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(VJ Estratégia CONCURSOS Aula 16 Pree ein ics ten Cten tey Re unico) Professor: Renan Araujo Auta 16: JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS SUMARIO 1 JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS .. 11 Consideracées gerais 1.2 Principios e Objet 1.3 Competéncia 1.4 Atos chamatérios 1.5 Da Fase Preliminar. 15.1 Terme circunstanciado e prisdo em flagrante ....sssees 15.2 Audiéncia preliminar e composigo civil dos danos 6 15.3 Transagio penal .. 8 1.6 Do Procedimento Sumarissimo propriamente dito .. 1.7 Suspenso condicional do processo 17a Conceito e cabimento .. 17.2 Revogagéo do beneficio ssssesseesssssenssesesussennssseenes 1.8 — Juizados Especiais Criminais Federais (Lei 10.259/01) 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 3 SUMULAS PERTINENTES 3.1 Stimulas vinculantes .. 3.2 Sdimulas do STF. 3.3. Stimulas do STI 4 JURISPRUDENCIA CORRELATA 5 RESUMO.. 6 _LISTA DE EXERCICTOS... 7 EXERCICIOS COMENTADOS.. 8 GABARITO Old, meu povo! Na aula de hoje vamos estudar o procedimento previsto na Lei 9.09/95, que estabeleceu 0 rito sumarissimo no processo penal brasileiro, criando os Juizados Especiais Criminais. Bons estudos! Prof. Renan Araujo Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1de73 1 JUIZ S ESPECIAIS CRIMINAL 1.1 Consideracgées gerais Os Juizados Especiais Criminais foram instituidos pela Lei 9.099/95, estabelecendo um rito_ pri io para o processo e julgamento de determinadas infragSes pensis, consideradas de MENOR POTENCIAL OFENSIVO. Este rito préprio foi chamado pelo CPP de rito SUMARISSIMO. Vejamos o art. 394, §1°, III do CPP: Art. 394. O procedimento serd comum ou especial. (Redacao dada pela Lei n° 11.719, de 2008). § 10 0 procedimento comum seré ordinério, sumario ou sumarissimo: (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008). () II - sumarissimo, para as infragdes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008). Os Juizados Especiais Criminais, em nivel estadual, esto regulamentados pela Lei 9.099/95, e, em nivel federal, pela Lei 10.259/01, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei 9.09/95 quando nao houver previsdo na Lei 10.259/01. Os Juizados Criminais séo competentes para processar e julgar as infragdes de menor potencial ofensivo, que, nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95, séo as contravengdes (quaisquer) e crimes cuja pena maxima ndo seja superior a dois anos, cumulada ou n&o com multa. Vejamos: Art, 60, O Juizado Especial Criminal, provide por juizes togados ou togados e leigos, tem competéncia para a conciliacéo, 0 julgamento e a execugao das infraces penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexao e continéncia. (Redacao dada pela Lei n® 11.313, de 2006) Paragrafo Unico. Na reuniéo de processos, perante o juizo comum ou o tribunal do jtiri, decorrentes da aplicacao das regras de conexéo e continéncia, observar-se-a0 os institutos da transago penal e da composigéo dos danos civis. (Inclvido pela Let n° 11.313, de 2000) Art. 61. Consideram-se infracées penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravencées penais e os crimes a que a lei comine pena maxima ndo superior a 2 (dois) anos, cumulada ou néo com multa. (Redacdo dada pela Lei n* 11.313, de 2006) CONTRAVENGOES PENAIS CRIMES TODAS ,APENAS AQUELES CUJA PENA MAXIMA NAO SEJA SUPERIOR A 02 ANOS Prof, Renan Araujo br 2de 73 O § nico do art. 60, como vocés podem ver, também foi alterado em 2006, de forma que havendo de ser julgada uma IMPO (Infrac&o de menor potencial ofensivo) perante outro Juizo (em razio de regras de conexdo ou continéncia), devem ser observados os institutos da Transacéo Penal e da composig&o dos danos civis. RESUMINDO: Se o infrator cometer uma IMPO em conexdo com um crime do Juri, por exemplo (Homicidio), ambos ser&o julgados pelo Juri, pois a competéncia deste prevalece (segundo as regras de conexdo do CPP), mas & infragéo de menor potencial ofensivo devem ser aplicados os institutes despenalizadores previstos na Lei 9.099;95, conforme preconiza o art. 60, § Unico da Lei 9.099/95. 1.2 Principios e Objetivos Os principios e objetivos dos Juizados Especiais Criminais est&o previstos no art. 62 da Lei: Art. 62. O processo perante 0 Juizado Especial orientar-se-d pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possivel, 2 reparaco dos danos sofridos pela vitima e a aplicacdo de pena nao privativa de liberdade. Assim, os Juizados possuem como principios: ¥ Oralidade - Os atos processuais, sempre que possivel, seréo praticados oralmente, sendo reduzidos a termo; ¥ Informalidade - Os processos perante os Juizados Especiais ndo seguem formalidade tao rigorosa quanto aqueles julgados pelo Juizo comum. Nao é a toa que temos as previsdes dos arts. 64 e 65 da Lei: Art. 64. Os atos processuals serdo puiblicos e poderao realizar-se em horério noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organizacéo judiciéria. Art, 65, Os atos processuais sero vélidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. y Econo! Processual - Deve-se buscar sempre a maxima efetividade dos atos processuais, concentrando-os de forma a garantir a economia do Processo, ou seja, a maior eficiéncia possivel, com o menor gasto de tempo e dinheiro do Poder Publico; ¥ Celeridade Processual - A busca pela celeridade (rapidez) processual 6 um principio do Juizado, notadamente quando se analisa que neste rito (sumarissimo) diversas fases processuais s&o atropeladas, de forma a garantir o desfecho célere do processo. Os objetivos, por sua vez, séo: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 3de 73 Aula 16 - Prof. v Reparagéo dos danos sofridos pela vitima - — a chamada “composicao dos danos civis”, ou seja, objetiva-se sempre a reparag&o do dano causado pelo infrator, de forma a garantir que a vitima seja indenizada pelo prejuizo que sofreu, seja ele de ordem material ou moral; ¥ Aplicagdo de pena ndo-privativa de liberdade - Busca-se, sempre, aplicar pena que néo seja a privativa de liberdade, como forma de evitar a prisdo de pessoas que tenham cometido infracdes que ndo causam lesdo tao grave & sociedade, podendo ser punidas de outras formas. Friso a vocés que isso nado se confunde com impunidade, pois o infrator seria punido, sé que com uma pena que no seria privativa de liberdade. 1.3 Competéncia A competéncia dos Juizados Especiais, como vimos, é para 0 processo e julgamento dos crimes cuja pena maxima ndo seja superior a dois anos (art. 60 da Lei). Entretanto, qual € a competéncia ratione loci (competéncia territorial)? A competéncia territorial esta definida no art. 63 da Lei: Art. 63. A competéncia do Juizado ser determinada pelo lugar em que foi praticada a infracéo penal. Vejam, portanto, que foi adotada a teoria da ATIVIDADE. Porém, existem determinados crimes que nao se submetem ao rito dos Juizados Especiais. Sdo eles: ¥ Crimes militares - Nao importa qual a pena cominada (se é menor que dois anos ou n&o), n&o se aplica o rito sumarissimo aos crimes militares. Vejamos 0 art. 90-A da Lei 9.099/95: Art. 90-A. As disposig6es desta Lei no se aplicam no &mbito da Justica Militar. (Artigo incluido pela Lei n° 9.839, de 27.9.1999) CUIDADO! Em relagao aos crimes de violéncia doméstica, 0 STF e o STJ entendem que é possivel o julgamento pelo rito sumarissimo, o que ndo é possivel é a aplicacdo dos institutos despenalizadores (transacgo penal, suspensao condicional do proceso, etc.) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.co 40073 1.4 Atos chamatérios Os atos chamatorios no rito sumarissimo (citagdo e intimagées) também seguem um regramento especifico, Nos termos do art. 66 da Lei, a citagdo sera NECESSARIAMENTE PESSOAL, ndo havendo possibilidade de citagao editalicia. Entenderam? NAO E POSSIVEL CITACAO POR EDITAL NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS! A Doutrina entende ser inadmissivel também, por analogia, a citagdo por hora certa. Vejamos o art. 66 da Lei: Art. 66, A citacdo sera pessoal e far-se-4 no proprio Juizado, sempre que possivel, ou por mandado. Mas, professor, e se 0 acusado nao for encontrado? Nesse caso, 0 § Unico do art. 66 determina que sejam remetidas as pecas do processo ao Juizo comum, seguindo-se o processo, no Juizo comum, pelo rito suméario. Vejamos: Pardgrafo Unico. Nao encontrado 0 acusado para ser citado, 0 Juiz encaminharé as pecas existentes 20 Juizo comum para adogao do procedimento previsto em lei. Quanto as intimagdes, seguindo a linha do PRINCIPIO DA INFORMALIDADE, podera elas ser enviadas por correspondéncia com aviso de recebimento: Art, 67. A intimacao far-se-a por correspondéncia, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa juridica ou firma individual, mediante entrega a0 encarregado da_recepcio, que seré obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessario, por oficial de justica, independentemente de mandado ou carta precatoria, ou ainda por qualquer meio idéneo de comunicacao. Tendo sido 0 ato praticado em audiéncia, as partes séo consideradas cientes, nos termos do art. 67, § Unico da Lei: Paragrafo Unico. Dos atos praticados em audiéncia considerar-se-30 desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. Da intimag&o do autor do fato ou citagéio do acusado, deverd constar a necessidade de acompanhamento por advogado e, caso ele nao constitua um, os autos seréo remetidos 4 Defensoria Publica: Art. 68. Do ato de intimagao do autor do fato e do mandado de citagao do acusado, constard a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a adverténcia de que, na sua falta, ser-Ihe-& designado defensor public. Prof. Renan Araujo www.estrate -br 5 de 73 1.5 Da Fase Preliminar 1.5.1 Termo circunstanciado e priséo em flagrante Tomando ciéncia da ocorréncia de uma IMPO, a autoridade policial NAO INSTAURARA INQUERITO POLICIAL, essa é a primeira disting3o. A autoridade, nestes casos, deverd lavrar o que se chama de TERMO CIRCUNSTANCIADO. Vejamos: Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorréncia lavrara termo circunstanciado e o encaminhara imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vitima, providenciando-se as requisicées dos exames periciais necessdrios. ATENGAO! 0 termo circunstanciado sera utilizado, posteriormente, como subsidio para a aco penal, dispensando-se o inquérito policial'. Além disso, serd dispensavel o exame de corpo de delito (em regra ele seria necessario, nos crimes que deixam vestigios, por forga do art. 158 do CPP), desde que o termo circunstanciado esteja acompanhado por boletim médico ou prova equivalente, atestando a materialidade do fato (art. 77, §1° da Lei 9.09/95). Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do processo, NUNCA PODERA SER PRESO EM FLAGRANTE, nos termos do § Unico do art. 69: Art, 69. (...) Pardgrafo Unico. Ao autor do fato que, apds a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir 0 compromisso de a ele comparecer, no se impor prisdo em flagrante, nem se exigira fianca. Em caso de violéncia doméstica, 0 juiz poder’ determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicilio ou local de convivéncia com a vitima. (Redaco dada pela Lei n° 10.455, de 13.5.2002) 1.5.2 Audiéncia preliminar e composigéo civil dos danos Apés esta etapa em sede policial, seré designada audiéncia preliminar (art. 70), na qual o Juiz deverd cientificar as partes acerca da conveniéncia da composicao civil dos danos. Vejamo: Art, 70. Comparecendo 0 autor do fato e a vitima, e no sendo possivel a realizacao imediata da audiéncia preliminar, ser designada data préxima, da qual ambos sairao cientes. Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciard sua intimacao e, se for 0 caso, a do responsdvel civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. Art. 72. Na audiéncia preliminar, presente o representante do Ministério Puiblico, 0 autor do fato e a vitima e, se possivel, o responsdvel civil, acompanhados por seus * Sabemos que o IP é um procedimento DISPENSAVEL para o ajuizamento da acdo penal. O que este dispositivo quer dizer € que nas infracdes de menor potencial ofensivo néo teremos IP, mesmo em se tratando de crime de acao publica. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 73 advogados, 0 Juiz esclareceré sobre a possibilidade da composicéo dos danos e da aceitacdo da proposta de aplicacdo imediata de pena nao privativa de liberdade. Interessante notar que essa audiéncia de conciliagdo pode ser presidida pelo Juiz ou pelo conciliador, que é um auxiliar da Justia, sob orientagao do Juiz: Art. 73. A conciliagao sera conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientacao. Paragrafo Unico. Os conciliadores séo auxiliares da Justica, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluidos os que exercam fungées na administragao da Justica Criminal. Obtida a composigao civil dos danos causados, 0 Juiz a homologaré por sentenca, que sera IRRECORRIVEL, eis que nenhuma das partes sucumbiu. Nesse caso, a sentenca valera como titulo executivo na seara civel: Art. 74. A composigao dos danos civis sera reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentenca irrecorrivel, teré eficdcia de titulo a ser executado no juizo civil competente. Se o crime for de aco penal publica CONDICIONADA ou de aco penal privada, a composicao civil dos danos acarreta a RENUNCIA DO DIREITO DE OFERECER REPRESENTACAO OU QUEIXA. Nos termos do § Unico do art. 74: Pardgrafo Unico. Tratando-se de aco penal de iniciativa privada ou de acéo penal publica condicionada representagio, 0 acordo homologado acarreta a reniincia ao direito de queixa ou representacao. Caso n&o seja obtida a composic&o civil dos danos, e sendo caso de ago penal privada ou publica condicionada a representacao, o Juiz dara oportunidade ao ofendido para que apresente a sua representago ou ofereca a queixa: Art, 75, Nao obtida a composicao dos danos civis, sera dada imediatamente a0 ofendido a oportunidade de exercer o direito de representacao verbal, que seré reduzida a termo. Caso 0 ofendido no a exerca no momento, poderd exercer esse direito posteriormente (oferecimento de queixa ou representagiio), desde que dentro do perfodo legal: Paragrafo Unico. O néo oferecimento da representacdo na audiéncia preliminar néo implica decadéncia do direito, que poder ser exercido no prazo previsto em lei. Caso 0 ofendido ofereca a representac&o (crimes de aco penal publica condicionada) ou sendo crime de ag&o penal publica incondicionada, o Juiz daré vista ao MP para que proponha, se for cabivel, a TRANSAGAO PENAL. Prof. Renan Araujo www.estrate -br 70073 1.5.3 Transacao penal Art. 76. Havendo representago ou tratando-se de crime de acéo penal publica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico poderé propor 2 aplicacSo imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. Esta proposta de TRANSACAO PENAL no podera ser oferecida se ocorrer uma das hipéteses do § 2° do art. 76 da Lei: § 2 Nao se admitirs a proposta se ficar comprovado: I -- ter sido 0 autor da infracéo condenado, pela pratica de crime, 4 pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva; IT- ter sido 0 agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicacéo de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - no indicarem os antecedentes, 2 conduta social e a personalidade do agente, bem como os maotivos e as circunstdncias, ser necessaria e suficiente a adocdo da medida. Assim: TRANSAGAO PENAL - INADMISSIBILIDADE + Se 0 autor do fato tiver sido condenado, pela prética de crime, & pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva + Se 0 autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, com a transac&o penal + Os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motives e as circunstancias no indicarem ser necesséria e suficiente a adocao da medida Sendo aceita a proposta, ela seré submetida ao Juiz, para que a acolha ou no. Caso 0 Juiz acolha a proposta, aplicard a pena restritiva de direitos ou multa, mas essa sancao nao é considerada uma condenacéio, nem é levada em conta para fins de reincidéncia, sendo apenas um “ACORDO” entre o MP e 0 acusado, de forma que o MP deixa de oferecer a aco penal e solicita, em troca disso, que © acusado pague alguma multa ou cumpra uma pena restritiva de direitos. Da decis%o do Juiz que acolhe ou n&o a proposta, cabera APELACAO: § 3° Aceita a proposta pelo autor da infrago e seu defensor, seré submetida & apreciacao do Juiz. § 4° Acolhendo a proposta do Ministério Publico aceita pelo autor da infrac&o, o Juiz aplicard a pena restritiva de direitos ou multa, que nao importaré em reincidéncia, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo beneficio no prazo de cinco anos. § 5° Da sentenca prevista no paragrafo anterior caberé a apelagao referida no art. 82 desta Lei. Prof. Renan Araujo www.estrate: -br Bde 73 de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositive, e n3o § 6° A imposigao da sang3o de que trata 0 § 4° deste artigo no constaré de certidéo terd efeitos civis, cabendo aos interessados propor acao cabivel no juizo civel. A transagio penal € (AgRg no REsp 1356229 / PR). Mas, professor, e se o acusado NAO ACEITAR a proposta de transacSo penal? Nesse caso, o MP oferecera denuncia oral, se ndo for caso de realizac&o de alguma diligéncia. Vejamos: Art. 77. Na aco penal de iniciativa publica, quando no houver aplicagao de pena, pela auséncia do autor do fato, ou pela nao ocorréncia da hipstese prevista no art. 76 desta Lei, 0 Ministério Publico ofereceré ao Juiz, de imediato, dentincia oral, se ndo houver necessidade de diligéncias imprescindiveis. ito subjetivo do réu? O ST) entende que nado Se a aco penal for privada, o ofendido poderé oferecer a queixa, nos termos do art. 77, §3° da Lei: § 3° Na acao penal de iniciativa do ofendido podera ser oferecida queixa oral, cabendo a0 Juiz verificar se a complexidade e as circunstancias do caso determinam a adocao das providéncias previstas no paragrafo Unico do art. 66 desta Lei, GB ecrisprusencia CUIDADO! A Lei no prevé possibilidade de TRANSAGAO PENAL nos crimes de ac&o penal privada. Entretanto, a Jurisprudéncia vem admitindo esta possibilidade, cabendo ao proprio ofendido o seu oferecimento. Por fim, deve ser ressaltado que se a causa for complexa, os autos poderéo ser remetidos ao Juizo comum, para que seja processado pelo rito sumério. Esse pedido deveré ser feito pelo MP (se for caso de ac&o penal publica) ou verificado de oficio pelo Juiz, se for caso de ag&o penal privada. Vejamos: Art. 77. (+) § 2° Se a complexidade ou circunsténcias do caso néo permitirem a formulacio da denncia, 0 Ministério Publico podera requerer ao Juiz 0 encaminhamento das pecas existentes, na forma do paragrafo nico do art. 66 desta Lei. § 3° Na aco penal de iniciativa do ofendido poderd ser oferecida queixa oral, cabendo 20 Juiz verificar se a complexidade e as circunstancias do caso determinam a adocéo das providéncias previstas no pardgrafo Unico do art. 66 desta Lei. 1.6 Do Procedimento Sumarissimo propriamente dito E um procedimento bastante simples, objetivo, previsto nos arts. 77 a 81 da Lei. Prof. Renan Araujo www.estrate -br 9de73 A unica discussdo relevante quanto ao procedimento sumarissimo se da no que se refere & aplicabilidade, ou n&o, do art. 394, §4° do CPP, Vejamo: Art, 394 (...) § 40 As disposicées dos arts. 395 a 398 deste Cédigo aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que nao regulados neste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008). Esses arts. 395 a 397 (0 art. 398 estd revogado) tratam do recebimento ou rejeicao da inicial acusatéria e, ainda, da absolvicéo sumaria do acusado. A Doutrina e Jurisprudéncia séo pacificas no que se refere a aplicagéo dos arts. 395, 396-A e 397 do CPP ao rito sumarissimo, havendo impasse, apenas, com relagdo a aplicabilidade, ou nao, do art. 396 do CPP. Vejamos: Art, 396. Nos procedimentos ordindrio e sumério, oferecida a dentincia ou queixa, 0 Juiz, se nao a rejeitar liminarmente, recebé-la-d e ordenard a citacao do acusado para ‘responder & acusagao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redacao dada pela Lei n° 11.719, de 2008). Vejam, portanto, que _o CPP determina que o acusado sera citado para responder a acusagao Agora, vejamos 0 que diz o art. 81 da Lei 9.099/95: Art. 81. Aberta a audiéncia, seré dada a palavra ao defensor para responder & acusacdo, apés o que o Juiz receberd, ou no, a dentincia ou queixa; havendo recebimento, seréo ouvidas a vitima e as testemunhas de acusagao e defesa, interrogando-se 2 seguir 0 acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e & prolacao da sentenca. Vejam, assim, que no procedimento previsto na Lei 9.099/95, a resposta a acusacdo € ANTERIOR ao recebimento da denincia ou queixa. Como conciliar? Prevalece o entendimento de que NAO SE APLICA AO PROCEDIMENTO SUMARISSIMO O ART. 396, pois a redacdo do art. 396 é clara ao dizer que “nos procedimentos ordindrio e suméario...”, de