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SEMINARIO TEOLOGICO EVANGELICO DO VALE – STEV

CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA

A vida de Paulo
José Samuel Lanes Santos

GOVERNADOR VALADARES
Agosto 2010
Introdução

Conhecer mais sobre a vida do apóstolo Paulo é muito importante para quem quer
compreender melhor o novo testamento. Saber o contexto que o apóstolo vivia ao escrever
cada carta, o que ele estava sentindo, o que estava acontecendo nas igrejas que ele havia
fundado. tudo isso ajuda a entender o pano de fundo que motivou o apostolo a escrever cada
uma de suas obras que compõe nosso Novo Testamento.
Com este trabalho pretende-se apresentar uma biografia um tanto resumida do
apóstolo, já que uma biografia completa, que apresentasse tudo de grandioso que o Espírito
Santo operou através de sua vida, jamais caberia em um espaço tão limitado. Portanto sem o
compromisso de aprofundar muito o estudo daremos uma visão geral da vida de Paulo.
Capitulo 1

As origens do Apóstolo e sua conversão

O apóstolo Paulo era judeu, filho de judeus, da tribo de Benjamim. Foi batizado
originalmente com o nome Saulo, que no hebraico tem a mesma raiz do nome Saul (primeiro
rei de Israel e também benjamita). Ficou conhecido como Paulo somente mais tarde, a
primeira citação vem em Atos 13.9.
A Bíblia não relata o nome de seus pais, mas sabemos que a família era bastante
arraigada à lei e tradição judaicas. Também se presume que Paulo venha de uma família
importante, já que tinha a cidadania romana, coisa um tanto rara entre os judeus. Seu pai não
devia ser muito afeito a cultura helênica, já que mandou Paulo estudar “aos pés” de Gamaliel,
grande mestre da Lei judaica, ao invés de algum filósofo reconhecido de sua cidade.
Natural de Tarso, uma cidade importante da região da Cilícia, com aproximadamente
500 mil habitantes naquela época. A cidade se destacava como um grande centro cultural e
possuía escolas filosóficas que superavam outros centros famosos como Alexandria e Atenas.
Sabemos também que mais tarde Paulo exerceu cargos importantes em Jerusalém,
inclusive como membro do Sinédrio, como se lê em Atos 26.10 que Paulo dava seu voto contra
os cristãos, o que os condenava a morte. E esta informação traz algumas implicações
interessantes. Para ser membro do Sinédrio o candidato precisava preencher três requisitos:
1)ter mais de trinta anos de idade 2) ser casado 3) ser doutor. Consequentemente Paulo deve
ter sido casado.
No seu grande zelo pelas tradições judaicas Paulo tornou-se um ferrenho perseguidor
dos cristãos, como ele mesmo afirma em Atos 22.4 “ Persegui este caminho até a morte,
prendendo e metendo em cárcere homens e mulheres”. E nestas perseguições ele acabou por
participar na execução por apedrejamento de um cristão chamado Estevão. A Bíblia não fala
que Paulo (então Saulo) tenha jogado sequer uma pedra, mas ele consentia na sua morte.
Não satisfeito em perseguir os crentes de Jerusalém, Saulo pede cartas ao sumo
sacerdote para perseguir os cristãos de Damasco também. E cheio de ódio pelos cristãos ele
saiu em direção àquela cidade. Porém lhe ocorre um encontro mais que inesperado. Quando
ele já se aproximava da cidade, em pleno dia, algo brilhou mais do que o sol, uma
resplandecente luz do céu o cerca e ele cai por terra. E então ouve a voz do Senhor Jesus,
aquele a quem ele perseguia, falar com ele.
Este encontro transforma totalmente a vida daquele homem. O homem que ia cheio
de ódio, tão certo de si perseguir os cristãos, agora estava totalmente quebrantado, cego pela
luz brilhante, a manifestação gloriosa de Jesus Cristo. Como permanecer o mesmo depois de
um encontro desses? Então, reconhecendo a indescritível grandeza de quem lhe apareceu,
Paulo, agora completamente humilhado, pede uma direção a Jesus. Ao que Jesus responde
“Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer.”
Paulo entra em Damasco, cego, guiado pela mão. Seus planos de perseguição tinham
ido pelo ralo. Ele foi conduzido à casa de um certo Judas, e ali ficou três dias sem comer nem
