Sei sulla pagina 1di 5

ESCOLA BÍBLICA PERMANENTE SIÃO

CURSO MÉDIO EM TEOLOGIA

HERMENÊUTICA
BÍBLICA
JEFERSON DA SILVA PIMENTEL
IZABELLA PIMENTEL
PROFESSOR MARCONI RANGEL

BELO HORIZONTE
MAIO DE 2017
ATIVIDADE: PROCURAR O SIGNIFICADO DO TRECHO DE
ROMANOS 8.28 UTILIZANDO AS REGRAS HERMENÊUTICAS.

“E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”

1) Avaliação de acordo com o Comentário Beacon 1ª edição (2008)


O termo sabemos parece estar em contraste com a expressão “não
sabemos” do versículo 26. Nós podemos não saber, mas “aquele que examina os
corações sabe” (v. 27); Ele sabe, e nele nós podemos saber. O versículo 28,
portanto, é uma conexão entre o que Paulo acaba de escrever e o que ele irá nos
dizer a seguir. “O Espírito traz a garantia não apenas da filiação, como no versículo
16, mas da segurança”. Nós só sabemos por que o Espírito sabe, e nos comunica o
seu conhecimento.
Todas as coisas (panta) é literalmente “tudo”, e não simplesmente todas
as coisas (ta panta) da ordem espiritual. Paulo está incluindo literalmente “tudo”.
Deus faz com que as coisas que, independentemente ou por si mesmas provam ser
nossos erros, contribuam para o nosso bem definitivo. Isto sabemos, se tivermos o
Espírito.
Este conhecimento é a propriedade, em primeiro lugar, daqueles que
amam a Deus (tois agaposin ton theon). Paulo raramente descreve os cristãos
como aqueles que amam a Deus. Normalmente, ele prefere a palavra crer. Não há
um único exemplo onde o substantivo ágape significa claramente o nosso amor a
Deus. Agape, para Paulo e João é basicamente o amor que Deus nos mostrou ao
enviar o seu Filho e também é o próprio amor de Deus por nós em Cristo. A
expressão “Aqueles que amam a Deus” (NASB) é, assim, uma designação suficiente
para os cristãos. Mas como indica a citação que Jesus faz de Deuteronômio 6.4-5, o
amor por Deus é mais do que uma resposta emocional - é a devoção da completa
personalidade de uma pessoa a Deus. E a devoção de Jó, cujo amor não se devia a
razões egoístas. É a devoção que diz: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó
13.15). Adam Clarke observa que aqueles que amam a Deus são aqueles “que
vivem no espírito da obediência”.
A convicção de que Deus faz com que todas as coisas contribuam
juntamente para o bem é o privilégio, em segundo lugar, daqueles que são
chamados por seu decreto (tois kataprothesin kletois ousin). Como cristãos, nós
amamos a Deus, mas isto não explica por que todas as coisas devam contribuir
juntamente para o nosso bem. “A razão para isso não se encontra em nós, mas no
objetivo eterno de Deus. Aqueles que amam a Deus não trouxeram isto de si
mesmos, mas isto lhes foi dado pelo chamado que foi feito por Deus, que tem como
base o seu objetivo eterno”. “Chamado” é a realização, na história, do decreto
eterno de Deus, e é neste decreto que está a segurança definitiva da salvação.
Ao designar os cristãos como aqueles que amam a Deus, Paulo está
encarando subjetivamente a vida cristã; mas ao prosseguir referindo-se a eles como
chamados por seu decreto, ele suscita toda a discussão sobre o plano objetivo do
propósito divino. Então ele prossegue com uma série de sentenças que foram
chamadas as mais objetivas que se podem encontrar no Novo Testamento.
Aqueles que amam a Deus são, portanto, aqueles que desde a
eternidade Deus escolheu para desfrutar a sua salvação. São aqueles que Deus
redimiu pela sua graça maravilhosa. Numa imagem viva, Barth escreve: “Ele sabia a
respeito deles e, sabendo e pensando neles, lhes deu o seu objetivo
antecipadamente, ou seja, por ele mesmo, no poder da sua poderosa misericórdia
que existia antes que existisse o mundo. Embora eles ainda fossem surdos, ele os
chamou pela sua Palavra; embora eles ainda fossem descrentes, ele lhes disse,
enquanto ouviam toda a criação celestial, que eram justos; embora eles ainda
estivessem sujeitos à tentação, ele os vestiu com a sua própria glória”. Isto ocorreu
porque ele é “Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como
se já fossem” (4.17). A nossa redenção não é a realização dos nossos propósitos
humanos inconstantes ou das nossas escolhas autodefinidas; antes, é a
representação da realização do plano eterno de Deus. Somente repousando nesta
fé poderemos conhecer a paz e a segurança.