forma que se entende que nao é a intengao da lei aplica-lo ao rito da Lei 9.099/95. Oferecida a dentincia ou queixa, dispensa-se exame de corpo de delito, caso os vestigios estejam documentados por boletim médico ou prova equivalente (art. 77, §1° da Lei). Devem ser arroladas as testemunhas, cujo numero a Lei ndo diz. Aplica-se, por analogia, o art. 532 do CPP (numero de testemunhas no rito sumédrio), considerando-se que o ntimero maximo de testemunhas, aqui, seja de CINCO. Apés esse momento, proceder-se-a a citag3o do acusado. Se ele estiver presente & audiéncia preliminar, e sendo oferecida a inicial acusatoria na audiéncia preliminar, considerar-se-a citado, sendo cientificado da data da audiéncia de instrugdo e julgamento, nos termos do art. 78 da Lei: Art. 78. Oferecida a dentincia ou queixa, sera reduzida a termo, entregando-se cépia a0 acusado, que com ela ficard citado e imediatamente cientificado da designagao de Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 73 dia e hora para a audiéncia de instrugéo e julgamento, da qual também tomaréo ciéncia 0 Ministério Publico, 0 ofendido, o responsavel civil e seus advogados. § 1° Se o acusado no estiver presente, seré citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiéncia de instrucao e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimaco, no minimo cinco dias antes de sua realizacao. § 20 No estando presentes 0 ofendido e 0 responsdvel civil, sero intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem a audiéncia de instrucao e julgamento. § 3° As testemunhas arroladas sero intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lel. Caso 0 acusado nao esteja presente, sera citado pessoalmente e, caso isso ndo seja possivel, as pecas sero remetidas ao Juizo comum para que l4 o processo seja julgado, nos termos do art. 78, §1° da Lei. cabera APELACAO, nos termos do art. 82 do CPI Na audiéncia de instruc&o e julgamento o Juiz: = Facultaré a defesa responder a acusacdo - Est previsto no art. 81 da Lei. O teor da resposta seguir o que prevé o art. 396-A do CPP. = 0 Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatéria - Aqui, ou o Juiz verifica estarem presentes todos os requisitos e recebe a inicial, ou verifica que ha alguma das hipsteses do art, 395 e REJEITA LIMINARMENTE A INICIAL ACUSATORIA. — Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o réu - Aqui © Juiz verificara se esta presente alguma situagdo do art. 397 do CPP, hipétese na qual deVerdABSOLVER SUMARIAMENTE © ACUSADO. No sendo 0 caso, prosseguira com a audiéncia de instrugao e julgamento. > Ouvird a vitima, as testemunhas de acusag3o e defesa e, por Ultimo, procedera ao interrogatorio do acusado (NESTA ORDEM); -+ Apos isso, passa-se a fase dos debates orais — Nao ha previsio de substituic&io dos debates orais por alegacdes finais escritas, mas é muito comum acontecer isto na pratica. — Apés os debates orais, 0 Juiz profere sentenca - A sentenca no rito sumarissimo DISPENSA RELATORIO, até pelo principio da INFORMALIDADE. Vejamos o §3° do art. 81 da Lei: § 3° A sentenca, dispensado 0 relatério, mencionaré os elementos de conviccao do Juiz, Da sentenca final ou da decisaéo de rejeicao da inicial acusatéria Art. 82. Da decisdo de rejeicao da dentincia ou queixa e da sentenca caberd apelacio, que poderd ser julgada por turma composta de trés Juizes em exercicio no primeiro grau de jurisdicao, reunidos na sede do Juizado. § 19 A apelacao seré interposta no prazo de dez dias, contados da ciéncia da sentenca pelo Ministério Piblico, pelo réu e seu defensor, por peticéo escrita, da qual constaréo as razies e 0 pedido do recorrente. § 200 recorrido serd intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 73 prazo para a interposic&o da apelag&o sera de 10 dias. So cabiveis, ainda, EMBARGOS DE DECLARACAO, caso haja omiss&o, obscuridade ou contradic&o na sentenga ou acérd&o, nos termos do art. 83 da Lei: Art. 83. Cabem embargos de declaracao quando, em sentenca ou acérdéo, houver obscuridade, contradicao ou omisséo. (Redacao dada pela Lei n° 13.105, de 2015) (Vigéncia) Esses embargos INTERROMPEM? 0 prazo para interposicao da APELACAO, e podem ser opostos por escrito ou oralmente, no prazo de CINCO DIAS: § 19 Os embargos de declarag30 sero opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciéncia da decisao. § 20 Os embargos de declaracéo interrompem 0 prazo para a interposi¢éo de recurso, (Redagao dada pela Lei n® 13.105, de 2015) (Vigéncia) Por fim, a Jurisprudéncia tem admitido a interposicgéo de RECURSO EXTRAORDINARIO DA DECISAO DAS TURMAS RECURSAIS (érgiio colegiado que julga os recursos das decisées de primeiro grau), mas ndo se admite a interposicao de RECURSO ESPECIAL, nos termos do art. 102, III ¢/c art. 105, III da CRFB/88) e stimulas 640 do STF? e 203 do ST). 1.7 Suspensao condicional do processo 1.7.1 Conceito e cabimento Embora sejam consideradas IMPO os crimes aos quais a Lei comine pena maxima n&o superior a dois anos (além das contravengées penais), somente podem ser beneficiadas com a SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESSO aquelas infragées cuja pena minima ndo seja superior a 01 ano. Vejamos o art. 89 da Lei 9.0999/95: Art. 89. Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou no por esta Lei, 0 Ministério Public, 20 oferecer a dentincia, poder propor a suspensio do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensao condicional da pena (art. 77 do Cédigo Penal). 2 Trata-se de alteracdo promovida pelo Novo CPC. Antes, os embargos de declaragio nos Juizados apenas ‘SUSPENDIAM 0 prazo para os demais recursos. * samula 640 do STF: "E cabivel recurso extraordinério contra deciséo proferida por juiz de primeiro grau nas causas de algada, ou por turma recursal de juizado especial civel ou criminal.” Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 12.de73 Dai se conclui que NEM TODA INFRACAO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO poderé ensejar a suspens&o condicional do processo, mas somente aquelas cuja pena minima nfo seja superior a um ano. Mas e se ha previsdo de alguma causa de aumento de pena? Ela é considerada para 0 calculo da pena minima? Sim. Neste caso a pena minima serd a pena-base minima acrescida do aumento minimo. EXEMPLO: José é denunciado por um crime X, cuja pena prevista é de 06 meses a 02 anos de detenc&o. Contudo, José praticou o delito em uma determinada circunstancia, que implica aumento de pena que varia de 1/3 a 2/3. Assim, a pena minima (para fins de concesséo do beneficio) seré a soma da pena-base minima (06 meses) com o acréscimo minimo (1/3). Logo, a pena minima seré de 08 meses, inferior a um ano. Portanto, sera cabivel a suspensdo condicional do proceso. Este entendimento serviu de fundamento para o enunciado de stimula n° 723 do STF: Sumula 723 do STF “Nao se admite a suspenséo condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena minima da infrag3o mais grave com 0 aumento minimo de um sexto for superior a um ano.” E se o autor do fato n&o aceitar a proposta de suspensao condicional do processo? 0 processo seguir normalmente. Aceita a proposta de suspenséio do processo pelo acusado e por seu defensor, na presenca do Juiz, seré submetida a apreciaco deste (Juiz) que, suspendendo o processo, submetera o acusado a perfodo de prova, sob determinadas condigées previstas na lei e OUTRAS que reputar pertinentes: § 1° Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presenca do Juiz, este, recebendo a dentincia, poderd suspender o proceso, submetendo 0 acusado a periodo de prova, sob as seguintes condicbes: 1 reparacéo do dano, salvo impossibilidade de fazé-lo; I - proibicao de frequentar determinados lugares; II - proibigo de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizagao do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatério 2 juizo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. § 2° O Juiz poderd especificar outras condigées a que fica subordinada a suspensao, desde que adequadas ao fato e a situac4o pessoal do acusado. CUIDADO! A jurisprudéncia entende que uma vez oferecida a proposta e aceita pelo acusado e seu defensor, o Juiz ndo tem margem para atuac&o, ele DEVE suspender o processo. Ha jurisprudéncia_entendendo, ainda, que se o Juiz Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 13.de 73 Aula 16 - Prof. discordar da proposta oferecida pelo MP deverd aplicar o art. 28 do CPP, ou seja, remeter os autos ao chefe do MP para que decida a questdo em definitivo. CUIDADO II! Ha divergéncia na Doutrina e na Jurisprudéncia quanto & Possibilidade de o Juiz fixar, como “outras condigées”, alguma das medidas cautelares do CPP. Hé quem entenda que é possivel e hé quem entenda que no é possivel, pois estas possuem o especifico cardter cautelar. Mas o titular da acdo penal esta obrigado a oferecer a proposta de suspensao condicional do processo? Sempre se entendeu que nao se tratava de direito subjetivo do réu. Contudo, ha decisées mais recentes do ST] que levam a crer ter se alterado o entendimento daquela Corte. Vejamos: GB ourisprudencia .-) IL - © Ministério Publico ao nao ofertar a suspensao condi nal do processo, deve fundamentar adequadamente a sua recusa. A recusa concretamente motivada no acarreta, por si, ilegalidade sob 0 aspecto formal. (Precedentes). Recurso ordindrio desprovido. peas 55, mi Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 07/05/2015, BJS Resumidamente, embora 0 STJ tenha certo “receio” em usar a expressdo “direito subjetivo”, este Tribunal entende que: + A decisio do MP em néo ofertar a proposta de suspenséo deve ser fundamentada na auséncia dos requisitos previstos na Lei para sua concessao. + OJuiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao no ofertar a proposta, para verificar se ela esta devidamente fundamentada. Podemos entender, que se o réu preenche devidamente todos os requisitos para a obtencdo do beneficio, este deveria (em tese) ser oferecido pelo MP. Mas e se nao for? Trés correntes existem: + O Juiz pode conceder de oficio + O Juiz pode conceder, a pedido do réu + O Juiz devera remeter 0 caso a apreciagao do PGJ, em analogia ao art. 28 do CPP Prevalece no STJ 0 entendimento de que, em sendo cumpridos os requisitos e n&o havendo proposta do MP, o Juiz deve aplicar, por analogia, o art. 28 do Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 73 Aula 16 - Prof. CPP, ou seja, remeter os autos ao PGJ, para que este decida pelo oferecimento, ou néo, da proposta.* O STF é mais explicito em seu entendimento solidificado, no sentido de que NAO se trata de direito subjetivo do acusado.* 1.7.2 Revoaac&o do beneficio A suspensao condicional do processo, uma vez estabelecida, poderd ser > Obrigatoriamente - Quando o acusado for processado por outro crime ou nao reparar o dano, de maneira injustificada. Nos termos do art. 89, §3° da Lei: § 3° A suspensdo serd revogada se, no curso do prazo, o beneficiario vier a ser processado por outro crime ou nao efetuar, sem motivo justificado, a reparacdo do dano. > Facultativamente - Aqui o Juiz pode ou nao revoga-la. Ocorrera caso 0 acusado for processado por contravencdo ou descumprir qualquer outra condicao imposta. Nos termos do §4° do art. 89 da Lei: § 40 A suspensdo poderé ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravencéo, ou descumprir qualquer outra condicao imposta. OBRIGATORIA FACULTATIVA * Auséncia de reparagéo do + ~Descumprimento de qualquer dano (sem justo motivo) outra condigao + Acusado vier a ser = Acusado vier a ser processado processado por novo por contravencdéo (ainda que CRIME (ainda que tenha tenha sido praticada antes) sido praticado antes da suspensdo - HC 62401/ES- STJ) Durante o prazo da suspensao condicional do processo NAO CORRE A PRESCRICAO, Findo 0 prazo sem revogacao, estara EXTINTA A PUNIBILIDADE. Vejamos: | 5 5° Expirado 0 prazo sem revogacao, o Juiz declarara extinta a punibilidade, * Ver, neste sentido: RHC 55792 / SP. Em sentido CONTRARIO (pela concessdo ex officio) ver: HC 131108 RD [Ric 115907, Relator(a): Min, CARMEN LUCIA, Segunda Turma, julgade em HAVAHIAOHS, PROCESO ELETRONICO DJe-228 DIVULG 19-11-2013 PUBLIC 20-11-2013 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 73 I § 6° Nao correré a prescri¢go durante o prazo de suspens&o do processo. A extingao da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. 1.8 Juizados Especiais Criminais Federais (Lei 10.259/01) Os Juizados Criminais na Justiga Federal foram criados pela Lei 10.259/01, conforme previsdio de seu art. 1°: Art, 10 Sao instituidos os Juizados Especiais Civeis e Criminais da Justica Federal, aos quais se aplica, no que no conflitar com esta Lei, 0 disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. Oart. 2° da Lei 10.259/01 estabeleceu a competéncia dos Juizados Criminais Federais, estabelecendo regra praticamente idéntica a do art. 60 da Lei 9.09/95: Art. 20 Compete 20 Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competéncia da Justica Federal relativos as infragées de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexao e continancia. (Redacao dada pela Lei n° 11.313, de 2006) Entretanto, uma observacao deve ser feita. Vejamos a redagfo do art. 61 da Lei 9.099/95 Art. 61. Consideram-se infracées penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravencées penais e os crimes a que a lei comine pena maxima nao superior 2 2 (dois) anos, cumulada ou nao com multa. (Redacao dada pela Lei n® 11,313, de 2006) Este artigo diz que infragdes de menor potencial ofensivo (IMPO) é um género do qual existem duas espécies: + Contravengées penais + Crimes aos quais a lei comine pena maxima NAO SUPERIOR A DOIS ANOS. Estas duas, portanto, sio as espécies de infragdo de menor potencial ofensivo. No entanto, no bojo dos Juizados Federais Criminais, nado ha julgamento de CONTRAVENGOES PENAIS, pois a Justica Federal NAO POSSUI COMPETENCIA para o processo e julgamento de contravengées penais. O conceito do que seria infracdo de menor potencial ofensivo consta, como vimos, no art. 61 da Lei 9.09/95, com a redagiio dada pela Lei 11.313/06. Este, como varios outros artigos da Lei 9.099/95, aplicam-se aos Juizados Federais Criminais, pois a Lei 10.259/01 nao estabelece um rito sumarissimo proprio para os Juizados Criminais Federais, limitando-se a prever que deva ser aplicada a Lei 9.099/95. Vejamos o art, 1° da Lei 10.259/01: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.coi 16 de 73 Art. 10 So instituidos os Juizados Especiais Civeis e Criminais da Justica Federal, aos quais se aplica, no que no conflitar com esta Lei, 0 disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. Como néo hé rito processual penal préprio na Lei 10.259/01, o procedimento em ambos os Juizados € 0 mesmo, ou seja, 0 previsto na Lei 9.099/95, ja estudado. Bons estudos! Prof. Renan Araujo ISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES LEI 9.099/95 % Arts. 60 a 92 da Lei 9.099/95 - Regulamentam os Juizados Especiais Criminais e 0 rito sumarissimo aplicavel as infragdes de menor potencial ofensivo: Capitulo IIT Dos Juizados Especiais Criminais Disposicées Gerais Art, 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juizes togados ou togados e leigos, tem competéncia para a conciliac3o, o julgamento e a execucao das infracées penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexao e continéncia. (Redacéo dada pele Lei n? 11.313, de 2006) Paragrafo Unico. Na reuniao de processos, perante o juizo comum ou 0 tribunal do jurl, decorrentes da aplicacdo das regras de conexdo € continéncia, observar-se- 40 0s institutos da transago penal e da composicao dos danos civis. (inciuido pela Lel i 11.313, de 2006) Art. 61. Consideram-se infragées penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravencées penais e os crimes a que a lei comine pena maxima nao superior 2 2 (dois) anos, cumulada ou n&o com multa. (Redac’o dada pola Lei n® 11.313, de 2006) Art, 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-a pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possivel, 2 reparac3o dos danos sofridos pela vitima e a aplicaco de pena nao privativa de liberdade. Secao I Da Competéncia e dos Atos Processuais Art, 63. A competéncia do Juizado sera determinada pelo lugar em que foi praticada a infracao penal. Art, 64, Os atos processuais serdo publicos e poderao realizar-se em horério noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organizacso judiciaria. Art. 65. Os atos processuais serdo validos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. Prof. Renan Araujo www.estrategiac ncursos.com.br 17 de 73 § 1° Nao se pronunciaré qualquer nulidade sem que tenha havido prejuizo. § 20 A pratica de atos processuais em outras comarcas poderd ser solicitada por qualquer meio habil de comunicacéo. § 3° SerSo objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audiéncia de instrucao e julgamento poderao ser gravados em fita magnética ou equivalente. Art. 66. A citaco seré pessoal e far-se~ ou por mandado. Parégrafo Unico. Nao encontrado 0 acusado para ser citado, o Juiz encaminharé as pecas existentes ao Juizo comum para adocao do procedimento previsto em lei. Art. 67. A intimago far-se-8 por correspondéncia, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa juridica ou firma individual, mediante entrega a0 encarregado da recepcéo, que sera obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessario, por oficial de justica, independentemente de mandado ou carta precatéria, ou ainda por qualquer meio idéneo de comunicacso. Parégrafo Unico. Dos atos praticades em audiéncia considerar-se-do desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. Art. 68. Do ato de intimacio do autor do fato e do mandado de citago do acusado, constard a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a adverténcia de que, na sua falta, ser-Ihe-d designado defensor publico, no préprio Juizado, sempre que possivel, Seco II Da Fase Preliminar Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorréncia lavraré termo circunstanciado e 0 encaminharé imediatamente 20 Juizado, com o autor do fato e a vitima, providenciando-se as requisigées dos exames periciais necessérios. Pardgrafo Unico. Ao autor do fato que, apés a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado a0 juizado ou assumir 0 compromisso de a ele comparecer, nao se impora prisdo em flagrante, nem se exigira fianca. Em caso de violéncia doméstica, 0 juiz podera determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicilio ou local de convivéncia com a vitima. (Redacao dada pela Lei n® 10.455, de 13.5.2002) Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vitima, e ndo sendo possivel a realizacdo imediata da audiéncia preliminar, ser designada data préxima, da qual ambos sairdo cientes. Art. 71, Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciard sua intimagao e, se for 0 caso, a do responsdvel civil, na forma dos arts. 67 € 68 desta Lei. Art. 72. Na audiéncia preliminar, presente o representante do Ministério Puiblico, 0 autor do fato e a vitima e, se possivel, 0 responsavel civil, acompanhados por seus advogados, 0 Juiz esciareceré sobre a possibilidade da composicao dos danos e da aceitacdo da proposta de aplicacdo imediata de pena nao privativa de liberdade. Art, 73. A conciliagde sera conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientacao. Parégrafo Unico, Os conciliadores sao auxiliares da Justica, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluidos os que exercam fungées na administracao da Justica Criminal. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 73 Art. 74. A composi¢éo dos danos civis sera reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentenca irrecorrivel, terd eficdcia de titulo a ser executado no julzo civil competente. Pardgrafo Unico. Tratando-se de aco penal de iniciativa privada ou de acéo penal publica condicionada & representacdo, o acorde homologado acarreta a rentincia 20 direito de queixa ou representacao. Art. 75. No obtida a composicao dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendido 2 oportunidade de exercer o direito de representacao verbal, que serd reduzida a termo. Pardgrafo Unico. O no oferecimento da representacdo na audiéncia preliminar no implica decadéncia do direito, que poderé ser exercido no prazo previsto em lei. Art. 76. Havendo representacéo ou tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, 0 Ministério Publico podera propor a aplicagao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. § 19 Nas hipéteses de ser a pena de multa a Unica aplicavel, 0 Juiz poderd reduzi- la até a metade. § 20 No se admitird a proposta se ficar comprovado: I - ter sido 0 autor da infracao condenado, pela pratica de crime, & pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva; IL - ter sido 0 agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicacdo de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - no indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstancias, ser necesséria e suficiente a adocao da medida. § 30 Aceita a proposta pelo autor da infracdo e seu defensor, seré submetida 3 apreciagao do Juiz. § 4° Acolhendo a proposta do Ministério Publico aceita pelo autor da infracgo, 0 Juiz aplicaré a pena restritiva de direitos ou multa, que nao importara em reincidéncia, sendo registrada apenas para impedir novamente 0 mesmo beneficio no prazo de cinco anos. § 5° Da sentenca prevista no parégrafo anterior caberé a apelacao referida no art, 82 desta Lei. § 69 A imposicao da sancao de que trata 0 § 4° deste artigo nao constaré de certidgo de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, endo terd efeitos civis, cabendo aos interessados propor ago cabivel no juizo civel. Secdo IIT Do Procedimento Sumariissimo Art. 77. Na aco penal de iniciativa publica, quando nao houver aplicacéo de pena, pela auséncia do autor do fato, ou pela nao ocorréncia da hipétese prevista no art. 76 desta Lei, 0 Ministério Public ofereceré ao Juiz, de imediato, dendncia oral, se no houver necessidade de diligéncias imprescindiveis. § 1° Para o oferecimento da dentincia, que sera elaborada com base no termo de ocorréncia referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-d do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. § 2° Se a complexidade ou circunstancias do caso nao permitirem a formulacéo da dentincia, 0 Ministério Publico poderd requerer 20 Juiz 0 encaminhamento das pecas existentes, na forma do paragrafo Unico do art. 66 desta Lei. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 73 § 30 Na aco penal de iniciativa do ofendido poderd ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstancias do caso determinam a adocao das providéncias previstas no parégrafo Unico do art. 66 desta Lei. Art. 78. Oferecida a dentincia ou queixa, seré reduzida a termo, entregando-se cSpia 20 acusado, que com ela ficaré citado e imediatamente cientificado da designacao de dia hora para a audiéncia de instrucao e julgamento, da qual também tomardo ciéncia o Ministério Publico, o ofendido, o responsdvel civil e seus advogados. § 19 Se 0 acusado no estiver presente, serd citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiéncia de instrucao e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimagao, no minimo cinco dias antes de sua realizacao. § 20 Ndo estando presentes 0 ofendido e o responsavel civil, sero intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem 4 audiéncia de instrucéo e julgamento. § 30 As testemunhas arroladas sero intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. Art. 79. No dia e hora designados para a audiéncia de instruco e julgamento, se na fase preliminar ngo tiver havido possibilidade de tentativa de conciliacdo e de oferecimento de proposta pelo Ministério Publico, proceder-se-8 nos termos dos arts, 72, 73, 74 @ 75 desta Lei. Art. 80. Nenhum ato serd adiado, determinando o Juiz, quando imprescindivel, 2 condugéo coercitiva de quem deva comparecer. Art. 81. Aberta a audiéncia, seré dada a palavra ao defensor para responder 4 acusa¢a0, apés 0 que o Juiz receberd, ou nao, a denuincia ou queixa; havendo recebimento, serao ouvidas a vitima e as testemunhas de acusacao e defesa, interrogando-se a seguir 0 acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e 4 prolagao da sentenca. § 19 Todas as provas sero produzidas na audiéncia de instrucao e julgamento, podendo 0 Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatérias, § 20 De todo 0 ocorrido na audiéncia seré lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes corridos em audiéncia e 2 sentenca. 5 3° A sentenca, dispensado o relatério, mencionaré os elementos de conviccéo do Juiz. Art. 82. Da decisao de rejeicio da dentincia ou queixa e da sentenga caberé apelag3o, que poderé ser julgada por turma composta de trés Juizes em exercicio no primeiro grau de jurisdicgo, reunidos na sede do Juizado. § 19 A apelacao sera interposta no prazo de dez dias, contados da ciéncia da sentenca pelo Ministério Publico, pelo réu e seu defensor, por peticao escrita, da qual constaréo as razes e o pedido do recorrente, § 2° 0 recorrido sera intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. § 3° As partes podergo requerer a transcri¢&o da gravaco da fita magnética a que alude 0 § 3° do art, 65 desta Lei. § 40 As partes sero intimadas da data da sessao de julgamento pela imprensa. § 50 Se a sentenca for confirmada pelos préprios fundamentos, a simula do julgamento servird de acérdéo. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 73 Art. 83. Cabem embargos de declaragio quando, em sentenca ou acérdéo, houver obscuridade, contradicéo ou omissdo. —(Redacéo dada pela Lei n® 13.105, de 2015) (Vigéncia § 1° Os embargos de declaracéo sero opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciéncia da deciséo. § 2° Os embargos de declaracao interrompem o prazo para a interposicao de recurso. (Redacdo dada pela Lei n® 13.105 de 2015) (Viaéncia § 3° Os erros materiais podem ser corrigidos de oficio. Secao IV Da Execucao Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se-d mediante pagamento na Secretaria do Juizado. Pardgrafo Unico. Efetuado 0 pagamento, o Juiz declararé extinta a punibilidade, determinando que a condenacSo nao fique constando dos registros criminais, exceto para fins de requisicao judicial. Art. 85. No efetuado 0 pagamento de multa, seré feita a converséo em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lel. Art. 86. A execucao das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, seré processada perante o érgao competente, nos termos da lei. Secdo V Das Despesas Processuais Art, 87. Nos casos de homologacao do acordo civil e aplicacao de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e 76, § 4°), as despesas processuais sero reduzidas, conforme dispuser lei estadual. ‘Secdo VI Disposicées Finais Art. 88. Além das hipsteses do Cédigo Penal e da legislacao especial, dependerd de representacao a acdo penal relativa aos crimes de lesdes corporais leves e lesdes culposas. Art, 89. Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou do por esta Lei, o Ministério Publico, ao oferecer a dentincia, poderd propor a suspensao do proceso, por dois a quatro anos, desde que o acusado ndo esteja sendo processado ou nao tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspenséo condicional da pena (ari_77 do Cédigo Penal). § 19 Aceita 2 proposta pelo acusado e seu defensor, na presenca do Juiz, este, recebendo a dentincia, poder suspender o proceso, submetendo o acusado a periodo de prova, sob as seguintes condicées: 1 - reparacdo do dano, salvo impossibilidade de fazé-lo; IT- proibigéo de freqiientar determinados lugares; III - proibi¢&o de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizaco do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatério a juizo, mensalmente, para informar justificar suas atividades. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 2i de 73 § 2° O Juiz poderé especificar outras condicées a que fica subordinada a suspensdo, desde que adequadas ao fato e 4 situacdo pessoal do acusado. § 3° A suspensao seré revogada se, no curso do prazo, o beneficiério vier a ser processado por outro crime ou néo efetuar, sem motivo justificado, a reparacso do dano, § 40 A suspenséo poderé ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravencio, ou descumprir qualquer outra condi¢ao imposta. § 5° Expirado o prazo sem revogacao, 0 Juiz declararé extinta @ punibilidade. § 6° Nao correré a prescri¢io durante 0 prazo de suspensao do proceso. § 70 Se 0 acusado nao aceitar a proposta prevista neste artigo, 0 processo prosseguir em seus ulteriores termos. Art. 90. As dis instrugao ja estiver ir sicdes desta Lei ndo se aplicam aos processos penais cuja jada. (Vide ADIN n° 1.719-9) Art. 90-A. As disposigdes desta Lei nao se aplicam no 4mbito da Justica Militar. (Artigo includo pela Lei n° 9.839, de 27.9.1999) Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representacdo para a propositura da acdo penal publica, 0 ofendido ou seu representante legal sera intimado para oferecé-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadéncia. Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposigées dos Cédigos Penal e de Processo Penal, no que nao forem incompativels com esta Lel. eS ae Sy 3.1 Sdmulas vinculantes *% Sdmula Vinculante 35 - O STF havia sumulou entendimento no sentido de que a sentenga que homologa a transacéo penal néo produz coisa julgada material, de maneira que, uma vez descumpridas as condigdes, retorna-se ao status quo, a situac&o anterior, e o MP pode dar prosseguimento a persecugao penal: Samula Vinculante 35 “A HOMOLOGACAO DA TRANSAGAO PENAL PREVISTA NO ARTIGO 76 DA LEI 9099/1995 NAO FAZ COISA JULGADA MATERIAL E, DESCUMPRIDAS SUAS CLAUSULAS, RETOMA-SE A SITUACAO ANTERIOR, POSSIBILITANDO-SE AQ MINISTERIO PUBLICO A CONTINUIDADE DA PERSECUGAO PENAL MEDIANTE OFERECIMENTO DE DENUNCIA OU REQUISIGAO DE INQUERITO POLICIAL. ” 3.2 Sumulas do STF % Samula 690 do STF - SUMULA SUPERADA. O STF havia sumulado entendimento no sentido de que competia a ele, STF, o julgamento de habeas corpus contra decis&o de turma recursal de juizados especiais criminais. Contudo, a Doutrina entende que esta sumula perdeu sua razéo de existir, pois o entendimento Jurisprudencial do STF se modificou, cabendo ao Tribunal de Justiga, ou TRF, o julgamento do HC em nesses casos: | Stmula 690 do sTF Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 73 “Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus contra decisao de turma recursal de juizados especiais criminais” % Stimula 696 do STF - 0 STF sumulou entendimento no sentido de que, caso haja recusa de oferecimento da proposta de suspensao condicional do processo, © Juiz deverd, caso discorde do MP, encaminhar os autos ao Chefe do MP, por analogia ao art. 28 do CPP (aplicavel ao arquivamento do Inquérito Policial): Sumula 696 do STF “Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensiio condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justica a propé-la, o Juiz, dissentindo, remetera a quest&o ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Cédigo de Processo Penal.” % Sdimula 640 do STF - O STF sumulou entendimento no sentido de que, embora néo caiba recurso especial para o STJ contra decisdo proferida por Turma Recursal, cabe recurso extraordindrio para o STF. Verbete de simula n° 640 do ‘STF: Sumula 640 do STF “E cabivel recurso extraordindrio contra decisao proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alcada, ou por turma recursal de juizado especial civel ou criminal.” % Stmula 723 do STF - O STF sumulou entendimento no sentido de que, em se tratando de crime continuado, o patamar para o cabimento da suspenséo condicional do processo (pena minima no superior a 01 ano) é aferido tendo como base a pena minima prevista, acrescida do percentual minimo de aumento decorrente da continuidade delitiva (1/6). Nesse sentido o verbete n° 723 da stimula do STF: Sumula 723 do STF “No se admite a suspensdo condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena minima da infracao mais grave com o aumento minimo de um sexto for superior a um ano.” 3.3 Sumulas do STI Samula 376 do STJ - 0 STJ sumulou entendimento no sentido de que cabe & Turma Recursal processar e julgar o mandado de seguranca contra ato proferido pelo Juizado Especial: Sumula 376 do STI COMPETE A TURMA RECURSAL PROCESSAR E JULGAR © MANDADO DE SEGURANCA CONTRA ATO DE JUIZADO ESPECIAL. % Stimula 203 do STJ - 0 STJ sumulou entendimento no sentido de que no cabe recurso especial contra decisdo proferida por érgao de segundo grau de jurisdig&o dos Juizados Especiais: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 73 Stmula 203 do STJ - NAO CABE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISAO PROFERIDA POR ORGAO DE SEGUNDO GRAU DOS JUIZADOS ESPECIAIS. % SGmula 428 do STJ - O STJ alterou seu entendimento, passando a entender que cabe ao préprio TRF decidir o conflito de competéncia entre Juizo Federal e Juizado Federal que estejam a ele vinculados. O novo entendimento foi sumulado através do verbete de numero 428: Stimula 428 do ST3 COMPETE AO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DECIDIR OS CONFLITOS DE COMPETENCIA ENTRE JUIZADO ESPECIAL FEDERAL E JUIZO FEDERAL DA MESMA SEGAO JUDICIARIA. % SGmula 536 do STJ - 0 ST) sumulou entendimento no sentido de que, apesar de poder ser utilizado o rito sumarissimo da Lei 9.099/95 no processo e julgamento dos crimes que envolvam violéncia doméstica e familiar contra a mulher (Lei Maria da Penha), no seré possivel a aplicag’o da suspensdo condicional do processo e da transac&o penal (institutos despenalizadores): Stmula 536 do STJ A suspensio condicional do processo e a transagio penal ndo se aplicam na hipétese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. JURISPRUDENCIA CORRELA’ ‘% STJ - AgRg no AREsp 607.902/SP - O ST) firmou entendimento no sentido de que a suspensio condicional do processo NAO pode ser considerada direito subjetivo do acusado: Consoante entendimento desta Corte, a suspenséo condicional do cesso nao é direito subjetivo do acusado, mas sim um poder-dever do Ministério Publico, titular da aco penal, a quem cabe, com exclusividade, analisar a possibilidade de aplicacao do referido instituto, desde que o faca de forma fundamentada. Hipdtese em que a negativa da suspensdo condicional do processo estd amparada na auséncia dos requisitos previstos no art. 77, II, do Cédigo Penal, referidos pelo art. 89 da Lei n. 9.099/1995, sendo certo que, para a eventual desconstituicao da conclusdo das instancias ordindrias, seria necessdria a incurséo no conjunto probatério dos autos, © que € vedado pela Sumula 7 do ST), Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 607.902/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, Julgado em 10/12/2015, DJe 17/02/2016) % STJ - AgRg no REsp 1356229/PR - 0 ST) firmou entendimento no sentido da possibilidade de TRANSAGAO PENAL nos crimes de aco penal privada, cabendo ao ofendido a sua propositura: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 73 PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. AAO PENAL PRIVADA. TRANSACAO PENAL. AUSENCIA DE INTERESSE DO QUERELANTE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO. POSSIBILIDADE. 1. jade de transagéo penal em acdo penal privada, este nao é um direito subjetive do querelado, competindo ao querelante a sua propositura. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1356229/PR, Rel. Ministra ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO 13/PE), SEXTA TURMA, julgado em 19/03/2013, DJe 26/03/2013) % STJ - RHC 41.527-RJ - A sexta Turma do STJ entendeu que o fato de o acusado aceitar proposta de suspens&o condicional do processo NAO acarreta prejuizo andlise de eventual HABEAS CORPUS anteriormente impetrado requerendo o trancamento da ac&o penal, pois este (0 trancamento) é mais benéfico. Além disso, na suspensdo do proceso o acusado fica sujeito, por um periodo, ao cumprimento das condicées impostas, de maneira que o descumprimento gera o restabelecimento do curso da aco penal. Assim, a mera aceitagao da proposta de suspensao do processo nao gera “perda de interesse” no HC em que se requer o trancamento da ago penal. Vejamos: (...) A eventual aceitacgao de proposta de suspensao condicional do processo nao prejudica a analise de habeas corpus no qual se pleiteia o trancamento de agao penal. Isso porque durante todo o periodo de prova o acusado fica submetido ao cumprimento das condigées impostas, cuja inobservancia enseja o restabelecimento do curso do processo. Precedentes citados: AgRg no RHC 24.689- RS, Quinta Turma, DJe 10/2/2012; e HC 210,122-SP, Sexta Turma, DJe 26/9/2011. RHC 41.527-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 3/3/2015, DJe 11/3/2015. % STJ - HC 280.788-RS- © Pleno do ST] entendeu que, em se tratando de violéncia doméstica contra a mulher, nem mesmo aqueles que praticaram meras contravengées podem ser agraciados com os beneficios da Lei 9.099/95 (Suspensao do processo, transacao penal, etc. A transacao penal nao aplicavel na hipétese de contravengao penal praticada com violéncia doméstica e familiar contra a mulher. De fato, a interpretagio literal do art. 41 da Lei Maria da Penha ("Aos crimes praticados com violéncia doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, ndo se aplica a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995.") viabilizaria, em apressado olhar, a conclusdo de que os institutos despenalizadores da Lei 9.099/1995, entre eles a transacao penal, seriam aplicaveis as contravengées penais praticadas com violencia doméstica e familiar contra a mulher. Entretanto, o legislador, ao editar a Lel 11.340/2006, conferiu concretude ao texto constitucional (art. 226, § 8°, da CF) e aos tratados e as convengées internacionais de erradicacao de todas as formas de violencia contra a mulher, a fim de mitigar, tanto quanto possivel, qualquer tipo de violencia doméstica e familiar contra a mulher, abrangendo nao sé a violéncia fisica, mas, também, a psicolégica, a sexual, a patrimonial, a social e a moral. Desse modo, a luz da finalidade dltima da norma (Lei 11.340/2006) e do enfoque da ordem juridico- constitucional, considerando, ainda, os fins sociais a que a lei se destina, a aplicagao da Lei 9.099/1995 é afastada pelo art. 41 da Lei 11.340/2006, tanto em relacdo aos crimes quanto as contravencdes penais praticados contra mulheres no mbito Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 73 doméstico e familiar. Ademais, 0 STJ e o STF ja se posicionaram no sentido de que os institutos despenalizadores da Lei 9.099/1995, entre eles a transacdo penal, no se aplicam a nenhuma pratica delituosa contra a mulher no Ambito doméstico e familiar, ainda que confiqure contravencso penal. Precedente citado do STJ: HC 196.253-MS, Sexta Turma, DJe 31/5/2013. Precedente citado do STF: HC 106.212-MS, Tribunal Pleno, Dle 13/6/2011. HC 280.788-RS, Rel. Min, Rogerio Schietti Cruz, julgado em 3/4/2014. Para finalizar 0 estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa sugestéo é 2 de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao inicio da aula seguinte, como forma de “refrescar” a meméria. Além disso, segundo a organizagao de estudos de vocés, a cada ciclo de estudos é fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender alguma informacgo, nao deixem de retornar & aula. JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS Competén ofensivo. Infragées de menor potencial ofensivo: - Proceso e julgamento das infragdes de menor potencial CONTRAVENGOES CRIMES PENAIS TODAS APENAS AQUELES CUJA PENA MAXIMA NAO SEJA SUPERIOR A 02 ANOS OBS Determinados crimes ndo se submetem aos Juizados: + Crimes militares — Nao importa qual a pena cominada (se € menor que dois anos ou néio), nao se aplica o rito sumarissimo aos crimes militares. INI Rv %oac CUIDADO! Em relacao aos crimes de violéncia doméstica, 0 STF e 0 STJ entendem que é possivel 0 julgamento pelo rito sumarissimo, 0 que nao é possivel é a aplicacdo dos institutos despenalizadores (transacdo penal, suspensao condicional do proceso, etc.) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 73 Aula 16 - Prof. BSI Se a IMPO tiver de ser julgada por outro Juizo (por razées de conexao ou continéncia), deveréo ser aplicados os procedimentos relativos as IMPOs (transag&o penal, etc.). Competéncia territorial - A competéncia territorial sera determinada pelo lugar em que foi praticada a infracdo penal Principios = Oralidade + Informalidade = Economia Processual = Celeridade Processual Objetivos = Reparago dos danos sofridos pela vitima = Aplicag’io de pena nao-privativa de liberdade Procedimento Atos chamatérios A citagaéo sera NECESSARIAMENTE PESSOAL. Nao cabe citacao por edital! A Doutrina entende ser inadmissivel também, por analogia, a citagéio por hora certa. Se for necesséria citacao ficta (edital ou hora certa) = processo vai para 0 Juizo comum (adota-se o rito sumério). Fase preliminar Termo circunstanciado e priséo em flagrante - Nao ha instauracgao de IP em relacéio as IMPOs, devendo ser lavrado termo circunstanciado. BSH Seré dispensdvel 0 exame de corpo de delito, desde que o termo circunstanciado esteja acompanhado por boletim médico ou prova equivalente, atestando a materialidade do fato. BSE Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do processo, néo podera ser lavrado auto de prisdo em flagrante. ncia preliminar e composigao civil dos danos + Apés a etapa em sede policial, sera designada audiéncia preliminar = Obtida a composicéo civil dos danos causados, o Juiz a homologara por sentenca, que sera IRRECORRIVEL. Esta sentenca valera como titulo executivo na seara civel. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 73, Aula 16 - Prof. + Se o crime for de ago penal publica CONDICIONADA ou de acao penal privada, a composig&o civil dos danos acarreta a RENUNCIA DO DIREITO DE OFERECER REPRESENTACAO OU QUEIXA. + Caso nao seja obtida a composicio civil dos danos, e sendo caso de agao penal privada ou publica condicionada a representacdo, o Juiz dard oportunidade ao ofendido para que apresente a sua representacdo ou ofereca a queixa. + Caso 0 ofendido n&o a exerca no momento, podera exercer esse direito posteriormente (oferecimento de queixa ou representagao), desde que dentro do periodo legal. * Caso 0 ofendido ofereca a representaco (crimes de ac&o penal publica condicionada) ou sendo crime de aco penal publica incondicionada, o Juiz dara vista ao MP para que proponha, se for cabivel, a TRANSAGAO PENAL. Transagao penal Conceito - Proposta de aplicacéo imediata de pena restritiva de direitos ou multas (a ser especificada na proposta). Em troca, o MP deixa de ajuizar a acdio penal. Espécie de “acordo” entre o suposto infrator e 0 MP. Inadmissibilidade + Se 0 autor do fato tiver sido condenado, pela pratica de crime, a pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva + Se o autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, com a transac&o penal * Osantecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias nao indicarem ser necessdria e suficiente a adogao da medida Aceitacio + Sendo aceita a proposta, ela seré submetida ao Juiz, para que a acolha ou no. * Caso 0 Juiz acolha a proposta, aplicaré a pena restritiva de direitos ou multa, mas essa sangio ndo é considerada uma condenacdo, nem é levada em conta para fins de reincidéncia. * Da decisdio do Juiz que acolhe ou nao a proposta, caberé APELACAO. * Ese 0 acusado NAO ACEITAR a proposta de transaco penal? Nesse caso, o MP ofereceré dentincia oral, se ndo for caso de realizacéio de alguma diligéncia. Se a aco penal for privada, 0 ofendido poder oferecer a queixa (ago penal privada). Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 73, Aula 16 - Prof. aN PRivrenco + A transacao penal é direito subjetivo do réu? O STJ entende que néo (AgRg no REsp 1356229 / PR). + Cabe transacdo penal em acdo penal privada? Sim, e neste caso o ofendido é quem deve oferecer a proposta. Procedimento sumarissimo propriamente dito * Na inicial acusatéria devem ser arroladas as testemunhas, cujo numero a Lei néo diz. Aplica-se, por analogia o ntimero de testemunhas do rito sumario = maximo de 05 testemunhas. + Apés esse momento, proceder-se-d a citagao do acusado. = Na audiéncia de instrugao e julgamento o Juiz: Y Dara a palavra a defesa responder a acusacao ¥ O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatéria v Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o réu ¥ N&o havendo absolvicdo sumaria, ouvira a vitima, as testemunhas de acusacSo e defesa e, por Ultimo, procedera ao interrogatério do acusado (NESTA ORDEM). v Apés isso, passa-se a fase dos debates orais Y Apés os debates orais, 0 Juiz profere sentenga ™ Da sentenca final ou da decisdo de rejeicgdo da inicial acusatéria cabera APELACAO, no prazo de 10 dias. ™ Sio cabiveis, ainda, EMBARGOS DE DECLARACAO, no prazo de 05 dias, caso haja omisséo, obscuridade ou contradicéio na sentenga ou acérdao. Os embargos INTERROMPEM o prazo para interposic&o da apelagao. CRindo ATENGAO! Como regra, em face da decisdo de rejeic&o da inicial acusatéria (dentincia ou queixa) cabe RESE (recurso em sentido estrito). No rito sumarissimo o recurso cabivel para este caso é a apelacao, no prazo de 10 dias. Suspenséo condicional do processo Conceito - Suspens&o do processo, por 02 a 04 anos, durante os quais o acusado ficara “sob prova”. S6 é cabivel se o acusado nao estiver sendo processado ou Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 73 Aula 16 - Prof. no tiver sido condenado por outro crime. Devem estar presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensdo condicional da pena. Cabimento - Somente pode haver SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESSO em relac&o as infragées penais cuja pena minima nao seja superior a 01 ano. ™ Mas e se ha previséo de alguma causa de aumento de pena? Ela € considerada para o calculo da pena minima? Sim. Neste caso a pena minima serd a pena-base minima acrescida do aumento minimo. E se o autor do fato nao aceitar a proposta de suspensiio condicional do processo? O processo seguiré normalmente. Aceitacdo da proposta Aceita a proposta de suspensao do processo pelo acusado e por seu defensor, na presenca do Juiz, sera submetida a apreciacdo deste (Juiz) que, suspendendo o processo, submetera o acusado a periodo de prova, sob determinadas condicées: Reparagéio do dano, salvo se no tiver condigées. Proibicéo de frequentar determinados lugares. Proibic&o de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizag3o do Juiz. Comparecimento pessoal e obrigatorio a juizo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. = Outras condicées especificadas pelo Juiz. ny PR nao © titular da acdo penal esta obrigado a oferecer a proposta de suspensao condicional do processo? 0 ST] possui o seguinte entendimento: + A decisao do MP em néo ofertar a proposta de suspensao deve ser fundamentada na auséncia dos requisitos previstos na Lei para sua concessao. + © Juiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao nfo ofertar a proposta, para verificar se ela esté devidamente fundamentada. E se o réu preenche devidamente todos os requisitos para a obtencao do beneficio, mas o beneficio naéo é proposto? Prevalece o entendimento de que 0 Juiz deverd remeter o caso & apreciac3o do PGJ, em analogia ao art. 28 do CPP Revogacao do beneficio Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 73, Aula 16 - Prof. OBRIGATORIA FACULTATIVA + Auséncia de reparagéo do. + Descumprimento de qualquer dano (sem justo motivo) outra condi¢ggo * Acusado vier a ser + Acusado vier a ser processado processado por novo por contravencdéo (ainda que CRIME (ainda que tenha sido tenha sido praticada antes) praticado antes da suspensdo - HC 62401 / ES - STJ) BSE Durante o prazo da suspens&o condicional do processo NAO CORRE A PRESCRICAO. Findo 0 prazo sem revogacao, estaré EXTINTA A PUNIBILIDADE. A extingao da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. Juizados especiais criminais federais Procedimento - Mesmas regras dos Juizados Especiais Criminais. EXCECAO: Nos Juizados Federais Criminais, nao ha julgamento de CONTRAVENCOES PENAIS, pois a Justica Federal NAO POSSUI COMPETENCIA para o processo e julgamento de contravengées penais. Bons estudos! Prof. Renan Araujo IE ap Wo) n> acevo col) 01. (CESPE - 2015 - DPU - DEFENSOR PUBLICO) No Ambito do juizado especial criminal, no intuito de comprovar a materialidade do crime, 0 exame de corpo de delito pode ser substituido por boletim médico ou prova equivalente. 02. (CESPE - 2015 - DPU - DEFENSOR PUBLICO) Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira eventual, substancia entorpecente que traga consigo para uso pessoal, julgue os itens que se seguem. A conduta de Carlo configura crime de menor potencial ofensivo. 03. (CESPE - 2012 - TJ/PI - JUIZ) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 73 Aula 16 - Prof. Acerca dos juizados especiais criminais, assinale a opgao correta a) A inexisténcia de érgdo uniformizador no Ambito dos juizados estaduais nao faz prevalecer, ainda que em cardter excepcional, a jurisprudéncia do STJ na interpretagao da legislagao infraconstitucional. b) Constatado 0 descumprimento de condig&o imposta durante o periodo de prova do sursis processual, pode haver a revogac&o do beneficio, desde que a deciséo venha a ser proferida antes do término do periodo de prova. c) E admissivel a impetracaio de mandado de seguranga para que 0 tribunal de justiga exerca o controle da competéncia dos juizados especiais estaduais, vedada a andlise do —-mérito do —processo _—_subjacente. d) N&o ha, na Lei n.° 9.099/1995, previsdo para que a autoridade judicial imponha a prestagdo de servigo comunitério como condig&o para a suspenséo condicional do proceso. e) A jurisprudéncia do STJ firmou-se no sentido da aplicabilidade da Lei n.° 9.099/1995 aos crimes praticados com violéncia doméstica ou familiar. 04, (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA) Acerca das prisdes cautelares e da liberdade proviséria, julgue o item subsequente. O beneficio da suspensdo condicional do processo previsto na Lei dos Juizados Especiais (Lei n.° 9.099/1995) consiste em direito ptiblico e subjetivo do autor do fato, segundo entendimento do STF. 05. (CESPE - 2009 ~ DPE/AL - DEFENSOR PUBLICO) Acerca dos institutos de direito processual penal, julgue o item subsequente. A prerrogativa da DP de intimacdo pessoal ¢ incompativel com o rito dos juizados especiais. 06. (CESPE - 2009 ~ DPE/AL - DEFENSOR PUBLICO) Acerca dos institutos de direito processual penal, julgue o item subsequente. O principio da indisponibilidade foi mitigado com 0 advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transacéo em materia penal. 07. (CESPE - 2010 ~ DPE/BA - DEFENSOR PUBLICO) Considerando © disposto no direito processual penal, julgue o item subsecutivo. Para a suspensdo condicional do processo, exige-se ato voluntario do acusado em aceitar a proposicéo do MP e as condicées fixadas pelo juiz. Admite-se que tal suspens&o possa ser firmada por procurador, com poderes especiais, exigéncia igualmente imposta a apresentacdo de queixa ou de representagao. 08. (CESPE - 2012 - DPE-ES - DEFENSOR PUBLICO) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 73, No que diz respeito a sentenca e a coisa julgada, bem como aos juizados especiais criminais, julgue o item que se segue. A existéncia de ac&o penal, em andamento, contra o acusado no pode ser considerada indicadora de maus antecedentes, mas obsta a transacao penal. 09. (FCC - 2015 - TRE-SE - ANALISTA JUDICIARIO) Analise as seguintes situagdes hipotéticas sobre individuos indiciados, primarios e de bons antecedentes: I. Rodrigo cometeu crime de resisténcia, com pena de deteng&o de 2 meses a 2 anos. IL. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detencéio de 3 meses alano. III. Ricardo cometeu crime de coagéio no curso do proceso, com pena de reclusdo de 1 a 4 anos e multa. IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detengéo de 1 a 6 meses e multa. Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderdo ser beneficiados com a transacéo penal a) Paulo, apenas. b) Paulo e Suzete, apenas. c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. d) Suzete, apenas. e) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. 10. (FAURGS - 2013 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Nos termos da Lei n.° 9.099/1995, que institui os Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa correta. A) Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a 2 (dois) anos, cumulada ou no com multa, o Ministério PUblico, ao oferecer a denuncia, poderé propor a suspensdo do processo por dois a quatro anos, desde que 0 acusado no esteja sendo processado ou néo tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensio condicional da pena. B) A Lei n.° 9.099/1995 prevé, expressamente, a possibilidade de que os institutos da composicgo civil dos danos e da transago penal sejam oportunizados perante o Tribunal do Juri nos casos em que ha conexdo entre infrago de menor potencial ofensivo e crime doloso contra a vida. C) Acompeténcia do juizado ser determinada pelo domicilio do autor do fato. D) Nos crimes de ag&o penal publica condicionada a representacao, 0 nao oferecimento da representacéio em audiéncia preliminar implica a decadéncia do direito e a consequente extingaio da punibilidade do autor do fato. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 73 Aula 16 - Prof. E) Acolhida pelo Juiz a proposta do Ministério PUblico aceita pelo autor da infragéo, 0 Magistrado aplicaré a pena restritiva de direitos ou multa, que importaré em reincidéncia e seré registrada para impedir nova concesséo do mesmo beneficio no prazo de 5 (cinco) anos. 11. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Assinale a afirmagao correta no que se refere ao Juizado Especial Criminal. A) Na reunido de processos do Juizado Especial Criminal, perante o juizo comum ou 0 tribunal do juri, decorrentes da aplicacdo das regras de conexdo e continéncia, nao serdo observados os institutos da transacdo penal e da composicao dos danos civis. B) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95 para as infracdes de menor potencial ofensivo, a citacéo do autor do fato sera feita por correspondéncia com aviso de recebimento. C) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95, nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a dois anos, o Ministério Publico, ao oferecer a denuincia, podera propor a suspenséo condicional do processo. D) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95, tratando-se de crime de ac&o penal publica incondicionada ou havendo representacéio, quando no aceita ou n&o sendo oferecida a transaco penal, o Ministério Publico oferecerd ao Juiz, de imediato, denuncia oral, se ndo houver necessidade de diligéncias imprescindiveis. E) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95, a presenca do advogado na audiéncia em que ser proposta a transac&o penal néo ¢ obrigatéria, pois ainda nao existe processo judicial. 12. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Acerca dos institutos da composicéo civil dos danos e da transag&o penal na Lei n® 9.09/95, assinale a alternativa INCORRETA A) A composig&o dos danos civis, ainda que parcial, importaré na rentincia ao direito de representac&o ou queixa, com a consequente extingao da punibilidade do autor do fato. B) A composigao civil, que consiste em reparag&o do dano, uma vez homologada, constitui titulo executivo judicial, a ser executado no juizo civel, apés o transito em julgado. C) Acolhendo a proposta de transac&o penal do Ministério Publico e aceita pelo autor da infrac&o, o Juiz aplicaré a pena restritiva de direitos ou multa, que néo importara em reincidéncia, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo beneficio no prazo de 5 (cinco) anos. D) Havendo representacéio ou tratando-se de crime de acéo penal publica incondicionada, n&o sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico podera propor transagao penal com a aplicagao imediata de pena de multa, sendo vedada a aplicacdo de pena restritiva de direitos. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 73 Aula 16 - Prof. E) Nao se admitira proposta de transacao penal se ficar comprovade que o autor da infracdo foi condenado, pela pratica de crime, a pena privativa de liberdade por sentenca definitiva. 13. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) No procedimento sumarissimo da Lei n° 9.099/95, n&o sendo possivel a citagdo pessoal do acusado por estar em local incerto, deve o Juiz A) determinar a sua citag&o por edital. B) determinar a sua citac&o por hora certa. C) encaminhar as pesas existentes ao juizo comum para adogao do procedimento previsto em lei. D) encaminhar as pecas existentes 4 Delegacia de Policia para novas diligéncias com 0 intuito de localizar o autor do fato. E) determinar 0 prosseguimento do processo e declarar o acusado ausente, nomeando-lhe defensor dativo. 14. (FGV - 2016 - OAB - XIX EXAME DE ORDEM) Em 16/02/2016, Gisele praticou um crime de leséo corporal culposa simples no transito, vitimando Maria Clara. Gisele, entao, procura seu advogado para saber se faz jus & transacgo penal, esclarecendo que jé foi condenada definitivamente por uma vez a pena restritiva de direitos pela pratica de furto e que ja se beneficiou do instituto da transac3o ha 7 anos. Devera 0 advogado esclarecer sobre o beneficio que A) no cabe oferecimento de proposta de transacio penal porque Gisele jé possui condenacgo anterior com transito em julgado. B) ndo cabe oferecimento de proposta de transacéio penal porque Gisele jé foi beneficiada pela transacéio em momento anterior. C) podera ser oferecida proposta de transacéo penal porque sé quem ja se beneficiou da transacdo penal nos 3 anos anteriores nao poderd receber novamente o beneficio. D) a condenacgo pela pratica de furto e a transacdo penal obtida ha 7 anos no impedem o oferecimento de proposta de transacao penal. 15. (FGV - 2015 - DPE-RO - ANALISTA) Lucas propés queixa-crime, através de advogado particular com procuragéio com poderes especiais, em face de Gomes, pela pratica do crime de injuiria simples perante o juizo competente, qual seja, 0 Juizado Especial Criminal. O magistrado, porém, rejeitou a queixa por entender que no existia justa causa para prosseguimento do feito. Dessa decisdo, havendo interesse, cabera a defesa técnica de Lucas interpor: a) apelagdio, no prazo de 10 dias; Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 73, Aula 16 - Prof. b) recurso em sentido estrito, no prazo de 10 dias; c) apelagao, no prazo de 05 dias; d) recurso em sentido estrito, no prazo de 05 dias; e) apelac&o, no prazo de 15 dias 16. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII - PRIMEIRA FASE) Segundo a Lei dos Juizados Especiais, assinale a alternativa que apresenta o procedimento correto. a) Aberta a audiéncia, sera dada a palavra ao defensor para responder a acusacao, apés o que 0 Juiz receberd, ou n&o, a dentincia ou queixa; havendo recebimento, ser&o ouvidas a vitima e as testemunhas de acusacdo e defesa, interrogando-se a seguir 0 acusado, se presente, passando- se imediatamente aos debates orais ¢ a prolagao da sentenca. b) Da decisdo de rejeicéo da dentincia ou queixa caberé recurso em sentido estrito, que deverd ser interposto no prazo de cinco dias. c) Os embargos de declaraco so cabiveis quando, em sentenca ou acérdao, houver obscuridade, contradic&o, omisso ou diivida, que deverdo ser opostos em dois dias. d) Se a complexidade do caso n&o permitir a formulac&o da dentincia oral em audiéncia, o Ministério Publico podera requerer ao juiz dilacéo do prazo para apresentar dentincia escrita nas préximas 72 horas. 17. (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLiCIA) Com relag&o ao procedimento nos Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa incorreta. a) A composic&o dos danos civis acarreta rentincia ao direito de queixa ou representacio nas agdes penais privadas e plblicas condicionadas & representacdo. b) Acolhendo a transacéo penal proposta pelas partes, 0 juiz, em deciséio irrecorrivel, aplicaré pena restritiva de direito ou multa, que nao importard em reincidéncia. ¢) De acordo com a jurisprudéncia majoritéria do Superior Tribunal de Justica, no caso de concursos de crimes, as penas deverdo ser somadas ou exasperadas para fins de verificagéio do cabimento de suspensiio condicional do processo. d) Os embargos de declarac&o podem ser propostos oralmente e 0 prazo sera de 5 dias da ciéncia da deciséo. e) A transagio penal e a composic&o dos danos civis n&o so institutos privativos do Juizado Especial Criminal. 18. (FGV - 2008 - TJ-PA - JUIZ) Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 73, Em tema de Juizados Especiais Criminais, assinale a alternativa correta. a) Nao encontrado 0 acusado para ser citado, 0 juiz encaminhara o termo circunstanciado ao juizo comum para a adogao do procedimento previsto em lei. b) Obtida a composicéo dos danos civis, em crime de acdo penal publica incondicionada, 0 Ministério Publico devera promover 0 arquivamento do termo circunstanciado. c) Havendo representacao ou tratando-se de crime de acéo penal publica incondicionada, 0 Ministério Publico poderé propor a aplicag&o imediata de pena restritiva de direitos ou multa, salvo se o autor da infrag&o tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de 10 (dez) anos, pela aplicacéo de pena restritiva ou multa, por meio de transaco penal. d) Nao cabe aplicag&o de penas alternativas ou substitutivas. e) Caberd apelac&o da decis&o que receber a dentincia ou a queixa. 19. (FGV - 2014 - 13/RJ - ANALISTA - EXECUGAO DE MANDADOS) Parte da doutrina afirma que a transacéo penal mitigou o principio da obrigatoriedade da acéio penal publica. Sobre este instituto previsto na Lei n® 9.099/95, é correto afirmar que: (A) no ha vedag&o expressa & concessdo do beneficio ao autor condenado anteriormente exclusivamente a pena de multa; (8) sera aplicada diretamente pelo magistrado, independentemente de proposta prévia do Ministério Publico; (C) no podera ser oferecido se o agente houver sido beneficiado por outra transacéo penal nos 07 (sete) anos anteriores; (D) seré irrecorrivel a sentenca do magistrado que aplica a transac&o penal aceita pelo autor do fato; (E)_ no gerard reincidéncia nem maus antecedentes, em que pese produza efeitos civis. 