beber e ainda sem recobrar a visão. Até que o Senhor Jesus lhe manda o auxílio.
Ananias, um crente de Damasco, recebe a missão de falar com Saulo. Não é difícil
imaginar o que se passou pela cabeça de Ananias por um instante, como ser o primeiro cristão
a ir falar com este homem que veio no intuito de destruir os cristãos? Mas Jesus o tranquiliza,
afirmando que Saulo era para Ele um instrumento escolhido. Então Ananias obedece. Ao
chegar ao endereço indicado Ananias encontra Saulo, explica sua missão e ora por ele. Logo
Saulo volta a enxergar, levanta-se e é batizado. Ele come alguma coisa, se fortalece recebe a
mensagem de Ananias que falava muito de sua missão futura e passa alguns dias com os
crentes daquela cidade.
Mas não demorou muito para que Saulo começasse a pregar entre os judeus nas
sinagogas. Só que, os judeus ficavam sem entender nada, o mesmo homem que veio de
Jerusalém para perseguir os cristãos em Damasco agora aparece pregando a mensagem dos
cristãos, que mudança!
Depois de passar alguns dias em Damasco Paulo se dirigiu para a Arábia. Que ponto
exatamente do território da Arábia não se sabe, mas muitos acreditam que seja próximo ao
Sinai. Durante estes anos Paulo provavelmente trabalhou para se suster e foi preparado pelo
Espírito Santo para aquilo que o futuro lhe reservava. Acredita-se que foi durante este período
que ele viveu as experiências citadas em II Cor. 12. É provável que ele tenha passado uns três
anos, talvez menos, nessa região.
Passados estes anos Paulo retorna para Damasco e empenha-se a pregar novamente o
evangelho. Isto com certeza deixou muita gente furiosa entre os judeus. Estes logo se
reuniram procurando uma maneira de matá-lo, de modo que convenceram até mesmo o rei
de Damasco, Aretas, que pôs guardas para vigiarem o entorno das muralhas da cidade em
busca de Paulo. Fugindo da perseguição o apóstolo é baixado dentro de um cesto pela muralha
da cidade e foge para Jerusalém.
A princípio os irmãos de Jerusalém não se sentiram muito confortáveis em ter Saulo de
volta a cidade. Nada mais natural, já que ele era um velho conhecido daquele povo como
perseguidor. Coube a Barnabé um papel muito importante naquele momento, pois ele se
aproximou de Saulo o apresentou aos apóstolos, e contou-lhes como este havia se convertido
e como pregara em Damasco.
Saulo passou quinze dias com Pedro naquela cidade, durante este tempo ele
aproveitou para debater o evangelho que havia recebido diretamente de Cristo, já que Pedro
era testemunha ocular de todo o ministério de Jesus. Ele também se encontrou com o
apóstolo João e com Tiago, o irmão do Senhor. Como Saulo parecia ser meio avesso ao ócio ele
saía e pregava o evangelho com muita ousadia. Até mesmo discutia com os gregos e por fim
estes já tramavam para matá-lo. Quando os irmãos ficam sabendo se reúnem e enviam Saulo
de volta a sua cidade natal, Tarso.
Enquanto Saulo está em Tarso, percorrendo toda aquela região, Barnabé se encontra
em Antioquia da Síria. E a igreja de Antioquia crescia muito, com muitas conversões de modo
que Barnabé sozinho estava tendo dificuldades para liderar todo aquele povo. É então que o
Espírito lhe faz lembrar-se de Saulo e ele parte em sua procura até achá-lo.
Ao encontrá-lo volta com ele para Antioquia. Paulo havia se preparado muito para
aquilo. Os dois trabalharam juntos naquela igreja por cerca de um ano. Ensinando, corrigindo,
pregando, de maneira que os membros daquela igreja foram os primeiros a serem chamados
cristãos.
Naquele tempo houve uma grande fome em Jerusalém. A Bíblia relata que havia um
grande numero de viúvas necessitadas naquela região. E ao que parece Barnabé encabeçou
um movimento na Igreja de Antioquia para recolher ofertas para aqueles crentes necessitados.
Uma generosa oferta foi alcançada e entregue por Paulo e Barnabé aos anciãos de Jerusalém.
O que comprova que os apóstolos não estavam na cidade. Terminada a missão Paulo e
Barnabé voltam para Antioquia levando Marcos com eles.
Capítulo 2

