, por fatores exógenos, do equilíbrio bioquímico mantido até o momento pela
criança. O diagnóstico clínico correto das DMH é dificultado pelo enorme número de
doenças de grande complexidade, pela variedade de sintomas clínicos, além de serem
consideradas, extremamente, raras pela maioria dos profissionais. Soma-se a tais
dificuldades, uma apresentação clínica bastante inespecífica, incluindo letargia, recusa
alimentar, icterícia, vômitos, diarreia, visceromegalia, retardo de crescimento, convulsões e
coma. Sintomas que sugerem causas bem mais frequentes, a exemplo das infecciosas, as
quais dificultam ainda mais o diagnóstico quando associadas. Entretanto, existem alguns
critérios e sinais que sem outra causa definida levam a pensar em uma Doença Metabólica
Hereditária, quais sejam:
- Hipotonia, hipoglicemia, irritabilidade, acidose, distúrbio hidroeletrolítico,
entre outros já citados;
- Crianças que, em associação aos citados acima, apresentem odores peculiares
ou dismorfias;
- Perda de habilidades adquiridas anteriormente;
- História de recorrência familiar ou consanguinidade entre os pais. A clínica que
alia a história da doença e um bom exame físico contribui, imensamente, para um
diagnóstico preciso através da identificação de sinais característicos de cada grupo de erros
inatos do metabolismo.
É capaz de conduzir para a realização de exames laboratoriais confirmatórios
mais adequados, para a terapêutica precoce, quando esta já se encontra desenvolvida, assim
como para o importante aconselhamento genético. Embora grande parte das DMH se
apresentem logo nos primeiros dias de vida, não se pode desconsiderar as doenças do
metabolismo que se manifestam na idade adulta, seja pelos sinais que passam despercebidos
durante a infância ou mesmo pelo curso natural da doença. A intolerância à frutose detectada
no adulto representa um bom exemplo. Foi descrita em paciente que desenvolveu aversão a
doces durante a infância e, sem diagnóstico, permaneceu sem sintomas por longo período,
até a infusão de uma solução contendo frutose na ocasião de uma cirurgia, quando evoluiu
com grave crise metabólica. Entre as DMH de manifestação em adultos estão as doenças
cujo diagnóstico é realizado na infância e, desde que acompanhado de tratamento adequado,
os pacientes atingem a idade adulta apenas com algumas complicações. A fenilcetonúria,
por exemplo, tratada com dieta pobre em fenilalanina é importante mesmo na vida adulta no
que se refere aos benefícios sobre as funções neuropsicológicas do paciente e, também, à
saúde fetal durante a gravidez de mulheres com hiperfenilalaninemia. A manutenção da dieta
pela mãe diminui a incidência no feto de retardo mental, microcefalia, defeitos congênitos
do coração e retardo de crescimento intra-uterino.
Até o momento, descreve-se mais de 500 tipos diferentes de EIMs,
correspondendo a cerca de 10% de todas as doenças genéticas; ainda que individualmente
raros, os EIMs são frequentes em conjunto, apresentando uma incidência cumulativa
estimada em 1:1.000 recém-nascidos vivos.
A detecção dos EIM é realizada, em parte, por programas de triagem neonatal,
mas a grande maioria depende, essencialmente, da suspeita clínica, visto que, os sintomas,
geralmente, são inespecíficos e podem mimetizar outras patologias mais frequentes. A
suspeita clínica sempre ocorre quando há história de doença neurológica sem etiologia
definida, recorrência familiar de morte neonatal ou infantil sem causa definida,
hepatomegalia (acompanhada ou não por esplenomegalia) sem etiologia, baixa estatura,
retardo mental progressivo, distúrbios bioquímicos recorrentes, vômitos recorrentes,
hipoglicemia, intolerância alimentar, regressão neurológica, displasias ósseas,
consanguinidade entre os pais, entre outros. Cerca de 30% dos pacientes com EIM
apresentam com manifestações neurológicas como convulsões, ataxia, distúrbios de
movimento.
São doenças debilitantes e que normalmente levam algum tempo para serem
descobertas devido a falta de conhecimento a seu respeito.