2) Avaliação de acordo com o Comentário Champlin 10ª reimpressão (1998)


Há uma progressão de ideias que devemos observar no tocante a este
texto:
 A natureza ainda não redimida, é pintada como algo que aguarda com intensa
expectação a manifestação dos filhos de Deus, a plena concretização do mais
elevado destino humano possível, porquanto, nessa redenção, a criação inteira
será redimida de alguma maneira, já que haverá uma restauração geral, a mais
elevada manifestação da qual será a redenção dos homens eleitos;
 Porém, além da natureza, o próprio crente, já tendo provado da redenção, em
seus estágios iniciais, através da presença habitadora do Espírito Santo, é
retratado como alguém que ‘geme’ e anela para ver a plena concretização de sua
redenção;
 Além disso, o próprio Espírito Santo é pintado como alguém que ‘geme’, embora
o faça no interior do crente, em suas orações, como também fora do crente, na
qualidade de intercessor; e isso, semelhantemente, como o propósito de levar ao
seu cumprimento a vontade de Deus, no que tange aos remidos;
 É então que atingimos o ápice de toda a existência e poder, Deus Pai. Agora se
vê que ele é o verdadeiro agente por detrás de todo esse esforço de
concretização espiritual. O próprio Deus opera todas as coisas, visando ao nosso
bem. Foi Deus quem traçou o plano da redenção e quem enviou tanto a Deus
Filho como a Deus Espírito Santo para executá-lo. Portanto, ele reúne todos os
esforços e os coordena, visando ao grande propósito de cumprir a total redenção
dos eleitos, de modo que venham a participar da natureza moral e metafísica do
próprio Cristo. Notemos, pois, como em tudo isso se vê certa gradação:
primeiramente é a criação inteira que se esforça; em seguida é o próprio crente;
então é o Espírito Santo; e, finalmente, é o pai quem se esforça, visando ao
mesmo alvo.
“...para o bem...”, este versículo tem sido largamente usado para
proclamar que todos os incidentes da vida contribuem para o nosso bem; e com
razão essa é uma famosa declaração que dá apoio ao conceito que a vida toda se
reveste de desígnio. Porém, o verdadeiro bem que aqui é mencionado é o alvo de
todas as coias, a plena redenção dos filhos de Deus. Esse é o bem que é ordenado
e controlado por Deus, o elevado destino dos homens. Portanto, em nossa
popularização do versículo, não devemos olvidar que o contexto se refere,
especificamente, à glória celeste, pois esse é o grande bem para todos os homens
que creem.
“...chamados segundo o seu propósito...”, esse propósito de Deus não
visa dar a entender especificamente o tipo de vida que ele quer que cada crente
tenha, sua escolha de profissão, e nem a vontade de Deus no que diz respeito às
grandes vicissitudes da vida, mas visa, mais especificamente, ao grande propósito
divido da redenção humana. Alguns indivíduos, pois, são chamados ou eleitos para
receberem os benefícios desse propósito. Tanto a doutrina do livre arbítrio humano
como a doutrina da eleição são ensinadas nas Escrituras; e ambos esses aspectos
da verdade expressam a mente divina, embora não disponhamos de meios de
reconciliá-los em nossa mente. Tão somente confiamos que são lados diversos de
uma mesma verdade, o que significa que temos aqui uma declaração ou verdade
que parece votar-se contra si mesma. De acordo com esse paradoxo, os homens
são agentes morais atraídos por Deus Pai. Há, portanto, uma ação conjunta da
liberdade humana em cooperação com o poder divino selecionador. Que o livre
arbítrio humano e a vontade divina reagem entre si é algo comprovado pela
