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A LITERATURA NA ESCOLA: UMA NOVA METODOLOGIA

Autor: Rubens Lima


Co-Autoras: Alécia Lopes, Jéssica Lacerda, Lorenna Araújo, Vera Nobre

Resumo: Introdução: A literatura é a disciplina mais importante a ser trabalhada na


escola, principalmente levando em consideração sua interdisciplinaridade e a prática da
leitura através de histórias que enriquecem o conhecimento dos alunos, além de lhes dar
uma visão crítica da sociedade. Objetivo: O objetivo deste artigo é enfatizar a
importância da literatura nos parâmetros escolares, e como a leitura e outras atividades
relacionadas a esta arte podem contribuir para a formação de nossos alunos. Durante as
atividades do PIBID com oficinas de leitura na Escola Estadual Pio XII – Januária –
MG, descobriu-se o quanto as crianças e os adolescentes foram dominados pelos meios
de comunicação, o que contribuiu, junto à falta de incentivo dos pais, para que o hábito
de leitura não fosse despertado, assim como eles não conseguiam absorver o
conhecimento existente por trás das histórias. Metodologia: durante as oficinas, decidiu-
se utilizar um método bastante eficaz: à medida que se trabalhou diferentes gêneros
literários com as turmas do Ensino Fundamental II, foram trazidas dinâmicas e
atividades que estimularam o interesse pela leitura e, com base nos resultados obtidos
deste trabalho, buscou-se mostrar aos alunos os ensinamentos que as histórias possuíam
e as semelhanças que elas tinham com a realidade. Para que as oficinas não ficassem
monótonas, aplicaram-se outras atividades como cinema e teatro, porém não se
distanciou da proposta literária. Ao invés de se impor obras aos alunos como leituras
obrigatórias, apresentou-se a opção da escolha, trabalhando com eles histórias
divertidas, às quais conseguiram cativá-los. Resultados: verificou-se que o trabalho
realizado nas oficinas de leitura do PIBID contribuiu para uma mudança bastante
significativa, pois suscitou nos alunos que participaram das atividades uma visão crítica
da literatura, levando-os a entender que a leitura literária é de suma importância para a
formação intelectual, pois, com o conhecimento adquirido por meio dela, o aluno
conseguirá vencer as adversidades ao longo de sua vivência social. Conclusão:
constatou-se que as dinâmicas e atividades diferenciadas relacionadas à prática da
literatura literária são capazes de despertar mudanças consideráveis na vida dos alunos,
que ela não precisa ser imposta de forma rígida, mas ensinada de forma divertida e
prazerosa e assim, formar leitores críticos e reflexivos. Apoio Financeiro: CAPES
Palavras-chave: leitura, psicanálise, ensino
Abstract: In this article we discuss how the literature is applied in schools and how it
interferes in the lives of students, emphasizing the teachings that exist behind the stories
and proposing a more effective method to work it, because literature is the most
important disciplines mainly by its interdisciplinary character.
Key-words: reading, psychoanalysis, education

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O surgimento de obras específicas para crianças foi, e é de grande importância,


visto que “é o meio ideal não só para auxiliá-las a desenvolver suas potencialidades
naturais, como também para auxiliá-las nas várias etapas de amadurecimento que
medeiam entre infância e a idade adulta” (COELHO, 2000, p.43).
Embora a literatura infantil seja importante, sua solidificação só ocorreu no
século XIII com o intuito de impor ideologias, e formar mentalidades, corrobora
AGUIAR que:
A ascensão da burguesia, na sociedade europeia durante o século XIII, o
crescimento da sua capacidade econômica e a consequente conquista de
mais poder político resultaram em uma nova ordem social e cultural (...).
Logo, passou-se a investir na educação como forma de prepará-lo [o
sujeito] para a vida adulta. A infância tornou-se, assim, a partir dessa
época, o centro das atenções (...). Neste contexto, a literatura infantil,
surgiu e serviu à proposta burguesa de formar mentalidades, de impor a
sua ideologia.
(AGUIAR, 2001, p.23)

Vale ressaltar que a literatura infantil ampliou-se e teve modificações.