É importante que o diagnóstico de EIMs seja rápido e correto, uma vez que
muitos possuem tratamentos e reversão da história natural da doença. O tratamento precoce
minimiza os efeitos e os danos causados pelo acúmulo progressivo ou falta de um
determinado produto, que muitas vezes pode ser uma simples vitamina.
Diagnóstico diferencial
Diagnosticar, rapidamente, é essencial para impedir o agravamento e a
irreversibilidade dos sintomas, podendo representar a vida do paciente em alguns casos.
Nesse contexto, vale destacar o papel fundamental da triagem neonatal que possibilitou
grande avanço no conhecimento e tratamento de DHM a partir de sua detecção em fase pré-
clínica, prevenindo o dano neurológico ou mesmo a morte que essas patologias podem
ocasionar. A análise clínica abrangente encaminhará aos exames laboratoriais adequados
que podem começar com simples testes de urina. Esses testes não são suficientes para o
diagnóstico, porém, direcionam a suspeita para determinados tipos de EIM e devem ser
acompanhados de análises sanguíneas que incluam hemograma, gasometria venosa, sódio,
potássio, cloro, lactato, glicemia em jejum, amônia, transaminases hepáticas, colesterol,
triglicerídeos, piruvato, cálcio, fósforo, uréia, creatinina e ácido úrico.
A cromatografia de açúcares e de aminoácidos na urina e no sangue faz parte
dos testes iniciais. A simples observação da amostra e a percepção de odores peculiares
podem auxiliar muito. A partir dos testes já citados e da suspeita clínica, pode-se chegar bem
próximo do diagnóstico correto. No entanto, só será definitivo após a determinação da
atividade enzimática ou a identificação do defeito molecular que são exames bem mais
especializados e nem sempre disponíveis. Portanto, juntar dados clínicos com o resultado
de testes indiretos, como a dosagem sanguínea de substância acumulada, identificação de
metabólitos na urina e visualização de estruturas anormais em materiais de biópsia é uma
saída para o início de um tratamento eficaz. Ainda nos casos de evolução dramática, é
importante coletar material de análise antes do óbito para fins diagnósticos e para o posterior
aconselhamento genético da família.
Tratamento
A terapêutica adequada das DMH depende muito do erro inato do metabolismo
responsável pela doença e da substância acumulada que está levando ao desequilíbrio
bioquímico. Os procedimentos de emergência incluem a coleta de material para análise
laboratorial como já descrito; o tratamento do desequilíbrio metabólico a exemplo da
desidratação, acidose, hipoglicemia e distúrbio eletrolítico; a remoção de metabólitos tóxicos
seja por transfusão sanguínea ou estimulando a excreção; a suspensão da ingesta de proteínas
e carboidratos por cerca de 24 horas, mantendo nutrição parenteral, e, quando possível, a
suplementação com co-fatores que podem aumentar a atividade da enzima residual Com a
manifestação aguda controlada, segue-se para o controle permanente. Este pode relacionar-
se diretamente com a dieta. O tratamento através da dieta, comumente, está direcionado para
a redução de substrato acumulado, para a suplementação de um produto, para a estimulação
do bloqueio metabólico com co-fatores ou precursores enzimáticos, ou ainda para a
desintoxicação por metabólitos. Outros procedimentos são utilizados em doenças específicas
com relativo sucesso, como o transplante de medula óssea para alguns tipos de
mucopolissacaridoses, atenuando os sintomas de forma significativa. A terapia de reposição
enzimática já vem se tornando realidade eficaz para algumas doenças de depósito
lisossômico, como a doença de Gaucher, a doença de Fabry e a mucopolissacaridose I, e,
somada à terapia gênica, representa grande esperança para que se altere, radicalmente, o
prognóstico de muitos pacientes portadores de Doenças Metabólicas Hereditárias.
Fibrose Cística
Epidemiologia
Se, por um lado, esses resultados são animadores, por outro, há os que são
preocupantes. Entre eles, destaca-se a idade ao diagnóstico, no Brasil, situada em torno dos
4 anos, diferentemente daqueles países, em que 60% dos casos novos são diagnosticados no
1º ano de vida. Esse perfil sofreu mudança brusca em 3 (MG, PR e SC) das 27 unidades
federativas brasileiras que implantaram a triagem neonatal, pois o diagnóstico definitivo
recuou para cerca de 6 semanas de vida.