A primeira viagem missionária

Quando Jesus enviou Ananias à rua direita em Damasco para conversar com Saulo, ele
incluiu um chamado missionário na mensagem. Jesus disse a Ananias que Saulo seria enviado
também aos gentios.
Aconteceu enquanto a igreja de Antioquia estava em jejum, orando. O Espírito Santo
mandou que se separasse a Barnabé e Saulo para a obra a qual os havia chamado. E a igreja
obedeceu prontamente, impondo-lhes as mãos os enviaram. Assim partiram Barnabé, Saulo e
com eles João Marcos em direção a primeira viajem missionária.
Saíram eles de Antioquia em direção a Selêucia, cidade a beira-mar. De lá tomaram
uma embarcação e foram para a ilha de Chipre. Provavelmente foi Barnabé quem escolheu
este itinerário já que ele era natural daquela ilha. Chegando lá foram até a cidade de Salamina
onde pregaram nas sinagogas judaicas. Depois atravessaram a ilha até a cidade de Pafos, que
ficava do outro lado.
Em Pafos conheceram Sérgio Paulo o procônsul, que procurava com diligencia ouvir a
palavra do Senhor, mas estava sob influencia de um profeta judeu chamado Elimas, o
encantador. Então Paulo (chamado assim pela primeira vez), cheio do Espírito Santo, feriu de
cegueira a este Elimas. O procônsul ficou maravilhado ao ver este sinal e se converteu a cristo.
Parece que na cidade de Pafos é que Paulo assume a liderança do grupo como se pode
perceber no versículo 13.
De lá partiram para Perge, onde pode ter havido alguma desavença entre eles. João
Marcos aparta-se deles e volta para Jerusalém. Não se sabe os motivos que o levaram a tomar
esta decisão. Talvez alguma discussão com Paulo que era agora o líder espiritual ao invés de
Barnabé seu primo. Ou talvez foi só saudade de casa mesmo. O fato é que ele partiu e os
outros dois ficaram tão aborrecidos que nem pregaram naquela cidade, que era um centro
importante.
Foram então para Antioquia da Psídia por terra. A travessia deve ter sido trabalhosa já
que esta ultima cidade ficava a mais de mil metros de altitude. Quando chegaram a cidade
aguardaram até o sábado e se dirigiram à sinagoga. Depois da leitura da lei e dos profetas a
palavra foi passada a Paulo. Paulo começou a discorrer desde o princípio da história de Israel lá
no Egito até o cumprimento da promessa em Cristo, o que levou muitos judeus e prosélitos a
crerem naquelas palavras.
O efeito da pregação foi tremendo. Os gentios começaram a pedi-los que contassem a
eles também tudo aquilo. E no sábado seguinte quase toda a cidade se juntou para ouvi-los.
Mas isso suscitou uma grande inveja nos judeus incrédulos, que começaram a desmentir tudo
que eles pregavam. O que não impediu que um grande número de discípulos fosse feito,
especialmente entre os gentios.
De qualquer forma parece que esses judeus eram bastante influentes naquele lugar, e
logo deram um jeito de levantar umas mulheres e uns líderes da cidade para perseguirem
Paulo e Barnabé. E acabaram por expulsá-los da cidade. Eles porém sacudiram o pó de seus
pés e partiram para Icônio.
Icônio não ficava muito distante de Antioquia da Psídia e quando lá chegaram foram
direto para a sinagoga. Ali pregaram com muita ousadia e como resultado uma grande
multidão tanto de judeus com de gregos se rendeu aos pés do Senhor.
Porém mais uma vez judeus incrédulos se levantam para fazer oposição ao trabalho
evangelístico do apóstolo. E estes começaram a incitar os gentios da cidade para perseguirem
os que haviam se convertido. Apesar da oposição, Paulo e Barnabé continuaram entre eles por
bastante tempo, pregando a palavra de Deus e Deus dava testemunho de sua palavra através
de sinais e prodígios que eram operados naquele lugar.
A cidade ficou dividida. Alguns apoiavam os judeus incrédulos, outros porém apoiavam
o apóstolo e os novos cristãos. E assim foi até que os judeus se amotinaram para apedrejar