Inicialmente tinha um caráter formador de moralidade , e aspecto pedagógico, mas,
atualmente vai além de ser um meio de entretenimento, distração e atividade prazerosa
para a criança. A literatura para crianças proporciona-lhes condições de reflexões e
experiências. Por meio de planos imaginários, as crianças associam a vida real ao
mundo de fantasias. Desse mundo elas buscam soluções e encontram coragem para lidar
com os problemas, assim o mundo real envolve-se no imaginário como aponta
COELHO (2000):

A literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor; é arte:


fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a
vida através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o
imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização.
(COELHO, 2000, p.27).

A RELAÇÃO DO ALUNO COM A LEITURA

A leitura é um fator extremamente importante no processo de desenvolvimento


humano e na construção da personalidade. É a forma que as pessoas encontram para
interagir no meio social em que vivem. A emoção da leitura está fortemente presente na
literatura, pois ela tem a capacidade de transformar os sentimentos humanos, de fazer
“viajar” pelo mundo da imaginação e de tornar o indivíduo capaz de compreender e
modificar o ambiente ao seu redor, pois a literatura é também uma forma de ver o
mundo e de se enxergar dentro dele.
A literatura é um movimento artístico e formador das mentes infantis, portanto,
faz se necessário modificar os métodos tradicionais, trazer para os alunos mais
dinamismo no ensino.
Desenvolver o interesse e o hábito de leitura é um processo constante, que
começa muito cedo e continua perpetuamente. A capacidade de ler está intimamente
ligada à motivação, e quando essa motivação não começa em casa, compete aos
professores desempenhar esse importante papel: ensinar a criança a ler e a gostar de ler.
De acordo com COELHO (2000), devemos adequar os textos às diversas etapas
do desenvolvimento infanto-juvenil. Portanto, cada etapa da evolução exige um tipo de
leitura diferente e trabalhar essa mudança é primordial, pois a partir do momento em
que a criança começa a entender o mundo a sua volta ela se torna capaz de controlar
suas emoções e decodificá-las.

A aplicação de métodos tradicionais não estimula no aluno o


interesse pela disciplina, causando assim uma aprendizagem
mecânica e desprazerosa. A ideia é criar artifícios didáticos, assim
sendo, a literatura deve deixar de ser vista apenas como uma
disciplina, ela deve ser entendida como uma arte, na qual o
professor tem a função de transformar a brincadeira em prática
educativa e mostrar ao aluno que estudar literatura é prazeroso. A
literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte:
fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem e a
vida através da palavra.
(COELHO, 2000, p.27).

Nesse sentido, é essencial procurar meios de mostrar às crianças o prazer e a


emoção que cada história pode proporcionar, e atentar para a importância de trabalhar
com os alunos o ensinamento de cada uma, incentivá-los a buscar a aplicação dessas
histórias na vida real, dando a oportunidade de interagir, de “entrar” na história, deixá-
los livres para criar um novo ensinamento, estabelecendo assim um contato maior do
aluno com a história.
É através da literatura que a criança desperta uma nova relação com diferentes
sentimentos e visões de mundo, adequando assim, condições para o desenvolvimento
intelectual.
Segundo ZILBERMAN (1998, p. 13), “Os primeiros livros para crianças foram
produzidos ao final do século 17 e durante o século 18.” Antes disso, as crianças
deveriam ser adultas, não era considerada a fase de imaturidade e não tinham infância.
A partir daí, com as mudanças sobre a noção de família, surgiu a literatura infantil para
ajudar na formação intelectual das crianças.
O regresso retrocesso da prática de leitura vem aumentando, o que é bastante
preocupante para professores e pais. A falta de leitura faz alunos sem conhecimento e de
com vocabulário pobre ou ... faz alunos sem conhecimento e sem vocabulário amplo,
vasto . Mas qual será o motivo desse regresso? Por que as crianças estão a cada dia
perdendo o interesse pela leitura?
As crianças têm contato com livros desde muito novas, e a escola é o lugar que
onde elas têm grande chance de se tornarem leitoras, porém, nem sempre as escolas
trabalham a literatura de forma correta, de forma que o aluno venha a tomar gosto por
ela e fazer dela sua grande companheira. Inserida no sistema modernizado, a escola
entrega para a criança um livro de acordo com sua faixa etária e não a deixa escolher
sozinha, fazendo que com imobilizando-a a descobrir seus próprios gostos.
Com a informática e os meios de comunicação de massa, as bibliotecas
perderam os leitores e o ritmo diminuiu bastante. A internet não é o único meio para se
obter informações e se manter atualizado, nos livros também encontramos esses
benefícios, porém as crianças não mais interessam por pegar um determinado livro e lê-
lo pelo fato da internet chamar mais atenção e ser mais influenciadora.
No nosso sistema de ensino, a leitura é tida como obrigatória, não por prazer. A
literatura desperta a imaginação, a fantasia, o sonho, enriquecendo assim a inteligência
de quem lê.
O problema da escolha das obras literárias causa essa grande aversão à leitura. A
escola seleciona aquelas que estão relacionadas aos costumes e tradições, e não atendem
às necessidades especiais dos alunos.
O número de crianças com dificuldades da na escrita e na comunicação também
surge pela falta de leitura. Infelizmente encontram-se crianças no sexto ano que não
conseguem ler nem escrever, o que as deixam atrasadas comparadas aos demais alunos
que têm a prática.

