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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA


Trabalho de Conclusão de Curso

Ferramentas de Gerência de Redes: Nagios,


Cacti, Zabbix e OpenNMS

Vanessa Coelho de Oliveira


2011
Vanessa Coelho de Oliveira

Ferramentas de Gerência de Redes: Nagios,


Cacti, Zabbix e OpenNMS

Trabalho apresentado à disciplina Trabalho de


Conclusão de Curso, do curso Pós Graduação de
Redes de Computadores da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, como
requisito para a obtenção do título de especialista.

Orientador: João Paulo Coelho Furtado

Belo Horizonte
2011
RESUMO

A evolução das redes é uma realidade facilmente observada pelo crescimento da Internet,
sendo este o principal meio de interconexão atualmente. Somando-se a este cenário temos
redes cada vez mais complexas compostas por swicthes, roteadores e servidores, o que torna o
gerenciamento de todos os dispositivos e clientes algo complicado. Embora existam diversas
razões para o monitoramento de uma rede, existem duas que podem ser consideradas as
principais: prever mudanças para futuro crescimento e detectar mudanças inesperadas no
status da rede. Entende-se por mudanças inesperadas: falha em um switch ou roteador, falha
de um link de comunicação, acesso ilegal de um hacker à rede, dentre outras. Dessa forma, a
utilização de ferramentas de gerenciamento e monitoração torna-se essencial. O presente
trabalho consiste na apresentação e definição do que é gerenciamento de redes, além da
definição do protocolo utilizado para tal fim: SNMP. Foram apresentadas e comparadas quatro
ferramentas gratuitas de gerenciamento e monitoramento de rede. São elas: Nagios, Cacti,
Zabbix e OpenNMS. Cada software tem sua particularidade, sendo assim o objetivo dessa
dissertação não é apontar qual deve ser escolhido ou até mesmo usado e sim auxiliar o
pesquisador e/ou administrador, a escolher o software de acordo com a sua necessidade. Em
particular, são observados os parâmetros mais relevantes dentre os que os administradores
necessitam: performance, facilidade de utilização, características relevantes e necessidade de
recurso de hardware.

Palavras-Chave:

Gerenciamento de Redes, SNMP, Ferramentas de Gerenciamento, Performance.


ABSTRACT

The network evolution is a fact easily observed by the growth of the Internet, which is the
primary means of interconnection today. Adding to this scenario we have increasingly
complex networks composed of switches, routers and servers, which makes managing all
client and devices even more complicated. While there are several reasons for monitoring a
network, there are two that we can consider the most important ones: predict changes to
future growth and detect unexpected changes in the network status. It is understood as
unexpected changes: failure of a switch or router, failure of communication link, a hacker
gaining illegal access to the network, among others. In this way, the use of tools for managing
and monitoring becomes essential. This work presents and defines the term network
management, also defining the protocol used for this purpose: SNMP. It presents and
compares four free tools for managing and monitoring network: Nagios, Cacti, Zabbix and
OpenNMS. Each one has its own characteristics. So, this dissertation do not intends to point
out which one should be chosen or even used, merely help researchers and / or administrators
choose the most appropriate software according to your needs. In particular, the most relevant
parameters required by administrators were observed: performance, user friendly, relevant
characteristics and required hardware resources.

Key-word:

Network Management, SNMP, Management Tools, Performance.


SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES......................................................................................................1

1.2 MOTIVAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO.........................................................................2

1.3 OBJETIVO..........................................................................................................................................2

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO..............................................................................................................3

CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................4

2.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................4

2.1.1 Gerenciamento de Redes.........................................................................................................4

2.1.2 SNMP......................................................................................................................................6

2.2 TRABALHOS RELACIONADOS............................................................................................................9

2.3 ANÁLISE CRÍTICA...........................................................................................................................12

CAPÍTULO 3 – FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO............................................................13

3.1 NAGIOS...........................................................................................................................................13

3.2 CACTI..............................................................................................................................................16

3.3 ZABBIX...........................................................................................................................................18

3.4 OPENNMS......................................................................................................................................23

CAPÍTULO 4 – COMPARATIVO ENTRE AS FERRAMENTAS....................................................26

CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES...........................................................................................................31

REFERÊNCIAS......................................................................................................................................33

i
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE REDE..........5

FIGURA 2 – INTERFACE DE MONITORAMENTO DO NAGIOS................................................15

FIGURA 3 – MONITORAMENTO ATRAVÉS DE GRÁFICOS – CACTI.....................................17

FIGURA 4 – TELA CONFIGURAÇÃO DE CLIENTES - ZABBIX................................................21

FIGURA 5 – VISÃO GERAL DO MONITORAMENTO - ZABBIX................................................21

FIGURA 6 – TELA PRINCIPAL DO OPENNMS...............................................................................25

FIGURA 7 – EXEMPLO DO STATUS DOS SERVIÇOS – NAGIOS..............................................27

FIGURA 8 – EXEMPLOS DOS BONS GRÁFICOS GERADOS PELO CACTI............................28

ii
iii
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – REQUISITOS DE SOFTWARE PARA INSTALAÇÃO DO CACTI.........................18

TABELA 2 – REQUISITOS DE HARDWARE PARA INSTALAÇÃO DO ZABBIX....................22

TABELA 3 – REQUISITOS DE SOFTWARE PARA INSTALAÇÃO DO ZABBIX......................22

TABELA 4 – REQUISITOS DE SOFTWARE PARA INSTALAÇÃO DO OPENNMS..................25

TABELA 5 – COMPARAÇÃO ENTRE OS SOFTWARES...............................................................30


ABREVIATURAS

CPU Central Processing Unit


DNS Domain Name System
FTP File Transfer Protocol
GPL General Public License
HTTP Hyper Text Transfer Protocol
ICMP Internet Control Message Protocol
IMAP Internet Message Access Protocol
IP Internet Protocol
MIB Management Information Base
NAT Network Address Translation
POP3 Post Office Protocol 3
RFC Request for Comments
RMON Remote Network Monitoring
RRDTool Round Robin Database Tool
SLA Service Level Agreements
SNMP Simple Network Management Protocol
SSH Secure Shell
TCP Transmission Protocol
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Preliminares

Com o passar dos anos é notável o crescimento e popularização da Internet.

Atualmente, qualquer empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte possui uma rede

de computadores com acesso à Internet. Essa rede de computadores além de existir,

compartilha uma série de recursos, oferece serviços de correio eletrônico, permite que seus

usuários trafeguem na Web, possui pelo menos um servidor para hospedar trabalhos e

projetos, entre outros.