20. (FGV - 2014 - 13/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) A Lei n° 9.099/95 traz um procedimento simplificado a ser aplicado no Ambito dos Juizados Especiais Criminais. Diante disso, algumas peculiaridades séo previstas neste diploma legal. Sobre o procedimento sumarissimo do JECRIM, é correto afirmar que: (A)_ a competéncia serd determinada pelo local em que a infracdo for praticada e no pelo lugar da consumagao; (B) da decisdo de rejeigéo da denuincia caberd recurso em sentido estrito; (C) da deciso que homologa a composicéo de danos entre autor do fato e vitima caberd recurso de apelacao; (D) @ sentenca poderé dispensar o relatério e 0 dispositive, mas ndo a fundamentacao; Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 73 (E) cabe citagao por edital no ambito dos Juizados Especiais Criminais. 21. (FGV - 2011 - OAB - EXAME UNIFICADO) A luz da lei que dispée sobre os Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), assinale a alternativa correta. A) A competéncia do juizado sera determinada pelo lugar em que se consumar a infrac&o penal. B) A citacao sera pessoal e se fara no préprio juizado, sempre que possivel, ou por edital. C) O instituto da transag&o penal pode ser concedido pelo juiz sem a anuéncia do Ministério Publico. D) Tratando-se de crime de ago penal ptiblica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico poderé propor a aplicago imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 22. (FCC - 2010 - DPE-SP - DEFENSOR PUBLICO) Quando a dentincia do Ministério Publico imputar a pratica de delitos praticados, em tese, em continuidade delitiva, a suspensdo condicional do processo a) no sera admissivel. b) seré admissivel quando a soma da pena minima de qualquer das infracdes imputadas e do aumento de 1/6 nao superar 1 (um) ano. ¢) seré admissivel quando a soma da pena minima da infrag&o mais grave imputada e do aumento de 1/6 n&o superar 1 (um) ano. d) ser admissivel quando a pena para cada um dos crimes nao superar 1 (um) ano, computando-as isoladamente. e) somente sera admissivel se a soma das penas minimas de todas as infragdes imputadas n&o superar 1 (um) ano. 23. (VUNESP - 2012 - DPE-MS - DEFENSOR PUBLICO) No tocante as disposigées relativas aos Juizados Especiais Criminais, € correto afirmar que a) na hipétese da aplicagao das regras de conexdo e continéncia, que impliquem em julgamento de crimes de menor potencial ofensivo pelo Tribunal do Juri, € vedada a aplicacao do instituto da transagdo penal nas hipdteses em que tal instituto seria cabivel se a apuragdio fosse realizada perante o Juizado Especial Criminal. b) _ na hipétese de impossibilidade de citacéo pessoal do acusado, este sera citado por edital e, se mesmo assim nao comparecer, nem constituir advogado, ficar&o suspensos, no Juizado Especial Criminal, o processo e 0 curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produc&o antecipada das provas consideradas urgentes. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 73, c) a existéncia de condenacéo, pela pratica de crime, 4 pena privativa de liberdade por sentenga recorrivel em desfavor do autor da infracdo de menor potencial ofensivo em apuracao no Juizado Especial Criminal, impede a proposta de transago penal por parte do representante do Ministério Publico. d) da sentenca proferida pelo juiz ao término do procedimento sumarissimo caberéo embargos de declaracéo quando houver obscuridade, contradicéo, omissdo ou duivida, embargos estes que suspenderao 0 prazo para o recurso. 24, (FCC - 2009 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTICGA) Nos Juizados Especiais Criminais, 0 acordo civil, devidamente homologado, conduz a) ao perdao do ofendido. b) a prescric&o. c) a decadéncia. d) a rentincia ao direito de queixa ou de representacao. e) a perempsao. 25. (FCC - 2009 - MPE-SE - ANALISTA PROCESSUAL) No rito da Lei n° 9.099/95 (Juizados Especiais), quando obscura a sentenca, cabiveis embargos de declaragao no prazo de a) cinco dias, suspendendo o prazo para o recurso. b) cinco dias, no suspendendo o prazo para o recurso. c) quinze dias, suspendendo o prazo para o recurso. d) dez dias, n&o suspendende o prazo para o recurso. e) dez dias, suspendendo o prazo para o recurso. 26. (FCC - 2014 - CAMARA MUNICIPAL/SP - PROCURADOR) Foi lavrado termo circunstanciado, apontando-se Joo como autor de crime de menor potencial ofensivo. E correto afirmar: a) A composicéio dos danos civis seré reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentenga irrecorrivel, tera eficdcia de titulo a ser executado no juizo criminal competente. b) Acolhendo a proposta do Ministério Publico aceita por Joo, o Juiz aplicard a pena restritiva de direitos ou multa, que importara em reincidéncia. c) Na audiéncia preliminar, presente o representante do Ministério Publico, Jo30 a vitima, acompanhados por seus advogados, 0 Juiz esclareceré sobre a possibilidade da composig&o dos danos e da aceitagao da proposta de aplicacéo imediata de pena privativa de liberdade. d) A competéncia do Juizado Especial Criminal para processar e julgar Jodo serd determinada pelo domicilio de Joao. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 73 e) A conciliagao entre Joao e a vitima sera conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientacao. 27. (VUNESP - 2014 - TJ-PA - JUIZ) Recurso que exige concomitante interposicéo e apresentag&o de razbes: a) apelac&o no rito ordinério. b) apelag&o no rito sumarissimo. c) apelacao no rito sumério. d) recurso em sentido estrito no rito ordinario. 28. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - DEFENSOR PUBLICO) A composigéo civil dos danos, da Lei n.° 9.099/95, a) seré admitida, apenas, nos crimes de agao privada. b) seré homologada pelo juiz mediante sentenga irrecorrivel. c) se descumprida, dé ensejo & reabertura da instncia penal. d) n&o pode ser realizada quando se tratar de crime de ac&o publica incondicionada. 29, (FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLICIA) Em matéria de procedimento dos Juizados Especiais Criminais, é correto afirmar: a) Se a complexidade ou as circunstancias do caso néo permitirem a formulac&o da dentincia, 0 Ministério Publico poderé diretamente suprir a investigacao e oferecer a dentncia. b) Podera ser dispensado o exame de corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. c) 0 inquérito policial deverd estar concluido, em caso de indiciado solto, em 30 dias. d) O inquérito policial seré iniciado pelo termo circunstanciado. e) O auto de prisdo em flagrante seré encaminhado ao Juizado juntamente com a comunicacéio da prisdo. 30. (FCC - 2015 - TRE-RR - ANALISTA JUDICIARIO) Sobre os Juizados Especiais Criminais, 6 INCORRETO: a) E cabivel recurso extraordindrio contra decisdo proferida por turma recursal de juizado especial criminal. b) Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensdo condicional do processo, mas recusando o Promotor de Justiga a propé-la, o Juiz, dissentindo, remeterd a questo ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Cédigo de Processo Penal. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 73 Aula 16 - Prof. ¢) No procedimento Sumarissimo, nos termos da Lei n 0 9.099/1995, para o oferecimento da dentincia, que seré elaborada com base no termo de ocorréncia referido no art. 69 da referida lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir- se-d do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. d) Da sentenca que homologa a transago penal, com acolhimento da proposta do Ministério PUblico aceita pelo autor da infragao, ensejando a aplicagdo da pena restritiva de direitos ou multa, no caberé qualquer recurso. e) Nao se admite a suspensiio condicional do proceso por crime continuado, se a soma da pena minima da infragdo mais grave com o aumento minimo de um sexto for superior a um ano. 31. (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) No que se refere a suspensao do processo prevista no artigo 89, da Lei n° 9,099/95, é INCORRETO afirmar que A) a suspens&o sera revogada se, no curso do prazo, o benefici processado por outro crime. B) além das condigées obrigatorias estabelecidas por lei o Juiz podera especificar outras condigées a que fica subordinada a suspensdo, desde que adequadas ao fato e a situacaio pessoal do acusado. C) a decisdo judicial que homologa a suspens8o condicional do processo interrompe a prescric&o e, durante o prazo de suspens&o do processo, nao correra a prescricéo. D) expirado 0 prazo de suspensio do processo, sem revogacao, o Juiz declararé extinta a punibilidade. E) a suspensdio poderd ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravengéo, ou descumprir qualquer outra condig&o imposta. io vier a ser 32. (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIGOS DE NOTAS E DE REGISTROS) De acordo com a Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei n° 9.099/95), tratando-se de ag&o penal publica condicionada @ representag3o, se, na audiéncia preliminar, nao for obtida a composic&o dos danos, mas o ofendido optar por no exercer o direito de representacao, A) a aco sera, desde logo, julgada extinta pela ocorréncia da decadéncia do direito. B) 0 nao oferecimento da representaco implica em rentincia desse direito. C) © prazo decadencial se interrompera e voltaré a correr a partir da data da audiéncia. D) 0 n&o oferecimento da representac&o nao implica em decadéncia do direito, que poderd ser exercido no prazo de seis meses. Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 73 Aula 16 - Prof. E) 0 prazo decadencial ficaraé suspenso, até o ofendido juntar procuracéo comprovando estar assistido por advogado. 33. (FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ) No procedimento sumarissimo da Lei n° 9.099/95, que trata das infracdes penais de menor potencial ofensivo, A) no encontrado o acusado para citaao pessoal, a competéncia ndo se desloca para o juizo comum. B) so cabiveis embargos de declaragéo e, quando opostos contra sentenca, suspendem o prazo para 0 recurso. C) 0 interrogatério é anterior & inquirigSo das testemunhas. D) a sentenca deve conter relatério, motivag&o e parte deciséria. E) a competéncia é determinada pelo domicilio do autor do fato. 34, (FCC - 2008 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTICA) Nos Juizados Especiais Criminais, 0 acordo civil, devidamente homologado, conduz A) ao perdo do ofendido. B) a prescrigéo. C) a decadéncia. D) a rentincia ao direito de queixa ou de representagdo. E) a perempséo. 35. (CESPE - 2009 - OAB - EXAME UNIFICADO) Acerca do procedimento relativo aos crimes de menor potencial ofensivo, previsto na Lei n.° 9.099/1995, assinale a opcao correta. A) A reparac&o dos danos sofrides pela vitima nao é objetivo do processo perante © juizado especial criminal, devendo ser objeto de acéo de indenizag&o por eventuais danos materiais ¢ morais sofridos, perante a vara civel ou o juizado especial civel competente. B) Nao sendo encontrado 0 acusado, para ser citado pessoalmente, e havendo certiddo do oficial de justica afirmando que o réu se encontra em local incerto e no sabido, o juiz do juizado especial criminal deveré proceder a citagéo por edital, ouvide previamente o MP. C) Na audiéncia preliminar, 0 ofendido tera a oportunidade de exercer o direito de representacdo verbal nas ages penais publicas condicionadas e, caso n&o o faga, ocorrera a decadéncia do direito. D) Tratando-se de crime de ago penal publica incondicionada, ndo sendo 0 caso de arquivamento, o MP poderd propor a aplicag&o imediata de pena de multa, a qual, se for a Unica aplicdvel, podera ser reduzida, pelo juiz, até a metade. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 73 Aula 16 - Prof. 36. (FMP-RS - 2008 - MPE/MT - PROMOTOR DE JUSTIGA) De acordo com a Lei n®. 9.099/1995, é correto afirmar que, A) obtida a composigao dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representac&o verbal. O ndo- oferecimento da representacéo na audiéncia preliminar implica decadéncia do direito. B) n&o obtida a composigéo dos danos civis, seré dada imediatamente 20 ofendide a oportunidade de exercer o direito de representac&o verbal. O n&o- oferecimento da representacéo na audiéncia preliminar nao implica decadéncia do direito. C) n&o obtida a composic&o dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendide a oportunidade de exercer o direito de representac&o verbal. O n&o- oferecimento da representac&o na audiéncia preliminar implica prescrigéio do direito. D) nao obtida a composigéo dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representagao verbal. O ndo- oferecimento da representagdo na audiéncia preliminar implica renuncia 20 direito de representar. E) obtida a composic&o dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representacao verbal. O ndo-oferecimento da representac&o na audiéncia preliminar implica perempgao do direito. 37. (CESPE - 2012 - T3/PI - JUIZ) Acerca dos juizados especiais criminais, assinale a opgéio correta. a) A inexisténcia de érg&o uniformizador no Ambito dos juizados estaduais nao faz prevalecer, ainda que em carater excepcional, a jurisprudéncia do ST] na interpretagao da legislagao infraconstitucional. b) Constatado o descumprimento de condig&o imposta durante o periodo de prova do sursis processual, pode haver a revogag&o do beneficio, desde que a decisdo venha a ser proferida antes do término do periodo de prova. c) E admissivel a impetraco de mandado de seguranca para que o tribunal de justiga exerca o controle da competéncia dos juizados especiais estaduais, vedada a andlise do —mérito do —processo_—subjacente. d) N&o hd, na Lei n.° 9,099/1995, previsdéo para que a autoridade judicial imponha a prestagao de servigo comunitério como condig&o para a suspensao condicional do proceso. e) A jurisprudéncia do STJ firmou-se no sentido da aplicabilidade da Lei n.° 9.099/1995 aos crimes praticados com violéncia doméstica ou familiar. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 73 7_EXERCICIOS COMENTADOS 01. (CESPE - 2015 - DPU - DEFENSOR PUBLICO) No ambito do juizado especial criminal, no intuito de comprovar a materialidade do crime, 0 exame de corpo de delito pode ser substituido por boletim médico ou prova equivalente. COMENTARIOS: Item correto, pois esta é a previsdo contida no art. 77, §1° da Lei 9.099/95: Art. 77. Na ago penal de iniciativa publica, quando no houver aplicaco de pena, pela auséncia do autor do fato, ou pela no ocorréncia da hipdtese prevista no art. 76 desta Lei, 0 Ministério Publico oferecera a0 Juiz, de imediato, dentincia oral, se néo houver necessidade de diligéncias imprescindiveis. § 1° Para 0 oferecimento da dentincia, que seré elaborada com base no termo de ocorréncia referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir- se- do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 02. (CESPE - 2015 - DPU - DEFENSOR PUBLICO) Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira eventual, substancia entorpecente que traga consigo para uso pessoal, julgue os itens que se seguem. A conduta de Carlo configura crime de menor potencial ofensivo. COMENTARIOS: Item correto, pois a pena maxima prevista para a conduta de Carlo é de 01 ano de detengao, sendo considerada uma infrag&io penal de menor potencial ofensivo, nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95: Art. 61. Consideram-se infracdes penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravengoes penais e os crimes a que a lei comine pena maxima nao superior a 2 (dois) anos, cumulada ou nao com multa. (Redacao dada pela Lei n° 11.313, de 2006) Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 03. (CESPE - 2012 - TJ/PI - JUIZ) Acerca dos juizados especiais criminais, assinale a opgdo correta. a) A inexisténcia de drgaéo uniformizador no ambito dos juizados estaduais ndo faz prevalecer, ainda que em cardter excepcional, a jurisprudéncia do STJ na interpretacao da legislacao infraconstitucional. b) Constatado o descumprimento de condi¢ao imposta durante o periodo de prova do sursis processual, pode haver a revogacdo do beneficio, desde que a decisdo venha a ser proferida antes do término do perfodo de prova. c) E admissivel a impetragéo de mandado de seguranca para que o tribunal de justica exerca o controle da competéncia dos juizados Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 73 especiais estaduais, vedada a andlise do mérito do processo subjacente. d) N&o ha, na Lei n.° 9.099/1995, previsdo para que a autoridade judicial imponha a prestacdo de servico comunitaério como condic’o para a suspensio condicional do processo. ) A jurisprudéncia do STJ firmou-se no sentido da aplicabilidade da Lei n.° 9,099/1995 aos crimes praticados com violéncia doméstica ou familiar. COMENTARIOS: A) ERRADA: O STJ entende que cabe a ele zelar pela aplicagéio da legislag3o infraconstitucional: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARACAO NA RECLAMACAO. INSTRUMENTO DESTINADO A DIRIMIR DIVERGENCIA ENTRE JULGADO PROFERIDO POR TURMA RECURSAL E JURISPRUDENCIA DO STJ. RESOLUGAO 12/2009. DECISAO AGRAVADA. AUSENCIA DE IMPUGNACAO. SUMULA. 182/STJ AGRAVO NAO CONHECIDO. 1. A partir do julgamento dos EDcl no RE 571.572-8/BA, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 14/9/2009, o plendrio do Supremo Tribunal Federal decidiu que, ante a auséncia de 6rgao uniformizador de jurisprudéncia no 4mbito dos juizados estaduais, mostra-se cabivel, em carater excepcional, a reclamacao prevista no art. 105, 1, f, da Constituicdo Federal para fazer prevalecer a jurisprudéncia do STJ na interpretacio da legislaco infraconstitucional. (..)(AGRg nos EDcl na Rcl 6.046/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SECAO, julgado em 28/09/2011, DJe 06/10/2011) B) ERRADA: Ainda que a deciséo venha a ser proferida apés a expiragéo do periodo de prova pode haver revogacao do sursis, eis que 0 STJ entende que a deciséo que revoga o sursis é meramente declaratoria, retroagindo & data em que houve o descumprimento da condic&o imposta; C) CORRETA: Isto € o que entende o STJ: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCA. ATO DE MEMBRO DE TURMA RECURSAL DEFININDO COMPETENCIA PARA JULGAMENTO DE DEMANDA. CONTROLE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. IMPETRAGAO DO WRIT. POSSIBILIDADE. 1. Admite-se a impetracao de mandado de seguranga para o Tribunal de Justica respective, quando a matéria versar apenas sobre a competéncia dos Juizados Especi (...(AGRg no RMS 32.024/BA, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO T)/RJ), QUINTA TURMA, julgado em 15/05/2012, DJe 22/06/2012) D) ERRADA: Embora n&o expressamente prevista, 0 §2° do art. 89 prevé que o Juiz possa fixar outras condigées a serem cumpridas durante o periodo de suspensao; E) ERRADA: Embora 0 STJ entende que tais delitos devam ser julgados nos Juizados, n&o se aplicam a eles os institutos despenalizadores previstos na Lei 9.099/95. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA C. 04. (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 73 Acerca das prisées cautelares e da liberdade proviséria, julgue o item subsequente. O beneficio da suspensdo condicional do processo previsto na Lei dos Juizados Especiais (Lei n.° 9.099/1995) consiste em direito publico e subjetivo do autor do fato, segundo entendimento do STF. COMENTARIOS: Quest&o complexa. O item foi considerado ERRADO. A época da prova, o STF havia consolidado entendimento no sentido de que ndo se trata de direito ptiblico subjetivo do acusado, mas de poder-dever do MP. O STJ também adotava a tese. Vejamos: PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. "OPERACAO CUPIM". 1. SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESSO. NAO OFERECIMENTO PELO PARQUET. AUSENCIA DE DIREITO SUBJETIVO DO ACUSADO. PODER-DEVER DO TITULAR DA ACAO PENAL. 2. NEGATIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. REPROVABILIDADE DA CONDUTA (CULPABILIDADE). ART. 89, CAPUT, DA LEI 9.099/1995 C/C O ART. 77, II, DO CP. AUSENCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL NO PROSSEGUIMENTO DA ACAO PENAL. 3. ORDEM DENEGADA. 1. A suspensao condicional do processo nao 6 direito piiblico subjetivo do acusado, mas sim um poder-dever do Ministério Publico, titular da acao penal, a quem cabe, com exclusividade, analisar a possi ou nao do referido instituto, desde que o faca de forma fundamentada. 2. Encontrando-se a negativa do Ministério Publico, acatada pelo magistrado, devidamente fundamentada nos termos da lel (art. 89, caput, da Lei 9.099/1995 c/c 0 art. 77, II, do CP), levando em consideracao dados concretos dos autos relativos 8 maior reprovabilidade da conduta dos pacientes, nao se verifica constrangimento ilegal no prosseguimento da acao penal 3. Ordem denegada. (HC 218.785/PA, Rel. Ministro MARCO AURELIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 04/09/2012, DJe 11/09/2012) Contudo, ha decisées mais recentes do STJ que levam a crer que o Tribunal passou a entender que se trata de direito subjetivo do réu. O STF, porém, mantém o entendimento solidificado no sentido de que NAO se trata de direito subjetivo do réu: EMENTA: RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. IMPUTACAO DO DELITO PREVISTO NO ART. 299 DO CODIGO PENAL. SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESO. PODER-DEVER DO. MINISTERIO PUBLICO E NAO DIREITO SUBJETIVO DO REU. FUNDAMENTACAO IDONEA PARA A NAO SUSPENSAO. 