Paulo e Barnabé, de forma que estes quando ficaram sabendo tiveram que sair da cidade e
partiram em direção a Listra.
Chegando em Listra como de costume foram pregar o evangelho. E havia naquela
cidade um homem que era aleijado desde que nasceu, de forma que nunca havia andado. Ele
ouviu o evangelho pregado por Paulo e o apóstolo olhando para ele viu que no coração
daquele homem ele havia crido, tinha fé para receber a cura. Então Paulo disse em voz alta
que o homem se levantasse, e este logo se levantou e andou.
O povo pagão que estava próximo ao começou a falar em sua própria língua que os
pregadores eram deuses que se haviam feito homens e desceram até eles. E disseram que
Barnabé era Júpiter e Paulo era Mercúrio. E havia um templo de Júpiter próximo ao lugar do
milagre, de maneira que o sacerdote logo veio com touros e grinaldas para oferecer sacrifício
aos pregadores.
Quando ouviram a intenção dos locais, Paulo e Barnabé ficaram loucos da vida. E
trataram logo de impedir o que aqueles homens queriam fazer dizendo que eles eram apenas
homens comuns. Mas pouco tempo depois vieram uns judeus incrédulos e logo convenceram
aquele povo. E arrastaram Paulo para fora da cidade e o apedrejaram até acharem que ele
estava morto. Os discípulos o cercaram e ele se levantou pernoitou ainda na cidade e partiu
com Barnabé para Derbe no dia seguinte.
Pregaram a palavra em Derbe e arregimentaram muitos discípulos. Ali não se levantou
nenhuma oposição, eles puderam pregar livremente. Em Derbe teve fim a primeira viajem
missionária. Então o apóstolo retorna as cidades por onde havia passado.
Era necessário que se organizasse as igrejas. E foi isto que eles fizeram “Confirmando
os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas
tribulações nos importa entrar no reino de Deus.” – Atos 14.22. Elegeram então os
presbíteros de cada igreja, para liderar e zelar por cada uma delas.
Passaram também em Perge, cidade na qual não haviam pregado em primeiro
momento por estarem muito abalados com a desistência de João Marcos. Masque não poderia
ser ignorada por ser uma cidade de grande importância na região. Usando sempre o mesmo
método de pregar a palavra e organizar uma liderança, deixaram ali também uma igreja.
Cumprida a missão voltaram até Antioquia da Síria, o “quartel-general” de onde
começaram a viajem. Então reuniram os irmãos e contaram a todos eles as maravilhas que
Deus havia operado durante a viagem, dando ênfase especial a como o Senhor havia aberto
aos gentios as portas da fé.
O apóstolo deve ter passado em Antioquia aproximadamente um ano. Neste meio
tempo surgiu uma grande discussão no meio da igreja. Seria necessário que os gentios que se
haviam convertido guardassem a lei mosaica e a circuncisão? Paulo, Barnabé e a igreja de
Antioquia em massa afirmavam que não, mas uma pequena minoria, incitada por judaizantes
que haviam vindo de Jerusalém insistiam que sim. Então, apesar de a igreja de Antioquia ser
independente da de Jerusalém, resolve enviar Paulo, Barnabé e alguns irmãos até para irem
até lá esclarecer a posição da igreja única e não dividida.
Chegando em Jerusalém expuseram-lhes o assunto, dando testemunho de como Deus
havia operado entres os gentios durante a viajem missionária. A cúpula da igreja se reuniu, e
no meio da discussão Pedro se levanta e mostra a sua posição, que era a mesma de Paulo e
Barnabé. Mais uma vez Paulo e barnabé testificam das obras de Deus realizadas entre os
gentios. Então Tiago toma dá o seu parecer que os gentios devem se abster da idolatria, da
prostituição e do sangue e sugere que se escreva uma carta explicativa à igreja de Antioquia.
O episódio do chamado concílio de Jerusalém termina com uma grande vitória para o
evangelho da liberdade cristã.
Capítulo 3