Em decorrência dos benefícios que as redes de computadores proporcionam, a

implantação de um sistema de gerenciamento de rede e de serviços (ex.: firewall, NAT.DNS,

entre outros) mostra-se como uma tarefa cada vez mais importante, pois permite prever e

detectar falhas, planejar futuras expansões, monitorar o desempenho, garantindo um

funcionamento da rede o mais próximo possível do ideal, com o mínimo de interrupções,

atendendo as expectativas dos usuários.

Esta monografia tem como cerne o estudo da arquitetura de gerenciamento de redes já

conhecida e bastante utilizada através do uso do protocolo SNMP, uso de alguns softwares

livres de gerenciamento. Além desse estudo, o presente trabalho propõe fazer um comparativo

entre os softwares apresentados, destacando a área de abrangência de cada um, suas

características, vantagens e desvantagens, além de benefícios em sua utilização. Como

resultado espera-se obter um estudo detalhado da viabilidade do uso dos softwares e

limitações, através de quadros comparativos, para se conhecer um pouco mais do que é

ofertado pelo mercado na área de gerência de redes.

1
1.2 Motivações para a Realização do Trabalho

O tema Gerência de Redes tem sido cada vez mais motivo de preocupação nas

organizações. À medida que as redes crescem e tornam-se integradas às organizações, cria-se

uma interdependência entre os usuários e os processos em qualquer empresa. As ferramentas e

os recursos oferecidos permitem a interação entre os colaboradores, permitindo um

substancial aumento de produtividade.

Considerando este quadro, torna-se cada vez mais necessária a gerência do ambiente

de redes de computadores e telecomunicações para que tudo isso funcione em harmonia e

com a segurança necessária. Uma rede sem gerência poderá acarretar, por exemplo, um

congestionamento de tráfego desnecessário, problemas de segurança e recursos mal

utilizados, o que de fato, levará a uma perda de produtividade e aumento de custos.

Diante do quadro, o trabalho proposto aprofundará essas questões, considerando

alguns pontos importantes como as boas práticas para um correto e eficaz gerenciamento de

rede, serviços essenciais para o seu correto funcionamento, desempenho e análise de

ferramentas disponíveis no mercado.

1.3 Objetivo

O objetivo principal desse trabalho é contextualizar o atual mercado de gerência de

redes, definindo o termo e o protocolo usado para tal finalidade, SNMP, além de apresentar

algumas ferramentas que dão suporte à gerência de redes. Além disso, serão apontados os

pontos fortes e fracos das ferramentas e, quando possível, suas limitações. Diante da grande

quantidade de ferramentas existentes, será dada preferência aos softwares livres disponíveis

no mercado.

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1.4 Estrutura do Trabalho

Este trabalho apresenta o estudo e algumas ferramentas de gerência de redes. O estudo

considera a utilização da bibliografia existente sobre gerenciamento de redes e apresentação

de quatro ferramentas gratuitas. O texto se encontra assim disposto:

O Capítulo 2 descreve uma definição do protocolo de gerenciamento de redes, SNMP

(Simple Network Management Protocol), assim como a necessidade de gerenciamento da

rede. Também são demonstrados alguns estudos relacionados com o tema.

O Capítulo 3 apresenta a solução do gerenciamento com a utilização de softwares

livres de gerenciamento de rede. Aqui são descritos em detalhes as várias características dos

softwares: Nagios, Cacti, Zabbix e OpenNMS, assim como as configurações necessárias para

o perfeito funcionamento dos mesmos.

O Capítulo 4 é uma comparação dos softwares apresentados no capítulo anterior,

destacando as vantagens de utilização de cada um.

E por fim, o capítulo 5 traz as conclusões obtidas com a pesquisa realizada, destacando

para os administradores da rede a finalidade do uso dos softwares.

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CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Introdução

As redes de computadores e seus sistemas são de importância vital e crescente em

todos os tipos de empresas, no mundo dos negócios. À medida que uma dada empresa cresce,

a tendência é que a rede cresça se tornando maior e mais complexa, suportando mais

aplicações e mais usuários. Quando isso acontece, dois fatos ficam claros:

 As redes e seus recursos associados, bem como as aplicações distribuídas, passam a

ser indispensáveis.

 Há uma maior probabilidade de ocorrerem falhas, desativando toda a rede ou parte

dela, ou diminuindo o desempenho para um nível inaceitável. (Stallings, 2005).

Uma rede precisa, além de oferecer serviços e recursos, ser rápida e segura, sobretudo,

estar sempre disponível. O gerenciamento de redes vem justamente suprir essa necessidade

através da adoção de ferramentas automatizadas para monitoração e controle.

2.1.1 Gerenciamento de Redes

Nos primórdios das redes de computadores, quando estas eram apenas artefatos de

pesquisas, e não uma infra-estrutura usada por milhões de pessoas por dia, gerenciamento de

rede era algo que ninguém nunca tinha ouvido falar. Tanto a Internet pública como as intranets

privadas cresceram e se transformaram de pequenas redes em grandes infraestruturas globais,

criando a necessidade de gerenciar de forma mais sistêmica a enorme quantidade de

componentes de hardware e software dentro dessas redes.

De acordo com Stallings (2005) um sistema de gerenciamento de rede pode ser

definido como um conjunto de ferramentas para monitorar e controlar a rede, integradas da

seguinte forma:

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 uma única interface de operador, com um poderoso mas amigável conjunto de

comandos, para executar a maioria ou todas as tarefas de gerenciamento da rede;

 uma quantidade mínima de equipamentos separados, isto é, para o gerenciamento da

rede, a maioria do hardware e software necessários são incorporados nos

equipamentos de usuários existentes.

A idéia geral de um sistema de gerenciamento de redes é definida conforme Figura

1, onde são apresentadas as etapas do processo.

Figura 1 – Funcionamento de um sistema de gerenciamento de rede.


FONTE: Próprio autor.

Coleta de dados: em geral é um processo automático que consiste de monitoração

sobre os recursos gerenciados.

Diagnóstico: esta etapa consiste na análise e tratamentos realizados a partir dos dados

coletados. O computador de gerenciamento executa uma série de procedimentos (pode ser

feito por intermédio de um operador ou não) com o intuito de determinar a causa do problema

representado no recurso gerenciado.

Ação: no momento em que é diagnosticado o problema, cabe uma ação, ou controle,

sobre o recurso, caso o evento não tenha sido passageiro (incidente operacional).