1. A suspensao condicional do processo nao € direito subjetivo do réu. Precedentes. Foram apresentados elementos concretos idéneos para motivar a negativa de suspensSo condicional do process. 2. Recurso ao qual se nega provimento. (RHC 115997, Relator(a): Min. CARMEN LUCIA, Segunda Turma, julgado em 12/11/2013, PROCESSO ELETRONICO DJe-228 DIVULG 19-11-2013 PUBLIC 20-11- 2013) Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 05. (CESPE - 2009 - DPE/AL - DEFENSOR PUBLICO) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 73 Acerca dos institutos de direito processual penal, julgue o item subsequente. A prerrogativa da DP de intimacdo pessoal é incompativel com o rito dos juizados especiais. COMENTARIOS: De fato, a DP possui prerrogativa de intimacao pessoal em todas as instancias, Contudo, a TNU, seguindo posicionamento externado pelo STF, firmou entendimento no sentido de que as prerrogativas processuais da Defensoria Publica (prazo em dobro e intimago pessoal) seriam incompativeis com o rito dos Juizados Especiais. Vejamos: MANDADO DE SEGURANCA - AUSENCIA DE INTIMACAO PESSOAL DO DEFENSOR PUBLICO - RITO DO JUIZADO ESPECIAL - DESNECESSIDADE - RPV PAGA A MAIOR- BOA-FE - DESCONTO SOBRE BENEFICIO ASSISTENCL IMPOSSIBILIDADE- INCIDENTE DE UNIFORMIZAGAO ~ PROVIMENTO, 1) Os critérios que informam o rito processual perante os Juizados Especiais tém prevalecido em relacao a certas prerrogativas previstas no rito ordinario aos membros da Defensoria Publica, incluida ai, a necessidade de sua intimago pessoal, que, no caso, & dispensada. Precedentes do STF. (...) (PEDILEF_200783200000520, JUIZ FEDERAL RICARLOS ALMAGRO VITORIANO CUNHA, DJ 08/02/2010.) Portanto, a afirmativa esta CORRETA. 06. (CESPE - 2009 - DPE/AL - DEFENSOR PUBLICO) Acerca dos institutos de direito processual penal, julgue o item subsequente. O principio da indisponibilidade foi mitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transagéo em matéria penal. COMENTARIOS: 0 principio da indisponibilidade prega que uma vez ajuizada a aco penal publica, nao pode seu titular dela desistir ou transigir, nos termos do art. 42 do CPP: Art, 42, © Ministério Publico nao poderd desistir da acéo penal. Esta regra esta excepcionada pela previsio de transag3o penal e suspenséo condicional do processo, que sao institutos previstos na Lei dos Juizados Especiais (Lei 9.09/95). Portanto, a afirmativa esta CORRETA. 07. (CESPE - 2010 - DPE/BA - DEFENSOR PUBLICO) Considerando o disposto no direito processual penal, julgue o item subsecutivo. Para a suspenséo condicional do processo, exige-se ato voluntario do acusado em aceitar a proposigéo do MP e as condicées fixadas pelo juiz. Admite-se que tal suspensdéo possa ser firmada por procurador, com Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 73 poderes especiais, exigéncia igualmente imposta 4 apresentagao de queixa ou de representacao. COMENTARIOS: 0 item estd errado, eis que embora a aceitacaio da suspensao condicional do processo seja ato voluntério do acusado, ele no “aceita” as condigdes fixadas pelo Juiz. Uma vez aceita a proposta de suspenso, o Juiz fixaré as condigdes, no cabendo ao acusado aceitar ou nao as condigées. Vejamos: Art. 89. Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou néo por esta Lei, 0 Ministério Publico, ao oferecer a denuincia, poderé propor 2 suspenséo do processo, por dois 2 quatro anos, desde que 0 acusado nao esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisites que autorizariam a suspensao condicional da pena (art. 77 do Cédigo Penal). § 1° Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presenca do Juiz, este, recebendo a dentincia, poderd suspender o proceso, submetendo o acusado a periodo de prova, sob 2s seguintes condigées: I - reparagao do dano, salvo impossibilidade de fazé-lo; IT - proibic&o de freqdentar determinados lugares; IIT - proibicéo de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizagao do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatério 2 juizo, mensalmente, para informar e Justificar suas atividades. § 20 0 Juiz poderd especificar outras condicées a que fica subordinada a suspenséo, desde que adequadas ao fato e 4 situacdo pessoal do acusado. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 08. (CESPE - 2012 - DPE-ES - DEFENSOR PUBLICO) No que diz respeito 4 sentenga e a coisa julgada, bem como aos juizados especiais cri ;, julgue o item que se segue. A existéncia de acdo penal, em andamento, contra o acusado nao pode ser considerada indicadora de maus antecedentes, mas obsta a transaco penal. COMENTARIOS: 0 item estd errado. De fato, a exist€ncia de acéio penal, em andamento, contra o acusado n&o pode ser considerada indicadora de maus antecedentes, conforme entendimento j4 solidificado do STF e do STJ. Além disso, tal fato também nao obsta o oferecimento da transag&o penal, nos termos do art. 76, §2° da Lei dos Juizados: Art. 76. Havendo representago ou tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, 0 Ministério Publico poderé propor 2 aplicaco imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. Cod § 20 Nao se admitird a proposta se ficar comprovado: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 73 1 - ter sido 0 autor da infragdo condenado, pela pratica de crime, & pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva; II - ter sido 0 agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicacéo de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; II - no indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstdncias, ser necessaria e suficiente a adocao da medida. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 09. (FCC - 2015 - TRE-SE - ANALISTA JUDICIARIO) Analise as seguintes situacées hipotéticas sobre individuos indiciados, primédrios e de bons antecedentes: I, Rodrigo cometeu crime de resisténcia, com pena de detenciio de 2 meses a 2 anos. II. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detengio de 3 meses a 1 ano. III. Ricardo cometeu crime de coagdo no curso do processo, com pena de reclusdo de 1 a 4 anos e multa. IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detencdo de 1 a 6 meses e multa. Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderdo ser beneficiados com a transacéo penal a) Paulo, apenas. b) Paulo e Suzete, apenas. c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. d) Suzete, apenas. €) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. COMENTARIOS: 0 beneficio da transacéio penal é aplicdvel apenas as infracdes de menor potencial ofensivo, assim consideradas as contravengées penais e os crimes aos quais a lei comina pena maxima nao superior a dois anos de privagdo da liberdade. Assim, dentre as hipéteses apresentadas, apenas Ricardo néo podera ser beneficiado com tal instituto. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA E. 10. (FAURGS - 2013 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Nos termos da Lei n.° 9.099/1995, que institui os Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa correta. A) Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a 2 (dois) anos, cumulada ou n&éo com multa, o Ministério Ptblico, ao oferecer a dentncia, poder propor a suspensio do processo por dois a quatro anos, desde que o acusado ndo esteja sendo processado ou nado Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 73 tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais req’ que autorizariam a suspensdo condicional da pena. B) ALein.° 9.099/1995 prevé, expressamente, a possibilidade de que os institutos da composicao civil dos danos e da transagéo penal sejam oportunizados perante o Tribunal do Juri nos casos em que ha conexéo entre infragéo de menor potencial ofensivo e crime doloso contra a vida. C) Acompeténcia do juizado ser determinada pelo domicilio do autor do fato. D) Nos crimes de aco penal pUblica condicionada a representacao, o néo oferecimento da representagéo em audiéncia preliminar implica a decadéncia do direito e a consequente extingdo da pu idade do autor do fato. E) Acolhida pelo Juiz a proposta do tério Publico aceita pelo autor da infragao, o Magistrado aplicara a pena restritiva de direitos ou multa, que importaré em reincidéncia e sera registrada para impedir nova concessdo do mesmo beneficio no prazo de 5 (cinco) anos. COMENTARIOS: A) ERRADA: A suspensao condicional do processo ¢ cabivel para os crimes cuja pena minima cominada néo seja superior a 01 ano de privaco da liberdade, nos termos do art. 89 da Lei. B) CORRETA: Item perfeito, pois esta é a exata previsdo do art. 60, § Unico da Lei 9.099/95: Art. 60. 0 Juizado Especial Criminal, provido por julzes togados ou togados e leigos, tem competéncia para a conciliac3o, 0 julgamento e a execucao das infragées penais de menor potencial ofensivo, _respeitadas as regras de conexdo € continéncia. (Redacdo dada pela Lei n° 11.313, de 2006) Parégrafo Unico. Na reuniao de processos, perante 0 juizo comum ou o tribunal do juri, decorrentes da aplicacdo das regras de conexéo e continéncia, observar-se- 40 08 institutos da transacao penal e da composicao dos danos civis. (Incluldo pela Lei no 11.313, de 2006) C) ERRADA: A competéncia seré determinada pelo local em que for praticada a infragao, nos termos do art. 63 da Lei: Art. 63. A competéncia do Juizado seré determinada pelo lugar em que fot praticada a infra¢ao penal. D) ERRADA: 0 ofendido poderd, a qualquer momento, oferecer a representacéio, desde que dentro do prazo decadencial previsto em lei: Art. 75. Nao obtida a composicao dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendido 2 oportunidade de exercer o direito de representacao verbal, que seré reduzida a termo. Parégrafo Unico. O nao oferecimento da representagao na audiéncia preliminar no implica decadéncia do direito, que poder ser exercido no prazo previsto em lei. E) ERRADA: A celebragao de transagao penal no importaré em reincidéncia, nos termos do art. 76, §4° da Lei: Art. 76 (...) OS Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 73 Aula 16 - Prof. § 4° Acolhendo a proposta do Ministério Publico aceita pelo autor da infragéo, 0 Juiz aplicard a pena restritiva de direitos ou multa, que nao importaré em reincidéncia, sendo registrada apenas para impedir novamente 0 mesmo beneficio no prazo de cinco anos, Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 11. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Assinale a afirmag&o correta no que se refere ao Juizado Especial Criminal. A) Na reunido de processos do Juizado Especial Criminal, perante o juizo comum ou o tribunal do juri, decorrentes da aplicagéo das regras de conexéo e continéncia, néo serio observados os institutos da transacgéo penal e da composigao dos danos ci B) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95 para as infragdes de menor potencial ofensivo, a citagao do autor do fato sera feita por correspondéncia com aviso de recebimento. C) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95, nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a dois anos, © Ministério Publico, ao oferecer a dentincia, podera propor a suspensao condicional do processo. D) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95, tratando-se de crime de ac&o penal publica incondicionada ou havendo representacéo, quando nao aceita ou nao sendo oferecida a transacéo penal, o Ministério PUblico oferecera ao Juiz, de imediato, dendncia oral, se nao houver necessidade de diligéncias imprescindiveis. E) No procedimento sumarissimo imposto pela Lei n° 9.099/95, a presenca do advogado na audiéncia em que sera proposta a transacéo penal n4o é obrigatéria, pois ainda n4o existe processo judicial. COMENTARIOS: A) ERRADA: Tais institutos serao preservados, devendo ser aplicados pelo Juiz que estiver julgando a causa: Art. 60 (...) Parégrafo Unico. Na reuniao de processos, perante 0 juizo comum ou 0 tribunal do Jtirl, decorrentes da aplicacdo das regras de conexdo e continéncia, observar-se-do os institutos da transa¢o penal e da composicéo dos danos civis. (Incluido pela Lei n° 11.313, de 2006) B) ERRADA: A citacdo sera pessoal, sempre que possivel no proprio Juizado ou, caso nao seja possivel, sera feita por mandado, nos termos do art. 66 da Lei C) ERRADA: A suspens&o condicional do processo somente é cabivel para os crimes cuja pena minima cominada seja igual ou inferior a UM ANO de privacdo da liberdade, na forma do art. 89 da Lei: Art, 89, Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior 2 um ‘ano, abrangidas ou no por esta Lei, 0 Ministério Publico, ao oferecer a dentincia, poderé propor a suspensdo do processo, por dois a quatro anos, desde que 0 acusado Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 73 Aula 16 - Prof. no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensao condicional da pena (art. 77 do Cédigo Penal) D) CORRETA: Esta € a exata previsdo do art. 77 da Lei: Art. 77. Na acao penal de iniciativa publica, quando nao houver aplicago de pena, pela auséncia do autor do fato, ou pela no ocorréncia da hipstese prevista no art. 76 desta Lei, 0 Ministério Publico ofereceré a0 Juiz, de imediato, dentincia oral, se ndo houver necessidade de diligéncias imprescindiveis, E) ERRADA: A Lei exige que o infrator esteja acompanhado de advogado, nos termos do seu art. 76, § 3°: Art. 76. Havendo representago ou tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, ndo sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico poderé propor 2 aplicacao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. () § 3° Aceita a proposta pelo autor da infracdo e seu defensor, seré submetida 3 apreciacao do Juiz. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 12. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Acerca dos institutos da composicao civil dos danos e da transacdo penal na Lei n° 9.099/95, assinale a alternativa INCORRETA. A) A composigéo dos danos civis, ainda que parcial, importaré na rentncia ao direito de representacéo ou queixa, com a consequente exting&o da punibilidade do autor do fato. B) A composicao civil, que consiste em reparac’o do dano, uma vez homologada, constitui titulo executivo judicial, a ser executado no juizo civel, apés 0 transito em julgado. C) Acolhendo a proposta de transacdo penal do Ministério Publico e aceita pelo autor da infracao, 0 Juiz aplicaré a pena restritiva de direitos ou multa, que néo importara em reincidéncia, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo beneficio no prazo de 5 (cinco) anos. D) Havendo representacio ou tratando-se de crime de ago penal pti incondicionada, nado sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico podera propor transacéo penal com a aplicacdo imediata de pena de multa, sendo vedada a aplicacao de pena restritiva de direitos. E) N&o se admitira proposta de transacao penal se ficar comprovado que o autor da infracao foi condenado, pela pratica de crime, a pena privativa de liberdade por sentenca definitiva. COMENTARIOS: A) CORRETA: Esta é a previsao contida no art. 74 e seu § unico da Lei: Art. 74. A composigao dos danos civis seré reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentenca irrecorrivel, teré eficdcia de titulo a ser executado no juizo civil competente. Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 73 Pardgrafo Unico. Tratando-se de aco penal de iniciativa privada ou de acdo penal puiblica condicionada & representacao, 0 acordo homologado acarreta a rentincia ‘20 direito de queixa ou representacao. B) CORRETA: Item tranquilo, pois é a previsdo do art. 74 da Lei: Art. 74, A composicao dos danos civis sera reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentenga irrecorrivel, terd eficacia de titulo a ser executado no juizo civil competente, C) CORRETA: Item também correto, na forma do art. 76, §4° da Lei: Art. 76. Havendo representacSo ou tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, nao sendo caso de arquivamento, o Ministério Puiblico poderé propor 2 aplicacao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. Cond) § 4° Acolhendo a proposta do Ministério Publico aceita pelo autor da infracao, 0 Juiz aplicaré a pena restritiva de direitos ou multa, que no importaré em reincidéncia, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo beneficio no prazo de cinco anos. Apenas ressalto que, antes dessa andlise pelo Juiz, além do autor do fato, também deve ter sido a proposta aceita por seu defensor, na forma do §3° do mesmo art. 76. D) ERRADA: Item errado, pois é possivel a proposta de transacao penal com aplicacao de pena restritiva de direitos: Art. 76. Havendo representacao ou tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, 0 Ministério Publico podera propor 2 aplicacao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. E) CORRETA: Item correto, na forma do art. 76, §29, I, da Lei: Art. 76. Havendo representac3o ou tratando-se de crime de ac3o penal publica incondicionada, néo sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico poderé propor a aplicacao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. () § 2° Nao se admitira a proposta se ficar comprovado: I ter sido 0 autor da infracao condenado, pela pratica de crime, & pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva; Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA E A LETRA D. 13. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) No procedimento sumarissimo da Lei n° 9.099/95, no sendo possivel a citacgdo pessoal do acusado por estar em local incerto, deve o Juiz A) determinar a sua citacdo por edital. B) determinar a sua citagdo por hora certa. C) encaminhar as pecas existentes ao juizo comum para adocio do procedimento previsto em lei. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 73 D) encaminhar as pecas existentes 4 Delegacia de Poli diligéncias com o intuito de localizar o autor do fato. E) determinar o prosseguimento do processo e declarar o acusado ausente, nomeando-lhe defensor dativo. COMENTARIOS: No procedimento sumarissimo néo se admite a citacéo por edital. Assim, caso 0 acusado esteja em local incerto e nao sabido, deverd o Juiz remeter os autos ao Juizo Comum, para que proceda 4 citacdo por edital, nos termos do art. 66, § Unico da Lei: Art. 66. A citacao serd pessoal e far-se-4 no préprio Juizado, sempre que possivel, ou por mandado. Paragrafo Unico. Nao encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminharé as pecas existentes 20 Juizo comum para adocao do procedimento previsto em lei. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. ia para novas 14, (FGV - 2016 - OAB - XIX EXAME DE ORDEM) Em 16/02/2016, Gisele praticou um crime de leséo corporal culposa simples no transito, vitimando Maria Clara. Gisele, entdo, procura seu advogado para saber se faz jus a transacéo penal, esclarecendo que ja foi condenada definitivamente por uma vez a pena restritiva de direitos pela pratica de furto e que j4 se beneficiou do instituto da transacgo ha 7 anos. Devera o advogado esclarecer sobre o beneficio que A) nao cabe oferecimento de proposta de transacao penal porque Gisele ja possui condenac§o anterior com transito em julgado. B) nao cabe oferecimento de proposta de transacao penal porque Gisele ja foi beneficiada pela transacdo em momento anterior. C) podera ser oferecida proposta de transacgo penal porque sé quem ja se beneficiou da transacéo penal nos 3 anos anteriores néo podera receber novamente o beneficio. D) a condenacdo pela pratica de furto e a transacdo penal obtida ha 7 anos nao impedem o oferecimento de proposta de transacio penal. COMENTARIOS: Nesta questdo, o que precisamos saber, basicamente, é se os fatos indicados por Gisele (Ter sido condenada definitivamente por uma vez a pena restritiva de direitos pela pratica de furto e ja ter se beneficiado do instituto da transagdo penal ha 7 anos) impedem a realizag3o da transacdo penal. A resposta é negativa. Nos termos do art. 76, §2° da Lei 9.099/95: Art. 76 (...) § 29 Nao se admitiré a proposta se ficar comprovado: 1 - ter sido 0 autor da infracao condenado, pela pratica de crime, & pena privativa de liberdade, por sentenca definitiva; IT- ter sido 0 agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anes, pela aplicacéo de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 73 Aula 16 - Prof. III - n&o indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstancias, ser necessdria e suficiente a adocéo da medida. Conforme se verifica, a condenag&o anterior a pena restritiva de direitos néo impede a concessdo do beneficio. Da mesma forma, o agente sé nao poderé celebrar a transacao penal se foi beneficiado por este instituto nos ultimos cinco anos, n&o sendo este 0 caso de Gisele Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 15. (FGV - 2015 - DPE-RO - ANALISTA) Lucas propés queixa-crime, através de advogado particular com procuracgéo com poderes especiais, em face de Gomes, pela pratica do crime de injdria simples perante o juizo competente, qual seja, o Juizado Especial Criminal. O magistrado, porém, rejeitou a queixa por entender que néo existia justa causa para prosseguimento do feito. Dessa decisao, havendo interesse, caberé 4 defesa técnica de Lucas interpor: a) apelagao, no prazo de 10 dias; b) recurso em sentido estrito, no prazo de 10 dias; ) apelaco, no prazo de 05 dias; d) recurso em sentido estrito, no prazo de 05 dias; €) apelagdo, no prazo de 15 dias COMENTARIOS: Em face desta deciséo é cabivel o recurso de apelac&o, no prazo de 10 dias, conforme dispée o art. 82 e seu §1° da Lei 9.099/95: Art. 82. Da decisdo de rejeicao da dentincia ou queixa e da sentenca caberd apelacao, que poderd ser julgada por turma composta de trés Juizes em exercicio no primeiro grau de jurisdicio, reunidos na sede do Juizado. § 19 A apelaco seré interposta no prazo de dez dias, contados da ciéncia da sentenca elo Ministério Publico, pelo réu e seu defensor, por peticao escrita, da qual constarao as raz6es e 0 pedido do recorrente. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 16. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII - PRIMEIRA FASE) Segundo a Lei dos Juizados Especiais, assinale a alternativa que apresenta o procedimento correto. a) Aberta a audiéncia, sera dada a palavra ao defensor para responder a acusacdo, apés o que o Juiz recebera, ou nao, a dendncia ou queixa; havendo recebimento, serio ouvidas a vitima e as testemunhas de acusacaéo e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando- se imediatamente aos debates orais e 4 prolacao da sentenca. b) Da decisiéo de rejeicéo da dentincia ou queixa cabera recurso em sentido estrito, que devera ser interposto no prazo de cinco dias. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 73, ¢) Os embargos de declaragao sao cabiveis quando, em sentenca ou acérdéo, houver obscuridade, contradicéo, omisséo ou dtvida, que deverdo ser opostos em dois dias. d) Se a complexidade do caso nao permitir a formulacgdo da dentincia oral em audiéncia, o Ministério Publico podera requerer ao juiz dilacdo do prazo para apresentar dendncia escrita nas préximas 72 horas. COMENTARIOS: A) CORRETA: Esta é a exata previsdo contida no art. 81 da Lei dos Juizados Especiais: Art. 81. Aberta a audiéncia, seré dada a palavra ao defensor para responder acusacs0, apés 0 que o Juiz receberd, ou nao, a dentincia ou queixa; havendo recebimento, sero ouvidas a vitima e as testemunhas de acusacéo e defesa, interrogando-se a seguir 0 acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e & prolacéo da sentenca, B) ERRADA: Caberd apelaciio, nos termos do art. 82 e seu §1° da Lei 9.099/95. C) ERRADA: O prazo para a interposig&o nao seré de dois dias, mas de cinco dias, nos termos do §1° do art. 83 da Lei 9.099/95. Além disso, a reforma produzida pelo NCPC fez desaparecer a possibilidade de embargos de declaracéo quando houver “diivida”. D) ERRADA: Neste caso, a causa criminal no poderd ser julgada pelo Juizado, de maneira que o MP deverd requerer ao Juizo que remeta as pecas do processo ao Juizo comum, nos termos do art. 77, §2° da Lei. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 17. (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLICIA) Com relacao ao procedimento nos Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa incorreta. a) A composigo dos danos civis acarreta renuncia ao direito de queixa ou representacao nas agées penais privadas e publicas condicionadas a representacao. b) Acolhendo a transacao penal proposta pelas partes, 0 juiz, em decisao irrecorrivel, aplicaré pena restritiva de direito ou multa, que ndo importara em reincidénci: cc) De acordo com a jurisprudéncia majoritaria do Superior Tribunal de Justica, no caso de concursos de crimes, as penas deverao ser somadas ou exasperadas para fins de verificagio do cabimento de suspensio condicional do processo. d) Os embargos de declarag4o podem ser propostos oralmente e o prazo sera de 5 dias da ciéncia da decisao. e) A transacao penal e a composicgao dos danos civis nao sao institutos Privativos do Juizado Especial Criminal. COMENTARIOS: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 73, Aula 16 - Prof. A) CORRETA: Esta é a previséo do art. 74, § Unico da Lei dos Juizados Especiais Criminais. B) ERRADA: De fato, a transacao penal consiste na aplicacao de tal pena e nao importa em reincidéncia, nos termos do art. 76, §4° da Lei. Contudo, a sentenga, neste caso, desafia recurso de apelagao, nos termos do §5° do ja citado art. 76. C) CORRETA: Item correto. © STJ entende que, no caso de concurso de crimes, para a fixacdo da pena “minima” que servird de base a anélise do cabimento, ou no, da suspensdo condicional do processo (art. 89), deverao ser somadas as penas ou proceder-se 4 exasperagdo minima prevista em lei, de forma a se obter a “real” pena minima prevista no caso concreto. D) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 83, §1° da Lei. E) CORRETA: Item correto, pois tais institutos podem ser aplicados ainda que a demanda no esteja sendo julgada perante o Juizado Especial Criminal, desde que presentes os requisitos de cada um. Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA E A LETRA B. 18. (FGV - 2008 - TJ-PA - JUIZ) Em tema de Juizados Especiais Criminais, assinale a alternativa correta. a) Nao encontrado 0 acusado para ser citado, 0 juiz encaminharé o termo circunstanciado ao juizo comum para a adocSo do procedimento previsto em I b) Obtida a composicao dos danos civis, em crime de acdo penal publica incondicionada, 0 Ministério Pablico devera promover o arquivamento do termo circunstanciado. c) Havendo representacao ou tratando-se de crime de agao penal piiblica incondicionada, o Ministério Pdblico podera propor a aplicacdo imediata de pena restritiva de direitos ou multa, salvo se o autor da infracdo tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de 10 (dez) anos, pela aplicago de pena restritiva ou multa, por meio de transagao penal. d) Nao cabe aplicac&o de penas alternativas ou substitutivas. e) Caberd apelago da decisdo que receber a dendncia ou a queixa. COMENTARIOS: A) CORRETA: O art. 66, § Unico da Lei determina que o Juiz deveré remeter ao Juizo comum “as pecas existentes”, e no apenas o termo circunstanciado. Contudo, no mais das vezes, a Unica peca existente sera o préprio termo circunstanciado, Nao est “muito” correta a questo, mas também nao se pode dizer que esteja errada. B) ERRADA: Item errado, pois a composicéo civil dos danos sé gera a “exting&o da punibilidade” nos crimes de acéio penal publica CONDICIONADA e de ac&o penal PRIVADA, eis que gera a rentncia ao direito de representacdo ou queixa, nos termos do art. 74, § Unico da Lei. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 73, Aula 16 - Prof. C) ERRADA: O prazo que gera a vedagao ao recebimento de proposta de transag&o penal é de CINCO ANOS, nos termos do art. 76, §29, II da Lei: Art. 76. Havendo representacdo ou tratando-se de crime de acao penal publica jincondicionada, néo sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico poder propor a aplicacdo imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. (od § 20 Nao se admitira a proposta se ficar comprovado: ( I1- ter sido 0 agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicacéo de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; D) ERRADA: Item errado, pois este, inclusive, é um dos objetivos dos Juizados, nos termos do art. 62 da Lei: Art, 62. O proceso perante o Juizado Especial orientar-se-4 pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possivel, a reparacéo dos danos sofridos pela vitima e a aplicacdo de pena nao privativa de liberdade. E) ERRADA: Em face de tal decisdo nao cabe recurso algum. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 19. (FGV - 2014 - TJ/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) Parte da doutrina afirma que a transacao penal mitigou o principio da obrigatoriedade da acao penal publica. Sobre este instituto previsto na Lei n° 9.099/95, é correto afirmar que: A) no ha vedagao expressa 4 concessio do beneficio ao autor condenado anteriormente exclusivamente a pena de multa; B) sera aplicada diretamente pelo magistrado, independentemente de proposta prévia do Ministério Publico; C) n&o podera ser oferecido se o agente houver sido beneficiado por outra transacao penal nos 07 (sete) anos anteriores; D) ser irrecorrivel a sentenca do magistrado que aplica a transagao penal aceita pelo autor do fato; E) no geraré cidéncia nem maus antecedentes, em que pese produza efeitos civis. COMENTARIOS: A) CORRETA: Item correto, pois 0 art. 76, §2°, I veda apenas a concessao aquele que foi condenado definitivamente & pena privativa de liberdade. B) ERRADA: A transac&o penal depende de proposta do titular da aco penal, nos termos do art. 76 e seu §4° da Lei 9.099/95. C) ERRADA: 0 prazo, nesse caso, é de cinco anos, nos termos do art. 76, §2°, IT da Lei: Art. 76 (...) § 20 Nao se admitird a proposta se ficar comprovado: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 73, Aula 16 - Prof. IT ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicagao de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; D) ERRADA: Item errado, pois admite-se a interposicéo de apelacdo, nos termos do art. 76, §5° da Lei. E) ERRADA: A transac&o penal, além de ndo gerar antecedentes criminais nem reincidéncia, nao produz efeitos civis: Art. 76 (...) § 69 A imposicao da sancao de que trata o § 4° deste artigo nao constaré de certidgo de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e nao terd efeitos civis, cabendo aos interessados propor acdo cabivel no juizo civel. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 20. (FGV - 2014 - TJ/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) A Lei n° 9.099/95 traz um procedimento simplificado a ser aplicado no Ambito dos Juizados Especiais Criminais. Diante disso, algumas peculiaridades s4o previstas neste diploma legal. Sobre o procedimento sumarissimo do JECRIM, é correto afirmar que: (A) a competéncia sera determinada pelo local em que a infragdo for praticada e nao pelo lugar da consumacao; (B) da deciséo de rejeicéo da dentncia caberé recurso em sentido estrito; (C) da deciséo que homologa a composigao de danos entre autor do fato e vitima cabera recurso de apelacao; (D) a sentenga poderé dispensar o relatério e o disposi fundamentacao; (E) cabe citag&o por edital no 4mbito dos Juizados Especiais Criminais. COMENTARIOS: A) CORRETA: Item correto, pois o art. 63 fixa a teoria da atividade e nao a do resultado para fixagdo da competéncia territorial no JECRIM: Art. 63. A competéncia do Juizado seré determinada pelo lugar em que foi praticada a infracdo penal. B) ERRADA: Em face de tal deciséo caberd apelac&o, nos termos do art. 82 da Lei. C) ERRADA: Tal decisdo ¢ irrecorrivel, nos termos do art. 74 da Lei. D) ERRADA: Item errado, pois a Lei 9.099/95 autoriza apenas que seja dispensado o relatério, nos termos do art. 81, §3°. E) ERRADA: O art. 18, §2° é expresso ao vedar a citacdo por edital nos Juizados. Se for 0 caso de citagéo por edital o processo deverd ser remetido ao Juizo comum. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 73, 0, mas ndo a Aula 16 - Prof. 21. (FGV - 2011 - OAB - EXAME UNIFICADO) A luz da lei que dispée sobre os Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), assinale a alternativa correta. A) A competéncia do juizado sera determinada pelo lugar em que se consumar a infracao penal. B) A citag&o sera pessoal e se fara no préprio juizado, sempre que possivel, ou por edital. C) O instituto da transacdo penal pode ser concedido pelo juiz sem a anuéncia do Ministério Publico. D) Tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, nao sendo caso de arquivamento, 0 Ministério Publico poder propor a aplicagso imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. COMENTARIOS: 0 art. 76 prevé que, sendo crime de ac&o penal publica incondicionada, e ndo sendo caso de arquivamento, poderd o MP propor, imediatamente, a aplicagao de pena restritiva de direitos ou multa. Vejamos: Art. 76. Havendo representaco ou tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministério Publico poderé propor 2 aplicacao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 22. (FCC - 2010 - DPE-SP - DEFENSOR PUBLICO) Quando a dentncia do Ministério Publico imputar a pratica de delitos praticados, em tese, em continuidade delitiva, a suspensdo condicional do processo a) no sera admissivel. b) sera admissivel quando a soma da pena minima de qualquer das infragées imputadas e do aumento de 1/6 nao superar 1 (um) ano. c) sera admissivel quando a soma da pena minima da infracdo mais grave imputada e do aumento de 1/6 nao superar 1 (um) ano. d) seré admissivel quando a pena para cada um dos crimes ndo superar 1 (um) ano, computando-as isoladamente. e) somente sera admissivel se a soma das penas minimas de todas as infragées imputadas no superar 1 (um) ano. COMENTARIOS: Neste caso, serd admissivel a suspens&o condicional do processo se a soma da pena minima da infraco mais grave, acrescida de 1/6, nao superar um ano, pois esta seré a reprimenda minima a ser recebida pelo acusado, em caso de condenagao, e nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95, a suspensdo condicional do processo somente pode ser oferecida nestes casos Vejamos: Art. 89. Nos crimes em que a pena minima cominada for igual ou inferior a um ano, i por esta Lei, 0 Ministério ), ao oferecer a dentincia, poderd Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 73, Aula 16 - Prof. propor a suspensao do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado néo esteja sendo processado ou ndo tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensao condicional da pena (art. 77 do Cédigo Penal). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA C. 23. (VUNESP - 2012 - DPE-MS - DEFENSOR PUBLICO) No tocante as disposicées relativas aos Juizados Especiais Criminais, é correto afirmar que a) na hipétese da aplicacao das regras de conexao e continéncia, que impliquem em julgamento de crimes de menor potencial ofensivo pelo Tribunal do Juri, é vedada a aplicacdo do instituto da transacdo penal nas hipéteses em que tal instituto seria cabivel se a apuracao fosse realizada perante 0 Juizado Especial Criminal. b) na hipétese de impossibilidade de citagéo pessoal do acusado, este sera citado por edital e, se mesmo assim nao comparecer, nem constituir advogado, ficaréo suspensos, no Juizado Especial Criminal, 0 processo e © curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a producdo antecipada das provas consideradas urgentes. ©) aexisténcia de condenacao, pela pratica de crime, a pena privativa de liberdade por sentenca recorrivel em desfavor do autor da infracdo de menor potencial ofensivo em apuracdo no Juizado Especial Criminal, impede a proposta de transac&o penal por parte do representante do Ministério Publico. d) da sentenga proferida pelo juiz ao término do procedimento sumarissimo caberéo embargos de declaracéo quando houver obscuridade, contradicéo, omisséo ou divida, embargos estes que suspenderdo o prazo para o recurso. COMENTARIOS: A) ERRADA: 0 item est errado porque, neste caso, o simples fato de a infrag&o estar sendo julgada pelo Juiz-presidente do Tribunal do Juri nao impede a aplicagao dos institutos despenalizadores da Lei 9.099/95. B) ERRADA: Se houver necessidade de citagéio por edital em processo que tramita nos Juizados Especiais Criminais, esta n&o poderé ali ser realizada, devendo os autos serem remetidos ao Juizo comum, onde o processo seguiré pelo rito sumério, nos termos do art. 538 do CPP: Art, 538. Nas infracdes penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juizo comum as pegas existentes para a adocéo de outro procedimento, observar-se-d_o procedimento sumério previsto neste Capitulo. (Redacdo dada pela Lei n° 11.719, de 2008). C) ERRADA: Nao se trata de uma hipétese de impedimento a transaco penal, nos termos do art. 76, § 2° da Lei 9.099/95. D) ERRADA: Quando da aplicag&o da prova o item estava correto, mas hoje esta errado, Nos termos do art. 83 da Lei 9.099/95, so cabiveis embargos de Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 73 Aula 16 - Prof. declaraco, que INTERROMPEM o prazo para a interposicao de outros recursos Vejamos: Art. 83, Cabem embargos de declaracao quando, em sentenga ou acérdao, houver obscuridade, contradicao ou omissio. (Redacao dada pela Lei n° 13.105, de 2015) (Vigéncia) § 1° Os embargos de declaracSo sero opostos por escrito ou oralmente, no prazo de Cinco dias, contados da ciéncia da decisso. § 20 Os embargos de declaracéo interrompem o prazo para a interposicéo de recurso. (Redago dada pela Lei n° 13.105, de 2015) (Vigéncia) Antes da reforma realizada pelo NCPC (Lei 13.105/15), os embargos de declaracéo, nos Juizados, suspendiam o prazo para interposicéo da apelacéo. Hoje, contudo, os embargos de declaragéo INTERROMPEM o prazo para interposig&o de outros recursos (assim como ocorre nos demais ritos). PORTANTO, HOJE NAO HA MAIS ALTERNATIVA CORRETA (QUESTAO ANULADA). 24. (FCC - 2009 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTICA) Nos Juizados Especiais Criminais, o acordo civil, devidamente homologado, conduz a) ao perdao do ofendido. b) a prescricéo. c) A decadéncia. d) a rendincia ao direito de queixa ou de representagao. e) a perempsao. COMENTARIOS: A composicao civil dos danos, no procedimentos dos Juizados Especiais, conduz & renincia ao direito de queixa ou representacio, caso se trate de ac&o penal privada ou ptiblica condicionada a representagao. Vejamos: Art. 74 (...) Paragrafo Unico. Tratando-se de aco penal de iniciativa privada ou de acéo penal publica condicionada 4 representagso, 0 acordo homologado acarreta a rentincia a0 direito de queixa ou representacao. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 25. (FCC - 2009 - MPE-SE - ANALISTA PROCESSUAL) No rito da Lei n° 9.099/95 (Juizados Especiais), quando obscura a sentenga, cabiveis embargos de declaracao no prazo de a) cinco dias, suspendendo o prazo para o recurso. b) cinco dias, néo suspendendo o prazo para o recurso. c) quinze dias, suspendendo o prazo para o recurso, d) dez dias, nao suspendendo o prazo para o recurso. ) dez dias, suspendendo o prazo para o recurso. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 73, Aula 16 - Prof. COMENTARIOS: Nos termos do art. 83 da Lei 9.099/95, s&o cabiveis embargos de declaragSo, que INTERROMPEM o prazo para a interposig&o de outros recursos. Vejamos: Art. 83. Cabem embargos de declaracao quando, em sentenca ou acérdao, houver obscuridade, contradicao ou omissi0. (Redacao dada pela Lei n° 13.105, de 2015) (Vigéncia) § 10 Os embargos de declaracao sero opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciéncia da decisao. § 20 Os embargos de declaracio interrompem o prazo para a interposicao de recurso. (Redacao dada pela Lei n? 13.105, de 2015) (Vigéncia) Antes da reforma realizada pelo NCPC (Lei 13.105/15), os embargos de declaracao, nos Juizados, suspendiam o prazo para interposicao da apelacao. Hoje, contudo, os embargos de declaracéo INTERROMPEM o prazo para interposico de outros recursos (assim como ocorre nos demais ritos). Portanto, hoje no ha mais alternativa correta (ANULADA). 