A segunda viagem missionária

Passados alguns dias que os apóstolos se encontravam em Antioquia ensinando à


igreja e pregando, Paulo chama Barnabé para outra viagem missionária. Era necessário
fortalecer as igrejas recém-nascidas. Confirmar a fé daquele povo. Barnabé apoiou a idéia, mas
queria que levassem novamente a João Marcos, que os havia abandonado no meio da primeira
viajem missionária. Paulo se opôs fortemente e os dois discutiram de tal maneira que
resolveram partir separados.
Barnabé parte junto com João Marcos em direção ao Chipre. Paulo escolhe a Silas,
irmão que os havia acompanhado no episódio do concílio de Jerusalém, e parte para Síria e
Cilícia. Chegaram então a Derbe, provavelmente passaram algum tempo por lá sem serem
molestados por perseguidores, e avançaram até Listra.
Em Listra, cidade em que Paulo havia sido apedrejado até ser tido por morto, e onde
Timóteo morava e se convertera, Paulo encontra novamente o rapaz e o convida a fazer parte
da equipe. Timóteo era conhecido pelos irmãos da região por ser um rapaz piedoso. De forma
que o apóstolo toma a Timóteo e o circuncida, porque ele era filho de mãe judia e não era
bom que isto servisse de tropeço aos judeus, e o leva consigo.
E assim seguiram viajem, passando pelas igrejas que dantes haviam formado. Paulo
fazia questão de salientar as decisões do concílio. E assim as igrejas se fortaleciam e cresciam
em número de membros a cada dia.
Partindo Paulo e seus companheiros para a região da Frígia e da Galácia, quis ir para a
Ásia mas foi impedido pelo Espírito Santo. Então ele foi para Mísia e quis ir para a Bitínia mas
mais uma vez o Espírito não lho permitiu. Então o apóstolo partiu para Trôade.
Em Trôade Paulo teve uma visão de um macedônio que lhe pedia “Passa a Macedônia
e ajuda-nos”. A partir desse momento Lucas passa também a fazer parte da equipe, Paulo o
conhece em Trôade mesmo.
Partindo dali fizeram escalas em Samotrácia e em Neápolis, desembarcando por fim
em Filipos. É provável que ali não houvesse sinagoga judaica, já que aos sábados as orações
eram realizadas às margens do rio. Dirigiram-se então para lá o apóstolo e seus companheiros.
Ao chegarem assentaram-se e começaram a falar com algumas mulheres que estavam ali. Do
meio destas mulheres uma chamada Lídia atentou para o que Paulo dizia, e o Senhor abriu o
coração dela de modo que foi batizada, ela e suas companheiras. Então insistiu muito para que
os pregadores se hospedassem em sua casa.
Os pregadores saíram para o lugar de oração. Logo uma mulher com espírito de
adivinhação começou a segui-los. Ela era uma escrava e com este espírito dava muito lucro aos
seus senhores. Ela os seguiu por muitos dias, intrometendo-se no trabalho missionário de tal
forma que Paulo perdeu a paciência e ordenou ao espírito que deixasse a moça, e logo este lhe
obedeceu. Os senhores da escrava vendo que não teriam mais lucro nenhum advindo daquele
espírito abominável muito se iraram e arrastaram Paulo e Silas até os magistrados.
Os senhores da escrava expuseram a situação bem como quiseram de forma que uma
multidão se uniu a eles. Os magistrados então lhes rasgaram as vestes e mandaram que lhes
açoitassem com varas. Depois de muito apanhar foram lançados no cárcere.
Já era quase meia noite e dentro do cárcere Paulo e Silas oravam e cantavam louvores
a Deus. De repente sobreveio um grande terremoto naquele lugar que admiravelmente abriu
todas as portas do cárcere. O soldado que guardava aquelas selas ao perceber o ocorrido se
desesperou achando que os presos já tinham fugido, sacou a espada e ia suicidar-se. Paulo
logo gritou para que ele não fizesse aquilo pois ninguém havia fugido.
O soldado pediu uma luz. Tremendo atemorizado se lançou aos pés de Paulo e Silas e
os trouxe para fora. Saindo logo os perguntou: Senhores, que é necessário que eu faça para
me salvar?Ao que eles responderam: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E