O administrador da rede terá como função monitorar, gerenciar e controlar ativamente

o sistema do qual está encarregado.

O software usado para realizar as tarefas de gerenciamento reside nos computadores

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hospedeiros (estações de trabalho) e nos processadores de comunicação (switches, hubs,

roteadores, dentre outros).

A International Organization fos Standardization (ISO) criou o modelo de

gerenciamento de rede e o dividiu em cinco áreas funcionais: gerenciamento de falhas,

gerenciamento de contabilização, gerenciamento de configuração, gerenciamento de

desempenho e gerenciamento de segurança. Esta divisão funcional foi adotada pela maioria

dos fornecedores de sistemas de gerenciamento de redes.

 Gerenciamento de Falhas: envolve a identificação, registro, detecção e a

correção de falhas;

 Gerenciamento de Contabilização: permite que o administrador da rede

especifique, registre e controle o acesso de usuários e dispositivos aos recursos da rede.

Imposição de cotas aos usuários, cobrança pelo uso dos recursos e monitoração.

 Gerenciamento de Configuração: permite que o administrador de rede faça

análise e a alteração das configurações das entidades gerenciadas;

 Gerenciamento de Desempenho: envolve a coleta, medição, análise,

informação e quantificação de dados sobre o desempenho das entidades gerenciadas e a

execução de ações visando a otimizá-lo;

 Gerenciamento de Segurança: a meta do gerenciamento de segurança é o

controle do acesso aos recursos, o sigilo, a autenticação e a identificação de acessos não

autorizados, de acordo com alguma política definida.

2.1.2 SNMP

O SNMP foi desenvolvido nos anos 80 para servir de ferramenta de gerenciamento

para redes e inter-redes TCP/IP, envolvendo redes heterogêneas, ou seja, onde não existem

apenas equipamentos de um fabricante.

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Este protocolo tem como premissa à facilidade e flexibilidade de implementação. A

primeira versão do protocolo SNMP está contida na RFC 1157.

O protocolo de gerenciamento de rede simples (SNMP – simple network management

protocol) é usado para se referir a uma coleção de especificações para o gerenciamento de

redes que inclui esse próprio protocolo, a definição de um banco de dados e conceitos

associados.

Principais características do SNMP:

 Gerenciamento de redes;

 Controlar equipamentos de rede;

 Detectar problemas e erros;

 Usa o paradigma busca/armazenamento.

Versões SNMP:

 SNMP versão 1:

A primeira versão do protocolo SNMP tem como principais vantagens a simplicidade,

flexibilidade e popularidade. Mas, essa versão também possui algumas desvantagens como o

problema relacionado a segurança, pois a mensagem SNMP é enviada sem senha de

criptografia.

 SNMP versão 2:

Já a segunda versão do protocolo SNMPv2 há uma maior preocupação com à

segurança, sendo adicionados mecanismos adicionais, como privacidade de dados,

autenticação e controle de acesso. Sendo assim, foram adicionadas mensagens como:

“GetBulkRequest” e “InformRequest/Response”.

 SNMP versão 3:

Essa é a atualização mais recente do protocolo SNMP, a versão 3. Essa versão tem

como objetivo principal alcançar a segurança, sem esquecer-se da simplicidade do protocolo.

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Foram adicionadas novas funcionalidades, tais como: configuração remota, relacionamentos

proxy, nomes de entidades, destino de notificações, autenticação de privacidade, pessoas e

políticas, autorização e controle de acesso, usernames e gerência de chaves. Porém, ela possui

como desvantagem o fato de muitos equipamentos não suportarem essa versão, se fazendo

necessário realizar atualizações.

Funcionamento

Existem dois dispositivos que fazem parte do funcionamento do SNMP: o agente e o

gerente. Cada máquina gerenciada é vista como um conjunto de variáveis que representam

informações referentes ao seu estado atual, estas informações ficam disponíveis ao gerente

através de consulta e podem ser alteradas por ele. Cada máquina gerenciada pelo SNMP deve

possuir um agente e uma base de informações MIB.

O Agente

É um processo executado na máquina gerenciada, responsável pela manutenção das

informações de gerência da máquina. As principais funções de um agente são: enviar

automaticamente informações de gerenciamento ao gerente, quando estiver previamente

programado; atender as requisições enviadas pelo gerente.

O Gerente

O gerente é um programa executado em uma estação servidora que permite obter e

enviar informações de gerenciamento junto aos dispositivos gerenciados se comunicando com

um ou mais agentes.

Operações do Protocolo SNMP

 SET (Request): operação de escrita, é utilizada para alterar o valor da variável;

permite ao gerente alterar valores dos objetos dos agentes.

 GET (Request, Next Request, Response): é utilizada para ler o valor da variável; o

gerente solicita que o agente obtenha o valor da variável; Get Request faz o pedido

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inicial pelo gerente; Get Response envia os dados para o gerenete o Get Next Request

é utilizada para ler o valor da próxima variável e também é utilizado para obter valores

e nomes de variáveis de uma tabela de tamanho desconhecido.

 TRAP: é utilizada para comunicar a ocorrência de eventos, funcionamento semelhante

a um alarme; o agente comunica ao gerente o acontecimento de um evento,

previamente determinado.

2.2 Trabalhos Relacionados

Abaixo encontram-se trabalhos relacionados e utilizados como embasamento para o

trabalho realizado.

Dagoberto A. Dias, Daniel Barbosa Netto, Weverton G.L.souza e Emilio J. M. Arruda

Filho escreveram o artigo “Redes Monitoradas com Cacti e Nagios” que contem seis páginas e foi

apresentado ao Instituto de Estudos Superiores da Amazônia. A finalidade do artigo é apresentar

um sistema de gerenciamento de redes utilizando ferramentas livres com o objetivo de detectar

falhas, gerar alertas e notificações de eventos para manter um ambiente proativo. As ferramentas

apresentadas foram os softwares Nagios, responsável pelo gerenciamento de serviços e o Cacti,

responsável pelo gerenciamento de desempenhos. Esse artigo tem como público alvo as pessoas

relacionadas à área de TI (Tecnologia da Informação) já que trata de softwares de gerenciamento

de um ambiente computacional. O desenvolvimento do artigo baseou-se em demonstrar as

funcionalidades das ferramentas utilizadas na implementação do sistema: Apache2 e PHP5, Cacti,

Nagios, dentre outros. Os autores concluem o artigo alegando que o gerenciamento inteligente do

monitoramento de redes é sempre recomendável, já que através deste será possível prevenir

possíveis falhas no sistema, além de ter um controle mais eficiente de todos os serviços. O artigo

possui uma linguagem simples e de fácil entendimento. Os autores foram capazes de juntar em um

só artigo características importantes para o uso dos softwares citados.