26. (FCC - 2014 - CAMARA MUNICIPAL/SP - PROCURADOR) Foi lavrado termo circunstanciado, apontando-se Jodo como autor de crime de menor potencial ofensivo. E correto afirmar: a) A composicao dos danos civis sera reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentenga irrecorrivel, tera eficdcia de titulo a ser executado no juizo criminal competente. b) Acolhendo a proposta do Ministério Publico aceita por Jodo, o Juiz aplicaraé a pena rest iva de direitos ou multa, que importaraé em reincidéncia. c) Na audiéncia preliminar, presente o representante do Ministério Publico, Joo e a vitima, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecera sobre a possibilidade da composigaéo dos danos e da aceitagéo da proposta de aplicagao imediata de pena privativa de liberdade, d) A competéncia do Juizado Especial Criminal para processar e julgar Joao sera determinada pelo domicilio de Joao. e) A conciliacgéo entre Joo e a vitima sera conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientagao. COMENTARIOS: A) ERRADA: Caso seja celebrado o acordo civil, ele ser homologado por sentenca e valeré como titulo executivo judicial a ser executado no Juizo civel, e néo no Juizo criminal. B) ERRADA: A transac&o penal nao importa em reincidéncia, nos termos do art. 76 da Lei dos Juizados. C) ERRADA: © item est errado, pois na audiéncia preliminar, presente o representante do Ministério PUblico, Jodo e a vitima, acompanhados por seus advogados, 0 Juiz esclarecera sobre a possibilidade da composig&o dos danos e Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 73, Aula 16 - Prof. da aceitac&o da proposta de aplicacdo imediata de pena privativa NAO privativa de liberdade, nos termos do art. 72 da Lei dos Juizados: Art. 72. Na audiéncia preliminar, presente o representante do Ministério Publico, 9 autor do fato e a vitima e, se possivel, o responsavel civil, acompanhades por seus advogades, o Juiz esclareceré sobre a possibilidade da compos aceitac3o da proposta de aplicac3o imediata de pena nao privativa de liberdade. D) ERRADA: A competéncia dos Juizados sera determinada pelo local em que for praticada a infracaio, nos termos do art. 63 da Lei dos Juizados. E) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 73 da Lei dos Juizados: Art. 73. A conciliagS0 seré conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientacéo, Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 27. (WUNESP - 2014 - TJ-PA - JUIZ) Recurso que exige concomitante interposicao e apresentagdo de razées: a) apelagao no rito ordinario. b) apelacgdo no rito sumarissimo. c) apelacao no rito sumai d) recurso em sentido estrito no rito ordinario. COMENTARIOS: Em regra, no processo penal, os recursos so interpostos e concedido um prazo para que o recorrente apresente as razdes recursais (fundamentos para a modificagao da decisdo). No que tange a apelacao no rito sumarissimo (Lei 9.09/95), as razes recursais devem ser apresentadas juntamente com a petic&o de interposig&o do recurso, nos termos do art. 82, §1° da Lei: Art, 82. Da decisdo de rejeicao da deniincia ou queixa e da sentenca caberd apelacao, que poderd ser julgada por turma composta de trés Juizes em exercicio no primeiro grau de jurisdi¢io, reunidos na sede do Juizado. § 19 A apelacao serd interposta no prazo de dez dias, contados da ciéncia da sentenca pelo Ministério Pblico, pelo réu e seu defensor, por peticao escrita, da qual constardo as razées e o pedido do recorrente. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 28. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - DEFENSOR PUBLICO) A composicio civil dos danos, da Lei n.° 9.099/95, a) sera admitida, apenas, nos crimes de acdo privada. b) ser4 homologada pelo juiz mediante sentenga irrecorrivel. ) se descumprida, da ensejo a reabertura da instancia penal. d) ndo pode ser realizada quando se tratar de crime de acdo ptblica incondicionada. COMENTARIOS: Prof, Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 73, Aula 16 - Prof. A) ERRADA: Cabivel, também, nos crimes de ago penal publica, nos termos do art. 74, § Unico da Lei 9.099/95. B) CORRETA: Item correto, pois o art. 74 da Lei 9.09/95 expressamente prevé que a sentenca homologatéria, neste caso, é irrecorrivel. C) ERRADA: O descumprimento do acordo formalizado em sede de composigéo civil dos danos deverd ser resolvido na esfera civel, eis que tal acordo possui eficacia de titulo executivo a ser executado naquela esfera, nos termos do art. 74 da Lei. D) ERRADA: Item errado, pois é cabivel ainda que se trate de crime cuja agéo penal seja ptiblica incondicionada, nos termos do art. 74, § Unico da Lei 9.099/95, Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 29. (FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLICIA) Em matéria de procedimento dos Juizados Especiais Criminais, é correto afirmar: a) Se a complexidade ou as circunstancias do caso néo permitirem a formulagao da dendncia, o Ministério Pdblico podera diretamente suprir a investigacao e oferecer a denuncia. b) Podera ser dispensado 0 exame de corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. c) O inquérito policial devera estar concluido, em caso de indiciado solto, em 30 dias. d) O inquérito policial sera iniciado pelo termo circunstanciado. e) © auto de priséo em flagrante sera encaminhado ao Juizado juntamente com a comunicacio da prisdo. COMENTARIOS: A) ERRADA: No caso de se tratar de questo complexa, o MP podera requerer ao Juiz a remessa dos autos ao Juizo comum, para que seja adotado o rito sumério, nos termos do art. 77, §2° da Lei. B) CORRETA: Esta é a exata previsdo do art. 77, §1° da Lei: Art. 77 (...) § 19 Para 0 oferecimento da dentincia, que seré elaborada com base no termo de acorréncia referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir- se-8 do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. C) ERRADA: No Juizado nao ha inquérito policial, mas termo circunstanciado, nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95. D) ERRADA: O termo circunstanciado nao da inicio ao inquérito, ele SUBSTITUI 0 inquérito no ambito dos Juizados Especiais Criminais. E) ERRADA: Ao autor do fato, em regra, nao se imporé prisdo em flagrante, nos termos do art. 69, § Unico da Lei: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 73, Aula 16 - Prof. Art. 69 (...) Paragrafo Unico. Ao autor do fato que, apds a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir 0 compromisso de a ele comparecer, néo se imporé priséo em flagrante, nem se exigird fianca. Em caso de violéncia doméstica, 0 juiz poderd determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicilio ou local de convivéncia com a vitima. (Redacao dada pela Lei n° 10.455, de 13.5.2002)) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 30. (FCC - 2015 - TRE-RR - ANALISTA JUDICIARIO) Sobre os Juizados Especiais Criminais, 6 INCORRETO: a) £ cabivel recurso extraordinario contra decisao proferida por turma recursal de juizado especial criminal. b) Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensdo condicional do processo, mas recusando o Promotor de Justica a propé- la, o Juiz, dissentindo, remeteraé a questéo ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Cédigo de Processo Penal. c) No procedimento Sumarissimo, nos termos da Lei n 0 9.099/1995, para o oferecimento da dentincia, que sera elaborada com base no termo de ocorrén referido no art. 69 da referida lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-4 do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. d) Da sentenga que homologa a transacio penal, com acolhimento da proposta do Ministério Pdblico aceita pelo autor da infragdo, ensejando a aplicagao da pena restritiva de direitos ou multa, nao caber4 qualquer recurso. e) N&o se admite a suspensio condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena minima da infragdio mais grave com o aumento minimo de um sexto for superior a um ano. COMENTARIOS: A) CORRETA: Embora nao caiba recurso especial para o STJ, cabe recurso extraordinario para o STF. Verbete de stimula n° 640 do STF: Stimula 640 do STF “E cabivel recurso extraordinério contra deciséo proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alcada, ou por turma recursal de juizado especial civel ou criminal." B) CORRETA: Por se tratar de direito subjetivo do réu, o STJ firmou entendimento no sentido de que o Juiz, caso discorde do Promotor de Justica em relagao a auséncia de proposta de suspensao condicional do processo, deve remeter os autos ao PGJ, por analogia ao art. 28 do CPP. C) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsdo do art. 77, §1° da Lei. D) ERRADA: Item errado, pois tal sentenca é RECORRIVEL mediante recurso de apelagao, nos termos do art. 76, §5° da Lei. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 73, Aula 16 - Prof. E) CORRETA: Item correto. Um dos requisitos para a concessao deste beneficio é se tratar de crime cuja pena minima no ultrapasse 01 ano. Em se tratando de crime continuado, tal patamar é aferido tendo como base a pena minima prevista acrescida do percentual minimo de aumento decorrente da continuidade delitiva (1/6). Nesse sentido o verbete n° 723 da simula do STF: Sumula 723 do STF “No se admite a suspensao condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena minima da infraco mais grave com 0 aumento minimo de um sexto for superior a um ano.” Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA E A LETRA D. 31. (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) No que se refere a suspensao do processo prevista no artigo 89, da Lei n° 9,099/95, € INCORRETO afirmar que A) a suspensdo sera revogada se, no curso do prazo, o beneficiario vier a ser processado por outro crime. B) além das condigées obrigatérias estabelecidas por lei o Juiz poderé especificar outras condigées a que fica subordinada a suspensdo, desde que adequadas ao fato e a situacdo pessoal do acusado. C) a decisao ju I que homologa a suspenso condicional do processo interrompe a prescricdo e, durante o prazo de suspensdo do processo, ndo correra a prescrigao. D) expirado o prazo de suspensdo do processo, sem revogagao, 0 Juiz declarara extinta a punibilidade. E) a suspensdo podera ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravencéo, ou descumprir qualquer outra condicéo imposta. COMENTARIOS: Durante o prazo de suspenséo condicional do processo néo corre a prescri¢&o, no entanto, a decisio que homologa a suspensdo NAO INTERROMPE A PRESCRICAO. Nos termos do art.89, §6° da Lei 9.099/95: § 6° Nao correra a prescri¢o durante 0 prazo de suspensao do proceso. PORTANTO, A ALTERNATIVA ERRADA E A LETRA C. 32. (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVICOS DE NOTAS E DE REGISTROS) De acordo com a Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei n° 9.099/95), tratando-se de ac4o penal publica condicionada a representacao, se, na audiéncia preliminar, nao for obtida a composigéo dos danos, mas o ofendido optar por nao exercer o direito de representacdo, A) a acao sera, desde logo, julgada extinta pela ocorréncia da decadéncia do direito. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 73, Aula 16 - Prof. B) 0 nao oferecimento da representacdo implica em renuncia desse direito. C) 0 prazo decadencial se interromperé e voltaré a correr a partir da data da audiéncia. D) 0 nao oferecimento da representacao nao implica em decadéncia do direito, que podera ser exercido no prazo de seis meses. E) 0 prazo decadencial ficara suspenso, até o ofendido juntar procuracgao comprovando estar assistido por advogado. COMENTARIOS: Optando o ofendido por néo promover a representaco, nos termos do art. 75 e seu § Unico, da Lei 9.099/95, podera exercer esse direito até © término do prazo legal. Vejamos: Art. 75. Nao obtida 2 composigio dos danos civis, seré dada imediatamente ao ofendide 2 oportunidade de exercer o direito de representac3o verbal, que serd reduzida a termo. Parégrafo Unico. O nao oferecimento da representacéo na audiéncia preliminar néo implica decadéncia do direito, que poder ser exercido no prazo previsto em lel. PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 33. (FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ) No procedimento sumarissimo da Lei n° 9.099/95, que trata das infragées penais de menor potencial ofensivo, A) n&o encontrado o acusado para citacSo pessoal, a competéncia no se desloca para 0 juizo comum. B) sdo cabiveis embargos de declaracéo e, quando opostos contra sentenga, suspendem o prazo para 0 recurso. C) o interrogatério é anterior 4 inquirigéo das testemunhas. D) a sentenca deve conter relatério, motivacao e parte deciséria. E) a competéncia é determinada pelo domicilio do autor do fato. COMENTARIOS: Nos termos do art. 83 da Lei 9.099/95, sao cabiveis embargos de declarag&o, que INTERROMPEM o prazo para a interposig&o de outros recursos. Vejamos: Art. 83. Cabem embargos de declaracao quando, em sentenca ou acérdao, houver obscuridade, contradicdo ou omisséo, (Redacao dada pela Lei n® 13.105, de 2015) (Vigéncia) § 1° Os embargos de declaraco sero opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciéncia da decisao. § 20 Os embargos de declaracéo interrompem 0 prazo para a interposicdo de recurso. (Redacao dada pela Lei n° 13.105, de 2015) (Vigéncia) Antes da reforma realizada pelo NCPC (Lei 13.105/15), os embargos de declaragéio, nos Juizados, suspendiam o prazo para interposigéio da apelacao. Hoje, contudo, os embargos de declaragéo INTERROMPEM o prazo para interposigéio de outros recursos (assim como ocorre nos demais ritos). Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 73, Aula 16 - Prof. PORTANTO, HOJE NAO HA MAIS ALTERNATIVA CORRETA (QUESTAO ANULADA). 34, (FCC - 2008 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTICA) Nos Juizados Especiais Criminais, o acordo civil, devidamente homologado, conduz A) ao perddo do ofendido. B) 4 prescricao. C) a decadéncia. D) a rendncia ao direito de queixa ou de representagao. E) a perempcao. COMENTARIOS: 0 acordo celebrado entre o ofendido e o autor do fato acarreta, para 0 ofendido, a rentincia ao direito de queixa ou representacéio, nos termos do § Unico do art. 74 da Lei 9.099/95. Vejamos: Paragrafo Unico. Tratando-se de acéo penal de iniciativa privada ou de acdo penal publica condicionada 4 representacéo, 0 acordo homologado acarreta a rendncia ao direito de queixa ou representagao. PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 35. (CESPE - 2009 - OAB - EXAME UNIFICADO) Acerca do procedimento relativo aos crimes de menor potencial ofensivo, previsto na Lei n.° 9.099/1995, assinale a opcdo correta. A) Areparacao dos danos sofridos pela vitima nao é objetivo do processo perante o juizado especial criminal, devendo ser objeto de acio de indenizacao por eventuais danos materiais e morais sofridos, perante a vara civel ou 0 juizado especial civel competente. B) N&o sendo encontrado o acusado, para ser citado pessoalmente, e havendo certiddo do oficial de justica afirmando que o réu se encontra em local incerto e nao sabido, o juiz do juizado especial criminal devera proceder a citagdo por edital, ouvido previamente o MP. C) Na audiéncia preliminar, o ofendido tera a oportunidade de exercer 0 direito de representacdo verbal nas acées penais publicas condicionadas , caso nao o faca, ocorrera a decadéncia do direito. D) Tratando-se de crime de aco penal publica incondicionada, nao sendo © caso de arquivamento, o MP podera propor a aplicacaio imediata de pena de multa, a qual, se for a Gnica aplicdvel, podera ser reduzida, pelo juiz, até a metade. COMENTARIOS: 0 art. 76 prevé que, sendo crime de ac&o penal publica incondicionada, e n&o sendo caso de arquivamento, poderé o MP propor, imediatamente, a aplicagao de pena restritiva de direitos ou multa. Vejamos: Art, 76. Havendo representacdo ou tratando-se de crime de acéo penal publica jincondicionada, néo sendo caso de arquivamento, 0 Ministério Publico poder propor Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 73, Aula 16 - Prof. 2 aplicaco imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. § 1 Nas hipéteses de ser a pena de multa a Unica aplicdvel, 0 Juiz poderé reduzi-la até a metade. Portanto, é facultado ao Juiz reduzir a pena de multa, nestes casos, até a metade. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 36. (FMP-RS - 2008 - MPE/MT - PROMOTOR DE JUSTICA) De acordo com a Lei n°. 9.099/1995, é correto afirmar que, A) obtida a composico dos danos civis, sera dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representacdo verbal. O ndo- oferecimento da representacéo na audiéncia preliminar implica decadéncia do direito. B) no obtida a composicSo dos danos civis, sera dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representacdo verbal. O ndo- oferecimento da representacao na audiéncia preliminar nao implica decadéncia do direito. C) n&o obtida a composig&o dos danos civis, sera dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representacao verbal. O ndo- oferecimento da representacdo na audiéncia preliminar implica prescricao do direito. D) nao obtida a composigdo dos danos civis, sera dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representacdo verbal. O n&o- oferecimento da representacéo na audiéncia preliminar implica rendncia ao direito de representar. E) obtida a composicgao dos danos civis, sera dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer 0 direito de representacao verbal. O ndo- oferecimento da representacéo na audiéncia preliminar implica perempcio do direito. COMENTARIOS: Caso ndo seja obtida a composig&io dos danos civis, 0 ofendido tera o direito de oferecer queixa ou representar e, caso nao o faca naquele momento, podera fazé-lo no prazo legal. Esta é a previsdo do art. 75 e seu § Unico da Lei 9.099/95: Art. 75. Nao obtida a composicio dos danos civis, serd dada imediatamente ao ofendido 2 oportunidade de exercer o direito de representacdo verbal, que seré reduzida a termo. Paragrafo Unico. O néo oferecimento da representacdo na audiéncia preliminar nao implica decadéncia do direito, que poderd ser exercido no prazo previsto em lei. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 37. (CESPE - 2012 - TJ/PI - JUIZ) Acerca dos juizados especiais criminais, assinale a opcdo correta. a) A inexisténcia de é6rgao uniformizador no Ambito dos juizados Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 73 estaduais nado faz prevalecer, ainda que em carater excepcional, a jurisprudéncia do STJ na interpretacao da legislacdo infraconstitucional. b) Constatado o descumprimento de condigao imposta durante o periodo de prova do sursis processual, pode haver a revogacdéo do beneficio, desde que a deciséo venha a ser proferida antes do término do periodo de prova. c) E admissivel a impetracio de mandado de seguranca para que o tribunal de justica exerga o controle da competéncia dos juizados especiais estaduais, vedada a andlise do mérito do processo subjacente. d) Nao ha, na Lei n.° 9.099/1995, previsdo para que a autoridade judicial imponha a prestagéo de servico comunitario como condicéo para a ssuspensio condicional do processo. ) A jurisprudéncia do STJ firmou-se no sentido da aplicabilidade da Lei n.° 9,099/1995 aos crimes praticados com violéncia doméstica ou familiar. COMENTARIOS: A) ERRADA: O ST) entende que cabe a ele zelar pela aplicacéo da legislagao infraconstitucional: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS, DE DECLARACAO NA RECLAMACAO. INSTRUMENTO DESTINADO A DIRIMIR DIVERGENCIA ENTRE JULGADO PROFERIDO POR TURMA RECURSAL & JURISPRUDENCIA DO STJ. RESOLUCAO 12/2009, DECISAO AGRAVADA. AUSENCIA DE IMPUGNAGAO. SUMULA 182/STJ. AGRAVO NAO CONHECIDO. 4. A partir do julgamento dos EDcl no RE 571.572-8/BA, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 14/9/2009, o plenério do Supremo Tribunal Federal decidiu que, ante a auséncia de érgao uniformizador de jurisprudéncia no ambito dos juizados estaduais, mostra-se cabivel, em carater excepcional, a reclamagao prevista no art. 105, I, f, da Constituigéo Federal para fazer prevalecer a jurisprudéncia do STJ na interpretacgo da legislaco infraconstitucional. (...)(AgRg nos EDcl na Rel 6.046/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SECAO, julgado em 28/09/2011, DJe 06/10/2011) B) ERRADA: Ainda que a decisdo venha a ser proferida apés a expiracgio do periodo de prova pode haver revogacéo do sursis, eis que o ST) entende que a deciséo que revoga o sursis é meramente declaratéria, retroagindo & data em que houve o descumprimento da condic&o imposta; C) CORRETA: Isto é 0 que entende o STJ: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANGA. ATO DE MEMBRO DE TURMA RECURSAL DEFININDO COMPETENCIA PARA JULGAMENTO DE DEMANDA. CONTROLE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, IMPETRACAO DO WRIT. POSSIBILIDADE, 1. Admite-se a impetracéo de mandado de seguranca para o Tribunal de Justica respective, quando a matéria versar apenas sobre a competéncia dos Juizados Especiais. -(AgRg no RMS 32.024/BA, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO Ti/RJ), QUINTA TURMA, julgado em 15/05/2012, DJe 22/06/2012) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 73 Aula 16 - Prof. D) ERRADA: Embora nao expressamente prevista, 0 §2° do art. 89 prevé que o Juiz possa fixar outras condigées a serem cumpridas durante o periodo de suspensao; E) ERRADA: Embora o ST) entende que tais delitos devam ser julgados nos Juizados, nao se aplicam a eles os institutos despenalizadores previstos na Lei 9099/95. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA C. 8 GABARIT' 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. P yabarito CORRETA CORRETA ALTERNATIVA C ERRADA CORRETA CORRETA ERRADA ERRADA ALTERNATIVA E ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA D ALTERNATIVA C ALTERNATIVA D ALTERNATIVA A ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B ALTERNATIVA A ALTERNATIVA A ALTERNATIVA A ALTERNATIVA D ALTERNATIVA C ANULADA (desatualizada) ALTERNATIVA D Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 73 Aula 16 - Prof. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34, 35. 36. 37. ANULADA (desatualizada) ALTERNATIVA E ALTERNATIVA B ALTERNATIVA B ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA C ALTERNATIVA D ANULADA (desatualizada) ALTERNATIVA D ALTERNATIVA D ALTERNATIVA B ALTERNATIVA C Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 2de73

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