pregaram a ele e a sua família o evangelho. O soldado tomou-os e cuidou dos vergões dos
açoites e deu lhes comida. Logo pela manhã os magistrados mandaram a ordem de soltura.
Saindo da prisão Paulo e Silas voltaram a casa de Lídia confortaram os irmãos e
partiram.
Depois de passar por duas outras cidades chegaram a Tessalônica. Esta era uma cidade
importante onde provavelmente habitavam muitos judeus. Paulo como de costume foi
primeiro a sinagoga e durante três dias conversou com os judeus daquele lugar explicando-
lhes como as escrituras se cumpriam em Cristo.
Muitos dentre eles creram, mas alguns invejosos do sucesso da pregação levantaram
mulheres influentes da sociedade e alguns vadios da cidade também. Invadiram a casa de
Jasom, homem influente que havia se convertido recentemente, em busca dos pregadores.
Como não os acharam tomaram o próprio Jasom e o levaram aos magistrados com várias
acusações. Jasom e os que com ele foram levados explicaram a real situação e tendo pago a
fiança foram liberados. Mas os irmãos acharam por bem enviarem naquela mesma noite os
missionários até Beréia.
Os judeus de Beréia adotaram uma postura diferente dos demais. Ao ouvir a pregação
tomaram as escrituras para conferir se o que os missionários falavam era verdade. E desta
forma muitos deles se converteram ao cristianismo, e também homens e mulheres gregos.
Mas os judeus de Tessalônica quando ouviram que Paulo pregava em Beréia se
levantaram para atrapalhar o seu trabalho. Porém os irmãos bereanos, ao receberem a noticia,
enviaram Paulo a Atenas e com recomendação de que o restante dos missionários, Silas,
Timóteo, e Lucas, fossem ter com ele o mais rápido possível.
Paulo enquanto esperava a chegada dos outros discípulos condoeu-se da idolatria dos
atenienses, de sorte que logo começou a pregar na sinagoga e na praça. Alguns filósofos
discutiam com ele e o encaminharam ao areópago, tendo curiosidade de conhecer a doutrina
ensinada por Paulo.
Paulo pregou com autoridade o discurso que está em Atos 17.16-34. Nenhuma igreja
foi fundada em Atenas, apesar de alguns atenienses haverem se convertido através do
discurso. Ali também não houve perseguição contra Paulo. Depois disto Paulo saiu de Atenas e
seguiu até Corinto.
Em Corinto Paulo conheceu Áquila e Priscila que assim como ele eram fabricantes de
tendas. Por terem a mesma profissão se uniram fazendo tendas. Aos sábados ele ia a sinagoga
pregar e convencia a judeus e a gregos de forma que muita gente se converteu.
Pouco tempo depois Timóteo Silas e Lucas chegaram em Corinto em Paulo recobrado
de ânimo dizia aos judeus que Jesus era o messias esperado, porém eles não lhe ouviram, pelo
contrário, blasfemaram. Paulo, desgostoso, lavou suas mãos daqueles homens e focou mais na
pregação aos gentios.
A situação moral daquela cidade era bastante crítica, a ponto de o apóstolo quase
desistir da pregação ali. Mas uma visão do Senhor o confortou dizendo que ali ainda havia
muita gente a ser salva. Paulo ficou ali um ano e meio até que os judeus se levantaram e o
levaram a Gaio, autoridade local. Mas Gaio não deu ouvidos as lamúrias daquele povo o que
favoreceu grandemente o evangelho na região.
Paulo passou mais um tempo com os irmãos daquela cidade, mas precisava voltar a
Antioquia. Partiu em viagem levando com ele Priscila e Áquila. Paulo não foi diretamente para
Antioquia, mas passou primeiro em Éfeso, onde pregou na sinagoga. Os irmãos em Éfeso
insistiram para que o apóstolo permanecesse com eles, mas ele partiu, deixando ali Áquila e
Priscila.
Chegou a Cesaréia, cidade portuária e cede do governo romano na Judéia. Dali partiu
para Jerusalém, onde saudou os irmãos e sem muita demora seguiu para Antioquia. Dessa
forma terminou mais uma viagem missionária. Paulo passou mais alguns dias em Antioquia, o
que lhe deu tempo de relatar aos irmãos ali presentes os fatos ocorridos durante a viagem.
Além, é claro, de se preparar para a próxima.
Capítulo 4