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Anderson Miguel de Lima Damasceno, Thiêgo Maciel Nunes escreveram o artigo

“Módulo de Gerenciamento de Redes Através de SNMP com o uso da API SNMP4J” que contem

cinco páginas e foi apresentado ao Instituto de Estudos Superiores da Amazônia. O artigo consiste

no estudo e elaboração de um módulo de gerência de elementos de uma rede de computadores.

Primeiramente é apresentado um referencial teórico, onde são apresentadas as definições do

protocolo de gerenciamento SNMP, assim como seus componentes: gerente, agente e MIB (banco

de dados). Em seguida é descrito o desenvolvimento do módulo, explicando como foi

implementado, qual a linguagem utilizada, Java, e a escolha do módulo API SNMP4J para a

realização dos testes. Já na conclusão são mostrados os resultados obtidos, utilizando telas de

exemplos das aplicações do software e confirmando mais uma vez que a cada dia que passa o

gerenciamento de dispositivos de uma rede local torna-se cada vez mais importante. Através da

leitura deste artigo, verifica-se que o público alvo são os profissionais que atuam na área de TI

(tecnologia da informação), e que precisam gerenciar e controlar redes locais em seu ambiente de

trabalho. O texto apresentou-se de forma clara e bastante explicativo, contendo um enfoque

relevante para apresentação da solução proposta.

Santosh S. Chavan e R. Madanagopal escreveram o artigo “Generic SNMP Proxy Agent

Framework for Management of Heterogeneous Network Elements” que contem seis páginas e foi

apresentado ao IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engieneers). Santosh nasceu na

Índia e se formou em Engenharia de Instrumentação na Universidade SRTM em 2002.

Atualmente é Engenheiro de Software Sênior na empresa NMS Works Software Pvt. Ltda.

Trabalha com Sistema de Gerenciamento de Redes Integradas e tem interesse em pesquisas

nas áreas de Redes de Computadores, Redes Wireless, Sistema de Gerenciamento de Redes.

Já Madanagopal fez sua graduação em Engenharia e Ciência da Computação em Coimbra,

Portugal, em 2002. Em 2008, fez o curso de licenciatura em Engenharia e Ciência da

Computação na Índia, no I.I.T. (Instituto Indiano de Tecnologia). Atualmente é arquiteto

técnico na empresa NMS Works Software Pvt. Ltda. Tem interesse nas áreas de redes,

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algoritmos, sistemas distribuídos. O artigo apresenta a proposta de um framework de um

agente proxy SNMP genérico para gerenciar elementos heterogêneos de uma rede. O

framework é composto por dois componentes, um agente proxy SNMP e um dispositivo de

mediação. O agente Proxy SNMP utiliza o protocolo SNMPv3, pois essa versão do protocolo

é menos vulnerável a problemas com violações de segurança. O framework proposto foi

implementado com a linguagem Java, portanto, fornece uma plataforma independente. Foi

validado no Very Small Aperture terminal (VSAT) em uma rede de comunicação, onde a

maior parte dos elementos da rede são heterogêneos. O artigo fornece uma explicação

detalhada de toda a implementação, inclusive de como foi feito o teste para a validação do

projeto. A conclusão comprova que a proposta garante a solução total de gerenciamento de

rede para qualquer conjunto de elementos de rede heterogêneos. O artigo é dedicado às

pessoas que atuam na área de computação e requer um conhecimento prévio do assunto. O

tema proposto foi interessante e bem explicado, já que foi feita a comprovação da solução

através dos testes realizados.

Jordan Janeiro e Christian Liebing escreveram o artigo “Developing Management

Applications based on SNMP” que contem uma página e foi apresentado na “2010

International Conference on Modern Problems of Radio Engineering, Telecommunications

and Computer Science (TCSET)” e publicado em abril de 2010 no IEEE. O artigo apresenta

alguns conceitos e ferramentas que suportam o desenvolvimento de aplicativos baseados em

SNMP para o gerenciamento de dispositivos. Os autores partiram dos seguintes pressupostos:

o protocolo SNMP é muito utilizado e aceito no mercado e a existência de diversos

equipamentos não-SNMP compatíveis, de diferentes tipos e tamanhos, pudessem adotar

algum mecanismo que permitisse seu controle e gerência em um sentido mais amplo. No

decorrer do texto explicaram a definição de um agente Proxy, propuseram uma extensão do

agente com algumas especificações, e uma rede SNMP. Concluem o artigo dizendo que

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apresentaram um breve estudo de algumas ferramentas importantes que devem ser

consideradas para o desenvolvimento de aplicativos de gerenciamento através do protocolo

SNMP. O artigo é dedicado às pessoas que atuam na área de computação e que tem interesse

na área de gerenciamento de redes. O tema proposto foi sucinto e sem muitos detalhes.

2.3 Análise Crítica

A segurança e o gerenciamento das redes são temas pesquisados por diversos

especialistas nas áreas de computação, tecnologia e segurança das informações e áreas

relacionadas. Observamos que existem diversas pesquisas, protótipos, soluções e ferramentas

para auxiliar senão totalmente, pelo menos em parte essa tarefa. Cada um com suas

características próprias, custo, podendo ser utilizados, inclusive, softwares livres, cujos

benefícios variam de acordo com a vantagem e desvantagem proporcionada por cada uma.

Pelo fato do gerenciamento ser cada vez mais importante para uma rede local, esse

trabalho considerou relevante verificar e comparar as ferramentas existentes para a proteção,

segurança e gerenciamento de redes.

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CAPÍTULO 3 – FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO

O tráfego de informações dentro das redes vem crescendo cada dia mais,

principalmente devido ao surgimento de novas aplicações. Além disso, novos padrões e

tecnologias proporcionam a proliferação de dispositivos heterogêneos conectados à rede.

A utilização de ferramentas específicas é essencial para a continuidade dos serviços

em um ambiente no qual se necessita do gerenciamento de redes. Através dessas ferramentas,

um administrador de redes consegue monitorar equipamentos remotos, analisando os dados de

modo a garantir a operação e funcionamento dentro dos padrões e limites previamente

especificados, é capaz de gerenciar pró-ativamente o sistema, através da detecção de

comportamentos anormais e controlar reativamente o sistema fazendo os ajustes necessários

de acordo com as mudanças ocorridas no sistema ou em seu ambiente.