experiência; mas como se verifica isso, e como Deus se utiliza da vontade do
homem sem destruí-la, não sabemos afirmá-lo. Entretanto, o chamamento ou
eleição divina não serve de empecilho a qualquer indivíduo, porquanto existem
várias passagens claras das Escrituras no sentido que todos quantos queiram vir a
Cristo tem o direito de fazê-lo, e que, de uma maneira ou de outra, levando em sua
cruz, Cristo atrai a todos os homens a si mesmo.
“... amam a Deus...”, essa será a grande característica dos verdadeiros
crentes. O amor, em qualquer de seus vários aspectos, envolve a santidade, pois
jamais pratica o mal contra outrem. Envolve sacrifício e renúncia, pois é a inspiração
de todo serviço que se torna aceitável diante de Deus. O amor é a prova da
espiritualidade: nasce da regeneração, e sem esta não haverá qualquer
espiritualidade.
Dentro da palavra “... propósito...” encontramos o problema teológico da
eleição divina. Essa palavra subentende uma decisão inteligente. A eleição e a
chamada são ideias correlativas inseparáveis; onde uma tem lugar, a outra também
tem. É suficiente dizermos que, por um lado, as Escrituras dão constante
testemunho sobre o fato de que todos os crentes são escolhidos e chamados por
Deus, envolvendo isso toda a sua vida espiritual, em sua origem, progresso e
contemplação, como algo proveniente de Deus; enquanto que, por outro lado, o seu
testemunho não é menos precioso que ele deseja que todos os homens sejam
salvos, e que ninguém venha a perecer, exceto pela rejeição voluntária da verdade.
Paulo aceita sem hesitação a plena livre agência do homem; mas, por
detrás de tudo, e através de tudo, faz transparecer o senhoria de Deus, como aqui,
olhado-o por seu prisma gracioso.
A palavra inicial deste versículo, “... sabemos...” é uma declaração de
conhecimento vinculada aos elevados significados do presente versículo, conforme
fica melhor esclarecido nos pontos abaixo:
 Sabemos por meio do conhecimento cristão, que nos é dado através do
testemunho prestado pelo Espírito Santo em nosso íntimo;
 Sabemos por meio da revelação interna, embora também cheguemos a
saber, através da revelação externa, isto é, mediante os profetas e suas
profecias, que foram preservadas nas Escrituras;
 O conhecimento expresso na alma, que recebe comunicações da parte de
Deus, sobre importantes questões espirituais é aqui focalizado;
 Também conhecemos através da experiência humana. A nossa experiência
da vida diária, como seres humanos e como crentes, nos ensina a confiar
nesses elevados princípios, como confirmações do desígnio beneficente de
Deus em favor dos homens;
 Por igual modo, conhecemos através da razão. A verdade é que a razão é um
meio suficiente para ensinar-nos que deus não haveria de ter criado um ser
tão complexo como é o homem, somente para abandoná-lo na morte eterna.
Deus necessariamente existe; e também deve existir a alma; deve haver
desígnio para a própria existência; deve haver uma perfeição que nos
convenha procurar atingir; deve haver recompensa e castigo, glória e
julgamento, bem como sofrimento que conduz a essa glória. A própria razão
mostra-nos essas coisas, que são subsequentemente confirmadas pela
revelação e pela experiência humana.
“... para o bem...”, diz Newell: “coisas sombrias e coisas brilhantes; coisas
felizes e coisas tristes; coisas doces e coisas amargas; tempos de prosperidade e
tempos de adversidade. A ‘grande mulher’, a sunamita, cujo filho estava morto em
casa, respondeu à pergunta de Eliseu, ‘vai tudo bem com a criança?’, com ‘vai tudo
bem’.”.

Potrebbero piacerti anche