A terceira viagem missionária


Paulo partiu de Antioquia e rumou às regiões a Galácia e da Frígia, onde confortou os
irmãos que havia nas igrejas. Depois disso foi para a região de Éfeso, onde encontrou alguns
discípulos de Apolo (que até então só conhecia os fatos até João Batista). E batizou-os em
nome de Jesus e sobre eles desceu o Espírito Santo. Paulo passou em Éfeso três anos, o maior
período que ele passa em uma mesma cidade em todas as viagens missionárias.
A cidade de Éfeso era um grande centro na época. Lá estava o templo da deusa Diana,
considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Era portanto uma cidade muito
influenciada pelo paganismo. E foi nesta mesma cidade que o apóstolo João exerceu ministério
mais tarde.
Deus operava grandes milagres naquela cidade por intermédio de Paulo. Até os lenços
que o apóstolo usava eram levados aos doentes e estes eram curados. Muitos místicos da
cidade, que seguiam as artes mágicas se converteram e trouxeram seus livros para serem
queimados. Muitos outros vinham e de arrependimento confessavam seus pecados. E assim a
comunidade cristã ali cresceu enormemente e o nome do Senhor era glorificado.
Mas ocorreu um grande levante na cidade provocado por Demétrio. Demétrio era
ourives, fabricava uma espécie de adorno de prata, uma miniatura da deusa Diana, e com isso
obtinha muito lucro. Mas como muitos dos Efésios estavam se convertendo e abandonando o
paganismo as vendas de Demétrio declinaram consideravelmente. Ele logo tratou de reunir os
outros ourives da cidade que realizavam trabalho semelhante.
A coisa cresceu de tal maneira que a confusão tomou toda a cidade. Tinha gente no
meio da multidão que nem sabia por que estava ali. Os homens de Demétrio tomaram dois
irmãos, Gaio e Aristarco, e os arrastaram ao teatro da cidade. Paulo quando ouviu isso quis
logo ir até lá, mas os irmãos insistiram muito com ele para que não fosse. No fim das contas
uma autoridade da cidade acabou por apaziguar a situação.
Acabada aquela confusão, Paulo se despediu dos irmãos e partiu para a região da
Macedônia, onde exortou os macedônios e partiu dali à Grécia e lá permaneceu por três
meses. Em seguida navegou para Ásia indo até Trôade. Em Trôade os discípulos se reuniram
num cenáculo para partir o pão. Paulo discursou largamente entre eles, foi então que um
rapaz que estava assentado na janela do cenáculo cochilou e acabou caindo da janela, que era
no terceiro andar. Logo constataram que o rapaz havia morrido e Paulo desceu até onde ele
estava. Abraçando o rapaz tranqüilizou o povo, o jovem vivia novamente.
Depois do incidente Paulo partiu por terra até Assôs, o resto dos seus companheiros
de viagem embarcaram em um navio. Chegando lá se encontraram novamente e foram para
Mitilene de Mitilene fizeram algumas escalas até aportarem em Mileto. Mileto ficava a apenas
trinta quilômetros de Éfeso, mas Paulo não quis retornar até lá, antes mandou que se
chamassem os líderes daquela igreja para que viessem se encontrar com ele. Ele já sentia que
não mais veria aquelas pessoas e proferiu o discurso que está registrado em Atos 20.18-35. E
todos os líderes da igreja se entristeceram muito porque não veriam mais Paulo.
Depois desta despedida Paulo embarcou e partiu para Cós, passou por Rodes e chegou
a Pátara onde tomou um navio que ia para a Fenícia. Chegaram a Tiro e ali encontraram irmãos
com os quais passaram sete dias. Depois de mais uma triste despedida partiram novamente
até que chegaram a Cesaréia. Ali ficaram por muitos dias, na casa de um evangelista chamado
Filipe. Certo dia o profeta Ágabo da Judéia veio ter com Pauloe lhe disse que os judeus
haveriam de prendê-lo. Ouvindo isso todos os amigos de Paulo insistiram para que este não
fosse a Jerusalém, ao que Paulo respondeu que estava pronto não só a ser preso mas também
a morrer por Jesus se assim fosse necessário.
Assim partiram para Jerusalém, eles e alguns irmãos de Cesaréia. Estava terminada a
terceira viajem missionária de Paulo