Atualmente, existem várias ferramentas para gerenciamento de redes, proprietárias ou

não, desde ferramentas mais simples, que vêm no próprio sistema operacional de rede até

plataformas de gerências mais sofisticadas que oferecem aplicações de monitoração e

controle, para grandes redes mais facilmente.

Nesse trabalho serão contempladas ferramentas gratuitas, tais como: Nagios, Cacti,

Zabbix e OpenNMS.

3.1 Nagios

O Nagios (2011) é um aplicativo desenvolvido para o monitoramento de sistemas e de

rede, podendo ser estendido a um gerenciador de redes através dos plug-ins disponíveis em

sua comunidade. Sua aplicação é designada a redes de grande porte, todavia seu desempenho

é excelente em redes de pequeno porte. Ele é capaz de monitorar clientes e serviços, enviando

notificações de eventos quando algo está fora dos padrões pré-definidos. Também possui um

ambiente WEB capaz de gerar relatórios, mapas de rede e gráficos online, além de ser

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possível criar grupos de usuários para receber alertas e relatórios do sistema e executar ações

sobre o sistema da rede ou clientes monitorados. Inicialmente foi desenvolvido para rodar no

sistema Linux, há pacotes para distribuições comuns como Fedora, SUSE, Ubuntu e Debian.

Dentre suas várias características, temos:

- Monitoramento de serviços de rede: SMTP, HTTP, DNS, SAMBA, POP3, PING, etc;

- Monitoramento de recursos de clientes: utilização do espaço em disco, utilização da

CPU, carga do processador, etc;

- Notificação de contatos quando problemas com clientes ocorrem e são resolvidos

(via e-mail, Pager, ou qualquer outro método definido pelo usuário);

- Funcionalidade de definição de eventos que serão executados durante a ocorrência de

eventos de serviços ou clientes, para resolução pró-ativa de problemas;

- Geração automática de arquivos de logs;

- Interface Web para visualização do estado atual da rede, histórico de notificações e

problemas, arquivos de log, etc;

- Suporte a implementação de clientes de monitoramento redundantes;

- Organização simples de plugins que permite aos usuários facilmente desenvolverem

seus próprios serviços de checagem;

- Checagem paralela de serviços.

O Nagios não é completamente livre de erros, pois ele utiliza recursos como “Ping”

para monitoramento da rede, o que permite um alto nível de atraso que engana o Nagios e

consequentemente gera mensagens erradas para o administrador da rede.

Com o Nagios (2011) é possível através de um sistema de hierarquização, definir

clientes pais e filhos dentre de uma mesma rede e diferenciar clientes inalcançáveis de

clientes desativados. Através do servidor de monitoramento é possível construir uma árvore

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hierárquica onde o servidor fica no topo, enquanto que os clientes são posicionados ao longo

das ramificações.

Requisitos para rodar o Nagios: um computador rodando Linux (ou variantes do

Unix), um compilador C, além de ter, evidentemente, TCP/IP configurado, já que a maioria

das checagens são feitas através da rede. O uso dos CGIs incluídos com o Nagios não é

obrigatório, mas caso opte-se por usá-los serão necessários um servidor web

(preferencialmente Apache) e uma biblioteca GD, atualizada, para a geração de gráficos.

Não é fácil de ser instalado. Uma vez instalado, existem muitos arquivos de

configurações quer serão necessários editar ou criar antes que se inicie o monitoramento da

rede.

A Figura 2 apresenta uma visão geral da página WEB do Nagios.

Figura 2 – Interface de monitoramento do Nagios.


FONTE: Nagios (2011).

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3.2 Cacti

O Cacti (2011) é uma ferramenta de monitoramento amplamente utilizada em

ambientes de grande porte que recolhe e exibe informações sobre o estado de uma rede de

computadores através de gráficos, uma interface web amigável. Foi desenvolvido para ser

flexível, robusto e de fácil utilização. Monitora o estado de elementos da rede (switches,

roteadores, servidores), de programas, a largura de banda utilizada, temperatura dos

equipamentos, o uso da CPU, dentre outros.

Para que o Cacti possa operar o SNMP deverá ser instalado tanto no servidor de

monitoramento como também nos equipamentos que serão monitorados. E, já que o Cacti

trabalha diretamente com SNMP, qualquer informação que este possa recuperar, também pode

ser reproduzida no front end do Cacti.

A interface gráfica do Cacti (2011) utiliza a tecnologia PHP para consultar uma base

de dados MySQL. A informação é armazenada nessa base de dados utilizando a ferramenta

RRDTool (Round Robin Database Tool). O RRDTool (2011) é um sistema criado por Tobias

Oetiker sob licença GNU GPL. O RRDTool utiliza o conjunto de aplicações SNMP que estão

contidas no net-snmp, para recolher e armazenar os dados na base de dados. Através do

SNMP, é possível ter acesso a gráficos não só de sistemas operacionais Linux, mas também

Windows e de dispositivos de rede como switches e roteadores, bem como qualquer

dispositivo que suporte SNMP.

Para instalação do Cacti são necessários os seguintes softwares:

- net-snmp: responsável pelo recolhimento de dados;

- RRDTool: responsável pelo armazenamento;

- Apache Server: servidor web;

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- MySQL (servidor): base de dados onde serão armazenados os dados;

- PHP: linguagem utilizada pela interface Web para consulta dos dados que serão

apresentados.

Possui uma arquitetura que prevê a possibilidade de expansão adicionando novas

funcionalidades através de plugins.

A Figura 3 exemplifica o monitoramento através de gráficos que pode ser visto pelo

software Cacti.

Figura 3 – Monitoramento através de gráficos – Cacti.


FONTE: Cacti (2011).

A Tabela 1 apresenta os requisitos mínimos para instalação do software Cacti.

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Tabela 1 – Requisitos de software para instalação do Cacti.
FONTE: Cacti (2011).