Fisiopatologia
Como pode ser visto na Figura 3.1, há vários tipos de mutações no gene da CFTR (cerca de
1.800), que, diferentemente do indivíduo normal, conferem 5 situações das células epiteliais
pulmonares quanto à CFTR: ausência total de síntese, bloqueio no processamento, bloqueio
na regulação, condutância alterada e síntese reduzida. As 3 primeiras condições conferem
manifestações fenotípicas graves, enquanto as 2 últimas resultam em fenótipos com
manifestações mais leves.
Nos pulmões, a falta ou defeito na produção do canal de cloro causa alterações
no líquido de superfície das vias aéreas, com perda de sódio e água para o interstício do
epitélio e desidratação das camadas gel e sol das vias aéreas. O resultado está esquematizado
na Figura 3.2. Assim, altera-se a reologia das secreções das vias aéreas por diminuição do
batimento ciliar e impacção de muco, que favorecem a inflamação e a instalação de bactérias
como S. aureus, Pseudomonas aeruginosa, Stenotrophomonas maltophilia, bactérias do
complexo Burkholderia cepacia (CBc) e micobactérias atípicas. Como se instalam a
colonização e a infecção? O que acontece nas vias aéreas dos pacientes com FC?
Inicialmente, as vias aéreas mostram bactérias da microbiota normal. Com o passar do
tempo, os pacientes passam a ser infectados na seguinte ordem: Haemophilus influenzae e
parainfluenzae, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa não mucoide,
Pseudomonas aeruginosa mucoide e Burkholderia cepacea.
Quadro Clínico
Manifestações Respiratórias:
Manifestações Digestivas:
Prolapso Retal: Ocorre em até 20% dos pacientes fibrocísticos com idade entre
6 e 36 meses com IP, principalmente antes da TRE, ou com reposição de baixas doses, sendo
raro após os 5 anos de idade. É recomendado que se realize o teste do suor em qualquer
lactente que apresente prolapso retal. Acredita-se que esse evento esteja relacionado com
diarreia crônica, fezes volumosas, tônus muscular diminuído, desnutrição e tosse intensa. A
dor abdominal é uma manifestação clínica muito prevalente nos fibrocísticos. Naqueles sem
IP, paradoxalmente, a pancreatite deve ser investigada como uma possível causa da dor.
Naqueles com IP, além da investigação para as causas mais comuns de dor abdominal, na
faixa etária e no nosso meio, investigar também as causas relacionadas à IP.
Nos países desenvolvidos, a maioria dos pacientes tem diagnóstico firmado antes
dos 2 anos de idade. No Brasil, cerca de 80% dos doentes apresentam sintomas sugestivos
da doença antes de completarem 12 meses de vida, mas cerca de 50% dos casos são
diagnosticados apenas após os 3 anos de idade. É responsabilidade do pediatra-geral estar
alerta para as manifestações clínicas da FC, para se orientar melhor quanto à solicitação de
exames complementares visando ao diagnóstico o mais precocemente possível.
Teste do suor
diagnóstico de FC, sendo decisiva naquele paciente que apresenta quadro clínico compatível
e teste do suor não conclusivo. Trata-se de procedimento de custo elevado.
Quando o teste for positivo com valores acima do padrão adotado, geralmente
70 ng/mL, deverá ser repetido em até 30 dias. Caso persista positivo, o paciente deverá ser
submetido ao teste do suor para confirmar ou afastar a FC.
Tratamento
Nos países desenvolvidos, a maioria dos pacientes tem diagnóstico firmado antes
dos 2 anos de idade. No Brasil, cerca de 80% dos doentes apresentam sintomas sugestivos
da doença antes de completarem 12 meses de vida, mas cerca de 50% dos casos são
diagnosticados apenas após os 3 anos de idade. É responsabilidade do pediatra-geral estar
alerta para as manifestações clínicas da FC, para se orientar melhor quanto à solicitação de
exames complementares visando ao diagnóstico o mais precocemente possível.