A PSICANÁLISE DAS HISTÓRIAS

Todas as histórias, desde os contos de fadas dos Irmãos Grimm, às famosas


fábulas, até os clássicos exigidos como leitura pela escola, têm uma filosofia de vida
que expressa um universo imaginário em cada um dos alunos. As histórias são belas e
possuem grandes ensinamentos, os quais são absorvidos para toda uma vida.
Um grande exemplo destas histórias seria Peter Pan: o garoto que não queria
crescer. A infância era tão preciosa pra ele, que o fato de se tornar um adulto e assumir
grandes responsabilidades o aterrorizavam, portanto, era mais fácil continuar vivendo
numa terra onde nunca envelheceria, onde as aventuras não cessavam, onde a fantasia
reinava, do que voltar para o mundo real, para a antiga Inglaterra e crescer.
A realidade de Peter Pan não está muito longe dos nossos alunos. Aqui e ali,
muitos deles sofrem com as cobranças escolares, as cobranças dos pais, da sociedade,
pois crescer é um desafio, tomar decisões é difícil e enfrentar a vida mais ainda.
Contudo, o ponto que queremos atingir com este belo exemplo de Peter Pan é
que os professores podem ensinar aos alunos como enfrentar os problemas da vida sem
que tenham medo de crescer.
Levando a fantasia da história para o mundo real dos nossos alunos, podemos
comparar as adversidades da história com as do cotidiano. O aluno, ou seja, aquele ser
humano que estamos formando para ser um vencedor pode solucionar estes problemas
com a ajuda de novos amigos, com a ajuda do professor, com a ajuda espiritual (seja
qual for a religião).
A medida que o tempo for passando, ele vai se dar conta de que cresceu, pois o
que nos faz ter medo do tempo são os problemas que surgem enquanto crescemos.
Então, com a sabedoria ensinada pelas histórias e trabalhada pelos professores com base
nas mesmas, o aluno conseguirá alcançar a maturidade necessária para o seu
desenvolvimento social e intelectual.
A literatura é a arte das artes, pois consegue expressar todas as outras através das
palavras, e são as palavras que abrem as portas para o conhecimento. A literatura se liga
às outras disciplinas, reforçando o que foi ensinado em cada uma delas, dando suporte
ao aluno para uma visão crítica da sociedade e do mundo em geral.
Partindo para outro exemplo, em “As Crônicas de Nárnia”, do escritor inglês
C.S. Lewis, temos a história de quatro irmãos que são enviados para viver numa casa no
campo. Nesta casa, eles encontram um guarda-roupa misterioso que dá acesso a um
mundo mágico chamado Nárnia. Chegando lá, os quatro irmãos descobrem que fazem
parte de uma antiga profecia, e, ao lado de um Leão chamando Aslam, que na verdade é
o Criador daquele mundo, vão guerrear contra uma feiticeira que pretende dominar e
condenar Nárnia a um inverno eterno. Como na maioria das histórias, o bem prevalece
sobre o mal, e a terra de Nárnia é libertada do mal a qual seria condenada.
Além disso, esta narrativa faz um paralelo entre a Segunda Guerra Mundial no
mundo real com uma guerra mundial acontecendo em Nárnia, e o mundo interior que
representa os conflitos vividos pelos irmãos. O inverno pelo qual as pessoas estão
passando nesta terra mágica representa o período de guerra, de mortes e de perdas
terríveis. Representa também a separação de pais e filhos. A esperança é Aslam, o leão,
que vem guerreando contra a feiticeira. Os quatro irmãos são os futuros reis e rainhas de
Nárnia. A parte interessante de Nárnia, na verdade, não são as semelhanças entre a
guerra mundial do mundo real e a guerra do mundo imaginário, mas o final, pois depois
de vencer a guerra contra a feiticeira, promovem a paz em Nárnia, tornam-se adultos,
encontram o antigo guarda-roupa no meio do bosque e voltam pra casa. O regresso para
casa simboliza a volta para os pais. A guerra havia terminado. Eles iriam se encontrar
com seus pais novamente e tudo voltaria a ser como era antes.
Sobre a psicanálise da obra:

Embora escrito quando a guerra já havia terminado, este livro de


Lewis construiu-se sobre a relação dos pequenos com esse
momento histórico traumático, onde a intimidade familiar viu-se
bombardeada pela estupidez do mundo nada mágico dos
humanos. Um pensamento apressado poderia pensar que Lewis
faz uma proposta escapista, alienante, levando as crianças para
dentro de um armário, onde brincariam a salvo dos problemas que
as afetavam. Para afirmar tal coisa, seria necessário entender
muito pouco sobre o porquê e o como as crianças brincam e
fantasiam. Brincar é dramatizar ativamente aquilo que sofremos
passivamente. Desde a mais ingênua brincadeira de bonecas até a
mais onipotente imaginação de ser um super-herói trata-se de uma
tentativa de elaborar, posicionar-se e julgar aquilo que a criança
vive e o que fazem com ela. Sem o recurso da brincadeira a
criança fica sem armas para dar conta do que está vivendo.
(CORSO, Diana L. & CORSO, Mário, 2011, p. 1105)

Ou seja, a fantasia é a arma de qualquer criança e adolescente. Por isso


entendemos o porquê de tanto se fantasiar. Eis o tempo de incentivarmos os nossos
alunos a ler obras que despertem a fantasia.
As fábulas deveriam estar no topo de atividades educativas, pois elas estão
cheias de ensinamentos explícitos, até porque a função do gênero “fábula” é trazer uma
lição de moral. Geralmente, a maioria das fábulas narram histórias de animais, que,
personificados, exprimem as ações humanas. Clássicos como “A Cigarra e a Formiga”,
“A Lebre e a Tartaruga”, “A Raposa e as Uvas”, entre outras infinidades de fábulas
criadas por Ésopo e posteriormente reproduzidas por La Fontaine, nos preparam para a
vida com seus ensinamentos filosóficos, os quais dão uma base para que o aluno se
torne um cidadão consciente de suas ações, enriquecendo-os de valores essenciais para
sua formação.

A NOVA METODOLOGIA
A necessidade de trabalhar a literatura em sala de aula é irrefragável, já que suas
contribuições iniciam-se na infância e continuam por toda a vida. Infelizmente a
metodologia utilizada nas escolas têm se limitado, no que diz respeito a essa atividade
prazerosa.
Logo, o ato de leitura literária deve despertar no aluno um sentimento de prazer.
Na teoria, a instituição escolar busca este objetivo, contudo, isso não acontece na prática
dos estudos de livros literários. A leitura realizada na escola é praticada como se fosse
uma tarefa que deve ser obrigatoriamente cumprida, um trabalho árduo e cansativo. Por
isso enfatizamos que o ato de ler deve ser uma atividade espontânea, onde o aluno é
livre para escolher seu material de leitura, aprendendo a ter autonomia de decidir sobre
qual assunto irá ler. De acordo com GOÉS (apud BALICKI; SANTOS, 2011, p. 121) a
liberdade, incentiva muito à criança a ter gosto pela leitura. A leitura tem o objetivo de
educar e o mais importante é distrair. Uma obra literária ao ser lida deve produzir prazer
e não ser imposta restritamente para fins didáticos, pois deixará de ser uma arte para se
tornar uma técnica educativa para preceitos científicos, ocasionando um desânimo na
leitura.
É necessário lembrarmos que a biblioteca escolar é fundamental para a formação
do aluno/leitor, pois é neste local que a criança ou adolescente encontrará livros que
poderão ajudá-lo no seu processo de crescimento intelectual. Sendo assim, o educador
deve possibilitar, em seu horário de rotina, maior frequência dos alunos a este ambiente,
motivando-os a adquirirem prazer pela leitura que é um dos procedimentos para adquirir
interesse e hábito (BAMBERGER apud BALICKI; SANTOS, 2011, p. 121).