Software Versão

RRDTool 1.0.49 ou 1.2.x ou superior

MySQL 4.1.x ou 5.x ou superior


4.3.6 ou superior ou 5.x ou superior – A versão 5.x é
PHP
recomendada devido as suas funcionalidades avançadas.
Apache 2 ou superior

IIS 6.0 ou superior

3.3 Zabbix

O Zabbix é um software livre (e de código fonte aberto – Open Source) com sistema

de monitoramento distribuído capaz de monitorar o desempenho/performance e a

disponibilidade da infraestrutura de rede, além das aplicações e serviços de rede. Foi

distribuído sob a licença GPL, possui uma grande variedade de opções e tem sido considerado

comumente superior aos demais produtos disponíveis GPL, por cobrir lacunas deixadas em

branco por seus adversários, fazendo com que os administradores utilizassem 2 ou mais

produtos ao mesmo tempo (DEO, 2010).

O Zabbix possui fácil acesso a gráficos e mapas, além de um levantamento detalhado

do ambiente propiciado pelos agentes remotos (MANUAL ZABBIX, 2011). Do ponto de

vista de administrador podemos considerar a documentação excelente e o software pode ser

atualizado constantemente. Vale ressaltar uma importante característica: grande quantidade de

banco de dados compatíveis com o mesmo.

Principais características (ZABBIX, 2011):

18
- Monitoramento distribuído: configuração centralizada, acesso centralizado a todos os

dados, até 1000 nodos Zabbix e número ilimitado de proxies.

- Escalabilidade.

- Monitoramento em tempo real: monitoramento de desempenho, disponibilidade,

integridade, condições flexíveis para notificações, alertas para usuários (e-mail, SMS, Jabber),

logs.

- Visualização: visões e slides definidos pelo usuário, mapas, gráficos.

- Rápida solução de problemas: envio de alertas via e-mail, telefone celular, SMS ou

alertas sonoros, execução de comandos remotos.

- Relatórios e tendências: integração com ferramentas de terceiros, estatísticas

anuais/mensais/diárias e relatórios SLA.

- Auto-descoberta: descoberta por range, serviços e SNMP, monitoramento automático

dos dispositivos encontrados.

- Monitoramento WEB: monitoramento de desempenho e disponibilidade de websites,

cenários flexíveis (passos) e métodos POST e GET suportados.

- Flexibilidade: suporte a IPv4 e IPv6, agentes facilmente extensíveis, qualquer

método de notificação e executável em qualquer plataforma.

- Monitoramento proativo: execução automática de comandos remotos.

- Monitoramento agregado: monitoramento de um grupo de hosts com um único host.

- Monitoramento sem agente: monitoramento de serviços remotos (FTP, SSH, HTTP,

ICMP Ping, POP3, IMAP, outros), suporte ao SNMP v1,2 e 3, suporte a IPMI e SNMP traps.

- Agentes de alto desempenho: suporte a todas as plataformas (UNIX, Windows,

Novell), uso de memória, uso de rede, escritas e leituras de disco, disponibilidade de espaço

em disco, integridade de arquivos (checksum), monitoramento de arquivos de log, dentre

outros.

19
- Possui suporte a maioria dos sistemas operacionais: Linux, Solaris, HP-UX, AIX,

FreeBSD, OpenBSD, Mac OS X, Windows, entre outros.

- Escalonamentos e notificações: notificações repetidas, escalonamentos ilimitados,

mensagens de retorno, notificações quando o problema for resolvido.

- Funções de gerenciamento: ping e tracerout para um cliente.

- Monitoramento com agentes: agentes nativos para todas as plataformas.

- Fácil administração: todos os dados armazenados em bancos de dados (Oracle,

MySQL, PostgreSQL, SQLite).

- Software open source distribuído pela Licença GPL v2.

Componentes Zabbix

- Servidor: Núcleo do Zabbix, concentra toda a lógica do sistema. Os agentes são

usados apenas para coleta de dados. Além disso, realiza o processamento de dados,

responsável pelo escalonamento das informações.

- Agente: Servidor de coleta de dados, executa comandos remotos e registra logs de

eventos.

- Interface Web: Permite o acesso ao histórico de dados e a configuração de todos os

elementos (Hosts, Mapas, Gráficos, Screens, Slide, Show, Actions, Discovery, Usuários, etc).

- Proxy: é reponsável pela coleta remota de dados, coleta de milhares de valores por

segundo e diminui a carga do servidor.

A Figura 4 representa a tela de configuração de clientes utilizando o Zabbix.

20
Figura 4 – Tela configuração de clientes - Zabbix.
FONTE: Zabbix (2011).

A figura 5 apresenta uma visão geral do monitoramento usando o software Zabbix.

Figura 5 – Visão geral do monitoramento - Zabbix.


FONTE: Zabbix (2011).

21
O software é relativamente fácil de se instalar e configurar, sendo necessário fazer o

download de um pacote pronto ou do código fonte para algumas distribuições de Linux

(Debian, Fedora, Ubuntu ou Gentoo) e FreeBSD. A Tabela 2 apresenta os requisitos mínimos

de hardware e a Tabela 3 apresenta os requisitos mínimos de software para instalação do

Zabbix.

Tabela 2 – Requisitos de hardware para instalação do Zabbix.


FONTE: Zabbix (2011).

Mínimo Recomendado

Memória 10MB 100MB

RAM 64MB 256MB

CPU Pentium Pentium IV ou equivalente

Tabela 3 – Requisitos de software para instalação do Zabbix.


FONTE: Manual Zabbix (2011).

Software Versão

Apache 1.3.12 ou superior

PHP 4.3 ou superior


Módulos PHP: php-gd, php
4.3 ou supeior
bcmath
MySQL: php-mysql 3.22 ou superior

Oracle: php-sqlora8 9.2.0.4 ou superior

PostgreSQL: php-pgsql 7.0.2 ou superior

SQLite 3.3.5 ou superior

3.4 OpenNMS

OpenNMS é um projeto de código aberto, desenvolvido em Java, dedicado à criação

de uma plataforma de gerência de rede, voltado principalmente para a camada de aplicação.

22
Este software além de oferecer a gerência tradicional usando o protocolo de gerência

SNMP, tem a habilidade de monitorar serviços oferecidos pela rede, podendo ser usado para

gerar relatórios de nível de serviço, notificações de problemas, pode ser configurado para

gerar avisos de falha via e-mail, medir a qualidade e/ou tempo de disponibilidade de serviços,

cadastro detalhado de hosts, dentre outros.

As principais funcionalidades desse software são:

- Interface com o usuário - é possível visualizar as seguintes informações: estado dos

serviços e interfaces de rede, disponibilidade geral dos serviços, eventos gerados, gráficos de

desempenho e informações sobre os equipamentos.