Uma vez diagnosticada a FP, é necessário seguimento por toda vida. A pesquisa
de microrganismos na oro- faringe, no aspirado traqueal ou no escarro induzido deve ser
realizada rotineiramente, se possível, em todas as consultas de um paciente com FC. Os
fibrocísticos maiores de 6 anos devem realizar espirometria (e, se possível, pletismografia)
2 vezes/ano, e medida da saturação transcutânea de oxigênio da hemoglobina em cada
consulta, radiografia simples de tórax e tomografia computadorizada de alta resolução, a
cada 2 ou 3 anos após 5 a 6 anos de idade ou antes, se as condições clínicas exigirem. Sabe-
se que a TC é mais sensível e específica em detectar alterações iniciais que os raios X e a
espirometria.
O paciente e seus familiares devem ter ciência que o alimento é tão importante
quanto um remédio. A orientação deve ser continuada, porque os ajustes na terapia
enzimática são frequentes, em razão das alterações da dieta, dos requerimentos nutricionais
com o crescimento e a idade ou do aparecimento de complicações como diabetes. Deve,
ainda, ser encorajada uma dieta normal, com ênfase na ingestão de gorduras. Também é
importante a suplementação de sais, principalmente no verão, e das vitaminas A, D, E e K
em apresentação hidrossolúvel na condição de IP. Se os problemas nutricionais se tornam
mais graves (exacerbações infecciosas e períodos de crescimento rápido), os cuidados devem
ser tomados na seguinte ordem: aumento da oferta de calorias na dieta, suplementação oral,
suplementação enteral, gastrostomia e nutrição parenteral.
Desnutrição Infantil
A forma secundária de DEP está associada a outras doenças ou situações (p. ex.:
fibrose cística, cardiopatia congênita, neuropatias). Desenvolve-se por perda anormal de
nutrientes, aumento do gasto energético e/ou diminuição da ingestão alimentar.
Epidemiologia
Apesar da queda na
prevalência, mesmo a forma primária de
DEP pode ser encontrada em bolsões de
pobreza urbanos das regiões Sudeste, Sul
e Centro-Oeste; grande parte da Região
Norte, no semiárido nordestino e em
populações indígenas em geral. A forma
secundária a doenças é observada com
frequência em unidades hospitalares. Estudo multicêntrico conduzido com crianças abaixo
de 5 anos internadas em hospitais gerais de ensino de capitais brasileiras encontrou 16,3 e
30% de comprometimento (escore z inferior a -2) dos indicadores peso/ estatura e
estatura/idade, respectivamente.
A OMS estima que mais de 20 milhões de crianças nasçam com baixo peso a
cada ano, cerca de 150 milhões de crianças menores de 5 anos tenham baixo peso para a sua
idade e 182 milhões (32,5%) tenham baixa estatura. Alguns autores referem, no entanto, que
esses valores podem estar subestimados devido a dificuldades para o cálculo de cifras exatas
sobre a prevalência mundial de desnutrição. Cerca de 20 a 30% das crianças gravemente
desnutridas vão a óbito durante o tratamento em serviços de saúde de países em desenvol-
vimento. Essas cifras tem se mantido inalteradas nas últimas 5 décadas e correspondem a
um percentual 4 a 6 vezes mais alto que a taxa de 5%, reconhecida como aceitável pela OMS.
Etiologia
A desnutrição primária na infância não é apenas
resultado de uma oferta insuficiente de alimentos mas de uma interação de múltiplos fatores
relacionados à pobreza, dentre os quais destacam-se:
• Maior necessidade metabólica na infância, tanto de energia como de
proteínas, em relação aos demais membros da família.
• Administração dos alimentos complementares com baixo teor
energético e com baixa frequência, alimentos muito diluídos e com higiene
inadequada.
• Baixa disponibilidade de alimentos devido à pobreza, desigualdade
social, falta de terra para cultivar e problemas de distribuição intrafamiliar.
• As infecções virais,
bacterianas e parasitárias repetidas, que
podem produzir anorexia e reduzir a
ingestão de nutrientes, sua absorção e sua
utilização, ou produzir a sua perda.