Capítulo 5

Perseguição em Jerusalém e prisão em Roma


Assim que chegaram a Jerusalém, Paulo e seus companheiros foram ter com os irmãos,
que os receberam de muito boa vontade. Depois disso, no dia seguinte, foi para a casa de
Tiago, onde se reuniram ao redor dele todos os líderes da igreja local. Paulo contou a eles o
que havia ocorrido nesta ultima viajem, e mais uma vez deu uma Tonica especial a maneira
como Deus havia operado entre os gentios.
Os irmãos ficaram muito felizes ao ouvir este relato, e glorificaram a Deus. Porém era
necessário avisar Paulo que os judaizantes já sabiam da sua chegada em Jerusalém. E assim
fizeram, aconselhando que o apóstolo fizesse voto conforme o costume judaico. Paulo não
objetou e fez voto de sete dias de duração.
Ao término do período do voto Paulo se dirigiu ao templo para oferecer a oferta
devida. Quando um grupo de judeus da Ásia viu Paulo ali no templo logo o agarraram e o
arrastaram para fora do templo fazendo grande estardalhaço. Os homens começaram a bater
no apóstolo e queriam matá-lo. Logo porém, chegaram os guardas romanos, e quando os
baderneiros os viram pararam o ataque.
O comandante prendeu Paulo e o encaminhou para a fortaleza, que não ficava muito
distante. Quando chegaram nas escadarias, com a multidão seguindo o destacamento militar
que levava Paulo e gritando para que o matassem, o apóstolo pediu uma oportunidade para se
dirigir ao povo. O soldado consentiu. Então Paulo dá o seu testemunho de vida e conversão. Os
homens ouviram em silêncio o seu testemunho até que ele disse que havia sido enviado para
pregar aos gentios. Então a turba volta a clamar: Matem-no!
O comandante não entendeu direito o que se passava, deu ordens para que Paulo
fosse interrogado sob açoites. Quando os soldados o amarraram Paulo declarou que era
cidadão romano.Que peso tinha esta cidadania entre aqueles homens! Logo o comandante
ordenou que os interrogadores se afastassem e com muito cuidado o conduziu para a
fortaleza.
No dia seguinte Paulo foi levado perante o Sinédrio, pois os romanos queriam
entender por que Paulo foi acusado. O Sinédrio de então era composto por fariseus e
saduceus, sendo que estes últimos não criam em anjos, espíritos ou ressurreição dos mortos.
Paulo, sabedor disso, disse que estava sendo julgado por causa da ressurreição dos mortos.
Logo aquele tribunal se dividiu e houve uma grande confusão ali. O comandante temendo que
despedaçassem Paulo no meio daquela briga deu ordem para que os soldados o tirassem dali
depressa e o conduzissem à fortaleza. Assim o apóstolo passou mais uma noite sob custódia.
Na noite seguinte, na fortaleza, o Senhor apareceu a Paulo e lhe confortou dizendo
que assim como testemunhara o seu nome em Jerusalém, também o faria em Roma. Logo ao
amanhecer do mesmo dia mais de quarenta judeus se reuniram, e conspirando contra Paulo
juraram sob pena de maldição não comer nem beber nada até que houvessem matado o
apóstolo.
Um sobrinho de Paulo ouve o plano e logo vai à fortaleza alertá-lo e conta ao
comandante romano sobre a cilada judaica. Paulo é enviado a Cesaréia sob forte proteção
romana, para guarda de sua própria vida, junto com uma carta destinada ao governador Félix.
Com cinco dias que Paulo estava em Cesaréia os seus acusadores chegaram, então houve a
audiência. Paulo se defendeu de todas as acusações dos judeus, mas continuava preso pela má
vontade de Félix, que queria dinheiro para o soltar.
Paulo passou dois anos preso ali até que Felix foi substituído no governo da Judéia por
Festo. Três dias após tomar posse Festo foi a Jerusalém , onde os judeus aproveitando o ensejo
pediram que Paulo fosse enviado de volta para ser julgado pelo Sinédrio novamente. Festo
negou o pedido, disse que quisesse acusar Paulo que o fizesse em Cesaréia, e cerca de dez dias
depois partiu para lá novamente. Junto com ele foram alguns para acusar Paulo. Durante a
acusação Paulo logo percebeu que Festo, que acabara de tomar posse, se inclinava
naturalmente a agradar seus súditos, portanto apelou para César. Pouco tempo depois
Herodes Agripa II veio com sua esposa Berenice cumprimentar Festo pelo cargo recebido.
Agripa demonstrou grande interesse pelo caso de Paulo, e como Festo não tinha nenhuma boa
acusação formada para enviar junto com o preso a César, contava com a ajuda de Agripa no
caso.
O apóstolo discursou diante daqueles poderosos homens. Nesta ocasião Festo disse
que Paulo estava louco, e Agripa também fez pouco caso dele, mas analisando a situação
perceberam que não havia nada de grave contra ele e que, se não houvesse apelado para
César poderia ser solto sem problemas.
Ficou decidido que Paulo seria enviado a Roma. Lucas e Aristarco o acompanharam, e
mais alguns outros presos. Um centurião de nome Júlio ficou encarregado de escoltá-los.
Então embarcaram todos em um navio que os conduziu até Mirra, ali trocaram de
embarcação, tomando um navio que vinha de Alexandria e ia para a Itália. A navegação foi
muito difícil, enfrentaram grande tempestade, perderam todos os bens que havia no navio e
com muito custo chegaram a uma ilha chamada Malta.
Os nativos da ilha receberam muito bem àqueles homens e ali passaram o inverno.
Deus realizou muitos milagres naquela ilha através da vida de Paulo, inclusive a cura do líder
da ilha. Terminado este período tomaram outro navio e partiram. Após algumas escalas até
desembarcarem em Potéoli, dali partiram por terra para a capital romana.
Chegando em Roma a notícia de que Paulo ali estava, os crentes daquela cidade
vieram ao seu encontro, o que alegrou e confortou muito o apóstolo. A Paulo foi permitido
ficar em prisão domiciliar junto com um soldado que o guardava. Três dias após sua chegada
mandou convocar os líderes judeus daquela região e contou-lhes o que lhe havia acontecido e
pregou o evangelho. Alguns creram, muitos não. Paulo passou ali, preso em sua própria casa
dois anos. Ali ele pregou a muitos que vinham ouvi-lo, ali também escreveu algumas das suas
cartas.Assim termina o relato de Lucas no livro de Atos.
Capítulo 6

O fim da vida terrena

Paulo foi julgado perante César e absolvido. É provável que tenha vivido em liberdade por mais
dois ou três anos. E provavelmente os aproveitou para mais uma vez empreender uma viajem
missionária. A tradição afirma que Paulo viajou até a região que hoje compreende a Espanha e
Portugal, podendo até mesmo ter pregado na Inglaterra. Voltou depois para a Macedônia
onde escreveu sua primeira carta a Timóteo e sua carta a Tito.
Neste meio tempo Nero manda incendiar Roma, e quando pressionado pelo povo
jogou logo a culpa nos cristãos. A perseguição sob Nero foi muito cruel e covarde. O imperador
começou então, nesta busca desenfreada, a procurar por Paulo, que foi delatado talvez por
Alexandre (citado em II Timóteo) e assim preso. Paulo foi julgado e num primeiro momento se
safou de ser executado à terrível maneira romana, lançado às feras já que era cidadão romano.
Paulo vai então para o cárcere, e se queixa da solidão ali. Os crentes não deviam vista-
lo muito, provavelmente por medo de serem acusados como seus cúmplices. Paulo foi julgado
em um processo demorado. Veio então a sentença, o apóstolo seria decapitado. No dia
marcado o apóstolo foi levado entre os soldados e a sentença foi executada. Assim acabou a
vida terrena de Paulo, mas os frutos das grandes obras que o Senhor operou através da vida
deste homem são colhidos até hoje pela cristandade.

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