- Monitoração - Serviços suportados:

 Web: HTTP e HTTPS;

 E-MAIL: POP3, IMAP e SMTP;

 Base de dados: Oracle, Sybase, Informix, SQLServer, MySQL e Postgres;

 Rede: ICMP, SNMP, DNS, DHCP, FTP, SSH, Telnet e LDAP. (Obs: o ping é

visto como serviço ICMP.)

 Outros: Citrix e Lotus Domino IIOP.

- Descoberta de dispositivos e serviços: é necessário configurar os IP’s, ou faixa de

IP’s, que devem ser descobertos no sistema. Essa configuração é feita manualmente,

diretamente no arquivo. Após a descoberta das interfaces, o sistema faz uma varredura para

determinar a existência de serviços associados.

- Gráficos estatísticos: apresenta pré-configurado gráficos estatísticos das seguintes

informações: utilização, bytes in/out, erros in/out, descartes in/out, utilização da CPU,

memória disponível, falha de buffers, distribuição de protocolos in/out, porcentagem de

buffers hits, perda de buffers.

23
- Coleta de dados: pode-se definir a freqüência dos pollings, quais objetos SNMP serão

coletados e como serão armazenados. A configuração pode ser feita por classes de IP’s, não

tem um compilador MIB e a configuração é feita manualmente, diretamente no arquivo de

configuração.

- Execução automática de comandos: os comandos podem ser configurados para serem

executados na ocorrência de um determinado evento. É feito de duas formas: notificações

automáticas e execução de comandos associados à violação de thresholds (limites).

- Base de dados de inventários: utiliza um gerenciador de base de dados para

armazenar as informações geradas. Dentre elas, tem a de ‘bens`(asset) que pode ser utilizada

para fazer o inventário da rede.

- Processo de escalada – é possível definir um processo de escalada junto à

notificação. São definidos usuários e/ou grupos que devem ser escalados, juntamente com o

intervalo de tempo entre as chamadas.

- Relatórios – gera dois tipos de relatórios: desempenho e disponibilidade.

A Figura 6 apresenta a tela principal do software OpenNMS, onde é possível verificar

os serviços ativos, equipamentos na rede e seus status, ativo ou inativo.

Figura 6 – Tela principal do OpenNMS.


FONTE: OpenNMS (2011).

24
A Tabela 4 apresenta os requisitos mínimos de software para instalação do

OpensNMS. Já para o hardware é necessário pelo menos 100 MB de espaço livre no disco e

recomendável 256MB de memória RAM.

Tabela 4 – Requisitos de software para instalação do OpenNMS.

Software Versão

PostgreSQL 7.1 ou superior

TomCat 4.0 ou superior

RRDTool 1.0.28 ou superior

Perl Modules DBI, DBD::Pg

JAVA Virtual Machine 1.4 ou superior

25
CAPÍTULO 4 – COMPARATIVO ENTRE AS FERRAMENTAS

Com base nas características descritas no capítulo 3, percebe-se que:

O Nagios é uma ferramenta dinâmica e potente, já que se mostra muito flexível,

permitindo a integração e a criação de diversos tipos de plugins, facilitando o gerenciamento/

monitoramento da rede. Os plugins de monitoração prontos são encontrados nos sites das

comunidades, até mesmo para casos mais específicos. Vale destacar a capacidade de

monitorar os ativos da rede, já que possui uma vasta documentação que pode ser encontrada

na internet. Através do Nagios é possível visualizar em uma tela, Figura 6, todos os problemas

que estão ocorrendo em tempo real ou no máximo com um pequeno retardo de tempo. Os

gráficos gerados são bem simples ao contrário do Cacti que possui gráficos exuberantes,

entretanto toda informação relevante é corretamente reportada. O Nagios pode ser

considerado um gerenciador de disponibilidade dos serviços.

Figura 7 – Exemplo do status dos serviços – Nagios.

26
Fonte: Nagios (2011).

O Cacti é uma boa ferramenta para gerenciar e monitorar equipamentos remotos,

como switches, roteadores, dentre outros ativos. É uma ferramenta muito abrangente e possui

como ponto forte a grande quantidade de detalhes precisos que podem ser observados através

de gráficos, ou seja, apresenta gráficos esplêndidos e ótima usabilidade. É recomendável para

o gerenciamento de desempenho dos equipamentos da rede, já que a ferramenta pode ser

configurada para registrar eventos em pequenos intervalos de tempo. Isso possibilita que os

administradores conheçam melhor sua rede, identificando assim os possíveis gargalos e até

mesmo planejar com maior segurança a expansão da rede. O Cacti possui um controle de

acesso personalizado, permitindo criar diferentes perfis de acordo como o tipo de usuário.

Assim, um usuário pode ter controle total sobre a ferramenta, já um segundo usuário poderá

ter um acesso restrito, sendo permitido, por exemplo, somente a visualização dos gráficos

existentes. Comparando o Nagios com o Cacti, percebe-se que diferentemente do Nagios, o

Cacti não envia alertas em caso de algum evento anormal ou paradas de serviço. Entretanto,

ele possui um log de mensagens que permite ao administrador ter conhecimento sobre o fato,

caso as consultas SNMP para determinado equipamento, não estejam sendo realizadas com

sucesso.

A Figura 8 apresenta um exemplo dos gráficos gerados pelo Cacti.

27
Figura 8 – Exemplos dos bons gráficos gerados pelo Cacti.
Fonte: Cacti (2011).

O Zabbix, entre as opções OpenSource, é provavelmente a ferramenta mais completa.

Possui uma vasta documentação, o que facilita muito para o administrador. Além disso, possui

uma interface web amigável, que permite, com facilidade, ter um controle total do sistema,

partindo desde o cadastramento de switches, computadores, impressoras, dentre outros ativos,

bem como é capaz de incluir serviços a serem monitorados e criar cenários para um

gerenciamento mais rápido e dinâmico. Possui suporte nativo para o protocolo SNMP

(versões 1, 2 e 3). Como ponto forte temos: a facilidade de manipulação dos objetos e também

vale a pena destacar a compatibilidade que possui com diversos bancos de dados, suporte para

agente e servidor em diversas plataformas, além da configuração nos clientes ser considerada

28
bem fácil. Possui um mecanismo de auto-descoberta que permite que os clientes encontrados

sejam automaticamente adicionados em grupos determinados e com templates pré-definidos.