• Desastres ambientais
causados por secas, enchentes ou guerras.
• Desestruturação familiar.
Fisiopatologia
A fisiologia hormonal se altera com o objetivo de captar energia por outras vias
metabólicas. Entretanto, deve-se observar que a natureza das alterações hormonais e
diferente nos dois principais tipos de desnutrição grave, o marasmo (forma não edematosa)
e o kwashiorkor (forma edematosa). As razões pelas quais algumas crianças desenvolvem
um tipo ou outro de desnutrição não são conhecidas, mas alguns fatores têm sido sugeridos.
Tem sido proposto que o excesso de carboidratos em uma dieta em detrimento do teor
proteico resulte em um maior consumo das proteínas corporais, diminuição da síntese de
albumina e edema periférico, como acontece no kwashiorkor. Enquanto o cortisol está mais
elevado no marasmo, o kwashiorkor apresenta maior nível de hormônio do crescimento. As
soma nível de hormônio do crescimento. As somatomedinas estão normais na criança com
marasmo, mas reduzidas no kwashiorkor.
Alterações Imunológicas
Alterações neurológicas
Déficit cognitivo: é provocado tanto pelo déficit nutricional como pela privação
psicossocial, sendo proporcionalmente mais grave quanto mais precoce, mais intensa e mais
duradoura for a desnutrição.
• Há redução na divisão celular, redução na formação de sinapses e
proliferação dendritica, e retardo na mielinização, bem como prejuízo na síntese de
neurotransmissores. Outros fatores associados à DEP também atuam como coadjuvantes
no comprometimento do SNC, como: anemia ferropriva. deficiência de zinco e de
vitamina E e redução de ácidos graxos de cadeia longa (ômega 3 e 6).
Alterações gastrointestinais
Quadro Clínico
Diagnóstico
• Hemograma:
o Anemia por deficiência de ferro, ácido fólico, vitamina BI2,
hemólise.
o Linfopenia.
• Lipidograma - redução nos níveis de colesterol e triglicerídeos.
• Hipoglicemia.
• Hemograma completo, função renal e hepática também são exames
que devem fazer parte da rotina laboratorial de uma criança desnutrida. Os achados
mais frequentemente encontrados em desnutridos graves são:
• Hiponatremia - é apenas dilucional, ou seja, o conteúdo total de sódio
do organismo está aumentado, em parte, devido ao aumento do sódio intracelular por
deficiência da bomba de sódio.
• Hipocalemia os conteúdos intra e extra-celular de potássio encontram-
se diminuídos. Os principais sintomas associados a este distúrbio são a fraqueza
muscular, íleo paralítico e alterações da repolarização ventricular (achatamento ou
inversão da onda T). onda U proeminente, infradesnivelamento do segmento ST e
prolongamento do QU. Depleçào grave de potássio pode levar ao prolongamento do
PR e alargamento e redução da voltagem do QRS. bem como aumentar o risco de
arritmias ventriculares.
• Hipomagnesemia.
• Hipofosfatemia.
• Alcalose ou acidose metabólica.
Tratamento
Tratamento Hospitalar
Tratamento Ambulatorial
A criança dorme cm casa, é trazida ao centro a cada manhã e retoma para sua
casa ao final de cada dia. É necessária uma intima colaboração entre o hospital e o centro,
para assegurar a continuidade do cuidado da criança e facilitar o seu rápido retomo ao
hospital, caso surja algum problema grave.
BIBLIOGRAFIA
1. MARTINS, Mílton de Arruda [et al.] Clínica Médica. Volume 5:
Doenças Endócrinas E Metabólicas, Doenças
2. KUMAR, VINAY[et al]; Robbins, Patologia Básica / ; [tradução de
Claudia Coana... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013.
3. HUSNY, Antonette Souto El; FERNANDES-CALDATO, Milena
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Medicina, v. 20, n. 2, p. 41-45, 2006.
4. SCHAEFER, G. B.; THOMPSON, J. N. Genética médica: uma
abordagem integrada. Porto Alegre: AMGH, 2015. 384 p.
5. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana: Uma
Abordagem Integrada. – Equilíbrio Acido Básico. 5. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2012