Auxiliar o aluno na escolha também é um passo importante. A criança deve ter a


liberdade de escolher, mas ao decidir por um livro que lhe interesse, podem surgir
dificuldades na compreensão do texto e promover a desistência do aluno. Neste sentido,
o professor, com o seu conhecimento deverá ajudá-lo a selecionar livros de acordo com
a capacidade de cada aluno e despertar na criança a vontade pela leitura que, de acordo
com os BRASIL: PCN’s (apud BALICKI; SANTOS, 2011, p.121)[...] Terá que
conquistá-los internamente[...]. Precisará fazê-los descobrir que a leitura é um ato
interessante e desafiador, um ato que quando é conquistado inteiramente ganhará
autonomia e independência. [...].

As motivações devem respeitar a personalidade e o interesse de cada indivíduo.


Dessa forma, a leitura poderá se diferenciar sobre diversas maneiras de acordo com as
motivações que lhe forem dadas. Neste assunto, a literatura possui uma busca além da
realidade que procura um significado interno e o reconhecimento dos acontecimentos do
cotidiano. Como afirma BAMBERGER (apud SEIBERT) para trabalhar a leitura
literária é preciso saber que a literatura oferece possibilidades proficientes para que cada
leitor possa aproveitá-la de acordo com suas necessidades e que devemos ter cuidado ao
ajudar o leitor a escolher seu método.

Sabemos que a família tem um papel fundamental no incentivo à leitura. É neste


convívio familiar que a criança pode começar a ter prazer pela leitura. Quando os pais
permitem o contato dela com os livros, surge o interesse pela leitura. Com a motivação
dos familiares (os pais contando histórias aos seus filhos desde pequenos), a criança
inicia o processo de construção da linguagem, aprende ideias e valores, e pode começar
a desenvolver uma preparação para leitura que, de acordo com GOÉS (1991, p. 43 apud
BALICKI; SANTOS, 2011 p.122), é preciso despertar desde cedo o amor pela leitura e
fazer dele um hábito que transforme parte da vida. Sobre isso afirma ARCE e
MARTINS (apud CHIARO etall) que a literatura infantil oferecendo uma linguagem
capaz de atrair pode ocupar um bom espaço na vida das crianças, pois é nessa fase que
se inicia o contato com o mundo dos livros e a criança pode se tornar um adulto leitor.

A literatura permite a interação com diferentes conhecimentos, pois suas obras


contribuem para a compreensão de outras disciplinas escolares, facilita o processo de
ensino – aprendizagem. Um bom exemplo dado por BASTOS (2009) é a utilização de
romances que pode ajudar no desenvolvimento da percepção da realidade social. A
partir de leituras de romances é possível transcorrer a sociedade e época. O contexto
histórico da sociedade, seus valores, sua cultura é transmitida pelo texto literário que
facilita os estudos e o entendimento dos conteúdos programáticos de disciplinas
escolares.

É essencial que as escolas utilizem o estudo da literatura interagindo com outras


disciplinas, possibilitando um entendimento maior com as outras áreas do
conhecimento, ampliando o saber, incluído em um processo dinâmico, pois a literatura
desenvolve a interpretação do mundo e amplifica o ensino de outras disciplinas
escolares (BASTOS, 2009). Corrobora COELHO (apud SILVA, 2013, p.15) que a
literatura, esta arte que é um espaço de relação do mundo exterior com o mundo
interior, vem sendo considerada como uma das disciplinas mais capacitadas para servir
de apoio para interligar com diferentes unidades de ensino.

Em síntese, os professores precisam refletir que a imposição sobre os alunos


bloqueia-os. Portanto sugerir caminhos que amenizem os desafios encontrados na
leitura literária, melhorar os padrões pré-estabelecidos, motivar de todas as formas
possíveis o hábito pela leitura é um dos métodos para formarmos leitores críticos, e
principalmente que sejam capazes de sentir amor pela leitura. Contudo, é necessário que
a literatura infanto-juvenil seja trabalhada por meio de uma perspectiva distinta, com
uma nova metodologia, capaz de proporcionar ao aluno a liberdade de escolha,
identificando-se com os livros, criando intimidade com a leitura e conduzindo-o para
um conhecimento amplo, por meio da interdisciplinaridade.
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