Por fim, o OpenNMS é um software de gerenciamento de rede voltado principalmente

para a camada de aplicação. Possui uma interface web amigável, porém a documentação

disponível é escassa, dificultando muito quando se faz necessário aplicar configurações mais

avançadas ao software. Dessa forma, podemos concluir que demanda um tempo adicional

para compreender seu funcionamento e configurações. Além disso, são necessários

conhecimentos avançados em banco de dados, para que possa ser feita a manutenção do

mesmo. Como pontos positivos podemos destacar: a flexibilidade das configurações e

armazenamento das informações em base de dados SQL. Como pontos negativos, temos:

ausência de mecanismos que facilitem a manutenção do banco de dados, ausência de um

compilador de MIB, ausência de mapa que mostre a topologia das conexões, ausência de uma

interface para configuração, além da já citada documentação escassa.

A Tabela 5 apresenta um resumo das características dos softwares, apontando as

diferenças entre os sistemas.

Tabela 5 – Comparação entre os softwares.


Fonte: Wikipedia (2011)

Nagios Cacti Zabbix OpenNMS


IP SLA Reports Via plugin Sim Sim Sim
Agrupamento
Sim Sim Sim Sim
Lógico
Trending Sim Sim Sim Sim
Trend Prediction Não Sim Sim Desconhecido
Descobrimento Via plugin Via plugin Sim Sim

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Automático
Agente Suporta Não Suporta Suporta
SNMP Via plugin Sim Sim Sim
Syslog Via plugin Sim Sim Sim
Plugins Sim Sim Sim Sim
Gatilho / Alertas Sim Sim Sim Sim
Interface Web Controle completo Controle completo Controle completo Controle completo
Monitoramento
Sim Sim Sim Sim
Distribuído
Inventário Via plugin Sim Sim Sim

Método de Oracle, MySQL,


JRobin,
armazenamento Flat file. SQL RRDtool, MySQL PostgreSQL, IBM
PostgreSQL
de dados DB2, SQLite

Licença GPL GPL GPL GPLv3


Mapas Sim Via plugin Sim Sim
Controle de acesso Sim Sim Sim Sim
IPv6 Sim Sim Sim Sim

30
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES

Através dessa pesquisa percebeu-se que atualmente existem inúmeras soluções para

ajudar os administradores de redes a garantir a continuidade e o bom funcionamento das

mesmas. O mercado oferece tanto softwares livres quanto de natureza proprietária. Devido a

essa enorme gama de softwares ofertados, faz-se necessário um estudo detalhado senão de

todos pelo menos de alguns deles, para que possa ser feita a melhor escolha, baseando-se nas

funcionalidades que são consideradas primordiais, essenciais e fundamentais para um

gerenciamento de confiança, seguro e eficiente.

O objetivo principal desse trabalho de contextualizar e descrever os serviços de rede e

algumas ferramentas que dão suporte à gerência de redes foi atingido plenamente, no capítulo

2, onde foi feita uma introdução ao gerenciamento de redes, sendo explicados os principais

aspectos como a definição de gerência de rede e do protocolo utilizado para tal função:

SNMP. Já no capítulo 3 foram apontadas as principais características e funcionalidades dos

softwares propostos. Após a análise dos softwares, capítulo 4, foi possível destacar algumas

características de cada um, evidenciando tanto os pontos positivos como os negativos.

Uma vez que não foi possível instalar os softwares em um ambiente de rede e testá-los

para verificar as reais características de cada um, o trabalho teve como cerne apenas fazer

uma comparação baseando-se nas informações obtidas nos sites dos próprios fabricantes,

além de grupos de pesquisas. Sendo assim, o objeto deste trabalho limitou-se a apresentar as

características e diferenças entre os sistemas de maneira teórica. A instalação e o teste das

ferramentas são muito importantes para verificar a real aplicabilidade de cada uma.

É importante ressaltar que para que uma empresa tenha sucesso, algumas

características dos sistemas são imprescindíveis, como: isolamento do problema, diagnóstico

31
de falhas em tempo real, provisionamento de serviços, soluções rápidas, estabelecimento de

regras que garantam a segurança da rede e seu bom desempenho.

Finalizando, percebe-se que não existe uma ferramenta que simplesmente seja

caracterizada como a melhor dentre várias. Com base na apresentação das características aqui

apresentadas, cabe ao administrador escolher a solução que melhor se encaixe em sua rede.

32
REFERÊNCIAS

Cacti. Home-Page. Disponível em < http://www.cacti.net> Acesso em 10/07/2011.

COMER, Douglas E. Internetworking with TCP/IP: Principles, Protocols, and


Architectures. 4ª ed. Prentice Hall.

DAMASCENO, A.M.L., NUNES, T.M., Módulo de Gerenciamento de Redes Através de


SNMP com o uso da API SNMP4J. Disponível em: <http://www3.iesam-
pa.edu.br/ojs/index.php/computacao/article/viewFile/232/223 > Acesso em 20/01/2011.

DEO, André e PIRES, Aécio. Gerência de Redes com Zabbix. Revista Espírito Livre Ed. 18
págs. 69 a 73. Disponível em
<http://revista.espiritolivre.org/pdffiles/Revista_EspiritoLivre_018_setembro2010.pdf>
Acesso em 17/07/2011.

KUROSE, James F., ROSS, Keith W., Redes de computadores e a Internet: uma
abordagem top-down. 3ª Ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2006.

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http://www.zabbix.com/documentation/pt/1.8/complete> Acesso em 25/07/2011.

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01/08/2011.

STALLINGS, W., Redes e sistemas de comunicação de dados: teorias e aplicações


corporativas. Tradução da 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 449p.

STALLINGS, W., Criptografia e segurança de redes: Princípios e práticas. 4ª ed. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. 492p.

SNMP, Simple Network Management Protocol. Home-Page. Disponível em


<http://www.cbpf.br/~sun/pdf/snmp.pdf > Acesso em 31/01/2011.

33
OpenNMS. Home-Page. Disponível em <http://www.opennms.org> Acesso em 09/07/2011.

Pinheiro, J. M. S., Conceitos Básicos de Gerenciamentos de Redes. Home-Page.


Disponível em
<http://www.projetoderedes.com.br/tutoriais/tutorial_conceitos_gerenciamento_01.php>
Acesso em 25/01/2011.

Zabbix. Home-Page. Disponível em < http://www.zabbix.com> Acesso em 17/07/2011.

Zabbix Brasil. Home-Page. Disponível em < http://www.zabbixbrasil.org> Acesso em


17/07/2011.

Wikipedia. Home-Page. Disponível em


<http://en.wikipedia.org/wiki/Comparison_of_network_monitoring_systems> Acesso em
15/07/2011.

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